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1 Distúrbios Circulatórios Gabriella Almeida XXIV Distúrbios Circulatórios 2 e 3 Referência: Bogliolo – Brasileiro Filho G. Patologia Geral. 9ª edição. HEMORRAGIA CONCEITO: Saída de sangue do compartimento vascular ou das câmaras cardíacas para o meio externo, para o interstício ou para cavidades pré- formadas. CLASSIFICAÇÃO: Quanto à relação com o organismo: o Interna o Externa HEMORRAGIAS INTERNAS: Quanto à origem: o Arterial: Saída intermitente de sangue vermelho brilhante – Fluxo pulsátil. o Venosa: Saída contínua de sangue vermelho escuto – Fluxo lento, estável. o Capilar: Saída de sangue em pequena quantidade. Fluxo lento, uniforme. Quanto à natureza – mecanismo de formação: o Rexe: Ocorre devido à ruptura da parede do vaso (em caso de artéria, a hemorragia acontece em jato). o Diapedese: Devido à passagem individual de hemácias pelos espaços entre as células endoteliais da parede do vaso sanguíneo. Quanto à morfologia: o Intersticiais: ▪ Petéquias – até 3mm (pele, mucosas). ▪ Púrpuras – 4mm até 1cm (subcutâneas/ intramusculares). ▪ Equimose – 1 a 2cm (subcutâneas): Azulada ou arroxeada – Traumatismos. ▪ Hematoma (coleção volumosa s.c. / i.m.) – sangue se acumula formando uma tumoração. 2 Distúrbios Circulatórios Gabriella Almeida XXIV o Cavidades pré-formadas: denominadas de acordo com sua topografia. ▪ Hemotórax ▪ Hemartroses ▪ Hemopericárdio: ▪ Hemoperitônio: o Cavidades Serosas: ▪ Hemossalpinge ▪ Hematométrio ▪ Hematocolpa ▪ Hemobilia HEMORRAGIAS EXTERNAS: Exteriorização de hemorragias por orifícios corpóreos. Epistaxe: Sangramento pelas narinas. Hemoptise/Escarro hemoptoico: Expectoração de sangue, tosse – Maior e menor volume, respectivamente. Hematêmese: Sangramento pela boca – sistema digestório – vômito. Melena/Hematoquezia: sangue eliminado pelo ânus. Sangue “digerido” com coloração escurecida, ou não digerido, respectivamente. Otorragia: Sangramento pelo meato acústico externo. Hematúria: Sangue na urina. Menorragia/Metrorragia: Perda excessiva de sangue pelo útero durante o período menstrual ou fora dele, respectivamente. Hifema: Hemorragia na câmara anterior do olho. Hiposfagma: Hemorragia ocular subconjuntival. ETIOPATOGÊNESE DAS HEMORRAGIAS Alteração na integridade da parede vascular: o Ruptura da parede vascular – Hemorragia por rexe. o Ruptura das paredes da câmara cardíaca do coração. o Causas: ▪ Traumatismo mecânico – pode estar associado a defeitos na resistência vascular ou na coagulação sanguínea. ▪ Fragilidade da parede vascular, elevações da pressão arterial sistêmica (crise hipertensiva) – Aneurismas. ▪ Gengivorragias – Trombocitopenias. ▪ Traumatismo mecânico de bolo fecal ou alimentar – ruptura de veias varicosas no esôfago e hemorroidas. Hemorragia por diapedese - Saída individual de hemácias através de espaços entre células endoteliais. o Alteração local nas junções intercelulares/ Formação de poros nas células endoteliais. o Aumento da pressão intravascular – Inflamações e Hiperemia passiva crônica. 3 Distúrbios Circulatórios Gabriella Almeida XXIV Alteração na coagulação sanguínea: o Causas: ▪ Deficiência de fatores de coagulação: • Congênitas: o Hemofilia A – ausência de fator VIII coagulação o Doença de von Willebrand – deficiência do Fator de von Willebrand. • Adquiridas: o Doenças carenciais (deficiência de vitamina K – cofator na síntese hepática de fatores da coagulação). o Doenças hepáticas (deficiência na síntese de fatores da coagulação). ▪ Excesso de anticoagulantes: • Heparinização excessiva ▪ Coagulopatia de consumo – CIVD/CID • Redução dos fatores da coagulação consumidos em excesso. Alterações quantitativas e qualitativas de plaquetas: o Causas: ▪ Trombocitopenias: • Aplasia e infiltração neoplásica de medula. • Medicamentos – adsorção da droga sobre a plaqueta (produção de ACs). • Próteses valvares – lise mecânica de plaquetas. Alterações da função plaquetária (trombocitopatias): o Medicamentos que interferem na agregação plaquetária (AAS, anti-inflamatórios não esteroidais). CONSEQUÊNCIAS DAS HEMORRAGIAS Fatores: Volume, local do sangramento, velocidade da perda. Volume: o Perdas pequenas porém contínuas: Espoliação de ferro e anemia. o Perdas volumosas: Anemia aguda e em casos mais graves – choque hipovolêmico. Local: o Ventrículos cerebrais ou tecido nervoso encefálico: Aumento da pressão intracraniana e morte encefálica. o Subaracnoidea: Bloqueio de reabsorção liquórica – Hidrocefalia. Velocidade: o Sangramento súbito em: ▪ Espaço pericárdico: Hemopericárdio – Tamponamento cardíaco. ▪ Intraocular: Cegueira por turvação do corpo vítreo, descolamento da retina ou glaucoma. TROMBOSE CONCEITO: Solidificação do sangue no leito vascular ou no interior das câmaras cardíacas, em um indivíduo vivo. Locais: Cavidades cardíacas (parede do órgãos ou válvulas), artérias, veias e microcirculação. 4 Distúrbios Circulatórios Gabriella Almeida XXIV Trombo: ➢ In vivo o Lesão na parede vascular. o Aderido ao vaso. o Duro, não elástico. Coágulo: ➢ Post mortem o Ausência de lesão na parede vascular. o Não aderida ao vaso. o Elásticos/brilhantes. ETIOPATOGÊNESE Alterações na parede vascular/Lesão endotelial: Trombos cardíacos e arteriais: ricos em plaquetas. Alterações no fluxo sanguíneo: Turbulência/turbilhonamento Estase o Insuficiência cardíaca crônica; o Insuficiência venosa – Estase sanguínea; o Dilatações varicosas das veias safenas. 5 Distúrbios Circulatórios Gabriella Almeida XXIV Hiperemia crônica nos membros inferiores: Evolução/consequências: o Trombose venosa profunda – veias poplíteas, femorais ou ilíacas. o Tromboembolia pulmonar. o Úlceras venosas cutâneas Hipercoagulabilidade: Aumento no número de plaquetas, maior disponibilidade de fatores pró-coagulantes e redução de inibidores da coagulação. Inflamações localizadas ou generalizadas. Anticoncepcionais orais, gravidez e período pós- parto. Traumatismos, cirurgias extensas. Neoplaias – Síndrome de Trousseau (carcinoma pancreático e pulmonar). Coagulação intravascular disseminada Consiste na coagulação do sangue em grande número de pequenos vasos, o que forma centenas ou milhares de microtrombos. 6 Distúrbios Circulatórios Gabriella Almeida XXIV ASPECTOS MACRO E MICROSCÓPICOS DA TROMBOSE Trombos Trombos arteriais ou brancos: o Se formam nas artérias (coronárias, cerebrais e femorais) e coração. o Malha friável de plaquetas, fibrina, hemácias e leucócitos degenerados. o Causa: lesão na parede vascular. o Vegetações: são trombos nas valvas cardíacas. ▪ Endocardites infecciosas: quando é de origem infecciosa. ▪ Endocardite trombótica não bacteriana: de origem não infecciosa – vegetações estéreis – geralmente em indivíduos com algum estado de hipercoagulabilidade o Trombos murais: são trombos no interior das câmaras cardíacas ou no lúmen da aorta (podem ser causados, principalmente, pela contração anormal do miocárdio, ex.: arritimia). Trombos Venosos o Veias de membros inferiores (90% dos casos). o São obstrutivas (coagulação rápida). o Contém mais hemácias e menos plaquetas – trombos vermelhos. o Causa: estase → lentidão de corrente. o Evolução/Consequências: ▪ Crescimento/Propagação – Oclusão da luz • Artérias: Isquemia; • Veias: Dificultam retorno venoso – Edema.▪ Dissolução/Lise – Trombos recentes podem sofrer dissolução parcial ou total ▪ Organização: Conjuntivação e reconalização. ▪ Calcificação ▪ Infecção ▪ Embolização 7 Distúrbios Circulatórios Gabriella Almeida XXIV EMBOLIA Obstrução de um vaso sanguíneo ou linfático por um corpo sólido, líquido ou gasoso em circulação que não se mistura com o sangue ou linfa – êmbolo. EMBOLIA SÓLIDA Fragmentos de trombos (tromboembolismo) ou de tecidos. Tromboembolia pulmonar – Trombos nas veias profundas dos membros inferiores – Infarto pulmonar. Tromboembolia arterial – Êmbolos originam-se de trombos formados no coração ou na aorta cujas sedes de obstrução são: o Encéfalo – Acidente vascular isquêmico. o Artérias mesentéricas – Infarto intestinal. o Baço ou rins o Membros inferiores – isquemia e dor – necrose nas extremidades. o Situações que predispõe a formação de tromboses cardíacas ou aórticas: ▪ Endocardites (vegetações infecciosas ou não); ▪ Áreas de infarto do miocárdio; ▪ Aneurismas de ponta (doença de Chagas – resulta em uma cardiomiopatia dilatada); ▪ Situações de estenose mitral e fibrilação atrial. o Tromboembolia arterial não gera problema pulmonar e sim em problemas encefálicos, de artérias mesentéricas, baço, rins e membros inferiores. o Já trombos venosos das veias profundas dos membros inferiores, se desprendem e causam problemas pulmonares. o Situação especial: Embolia paradoxal ▪ Pode haver trombos venosos causando problemas, por exemplo, no encéfalo. ▪ Isso acontece em casos, por exemplo, de defeitos congênitos, em que há a comunicação interatrial, sendo assim o trombo pode viajar através da circulação, chegando no átrio direito e, através da comunicação interatrial, chegar ao coração esquerdo, indo para a grande circulação, causando Tromboembolia arterial. EMBOLIA LÍQUIDA Embolia do líquido amniótico: o Contrações uterinas forçam passagem do líquido para o interior das veias uterinas expostas durante o trabalho de parto. 8 Distúrbios Circulatórios Gabriella Almeida XXIV EMBOLIA GORDUROSA: Infusão inadequada de substâncias oleosas na circulação sanguínea (injeções oleosas intramusculares). Esmagamento de tecido adiposo ou da medula óssea amarela – Politraumatismos. Lise de hepatócitos com esteatose acentuada – Migração de gorduras para veias hepáticas. EMBOLIA GASOSA Consiste na presença de bolhas de gás que obstruem vasos sanguíneos. Síndrome da descompressão: Solubilização do ar inspirado em elevada pressão atmosférica – o retorno rápido à superfície com queda da pressão atmosférica promove a formação de bolhas de gás nitrogênio. Inserção de agulhas e cateteres em vasos. ISQUEMIA Redução ou falta de suprimento sanguíneo em determinado órgão ou estrutura. Intensidade depende do grau da obstrução vascular (total ou parcial) e pode ocorrer de maneira rápida (trombo) ou lenta (placa de aterosclerose). Etiopatogênese: Obstrução da luz vascular: o Arterial: ▪ Intravascular: aterosclerose, embolia, trombose arterial. ▪ Compressão extrínseca: tumores, úlceras de decúbito, síndrome compartimental. ▪ Espasmos: Frio excessivo – vasoconstrição. o Microcirculação: ▪ Aumento da viscosidade sanguínea; ▪ Coagulação intravascular disseminada; ▪ Coagulação extrínseca – Úlceras de decúbito; ▪ Embolia gasosa e gordurosa. o Venosa: ▪ Compressão extrínseca: torção do pedículo vascular, tumores ou linfonodos aumentados de volume. ▪ Trombose: isquemia progressiva associada a hiperemia passiva – edema – dificulta a perfusão sanguínea. 9 Distúrbios Circulatórios Gabriella Almeida XXIV Consequências: Hipóxia → Anóxia Fatores: o Sensibilidade tecidual à hipóxia e anóxia: ▪ Células metabolicamente muito ativas são mais sensíveis. o Extensão da área isquêmica e localização: ▪ Em geral, quanto mais extensa a área de isquemia, mais grave é a isquemia. ▪ Porém, pequenas isquemias no sistema de condução cardíaca e em centros nervosos essenciais podem ser fatais ou deixar sequelas. ▪ Isquemias mais extensas em um membro – lesões mínimas pelo reestabelecimento da circulação por meio de anastomoses. Velocidade de instalação (súbita ou lenta): Isquemia relativa temporária: Obstrução vascular parcial → Indivíduos com aterosclerose submetidos a esforço físico ou a emoções – Aumento da atividade metabólica. Isquemia subtotal temporária: Obstrução vascular incompleta que garante o fluxo sanguíneo mínimo – penumbra isquêmica (a célula não morreu, mas não consegue desempenhar sua função, pois o fluxo sanguíneo mínimo só é suficiente para ela viver). Isquemia persistente: Placas de aterosclerose, trombos, êmbolos – Bloqueio total ou subtotal por tempo prolongado. Quando a isquemia é lenta e progressiva os tecidos adaptam-se à nova situação: Degeneração hidrópica, hipotrofia e hipoplasia, apoptose, fibrose. Estímulo de desenvolvimento de rede de vasos colaterais. Existência de circulação colateral INFARTO Principal consequência da isquemia. Área localizada de necrose isquêmica por interrupção do fluo sanguíneo arterial ou venoso. Infarto branco: Região afetada fica mais clara (branca ou amarelada) – Obstrução arterial em órgãos com escassez ou ausência de circulação colateral. o Ocorre em situações de aumento da demanda de oxigênio, queda abrupta da pressão arterial, choque ou anemia. o Coração, encéfalo, rins e baço (órgãos que não possuem circulação colateral). 10 Distúrbios Circulatórios Gabriella Almeida XXIV Depois do infarto branco → Formação de fibrose (área retraída) – deposição de tecido conjuntivo: Infarto vermelho: Região afetada adquire coloração vermelha em razão da hemorragia. o Obstrução arterial e venosa – órgãos com estroma frouxo ou esponjoso, (pulmão) com circulação dupla ou rica rede de vasos colaterais. o Órgãos com circulação única: ▪ Deslocamento ou lise do trombo/êmbolo. ▪ Compressão/descompressão da parede vascular. o Órgãos com circulação dupla: ▪ Pulmão, fígado. o Órgãos com anastomoses artério-arteriais: ▪ Intestino – Obstrução arterial e venosa. Consequências: Dependem da sua extensão e do órgão comprometido, podendo causar efeito mínimo, disfunção do órgão ou até mesmo a morte. Tronco encefálico: Sequelas motoras. Infartos do miocárdio: Insuficiência cardíaca, arritmias. Necrose isquêmica de membros inferiores – placa de aterosclerose complicada – Gangrena e amputação. Infartos esplênicos extensos: alterações hematológicas e sepse. Evolução: Cicatrização/gliose Infecção: Colonização e proliferação de bactérias anaeróbicas – abcessos, gangrena. CHOQUE Distúrbio hemodinâmico agudo e sistêmico caracterizado pela incapacidade do sistema circulatório de manter a pressão arterial em nível suficiente para garantir a perfusão sanguínea ao organismo, o que resulta em hipóxia generalizada. Choque hipovolêmico: o Redução aguda intensa do volume circulante, ocorrida por perda de líquidos para o meio externo. 11 Distúrbios Circulatórios Gabriella Almeida XXIV Choque cardiogênico: o Surge por uma insuficiência cardíaca aguda, especialmente no ventrículo esquerdo, resultando em incapacidade do coração em bombear o sangue para a circulação sistêmica. o Ou seja, é uma falência da bomba em decorrência de algum problema no ventrículo (especialmente no esquerdo). o Para que o choque cardiogênico aconteça, tem que ter uma perda de massa miocárdica de pelo menos 40% e com isso uma redução da capacidade de injeçãoventricular acima dos 80%. o Principais causas: ▪ Infarto agudo do miocárdio, que causaria falência do ventrículo. ▪ Miocardites agudas. o Causas menos frequentes: ▪ Rupturas de válvulas cardíacas como ocorre na endocardite infecciosa, responsável por desenvolver quadros de vegetações. ▪ Ruptura do músculo papilar do coração. Choque obstrutivo: o Mecanismo básico: Restrição do enchimento das câmaras cardíacas esquerdas, de instalação súbita – Obstrução da atividade da bomba cardíaca. o Principais causas: ▪ Embolia pulmonar maciça – bloqueio do fluxo sanguíneo nas artérias pulmonares. ▪ Tamponamento cardíaco, ocasionado por um hidro ou hemopericárdio agudo, levando à uma restrição diastólica por preenchimento do espaço pericárdico por líquido de edema ou por sangue. Choque distributivo: o Acontece quando se tem uma vasodilatação arteriolar periférica, que resulta em queda da resistência periférica, inundação dos capilares com sangue e redução drástica do retorno venoso. o Três subdivisões: ▪ Choque anafilático; ▪ Choque séptico; ▪ Choque neurogênico. ➢ Choque Anafilático: 12 Distúrbios Circulatórios Gabriella Almeida XXIV o Liberação rápida de histamina (vasodilatador periférico muito potente), causando uma queda rápida e abrupta da pressão arterial, inundação do leito capilar, redução do retorno venoso e diminuição do débito cardíaco, potencializando a diminuição da pressão e com isso hipoperfusão tecidual e choque. o “Aprisionamento” do sangue na região periférica. ➢ Choque séptico: o Causado por uma resposta sistêmica do próprio organismo contra diferentes tipos de invasores, principalmente de origem infecciosa (pode ser também destruição tecidual, traumatismos, agentes físicos, químicos). o É incluído no choque distributivo devido à presença de uma vasodilatação arteriolar na microcirculação, que ocorre por conta de uma resposta inflamatória sistêmica que inicia esse distúrbio hemodinâmico, ou seja, a resposta inflamatória faz com que haja produção de mediadores e de citocinas que promovem essa vasodilatação, causando essa queda na pressão arterial e com isso o choque. ➢ Choque Neurogênico: o Deve-se a uma falta de estimulação neural como acontece, por exemplo, em um trauma de medula espinhal, em que se tem uma lesão neural. Os vasos deixam de ter o estímulo e seu tônus deixa de ser mantido por conta da ausência desse estímulo neural.
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