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LITERATURA O QUE É LITERATURA? DERIVADO DO TERMO LATINO LITTERA, QUE SIGNIFICA LETRA E SÃO ELAS QUE COMPÕEM AS PALAVRAS. LITERATURA É A ARTE QUE UTILIZA A PALAVRA COMO MATÉRIA PRIMA DE SUAS CRIAÇÕES. TEXTOS LITERÁRIOS E NÃO LITERÁRIOS LITERÁRIOS: ELABORADOS COM CUIDADO ESTÉTICO, DE LINGUAGEM TRABALHADA, FORMA ARTÍSTICA CUIDADOSA, COM USO DE VÁRIOS RECURSOS COMO: FIGURAS DE LINGUAGENS, PONTUAÇÃO ESPECIAL, VOCABULÁRIO SELECIONADO, MUSICALIDADE E RITMO. SÃO CARREGADOS DE EMOÇÃO E SIMBOLOGIA, QUE TRAZ VIDA E BELEZA AS PALAVRAS DO PAPEL . NÃO LITERÁRIOS: TEXTOS CORRIQUEIROS, DESPROVIDOS DE TAIS ELEMENTOS ARTÍSTICOS OU RECURSOS MAIS DEFINIDOS. EXEMPLOS: LITERÁRIO O engenheiro ( João Cabral de Melo Neto) A luz, o sol, o ar livre envolvem o sonho do engenheiro O engenheiro sonha coisas claras: superfícies, tênis, um copo de água O lápis, o esquadro, o papel; o desenho, o projeto, o número; o engenheiro pensa o mundo justo, mundo que nenhum véu encobre. ( Em certas tardes nós subíamos Ao edifício. A cidade diária, Como um jornal que todos liam Ganhava um pulmão de cimento e vidro.) A água, o vento, a claridade, De um lado o rio, no alto as nuvens, Situavam na natureza o edifício Crescendo de suas forças simples NÃO LITERÁRIO GÊNEROS ÉPICO: narrativa relacionadas à exaltação de acontecimentos heroicos (epopeias), revoluções sociais, feitos brilhantes e bem sucedidos. (novela, crônica, conto, fábula, romance etc...) LÍRICO: aplica-se a textos subjetivos, em que o eu lírico(poético) fala de seus sentimentos, emoções, desejos, enfim, do seu estado da alma. (poemas, sonetos, hinos, ode, prosa poética etc...) DRAMÁTICO: obra literária em forma de poema ou prosa, conhecida como peça teatral, ou seja, feita para ser representada. (auto, comédia, farsa, tragédia etc...) EXEMPLO DE SONETO Soneto de Fidelidade Vinicius de Moraes De tudo ao meu amor serei atento Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto Que mesmo em face do maior encanto Dele se encante mais meu pensamento. Quero vivê-lo em cada vão momento E em seu louvor hei de espalhar meu canto E rir meu riso e derramar meu pranto Ao seu pesar ou seu contentamento E assim, quando mais tarde me procure Quem sabe a morte, angústia de quem vive Quem sabe a solidão, fim de quem ama Eu possa me dizer do amor (que tive): Que não seja imortal, posto que é chama Mas que seja infinito enquanto dure. Vinicius de Moraes, "Antologia Poética", Editora do Autor, Rio de Janeiro, 1960, pág. 96. ESTILOS DE ÉPOCA CRONOLOGIA DA LITERATURA QUADRO GERAL LITERATURA PORTUGUESA ERA MEDIDEVAL TROVADORISMO HUMANISMO SÉCULOS XII A XIV SÉCULOS XV CANCIONEIROS POESIA TROVADORESCA(CANTIGAS) CANCIONEIRO GERAL FERNÃO LOPES GIL VICENTE QUADRO GERAL LITERATURA PORTUGUESA ERA CLÁSSICA RENASCIMENTO/ CLASSICISMO BARROCO/ SEISCENTISMO NEOCLASSICISMO/ ARCADISMO SÉCULO XVI SÉCULO XVII A XVIII SÉCULO XVIII CAMÕES CULTISMO CONCEPTISMO Pe. ANTÔNIO VIEIRA ÁRCADIA LUSITANA NOVA ÁRCADIA BOCAGE QUADRO GERAL LITERATURA PORTUGUESA ERA ROMÂNTICA ROMANTISMO REALISMO/ NATURALISMO SIMBOLISMO MODERNISMO SÉCULO XIX SÉCULO XIX SÉCULO XIX SÉCULO XX ALMEIDA GARRETT ALEXANDRE HERCULANO CAMILO CASTELO BRANCO JÚLIO DINIZ QUESTÃO COIMBRÃ ANTERO DE QUENTAL EÇA DE QUEIRÓS EUGÊNIO DE CASTRO ANTÔNIO NOBRE CAMILO PESSANHA REVISTA ORPHEU FERNANDO PESSOA REV. PRESENÇA QUADRO GERAL LITERATURA BRASILEIRA ERA COLONIAL QUINHENTISMO BARROCO NEOCLASSICISMO ARCADISMO SÉCULO XVI SÉCULO XVII/XVIII SÉCULO XVIII DESCOBRIMENTO LITERATURA INFORMATIVA LITERATURA CATEQUÉTICA JOSÉ DE ANCHIETA BAHIA GREGÓRIO DE MATTOS MINAS GERAIS CLÁUDIO MANOEL DA COSTA TOMÁS ANTONIO GONZAGA BASÍLIO DA GAMA SANTA RITA DURÃO QUADRO GERAL LITERATURA BRASILEIRA ERA NACIONAL ROMANTISMO REALISMO NATURALISMO PARNASIANISMO SIMBOLISMO MODERNISMO Século XIX Século XIX Século XIX Século XX Independência Gonçalves Dias Alvares De Azevedo Castro Alves Joaquim Manuel De Macedo José De Alencar Machado De Assis Aluísio Azevedo Raul Pompéia Parnasianismo Cruz E Sousa Alphonsus De Guimarães Semana De 22 Mário E. Osvald De Andrade Geração De 30 Geração De 45 Guimarães Rosa Clarice Lispector TROVADORISMO CANTIGAS AMOR E AMIGO Você me proibiu, senhora, de que lhe dissesse qualquer coisa sobre o quanto sofro por sua causa. Mas então me diga, por Deus, senhora: a quem falarei o quanto sofro e já sofri por você senão a você mesma? (D. Dinis) SATÍRICA ESCÁRNIO TROVADORISMO ARTE NO TROVADORISMO ARQUITETURA GÓTICA HUMANISMO PRODUÇÃO LITERÁRIA GIL VICENTE AUTO DA LUSITÂNIA AUTO DA BARCA DO INFERNO Escrita em 1517, durante a transição entre Idade Média e Renascimento, o Auto da Barca do Inferno, é uma das obras mais representativas do teatro vicentino. Como em tantas outras peças, nesta o autor aproveita a temática religiosa como pretexto para a crítica de costumes. A Obra O primeiro a embarcar é um Fidalgo, que chega acompanhado de um Pajem, que leva a calda da roupa do Fidalgo e também uma cadeira, para seu encosto. O Diabo mal viu o Fidalgo e já lhe falou para entrar em sua barca, pois ele iria levar mais almas e mostrar que era bom navegante. Antes disso, o companheiro do Diabo, começou a preparar a barca para que as almas dos que viessem, pudessem entrar. Quando tudo estava pronto, o Fidalgo dirigiu a palavra ao Diabo, perguntando para onde aquela barca iria. O Diabo respondeu que iria para o Inferno, então o Fidalgo resolveu ser sarcástico e falou que as roupas do Diabo pareciam de uma mulher e que sua barca era horrível. O Diabo não gostou da provocação e disse que aquela barca com certeza era ideal para ele, devido a sua impertinência. O Fidalgo espantado, diz ao Diabo que tem quem reze por ele, mas acaba recebendo a notícia de que seu pai também havia embarcado rumo ao Inferno.
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