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Introdução à Literatura Brasileira

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Introdução aos Estudos de Literatura Brasileira: metodologia e revisão conceitual
LITERATURA BRASILEIRA I
Conteúdo Programático desta aula
Critérios epistemológicos escolhidos para a abordagem da disciplina literatura brasileira;
O conceito de geração literária;
A importância da disciplina para a formação do professor;
As relações entre literatura brasileira e a literatura portuguesa
Por que estudar literatura?
“... podemos dizer que a literatura é o sonho acordado das civilizações. Portanto, assim como não é possível haver equilíbrio psíquico sem o sonho durante o sono, talvez não haja equilíbrio social sem a literatura. Deste modo, ela é fator indispensável de humanização e, sendo assim, confirma o homem na sua humanidade, inclusive porque atua em grande parte no subconsciente e no inconsciente. Neste sentido, ela pode ter importância equivalente à das formas conscientes de inculcamento intencional, como a educação familiar, grupal ou escolar. Cada sociedade cria as suas manifestações ficcionais, poéticas e dramáticas de acordo com os seus impulsos, as suas crenças, os seus sentidos, as suas normas, a fim de fortalecer em cada um a presença e atuação deles.” (Antonio Candido- Literatura e Direitos humanos)
O que é literatura? 
Terry Eagleton começa explicando que uma forma possível seria definir literatura como sendo a “escrita imaginativa”, no sentido de ficção:
“Muitas têm sido as tentativas de se definir literatura. É possível, por exemplo, defini-la como a escrita "imaginativa", no sentido de ficção – escrita esta que não é literalmente verídica.” (EAGLETON, Terry. Teoria literária: uma introdução. Trad. Waltensir Dutra. 6.ed., São Paulo, Martins Fontes, 2006, p. 1.)
 FATO (real) X FICÇÃO
A literatura se define por “empregar uma linguagem peculiar”. A literatura executa uma espécie de “violência linguística”; ela é uma “forma especial de linguagem em contraste com a linguagem ‘comum’  não se podem considerar todos os desvios linguísticos como poéticos;
Literatura causa estranhamento – não pode ser lido de forma comum. Mas nem sempre o que causa estranheza pode ser considerado literatura ( propaganda).
“Todas as obras literárias, em outras palavras, são "reescritas“(receptor do texto e do contexto histórico que ele está inserido), mesmo que inconscientemente, pelas sociedades que as leem; na verdade, não há releitura de uma obra que não seja também uma "reescritura". Nenhuma obra, e nenhuma avaliação atual dela, pode ser simplesmente estendida a novos grupos de pessoas sem que, nesse processo, sofra modificações, talvez quase imperceptíveis. E essa é uma das razões pelas quais o ato de se classificar algo como literatura é extremamente instável.”. (EAGLETON, Terry. Teoria literária: uma introdução. Trad. Waltensir Dutra. 6.ed., São Paulo, Martins Fontes, 2006, p. 19.)
 
O "nosso" Homero não é igual ao Homero da Idade Média, nem o "nosso" Shakespeare é igual ao dos contemporâneos desse autor. Diferentes períodos históricos construíram um Homero e um Shakespeare "diferentes", de acordo com seus interesses e preocupações próprios, encontrando em seus textos elementos a serem valorizados ou desvalorizados, embora não necessariamente os mesmos. (EAGLETON, Terry. Teoria literária: uma introdução. Trad. Waltensir Dutra. 6.ed., São Paulo, Martins Fontes, 2006, p. 19.)
O papel do receptor/leitor do texto – O texto vai ser interpretado pelo leitor no seu contexto histórico é uma reescrita do texto. A cada leitura fazemos uma reescritura do texto. Uma interpretação nova para o texto. 
“Com ser de natureza estética, o fato literário é histórico, isto é, acontece num tempo e num espaço determinados. Há nele elementos históricos que o envolvem como uma capa e o articulam com a civilização –personalidade do autor, língua, raça, meio geográfico e social, momento; e elementos estéticos, que constituem o seu núcleo, imprimindo-lhe ao mesmo tempo características peculiares, que o fazem distinto de outro fato da vida (econômico, político, moral, religioso.” (COUTINHO, Afrânio. A Literatura no Brasil. 7.ed.São Paulo: Global, 2004. vol. 1. p. 9)
Termo chamado período – método de estudo da literatura por períodos. 
Período estético x História - Independência do Brasil
(Momento histórico-fato) x Manifestação literária. Não são os fatos históricos que determinam a nomenclatura da literatura, ela determinada pelo estilo (conjunto de características que está inserido no momento estético)
Período 
“ O período é definido como uma “secção de tempo dominada por um sistema de normas, convenções e padrões literários, cuja introdução, difusão, diversificação, integração e desaparecimento podem ser seguidos por nós” (apud AGUIAR E SILVA, Vitor Manuel. Teoria da Literatura. 8.ed. Coimbra: Livraria Almedina, 1979. p.350)
Período é de tempo sim, mas é preciso observar o que aconteceu de característica e típico na literatura daquele momento.
O tempo pode ser um indicador, mas não é único. Período associa o tempo com as características e peculiaridades de um momento estético.
A literatura para a estética da recepção
“A história da literatura é um processo de recepção e produção estética que se realiza na atualização dos textos literários por parte do leitor que os recebe, do escritor, que se faz novamente produtor, e do crítico, que sobre eles reflete. A soma – crescente a perder de vista – de ‘fatos’ literários conforme os registram as histórias da literatura convencionais é um mero resíduo desse processo, nada mais que passado coletado e classificado, por isso mesmo não constituindo história alguma, mas pseudo-história” ( JAUSS, Hans Robert. A história da literatura como provocação à teoria literária. Trad. Sergio Tellaroli. São Paulo: Ática, 1994. p. 25)
A obra continua produzindo sentidos.
Considerar a participação do leitor e, também, da sociedade do seu tempo.
Ideologia e literatura
“Qualquer grande obra literária ou artística é a expressão de uma visão do mundo. Esta é um fenômeno de consciência coletiva que atinge o máximo de clareza conceitual ou sensível na consciência do pensador ou do poeta. Os últimos exprimem-no por sua vez na obra estudada pelo historiador, que se serve do instrumento conceitual que é a visão do mundo” (GOLDMANN, L. Lê Dieu cachê.Paris: Gallimard,1964, pp218-219 APUD MAINGUENEAU, D. p.8)
 
Considerar que a obra literária é, também, a expressão das relações sociais daquela época.
Obra de arte (traz à tona as relações conflituosas que toda sociedade vive)x confronto ou parceria
O cortiço (Realismo Naturalismo brasileiro – Classes baixas –marginalizados x classe alta – Família do Miranda 
Mas o que é Ideologia?
“(...) A maneira pela qual aquilo que dizemos e no que acreditamos se relaciona com a estrutura do poder e com as relações de poder da socieadade em que vivemos.”
“Eles se referem, em última análise, não apenas ao gosto particular mas aos pressupostos pelos quais certos grupos sociais exercem e mantêm o poder sobre os outros.” ( T. Eagleton) (EAGLETON, Terry. Teoria literária: uma introdução. Trad. Waltensir Dutra. 6.ed., São Paulo Martins Fontes, 2006, p. 2.)
A literatura é constituída por juízos de valor historicamente variáveis, que têm estreita relação com as ideologias sociais., 
Literatura é juízo de valor
A importância do leitor
 “Para Umberto Eco, o leitor tem um importante papel na decifração dos signos, na medida que ele é presentificado desde o momento em que a obra é constituída; e a obra, ela mesma, só adquire sentidos na medida em que é lida em contextos variados.”
Autor pensa em um leitor virtual x Leitor de fato, vai dar a obra uma interpretação nova.
A vida imita a arte ou a arte imita a vida?
“Bio/grafia’ que se percorre nos dois sentidos: da vida rumo à grafia ou da grafia rumo à vida. (...) a vida do escritor está à sombra da escrita, mas a escritaé uma forma de vida. O escritor ‘vive’ entre aspas a partir do momento em que sua vida é dilacerada pela exigência de criar, em que o espelho já se encontra na existência que deve refletir.” (MAINGUENEAU, D. O contexto da obra literária. P. 46-47)
Aspectos biográficos são importantes para a literatura? Alguns aspectos sim outros não, pois o autor e a sua vida estão refletidos na sua obra. 
Biografia para alguns aspectos que a obra não revela
Literatura comparada
 
É por meio dela que se observam as convergências ou divergências entre a literatura e as outras artes em uma determinada época. Esses estudos configuram a Literatura comparada, uma disciplina que se propõe a estabelecer e analisar esses confrontos. 
 Também é por meio da Literatura comparada que estudamos os fenômenos literários em literaturas de países diferentes.
Geração, segundo Afrânio Coutinho, pode definir-se como sendo “um grupo de escritores de idades aproximadas que, participando das mesmas condições históricas, defrontando-se com os mesmos problemas coletivos, compartilhando de idêntica concepção do homem, da vida e do universo e defendendo valores estéticos afins, assumem lugar de relevo na vida literária de um país mais ou menos na mesma data. ( p. 357).
Ocorre no Romantismo no Brasil
São três gerações: Nacionalista–indianista, Byroniana e Ultrarromantismo, Condoreira.
A primeira referência à literatura brasileira registra-se no ensaio “Bosquejo da história da poesia e língua portuguesa”, como introdução da Antologia Parnaso Brasileiro, de Almeida Garret (1799-1854), publicada em 1826.
O ponto de partida do estudo das histórias da literatura é dado com a publicação de História da Literatura Brasileira, de Silvio Romero, em 1888.
Cânon e Projeto de Construção Nacional:
A construção do que podemos chamar de cânon da literatura brasileira não pode ser compreendido como uma sequência, mas como sistema:
“(...) trata-se de uma sequência cujo estabelecimento passa pela mediação de inúmeras leituras seletivas que, pautando-se por igualmente seletivos protocolos (de leitura literária), foram aprovando certas obras e rejeitando outras, num gigantesco processo de seleção e combinação, cujo resultado constitui o canon da literatura brasileira”.
 
A primeira referência à literatura brasileira registra-se no ensaio “Bosquejo da história da poesia e língua portuguesa”, como introdução da Antologia Parnaso Brasileiro, de Almeida Garret (1799-1854), publicada em 1826.
O ponto de partida do estudo das histórias da literatura é dado com a publicação de História da Literatura Brasileira, de Silvio Romero, em 1888.
Cânon e Projeto de Construção Nacional:
A construção do que podemos chamar de cânon da literatura brasileira não pode ser compreendido como uma sequência, mas como sistema:
“(...) trata-se de uma sequência cujo estabelecimento passa pela mediação de inúmeras leituras seletivas que, pautando-se por igualmente seletivos protocolos (de leitura literária), foram aprovando certas obras e rejeitando outras, num gigantesco processo de seleção e combinação, cujo resultado constitui o canon da literatura brasileira”.

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