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SÉCULO XX NO BRASIL
O Modernismo foi uma tendência vanguardista que 
rompeu com padrões rígidos e caminhou para uma 
criação mais livre, surgida internacionalmente nas artes 
plásticas e na literatura no final do século XIX e início do 
século XX. Foi uma reação às escolas artísticas do 
passado. Como resultado, desenvolveram-se novos 
estilos, entre eles o Expressionismo, o Cubismo, o Dadá, 
o Surrealismo e o Futurismo.
No Brasil, o termo identifica o movimento desencadeado 
pela Semana de Arte Moderna de 1922. De 11 a 18 de 
fevereiro daquele ano, conferências, recitais de música, 
declamações de poesia e exposição de quadros, 
realizados no Teatro Municipal de São Paulo, apresentam 
ao público as novas tendências das artes do país. Seus 
idealizadores rejeitam a arte do século XIX e as influências 
estrangeiras do passado. Defendem a assimilação das 
estéticas internacionais para mesclá-las com a cultura 
nacional, o que dá origem a uma arte vinculada à realidade 
brasileira.
A Semana, na verdade, foi a 
explosão de idéias inovadoras que aboliam 
por completo a perfeição estética tão 
apreciada no século XIX. Os artistas 
brasileiros buscavam uma identidade 
própria e a liberdade de expressão; com 
este propósito, experimentavam diferentes 
caminhos sem definir nenhum padrão. Isto 
culminou com a incompreensão e com a 
completa insatisfação de todos que foram 
assistir a este novo movimento. Logo na 
abertura, Manuel Bandeira, ao recitar seu 
poema Os sapos, foi desaprovado pela 
platéia através de muitas vaias e gritos. 
Anita Malfatti (com 30 anos de idade): importante artista 
plástica brasileira
Introdução 
 Anita Malfatti foi uma importante e famosa artista 
plástica (pintora e desenhista) brasileira. Nasceu na 
cidade de São Paulo, no dia 2 de dezembro de 1889 e 
faleceu na mesma cidade, em 6 de novembro de 1964.
Anita Malfatti era filha de Bety Malfatti (norte-
americana de origem alemã) e pai italiano. Estudou pintura 
em escolas de arte na Alemanha e nos Estados Unidos 
(estudou na Independent School of Art em Nova Iorque). Em 
sua passagem pela Alemanha, em 1910, entrou em contato 
com o expressionismo, que a influenciou muito. Já nos 
Estados Unidos teve contato com o movimento modernista.
Em 1917, Anita Malfatti realizou uma exposição artística 
muito polêmica, por ser inovadora, e ao mesmo tempo 
revolucionária. As obras de Anita, que retratavam 
principalmente os personagens marginalizados dos centros 
urbanos, causou desaprovação nos integrantes das classes 
sociais mais conservadoras.
Em 1922, junto com seu amigo Mario de Andrade, 
participou da Semana de Arte Moderna. Ela fazia parte do 
Grupo dos Cinco, integrado por Malfatti, Mario de Andrade, 
Tarsila do Amaral, Oswald de Andrade e Menotti del 
Picchia.
Entre os anos de 1923 e 1928 foi morar em Paris. 
Retornou à São Paulo em 1928 e passou a lecionar desenho 
na Universidade Mackenzie até o ano de 1933.
Em 1942, tornou-se presidente do Sindicato dos 
Artistas Plásticos de São Paulo. Entre 1933 e 1953, passou 
a lecionar desenho nas dependências de sua casa. 
A Boba, 1915/ 1916 óleo s/ tela, 61 x 50,6 cm 
Feita durante sua estada nos 
Estados Unidos, A Boba é um dos pontos 
mais altos da pintura de Anita. É fruto de 
uma fase em que a sua pintura 
expressionista absorve elementos cubo-
futuristas. A Boba faz parte de um 
momento de "busca ativa", a tela é 
construída com a cor, numa orquestração 
de laranjas, amarelos, azuis e verdes, 
realçando as zonas cromáticas delineadas 
pelas linhas negras, na maioria diagonais - 
ordenação cubista. No primeiro plano, uma 
angulosa e assimétrica figura recebe 
aplicação irregular da cor. Na fisionomia, a 
expressão anormal e vaga é ressaltada por 
traços negros, segundo a estética 
expressionista do irracional e desarmônico. 
O fundo, elaborado com rápidas 
pinceladas, serve de contraponto. 
A estudante russa. 1915. óleo s/ tela (76x61). Col. Mário de Andrade, Instituto de Estudos 
Brasileiros da USP, SP.
Tanto nas paisagens 
quanto nos retratos, a cor é o 
principal instrumento da jovem 
Anita Malfatti. A obra O homem 
de sete cores revela essa 
preocupação intensa, e essa 
técnica também irá produzir 
grandes telas como A boba
O homem de sete cores. 1915-16. Carvão e pastel s/ papel (60,7x45). Col. Roberto 
Pinto de Souza, SP.
Anita utilizava modelos que posavam na Independent School 
of Art em troca de alguns dólares. Essas pessoas, sem nenhuma 
ligação com o mundo artístico, serviriam como modelos para obras 
como A mulher de cabelos verdes e O homem amarelo, obra que 
fascinou Mario de Andrade, quando este sequer conhecia Anita.
O homem amarelo (1915), de Anita Malfatti. Dimensões: 61 x 51 cm. Coleção Mario de 
Andrade/ Instituto de Estudos Brasileiro – IEB/USP, São Paulo.
A mulher de cabelos verdes (1915), de Anita Malfatti. Dimensões: 61 cm x 51 cm. 
Coleção particular.
Nessas obras, assim como em Uma estudante, Anita revela o seu 
interesse em retratar o estado psicológico dos seus modelos. O uso de 
certa deformação moderada, fugindo dos modelos clássicos, causou 
grande alvoroço em Monteiro Lobato e na elite provinciana de São Paulo.
Uma estudante. 1915-16. óleo s/ tela (76,5x60,5). Col. Museu de Arte de São Paulo 
Assis Chateaubriand, SP.
Introdução 
Emiliano Augusto Cavalcanti de 
Albuquerque e Melo, mais conhecido 
como Di Cavalcanti, foi um 
importante pintor, caricaturista e 
ilustrador brasileiro. 
- Seu estilo artístico é marcado pela influência do expressionismo, 
cubismo e dos muralistas mexicanos (Diego Rivera, por exemplo).
- Abordou temas tipicamente brasileiros como, por exemplo, o samba. O 
cenário geográfico brasileiro também foi muito retratado em suas obras 
como, por exemplo, as praias.
- Em suas obras são comuns os temas sociais do Brasil (festas 
populares, operários, as favelas, protestos sociais, etc).
- Estética que abordava a sensualidade tropical do Brasil, enfatizando os 
diversos tipos femininos.
- Usou as cores do Brasil em suas obras, em conjunto com toques de 
sentimentos e expressões marcantes dos personagens retratados.
Sem sombra de dúvidas de que Di Cavalcanti foi 
praticamente o principal responsável pela grande revolução artística 
modernista no Brasil, pois ele foi idealizador do evento que fez com 
que isso fosse possível, a Semana da Arte Moderna. Nascido no 
Estado do Rio de janeiro, Di Cavalcanti além de pintor foi também 
desenhista, ilustrador e caricaturista.
Mulheres Protestando – Di Cavalcanti Duas Mulatas - Di Cavalcanti
Suas inspirações de pintura eram bem voltadas para o tropical e 
sensual, onde seus temas prediletos foram populares do país como 
favelas, soldados, operários, marinheiros, mulheres negras e festas 
populares. Esses temas levaram Di Cavalcanti a conquistar diversos 
prêmios em toda sua carreira artística, dentre eles estão o de “Melhor 
Pintor Brasileiro (1953)” e recebeu uma medalha de ouro em uma 
exposição que aconteceu na França.
Di Cavalcanti ficou muito famoso por pintar obras de arte como os 
quadros “Cinco Moças de Guaratinguetá” e “Aldeia de Pescadores”.
Baile Popular - Di Cavalcanti
Nascimento de Vênus (1940), de Di Cavalcanti.
Dimensões: 54 cm x 65 cm. Coleção Particular.
Pescadores (1951), de Di Cavalcante.
Museu de Arte Contemporânea/USP, São Paulo.
Introdução
Cândido Portinari foi um dos pintores brasileiros mais 
famosos. Este grande artista nasceu na cidade de Brodowski (interior 
do estado de São Paulo), em 29 de dezembro de 1903. Destacou-se 
também nas áreas de poesia e política.
Durante sua trajetória, ele estudou na Escola de Belas-Artes do 
Rio de Janeiro; visitou muitos países, entre eles, a Espanha, a França e a 
Itália, onde finalizou seus estudos.
No ano de 1935 ele recebeu uma premiação em Nova Iorque por sua obra 
"Café". Deste momento em diante, sua obra passou a ser mundialmente 
conhecida.
Dentre suas obras, destacam-se: "A Primeira Missa no Brasil", 
"São Francisco de Assis" e “Tiradentes". Seusretratos mais famosos são: 
seu auto-retrato, o retrato de sua mãe e o do famoso escritor brasileiro 
Mário de Andrade.
No dia seis de fevereiro de 1962, o Brasil perdeu um de seus 
maiores artistas plásticos e aquele que, com sua obra de arte, muito 
contribuiu para que o Brasil fosse reconhecido entre outros países. A 
morte de Cândido Portinari teve como causa aparente uma intoxicação 
causada por elementos químicos presentes em certas tintas.
-Retratou questões sociais do Brasil;
-Utilizou alguns elementos artísticos da arte moderna 
europeia;
-Suas obras de arte refletem influências do surrealismo, 
cubismo e da arte dos muralistas mexicanos;
- Arte figurativa, valorizando as tradições da pintura.
Retrato de Euclides da Cunha, (1944). Desenho a nanquim bico-de-pena e 
nanquim pincel/papel 16 x 13cm. Rio de Janeiro, RJ. Assinada na metade inferior 
direita "Portinari". Sem data. Coleção particular, São Paulo,SP
 
OBSERVAÇÃO: Original para ilustração, reproduzido à página 19, do 
livro "Perfil de Euclydes e Outros Perfis", de Gilberto Freyre.
Retrato de Carlos Gomes, (1914). Desenho a carvão/papel 43 x 42cm. 
Brodowski, SP. Assinada e datada na metade inferior direita "Candido 
Portinari 1914“
Inscrições na metade superior direita "LO SCHIAVO", "SALVADOR ROSA", 
"MARIA TUDOR"; na metade inferior esquerda "TOSCA", "COLOMBO", 
"CONDOR", "GUARANY" e no centro da metade inferior "Carlos Gomes 
nascido 17 julho de 1836 e fallecido 16 setembro de 1896"
Coleção particular, Rio de Janeiro,RJ
Retirantes, Série Retirantes (1944).Painel a óleo/tela, 190 x 180cm. Petrópolis, RJ. 
Assinada e datada no canto inferior direito "PORTINARI 944”. Museu de Arte de São 
Paulo Assis Chateaubriand, São Paulo,SP 
CANDIDO PORTINARI
(Brodósqui, SP, 1903 - Rio de Janeiro, RJ, 1962)
Mestiço - 1934 - Óleo sobre tela - 81x61 cm 
O café, 1935
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