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Entenda como identificar os principais tumores cerebrais

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ESTUDO • PUBLICADO EM 17/6/21
Aprenda a reconhecer os
principais tumores cerebrais
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Índice
Tumores neuroectodérmicos
Tumores mesodérmicos
Tumores metastáticos
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Entenda como identificar os principais tumores cerebrais
TUMORES NEUROECTODÉRMICOS TUMORES MESODÉRMICOS TUMORES METASTÁTICOS
(principais locais de origem)
Astrocitomas Meningeoma Mama
Oligodendroma   Pele (melanoma)
Meduloblastoma   Pulmão
Ependimoma   Rim
    Trato gastrointestinal
Tumores neuroectodérmicos
Astrocitomas
Ependimomas
Oligodendromas
Meduloblastoma
Recomendações para o esquema vacinal de pacientes oncológicos
Carcinoma de pulmão: como fazer o diagnóstico diferencial?
Carcinoma hepatocelular
Os tumores do sistema nervoso central (SNC) atingem 30 a cada 100.000 pacientes e
representam 20% de todos os tumores pediátricos. Eles possuem particularidades em relação a
neoplasias de outros locais do corpo. Sendo assim, quando primários, não dão metástase para
outros órgãos e, além disso, mesmo os benignos podem apresentar um mau prognóstico.
Isso porque sua expansão pode comprimir estruturas vitais, como o hipotálamo e tronco
cerebral, levando a déficits clínicos importantes, e até mesmo a uma parada cardiorrespiratória.
Por isso, não perca o post dessa semana sobre esse assunto tão relevante para a prática
médica!
Os tumores do SNC são classificados de acordo com o tecido de origem. Assim, podem ser
neuroectodérmicos (com origem em células da glia ou de neurônios), mesodérmicos ou
metastáticos. Os principais tumores que serão abordados estão listados na tabela abaixo.
Os astrocitomas são tumores de células gliais. Sendo classificados como astrocitomas difuso ou
pilocítico, de acordo com sua localização e aspecto histológico. O astrocitoma pilocítico é mais
frequente em crianças, apresentando baixo grau de malignidade (grau I) e localização
predominante no cerebelo. 
Lâmina de um astrocitoma pilocítico. O tumor tem o nome “pilocítico” devido ao prolongamento dos astrócitos
neoplásicos, que lembram “pelos”, como em uma cabeleira. Perceba que, nesse tumor, há poucas atipias celulares.
Fonte: Anapat
Já o astrocitoma difuso corresponde a 80% dos gliomas em adultos, sendo mais frequentes na
faixa etária de 40 a 60 anos, e acometem predominantemente os hemisférios cerebrais. Com a
análise das lâminas histológicas (se há presença de mitoses, atipias nucleares, necrose,
proliferação vascular), os astrocitomas podem ser classificados em difusos (grau II), anaplásicos
(grau III) ou glioblastomas multiformes (grau IV).
Lâmina histológica apresentando um pseudoglomérulo. Isso ocorre quando há uma proliferação vascular muito
intensa, que mimetiza capilares glomerulares. Esse é um achado muito característico dos glioblastomas. Fonte:
Anapat
O astrocitoma pode permanecer estático por muitos anos, mas progride rapidamente,
provocando uma rápida deterioração clínica do paciente. À medida em que surgem as
características anaplásicas, o prognóstico torna-se mais sombrio.
Lâmina demonstrando uma necrose em pseudopaliçada, característico dos glioblastomas. Note que, nesse achado,
o centro necrótico é circundado por células neoplásicas. Fonte: Anapat
Tomografia de crânio com contraste de um glioblastoma, demonstrando uma grande lesão no hemisfério direito.
Perceba que essa lesão é heterogênea, de centro hiperdenso circundando por áreas hipodensas, que podem
corresponder a edema ou infiltrações neoplásicas. Há deslocamento da linha média, e os ventrículos estão
colabados e deslocados. Fonte: Anapat
São tumores de origem nas células ependimárias e, por isso, normalmente estão localizados
próximos ao sistema ventricular. Na segunda década de vida, normalmente localizam-se
próximos ao 4º ventrículo e, em adultos, estão mais comumente localizados na medula espinal.
Ademais, recidivas são frequentes, tornando o prognóstico final sombrio.
Lâmina demonstrando aspecto típico dos ependimomas: a formação de pseudorosetas perivasculares. As células
lançam prolongamentos em direção aos vasos, mas os núcleos continuam nas periferias. Fonte: Anapat
São tumores menos frequentes, representando de 5% a 15% dos tumores da glia. A incidência
deles é prevalente entre a quarta e quinta década de vida, com localização predominante nos
hemisférios cerebrais, especialmente nos lobos frontal e temporal.
Ressonância magnética (RM) em T1, sem contraste, de um meduloblastoma. Perceba que a lesão é heterogênea e
bem delimitada. Fonte: Anapat
É uma neoplasia de células embrionárias e corresponde a 20% dos tumores cerebrais
pediátricos. Tendo localização exclusiva no cerebelo e, apesar de ser altamente maligno, é muito
radiossensível. Com o tratamento adequado, a taxa de sobrevida em 5 anos pode ser de até
75%.
RM em T1, com contraste, de um meduloblastoma. Fonte: Anapat
Leia também:
Tumores mesodérmicos
Meningeomas
Tumores metastáticos
O meningeoma é um tumor benigno, de origem nos fibroblastos aracnóideos, sendo
caracterizado por ser bem delimitado e, em grande parte dos casos, está aderido à dura-máter.
A sua localização é frequente ao longo do seio sagital superior e especialmente na cavidade
anterior do crânio. Ademais, sua expansão não apresenta um padrão infiltrativo no parênquima
cerebral.
RM em T1, com saturação de gordura. Na imagem, é possível observar uma massa hiperintensa, formada devido ao
espessamento da dura-máter. Esse é o “sinal da cauda dural”. Apesar desse achado não ser patognomônico do
meningeoma, é fortemente sugestivo dessa doença, devido a sua frequência ser muito superior em relação a outras
patologias que provocam o surgimento desse sinal. Fonte: Radiopaedia
As metástases representam uma taxa entre 25% e 50% de todos os tumores intracranianos e
ocorrem sempre através da via hematogênica. Assim, a maioria delas atinge o cérebro e o
cerebelo. Com isso, raramente chegam ao tronco cerebral e a medula, devido a circulação
sanguínea ser mais escassa nesses locais. Além do mais, atingem principalmente adultos a
partir da quinta década de vida e idosos.
TC sem contraste em corte coronal de paciente com metástase cerebral de melanoma. Perceba que a lesão é bem
delimitada e é hiperdensa em relação ao córtex, devido ao pigmento da melanina presente no tumor. A área
hipodensa nas periferias da lesão é característica do edema circunjacente. Fonte: Radiopaedia
Como exposto na tabela acima, as principais localizações dos tumores primários que
metastizam para o parênquima cerebral são a mama, os pulmões, a pele, os rins e o trato
gastrointestinal, representando 80% de todos os casos. Esses formam massas bem delimitadas,
normalmente entre a substância cinza e branca, provocando edema local. Além disso, quase
sempre apresentam necrose.
Fontes:
KUMAR, V. et al. Bases Patológicas das Doenças. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016.
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