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ginastica na empresa

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ProfProfProfProfªªªª Ms. Ester MendesMs. Ester MendesMs. Ester MendesMs. Ester Mendes
Mestre em Biodinâmica do Movimento Humano – USP
Doutoranda em Comunicação e Semiótica - PUCSP
GINGINGINGINÁÁÁÁSTICA NA EMPRESASTICA NA EMPRESASTICA NA EMPRESASTICA NA EMPRESA
PROGRAMAS DE QVT
� Ginástica Laboral
� Corporate Fitness
� Programas de Integração
� Campanhas de conscientização (ex.: anti-fumo, 
alimentação balanceada.
Possuem caráter multidisciplinar e incluem diversos serviços 
relacionados à melhoria da qualidade de vida do trabalhador.
Os projetos de Ginástica na Empresa fazem parte 
dos programas de Qualidade de Vida no Trabalho 
(QVT).
Podem ser direcionados a:
-Ginástica Laboral (de pausa, preparatória e/ou 
compensatória)
- Corporate Fitness
- Esportes
Qualidade de Vida
A A A A QualidadeQualidadeQualidadeQualidade de V ida de V ida de V ida de V ida devedevedevedeve proporcionarproporcionarproporcionarproporcionar
bembembembem ----estarestarestarestar ffffíííísicosicosicosico , , , , emocionalemocionalemocionalemocional e social.e social.e social.e social.
A A A A buscabuscabuscabusca pelapelapelapela QualidadeQualidadeQualidadeQualidade de V ida de V ida de V ida de V ida envolveenvolveenvolveenvolve
mudanmudanmudanmudanççççasasasas de de de de hhhháááábitosbitosbitosbitos e e e e pensamentospensamentospensamentospensamentos....
P rogramasProgramasProgramasProgramas de QVT de QVT de QVT de QVT sãosãosãosão elaboradoselaboradoselaboradoselaborados paraparaparapara facilitarfacilitarfacilitarfacilitar ouououou trazertrazertrazertrazer satisfasatisfasatisfasatisfaççççãoãoãoão e e e e bembembembem ----
estarestarestarestar aoaoaoao trabalhadortrabalhadortrabalhadortrabalhador nananana execuexecuexecuexecuççççãoãoãoão de de de de suassuassuassuas tarefastarefastarefastarefas....
As A s A s A s organizaorganizaorganizaorganizaççççõesõesõesões empresariaisempresariaisempresariaisempresariais e e e e industriaisindustriaisindustriaisindustriais têmtêmtêmtêm
negligenciadonegligenciadonegligenciadonegligenciado valoresvaloresvaloresvalores ambientaisambientaisambientaisambientais e e e e humanoshumanoshumanoshumanos emememem favorfavorfavorfavor do do do do 
avanavanavanavanççççoooo tecnoltecnoltecnoltecnolóóóógicogicogicogico , , , , dadadada produtiv idadeprodutiv idadeprodutiv idadeprodutiv idade e do e do e do e do crescim entocrescim entocrescim entocrescim ento
econôm icoeconôm icoeconôm icoeconôm ico....
O O O O termotermotermotermo ‘‘‘‘QualidadeQualidadeQualidadeQualidade de V idade V idade V idade V ida ’’’’ tem tem tem tem sidosidosidosido usadousadousadousado
paraparaparapara representarrepresentarrepresentarrepresentar o o o o resgateresgateresgateresgate destesdestesdestesdestes valoresvaloresvaloresvalores....
A construção da Qualidade de vida no Trabalho está baseada
no enfoque B iopsicossocial, através do qual a empresa e as 
pessoas que nela trabalham são vistas como um todo.
E ste enfoque representa um D IFERENCIAL para a criação
de serviços e implantação de projetos voltados para a 
preservação e desenvolvim ento de pessoas. 
“(...) esta abordagem pode ser relacionada à ética da condição
humana...” que “...busca a identificação, elim inação, 
neutralização ou controle de riscos ocupacionais observáveis
no ambiente de físico (...) carga física e m ental requerida por
cada atividade (...) até o sign ificado do trabalho em si , 
relacionamento e satisfação no trabalho.”
(FRANÇA, 1997, p . 80 apud VASCONCELOS, 2001, p . 25 )
O profissional que atua com G inO profissional que atua com G inO profissional que atua com G inO profissional que atua com G ináááástica na Empresa deve ter stica na Empresa deve ter stica na Empresa deve ter stica na Empresa deve ter 
ssssóóóólidos conhecim entos sobre :lidos conhecim entos sobre :lidos conhecim entos sobre :lidos conhecim entos sobre :
- A spectos biomecânicos do movimento
- Características das D .O .R .T .
- Tópicos de saúde e qualidade de vida
-Benefícios da atividade física sobre as três esferas do 
comportamento humano: físico, m ental e social.
No trabalho com G inástica na Empresa, o profissional de 
Educação F ísica deve promover mudança de hábitos em 
busca de qualidade de vida dos colaboradores da empresa.
Programas de Qualidade 
de Vida no Trabalho (QVT).
Alguns exemplos no Brasil
Academia Boa Forma
As Unidades Campo Belo e Itapevi possuem um espaço gratuito para atividades 
físicas dentro da própria empresa. Em período integral, é monitorado por 
profissionais especializados e oferece acompanhamento médico e nutricional. As 
demais Unidades têm convênio com academias próximas, que os colaboradores 
também podem usufruir a custo zero. Em todas elas, porém, há uma 
“mensalidade solidária”: os alunos doam um quilo de alimento não-perecível, que 
a Eurofarma repassa a organizações sociais.
Equipe de Corrida
Aos colaboradores e prestadores de serviços internos que querem se dedicar 
com mais intensidade à prática de atividades físicas saudáveis, a Eurofarma
criou a Equipe de Corrida. Monitorados pelos profissionais das academias 
parceiras da empresa, os treinos começaram em novembro de 2005. A 
Eurofarma também arca com 100% do custo das inscrições de seus 
colaboradores-atletas, inclusive os portadores de necessidades especiais, que 
querem participar das maratonas realizadas em São Paulo.
Horário Flexível
A fim de proporcionar um tempo maior para seus colaboradores conviverem com 
suas famílias e tratarem de assuntos pessoais, a Eurofarma implantou o sistema 
de horário flexível. Cada funcionário escolhe sua hora de entrada, desde que seja 
entre 7h e 9h e que cumpra uma jornada de 8,5 horas de trabalho, de segunda a 
quinta-feira. Às sextas, o expediente é de apenas 6 horas e o horário de entrada 
também é opcional.
Salão de Beleza
O salão de beleza da Eurofarma oferece todos os serviços básicos de beleza às 
funcionárias, com cerca de 70% de desconto sobre o preço médio do mercado. A 
Unidade Campo Belo tem seu próprio salão. As demais possuem convênio com 
salões das proximidades que proporcionam o mesmo benefício às colaboradoras. 
A proposta do salão, além de oferecer acesso à serviços de qualidade com 
preços muito menores, é trabalhar a auto-estima das mulheres da organização e 
promover a integração.
Programa de Acompanhamento de Colaboradores Afastados - PROAFA
O programa visa o bem-estar dos funcionários que estão sob licença 
médica, para recuperação de doença ou de acidente de trabalho. Garante 
que todas as suas necessidades sejam atendidas, por meio de visitas 
domiciliares de acompanhamento de caso; manutenção de cesta básica e de 
plano de saúde; orientação do departamento pessoal e do departamento 
jurídico para ações junto ao INSS; vales transporte para a realização de 
tratamento terapêutico; tratamentos médicos especializados não-inclusos no 
plano de saúde da empresa, auxílio na compra de medicamentos e 
alimentação diferenciada.
GINÁSTICA LABORAL: ORIGEM
• 1925: Polônia – Ginástica de pausa para operários.
– Bulgária, Alemanha Oriental, Holanda, Rússia (Atual).
• 1928: Difusão no Japão.
• 1960: Resultados positivos (redução dos acidentes de trabalho, 
aumento da produtividade, melhora do bem-estar geral)
Rádio Taissô - ginástica em português
É uma tradição no Japão desde 1928, 
quando a rádio estatal NHK passou a 
transmitir, além de música, comandos para a 
prática de exercícios físicos com o intuito de 
promover a saúde. A modalidade chegou ao 
Brasil em meados de junho de 1978, em 
comemoração aos 70 anos da imigração 
japonesa no país, no início como associação 
e posteriormente como Federação de Rádio 
Taissô do Brasil 
• Programa de ginásticarítmica, com exercícios 
específicos, acompanhados com música própria 
(Japão).
• Atividade realizada todas as manhãs nas 
fábricas, ambientes de trabalho.
• 1969: Brasil, executivos Nipônicos.
Atualmente...
-No Japão a Rádio Taissô é incentivada nas escolas, indústrias, hospitais e 
praças públicas.
- Transmissão diária (rádio e TV) de 22 minutos para todo o território 
japonês, às 6:30h.
- Em São Paulo...
- Grupos de prática. Ex.: Praça da República (seg. a sex., das 7:15h às 
7:45h). 
- As aulas são executadas com fitas cassete e CDs com música e 
orientações da ginástica.
O que é a GINÁSTICA LABORAL?
• A palavra LABORAL (de “lavoro” ) significa no trabalho.
• Consiste na prescrição de atividades físicas específicas para 
compensar as estruturas mais utilizadas durante a jornada de 
trabalho.
• Sessões duram entre 10 e 15 minutos.
• Preocupação automatismo de movimentos e prevenção do 
stress.
• Atuação: Preventiva.
POLITO e BERGAMASCHI (2002)
ReduzirReduzir ausênciasausências
e e procuraprocura
ambulatorialambulatorial
MelhorarMelhorar a a 
condicondiççãoão ffíísicasica
geralgeral
AumentoAumento do do 
ânimoânimo e e dada
disposidisposiççãoão
PromoPromoççãoão
de de SaSaúúdede
MelhoraMelhora do do 
relacionamentorelacionamento
interpessoalinterpessoal
PrevenPrevenççãoão
de de fadigafadiga
PrevenPrevenççãoão
de DORT de DORT 
OBJETIVOS OBJETIVOS 
dada
GINGINÁÁSTICA LABORALSTICA LABORAL
ConsciênciaConsciência
corporal corporal 
CorreCorreççãoão de de vvíícioscios
posturaisposturais
Benefícios da GINÁSTICA LABORAL
• Reduz a fadiga muscular;
• Ativa a circulação sanguínea 
• Promove os mecanismos de bombeamento, eliminando 
toxinas do interior dos discos intervertebrais;
• Reduz o estresse físico e mental;
• Contribui para a melhoria das relações interpessoais.
ERGONOMIA: Ciência dedicada a projetar e adequar
os equipamentos e o ambiente de trabalho.
Áreas (Associação Internacional de Ergonomia)
Ergonomia Física: Manipulação de materiais, arranjo físico de estações 
de trabalho, demandas do trabalho, repetição da tarefa, vibração, força e 
postura estática - fatores relacionados a lesões músculo-esqueléticas. 
Ergonomia Cognitiva: Carga mental de trabalho, vigilância, tomada de 
decisão, desempenho de habilidades, erro humano, interação humano-
computador e treinamento.
Ergonomia Organizacional: Otimização dos sistemas socio-técnicos: 
trabalho em turnos, programação de trabalho, satisfação no trabalho, 
teoria motivacional, supervisão, trabalho em equipe, trabalho à distância e 
ética.
ERGONOMIAERGONOMIAERGONOMIAERGONOMIA
Estudo da Estudo da Estudo da Estudo da 
correlacorrelacorrelacorrelaçççção ão ão ão 
entreentreentreentre
medidas medidas medidas medidas 
corporaiscorporaiscorporaiscorporais
e ambiente de e ambiente de e ambiente de e ambiente de 
trabalhotrabalhotrabalhotrabalho
DEFICIÊNCIAS DOS PROGRAMAS DE DEFICIÊNCIAS DOS PROGRAMAS DE DEFICIÊNCIAS DOS PROGRAMAS DE DEFICIÊNCIAS DOS PROGRAMAS DE 
GINGINGINGINÁÁÁÁSTICA LABORALSTICA LABORALSTICA LABORALSTICA LABORAL
1111---- Baixa adesãoBaixa adesãoBaixa adesãoBaixa adesão
* Direito à pausa não significa obrigatoriedade utilizá-la para prática da 
G.L.
* Constrangimentos de tempo por parte da gerência
CENTRAIS DE TELEATENDIMENTOCENTRAIS DE TELEATENDIMENTOCENTRAIS DE TELEATENDIMENTOCENTRAIS DE TELEATENDIMENTO
SOARES, ASSUNSOARES, ASSUNSOARES, ASSUNSOARES, ASSUNÇÇÇÇÃO E LIMA, 2006ÃO E LIMA, 2006ÃO E LIMA, 2006ÃO E LIMA, 2006
* Dúvidas quanto à eficácia e resultados a longo prazo
* Falta de comprometimento com a prática da G. L. 
CARACTERCARACTERCARACTERCARACTERÍÍÍÍSTICAS DA ORGANIZASTICAS DA ORGANIZASTICAS DA ORGANIZASTICAS DA ORGANIZAÇÇÇÇÃO DO TRABALHO NA ÃO DO TRABALHO NA ÃO DO TRABALHO NA ÃO DO TRABALHO NA 
CENTRAL DE TELEATENDIMENTO DE UMA EMPRESA DO SETOR CENTRAL DE TELEATENDIMENTO DE UMA EMPRESA DO SETOR CENTRAL DE TELEATENDIMENTO DE UMA EMPRESA DO SETOR CENTRAL DE TELEATENDIMENTO DE UMA EMPRESA DO SETOR 
PPPPÚÚÚÚBLICO BLICO BLICO BLICO ---- MGMGMGMG
SOARES, ASSUNSOARES, ASSUNSOARES, ASSUNSOARES, ASSUNÇÇÇÇÃO E LIMA, 2006ÃO E LIMA, 2006ÃO E LIMA, 2006ÃO E LIMA, 2006
“Tanto a pausa quanto o tempo destinado a cada chamada são 
controlados pela gerência, que divulga, via intranet e nos quadros de 
avisos, gráficos mostrando o desempenho individual dos 
trabalhadores.”
“As metas de quantidade se sobrepõem ao objetivo de qualidade 
do atendimento e satisfação do cliente”
“As pressões inerentes às exigências do atendimento ao público (ex. 
manter-se cordial e não alterar o tom de voz) demandam um esforço 
psíquico substancial”
“A desvalorização do trabalho do atendente e a desvalorização pessoal 
(por parte dos superiores hierárquicos) levam ao surgimento de stress, 
crises nervosas, alterações de humor, insônia, dificuldade de 
concentração, isolamento, alterações nas relações interpessoais e 
sintomas de D.O.R.T.
PERFIL DO PROGRAMA DE G.L. NO SETOR DE PERFIL DO PROGRAMA DE G.L. NO SETOR DE PERFIL DO PROGRAMA DE G.L. NO SETOR DE PERFIL DO PROGRAMA DE G.L. NO SETOR DE 
TELEATENDIMENTOTELEATENDIMENTOTELEATENDIMENTOTELEATENDIMENTO
SOARES, ASSUNSOARES, ASSUNSOARES, ASSUNSOARES, ASSUNÇÇÇÇÃO E LIMA, 2006ÃO E LIMA, 2006ÃO E LIMA, 2006ÃO E LIMA, 2006
* Profissionais de Educação Física treinam funcionários do setor para 
atuarem como facilitadores na condução das sessões.
* Os facilitadores recebem treinamento e supervisão uma vez por semana.
* Uma vez por semana, os profissionais de Educação Física 
acompanham as sessões.
* Os exercícios são modificados a cada 15 ou 30 dias.
B) Procedimentos do comitê de Ergonomia: B) Procedimentos do comitê de Ergonomia: B) Procedimentos do comitê de Ergonomia: B) Procedimentos do comitê de Ergonomia: 
-Visitas ao localVisitas ao localVisitas ao localVisitas ao local
-ObservaObservaObservaObservaçççções sistemões sistemões sistemões sistemááááticasticasticasticas
-Entrevistas abertasEntrevistas abertasEntrevistas abertasEntrevistas abertas
MMMMÉÉÉÉTODO DE INVESTIGATODO DE INVESTIGATODO DE INVESTIGATODO DE INVESTIGAÇÇÇÇÃO:ÃO:ÃO:ÃO:
A) QuestionA) QuestionA) QuestionA) Questionáááário autorio autorio autorio auto----aplicaplicaplicaplicáááável, contendo cinco perguntas.vel, contendo cinco perguntas.vel, contendo cinco perguntas.vel, contendo cinco perguntas.
O percentual de respostas no setor foi de 100%.O percentual de respostas no setor foi de 100%.O percentual de respostas no setor foi de 100%.O percentual de respostas no setor foi de 100%.
O PROBLEMA CENTRAL DA PESQUISA:O PROBLEMA CENTRAL DA PESQUISA:O PROBLEMA CENTRAL DA PESQUISA:O PROBLEMA CENTRAL DA PESQUISA:
ApApApApóóóós quatro meses de implantas quatro meses de implantas quatro meses de implantas quatro meses de implantaçççção, o programa de Ginão, o programa de Ginão, o programa de Ginão, o programa de Gináááástica Laboral não stica Laboral não stica Laboral não stica Laboral não 
havia conseguido a adesão dos trabalhadores da central de havia conseguido a adesão dos trabalhadores da central de havia conseguido a adesão dos trabalhadores da central de havia conseguido a adesão dos trabalhadores da central de 
teleatendimentoteleatendimentoteleatendimentoteleatendimento....
JUSTIFICATIVAS PARA A AUSÊNCIA OU JUSTIFICATIVAS PARA A AUSÊNCIA OU JUSTIFICATIVAS PARA A AUSÊNCIA OU JUSTIFICATIVAS PARA A AUSÊNCIA OU 
DESISTÊNCIA DO PROGRAMA DE G.L.DESISTÊNCIA DO PROGRAMA DE G.L.DESISTÊNCIA DO PROGRAMA DE G.L.DESISTÊNCIA DO PROGRAMA DE G.L.
“O horário que eu consigo desligar o telefone muitas vezes 
não coincide com o in ício da ginástica”
“Nunca há pessoas fazendo ginástica no m eu horário de 
pausa”
“Pouco tempo de ginástica. A cho que o benefício é m ínimo. 
Eu faço ginástica na academia..”
SUGESTÕES APONTADAS PELOS TRABALHADORES SUGESTÕES APONTADAS PELOS TRABALHADORES SUGESTÕES APONTADAS PELOS TRABALHADORES SUGESTÕES APONTADAS PELOS TRABALHADORES 
PARA MELHORAR O PROGRAMA DE G.L.PARA MELHORAR O PROGRAMA DE G.L.PARA MELHORAR O PROGRAMA DE G.L.PARA MELHORAR O PROGRAMA DE G.L.
“Cobrar junto aos escolhidos para instruir-nos, já que não há
como vocês estarem sempre presentes. A liás, nem sei quais 
são eles...”
“Acompanhamento com as instrutoras diariamente”
“...a ginástica fica esquecida quando fica por conta dos 
divulgadores do teleatendimento.”
“É preciso ser obrigatório”
“Acho que é pouco tempo de ginástica para apresentar bom 
resultado”
CONCLUSÕES DOS AUTORES DO ESTUDOCONCLUSÕES DOS AUTORES DO ESTUDOCONCLUSÕES DOS AUTORES DO ESTUDOCONCLUSÕES DOS AUTORES DO ESTUDO
Alguns trabalhadores, por razões e sentimentos 
pessoais, sentem-se demasiadamente expostos quando 
realizam os exercícios em frente aos colegas de 
trabalho.
Em setores de atendimento ao público, os trabalhadores 
julgavam moralmente condenável interromper sua 
atividade para a “pausa para a ginástica” enquanto os 
clientes aguardavam na fila.
Outras possíveis causas para a falta de adesão:
1)Instabilidade no emprego.
2)Falta de interação social entre colegas e também 
com os instrutores.
3)Falta de percepção dos benefícios da G.L.
4)Constrangimentos de tempo pela natureza da 
atividade.
5)A pausa pode ser mais desejada do que a continuação 
de atividade, mesmo que seja de outra natureza 
(descanso mental)
6)Os trabalhadores preferem ter maior controle sobre 
a utilização de seu tempo de pausa.
PROGRAMAS DE GINPROGRAMAS DE GINPROGRAMAS DE GINPROGRAMAS DE GINÁÁÁÁSTICA LABORAL: STICA LABORAL: STICA LABORAL: STICA LABORAL: 
PROBLEMPROBLEMPROBLEMPROBLEMÁÁÁÁTICA ATUALTICA ATUALTICA ATUALTICA ATUAL
E E E E 
NOVOS D IRECIONAMENTOSNOVOS D IRECIONAMENTOSNOVOS D IRECIONAMENTOSNOVOS D IRECIONAMENTOS
““““Entendendo que a postura de trabalho Entendendo que a postura de trabalho Entendendo que a postura de trabalho Entendendo que a postura de trabalho éééé um meio e suporte para a um meio e suporte para a um meio e suporte para a um meio e suporte para a 
atividade, de modo geral, a ginatividade, de modo geral, a ginatividade, de modo geral, a ginatividade, de modo geral, a gináááástica laboral tem efeito apenas stica laboral tem efeito apenas stica laboral tem efeito apenas stica laboral tem efeito apenas 
paliativo (remedia momentaneamente), pois as mpaliativo (remedia momentaneamente), pois as mpaliativo (remedia momentaneamente), pois as mpaliativo (remedia momentaneamente), pois as múúúúltiplas exigências ltiplas exigências ltiplas exigências ltiplas exigências 
do trabalho influenciam na dinâmica dos arranjos posturais.do trabalho influenciam na dinâmica dos arranjos posturais.do trabalho influenciam na dinâmica dos arranjos posturais.do trabalho influenciam na dinâmica dos arranjos posturais.””””
(SOARES, ASSUN(SOARES, ASSUN(SOARES, ASSUN(SOARES, ASSUNÇÇÇÇÃO E LIMA, 2006)ÃO E LIMA, 2006)ÃO E LIMA, 2006)ÃO E LIMA, 2006)
1) VALORIZAR O EFEITO PALIATIVO COM BASE EM 
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICO-CIENTÍFICA ADVINDA DA 
BIOMECÂNICA.
2) OFERECER NOVAS FORMAS DE CONTRIBUIÇÃO ÀS 
POSTURAS DE TRABALHO. EX.: TREINAMENTO PARA A 
POSTURA CORRETA.
... PROMOVER O TREINAMENTO
“Infelizmente, muitas pessoas não estão sendo treinadas para a 
tecnologia existente no posto de trabalho; simplesmente recebem 
tarefas que não estão preparadas para desempenhar ou softwares 
muito complexos. Existem dois problemas aqui. O primeiro e mais 
óbvio é o estresse resultante da luta da pessoa tentando encontrar o 
comando correto ou uma tela perdida. O outro problema é que se 
"gasta" movimento das mãos em decorrência de erros (re-trabalho) 
ou da não utilização de rotinas automáticas do próprio programa, por 
exemplo, macros. É muito comum esta perda de tempo, além de 
movimentos repetitivos desnecessários.”
MEIOS PARA REDUZIR A LESÃO DOS TRABALHADORES
COMO OS GERENTES PODEM REDUZIR O TRAUMA CUMULATIVO
Gary Karp (Onsight Technology Education Services)
(http://nr7.sat.sites.uol.com.br/reduzind.htm)
Os programas de Ginástica Laboral são elaborados e aplicados 
sem considerar os fatores relacionados à organizaorganizaorganizaorganizaçççção do trabalho ão do trabalho ão do trabalho ão do trabalho 
(pressão, ritmo, tarefas fragmentadas, monotonia, etc.)(pressão, ritmo, tarefas fragmentadas, monotonia, etc.)(pressão, ritmo, tarefas fragmentadas, monotonia, etc.)(pressão, ritmo, tarefas fragmentadas, monotonia, etc.) e ficam 
fora de contexto. 
1) TRABALHAR COM O OBJETIVO DE CONSCIENTIZAR O 
TRABALHADOR SOBRE AS POSSIBILIDADES E 
NECESSIDADES DO SEU CORPO. 
2) OFERECER POSSIBILIDADES DE BUSCA DO AUTO-
CONHECIMENTO CORPORAL, INFORMANDO SOBRE AS 
CARACTERÍSTICAS BIOMECÂNICAS DO CORPO E DOS 
MOVIMENTOS EXECUTADOS NO POSTO DE TRABALHO.
Na GinNa GinNa GinNa Gináááástica Laboral, o corpo aparece como um fim em si mesmo stica Laboral, o corpo aparece como um fim em si mesmo stica Laboral, o corpo aparece como um fim em si mesmo stica Laboral, o corpo aparece como um fim em si mesmo 
e objeto direto da intervene objeto direto da intervene objeto direto da intervene objeto direto da intervençççção do especialista.ão do especialista.ão do especialista.ão do especialista.
““““A centralizaA centralizaA centralizaA centralizaçççção no homem, que caracteriza a prão no homem, que caracteriza a prão no homem, que caracteriza a prão no homem, que caracteriza a práááática de programas de tica de programas de tica de programas de tica de programas de 
exercexercexercexercíííícios de Gincios de Gincios de Gincios de Gináááástica Laboral, não atende aos princstica Laboral, não atende aos princstica Laboral, não atende aos princstica Laboral, não atende aos princíííípios bpios bpios bpios báááásicos da sicos da sicos da sicos da 
Ergonomia, dentro do contexto mais amplo de adaptaErgonomia, dentro do contexto mais amplo de adaptaErgonomia, dentro do contexto mais amplo de adaptaErgonomia, dentro do contexto mais amplo de adaptaçççção do meio ao ão do meio ao ão do meio ao ão do meio ao 
homem.homem.homem.homem.””””
TRANSMITIR não somente PROCEDIMENTOS, MAS 
TAMBÉM CONCEITOS E ATITUDES relacionados à
interação homem - trabalho.
Os conceitos:O s conceitos:O s conceitos:O s conceitos:
- A spectos biomecânicos do movimento
- Características das D .O .R .T .
- Tópicos de saúde e qualidade de vida
-Benefícios da atividade física sobre as três esferas do 
comportamento humano: físico, m ental e 
social.
A s atitudes:A s atitudes:A s atitudes:A s atitudes:
-M udança de hábitos em busca de qualidade de v ida.
PREVENÇÃO de D.O.R.T. 
Postura corporal
ALINHAMENTO 
CORPORAL
É uma referência postural, baseada 
em pontos anatômicos, 
reconhecidos no corpo.
O alinhamento anatômico é uma 
resposta à força da gravidade.
Kendal, 1987
Ajustes posturais
• sustentar a cabeça e o corpo contra ação da 
gravidade e forças externas;
• manter o centro de gravidade do corpo 
alinhado e equilibrado sobre a base de 
sustentação;
• estabilizar partes do corpo enquanto outras 
estão em movimento (Amadio, 1996).
Fatores de risco
�mesma postura mantida por um longo período de 
tempo;
�atividade muscular constante;
�compressão constante de estruturas;
�pressão intradiscal mantida;
�diferenças de pressão intradiscal.
CONCEITOS IMPORTANTES 
• Estrutura da coluna
• Curvaturas características
– Cervical
– Torácica
– Lombar
– Sacral
As curvaturas da coluna são resultantes 
das diferenças de espessura das faces 
anterior e posterior dos discos 
intervertebrais.
CARACTERÍSTICAS 
ANATÔMICAS 
E
BIOMECÂNICAS 
DACOLUNA VERTEBRAL
Possui 33 vértebras e 04 
curvaturas características:
A) Cervical
B) Torácica
C) Lombar
D) Sacral
As curvaturas da coluna 
são resultantes das 
diferenças de espessura 
das faces anterior e 
posterior dos discos 
intervertebrais.
FUNÇÕES DA COLUNA:
-Proteger o canal vertebral.
- Sustentar a cabeça, o pescoço e as 
extremidades superiores.
-Transferir cargas da cabeça e do pescoço para 
a pelve.
A estabilidade da coluna vertebral é garantida 
pelos músculos do entorno, tais como:
•paravertebrais;
• abdominais;
• elevador da escápula; 
• esternocleidomastóideo; 
• hióide
AS VÉRTEBRAS:
Aumentam de tamanho 
progressivamente desde a 
região cervical até a lombar.
A região lombar sustenta 
um número maior de 
estruturas.
Possuir uma maior área
significa sofrer menos 
estresse.
O DISCO INTERVERTEBRAL
(FORMADO POR TECIDO FIBROCARTILAGINOSO)
FUNÇÕES:
-Sustentar as cargas transmitidas pelos segmentos 
acima;
- Absorver impacto;
- Evitar contato direto entre as vértebras
Os discos intervertebrais são responsáveis por até
1/4 da estatura total de um indivíduo.
Permitindo que as articulações da coluna vertebral realizem 
movimentos de:
-flexão – extensão;
- flexão lateral;
- rotação.
NÚCLEO PULPOSO = “movimenta-se como 
uma BOLA”
ÂNULO FIBROSO = “movimenta-se como 
uma MOLA”
FORMAS DE SOBRECARGA FORMAS DE SOBRECARGA FORMAS DE SOBRECARGA FORMAS DE SOBRECARGA 
NA NA NA NA 
COLUNA VERTEBRALCOLUNA VERTEBRALCOLUNA VERTEBRALCOLUNA VERTEBRAL
TENSÃO E COMPRESSÃO
COMPRESSÃO
TORÇÃO
CISALHAMENTO
Fatores de risco para a 
coluna vertebral
Manter a mesma postura por um longo período de tempo 
e/ou atividade muscular constante levam a:
�compressão constante de estruturas;
�pressão intradiscal mantida;
�diferenças de pressão intradiscal.
LOMBALGIA
• Dor na região 
lombossacral.
CAUSAS OCUPACIONAISCAUSAS OCUPACIONAIS
�� Distensões Distensões musculotenmusculoten--
ddííneasneas e e ligamentaresligamentares..
�� Permanecer sentado ou em Permanecer sentado ou em 
ppéé por tempo prolongado.por tempo prolongado.
�� Caminhoneiros, lixeiros, Caminhoneiros, lixeiros, 
enfermeiros, entre outros.enfermeiros, entre outros.
NETTER (1991)
HALL (2005)
HÉRNIA DE DISCO
(Causada por forças compressivas excedentes)
• Lesão do anel = núcleo pulposo “escapa” (A)
• Compressão da medula espinhal e ou do nervo 
raquidiano (B)
HÉRNIA DE DISCO
Compressão da medula espinhal e ou do nervo raquidiano
ESTRATÉGIAS PARA ATENUAÇÃO DAS LESÕES
– VerificaVerificaVerificaVerificaççççãoãoãoão de de de de condicondicondicondiççççãoãoãoão ffffíííísicasicasicasica e e e e habilidadehabilidadehabilidadehabilidade paraparaparapara
realizarealizarealizarealizaççççãoãoãoão do do do do trabalhotrabalhotrabalhotrabalho;;;;
– RealizaRealizaRealizaRealizaççççãoãoãoão de testes das de testes das de testes das de testes das funfunfunfunççççõesõesõesões laboraislaboraislaboraislaborais;;;;
– DesenvolvimentoDesenvolvimentoDesenvolvimentoDesenvolvimento de de de de ferramentasferramentasferramentasferramentas e e e e utensutensutensutensíííílioslioslioslios maismaismaismais
adequadosadequadosadequadosadequados....
CHAFFIN e ANDERSON (1991)CHAFFIN e ANDERSON (1991)CHAFFIN e ANDERSON (1991)CHAFFIN e ANDERSON (1991)
Além dos conhecimentos relativos à
prescrição de atividade física, o que se 
deve levar em conta na elaboração de 
um projeto de ginástica na empresa?
Algumas das teorias de 
motivação utilizadas no 
meio empresarial
TEORIA DAS NECESSIDADES HUMANAS 
(hierarquia das necessidades)
ABRAHAM H. MASLOW
FISIOLÓGICAS
SEGURANÇA
AMOR / PERTENCER
ESTIMA
AUTO-
REALIZAÇÃO
O comportamento humano 
segundo a teoria de Maslow
Insatisfação das necessidades:
- Geração de tensão (psicológica, física e social)
- Frustração
- Comportamento de escape: 
a) construtivo (positivo)
b) defensivo (negativo)
Trabalhadores de postos inferiores que 
assumem postos de liderança em 
Associações Desportivas, Clubes, 
Agremiações, Sindicatos e outros.
Exemplos do comportamento construtivo
Compensação da insatisfação com o 
trabalho através da prática esportiva ou 
de atividades artísticas.
Atividades de lazer em grupo 
(excursões, jantares dançantes, etc.)
Exemplos do comportamento defensivo:
-Ausências excessivas, atrasos, mudança de empregador. 
(RENÚNCIA)
-Participação em grupos de resistência às diretrizes da empresa. 
(SUBSTITUIÇÃO)
Exemplos do comportamento defensivo:
- Uso de ironia, brincadeiras 
desagradáveis e gozações. (REGRESSÃO)
- Maltrato com colegas de trabalho, 
subordinados ou familiares; mal 
atendimento a clientes. (AGRESSÃO)
- Não assumir os próprios erros e culpar os 
equipamentos pelo desempenho ruim. 
(RACIONALIZAÇÃO)
TEORIA DAS SATISFAÇÕES HUMANAS 
FREDERICK HERZBEG
Insatisfação com o trabalho associada ao ambiente.
Satisfação com o trabalho associada ao conteúdo.
(FERREIRA, REIS e PEREIRA, 1999; RODRIGUES, 1999)
Fatores motivadores:
Realização
- Reconhecimento pela tarefa bem executada
- Natureza do trabalho
- Responsabilidade outorgada ao indivíduo para o 
trabalho
- Possibilidade de progresso na empresa
TEORIA X
Douglas Mc Gregor
“O compromisso com os objetivos depende das 
recompensas à sua consecução.”
“O ser humano aprende a aceitar as 
responsabilidades e passa a procurar por elas.”
A auto-realização é a oportunidade para o pleno 
desenvolvimento de todas as potencialidades do 
ser humano no ambiente de trabalho.
Conceitos, dimensões e perspectivas
para os programas de 
Qualidade de Vida no Trabalho
Qualidade de Vida
A Qualidade de Vida deve proporcionar 
bem-estar físico, emocional e social.
A busca pela Qualidade de Vida envolve 
mudanças de hábitos e pensamentos.
Programas de QVT são elaborados para facilitar 
ou trazer satisfação e bem-estar ao trabalhador 
na execução de suas tarefas.
As organizaA s organizaA s organizaA s organizaçççções empresariais e industriais têm ões empresariais e industriais têm ões empresariais e industriais têm ões empresariais e industriais têm 
negligenciado valores ambientais e humanos em favor do negligenciado valores ambientais e humanos em favor do negligenciado valores ambientais e humanos em favor do negligenciado valores ambientais e humanos em favor do 
avanavanavanavançççço tecnolo tecnolo tecnolo tecnolóóóógico, da produtiv idade e do crescim ento gico, da produtiv idade e do crescim ento gico, da produtiv idade e do crescim ento gico, da produtiv idade e do crescim ento 
econôm ico.econôm ico.econôm ico.econôm ico.
O termo O termo O termo O termo ‘‘‘‘Qualidade de V idaQualidade de V idaQualidade de V idaQualidade de V ida ’’’’ tem sido usado tem sido usado tem sido usado tem sido usado 
para representar o resgate destes valores.para representar o resgate destes valores.para representar o resgate destes valores.para representar o resgate destes valores.
A construção da Qualidade de vida no Trabalho está baseada 
no enfoque B iopsicossocial (ou H olístico), através do qual a 
empresa e as pessoas que nela trabalham são vistas como um 
todo.
E ste enfoque representa um D IFERENCIAL para a criação 
de serviços e implantação de projetos voltados para a 
preservação e desenvolvim ento de pessoas. 
“(...) esta abordagem pode ser relacionada à ética da condição 
humana...” que “...busca a identificação, elim inação, 
neutralização ou controle de riscos ocupacionais observáveis 
no ambiente de físico (...) carga física e m ental requerida por 
cada atividade (...) até o sign ificado do trabalho em si ,relacionamento e satisfação no trabalho.”
(FRANÇA, 1997, p . 80 apud VASCONCELOS, 2001, p . 25 )
WALTON (1996) propôs 08 critWALTON (1996) propôs 08 critWALTON (1996) propôs 08 critWALTON (1996) propôs 08 critéééérios para a rios para a rios para a rios para a 
avaliaavaliaavaliaavaliaçççção da QVTão da QVTão da QVTão da QVT
Dentre eles...
CondiCondiCondiCondiçççções de trabalhoões de trabalhoões de trabalhoões de trabalho
-Jornada de trabalho razoável
- Ambiente físico seguro e saudável
- Ausência de insalubridade
O trabalho e o espaO trabalho e o espaO trabalho e o espaO trabalho e o espaçççço total de vidao total de vidao total de vidao total de vida
-Papel balanceado no trabalho
- Estabilidade de horários
- Poucas mudanças geográficas
- Tempo para lazer da família
As características da 
relação entre 
trabalhador e trabalho
“Quando se pensava que os seres humanos 
poderiam finalmente desfrutar do rápido 
progresso alcançado em várias ciências, 
paradoxalmente o que temos visto é o 
trabalho como um fim em si mesmo.”
(VASCONCELOS, 2001, p. 24)
TEMPOS MODERNOS...
“As empresas, por sua vez, tornam-se 
mais exigentes. Querem menos tempo 
das pessoas que elas pagam por hora, 
porém mais das pessoas que pagam por 
ano, porque, no último caso, cada 
hora extra durante o ano é gratuita.”
(HANDY, 2005, p. 25 apud VASCONCELOS, 2001, p. 24)
Os grandes desafios das empresas:
-Possuir uma força de trabalho 
saudável, motivada e preparada para a 
extrema competição. 
- Ser capaz de responder à demanda de 
seus funcionários em relação a uma 
melhor qualidade de vida. 
SILVA e DE MARCHI (1997)
“Companhias gastam milhões de dólares 
por ano na manutenção preventiva de 
suas máquinas. 
Não vemos razão para não fazermos o 
mesmo com nossos funcionários”. 
Peter Thigpen
Presidente da Levi Strauss USA
“Fatores psicossociais podem estar associados a 
problemas osteomusculares, pois já foi observado 
que tanto exigências físicas quanto psicológicas 
contribuem para o aumento da atividade muscular”
D.O.R.T. E FATORES PSICOSSOMD.O.R.T. E FATORES PSICOSSOMD.O.R.T. E FATORES PSICOSSOMD.O.R.T. E FATORES PSICOSSOMÁÁÁÁTICOSTICOSTICOSTICOS
(THEOREL, 1996 apud SOARES, ASSUNÇÃO E LIMA, 2006)
Um relatório do Centro Médico Rochester revela que muitos pacientes 
continuaram a trabalhar com dor durante meses, por necessidade de 
manter o emprego ou pela percepção da contribuição do seu trabalho para 
a Organização ou devido a um elevado senso de ética profissional. 
No estudo de Rochester, encontrou-se que os seguintes fatores 
estiveram associados a desordens músculo-esqueléticas relacionadas ao 
trabalho: perda da capacidade de tomar decisões, incerteza quanto ao 
futuro do emprego, tarefas desiguais, pressão de tempo e receio de ser 
substituído pelo computador.
(http://nr7.sat.sites.uol.com.br/reduzind.htm)
CARACTERÍSTICAS E RISCOS 
OCUPACIONAIS EM DIFERENTES POSTOS 
DE TRABALHO
1)Atividades de levantamento
2) Tarefas de puxar e empurrrar
3) Atividades com manipulação de objetos
4)Atividades na posição sentada
Estilos de levantamento e carregamento
Phillips, 2000
Com
inclinação
Com 
agachamento
Com uso
de uma mão
Com o uso
do tronco
Pico compresão
L5/S1
Coluna curvada Coluna semi-curvada Coluna ereta
Deformação máxima
fáscia lumbo-dorsal
% Capacidade de 
força de homens
O típico levantamento com inclinação da esquerda é comparado com dois diferentes 
tipos de levantamento de uma caixa de 400 N (40 Kg)
Posturas 
de
Levantamento
Phillips, 2000
Estilos de levantamento e carregamento
Treinamento para levantamento
considerar:
1. Riscos de um levantamento sem habilidade.
2. Biomecânica básica do levantamento
3. Efeitos do levantamento no corpo.
4. Consciência individual de suas forças e fraquezas – adequar
cargas usando tentativas de moderada a pesada.
5. Como evitar o inesperado – mudança de sobrecargas
6. Habilidade no levantamento – postura, alavanca, tempo
7. Ajuda para levantamentos – cinturões pélvicos, guindastes, luvas, 
pads
8. Avisos – quando usar levantamento individual e quando usar
levantamento em grupo.
Dicas para levantamentos
1. Diminuir peso dos objetos (ex. dividir cargas em caixas menores); 
2. Usar equipes/ equipamentos para objetos grandes e pesados;
3. Mudar a atividade (ex. puxar ou empurrar no lugar de carregar);
4. Minimizar distâncias horizontais entre o começo e o final do 
levantamento (ex. Muitas distâncias pequenas ao invés do que uma
única maior);
5. Não armazenar material mais alto do que os ombros;
6. Redução da frequência de levantamento;
7. Fazer pausas periódicas.
TAREFAS DE PUXAR
E EMPURRAR
ALTURA DO PUXADOR
CHAFFIN e ANDERSON (1991)
EMPURRAREMPURRAR PUXARPUXAR
Deve permitir que o tronco e os membros inferiores participem da tarefa.
DISTÂNCIA ENTRE O PÉ DE APOIO E 
O OBJETO
CHAFFIN e ANDERSON (1991)
EMPURRAR PUXAR
Deve permitir que o tronco e os membros inferiores participem da tarefa.
TAREFAS NA POSIÇÃO 
SENTADA
– Suporte do peso corporal 
sobre as tuberosidades do 
ísquio e tecidos que as 
circundam.
POSICIONAMENTO CORPORAL CORRETO
VANTAGENS DA POSTURA CORRETA
– Maior estabilidade favorecendo o controle motor e 
visual.
– Menor consumo energético 
– Menor estresse nas articulações do membro inferior.
� Transferência de peso 
para coluna lombar, 
braços e solo.
� Sobrecarga na coluna 
vertebral, articulações 
do ombro e do quadril.
DESVANTAGENS DA POSTURA INCORRETA
Motivos para a adoção de postura incorreta:
– Configuração da cadeira
– Hábito
– Tipo de tarefa
CHAFFIN e ANDERSON (1991)CHAFFIN e ANDERSON (1991)
E agora, a prática...
• Descrever as características da tarefa
• Analisar a postura e classificar como 
adequada ou inadequada, justificando.
• Desenvolver exercícios específicos para a 
tarefa / postura laboral analisada.
Análise de tarefa laboral
Tarefa 1
Tarefa 2
Tarefa 3
Tarefa 4
Apresentação
I) Profissionais envolvidos no projeto (quem 
somos)
Descrever brevemente a formação e 
experiência profissional de cada um dos 
membros da equipe e, se necessário, 
justificar a necessidade de envolvimento de 
profissionais da própria empresa atendida 
(ex.: médico do trabalho, RH).
DESENVOLVENDO UM PROJETODESENVOLVENDO UM PROJETO
II) Levantamento dos setores envolvidos no 
programa
- Apresentar um panorama das necessidades 
dos setores a que se pretende atender: 
número de funcionários beneficiados, 
características (ergonômicas e 
biomecânicas) de cada ocupação, 
histórico de queixas ocupacionais de setores 
semelhantes em outras empresas, relatos de 
resultados obtidos.
III) Plano de atendimento
- Descrever a natureza da atividade (laboral ou 
complementar), horário de oferecimento, 
número de sessões semanais, duração de 
cada uma delas e espaço necessário para a 
realização das atividades.
Obs: dependendo da ocupação, o setor de 
trabalho pode não ser o mais indicado para o 
desenvolvimento das aulas , por causar 
distração dos demais trabalhadores.
IV) Cronograma
Ao implantar um programa de ginástica laboral 
e qualidade de vida, costuma-se fazer um 
“piloto”, ou seja, um teste do programa em 
um dos setores da empresa (geralmente o 
mais crítico). É um período em que 
normalmente a empresa avalia o custo-
benefício do serviço contratado. O 
cronograma, neste caso, deve ser feito para 
90 dias – tempo desejável para que as 
diferenças sejam notadas. 
V) Custo – benefício e avaliação de progresso 
* Elabore questionários de avaliaçãodo bem-
estar dos funcionários atendidos e também 
de avaliação da produtividade do setor 
(este a ser respondido pelos chefes, 
encarregados, coordenadores...) e analise-
os ao final de cada trimestre. 
V) Custo – benefício e avaliação de progresso 
*Entre em contato com departamento de 
medicina do trabalho e com o setor de 
recursos humanos, para obter o número de 
queixas atendidas, dos atestados 
fornecidos e do número de pedidos de 
afastamento por mês. 
V) Custo – benefício e avaliação de progresso 
*Monte gráficos com estes dados e marque 
reuniões rápidas com a empresa para a 
apresentação dos mesmos, ou entregue 
relatórios (com gráficos, pois são 
visualizados mais rapidamente) mostrando 
que você tem o controle destes resultados. 
Isto aumenta a confiabilidade do serviço 
prestado e minimiza os riscos da exclusão 
do serviço no caso de corte de gastos na 
empresa.
Perguntaram ao Dalai Lama:
O que mais o surpreende na Humanidade? 
E ele respondeu:
Os homens ... porque perdem a saúde para juntar dinheiro, 
depois perdem dinheiro para recuperar a saúde. E por 
pensarem ansiosamente no futuro, esquecem do presente de 
tal forma que acabam por não viver nem o
presente nem o futuro. E vivem como se nunca fossem morrer 
... e morrem como se nunca tivessem vivido.
ESTER FRANCISCA MENDES BÔSCOLO
Licenciada em Educação Física pela ESEF – Jundiaí (1993)
Especialista em Psicopedagogia – Uni Sant´Anna (1999)
Mestre em Educação Física, área de concentração “Biodinâmica 
do Movimento Humano” - USP (2004)
Doutoranda em Comunicação e Semiótica – PUCSP (2010)
estermendes1@yahoo.com.br
ESTER FRANCISCA MENDES BÔSCOLO
Licenciada em Educação Física pela ESEF –
Jundiaí (1993)
Especialista em Psicopedagogia – Uni Sant´Anna 
(1999)
Mestre em Educação Física, área de 
concentração “Biodinâmica do Movimento 
Humano” - USP (2004)
Doutoranda em Comunicação e Semiótica –
PUCSP (2010)
estermendes1@yahoo.com.br

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