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Projetos Escolares - Ed 08 - Outubro2021

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Começar de novo!
Sumário
Mais um ano se inicia, e, com ele, vem também o planejamento es-
colar. Atender às expectativas dos pais e às necessidades das crianças é 
um desafio para os professores, não é verdade? Para ajudar nessa tarefa, 
falamos com especialistas que dão dicas superinteressantes para facilitar a 
elaboração dos trabalhos pedagógicos de todo o ano letivo. 
Nesta edição, também abordamos os cuidados necessários para pro-
teger os pequenos dos raios solares e dos problemas de pele mais fre-
quentes no verão. Dessa forma, dá para aproveitar as altas temperaturas 
para propor brincadeiras e dinâmicas ao ar livre sem se preocupar com 
queimaduras. Ainda na estação mais quente do ano, é importante alertar 
a classe sobre a prevenção da dengue. Devido às chuvas e ao calor, cresce 
o número de vítimas do Aedes aegypti, mosquito causador da doença. De 
forma leve e lúdica, é possível conscientizar os alunos, alertando-os sobre 
as consequências dessas picadas. 
As tão aguardadas férias são momento de lazer, mas também de 
aprendizado. Por meio de jogos e brincadeiras, você poderá estimular o 
desenvolvimento e a educação da garotada. Confira algumas ideias de ati-
vidades que são pura diversão. 
Em 08 de janeiro, comemora-se o Dia Nacional do Fotógrafo. Para 
homenagear esses grandes profissionais, que tal desenvolver o olhar crí-
tico da turminha e montar uma exposição fotográfica para toda a escola? 
Eles vão adorar!
 
 Um abraço e até a próxima edição,
 Os editores
Creche
04 Saiba quais cuidados especiais devem ser tomados para 
aproveitar a estação mais quente
08 É hora de pensar no currículo para o próximo ano. Confira 
dicas para um bom planejamento
Educação Infantil
14 Estimule a imaginação dos pequenos e apresente-os ao 
universo mágico das cores
17 As chuvas de verão demandam atenção redobrada na 
prevenção da dengue
23 Proponha atividades educativas e aproveite as férias para 
desenvolver habilidades da turminha
Ensino Fundamental 1
27 No Dia Nacional do Fotógrafo, amplie o olhar crítico dos 
alunos por meio do uso de fotografias na escola
31 Nas férias, ajude os alunos a criar atividades e jogos 
simples para momentos individuais e coletivos
Onde encontrar
Presidente: Paulo Roberto Houch
Vice-Presidente Editorial: Andrea Calmon
 redacao@editoraonline.com.br
REDAÇÃO
Jornalista Responsável: Andrea Calmon – MTB 47714
PROGRAMAÇÃO VISUAL
Coordenadora de Arte: Angela Cordoni Houck
 diagramacao@editoraonline.com.br
ESTÚDIO FOTOGRÁFICO
Fotógrafo: Fernanda Venâncio
PRODUÇÃO FOTOGRÁFICA
Coordenadora: Elaine Simoni
 elainesimoni@editoraonline.com.br
COLABORARAM NESTA EDIÇÃO 
Redação: Fernanda Montano (edição), Jade Barreto, Lila de Oliveira, 
 Ludmylla Franco, Malu Gonçalves, Mariana Almeida, 
 Renata Santana e Tatiane Cotrim (textos)
Fotografia: Adriana Barbosa, André Wittner, Camila Calicchio 
 e Vandercy Junior (fotos)
Produção fotográfica: Cristiane Boneto e Selma Russo
Ilustração: Arlete Scantamburlo e Mônica Fuchshuber
Diagramação: Rafael Micheski
PUBLICIDADE
Gerente Comercial: Elaine Houch
Supervisores: Bernard Correa e Gisele França 
Agências: agencia@editoraonline.com.br
Executivos de Contas : Ana Paschoal, Antonio Demésio, Denise Abe, 
 Andrea Brognara, Camila Vinhas e Luciana Lemes
 publicidadedecoracao@editoraonline.com.br
Operações Comerciais: Joelma Lima
Designer Gráfico Publicidade: Monique Angelina 
Representantes: Brasília – (61) 3034-3704 
 Rio de Janeiro – (21) 3598-1172
 Rio Grande do Sul – (51) 3374-5672 
 
MARKETING
Supervisor de Marketing: Vinícius Fernandes
Assistente de Marketing: José Antônio da Silva
 
CANAIS ALTERNATIVOS Luiz Carlos Sarra 
DEP. VENDAS (11) 3687-0099 
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LOGÍSTICA E ARMAZENAGEM Luiz Carlos Sarra
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ADMINISTRAÇÃO
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 financeiro@editoraonline.com.br
 
CRÉDITO E COBRANÇA cobranca@editoraonline.com.br
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Cristiane Boneto (Pedagoga especializada 
em Administração, Orientação e 
Supervisão Escolar pela USP e pós-graduada 
em Fundamentos do Ensino da Matemática 
pelo Instituto Mathema)
cristiane_boneto@ig.com.br 
Izildinha Houch Micheski (Pedagoga 
e psicopedagoga)
Tel: (11) 2949-6386 
izildinha.micheski@gmail.com 
Selma Russo (Pedagoga formada pela 
Universidade Nove de Julho, tecnóloga em 
Libras e Braile e Ecobrinquedista)
selma.russo@hotmail.com
www.portalcoisaseria.com.br
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É verão!
Conheça os cuidados especiais que devem ser tomados durante a estação mais 
quente do ano e aproveite os belos dias de sol sem traumas
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CUIDADOS
O verão está chegando! É tempo 
de aproveitar as brincadeiras e as di-
nâmicas ao ar livre. As temperaturas 
menos frias viabilizam esse tipo de ati-
vidade, assim como as roupas das crian-
ças – mais leves e em menor quantidade 
– facilitam a locomoção e a movimentação 
dos pequenos. Mas, assim como no inverno, o 
verão também exige alguns cuidados especiais.
Cuidados com a pele 
Proteção
Toda criança, independentemente da idade, deve ser prote-
gida dos raios solares. Até o sexto mês de idade, essa prote-
ção deve ser física, ou seja, por meio de uso de chapéus – que 
não possuam elásticos nem apertem a criança – e guarda-sóis. 
Após essa idade, já se pode – e deve – fazer uso de protetores 
solares com um fator de proteção de, no mínimo, 30. A pe-
diatra com especialização em dermatologia infantil Marice El 
Achkar Mello orienta a escolha dos produtos desenvolvidos es-
pecialmente para crianças e que tenham a coloração branca, 
pois os coloridos podem causar alergia na pele do bebê, que 
ainda é muito sensível. “Na praia ou na piscina, o filtro deve ser 
reaplicado a cada duas horas, independentemente da atividade 
que a criança venha a fazer”, acrescenta ela, destacando que o 
mais importante, no entanto, é não expor as crianças ao sol 
entre as 10 e 16 horas, mesmo com o uso do protetor solar. 
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Como a incidência de insetos também é maior nos perío-
dos quentes, faça uso dos repelentes elétricos nos ambientes 
internos da escola. Para as áreas externas, se houver necessi-
dade, pode-se fazer uso de repelentes nas crianças com mais 
de seis meses de idade, desde que o produto seja adequado 
para a faixa etária. Mas lembre-se: antes de utilizar qualquer 
produto na pele das crianças, converse com os pais para saber 
se elas são alérgicas.
Hidratação
É inevitável o contato constante das crianças com a água. 
Afinal, quem resiste a refrescar-se em um banho de piscina, 
de balde ou até mesmo de mangueira? O excesso de água, no 
entanto, provoca o ressecamento da pele, portanto, após os 
banhos, passe sempre um pouco de hidratante na pele dos 
bebês com mais de seis meses. “Paraessa idade, os hidratantes 
devem ter pouca ou nenhuma fragrância e serem de colora-
ção clara”, alerta Marice. Não exagere na quantidade e utili-
ze produtos específicos para crianças. Não utilize óleos, pelo 
desconforto que causam.
Também para evitar o ressecamento da pele, evite os ba-
nhos longos e use pouco sabonete. A temperatura da água, in-
dependentemente do clima, é sempre próximo à temperatura 
natural do corpo, ou seja, 36 graus.
Pós-piscina
O cloro utilizado nas águas de piscina pode fazer mal às 
crianças que têm alguma alergia de pele, por isso, é impor-
tante sempre pedir autorização dos pais para esse tipo de 
banho. Depois da diversão na água, dê uma chuveirada em 
cada criança para tirar o cloro e passe hidratante na pele 
dos pequenos.
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Problemas de pele mais 
comuns no verão
Brotoejas – também chamadas de miliarias, caracterizam-
-se pela inflamação nas glândulas do suor. São, portanto, co-
muns no verão e aparecem nos lugares onde os pequenos mais 
suam, como no pescoço e nas dobras. “Para evitá-las, deve-
mos deixar as crianças com pouca roupa, de tecidos leves, que 
permitam a circulação do ar”, orienta Marice. As de algodão 
são as mais indicadas, ao contrário das de fibras sintéticas, 
que retêm o calor.
Assaduras – são dermatites de pele. Seus principais moti-
vos são a umidade, o abafamento e a contaminação por fun-
gos e bactérias presentes na urina e nas fezes. Para evitá-la, 
utilize sempre o creme de proteção, mesmo no calor. Há uma 
lenda de que nos dias mais quentes não se deve usá-lo, pois 
estaria impedindo a respiração da pele, “mas isso não é ver-
dade”, alerta Marice.
Frieiras – no frio, elas podem aparecer porque as crianças 
ficam muito tempo com o pé fechado, coberto por meias e 
calçados por tênis ou sapatos. No verão, esses fungos que 
aparecem entre os dedos também podem marcar presença, 
uma vez que são oriundos da umidade, que pode ser causada 
pela transpiração. Para evitar esse incômodo, seque bem os 
pés das crianças após os banhos e oriente os pais a exporem 
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tilhar os objetos pessoais das crianças; orientar os pequenos 
a lavar bem as mãos antes das refeições, após espirrar, tossir 
e assoar o nariz; ensiná-las a usar lenços descartáveis; evitar 
aglomerações de pessoas em locais fechados; manter uma 
alimentação saudável e balanceada; manter o ambiente bem 
arejado.
Hidratação e dieta balanceada 
A nutricionista clínica Lais Sassaki reforça, ainda, a impor-
tância da ingestão de líquidos e da dieta balanceada e dá a dica 
aos pais e cuidadores: “deixe sempre próximo às crianças uma 
garrafinha ou um copinho com água”, ou seja, não espere a crian-
ça pedir líquido, ofereça sempre água, sucos e chás gelados. O 
fato de uma criança pequena pedir líquido já é sinal de desidrata-
ção! Além da água, aproveite para oferecer opções diferenciadas 
de sucos aos maiores de um ano de idade. Uma boa pedida é o 
mix de frutas sugerido por Lais (confira a receita a seguir). Já para 
os bebês que estão em fase de desmame, prefira as opções que 
tenham uma fruta por vez, para que ele sinta o sabor da fruta, 
e você perceba as preferências de cada uma, sem desistir na pri-
meira cara feia que o pequeno fizer, afinal, ele está descobrindo 
sempre os calçados dos pequenos ao sol e evitar o uso diário 
do mesmo calçado.
Pano branco – aparece normalmente no cabelo e nas cos-
tas, devido à umidade, e pode se espalhar pelo corpo. Marice 
recomenda que não se use água muito quente no banho, além 
de não deixar a criança dormir com o cabelo molhado. 
Impetigo – infecção causada por bactéria que resulta em 
feridas com secreções amareladas. Qualquer tipo de feri-
mento que rompa a barreira da pele expõe a criança a essa 
infecção, mas no verão as picadas de inseto são as grandes 
ameaças, uma vez que ela normalmente coça a região picada 
e acaba se machucando. Como essa infecção é transmissível 
pelo contato, a criança que estiver com o problema deve ser 
afastada da escola, pelo menos por 48 horas, enquanto é trata-
da com medicamentos, sob a orientação de um médico. 
Cuidados com o corpo
Vírus da gripe
Os vírus causadores da gripe são transmitidos pelo con-
tato com secreções contaminadas e, portanto, não têm rela-
ção direta com o clima. Mas alguns fatores típicos do verão, 
como a exposição ao sol, que favorece a desidratação, e a 
exposição ao ar-condicionado, que causa o ressecamento 
das secreções respiratórias, tornam as vias áreas mais vul-
neráveis à adesão dos vírus ao tecido respiratório, con-
forme explica a pneumologista pediátrica Juliana 
Leite Soares Guedes. Sendo assim, evitar o ar-
-condicionado em detrimento da abertura 
de portas e janelas, e manter a criança 
hidratada é fundamental, mas não se 
devem esquecer os cuidados corriquei-
ros, que devem estar presentes duran-
te o ano inteiro, como não compar-
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novos sabores, portanto, certa resistência é normal.
Nas temperaturas mais quentes, comer algo frio ou ge-
lado também é mais confortável. Aproveite-se disso para 
oferecer opções saudáveis de lanches e sobremesas, como o 
milk shake saudável (receita a seguir) e os picolés feitos com 
suco concentrado de frutas, como caju, uva e manga, sugeri-
dos pela nutricionista Manoela Figueiredo. 
Na alimentação, abuse dos alimentos “in natura”, como 
saladas, sejam de verduras ou de legumes crus ou cozidos, e 
das frutas, sem perder o foco no equilíbrio dos nutrientes ne-
cessários nas refeições diárias. Lave sempre bem os alimentos 
com água filtrada para evitar que a criança tenha diarreia, o 
que agrava ainda mais o quadro de desidratação.
Uso de acessórios
Usar óculos de sol que não têm lentes adequadas, com 
proteção contra os raios ultravioleta, como os de plástico, 
em vez de proteger, pode prejudicar os olhos das crianças. 
Da mesma forma, cuidado com o uso de pulseiras, anéis 
e sandálias de plástico que, em contato com o sol, podem 
machucar os pequenos, além de gerar desconforto.
Suco refrescante 
Por Lais Sassaki
Ingredientes:
1 xícara (de chá) de abacaxi picado
2 xícaras (de chá) de suco de 
laranja-lima
1/2 maçã com casca
1 xícara (de chá) de 
água filtrada
Modo de preparo:
Coloque no congelador, em forminhas de gelo, uma 
xícara de chá de água. Espere endurecer. Desenforme-
as e coloque-as no liquidificador juntamente com o 
suco de laranja, de abacaxi e a maçã. Como as frutas já 
estão bem doces nessa época do ano, não é necessário 
acrescentar açúcar. Bata tudo e pronto!
Milk Shake saudável
Por Manoela Figueiredo
Ingredientes:
1 banana
200 ml de iogurte ou leite
1 colher (de sopa) de mel
Modo de preparo:
Pique a banana e coloque-a no congelador, embrulhada 
em papel-alumínio. Depois que ela estiver dura, bata-a 
no liquidificador com um pote de iogurte natural ou 
leite e uma colherzinha de mel. 
Digestão
 Como nessa época do ano os banhos são mais fre-
quentes, vale chamar a atenção para o período neces-
sário entre a refeição e o banho. “Devemos respeitar 
o período de digestão para não causar dores, náuseas 
e vômitos. Para isso, intervalos de uma hora e meia a 
duas horas entre as refeições e os banhos são ideais”, 
lembra Lais.
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A mil mãos
Precisamos planejar, ter intencionalidade, olhar pedagógi-
co, com foco em resultados. Mas por outro lado, precisamos 
ouvir e respeitar os saberes que as crianças trazem consigo, 
vê-las como autoras de seu processo de desenvolvimento e 
respeitar o tempo de cada uma delas. E como associar todas 
essas coisas? Como ter, por um lado, um trabalho planejado 
antecipadamente respeitando um currículo previamente ela-
borado e, por outro, atender à demanda, ao tempo e aos inte-
resses e conhecimentos de cada criança do grupo?
“Conhecimento”, responde Eny Muniz, pedagoga e espe-
cialista emGestão e Planejamento Escolar. “Quanto mais eu 
souber sobre o processo de aprendizagem de cada faixa etária, 
mais possibilidade de sucesso terei. Muita leitura, discussão e 
compreensão dos eixos de aprendizagens e de como eles de-
vem ser trabalhados precisam fazer parte constante das reu-
niões pedagógicas escolares”, explica ela. 
E no final, é esse conhecimento que fica explícito no pla-
nejamento, é onde ele se consolida e se materializa. “Todo 
planejamento nos traz a concepção de educação que aquela 
instituição carrega e, principalmente, a ideia de concepção 
de educação e criança que o educador traz consigo”, afirma 
Fabiane Vitiello, pedagoga pós-graduada em psicopedagogia. 
O trabalho de planejar, portanto, deve ser feito em parceria 
entre professores e coordenadores, uma vez que nele devem 
conter as diretrizes e a concepção de criança e infância da-
quela instituição e dos profissionais que nela atuam. “Acredito 
que ele deve ser construído pela equipe de docentes, podendo 
Corpo docente, gestores e crianças devem ser coautores do planejamento 
para que ele responda às necessidades dos pequenos, às exigências 
da legislação e às cobranças dos pais
PLANEJAMENTO E CURRÍCULO
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contar com o apoio de pessoas mais experientes, no caso, co-
ordenadores ou orientadores pedagógicos. É importantíssimo 
que os professores atuem nessa construção, pois são eles que 
estão diariamente com as crianças, conhecendo suas carac-
terísticas mais íntimas”, acrescenta Fabiane. Nas palavras de 
Eny, “o planejamento deve ter a sua construção no coletivo: 
corpo docente e gestores educacionais elaborando as estra-
tégias, as atividades, enfim, explicitando qual a intenção e a 
função social que a escola pretende atingir por meio do pla-
nejamento escolar.”
Para tanto, é necessário um processo de formação dos 
profissionais que hoje atuam nesse segmento de ensino, que 
exige conhecimentos muito específicos. É preciso que as in-
formações e as novas diretrizes para a educação infantil sejam 
esclarecidas para o corpo docente. “De nada adiantará elabo-
rar um belíssimo planejamento se os profissionais que darão 
vida e voz ao currículo não se sentirem parte do processo”, 
observa Eny.
Além dessa parceria, o planejamento deve contar com 
mais um colaborador: as próprias crianças. Elas devem ser 
não apenas o foco e o alvo de tudo que é planejado, mas tam-
bém coautoras. Segundo Fabiane, é preciso “trabalhar com 
um planejamento flexível no qual sejam respeitados os tem-
pos e os limites da turma”. 
Dessa forma, segundo o trabalho de Isabel Alexandra A. 
Moreira e Sandra Maria S. F. M. Teixeira, realizado na pós-
graduação em educação de crianças de creche (em Portugal), 
“o currículo não pode ser visto como algo estanque, acabado 
e imutável, mas sim como ‘ação e reflexão, como um proces-
so permanentemente confrontado com as circunstâncias do 
momento’. Deste modo, é sugerido por vários autores que um 
currículo para crianças pequenas deve ser flexível, aberto, 
valendo-se do jogo e respeitando o interesse e ritmo de apren-
dizagem da criança”. 
Eny acrescenta: “costumo dizer que devemos começar pelo 
que a criança já sabe”. Por isso, ela orienta que o planejamento 
seja feito anteriormente ao início das aulas, como linha norte-
adora do trabalho e instrumento de reflexão. Mas ele deve ter 
também sua carga de exclusividade, de acordo com o perfil da 
turma. “No início do ano sempre devemos ter o planejamento 
prévio de nossas ações - que será o nosso ponto de partida 
- tratando de objetivos gerais mais ligados aos pressupostos 
teóricos, de legislação, etc. O plano de curso, específico para 
cada faixa etária, será completado após uma avaliação inicial 
para saber qual o ponto de partida com cada turma. Por isso, 
geralmente, temos um tempo para a entrega total do Projeto 
Político Pedagógico, a fim de que se cruzem todas as informa-
ções”, explica.
Planejamento e currículo
Para Eny, planejar significa perceber a realidade, avaliar os 
caminhos, construir um referencial futuro, estruturando o 
trâmite adequado e todo o processo ao qual o planejamento se 
destina. Sendo, portanto, o lado racional da ação, ferramenta 
essencial para a preparação do que se deseja ensinar, e onde se 
antevê as possibilidades de aprendizado e os espaços em que 
essas interações vão acontecer. “Trata-se de um processo que 
escolhe e organiza ações, antecipando os resultados espera-
dos. Essa deliberação busca alcançar, da melhor forma possí-
vel, alguns objetivos pré-definidos. Significa esclarecer o meio 
como se pretende realizar o currículo”, elucida Eny. Sendo as-
sim, o currículo seria formado pelos eixos de aprendizagem 
com os quais se pretende trabalhar e, portanto, estaria dentro 
do planejamento. 
Segundo Fabiane, currículo é o que norteia o planejamen-
to. É por meio dele e de acordo com ele que atividades, proje-
tos e sequências são elaborados. Ambos estão ligados um ao 
outro. O currículo é uma conversa, um diálogo com os de-
mais elementos pedagógicos que norteiam a rotina. “É algo 
mais sólido, que sustenta as demais práticas. Já o planejamen-
to deve ser para o professor um eterno instrumento de refle-
xão. Sendo assim, deve ser revisitado sempre que necessário e 
alterado quando preciso”, acrescenta.
Em sua etimologia, currículo provém do latim “currere”, 
que significa caminho, jornada, percurso, trajetória. Mas, na 
educação, essa trajetória não tem só um caminho, nem só 
um meio, nem um tempo fixo e igualitário para todos que 
por ela percorrem. 
O próprio conceito de currículo é múltiplo e dinâmico, ca-
bendo diversas definições. Para Isabel e Sandra, é a seleção 
de conhecimentos acadêmicos, organizados a partir de áreas 
disciplinares, em sequência linear e centrados em objetivos 
previamente determinados. Elas vão mais longe, elencando 
em seu trabalho quatro tipos de currículos: 
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• Currículo formal ou oficial: resultante de uma decisão polí-
tico-administrativa.
• Currículo real ou em ação: é o que criança entende daquilo 
que lhe é proposto. Resulta da comparação entre currículo 
formal e oculto.
• Currículo oculto ou informal: resultante da real apren-
dizagem da criança, a partir do que foi planejado, mas que 
não estava planejado, como os valores, crenças e atitudes. 
• Currículo avaliado: inclui a avaliação das crianças, dos 
planos, dos programas, das orientações, dos professores, da 
escola etc.
“Assim, o modelo curricular é ‘simultaneamente um refe-
rencial teórico para conceituar a criança e o seu processo 
educativo e um referencial prático para pensar antes da ação, 
na ação e sobre a ação.’ (Formosinho-Oliveira e Kishimoto, 
2002:30)”, escrevem as autoras no texto intitulado “Currículo 
e Avaliação em Creche”.
Conteúdos
A construção de um currículo e, consequentemente, de 
um planejamento, deve levar em conta as muitas linguagens 
presentes nessa faixa etária de 0 a 3 anos, que pelo desenvolvi-
mento cognitivo da primeira infância exige muita dedicação, 
cuidado e observação. Nessa idade, os pequenos estão expos-
tos a todo tipo de estímulo, muitos provocados inconsciente-
mente e, em um curto espaço de tempo, transformam esses 
estímulos em percepções e ações. Como bem observa Eny, 
“deve-se levar em consideração que, por mais que se tenha 
a intenção de trabalhar com atitudes e valores, nunca a insti-
tuição dará conta da totalidade do que há para ensinar. Isso 
significa dizer que parte do que as crianças aprendem não 
é ensinado de forma sistemática e consciente e será apren-
dida de forma incidental. Isso amplia a responsabilidade de 
cada um e de todos com os valores e as atitudes 
que cultivam”.
Cada instituição precisa, portanto, refletir 
conjuntamente sobre essa elaboração e o que 
deverá compô-la, partindo, primeiramente, de 
sua própria concepção de infância e educação. 
“Particularmente, acredito que o planejamentodeve ser elaborado tendo como base o Referencial 
Curricular Nacional para Educação Infantil (RCNEI) 
e seus eixos (Música, Artes, Identidade e Autonomia, 
Matemática, Práticas de Linguagem, Brincadeiras 
e Movimentos, e Natureza e Sociedade). Por meio 
desses eixos, elaboramos projetos e sequências de traba-
lho para serem desenvolvidos com as crianças, deixando 
claro qual a intenção do trabalho. Deve ha-
ver reflexão nessa elaboração, mas creio que 
apoiar-se no RCNEI seja uma boa pedida”, 
sugere Fabiane.
Mas é justamente por conta da nova concep-
ção de infância e do novo lugar que essa fase da 
educação ganhou tão recentemente em nossa so-
ciedade que os conteúdos do currículo das crianças de 0 a 3 
anos de idade ainda são controversos. “O desafio maior está 
na alteração da concepção que se tem das crianças nessa faixa 
etária. Antes de mais nada, é necessário crer no grandioso 
potencial delas para, a partir daí, a construção do currículo 
acontecer, levando em conta as muitas linguagens presentes 
nessa fase”, observa Fabiane.
Para Eny, aos poucos, a educação vem dizendo realmente 
qual a sua verdadeira essência desde os anos iniciais da crian-
ça. “Precisamos planejar, tendo em vista os estímulos que po-
dem ser trabalhados, a inserção de novos saberes àquilo que a 
criança traz de representação social de sua vivência em outros 
espaços não escolares, sua casa, o clube, a convivência com 
familiares, respeitando seus princípios e, sobretudo, a faixa 
etária em que se encontra”, diz. 
Isabel e Sandra colocam em seu trabalho que “quando se 
trata de propostas curriculares que abordam a educação de 
bebês e crianças muito pequenas, esta discussão se torna 
ainda mais complexa, pois é preciso lidar não apenas com 
diferenças de concepções, mas com a falta de pesquisa, es-
tudos e publicações que abordam diretamente a organiza-
ção curricular nas creches”. 
As autoras, no entanto, organizam os saberes e conheci-
mentos que devem se fazer presentes, como os “oriun-
dos das práticas corporais, culturais e sociais nas 
quais as crianças são introduzidas em seus 
contextos de vida e que, na educação 
infantil, são identificadas principalmente 
através das interações sociais, das roti-
nas, das culturas de pares, das brinca-
deiras, dos cantos e dos relacionamen-
tos; os saberes e conhecimentos das 
linguagens, que são as formas sim-
bólicas que essa cultura produziu e 
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produz ao longo da história para criar, interpretar, expressar, 
narrar e comunicar ações e sentidos que significam a convi-
vência; e os saberes e conhecimentos das áreas disciplinares 
organizados histórica e socialmente e que são necessários à 
formação das crianças nos aspectos científicos e tecnológi-
cos, isto é, os conhecimentos científicos”.
Já os RCNEIs instrumentalizam o planejamento do pro-
fessor com as seguintes categorias de conteúdos: os conceitu-
ais, que dizem respeito ao conhecimento de conceitos, fatos e 
princípios; os procedimentais, que se referem ao “saber fazer”; 
e os atitudinais, associados a valores, atitudes e normas.
Esses conteúdos podem ainda se desdobrar em eixos temá-
ticos. No documento elaborado pelo Ministério da Educação 
são eles: Formação Pessoal e Social, que contém o eixo de tra-
balho que favorece, prioritariamente, os processos de constru-
ção da Identidade e Autonomia; e Conhecimento de Mundo, 
que inclui Movimento, Música, Artes Visuais, Linguagens 
Oral e Escrita, Natureza e Sociedade e Matemática.
Para Eny, “os eixos de aprendizagem sistematizam todo 
o trabalho da educação infantil, sendo eles: linguagem e 
comunicação, expressão e apreciação artística, desenvol-
vimento pessoal e social, exploração e conhecimento de 
mundo, corpo e movimento, relações matemáticas”. Segundo 
ela, no dia a dia, as crianças já vivem esses eixos, mas o tra-
balho planejado e o currículo elaborado corroboram para 
que o processo seja contínuo, uma vez que não estão 
engessados. Pelo contrário, eles são flexíveis e sensíveis às 
modificações necessárias.
Flexíveis porque, considerando as especificidades de be-
bês e crianças pequenas, as vivências socioculturais devem 
sobrepor-se aos conhecimentos científicos, normalmente em 
voga quando o tema é elaborar um currículo, pois, explica 
o documento “Educação de Crianças em Creche”, elaborado 
pelo MEC, “as crianças pequenas e os bebês aprendem – na 
corporeidade de suas mentes e de suas emoções – a partir 
da ação do corpo no mundo, da fantasia, da intuição, da ra-
zão, da imitação, da emoção, das linguagens, das lógicas e 
da cultura”. Ainda segundo o texto “as crianças produzem 
seus conhecimentos instaurando significados e constituindo 
narrativas sobre si mesmas e o mundo. Elas aprendem não a 
partir de informações científicas parciais ou conhecimentos 
fragmentados, mas através de processos dinâmicos de inte-
rações com o mundo”.
Sendo assim, na opinião de Eny, o currículo deve conter 
“práticas educacionais organizadas em torno do conheci-
mento e em meio às relações sociais que se travam 
nos espaços institucionais, e que afetam a constru-
ção das identidades das crianças”. 
O documento do MEC vai ao encontro dessa pro-
posta ao colocar que “o currículo deve ser sustenta-
do nas relações sociais, nas interações das crianças 
com o meio, a partir de suas vivências e em práticas 
educativas intencionalmente voltadas para as expe-
riências concretas da vida cotidiana, para a aprendi-
zagem da cultura pelo convívio no espaço coletivo, 
no qual os professores promovem vivências que ampliam os 
potenciais cognitivos, afetivos e sociais, considerando as dife-
rentes linguagens que compõem os processos comunicativos 
e a maneira como as crianças significam suas experiências”.
Eny elenca ainda outros itens básicos de um currículo ci-
tando as práticas que buscam articular as experiências e os 
saberes das crianças com os conhecimentos que fazem par-
te do patrimônio cultural, artístico, científico e tecnológico, 
considerando a integralidade, indivisibilidade e as dimensões 
expressivo-motora, afetiva, cognitiva, linguística, ética, esté-
tica e sociocultural das crianças, além de apontar as experiên-
cias de aprendizagem que se espera promover junto às crian-
ças e efetivar-se por meio de modalidades que assegurem as 
metas educacionais de seu projeto pedagógico.
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O documento elaborado pelo MEC diz que “é preciso mu-
dar a concepção de ‘aprendizagem como aquisição’ e acumu-
lação para uma concepção de aprendizagem enquanto um 
‘processo de narração’”. É por tudo isso que o currículo focado 
em crianças de 0 a 3 anos de idade deve ser ancorado na pró-
pria vida e em todo o dinamismo que lhe é próprio.
Assim, escrevem Isabel e Sandra, “o desafio dos profes-
sores está em romper com concepções polarizadoras entre 
conhecimentos do corpo (prática) e conhecimentos abstratos 
(teoria), entre conhecimentos cotidianos vinculados às prá-
ticas culturais (não legítimos) e conhecimentos acadêmicos 
(legítimos) vinculados ao pensamento científico”. Vale ainda 
destacar mais um trecho do texto: “os ‘conteúdos’ a serem 
estudados serão respostas complexas às perguntas significa-
tivas e não mais fragmentos de conhecimentos específicos 
previamente determinados. O professor observa e vê, na ação, 
o conhecimento se configurando, e é então que ele não ape-
nas transmite uma informação, mas provoca o pensamento a 
continuar pensando.”
Atividades
Entre os conteúdos que devem ser contemplados no currí-
culo, o RCNEI elenca algumas atividades permanentes, que res-
pondem às necessidades básicas de cuidados, aprendizagem e de 
prazer para as crianças, ficando a critério do professor e da ins-
tituição estabelecer a periodicidade e sequência delas, de acordo 
com o planejamento:
• brincadeiras no espaço interno e externo;
• rodas de história;
• rodas de conversas;
• ateliês ou oficinas de desenho, pintura,modelagem e música;
• atividades diversificadas ou ambientes organizados por te-
mas ou materiais à escolha da criança, incluindo momentos 
para que elas possam ficar sozinhas, se assim o desejarem;
• cuidados com o corpo.
Deve-se levar em conta as boas referências existentes, no 
caso os RCNEIs, mas as educadoras devem estar atentas aos 
indícios diários de interesse que as crianças dão. “Muitas ve-
zes, uma simples ida ao parque pode virar um projeto de tra-
balho. Talvez no meio do caminho as crianças se deparem 
com um casulo ou com uma borboleta e isso pode virar um 
interesse legítimo do grupo ao passar dos dias. As professo-
ras devem atentar-se às pistas diárias e passar a incluí-las em 
seu planejamento”, orienta Fabiane. 
Na escola Curumim, em Campinas, interior de São 
Paulo, os interesses das crianças têm sempre espaço para 
transformar-se em trabalho pedagógico. Os pequenos são 
incentivados a estar em contato com a natureza e com a 
comunidade ao redor e qualquer interesse maior desper-
tado é trabalhado. A coordenadora da escola, Glaucia de 
Melo Ferreira, lembra certa vez quando as crianças des-
cobriram os tatu-bolas ao brincar no gramado da esco-
la. “Isso motivou uma saída para procurar os bichinhos”, 
conta. A partir daí foram explorados os diversos tipos de 
animaizinhos que viviam na grama, seus hábitos alimen-
tares e de vida, sua relação com as próprias crianças, etc.
Avaliação
“É fato que a educação planeja, mas nem sempre con-
segue seguir o que registrou. Ou simplesmente faz, mas 
não registra as ações que deram certo para que sirvam de 
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exemplo para as futuras gestões”. A partir dessa queixa 
de Eny, chega-se a mais um item indispensável para um 
bom planejamento: a avaliação. É preciso constar como 
o professor avaliará o andamento do que foi proposto e 
o desenvolvimento de cada criança e do grupo. Esses pa-
râmetros servirão para orientar suas próprias práticas, 
apontando os pontos que precisam ser revistos ou refor-
çados, e serão referências para a elaboração de um novo 
plano, servindo de material consultivo para construção 
do trabalho com uma nova turma. Além disso, a avaliação 
é fonte de informação e conhecimento para o educador 
que assumirá a turma no próximo ano letivo, levando um 
pouco do histórico e das vivências dos pequenos ao outro 
profissional, e dá segurança aos pais e aos gestores da es-
cola quanto ao trabalho realizado. 
Para Eny, a avaliação deve ser constante e levar em conta 
a relação tempo/espaço, pois é instrumento de reflexão sobre 
a prática pedagógica na busca de melhores caminhos para 
orientar as aprendizagens das crianças. 
É por meio dessa avaliação constante que se chegará aos 
resultados, que devem proporcionar às crianças momen-
tos que as façam crescer, desenvolver e serem mais felizes. 
“Não se dá nota na educação infantil, observam-se, sim, 
quais as interferências necessárias para que elas atinjam os 
objetivos propostos nas atividades”, destaca Eny.
Portfólios, documentações pedagógicas, bem como ob-
servação sistemática, crítica e criativa do comportamento de 
cada criança por meio de relatórios, fotos e desenhos são al-
gumas formas de avaliação na creche. Fabiane é adepta da do-
cumentação pedagógica, que permite à educadora comunicar 
a comunidade escolar e, principalmente, aos pais que fazem 
parte dessa comunidade, como o trabalho está sendo realiza-
do. A documentação se dá na medida em que os projetos estão 
sendo realizados. É tida como um processo de comunicação, 
no qual o trabalho desenvolvido fica explícito.
Os fazeres na Educação Infantil 
(Editora Cortez)
As cem linguagens da criança
(Editora Artmed)
Projetos pedagógicos na 
Educação Infantil (Editora Artmed)
Dicas de 
leitura:
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Eixos temáticos: Natureza e Sociedade; 
Linguagens Oral e Escrita; Matemática; Artes Visuais; 
Identidade e Autonomia.
Responsável: Selma Russo.
Objetivos: trabalhar a coordenação motora, a 
criatividade, a atenção e o conceito de causa/ efeito.
Idade: a partir de 3 anos.
Vamos brincar 
de modelar?
Ensine as crianças a fazer massa a partir de farinha de trigo, ao mesmo tempo que 
estimula a imaginação e a coordenação motora dos alunos
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MASSA BRANCA
Materiais: ingredientes da receita; palito de picolé; tinta guache.
Ingredientes para a massa de modelar:
2 xícaras de farinha de trigo;
½ xícara de sal;
1 xícara de água;
1 colher de óleo;
tigela plástica grande
PROJETO LABORATÓRIO NA ESCOLA
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1. Faça a massa branca misturando os ingredientes da receita. 2. Divida a massa em pedaços e utilize as tintas guaches 
para tingi-las. 3. Em seguida, incentive as crianças a misturar pequenas quantidades de massa de cores diferentes para 
obter outras cores..
PASSO A PASSO FEITO PELO EDUCADOR E PELOS ALUNOS
Foto: André Wittner | Produção: Selma Russo
COLOCANDO EM PRÁTICA
Oportunizar experiências que permitam às crianças ob-
servar a transformação de elementos, como a mistura de fa-
rinha com água, é muito divertido, proveitoso e proporciona 
momentos ricos de aprendizagem. Providencie os materiais 
para a confecção da massa, de modo que tenha quantidade 
suficiente para todos os grupos trabalharem.
 Convide as crianças para uma brincadeira. Diga que fa-
rão uma massa utilizando farinha de trigo. Divida a turma 
em grupos de três, dê para cada equipe uma tigela grande, 
água e farinha nas medidas indicadas. Oriente-os a colocar 
a farinha na tigela, juntamente com os outros ingredientes, 
a água aos poucos e depois amassar. Solicite que observem 
a consistência da pasta, se já dá para fazer uma bolinha, se 
ainda está muito dura ou muito mole, questione se sabem o 
que precisam fazer para que a massa fique no ponto certo 
para modelar, se tem que colocar mais água, mais farinha, 
ou seja, deixe-os à vontade para que façam suas hipóteses. 
Observe e faça anotações sobre o comportamento dos alu-
nos diante de situações de conflito e dúvida, se conversam 
entre si, se agem sozinhos e observam outros grupos, se 
questionam a professora, se participam ou se excluem ou 
são excluídos. Essas observações auxiliam você a agir de 
maneira rápida quando necessário, auxiliando os alunos a 
integrar, a procurar soluções para eventuais problemas e 
questionamentos e a alterar procedimentos para as próxi-
mas atividades.
Quando a massa estiver no ponto – desgrudando das mãos 
– oriente-os a dividi-la em seis pedaços para acrescentar a 
tinta. Ofereça seis cores diferentes de tinta guache e auxilie-
os a pegá-la com a ponta de um palito de sorvete. Diga para 
tingir as bolinhas de massa, uma de cada cor. Observe como 
fazem o trabalho, intervindo quando necessário. A massa 
pronta deve ser guardada em saquinhos plásticos para não 
ressecar. Não deixe de identificá-los com o nome da cor e o 
grupo que fez, para que possam dar continuidade ao traba-
lho usando o material que produziram.
MINHA OBRA DE ARTE
Materiais: cola branca; lápis preto; papelão de caixa descartável; massa de modelar de farinha de trigo; sacos plásticos; tinta guache. 
PASSO A PASSO FEITO PELO EDUCADOR E PELOS ALUNOS
Foto: André Wittner | Produção: Selma Russo
1. Pinte o papelão com tinta guache branca. Depois que secar, aplique a tinta de sua preferência. Aguarde novamente 
a secagem. Em seguida, solicite que os alunos façam um desenho com lápis preto. 2. Modele os elementos do desenho. 
3. Aplique uma pequena quantidade de cola e fixe a massinha já modelada. Para impermeabilizar as peças, pincele uma 
mistura de cola com água.
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CORES MÁGICAS
Texto: Renata Santana 
As cores são divididas e classificadas por grupos 
que se baseiam nas características de composição de cada 
uma. O estudo das cores pode se transformar em uma 
grandebrincadeira porque a partir da mistura de algu-
mas delas, formam-se outras, dando origem a um proces-
so químico divertido.
As cores primárias, que também são chamadas de pu-
ras, têm esse nome porque não são formadas pela mistu-
ra de nenhuma outra cor, mas, quando se misturam em 
proporções e intensidades variadas, são responsáveis pela 
composição de todas as outras. O grupo de cores primá-
rias é formado por amarelo, azul e vermelho.
As cores secundárias são obtidas a partir da combinação 
COLOCANDO EM PRÁTICA
Depois de feita a massa, ensine-os a fazer um quadrinho 
utilizando-a. Mantenha os grupos reunidos, mas entregue 
uma base para cada aluno fazer o seu quadro. Auxilie os pe-
quenos a forrar as mesas com jornal e a identificar a base de 
papelão com seu nome. Oriente as equipes a pintar a base do 
quadro com tinta guache branca e, depois, aguardar a seca-
gem. Em seguida, auxilie-os a pintar a base na cor desejada. 
Mais uma vez diga que aguardem a secagem do material. 
Peça que, com um lápis, façam um desenho sobre essa base 
e, depois, com pedacinhos de massa, façam rolinhos e boli-
nhas, cobrindo as linhas dos desenhos que fizeram criando 
um alto-relevo, acrescentando um pouco de cola para fixar. 
Aguarde a secagem e oriente-os a passar cola branca com 
água para impermeabilizar a peça.
Auxilie as crianças a recolher os restos de massa, a colocar 
em pequenos sacos plásticos, a lavar as mãos e os pincéis e a 
jogar os jornais que forram a mesa no lixo. 
As produções devem ser guardadas para exposição em 
feira cultural ou de artes, nas quais as famílias e a comu-
nidade poderão apreciar as obras feitas pelas crianças. A 
observação e anotação, assim como fotografar, filmar e 
gravar as falas das crianças em todo o trabalho, é docu-
mento para observação posterior, ajudando o professor a 
acompanhar o desenvolvimento dos alunos, permitindo 
intervir quando necessário e corrigir procedimentos para 
próximas atividades. 
das primárias, misturadas de duas em duas em proporções 
iguais. Esse grupo é composto por laranja (vermelho + ama-
relo), violeta (azul + vermelho) e verde (amarelo + azul).
Todas as outras cores são chamadas de terciárias e são 
obtidas a partir da mistura das primárias e secundárias 
com diferentes combinações: duas primárias em propor-
ções diferentes; as três primárias juntas; ou cada uma das 
primárias misturadas às secundárias. A cor marrom, por 
exemplo, resulta da composição formada pela mistura das 
três primárias. No entanto, quando misturamos todas as 
cores teremos como resultado a cor preta e o branco é res-
ponsável pela perda de intensidade de todas as cores que se 
misturam a ele.
Fonte: “Teoria das cores”, disponível em www.faac.unesp.br
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Cuidado com o mosquito
As chuvas de verão, estação que começa em 21 de dezembro, demandam atenção 
redobrada na prevenção da dengue
Eixos temáticos: Natureza e Sociedade, Linguagem Oral 
e Escrita, Artes Visuais, Identidade e Autonomia, Música, 
Movimento
Responsáveis: Izildinha Houch Micheski e Roselaine 
Cavalheiro de Moraes
Objetivos: promover a conscientização das crianças e das 
famílias sobre os perigos da dengue; conhecer algumas 
atitudes de prevenção; incentivar a comunidade local a 
receber os agentes de saúde que costumam fazer visitas 
“de caça” aos mosquitos da dengue
Idade: a partir de 3 anos
A dengue é uma doença infecciosa transmitida pela 
picada do mosquito Aedes aegypti. Com cerca de 0,5 cm 
de comprimento e rajados brancos nas costas e patas, sua 
reprodução acontece quando a fêmea deposita os ovos em 
água limpa ou suja, armazenada em recipientes como cai-
xas d'água, garrafas, latas, calhas de telhados, pneus, pratos, 
vasos de plantas, etc. Por causa da facilidade de surgimento 
de criadouros, sua proliferação é difícil de ser controlada. 
Assim, é necessário que a comunidade se conscientize sobre 
os perigos dessa doença.
TRANSMISSÃO
O Aedes aegypti é um mosquito diurno. Através de sua 
picada, inocula o vírus da doença no ser humano. O primeiro 
sintoma a aparecer é a febre alta, acompanhada de dores de 
cabeça, dores musculares, dores ao redor dos olhos, náuseas 
e dores abdominais. O aparecimento de manchas vermelhas 
sobre a pele, semelhantes às do sarampo e da rubéola, tam-
bém é comum e causa coceiras no doente.
TRATAMENTO 
É importante que, ao perceber os sintomas, o doente pro-
cure atendimento médico o mais rápido possível. A dengue 
não tem um tratamento específico. Assim, o paciente deve pas-
sar por um período de hidratação, manutenção das atividades 
sanguíneas, medicação para aliviar a febre e os desconfortos e 
também repousar. A automedicação é uma prática corriqueira 
e perigosa, especialmente se o paciente está com dengue e não 
sabe. Remédios que contêm ácido acetilsalicílico podem cau-
sar sangramentos e agravar a doença.
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SAÚDE
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PREVENÇÃO
As medidas de prevenção incluem o uso de espirais ou 
vaporizadores elétricos, mosquiteiros próximos às camas das 
crianças, repelentes e telas nas janelas e nas portas. Além dis-
so, é necessário verificar sempre a qualidade e a quantidade 
de água que ficará parada, fazer coleta de lixo, inspeção do-
miciliar para controle da reprodução dos mosquitos, campa-
nhas de educação em saúde e campanhas escolares.
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MURAL
Materiais: canetinhas coloridas; cartolina branca; cola; jor-
nais e revistas antigos; tesoura com ponta arredondada.
COLOCANDO EM PRÁTICA
Reúna todos os alunos em uma roda de conversa sobre a 
dengue e, juntos, elaborem uma lista de palavras relacionadas à 
doença e sua prevenção, como “mosquito”, “febre”, etc. Para isso, 
fixe uma cartolina na parede da sala e divida-a com várias linhas, 
deixando cerca de 5 cm de distância entre elas. À medida que o 
tema for sendo discutido, redija as palavras. Os alunos devem 
copiá-las em seus cadernos como forma de estimular a escrita.
Solicite uma pesquisa com os familiares, ampliando as infor-
mações e o conhecimento sobre a doença. As crianças também 
devem ficar atentas ao trajeto de casa até a escola para perceber 
se há locais que podem servir como criadouros do mosquito. 
Oriente-os a trazer recortes de jornais e revistas pertinentes ao as-
sunto que contenham objetos que possam armazenar água para-
da, como pneus e vasos. Divida a turma em grupos de três e oriente 
a preparação de um mural informativo com o material, contando 
ainda com desenhos feitos sobre a pesquisa de observação.
SAIBA MAIS
• A dengue não é transmitida apenas nos 
 períodos chuvosos.
• Ar condicionado e ventiladores espantam mas 
não matam o mosquito causador da dengue.
• Para acabar com os ovos do mosquito, não basta 
secar os reservatórios de água parada. É preciso 
lavar bem o recipiente, usando água e sabão.
• Velas de citronela não garantem que o Aedes ae-
gypti deixe o ambiente.
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COLOCANDO EM PRÁTICA
Retome o problema da dengue e as prevenções necessárias 
para se evitar a doença. Explique para as crianças que, além do 
próprio homem, alguns animais também podem ser muito im-
portantes nessa luta. É o caso do sapo, que se alimenta de mos-
quitos e ajuda a controlar a população de insetos que podem 
causar prejuízos ao ser humano.
Prepare os sapinhos conforme as orientações do passo a pas-
so. Depois de prontos, utilize-os para enfeitar a escola. 
As crianças não devem se esquecer dos cuidados ne-
cessários para evitar os criadouros. Dessa maneira, os 
mosquitos ficarão assustados e não irão chegar perto!
SAPINHO AMIGO
Materiais: canetas hidrocor nas cores verde e preta; cola; papel color set verde-claro e verde-escuro; tesoura com ponta arredondada.
PASSO A PASSO FEITO PELO EDUCADOR E PELOS ALUNOS
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1. Corte um círculo de papel color set verde-escuro com 20cm de diâmetro. 2. Dobre o círculo ao meio. 3. Abra a peça e faça duas 
dobras na parte superior, de maneira que elas se sobreponham um pouco. 4. Leve a parte inferior ao encontro das duas dobras já 
formadas. Depois, faça dobras menores em cada ponta. 
5. No verso da peça serão colocados os olhos, as pernas e os braços do sapinho. 6. Recorte dois círculos de 4 cm de diâmetro no 
papel verde-escuro. No verde-claro produza outros dois, com 2 cm de diâmetro. 7. Cole os círculos menores abaixo do centro 
dos maiores. Em seguida, desenhe os olhos e faça o contorno com a canetinha verde. 8. Utilize duas tiras de 3 x 25 cm de papel 
colorset verde-escuro para fazer as pernas. Dobre cada tira ao meio, no sentido do comprimento. Recorte pelo vinco central e 
deixe apenas 2 cm do papel sem cortar.
 9. Respeite a altura do corte e dobre a tira direita sobre a esquerda. 10. Faça o mesmo do lado contrário. 11. Faça isso até o final 
da tira e dê um aspecto sanfonado. A parte superior que ficou sem cortar será utilizada para colar as pernas e os braços no 
corpo do sapo. Centralize essa ponta e dê uma leve dobrada nos cantos. 12. Utilize 3 x 20 cm da mesma cor para 
fazer os braços. Utilize o mesmo processo apresentado nos passos 10 e 11. 
13 . Quando todas as partes esti-
verem prontas, cole sobre o corpo 
do sapo. Complemente os deta-
lhes com canetinha.
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QUADRINHOS 
DA DENGUE
Materiais: folhas de papel sulfite com tamanho A4; lápis de 
cor; régua plástica.
COLOCANDO EM PRÁTICA
Depois de conversar com os alunos sobre a dengue, suas 
causas, sintomas e formas de prevenção, estimule-os a cons-
truir uma história coletiva que apresente todos esses assuntos. 
Distribua papel sulfite e oriente as crianças a dividir a folha 
em quatro utilizando a régua, primeiro fazendo um risco na 
vertical no meio da folha e, em seguida, um risco na horizontal 
cruzando a outra linha. Se alguma criança necessitar de mais 
espaços, ajude-a a dividir a folha em mais traçados. Solicite que 
desenhem uma história em quadrinhos baseando-se no conto 
feito anteriormente.
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JOGO DO 
CERTO E ERRADO
Materiais: canetinha preta; cenas de situa-
ções relacionadas à dengue (prontas na folha de 
moldes); cola; papel-cartão; tesoura com ponta 
arredondada.
COLOCANDO EM PRÁTICA
Multiplique as cenas de maneira que cada criança re-
ceba uma. Oriente a colagem em papel-cartão e recorte. 
Apresente algumas situações-problema relacionadas à 
dengue e oriente-os a pensar em soluções adequadas para 
cada uma. Questione, por exemplo, qual a melhor forma 
de regar uma planta e evitar o aparecimento do mosqui-
to ou o que se deve fazer com a vasilha de água que o 
cachorrinho bebe. Nas cenas existem situações certas e 
erradas de como lidar com a dengue. As crianças devem 
assinalar ou circular com canetinha preta o que não deve 
ser feito.
SENTA, LEVANTA! 
CERTO, ERRADO! 
COLOCANDO EM PRÁTICA
Em um lugar amplo, disponha as crianças 
sentadas lado a lado. Fale várias frases relacio-
nadas à dengue, ao seu contágio e às maneiras 
de prevenção. Alterne sentenças verdadeiras e 
falsas. Quando você disser alguma mentira, as 
crianças ficam sentadas e quando for verdade de-
vem levantar-se.
DENGUE CLÁSSICA 
X 
DENGUE HEMORRÁGICA
A dengue hemorrágica é uma forma mais grave de 
dengue, com sangramentos e queda de pressão. Esse está-
gio ainda pode evoluir para o choque da dengue, quando o 
paciente apresenta pressão de pulso quase imperceptível e 
necessita de atendimento médico imediato. Um dos fato-
res de risco da dengue hemorrágica é contrair a doença 
pela segunda vez, mas de um sorotipo diferente. Após 
ser infectado, o indivíduo fica imunizado contra o vírus 
daquele sorotipo, mas torna-se mais vulnerável aos ou-
tros, podendo manifestar formas graves da doença.
Fonte: Dr. André Ricardo Ribas Freitas
Moldes
TELEFONE SEM FIO
COLOCANDO EM PRÁTICA
Leve as crianças para um espaço amplo e sente-as em cír-
culo. Crie uma frase simples relacionada à dengue e diga no 
ouvido da primeira criança. Esta deve repetir no ouvido da pró-
xima e assim por diante, até chegar ao último aluno. Ele, então, 
pronuncia a sentença em voz alta e os outros avaliam como fi-
cou a frase. Certifique-se de que está correta.
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COLOCANDO EM PRÁTICA
Divida os alunos em três grupos: um representará os sa-
pos, o outro, os mosquitos, e o terceiro, as pessoas. Entregue 
às crianças os materiais referentes a cada “personagem”. Quem 
irá representar os mosquitos deve tentar picar as “pessoas”, en-
quanto os sapinhos precisam afastá-los e colocá-las em um lu-
gar seguro. Quando todos estiverem a salvo, os sapos prendem 
os mosquitos em um círculo.
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MOSQUITO
1. Recorte o saco plástico com 28 x 18 cm e arredonde as late-
rais. Utilize 12 cm de elástico. 2. Junte o plástico pelo centro e 
coloque sobre o elástico. 
3. Amarre o plástico com o elástico. 4. Pegue as pontas soltas 
do elástico e leve-as para cima. Dê um nó central formando 
um anel. 
5. Corte as sobras do elástico 
e ajeite as pontas do plástico 
para cima, formando as asas. 
LIVRO COLETIVO
Materiais: barbante; canetas hidrográficas grossas; cartolina; 
furador de papel; giz de cera; papel-cartão. 
COLOCANDO EM PRÁTICA
Estimule as crianças a produzir um texto coletivo sobre 
a dengue. Faça o papel de escriba transcrevendo-o em letra 
bastão no quadro. Em seguida, transforme a história em um 
grande livro. Para isso, divida a turma em grupos de quatro 
crianças e oriente cada equipe a fazer determinadas páginas 
utilizando cartolina e giz de cera. Auxilie os alunos a arriscar 
as primeiras letras e escrever algumas palavras sobre a den-
gue com canetas hidrográficas grossas. Depois reúna todos 
para fazer a capa utilizando o papel-cartão. Por fim, fure to-
das as folhas e una-as com barbante.
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SAPO-PEGA-MOSQUITO
Materiais: caixa de leite vazia e higienizada; caneta hidrocor 
verde e preta; cola; fita adesiva; papel color set verde-claro, ver-
de-escuro e vermelho; tesoura com ponta arredondada.
PASSO A PASSO FEITO PELO EDUCA-
DOR E PELOS ALUNOS
1. Encape uma caixa de leite com papel color set verde-escuro. 
2. Corte a caixa ao meio. 
3. Recorte um retângulo de 5 x 2,5 cm de papel color set ver-
melho. Arredonde a ponta e dê formato à língua do sapo. 4. 
Confeccione os olhos de acordo com os passos 6 e 7 do Sapinho 
Amigo. 5. Cole os olhos na metade superior da caixa dobrada.
SAPO
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BOLICHE DE 
GARRAFAS
Materiais: cartas dos mosquitos, sapos e crian-
ças (prontas na folha de moldes); fita adesiva; 
garrafas Pet; tesoura com ponta arredondada.
PASSO A PASSO FEITO PELO EDUCA-
DOR E PELOS ALUNOS
O AGENTE DE SAÚDE
COLOCANDO EM PRÁTICA
Resgate com o grupo as experiências que possuem a res-
peito do agente de saúde. Conte que eles visitam nossas casas 
em busca de criadouros do mosquito da dengue e para oferecer 
orientações sobre a doença. Leve-os a perceber a importância 
desses profissionais em benefício das comunidades e o respeito 
que merecem por fazerem seu trabalho debaixo de sol ou chu-
va. Além disso, nem sempre são bem recebidos pelas pessoas, 
muitas vezes por conta da insegurança que se tem em abrir as 
portas para desconhecidos, ainda que com credenciais.
Uma vez compartilhadas essas experiências, promova uma 
caça ao mosquito da dengue, simulando antecipadamente os 
possíveis focos onde eles podem se desenvolver para que sejam 
eliminados. Oriente as crianças a respeito dos conselhos que de-
vem dar como agentes de saúde e o que deve ser feito com cada 
possível foco encontrado. Caracterize os alunos, ajudando-osa 
preparar suas credenciais. Essa é uma boa forma de trabalhar a 
construção da escrita. Pesquise com o grupo sobre o órgão que 
promove esse projeto e como as pessoas são recrutadas.
BATATA QUENTE
Materiais: folhas de jornal.
COLOCANDO EM PRÁTICA
Encaminhe as crianças a um local amplo. Peça que se sen-
tem em semicírculo e entregue a cada uma algumas metades 
de folhas de jornal. Coloque uma música e escolha um aluno 
para iniciar o jogo. Este deve fazer uma bola com uma folha e 
passá-la para outro colega. Cada criança, então, vai aumentar 
a esfera, envolvendo-a com a folha de jornal. Pare a música de 
repente e quem estiver com a “batata quente” na mão deve falar 
em voz alta algo que aprendeu sobre a dengue. Volte a ligar o 
som e repita o procedimento até que reste apenas uma criança. 
Ao final, a bola vai ficar imensa. Você deve associá-la ao tama-
nho do problema criado pela doença e levá-los a perceber como 
devem se livrar dele. Após as sugestões apresentadas, jogue a 
bola no lixo, simbolizando a resolução da questão.
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1. Corte uma das garrafas a 15 cm do fundo e a outra a 10 cm. 
Faça um picote vertical na boca da maior para facilitar o en-
caixe. 2. Em seguida, encaixe-as e una-as com a fita adesiva. 
Esta será a bola do jogo de boliche. 
COLOCANDO EM PRÁTICA
Promova um jogo de boliche no qual os pinos são garrafas 
Pet com as ilustrações dos mosquitos e as bolas confecciona-
das no passo a passo representam aqueles que combatem esse 
inseto. Cole em cada uma as figuras dos sapos e das crianças 
e distribua para a turma.
Desenvolva os conhecimentos lógico-matemáticos atra-
vés da contagem de quantos mosquitos cada criança ali re-
presentada conseguiu vencer, quem derrubou mais e quem 
derrubou menos, etc. Podem ser atribuídos valores diferentes 
para cada mosquito.
Lembramos sempre que projetos ou mesmo atividades 
permanentemente realizadas necessitam de registros, prin-
cipalmente escritos, para revelar o desenvolvimento de cada 
criança na construção de seu saber.
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Diversão que educa
Ensine jogos e brincadeiras 
para explorar as férias 
como um momento de 
aprendizagem
Eixos temáticos: Natureza e Sociedade; Identidade e Autonomia; 
Corpo e Movimento; e Matemática.
Responsável: Izildinha Houch Micheski.
Objetivos: oferecer subsídios para o desenvolvimento do pensamento 
e da capacidade de ação da criança sobre as possíveis situações de 
aprendizagem; possibilitar a socialização, a afetividade e a construção 
do conhecimento lógico-matemático; investigar os conhecimentos 
construídos; lançar desafios para conquistas novas; e desenvolver 
a percepção dos sons de cada letra e sua transformação quando é 
flexibilizada por uma vogal ou outra consoante e mais uma vogal.
Idade: a partir de 3 anos.
Enfim, férias! Mas mesmo durante essa 
pausa, tão importante e necessária à reno-
vação das energias e revisão do trabalho, 
há muito o que fazer. Apresentamos neste 
projeto diversos jogos e brincadeiras para 
você ensinar às crianças e estimular um 
lazer que promova o desenvolvimento e 
a educação. Essas atividades também po-
dem ser transformadas em um excelente 
acervo a ser trabalhado durante todo o 
ano letivo, na construção de conheci-
mentos e saberes articulados nos diversos 
eixos, conforme a necessidade observada 
para a sua aplicação.
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PROJETO FÉRIAS
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JOGO DAS RIMAS
Materiais: cartas de palavras que rimam 
(prontas na folha de moldes); cola; lápis 
de cor; papel-cartão; tesoura com pontas 
arredondadas.
COLOCANDO EM PRÁTICA
Multiplique as cartas, recorte-as e cole-as 
sobre papel-cartão. Depois de prontas, diponibilize-as para que 
as crianças possam explorá-las. Essa oportunidade deve ser dada 
não somente neste, mas em todos os jogos, para que, ao entrarem 
em contato com os objetos de aprendizagem que fazem parte de 
cada um, tenham oportunidade de se familiarizarem e liberdade 
para desenvolverem a capacidade criativa.
Explore as rimas, introduzindo-as a partir de exemplos. 
Explique que o que rima com gato é rato, o que rima com pé 
é chulé, mas que gato pode também rimar com pato, e pé, com 
café. A partir daí, brinque com as crianças e deixe que um ami-
guinho lance desafios para que o outro descubra a resposta. 
Depois de todo esse preparo, explique a dinâmica do jogo.
Divida a turma em grupos e disponibilize um conjunto de car-
tas para cada um. Oriente a distribuição sobre a mesa ou o chão. 
Em seguida, explique que cada integrante deve, na sua vez, des-
virar uma cartinha e observar o desenho que aparece. Como já 
brincaram com essas cartinhas e compreenderam a dinâmica na 
atividade introdutória, questione qual a figura da carta e peça que 
a matenham virada para cima. Em seguida, solicite que a criança 
desvire mais uma cartinha e novamente observe a figura que apa-
rece. Se as imagens, ao serem verbalizadas, resultarem em rima, as 
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O QUE COMEÇA COM...
Materiais: cartas das consoantes do alfabe-
to e cartas com figuras (prontas na folha de 
moldes); cola; lápis de cor; papel-cartão; papel 
Kraft; tesoura com pontas arredondadas.
COLOCANDO EM PRÁTICA
Em uma roda de conversa, apresente as 
cartinhas do jogo à turma. Mostre que há cartas com letras 
e outras com figuras cujos nomes começam com cada uma 
dessas letrinhas. Esse momento será importante para que, 
ao entrarem em contato com o jogo, os educandos se depa-
rem apenas com os conflitos propostos pela atividade e que 
irão se resolver na interação com o grupo.
Disponibilize um conjunto de cartas para cada equipe de sete 
crianças. Permita inicialmente que tenham a oportunidade de ex-
plorá-las e fazer suas descobertas. Em seguida, trabalhe a questão 
da letra isolada e a mesma letra dentro de uma palavra. O professor 
que só ensinou o nome de cada letra, mas não mostrou como ela 
passa pelo corpo e se comporta na leitura, vai perceber o conflito 
que a criança encontrará ao se deparar com a cartinha com a letra 
Molde
Molde
cartas devem ficar com a criança que as conquistou. Se isso não 
ocorrer, as duas devem voltar à posição inicial. Dessa maneira o 
jogo continua, oportunizando que cada aluno, na sua vez, proceda 
dessa forma até que se esgotem as cartas. Ganha o jogo quem con-
quistar o maior número de cartas e rimas construídas.
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COLOCANDO EM PRÁTICA
Confeccione com a turma as peças para compor o jogo, 
recortando as cartas e colando-as sobre papel-cartão para 
garantir maior durabilidade. A atividade é como um jogo 
de memória, porém com três peças. Cada criança, na sua 
vez, deve desvirar três cartas. A intenção é encontrar 
aquelas que mostram a mesma f lor em quantidades dife-
rentes, compondo a sequência “um, dois, três”. Caso consi-
ga, reserva-as para si. Se as cartas forem diferentes, conti-
nuarão viradas para cima e a próxima criança, ao desvirar 
a primeira, deve observar se pode compor sua trinca com 
as cartas expostas. Se isso não for possível, ela desvira a 
segunda e faz a mesma observação, tentando aproveitar o 
que está disponibilizado. Se ainda não conseguir, desvira 
a terceira e checa o resultado. Ao obter sucesso, reserva as 
cartas para si. As que não formarem trincas devem ficar 
expostas sobre a mesa ou piso, e o jogo segue obedecendo 
a mesma dinâmica até que todas as trincas sejam encon-
tradas. Faça as intervenções adequadas de acordo com as 
necessidades que forem surgindo.
AMPLIAÇÃO
Proponha ao grupo que crie formas diversificadas de 
organizar as cartas. Espera-seque, espontaneamente, as 
crianças percebam que é possível arrumá-las agrupan-
do f lores diferentes na sequência um, dois, três. Podem 
também agrupá-las por cores. Todas essas construções 
contribuem para o desenvolvimento do pensamento e das 
estruturas cognitivas, bem como para a construção do 
conhecimento lógico-matemático.
Molde
“s” e as possíveis figuras que ela pode dispor, sopa e sino. Como 
ela não tem formada a consciência fonológica de como essa letra 
se comporta na expressão verbal associada com as vogais, é possí-
vel que se enrosque ao entrar em contato com a figuras nas quais 
a referência da letra não aparece. Se isso acontecer, explore essa 
oportunidade para reparar a falha que ocorreu no início, quando 
o educador apenas apresentou cada letrinha para que as crianças 
soubessem seus nomes e pudessem identificá-las, protelando a 
oportunidade de desvendar o que está escrito.
Depois de explorar satisfatoriamente esse momento, inicie 
o jogo. As cartas com as letras devem ficar embaralhadas den-
tro de uma caixinha. As outras, que contêm as figuras, devem 
ser distribuídas entre os grupos. Certifique-se de que todos 
recebam a mesma quantidade de cartas.
Combine com as crianças que você irá sortear uma letra e 
cada um deve procurar entre as figuras de seu grupo as que 
possuem aquela inicial. Isso quer dizer que aquela letrinha 
que aparece no começo sai primeiro da boca quando a pala-
vra é pronunciada. Os alunos que forem conseguindo vencer 
o desafio podem ter seu nome escrito em um cartaz de pre-
gas, ao lado de onde encaixarão as cartinhas que acertaram, 
para que possam observar os resultados. Assim, mediante as 
diversas situações que forem surgindo, você poderá planejar o 
enriquecimento das próximas atividades.
TRINCA DE 
FLORES
Materiais: cartas coloridas das flores 
(prontas na folha de moldes); cola; papel-
-cartão; tesoura com pontas arredondadas.
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O DOMINÓ DA CENTOPEIA
Materiais: cartas do dominó da centopeia (prontas na folha de moldes); papel-cartão; tesoura com 
pontas arredondadas.
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VOCÊ SABIA?
A centopeia (ou lacraia) é um animal invertebrado, pertencente ao filo dos artrópodes, como as aranhas e os insetos. 
Seu corpo é dividido em segmentos, que possuem um par de patas cada. Para se ter uma ideia, algumas podem apresentar 
até 340 perninhas! Geralmente é amarronzada e chega a medir 30 cm, embora o tamanho habitual regule entre 5 cm. A 
centopeia vive escondida sob a terra, folhas ou cascas de árvores e possui hábitos noturnos. Sua refeição predileta é um 
bom prato de larvas, minhocas e insetos capturados vivos.
COLOCANDO EM PRÁTICA
Proponha a confecção das cartinhas para o jogo e mostre 
um modelo com as peças na ordem para que as crianças pos-
sam visualizar a proposta. Trabalhe as quantidades e expli-
que que em cada novo pedacinho do corpo a quantidade de 
bolinhas aumenta em uma unidade, até completar o corpo da 
centopeia. O jogo começa pela cabeça do bichinho e a quanti-
dade um, compreendida como número um.
Cada aluno, dentro de seu grupo, deverá ter uma mesma 
quantidade de cartinhas que, na sua vez, incorporará ao jogo, 
se possível. A dinâmica segue até que se acabem as cartas e o 
corpo da centopeia se complete.
Molde
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Não há consenso sobre o criador da fotografia. Durante 
muito tempo o francês Louis Jacques Mandé Daguerre foi 
considerado o pai dessa arte. O primeiro registro de ima-
gem que ele conseguiu, aconteceu por acaso, depois de uma 
placa revestida de prata ter sido deixada em seu laboratório 
e entrar em contato com uma substância chamada iodeto 
de prata. Essa mistura gerou imagens borradas e a partir 
daí, Daguerre iniciou seus estudos sobre a fotografia aper-
feiçoando a técnica. Com isso, vendeu patentes ao governo e 
chamou seu invento de daguerreotipia. 
A técnica utiliza-se de uma placa de metal que produza o 
máximo de reflexo possível, folheada com prata e sensibiliza-
da com iodo. Essa placa deve ficar exposta à imagem por um 
curto período de tempo. A revelação é feita com vapores de 
mercúrio.
Recentemente, em 1980, o crédito da primeira fotografia 
recebeu mais um autor, Hercules Florence que também era 
francês e radicado no Brasil. Em 1833, ele tirou a primeira 
fotografia utilizando uma câmara escura com uma chapa 
de vidro e conseguiu imprimir a imagem utilizando papel 
sensibilizado por contato. 
Desenvolva o olhar crítico dos alunos e monte 
uma exposição fotográfica para toda a escola
Anos: 3° ao 5°
Disciplinas: Ciências, Língua Portuguesa, História e Artes
Objetivos: Conceitual – conhecer a evolução das máquinas fotográficas e os processos de criação de uma foto. 
Procedimentais – observar, descrever e analisar imagens; realizar experimentos; construir portfólios; montar 
exposições. Atitudinais – interessar-se pela arte e pela fotografia; discutir assuntos polêmicos. 
Orientação pedagógica: Cristiane Boneto
Outro nome famoso na história da fotografia é Joseph 
Nicéphore Niepce. Ele produziu sua primeira fotografia uti-
lizando vidro recoberto por um tipo de asfalto que se torna 
solúvel em água quando é exposto à luz. Essa técnica não era 
totalmente nova, pois já havia sido testada nos Estados Unidos, 
mas sua grande contribuição para a fotografia foi ter desco-
berto uma maneira de fixar a imagem. Isso porque, as técnicas 
desenvolvidas anteriormente revelavam a imagem, mas elas 
desapareciam com o tempo.
Apesar de não ter um único inventor para a fotografia, o 
invento que mais contribuiu para a evolução da arte foi a câma-
ra escura, um objeto totalmente fechado, com um orifício em 
uma das extremidades. Pode ser desde uma caixa até um quar-
to escuro. Não existe precisão sobre a data de sua criação, mas 
o primeiro registro da história data de anos antes de Cristo e 
afirma que a câmara foi criada por Aristóteles para observar 
eclipses. As câmeras fotográficas modernas utilizam o mesmo 
princípio da câmara escura, mas agora possuem acessórios que 
as aperfeiçoaram e as tornaram portáteis.
Fontes: o livro O Guia dos Curiosos (Marcelo Duarte, Editora Pan-
da Books) e os sites da Kodak (www.kodak.com), da Fujifilm (www.
fujifilm.com.br) e da Ciência à Mão (www.cienciamao.usp.br).
DIA DA FOTOGRAFIA
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A arte de 
congelar 
imagens
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Materiais: ilustrações de fotógrafo e máqui-
na fotográfica (prontas na folha de moldes); 
tesoura com pontas arredondadas.
COLOCANDO EM PRÁTICA
Pergunte aos alunos como acham que 
COMO ERA?
Materiais: obra Engenho de Franz Post 
(pronta na folha de moldes); tesoura com 
pontas arredondadas.
COLOCANDO EM PRÁTICA
Questione os alunos sobre como as pessoas faziam para 
Molde
Molde
Materiais: agulha; caixa de papelão; pincéis; tinta preta.
COLOCANDO EM PRÁTICA
A descoberta da primeira câmara escura é atribuída ao 
filósofo Aristóteles (384-332 a.C.). Ele permitia visualizar 
eclipses solares sem prejudicar os olhos, através de um pe-
queno furo na câmara. O furo permitia a passagem de luz 
e a formação de imagens dentro da câmara, sendo que a ni-
registrar as coisas que observavam já que não haviam máqui-
nas fotográficas. Leve-os a perceber que a pintura era uma das 
opções. Quanto mais fiel fosse, melhor elucidaria a realidade 
observada. Explique que os quadros eram responsáveis por 
preservar a memória de uma pessoa, um lugar ou um acon-
tecimento. Para ampliar o debate, recorte da folha de moldes 
a obra de Franz Post e mostre-as aos alunos. Discuta com a 
turma sobre as modificações acontecidas ao longo dos anos.
AS PRIMEIRAS MÁQUINAS FOTOGRÁFICAS
funciona uma máquina fotográfica e deixe-os formularem 
suas hipóteses. Apresente para a turma informações sobre 
as primeiras máquinas fotográficas e seu funcionamento. Se 
possível, leve para a sala de aula uma máquina analógica e 
uma digital. É possível que muitosdos alunos não conheçam 
máquinas analógicas.
CÂMARA ESCURA
tidez da imagem formada dependia do tamanho do furo: 
quanto menor o furo, mais nítida era a imagem. Construa 
com os alunos uma pequena câmara escura com uma cai-
xa de papelão. Pinte a caixa de preto, por dentro e por 
fora. Espere secar. Com auxílio de uma agulha, faça um 
pequeno orifício. Na parte aberta da caixa (que ficará 
para que o aluno coloque a cabeça dentro) fixe um pano 
preto. Assim, quando o aluno olhar dentro da caixa, ela 
estará totalmente escura.
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REVELAÇÃO
Materiais: água; folha de papel sulfite tamanho A4; limão; 
pincel; tintura de iodo.
COLOCANDO EM PRÁTICA
No processo de revelação, a imagem que recebeu exposição 
aparece quando o papel reage com substâncias químicas. Uma 
POSITIVO E 
NEGATIVO 
 
Materiais: cartolina branca; cola bastão; 
negativo de filmes e lanterna ou projetor de 
slides; papel color-set nas cores branco e 
preto; tesoura com pontas arredondadas.
COLOCANDO EM PRÁTICA
As crianças devem perceber que, antes, o processo de revela-
ção trabalhava com a exposição à luz, o que originava es efeitos de 
positivo e negativo. Com papéis brancos e pretos construa imagens 
recortando, montando e colando papel. Leve para a sala de aula al-
guns negativos e ofereça para os alunos os examinarem. Coloque os 
negativos sob a luz da lanterna para que as crianças percebam que a 
imagem está lá. Explique que, no processo de revelação (que é feito 
em um ambiente escuro ou com luz vermelha), os negativos são po-
sicionados na frente de uma fonte de luz branca, direcionada para 
o papel. O papel recebe essa luz e “queima”. Depois é lavado com 
produtos químicos reveladores que permitem que a imagem apare-
ça e se fixe no papel. Se a escola disponibilizar, você também pode 
usar um projetor com slides, pois o princípio é o mesmo. Aproveite 
o tema para pedir que os alunos façam suas próprias imagens em 
positivo e negativo com folhas brancas e pretas. Depois, faça uma 
exposição, para que todos possam admirar os resultados.
 
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simples brincadeira pode ser feita para que os alunos percebam 
esse momento. Molhe o pincel no limão e peça aos alunos que 
escrevam uma mensagem na folha de papel. Depois coloque 
um dedo de água no copo e pingue 15 gotas de tintura de iodo. 
Espalhe essa mistura em cima da mensagem com limão. Nes-
sa experiência ocorre uma reação de transformação quando o 
iodo, que é alaranjado, entra em contato com o limão. O iodo 
perde a cor e se transforma em substância incolor. A mensa-
gem aparece porque o limão roubou a cor do iodo.
NO BURACO 
DA AGULHA
A pinhole é uma câmera fotográfica em formato artesa-
nal que foi criada a partir da câmara escura – também co-
nhecida como “câmera de latinha”. Ela pode ser utilizada até 
hoje como equipamento para tirar fotografias alternativas ou 
para realizar experimentos e estudos. Construir uma pinhole 
não requer muito trabalho e nem recursos financeiros: basta 
ter um compartimento fechado que permita a entrada de luz 
apenas por um pequeno orifício. Até mesmo uma lata de leite 
em pó pode ser transformada em câmera.
O nome pinhole traduzido para a língua portuguesa sig-
nifica “buraco de agulha”, isso porque o tamanho do orifício 
deve ser o mesmo da ponta de uma agulha, caso contrário 
não haverá foco e nitidez nas imagens produzidas. Portanto, 
quanto menor o tamanho do objeto utilizado para ser a câ-
mera, menor deverá ser o furo.
As fotografias tiradas por uma câmera pinhole produ-
zem um efeito diferente das câmeras convencionais. As 
imagens possuem profundidades infinitas e todos os planos 
da cena ficam com foco.
Para produzir as fotos na pinhole pode-se utilizar qualquer 
tipo de papel fotográfico fixado em uma das “paredes” internas 
da câmara. O papel é sensível à luz, portanto não pode ter ne-
nhum contato com luz branca ou claridade, deve ser manuse-
ado no escuro ou sob luz vermelha. Quanto maior a distância 
entre o papel e o orifício da pinhole, maior deverá ser o tempo 
de exposição para conseguir a imagem. O processo de revela-
ção da foto é o mesmo das câmeras convencionais. 
Fonte: Escola de Belas Artes da UFMG (www.eba.ufmg.br/cfalieri)
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29WWW.REVISTAONLINE.COM.BR
O primeiro passo para a criação da câmera fotográfica di-
gital aconteceu na Guerra Fria. Os cientistas americanos 
George Smith e Williard Boyle criaram, em 1969, o Charge 
Coupled Devices (CCD) ou Dispositivo de Carga Acoplada. 
O CCD conseguia capturar os pontos de luz produzidos 
pela imagem e transformá-los em pixels. 
O invento surgiu para atender à necessidade da corrida es-
pacial americana de tirar fotos do espaço e dos países rivais 
durante a Guerra Fria. A tecnologia agilizou o processo: no 
caso das fotos espaciais, não era mais necessário esperar 
que os filmes fotográficos chegassem até a Terra para que as 
imagens fossem reveladas. Elas eram transmitidas via saté-
lite com o uso de computadores. 
Nas câmeras digitais, os pontos de luz da imagem são trans-
formados em pixels que descrevem sua cor e intensidade. 
Quanto mais pixels uma imagem tem, maior é a sua capaci-
dade de revelar os detalhes. Os megapixels são unidades que 
englobam um milhão de pixels e é a partir dessa unidade de 
medida que se calcula qual será o máximo tamanho possível 
de resolução da foto impressa. Por exemplo, são necessários 
16 megapixels para imprimir uma imagem de 40 x 25 cm. 
IMAGEM QUE FALA
Materiais: telefones celulares com câmeras dos alunos.
COLOCANDO EM PRÁTICA
Provavelmente, boa parte dos alunos já estão na era da 
tecnologia e usam seus celulares ou até máquinas foto-
gráficas para registrar tudo e todos. Em vez de brigar, é 
importante estabelecer limites em classe e – por que não? 
– tornar o celular e as tecnologias aliadas do aprendiza-
do. Explique para os alunos que, embora não seja per-
mitido usar o celular em classe para tirar fotos, falar ou 
mandar mensagens, vocês farão uma aula utilizando os 
aparelhos. Oriente um trabalho de registro direcionado 
de imagens. Cada grupo ficará responsável pela arrecada-
ção de imagens que sirvam como ponto de partida para 
discutir algum assunto contemporâneo como pobreza, 
preconceito e moda. Procure coordenar os grupos de 
alunos para unir crianças que tenham celulares com as 
que não tenham, para que todos tenham oportunidade.
Os alunos deverão registrar, com auxílio de suas câme-
ras, imagens que falem por si e permitam relatar e dis-
cursar sobre o tema de responsabilidade de seu grupo. 
Aproveite para trabalhar legendas e descrição de ima-
gens. Artigos de opinião também são bem vindos para 
aprofundar o trabalho. Para finalizar, os alunos poderão 
montar um portfólio e ainda uma pequena exposição 
das imagens.
A FOTOGRAFIA DIGITAL
Embora já existam câmeras profissionais com mais de 20 
megapixels, as imagens capturadas pelo CCD eram de 0,01 
megapixels e em preto e branco. Para se ter uma ideia de 
qualidade da imagem, hoje, uma câmera de celular de mo-
delo popular tem capacidade de produzir imagens coloridas 
de 3 megapixels. 
Em 1975, a Kodak apresentou o protótipo da primeira má-
quina sem a utilização de filmes. A câmera pesava 4 Kg e 
produzia imagens de 0,01 megapixels que eram gravadas em 
fitas cassete. As fotos só podiam ser tiradas a cada 23 se-
gundos, pois esse era o tempo que o equipamento demorava 
para capturar uma imagem. Porém, a primeira câmera digi-
tal “de verdade” foi a Fairchild All-Sky Camera, desenvolvi-
da no Canadá pela Universidade Calgary. Esse foi o primeiro 
modelo a contar com um microcomputador acoplado que 
armazenava as imagens no próprio equipamento. O invento 
evoluiu e hoje a tecnologia digital domina o mercado de câ-
meras fotográficas.
Fontes:

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