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Campo magnético no centro de uma bobina Turma: PT4 Data: 15/12/2021 Nome: Ruan Araujo Campos & Lucas Filipe Machado Aquino Objetivos O principal objetivo do experimento é medir o campo magnético no centro de uma bobina. Introdução Quando uma carga entra em movimento ela gera um campo magnético ao seu redor. Este campo, em uma bobina com N voltas, é gerado em seu interior e possui direção constante. Logo, se for introduzida uma espira com elétrons em movimento em seu interior, surgirá uma força magnética na espira. Pode-se então calcular o campo magnético (B) com a equação: (1) 𝐵 = µ 𝐼 0 𝑁 𝐿 𝑐𝑜𝑠α B = Campo magnético; = Permeabilidade magnética;µ I0 = Corrente elétrica; N = Número de espiras; L = comprimento da bobina; cos = fator de correção do campo.α FIGURA 1 - Bobina cilíndrica ligada a uma fonte de corrente elétrica Para a realização do experimento utilizaremos a força eletromagnética definida como: (2) 𝐹 = 𝐼𝑙 · 𝐵 Em que l é o vetor dirigido ao longo do fio, no mesmo sentido da corrente e com norma igual ao comprimento do fio. Uma vez que a força eletromagnética (2) é determinada, é possível encontrar seu torque ( ):τ (3) τ = |𝑎. 𝐹| = |𝑎𝐼𝑙𝐵| Onde é a distância na espira, como podemos ver na figura 2 a seguir:𝑎 FIGURA 2 - Balança de corrente utilizada para medir o campo magnético no interior de uma bobina. Podemos também encontrar o módulo desse torque: (4) τ = |𝐼𝑙|. |𝐵|. 𝑠𝑒𝑛θ Como o valor de θ é igual a 0 e π nas laterais da espira, somente haverá atuação da força magnética no sentido da FIGURA 1, já que nela θ = π/2 . Para manter a espira horizontal deve-se gerar outro torque com sentido oposto, colocando um objeto sobre a haste de uma balança a uma distância x do eixo, como mostrado na equação a seguir: (5) |𝑎𝐼𝑙𝐵| = 𝑚𝑔𝑥 Com isso podemos encontrar as relações: (6) 𝐵 = ( 𝑚𝑔 𝑙𝑎𝐼 )𝑥 e 𝐼 = ( 𝑚𝑔 𝑎𝑙𝐵 )𝑥 Métodos Os materiais utilizados no experimento são: - Balança de corrente; - Bobina de secção reta circular; - 2 fontes de corrente contínua; - 2 amperímetros; - Um pequeno objeto; - Fios e uma caneta laser. Procedimentos: O experimento é montado conforme a figura 3 a seguir: FIGURA 3 - Balança de corrente utilizada para medir o campo magnético no interior de uma bobina. A bobina e a balança de corrente são ambas conectadas a um amperímetro e uma fonte de tensão contínua. Logo, ajustamos a tensão na fonte para a bobina em aproximadamente (1.5 +/-0,01)A. Após isso, inicia-se as medidas direcionando o feixe do laser para um espelho localizado próximo à espira. O feixe é refletido para um anteparo de papel, sendo demarcada a posição inicial na posição que o feixe o atinge. Para a determinação do campo magnético no interior da bobina, foi medida a corrente na espira necessária para equilibrá-la com o objeto de massa (1.1 ± 0.1)g em diferentes posições. Com isso, encontramos os dados apresentados na FIGURA 4 a seguir: Incertezas | Dist = 0.1cm / I = 0.01A FIGURA 4 - Dados encontrados. FIGURA 5 - Dados fornecidos pelo professor Isto posto, podemos realizar o tratamento dos dados colocando-os no sistema internacional e assim encontrar os valores do campo magnético da bobina. Resultados Com os dados da FIGURA 4 geramos um gráfico no Scidavis: FIGURA 6 - Gráfico plotado pelo Scidavis Modificando a equação (6) obtemos que: , logo, a inclinação do𝑥 = 𝐼( 𝑎𝑙𝐵 𝑚𝑔 ) gráfico será igual a .( 𝑎𝑙𝐵 𝑚𝑔 ) Por meio de associação a equação do gráfico, (7) 𝑌 = 𝐴𝑋 + 𝐵 Obtemos que: 𝑌 = 𝑥 𝐵 ≃ 0 𝑋 = 𝐼 𝐴 = ( 𝑎𝑙𝐵 𝑚𝑔 ) = (0, 0412 ± 0, 001) Com as equações dadas e as relações obtidas, vemos que . Logo,𝐵 = ( 𝐴𝑚𝑔 𝑎𝑙 ) dividimos esse valor pelo número de espiras (N) = 10 e obtemos que (8),𝐵 = ( 𝐴𝑚𝑔 𝑁𝑎𝑙 ) assim: 𝐵 = 0,0412 * 9,78 * 1.1 * 10−3 10 * 11.5 * 10−2 * 6 * 10−2 = 0. 00642 𝑇 = 6. 42 𝑚𝑇 (9) ∆𝐵 = ( ∂𝐵 ∂𝑎 )2 ∆𝑎2 + ( ∂𝐵 ∂𝐴 )2 ∆𝐴2 + ( ∂𝐵 ∂𝑚 )2 ∆𝑚2 + ( ∂𝐵 ∂𝑙 )2 ∆𝑙2 ∆𝐵 = ( −𝐴𝑚𝑔 𝑁𝑎2𝑙 )2 ∆𝑎2 + ( 𝑚𝑔 𝑁𝑎𝑙 )2 ∆𝐴2 + ( 𝐴𝑔 𝑁𝑎𝑙 )2 ∆𝑚2 + ( −𝐴𝑚𝑔 𝑁𝑎𝑙2 )2 ∆𝑙2 …∆𝐵 = ( −0,0412*1.1*10−3*9.78 10*(11.5 * 10−2) 2 *6 * 10−2 )2 (0. 001)2 + ( 1.1 * 10−3*9.78 10*11.5 * 10−2*6 * 10−2 )2 (0. 0001)2 … + ( 0,0412*9.78 10*11.5 * 10−2*6 * 10−2 )2 (0. 001)2 + ( −0,0412*1.1*10−3*9.78 10*11.5 * 10−2*(6 * 10−2)2 )2 (0. 001)2 ∆𝐵 = 5. 84 * 10−4 𝑇 𝐵 ≃ (6. 4 ± 0. 6) 𝑚𝑇 Realizamos também o cálculo do campo magnético por meio da equação (1): (10) 𝐵 = µ 𝐼 0 𝑁 𝐿 𝑐𝑜𝑠α Utilizando os dados fornecidos [ , N = voltas, I0 =µ = 1. 26 * 10−6𝑇𝑚/𝐴 (900 ± 5) (1.01 0.01) A, L = (20.1 0.1) cm e r = (3.75 0.05) cm]. Primeiramente, por meio de± ± ± relação obtemos que: (11) 𝑐𝑜𝑠α = 𝐿 (2* ( 𝐿2 4 +𝑟2 𝑐𝑜𝑠α = 20.1*10−2 (2* ( (20.1*10−2) 2 4 +(3.75*10−2) 2 𝑐𝑜𝑠α = 0. 937 (12) ∆𝑐𝑜𝑠α = ( ∂𝑐𝑜𝑠(α) ∂𝑟 )2∆𝑟2 + ( ∂𝑐𝑜𝑠(α) ∂𝐿 )2∆𝐿2 ∆𝑐𝑜𝑠α = ( −4𝐿𝑟 (4𝑟2+𝐿2)3/2 )2∆𝑟2 + ( 4𝑟2 (4𝑟2+𝐿2)(4𝑟2+𝐿2)1/2 )2∆𝐿2 +...∆𝑐𝑜𝑠α = ( −4(20.1*10−2)(3.75*10−2) (4(3.75*10−2) 2 +(20.1*10−2) 2 )3/2 )2(0. 0005)2 …+ ( 4(3.75*10−2) 2 (4(3.75*10−2) 2 +(20.1*10−2) 2 )(4(3.75*10−2) 2 +(20.1*10−2) 2 )1/2 )2(0. 001)2 ∆𝑐𝑜𝑠α = 0. 00157 𝑐𝑜𝑠α = (0. 937 ± 0. 002) Logo, aplicamos na equação (1): 𝐵 = (1.26*10−6)(1.01)(900) 20.1*10−2 (0. 937) = 0. 00533 = 5. 33 𝑚𝑇 (13) ∆𝐵 = ( ∂𝐵 ∂𝐼 0 )2𝐼 0 2 + ( ∂𝐵 ∂𝐿 )2𝐿2 + ( ∂𝐵 ∂𝑐𝑜𝑠α )2𝑐𝑜𝑠α2 ∆𝐵 = ( 𝑁µ𝑐𝑜𝑠α 𝐿 )2𝐼 0 2 + ( −𝑁µ𝐼 0 𝑐𝑜𝑠α 𝐿2 )2𝐿2 + ( 𝑁µ𝐼 0 𝐿 )2𝑐𝑜𝑠α2 = ( (900)(1.26*10−6)(0.937) (20.1*10−2) )2(0. 01)2 + ( −(900)(1.26*10−6)(1.01)(0.937) (20.1*10−2) 2 )2(0. 001)2 + ( (900)(1.26*10−6)(1.01) (20.1*10−2) )2(0. 002)2 ∆𝐵 = 0. 00005 = 0. 05 𝑚𝑇 𝐵 ≃ (5. 33 ± 0. 05) 𝑚𝑇 O campo magnético calculado pelo teslâmetro foi de 5.4 mT dado pela FIGURA 5. Conclusões Como foi possível observar, o campo magnético pode ser medido de 3 diferentes maneiras, com os resultados variando entre , e(6. 4 ± 0. 6) 𝑚𝑇 (5. 33 ± 0. 05) 𝑚𝑇 5. 4 𝑚𝑇. Logo, podemos destacar que os resultados são de grandeza semelhante porém de resultados ligeiramente diferentes, sendo o primeiro o mais deslocado dos demais. Isto posto, podemos inferir que a primeira forma pode ter apresentado algumas variáveis ou erros ao adquirir as medidas, o que pode ter afetado o resultado final. Portanto, podemos afirmar que a equação (1) é, de fato, a melhor𝐵 = µ 𝐼 0 𝑁 𝐿 𝑐𝑜𝑠α forma de adquirir o campo magnético de uma bobina devido a sua maior proximidade com o valor adquirido pelo teslâmetro.
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