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Aula 5 - Gv Lei Penal no Tempo IV

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Lei Penal no Tempo IV
DIREITO PENAL – PARTE GERAL
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LEI PENAL NO TEMPO IV
LEI EXCEPCIONAL OU TEMPORÁRIA
Código Penal, Art. 3º
A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração ou cessadas as cir-
cunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua vigência.
LEI EXCEPCIONAL OU TEMPORÁRIA
Lei Temporária – lei que possui vigência pré-determinada (a própria lei determina o tempo 
de sua duração). Ex.: A Lei 12.663/2012 (vigência até 31/12/2014) e a Lei 13.284/2016 (vigên-
cia até 31/12/2016), que traziam condutas criminosas para proteger bens materiais e imate-
riais da FIFA e da Organização dos Jogos Olímpicos.
Fato A
Atípico
Fato A
Atípico
Fato A 
Crime
Lei Temporária
As leis temporárias criminalizam um fato apenas durante um período determinado. Caso 
a conduta seja praticada durante o período de vigência da lei temporária, pode ocorrer de o 
julgamento acontecer somente após sua vigência. Nesse caso, se fosse aplicada a retroativi-
dade da lei, o agente ficaria impune.
Lei Excepcional – lei editada em razão de algum evento excepcional (anormal). Ex.: cala-
midade pública, guerra, período de racionamento.
Assim como as leis temporárias, as leis excepcionais também têm um prazo de vigência – 
enquanto perdurar a situação excepcional.10m
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Características
a) Autorrevogáveis – a própria lei temporária determina a data de sua revogação; a lei 
excepcional traz em seu texto a informação de que terá validade enquanto perdurar a situação 
que a determinou.
b) Ultra-ativas – leis temporárias e excepcionais serão aplicadas aos fatos ocorridos em 
sua vigência mesmo após terem sido revogadas.
Comer Carne
Det. 2 - 4 meses
Conduta Conduta
Atípico Atípico
D.J.
A lei penal benéfica é ultra-ativa, porque depois surge uma lei mais gravosa, que é irretro-
ativa. No caso das leis temporárias e excepcionais, no entanto, essa ultratividade é gravosa 
– são ultra-ativas ainda que para prejudicar o réu.
Código Penal, Art. 3º
A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração ou cessadas as cir-
cunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua vigência.
DIRETO DO CONCURSO
1. (CESPE/TJ-PR/JUIZ SUBSTITUTO/2019) Nas disposições penais da Lei Geral da Copa, 
foi estabelecido que os tipos penais previstos nessa legislação tivessem vigência até o dia 
31 de dezembro de 2014. Considerando-se essas informações, é correto afirmar que a 
referida legislação é um exemplo de lei penal
a. excepcional.
b. temporária.
c. corretiva.
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d. intermediária.
2. (IADES/PM-DF/SOLDADO DA POLÍCIA MILITAR/2018) Lei temporária estabelece que cons-
titui delito a venda de bebidas alcoólicas no raio de dois quilômetros dos locais destinados à 
realização da Copa América no Brasil. Considerando hipoteticamente que João pratique tal 
delito no período de vigência da lei em comento, em suma, o juiz poderá condená-lo
a. após o prazo de vigência da lei temporária, dado que o delito ocorreu durante a vigência desta.
b. se a prática do delito for anterior à vigência da referida lei temporária.
c. somente até a data de término de vigência da referida lei temporária.
d. se a prática do delito for posterior à vigência da referida lei temporária.
e. se a venda de bebidas alcóolicas ocorreu no raio de cinco quilômetros, visto que o delito 
aconteceu durante a vigência da lei temporária.
COMENTÁRIO
b) Antes da vigência da lei a conduta não era crime.
c) O juiz poderá condená-lo após a data de término de vigência.
d) Após o término da vigência a conduta deixa de ser crime.
e) No raio de dois quilômetros.
3. (FUNCAB/PC-RO/ESCRIVÃO DE POLÍCIA CIVIL/2014) O artigo 3º do Código Penal dis-
põe: “a lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração ou 
cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua 
vigência”. O referido artigo prevê o fenômeno da:
a. coculpabilidade.
b. tipicidade conglobante.
c. retroatividade da lei.
d. abolitio criminis.
e. ultra-atividade da lei.
LEI PENAL INTERMEDIÁRIA
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DIREITO PENAL – PARTE GERAL
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LEI Y
Conduta A
REC. 1 - 2 anos.
LEI X
Conduta A
REC. 2 - 4 anos.
LEI Z
Conduta A
REC. 3 - 6 anos.
D.J.
Considerando a linha do tempo acima, o réu, tendo praticado a Conduta A durante a vigên-
cia da Lei X, e sendo julgado apenas durante a vigência da Lei Z, será julgado de acordo com 
a Lei Y, pois esta é a mais benéfica entre a conduta praticada e o julgamento.
É a lei benéfica que teve vigência após a prática do ato, porém foi revogada antes do julga-
mento do réu. O STF entende que a lei intermediária pode ser utilizada para beneficiar o réu. 
(STF, RE 418876, 04/06/2004)
GABARITO
1. b
2. a
3. e
���������������������������������������������������������������������������������Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula 
preparada e ministrada pelo professor Érico Palazzo. 
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo 
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura 
exclusiva deste material.
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