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1998 Projeto de Lei nº 4.827/98, com enfoque no modelo transformativo, foi cingido por outro projeto, elaborado pelo Instituto de Direito Processual (baseado nos modelos americanos e argentino), sem tramitação �nalizada. 2002 Projeto de Lei nº 94/2002, versão uni�cada dos dois projetos voltada a Mediação Judicial - aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça. 2004 Projeto substitutivo à Comissão de Constituição e Justiça. 2011 Projeto de Lei nº 517/2011, para regulamentação da mediação judicial e extrajudicial, sem avanços na aprovação 2013 Criação de duas comissões: do Senado (mudança na Lei da Arbitragem e Mediação Privada) e do Ministério da Justiça (Mediação Judicial e Privada). 2014/2015 Somados ao Projeto de Lei nº 217/2011, resultaram no Projeto de Lei nº 7.169/2014, regulamentando a mediação privada e no âmbito da Administração Pública, com debates e alterações que resultaram na Lei nº 13.140/2015. Quadro 1.1 - Histórico de regulamentação da mediação no Brasil Fonte: Martins (2017, p. 62) Assim, de acordo com a Lei nº 13.140/2015, “considera-se mediação a atividade técnica exercida por terceiro imparcial sem poder decisório, que, escolhido ou aceito pelas partes, as auxilia e estimula a identi�car ou desenvolver soluções consensuais para a controvérsia” (BRASIL, 2015). Conforme o Art. 2o da Lei nº 13.140/2015, a mediação será orientada pelos princípios a seguir: I – imparcialidade do mediador; II – isonomia entre as partes; III – oralidade; IV – informalidade; V – autonomia da vontade das partes; VI – busca do consenso; VII – con�dencialidade; VIII – boa-fé. Nesse contexto, Martins (2017) destaca que há diversas escolas ou modelos de mediação, entretanto, os mais utilizados são a Teoria de Harvard, o Modelo Transformativo e o Modelo Circular Narrativo. A Escola ou Teoria de Harvard é baseada em uma negociação que fundamenta os demais modelos, uma vez que parte da negociação com princípios, baseada em interesses. Nesse sentido, os princípios fundamentais são: separar os indivíduos do problema, de forma que o problema é o foco a ser solucionado; focar nos interesses, sendo que interesses de ambas as partes devem ser considerados, escutados e identi�cados; criar opções de ganhos para ambas as partes, apresentando opções de solução por meio de interesses comuns e convergentes; focar nos critérios objetivos, a �m de construir opções de acordo com a realidade. O Modelo Transformativo trabalha o con�ito com a oportunidade de crescimento, transformação de reconhecimento e empoderamento do outro. Esse empoderamento permite que os indivíduos percebam seu valor e a sua capacidade de resolver o problema. Dessa forma, os efeitos da mediação são um processo de reforçar a capacidade dos indivíduos em tomar decisões sozinhos e, ainda, verem e considerarem a perspectiva do outro (MARTINS, 2017). O Modelo Circular Narrativo foca na construção das histórias do indivíduos que estão envolvidos, para veri�car novas percepções sobre os con�itos. Esse modelo é fundamentado na terapia familiar sistêmica e nas teorias narrativas, com a utilização de perguntas circulares (MARTINS, 2017). Assim, esse modelo emerge na comunicação, causalidade, vínculos e re�exão, permitindo transformar uma história con�itiva em uma colaborativa. praticar Vamos Praticar Uma auditoria contábil é o exame realizado nas demonstrações �nanceiras de uma organização, feito por um auditor independente que vai examinar o balanço, demonstração de resultados, demonstração de alterações no capital próprio e demonstração dos �uxos de caixa. Considerando os aspectos que envolvem a auditoria contábil, assinale a alternativa correta . a) O auditor realiza previsões sobre o que pode acontecer no futuro e, por isso, pode garantir que a empresa continuará no negócio de forma inde�nida. b) É função da auditoria auditar outras informações fornecidas aos membros da organização, como por exemplo, o relatório dos diretores. c) A auditoria é realizada durante um período de tempo inde�nido, e os auditores estarão na entidade o tempo todo. d) É função da auditoria julgar a adequação das atividades de negócios da organização ou estratégias e decisões tomadas pelos diretores. e) A auditoria possui como �nalidade principal servir como alicerce para os usuários da informação, de acordo com seus objetivos. Neste tópico passaremos a descrever os aspectos normativos da auditoria. Vamos identi�car as normas pro�ssionais do auditor – NBC PA 01 – NBC PA 290 (R 2) e NBC PA 291 (R2), além de observar as Normas de Controle de Qualidade e Independência do Auditor. NBC TI 01 Esta norma dedica-se à atividade e aos procedimentos de Auditoria Interna (contábil), desenvolvidos nas pessoas jurídicas de direito privado ou público, interno ou externo. Compreende as análises, exames, avaliações, levantamentos e comprovações, estruturados de forma a avaliar a adequação, integridade, e�ciência, e�cácia e os processos dos sistemas de informações e controles internos da empresa, com o objetivo de assistir à administração da entidade no cumprimento de seus objetivos. Com a �nalidade de agregar valor ao resultado da organização, a atividade de auditoria interna apresenta bases para o aperfeiçoamento dos processos, da gestão e dos controles internos, mediante a recomendação de soluções para as não-conformidades destacadas nos relatórios. A auditoria interna deve ser documentada por meio de papéis de trabalho, com abrangência e grau de detalhe para propiciar a compreensão, elaborados e organizados de forma sistemática e racional, armazenados de forma física ou eletrônica. Obtido no curso da auditoria, os papéis de trabalho são documentos e registros dos fatos, informações e provas, que tem o objetivo de evidenciar os exames realizados e dar suporte à sua opinião, críticas, sugestões e recomendações. A auditoria interna deve informar a administração da empresa por escrito, de forma reservada, sobre eventuais indícios ou con�rmações de irregularidades detectadas no decorrer de seu trabalho, uma vez que essa possui o papel de assessorar a administração da empresa no trabalho de prevenção de fraudes e erros. O termo “erro” se refere a um ato não-intencional de desconhecimento ou má interpretação, omissão, desatenção aos fatos nas transações e operações da entidade ou na elaboração de registros, informações e demonstrações contábeis. Por outro lado, o termo “fraude” aplica-se ao ato intencional de adulteração de documentos, registros, relatórios, informações e demonstrações contábeis, omissão e/ou manipulação de transações e operações, em termos físicos ou monetários. Assim, as auditorias internas, possuem o papel de avaliar e melhorar a e�cácia da governança, gerenciamento de riscos e controle de processos críticos, bem como fornecer ao conselho e à administração informações e garantias relacionadas aos seus deveres. As funções da auditoria interna desempenham um papel fundamental em ajudar os executivos a chegarem a suas conclusões. Assim, os esforços de auditoria interna para identi�car falhas nos controles internos ajudam a proteger contra possíveis fraudes, desperdício ou abuso, além de garantir a conformidade com leis e regulamentos. Nesse contexto, uma auditoria interna deve ter quatro fases gerais de atividades, como: planejamento, trabalho de campo, relatórios e acompanhamento. A seguir, uma breve sinopse de cada fase. Durante o processo de planejamento , a equipe de auditoria interna de�nirá o escopo e os objetivos, revisará a orientação relevante para auditoria (por exemplo, leis, regulamentos, padrões do setor, políticas e procedimentos da empresa, etc.), revisará os resultados de auditorias anteriores, de�nirá um cronograma e orçamento para a auditoria, criará um plano de auditoria a ser executado, identi�cará os responsáveis pelo processo para envolver e irá agendar uma reunião de início para iniciar a auditoria. Dessa forma, o planejamento deve se atentaraos seguintes fatores: a) o conhecimento da missão e objetivos estratégicos da empresa; b) o conhecimento da política e dos instrumentos de gestão de riscos da empresa; c) o conhecimento do grau de con�abilidade da empresa, por meio das atividades operacionais e do sistema contábil e de controles internos; d) a existência de empresas associadas, �liais que estejam no âmbito dos trabalhos da auditoria; e) a natureza, a oportunidade e a extensão dos procedimentos de auditoria interna a serem aplicados, de acordo com a política de gestão de riscos da empresa; f) o conhecimento do resultado em relação a trabalhos anteriores, semelhantes ou relacionados; g) as orientações e as expectativas externadas pela administração aos auditores; h) os riscos de auditoria, pela complexidade das transações e operações. O trabalho de campo é o ato real de auditoria. Durante essa fase, a equipe de auditoria executará o plano de auditoria. Isso, geralmente, inclui entrevistar pessoas-chave para con�rmar o entendimento do processo e dos controles, revisar documentos e artefatos relevantes para um exemplo de execução dos controles, testar os controles de uma amostra durante um período de tempo, documentar o trabalho realizado e identi�car exceções e recomendações. Porém, é importante salientar que ao empregar o método de amostragem o mesmo deve ser projetado de forma que a amostra possa proporcionar evidência de auditoria su�ciente e apropriada. Perceba que os procedimentos de auditoria exigem exames e investigações, o que inclui testes de observância (dos controles internos) e testes substantivos (obtenção de evidência quanto à su�ciência, exatidão e validade), os quais permitem ao auditor interno conseguir evidências su�cientes para fundamentar suas conclusões e recomendações à administração da entidade. É relevante destacar que, nos testes de observância, deve-se realizar os seguintes procedimentos: inspeção, observação, investigação e con�rmação. Nesse contexto, o processo de obtenção e avaliação das informações compreende a obtenção de informações sobre os assuntos relacionados aos objetivos e ao alcance da auditoria interna, devendo ser observado se a informação é factual e convincente, de tal forma que uma pessoa prudente e informada possa entendê-la da mesma forma que o auditor interno; se a informação é relevante e dá suporte às conclusões e às recomendações da auditoria interna; se a informação é adequada e con�ável e propicia a melhor evidência alcançável, por meio do uso apropriado das técnicas de auditoria interna; e, por �m, se a informação é útil e auxilia a entidade a atingir suas metas. O relatório deve ser escrito de forma clara e sucinta para evitar interpretações erradas e encorajar o público-alvo a realmente ler e entender o relatório. Os resultados devem ser acompanhados por recomendações que sejam acionáveis e levem diretamente a melhorias no processo. Deve ser apresentado a quem tenha solicitado o trabalho ou a quem este autorizar, de forma a ser preservada a con�dencialidade do seu conteúdo. saiba mais Saiba mais O relatório é o documento que a auditoria interna apresenta como resultado dos seus trabalhos e, por isso, deve ser descrito com objetividade e imparcialidade, expressando e evidenciando as suas conclusões, recomendações e providências a serem tomadas pela organização. Para saber mais, assista ao vídeo. ACESSAR Por �m, o acompanhamento é fundamental para garantir que as recomendações tenham sido implementadas, abordando os resultados identi�cados. Esse processo deve incluir acompanhamento adequado junto aos proprietários do processo, que precisam implementar as recomendações, bem como a supervisão da diretoria sobre o status geral da empresa ao abordar os resultados identi�cados pela auditoria interna. Se uma organização falhar em acompanhar a implementação das recomendações, é improvável que as mudanças sejam feitas. NBC PA 01 Esta norma trata das responsabilidades do auditor (se aplica a todas as �rmas, auditores pessoas jurídicas e pessoas físicas, doravante referido como empresa auditora) por seu sistema de controle de qualidade com relação a auditorias e revisões de demonstrações contábeis, outros trabalhos de asseguração e serviços correlatos, de forma que cumpram as exigências éticas relevantes às quais estão sujeitas a equipe de trabalho e o revisor do controle de qualidade, que comumente compreendem o Código de Ética Pro�ssional do Contabilista, bem como outras questões previstas nas Normas Brasileiras de Contabilidade PAs. https://www.bing.com/videos/search?q=videos+youtube+os+aspectos+normativos+da+auditoria&&view=detail&mid=1E4A098F1F8EC54132C91E4A098F1F8EC54132C9&&FORM=VRDGAR
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