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Os positivistas e a República

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OS POSITIVISTAS E A REPÚBLICA 
DJACIR MENEZES· 
1. A história dos áulicos; 2. Notas recalcitrantes; 
3. O positivismo e o parlamentarismo; 4. A força de 
contaminação do positivismo; 5. A injustiça contra 
Benjamin Constant; 6. A ditadura republicana. 
Era no terceiro ano do curso integral do Liceu do Ceará que se fazia o pre­
paratório de álgebra - e a álgebra adotada era a de Marcondes, na época já 
falecido. Ensinavam-nos as definições que a aritmética era o cálculo dos valores 
e a álgebra era o cálculo das funções. Só muito mais tarde, porém, fui ler, no 
primeiro volume do Cours de philosophie positive a explicação dada por Au­
gusto Comte; e, ainda mais tarde, compreendê-la convenientemente. Sabem hoje 
os pedagogos que o espírito tem as suas idades e que a pedagogia da Praça dos 
Voluntários também atendia ao compasso de princípios universais. 
O professor era um positivista afeiçoado ao littreísmo, lia as circulares de 
Teixeira Mendes e execrava Laffite. E me infundiu admiração pelo positivismo. 
De acordo com o método seguido na prática habitual do ensino, exercitava-se 
o estudante nas transformações analíticas, ouvia-se falar no método de Bezout 
e Viête, naquela rotina que conduzia precisamente ao que Stuart Mill chamou 
de "pedantocracia algébrica", como depois pude ler na sua longa correspon­
dência travada com Comte.1 
Foi, entretanto, o convívio com outros mestres, nas vizinhanças do positi­
vismo (Arquias Medrado, Henrique Autran, Ávila Goulart), que me animou 
ao estudo daquele noviciado superior já beirando a filosofia. Destarte, eu com­
pletava meus 17 anos e a República seus 30 anos; e o positivismo, lá na pro­
víncia, empolgava os espíritos republicanos maioS arredios à catequese teológica 
ou discretamente a ela indiferentes. 
Ouvíamos falar em evolucionismo nos termos de Le Dantec, de Haeckel, de 
Le Bon, sem ler Lamarck ou Darwin. Nem mesmo Tobias Barreto e a Escola do 
Recife. Joaquim Pimenta e Adonias Lima tinham ido para o Recife, depois de 
encrencas com a polícia de Acioli. Dez anos atrás, Pimenta levantara bandeiras 
socialistas, das quais restavam vagas notícias. Só na Academia conseguimos ler 
a polêmica A questão social e o catolicismo,2 que rumorejava os arraiais reli-
• Professor emérito na UFRJ. 
1 Com te, Augusto. Correspondence générale et confessions. Paris, Archives Positivistes. 
1895, t. 2. 
2 Pimenta, Joaquim. A questão social e o catolicismo (polêmica em torno de umas con­
ferências quaresmais do Sr. Cônego Pereira Alves, reitor do Seminário de Olinda). Rio de 
Janeiro, 1921. 
R. C. pol., Rio de Janeiro, . 28(1):26·31, jan./abr. 1985 
giosos na Faculdade de Direito de Barreto Campelo e de Metódio Maranhão. 
Mas em 1927 tais rolos já haviam passado e os velhos nos contavam as 
recordações. a 
1. A história dos áulicos 
De resto, a história do Brasil que estudávamos só nos despertava o espírito 
juvenil ao movimentar-se para além das chateações das capitanias hereditárias, 
depois daquele retalhamento de terras entre cortesãos, inaugurando um feuda­
lismo serôdio, com ajuda de padres e à sombra da cruz. As fases mais interes­
santes apareciam com os protestos, com a revolta de Bequimão, o monopólio 
dos estancos, a figura de Pombal, as correntes maçônicas liderando os movi­
mentos de 17 e 24, a multiplicação das Academias com idéias, todos esses 
fatores que configuram política e socialmente la pensée agissante começando 
a hostilizar mais nitidamente um reacionarismo dinástico argamassado na escó­
ria dos interesses d'além-mar. 
O país que nascia se endividava desde a Independência com o dinheiro 
dos banqueiros ingleses. Curioso dizer isso precisamente agora que lemos na 
imprensa que a finança internacional cogita de mais uma medida em benefício 
de nossa saúde econômica: propõe comemorar o sesquicentenário de nosso 
endividamento transformando a dívida em títulos de investimentos. 
Excetuada a bravia honestidade nunca assaz louvada do historiador Manuel 
Bonfim, o cortesanismo cedo fechou a rosca da bajulação em tomo da monar­
quia, organizando-Ihe a depreciação crítica contra os valores republicanos. E 
como coube ao positivismo ação cívica que se sobrepunha a competições do 
regime monárquico, com a ficção de seu parlamentarismo, os implantadores da 
ordem republicana padeceram a insidiosa crítica dos sobreviventes do aulicismo. 
A própria grande data da Abolição passou a servir de fIorão à Coroa, pro­
pagando-se que o trono era abolicionista às ocultas, quando, na verdade, ele 
negaceara quanto pudera o desfecho inevitável, só entregando os pontos quando 
a coisa se tomou irresistível. 
2. Notas recalcitrantes 
o que deteriorava a campanha do pOSItIvismo ao começar a emplumar-sl' 
como religião da humanidade, afastando muitos espíritos avessos às liturgias e 
aos altares, foi precisamente a organização do seu Apostolado. De fato, era 
o que dessorava a combatividade de sua liderança, coibindo-lhe a faculdade 
de penetração, tirando-Ihe a energia necessária à conquista dos valores audazes 
que formariam uma elite socialmente corajosa. Desse vazio, que deixou na 
opinião das áreas ilustradas, não soube prevalecer-se o oportunismo dos mode­
ladores das instituições nascentes, abrindo espaço aos copiadores de figurinos 
constitucionais norte-americano e inglês, ao sabor da incultura cafeeira e cana­
vieira. Entretanto, o elenco das idéias mais avançadas, como separação da 
3 Pimenta. Joaquim. Retalhos do passado (episódios que vivi e fatos que testemunhei). 
Rio de Janeiro, Departamento de Imprensa Nacional, 1949. 
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igreja e do Estado, laicização dos cemitérios, casamento civil, ensino superior 
desteologizado, combate a redutos onde se encastelava a resistência obscuran­
tista, foram idéias difundidas com denodo pelos partidários de Comte. Estes 
não souberam, porém, aliciar ao sistema inaugurado as forças renovadoras, van­
guardas que respiravam fora das organizações atrasadas dos partidos políticos. 
Quem continuaria a alimentar as fontes da opinião política da República? 
Responda-nos Teixeira Mendes: "A fatalidade do regime republicano ter 
tido no Brasil por executores, em geral, nas mais eminentes funções políticas, 
ou pessoas vindas dos partidos monárquicos e até das fileiras escravocratas, 
industrialistas e militaristas do tempo do Império, ou descendentes, parentes e 
amigos dessas pessoas, explica os fátuos elogios prodigalizados por estes ao 
regime imperial, aos estadistas do Império e especialmente ao segundo impe­
rador."~ 
Os próceres do positivismo, aliás, sempre tiveram a convicção de que a "mo­
narquia sempre fora o baluarte da escravidão", de que dera provas sobejas o 
parlamento palmilhando as vias tortuosas do escravismo. Quão distante estavam 
seus estadistas da mentalidade de um José Bonifácio! O sábio patriarca teve 
a límpida compreensão de que o fundamento agrário do país não condicionaria 
nosso porvir às limitações do horizonte servil e cedo cogitou de medida legis­
lativa para superá-lo. 
3. O positivismo e o parlamentarismo 
Decorridos tempos, percebi que o que mais me avivou as simpatias juvenis, 
ao examinar o perfil histórico dos líderes positivistas no desenvolvimento da 
prepaganda republicana, foi a posição que eles assumiram para acelerar a deca­
dência da instituição parlamentar. Ouvindo as lições de Augusto Comte, seus 
arautos se manifestaram sempre hostis às cavilações do liberalismo constitucional 
inspirado no jogo da política inglesa, expressão viva dos interesses do indus­
trialismo britânico. Que descortino, o da ditadura de Cromwell! 
Aos olhos dos positivistas, nossas práticas parlamentares mascaravam apenas 
interesses rurais geridos pela mansa ditadura de um imperador bondoso, que 
tapeou enquanto pôde o advento do abolicionismo simulando simpatias pela 
raça negra. Letrado sem nada produzir, religioso sem convicções, cético de tipo 
renaniano, cientista na boca dos áulicos, enérgico apenas para defender as 
prerrogativas dinásticas, glorificado pelopatriarcalismo que encarnava, foi vá­
rias vezes vítima do desrespeito dos pasquins, que tentavam sujar-lhe o manto. 
Quem ler de ânimo isento as circulares do Apostolado e demais escritos de 
Miguel Lemos e Teixeira Mendes descobre as razões que foram depois obscure­
cidas pelo cortesanismo dos historiadores, a começar pelo maioral deles, o Sr. 
Francisco Adolpho de Varnhagen, agraciado, pelo serviço de luzimento dos 
brasões bragantinos, com o título de Visconde de Porto SegulO. 
A descendência dos louvadores das instituições monárquicas caprichou no 
desmerecer de tudo que cheirava à brasilidade autêntica. Tal descendência 
4 Teixeira Mendes. O império brasileiro e a república brasileira perante a regeneração so­
cial. Rio de Janeiro, set. 1913. n.· 350. 
28 R.C.P. 1/8; 
teve lá suas afinidades com os oportunistas simpatizantes das opOSlçoes poluí­
das pelo saudosismo, que ainda perdurou após a extinção do sistema em 1889. 
Nas cátedras, nos compêndios, no jornalismo, o passado monárquico foi sur­
gindo na pena deles como a "idade de ouro" da nação. Todavia, a vergonhosa 
imoralidade das eleições, só por si, bastaria para desmoralizar toda aquela mis­
tificação das instituições representativas. Quando falaram a Deodoro na legi­
timidade conferida pela consulta às urnas, o ínclito general respondeu: "O 
senhor sabe que eleições sempre foram velhacarias." 
A verdade é que o povo jamais teve ensejo de organizar partido. E quando, 
no antagonismo dos interesses das classes, vai-se abrindo uma oportunidade, 
cresce o receio da hostilidade às instituições defensivas da paz social. Vivemos 
sob tutela de oligarquias representativas. Nelas se recrutam seus historiadores 
mais verídicos. 
Assim, a história sai da pena deles um tanto deformada, gerando interroga­
ções litigiosas em que eles se distraem. Não cabe entrar aqui em pormenores. 
4. A força de contaminação do pOSitivismo 
Os positivistas, capitaneados por Teixeira Mendes, Miguel Lemos, Demétrio 
Ribeiro, Benjamin Constant, mais evidentes naquelas circunstâncias políticas, 
resumiam doutrinariamente a perspectiva neste enunciado dilemático: a "anar­
quia metafísica e o torpor teológico", tal qual Augusto Comte o formulara no 
Sistema de política positiva. Nesses dois pólos estava o intelectualismo inconfor­
mista da ideologia que inscreveu seu lema no centro da nossa bandeira. Mas 
tal inconformismo tinha pontos de muita obscuridade. A mística de Comte 
pela mulher, que personificou em Clotilde de Vaux e pôs nos altares da reli­
gião da humanidade, foi a segunda fase de uma marcha retrógrada, que assi­
nalou as duas vertentes do pensamento do filósofo - e, na minha opinião 
heterodoxa, reduziu a força de contaminação do positivismo no nosso meio 
intelectual. Há ditames do mesrtc de Montpelier que bem condizem com nosso 
patriarcalismo: "a mulher deve viver à custa do marido, prega o catecismo 
positivista." Pois, meus amigos, isso era dito já nos anos em que o socialismo se 
expandia na Europa e Augusto Bebe!, o mais popular dirigente da social-demo­
cracia alemã, difundia em obra célebre as idéias sobre a emancipação feminina 
e abria fogo contra o anti-semitismo de Von Treitsche e o teologismo de Stõcker, 
entrincheirados no reacionarismo das classes médias. Nessas alturas, circulava 
a primeira edição do Anti-Dühring de Friedrich Engels (publicado em 1878, 
em Stuttgart) e se operavam as incipientes concentrações de monop6lios capi­
talistas, às vésperas do programa de Erfuhrt e dos prelúdios das aventuras im­
perialistas dos Hohenzollern. 
Mas para que recuar tão longe? Longe, se medirmos com o referencial do 
nosso passado ideológico. Convém, entretanto, recordar que, mesmo naquelas 
zonas avançadas, ainda em agosto de 1918, o Reichstag negava unanimemente 
o direito de voto à mulher, combatendo violentamente as utopias socialistas, 
que "tramavam contra a dignidade da família cristã ocidental"! 
E o sonho de Fourier, sonho do falanstério, era encarado como o delírio de 
um maluco. Que dizer então dos intelectuais de uma nação que tinha um par· 
lamento dominado pelas maiorias de escravocratas? 
Os positivistas 29 
5. A injustiça contra Benjamin Constant 
A sensibilidade de nossas elites não recebeu o impacto do positivismo que 
merecia. Assim mesmo líderes do porte moral de um Benjamin Constant desper­
tariam, no seio da juventude militar, ressonância excepcional. Ele se submetera 
a sete concursos de matemática e neles fora classificado em primeiro lugar. 
Pedro 11 tergiversou na nomeação sob pretextos fúteis. Ninguém teve motixos 
mais dignos para desmascarar a imperial hipocrisia. Sua altivez moral impediu-o 
de qualquer revide público. Ainda hoje - que ironia! - historiadores ensinam 
e professores louvam quanto Pedro 11 prezava a moralidade do ensino. .. Não 
valeu a pena Rui ter muito depois carpido tanto arrependimento por ter escrito 
o prefácio deste livro admirável que é O papa e o concilio! 
O respeito que merece a nobre figura do imperador não impede que se reco­
nheça que era um homem sem convicções religiosas, filosóficas ou científicas. 
Seu pensamento era inconsistente e ninguém deu uma interpretação de suas 
idéias: era um diletantismo sem qualquer talento, a serviço de uma memória 
que a esclerose foi apagando na mediocridade da velhice. Suas atitudes (mesmo 
a tenacidade de ir até o fim do esmagamento de Lopes nos charcos do Paraguai) 
atestavam mais os caprichos do orgulho bourbonista do que sua brasilidade. 
Nunca perdoou a Alencar, a Ottl)ni ou a Mauá a independência de caráter; 
e numerosas mudanças de gabinete refletiram mais a prosápia do soberano do 
que as necessidades nacionais. Os positivistas atribuíram o prolongamento da 
guerra do Paraguai às esquivanças de soluções que teriam poupado muitos sa­
crifícios de vidas impostos pela Coroa ao país. (Nesse ponto, suspendo o juízo 
por falta de mais aprofundado exame.) Mas nos parece evidente que, monarca 
cioso de suas regalias dinásticas, prezou acima de tudo o exercício do poder 
mediante o jogo de um absolutismo dissimulado, sempre bem vigiado pela esper­
teza e sagacidade. O aulicismo era o amálgama maleável para o funcionamento 
do regalismo que vinha na herança bragantina. 
Nesse pesquisar de causas responsáveis pelo desmoronamento da dinastia, 
não enxergam os panegiristas as verdadeiras responsabilidades de D. Pedro 11, 
enleadas num parlamentarismo de clãs agrários. Andaram sempre à cata de 
ressentimentos militares, de ambições recalcadas explorando despeitos escravo­
cratas, de ingratidões a um imperador cheio de virtudes domésticas e de uma 
erudição vaidosa. Tais qualidades, porém, não definiriam o caráter de um esta­
dista (Hegel já o disse ao traçar o perfil de Júlio César). 
"Por toda parte, os que se têm na conta de filósofos, cientistas, literatos, poe­
tas e médicos" - observou Teixeira Mendes - "só se preocupam em geral com 
granjear posição de ricos burgueses, ornamentada por uma fátua notabilidade 
mental. Segundo eles, a massa humana pode e está mesmo condenada a ficar 
eternamente na semi putrefação teológica em que se acha, contanto que lhes se­
jam assegurados os gozos de todas as vantagens materiais, morais e intelectuais, 
resultantes das funções proletárias que menosprezam, considerando-as indignas 
de si e dos seuS."5 
5 Teixeira Mendes. Ainda a verdade histórica acerca da instituição da liberdade espiritual 
no Brasil bem como do conjunto da reorganização republicana federal. Rio de Janeiro, Tem­
plo da Humanidade, fev. 1913. 
30 R.C.P. 1/85 
6. A ditadura republicana 
No fundo do problema do poder espiritual, qual o focalizou Comte, já era 
possível delinearem-se alguns sinais do futuro poder científico que a concentra­
ção econômica engendraria em conúbio com as universidades termonucleariza­
das, sob a vigilância docente de tecnólogos especializados.8 
O "sacerdócio" idealizado por Comte, todavia, sublimava-se no exercício das 
funções especulativas e exaltaria os sentimentos humanitários em detrimentodas 
rivalidades patrióticas e das decisões guerreiras. 
O superindustrialismo ulterior, porém, encarregou-se de afogar a generosidade 
das nobres aspirações humanas. Intercalarei aqui um parêntese triste. Ignoro 
se ouvistes, há poucos dias, na voz de um locutor de televisão, a notícia de que 
a geração universitária, na Europa, pedia aos governos que escondem os segre­
dos atômicos que promovessem a distribuição de pílulas suicidas às populações 
para que estas se livrassem da morte lenta pelos efeitos da radioatividade, de­
satendendo a mitos religiosos desacreditados. 
Os assassinos, pois, estão à vista e às soltas, nos melhores postos da liderança 
mundial, resolvendo, nos conselhos, a sorte do universo. 
Comte falava no ensino pedantocrático tutelado pelo Estado. Na concepção 
de sua ditadura republicana, que não se corrompia no charco das assembléias 
facciosas, casavam-se a liberdade de pensamento com a energia governativa e 
científica de uma elite corajosamente moral. Nesse clima de sacerdócio cientí­
fico e filosófico, estranho à herança cultural onde apodreceram as teologias do 
Ocidente, é que hoje evolui o saber esotérico dos sigilos nucleares, nas mãos de 
monopólios responsáveis pelas violências supremas que pairam sobre a cabeça 
dos povos. 
Chegou, pois, a hora da união sagrada contra a guerra, como anunciou Ber­
trand Russell, um dos mais dignos pensadores do mundo contemporâneo.1 Será 
a grande cruzada da insurreição da consciência contra o crime universal. A 
maior das infâmias - não hesito em dizê-lo - será esse estrangulamento da 
autoridade teórica pelo bloqueio das ambições práticas, que interditaram os 
grandes impulsos éticos pregados pelos legítimos condutores do gênio humano. 
Pergunto: aceitamos a interdição miserável ou nos rebelamos ao lado de Con­
fúcio, Cristo ou Gandhi? 
Essa, a terrível interrogação com que se defronta a humanidade. 
t Teixeira Mendes. Le positivisme et la pédantocratie algébrique. Rio de Janeiro, Temple 
de l'Humanité, fév. 1897. 
7 Russell, Bertrand. The autobiography of Bertrand RUlsell. London, George Allen &: 
Unwin, 1969. v. 3. 
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