Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
TERMOLOGIA TERMOLOGIA INTRODUÇÃO “Desde muito cedo nos acostumamos com o conceito de Temperatura. Usando as expressões Mais Quente ou Mais Frio, fazemos as primeiras comparações. No entanto, essas expressões são muito subjetivas e pessoais. Ao longo da história, várias escalas de temperatura foram propostas, mas, a comparação das melhores escalas, só veio com a compreensão do significado de Temperatura de um Corpo”. Temperatura Mais Quente Mais Frio Temperatura de um Corpo NOÇÃO DE TEMPERATURA Podemos considerar Temperatura como a Medida do Grau de Agitação das partículas de um corpo. CORPO MAIS QUENTE Alta Temperatura * Maior Agitação * CORPO MAIS FRIO Baixa Temperatura * Menor Agitação * CALOR É a Energia Térmica em Trânsito, que passa dos corpos de Maior Temperatura para os corpos de Menor Temperatura. CALOR ( Q ) Temperatura: medida do grau de agitação (vibração). OBSERVAÇÃO “A idéia de calor como forma de energia, só foi estabelecida pela física a partir do século XIX, pelo físico inglês Joule. Até então, entendia-se erroneamente o calor como uma substância que se incorporava aos corpos”. Portanto, a medida da quantidade de calor (Q) no S.I. é o Joule (J). No entanto, utiliza-se também a caloria (cal), unidade estabelecida antes de se entender calor como forma de energia. 1 cal = 4,186 J Atenção Temperatura Temperatura Mede o grau de agitação (vibração) das partículas de um corpo. Calor Calor Energia térmica em transito entre corpos, decorrente apenas da diferença de temperatura entre eles. Portanto, só haverá passagem de calor, enquanto os corpos estiverem em temperaturas diferentes e até atingirem o equilíbrio térmico. Equilíbrio Térmico Dizemos que dois ou mais corpos estão em equilíbrio térmico quando estiverem na mesma temperatura. Lei Zero ou Principio fundamental da termodinâmica Se dois corpos estão em equilíbrio térmico com um terceiro, estarão em equilíbrio térmico entre si. ESCALAS TERMOMÉTRICAS “A necessidade de se quantificar (medir) as noções de quente e frio levou à invenção do termômetro, e, a necessidade de se aperfeiçoarem essas medidas deu origem a diversas escalas termométricas (termômetros).” Até o fim do século XVIII, havia em torno de dezenove escalas termométricas em uso. A construção de um termômetro obedece a certas convenções, nas quais números são associados à estados térmicos. Conhecendo um Termômetro Uma escala termométrica correspondente a um conjunto de valores numéricos associados à temperatura. Para graduação das escalas são escolhidos fenômenos que se reproduzem sempre nas mesmas condições. Quando a temperatura do Termômetro se eleva, o mercúrio expande-se (dilata-se) e sobe pelo tubo capilar. bulbo bulbo estrangulamento estrangulamento mercúrio mercúrio capilar capilar sempre dilata-se As principais escalas termométricas “Construída em 1727, por Daniel Fahrenheit (1686-1736). Originalmente teria escolhido para os fenômenos que se reproduzem sempre nas mesmas condições ( que mais tarde chamaremos de pontos fixos) uma mistura de água, gelo e sal, ao qual atribuiu o valor 0ºF e, como segundo fenômeno, a temperatura corpórea, a qual atribuiu o valor de 100ºF.” Também foi Fahrenheit, quem propôs a utilização do mercúrio como grandeza termométrica em vez do álcool nos termômetros, em função do seu altíssimo coeficiente de dilatação. 1ª) A escala Fahrenheit TERMÔMETRO FAHRENHEIT Obs: 0ºF foi o número escolhido por Fahrenheit para a mistura de água, gelo e sal e 100ºF o número escolhido para a temperatura do corpo humano “sem febre”. 0ºF 100ºF Mistura de água, gelo e sal Temperatura Corpórea Temperatura Corpórea Mistura de água, gelo e sal Atenção - Observe que nesta época (1727) sequer existia a escala Celsius, que só apareceria 15 anos depois, em 1742. Fahrenheit não foi feliz na escolha destes dois pontos (fixos). Primeiro porquê ao misturar sal no primeiro ponto, achando que teria uma mistura mais pura não observou que em paises diferentes, o sal não era o mesmo, (diferentes concentrações e densidades ), fato que gerava pequenas variações nas medidas de temperatura (vibração). - Analogamente, o 2º ponto ( temperatura corpórea ) , também não foi bem escolhido pois faltava precisão. A ESCALA CELSIUS Somente 15 anos após o lançamento da escala Fahrenheit, Anders Celsius (1701 – 1744), propôs, em 1742, a retirada do sal na água da escala Fahrenheit , fazendo com que a mistura água – gelo fosse adotada pela comunidade científica como 1º Ponto fixo, sob pressão de 1 atm. Ao se retirar o sal da água, o termômetro Fahrenheit passou a marcar 32ºF. Propôs também que se trocasse a temperatura corpórea (100ºF) pela água em ebulição, (mistura água-vapor) como 2º ponto fixo , também sob pressão de 1atm. Assim sendo, o termômetro Fahrenheit subiu para 212ºF. Com essas mudanças propostas por Celsius o novo termômetro Fahrenheit ficou assim conhecido... Termômetro Fahrenheit com os novos Pontos Fixos elaborados por Celsius em 1742 Hg 0ºF 32ºF 100ºF 212ºF Celsius Pontos Fixos Mistura água/ gelo/ sal Mistura água/ gelo Temperatura Corpórea Mistura água/ vapor 2º Ponto Fixo 1742 1º Ponto Fixo P.V. (Ponto de Vapor) P.G. (Ponto de Gelo) Definidos os pontos fixos, Celsius escolhe então seus próprios números para os pontos fixos, lançando assim a Escala Celsius. números Escala Celsius 32ºF 0ºC 1º Ponto Fixo P.G. (Ponto de Gelo) 212ºF 100ºC Água/ Gelo Água/ Vapor 2º Ponto Fixo P.V. (Ponto de Vapor) Celsius Fahrenheit próprios pontos fixos A ESCALA KELVIN “Somente em 1848, mais de 1 século após o aparecimento da escala Celsius, Willian Thonson (1824 – 1907), que recebeu o título de Lorde Kelvin estabeleceu a escala Kelvin, conhecida como escala absoluta de temperatura.” “Kelvin faz a observação de que mesmo no 1º ponto fixo (ponto de gelo), as moléculas ainda possuem muita agitação (vibração), portanto, por definição ainda possuem temperatura.” “Neste caso, o 0ºC, (zero para temperatura) seria apenas um zero relativo. O zero absoluto de temperatura é um estado onde as partículas literalmente param de vibrar.” A ESCALA KELVIN “Kelvin verifica então que, mantendo-se constante o volume de um gás, sua pressão diminuía de partes da pressão inicial, a cada 1ºC a menos em sua temperatura.”’ 1 273 “A cada 1ºC a menos na temperatura a pressão (agitação) diminuía de partes da pressão inicial.” 273 1 CONCLUSÃO “Em –273ºC a pressão (agitação) se reduziria a zero (fim da vibração) e teríamos um zero absoluto.” A ESCALA KELVIN ºC K -273ºC 0ºC 100ºC 0 K 273 K 373 K 1º P Fixo 2º P Fixo 1º P Fixo 2º P Fixo Partículas param de vibrar Zero absoluto EQUAÇÃO DE CONVERSÃO Celsius Fahrenheit Kelvin 2º P.F. Ponto de Vapor 1º P.F. Ponto de Gelo 100ºC 212ºF 373K 0ºC 32ºF 273K C Pelo teorema de Tales temos: 273373 273K 32212 32F 0100 0C 100 273K 180 32F 100 C 5 273K 9 32F 5 C F K Relação entre as Variações de Temperatura C F K 100ºC 212ºF 373K 0ºC 32ºF 273K 100 ΔK 180 ΔF 100 ΔC 100 180 100 5 ΔK 9 ΔF 5 ΔC DEFINIÇÕES IMPORTANTES Q (Q u a n ti d a d e d e C a lo r) * Se fornecermos (ou retirarmos) uma certa quantidade de calor “Q” de um “corpo”, necessariamente: VARIA A TEMPERATURA DO CORPO ou O CORPO MUDA DE ESTADO ** Quantidade de calor sensível (QS): é a quantidade de calor responsável pela variação de temperatura do corpo. ** Quantidade de calor latente (QL): é a quantidade de calor necessária para o corpo sofrer uma mudança deestado, sem haver variação de temperatura. DEFINIÇÕES IMPORTANTES ** Calor Específico (c): - É a quantidade de calor necessária para variar de 1ºC, uma massa de 1 grama da substância (unidade usual cal / g . ºC). ** Capacidade Térmica (C): - É a quantidade de calor necessária para variar de 1ºC, toda a massa do corpo (unidade usual cal / ºC). C = m . c ** Equivalente em Água (E): - É a massa de água equivalente ao módulo da capacidade térmica do corpo. E = C = mC . cC (Característica da substância) (Característica do corpo) DEFINIÇÕES IMPORTANTES Quantidade de Calor Sensível (QS): - É a quantidade de calor necessária para produzir uma variação de temperatura (T) em um corpo de massa m. É diretamente proporcional à massa do corpo (m). Depende do tipo de material (c). Diretamente proporcional à variação de temperatura (T). QS = m . c . T Observe que o produto m.c é a capacidade térmica do corpo: ΔT Q C O Calor é sensível enquanto houver apenas “variação de temperatura” DEFINIÇÕES IMPORTANTES Calor Latente (L): É a quantidade de calor necessária para fazer mudar de fase 1 grama de uma substância pura. Unidade usual cal/g O corpo “recebe” calor Q > 0 Estados físicos da matéria e suas transformações. O corpo “cede” calor Q < 0 Sólido Líquid o Vapor Fusão Vaporização Solidificação Liquefação Sublimação Quantidade de calor Latente ( QL ) É a quantidade de calor necessária para que toda a massa do corpo sofra apenas mudança de fase, sem haver variações de temperatura. Lf = 80 cal/g QL = m . L “Durante a mudança de fase a temperatura permanece constante” toda a massa mudança de fase LV = 540 cal/g LS = - 80 cal/g L = - 540 cal/g PARA A ÁGUA CALOR DE COMBUSTÃO A energia contida nos alimentos e nos combustíveis pode ser medida pela queima ( combustão ). Assim, calor de combustão é a quantidade de calor liberada pela queima de 1g de uma substância. TROCAS DE CALOR Energia não se perde e não se ganha, apenas se transforma ou se transfere. Quando vários corpos em temperaturas diferentes são colocados em contato, trocam calor até que suas temperaturas se igualem ( Equilíbrio térmico ) e cessa a troca de calor. Portanto, toda a quantidade de calor cedida por alguns corpos será igual à quantidade de calor recebida por outros corpos. Nessa troca alguns corpos cedem calor (Q-) e outros recebem calor (Q+). QCEDIDO + QRECEBIDO = 0 OBSERVAÇÕES Normalmente as trocas de calor entre corpos são feitas dentro de um recipiente isolado termicamente do meio ambiente. Este recipiente é denominado calorímetro . O calorímetro pode ou não participar das trocas de calor. Calorímetro ideal: não troca calor com o meio ambiente. Calorímetro comum: Participa das trocas de calor com os corpos em seu interior. (Funciona como mais um corpo trocando calor). D I L A T A Ç Ã O T É R M I C A DILATAÇÃO “De um modo geral, quando variamos a temperatura de um corpo, (sólido, líquido ou gasoso), variamos também o grau de agitação molecular, o que provoca um afastamento ou aproximação dessas moléculas, resultando assim uma variação nas dimensões (comprimento, largura e altura) do corpo, fenômeno conhecido como Dilatação Térmica”. (Aumenta o grau de agitação) T Dilatação Térmica Afastamento das moléculas. Aumento das dimensões do corpo. (Diminui o grau de agitação) T Contração Térmica Aproximação das moléculas. Diminuição das dimensões do corpo. ATENÇÃO ** A dilatação ou contração térmica sempre ocorre simultaneamente em todas as dimensões. ** Dependendo do formato do corpo podemos desprezar a dilatação em uma ou duas dimensões. ** No caso de um corpo em forma de barra, só consideramos a dilatação no comprimento, desprezando as dilatações na largura e espessura. ** No caso de um corpo em forma de placa (chapa), consideramos as dilatações em duas dimensões, comprimento e largura, desprezando a dilatação na espessura. A DILATAÇÃO ** É diretamente proporcional às dimensões iniciais do corpo. (Quanto maiores as dimensões iniciais, maior a dilatação sofrida). ** É diretamente proporcional à variação de temperatura. (Quanto maior a variação de temperatura sofrida pelo corpo, maior a dilatação). ** Depende do tipo de material. (materiais diferentes com as mesmas dimensões, sofrem dilatações diferentes para a mesma variação de temperatura). DILATAÇÃO LINEAR “Quando consideramos a dilatação em apenas uma dimensão, desprezando as outras duas. “MUITO USADA NA DILATAÇÃO DE BARRAS” L L0 L = L0 + L Diretamente proporcional ao comprimento inicial da barra. Diretamente proporcional à variação de temperatura. Diretamente proporcional ao coeficiente de dilatação linear. (número associado ao tipo de material) L0 T A DILATAÇÃO LINEAR L = . L0 . T L0 L L = L0 + L ATENÇÃO * Observe que é apenas uma constante de proporcionalidade denominada Coeficiente de Dilatação Linear, que depende exclusivamente do tipo de material. * A Dilatação Linear (L) é diretamente proporcional à , portanto, quanto maior maior L. * Como L = . L0 . T, a unidade de é: m m ºC 1Cº Cº 1 * Como a unidade de é o inverso do grau Celsius é chamada de Grau Celsius Recíproco . “Apenas para ilustração, apresentamos os coeficientes de dilatação linear de alguns materiais.” Quanto maior “” Maior a Dilatação L : = 9 . 10-6 ºC-1 Vidro Comum : = 12 . 10-6 ºC-1 Concreto : = 15 . 10-6 ºC-1 Ouro : = 22 . 10-6 ºC-1 Alumínio : = 27 . 10-6 ºC-1 Chumbo : = 3 . 10-6 ºC-1 Porcelana - Observe que uma barra de chumbo se dilata quase o dobro que uma barra de ouro de mesmo comprimento ao sofrerem a mesma variação de temperatura. - Nas mesmas condições um pino de vidro se dilata três vezes mais que um pino de porcelana. A Lâmina Bimetálica “ É um dispositivo constituído por duas lâminas justapostas e bem coladas, de materiais com coeficientes de dilatação linear diferentes. A B situação inicial A > B A B situação após aquecimento Curiosidade Ao aquecermos o conjunto, as lâminas se dilatam, provocando um encurvamento para o lado da lâmina de menor ”. DILATAÇÃO SUPERFICIAL “Quando consideramos a dilatação em apenas duas dimensões”; comprimento e largura. “ MUITO USADA NA DILATAÇÃO DE ÁREAS (CHAPAS)” A0 A A A = A0 + A A DILATAÇÃO SUPERFICIAL (A) Diretamente Proporcional à área inicial da chapa A0 Diretamente Proporcional à variação de temperatura T Diretamente Proporcional ao coeficiente de dilatação superficial A = A0 . . T = 2 (Duas Dimensões) OBSERVAÇÃO “ Quando se aquece uma chapa com um orifício, ela se dilata como se fosse inteiriça, isto é, o orifício se dilata como se fosse constituído do mesmo material ( = 2) da chapa”. R0 DILATAÇÃO VOLUMÉTRICA “Quando consideramos a dilatação nas três dimensões”; comprimento, largura e altura. V0 V = V0 + V V A DILATAÇÃO VOLUMÉTRICA (V) Diretamente Proporcional ao volume inicial do corpo V0 Diretamente Proporcional à variação de temperatura T Diretamente Proporcional ao coeficiente de dilatação volumétrica V = V0 . . T = 3 Pontes e Viadutos Grandes Calçadas. FERROVIAS JUNTAS DE DILATAÇÃO “Quando ocorre impedimento à livre dilatação de um corpo, surgem forças internas de tensão que podem levá-lo a se romper ou se deformar. Para “facilitar” a dilatação usamos as juntas de dilatação”. O B S E R V A Ç Õ E S Ao aquecermos um cilindro oco (dilatação volumétrica) ele se dilata como se fosse maciço. Portantoa parte oca se dilata como se fosse constituída do mesmo material. Ao construírmos pontes apoiadas em pilares com comprimentos diferentes (L0) devemos usar materiais diferentes () para que ocorra a mesma dilatação (L). 40 m 30 m LA = LB A . LA T = B . LB T A . LA = B . LB DILATAÇÃO TÉRMICA DOS LÍQUIDOS A dilatação volumétrica de um líquido segue uma lei Idêntica à dilatação volumétrica dos sólidos. V = V0 + V DILATAÇÃO VOLUMÉTRICA DOS LÍQUIDOS Diretamente Proporcional ao seu volume inicial V0 Diretamente Proporcional à variação de temperatura T Diretamente Proporcional ao seu coeficiente de dilatação real LIQ V = V0 . liq . T OBSERVAÇÕES Como os líquidos não apresentam forma própria, só tem significado o estudo de sua dilatação volumétrica. Devemos levar em conta também a dilatação volumétrica do recipiente que o contém. De maneira geral os líquidos dilatam-se bem mais que os sólidos para uma mesma variação de temperatura. AQUECENDO O CONJUNTO LÍQUIDO + RECIPIENTE “Como os líquidos, de maneira geral, dilatam-se mais que os sólidos, teremos um certo volume de líquido transbordado, caso o recipiente esteja totalmente preenchido pelo líquido”. “Tal volume de líquido transbordado denominamos dilatação aparente do líquido (Vap)”. Assim sendo temos: ... V0 Vf Vap Vrecip = V0 . recip . T Dilatação do Recipiente Vliq = V0 . liq . T Dilatação real do Líquido Vap = V0 . vap . T Dilatação aparente do Líquido (derramado) Onde: Vap = Vliq - Vrecip ap = liq - recip Volume de líquido derramado EXEMPLO Um recipiente de vidro (recip = 30 . 10 -6 ºC-1) com capacidade de 50 cm3 está completamente cheio de mercúrio (liq = 180 . 10 -6 ºC-1). Aquecendo-se o conjunto de 100ºC, calcule o volume de mercúrio extravasado. Dilatação do Recipiente (Vrecip) Vrecip = V0 . recip . T Vrecip = 50 . 30 . 10-6 . 100 Vrecip = 0,15 cm 3 Volume Derramado (Vap) Vap = Vliq - Vrecip Vap = 0,90 – 0,15 Vap = 0,75 cm3 Dilatação do Líquido (Vliq) Vliq = V0 . liq . T Vliq = 50 . 180 . 10 -6 . 100 Vliq = 0,90 cm 3 vap = liq - recip = 150 . 10 -6ºC-1 Vap = V0 . ap . T Vap = 50 . 150 . 10-6 . 100 Vap = 0,75 cm3 O COMPORTAMENTO ANÔMALO DA ÁGUA Nas regiões mais frias do nosso planeta, a chegada do inverno provoca o congelamento da superfície dos lagos, mas não de suas profundezas. A resposta para esse fato está relacionada à dilatação anômala da água. Como a água na fase líquida e próximo de 0ºC é menos densa que porções de água e cerca de 4ºC, ela tende a migrar para a superfície como se fosse uma convecção ao contrário. O resultado é que o lago começa a congelar pela parte de cima. Como o gelo é um mau condutor de calor, a água que fica embaixo passa a ceder menos calor para o ambiente, o que garante a manutenção da vida aquática até a chegada da primavera. Vemos que, além de a água manter o clima, ela mantém a vida nas regiões frias com esse comportamento atípico. Sem isso a vida em nosso planeta poderia ter-se extinguido por completo durante a glaciação, período pré-histórico em que a Terra ficou recoberta de gelo. t (ºC) 4 0 Vmin V TRANSMISSÃO DE CALOR “O calor é uma forma de energia em trânsito, que se propaga entre dois pontos devido a uma diferença de temperatura entre eles”. Como processos de transferência de calor temos: Condução Térmica. Convecção Térmica. Irradiação (Radiação) Térmica. “Para os três modos de propagação definimos a grandeza fluxo de calor ()”. S O fluxo de calor através da área “S”, é numericamente igual a Quantidade de Calor transmitida por unidade de tempo. ΔT Q Como unidade usual temos: cal / s “É o processo de transmissão de calor através do qual o calor passa de molécula a molécula por meio de vibrações, sem que elas sejam deslocadas. CONDUÇÃO TÉRMICA Característica dos Corpos Sólidos “Na barra metálica, o calor é transportado de uma extremidade para outra por condução. OBSERVAÇÕES Os líquidos e gases não favorecem a condução, pela liberdade de movimentação das moléculas (mudam de lugar). O fluxo de calor por condução é dado por: e )θ(θ . A . K 12 Lei de Fourier e A 2 1 K = CTE de condutibilidade Térmica. “Consiste no transporte de energia térmica (calor) de uma região para outra, através do transporte de matéria. Correntes de convecção num líquido em aquecimento. CONVECÇÃO TÉRMICA Característica de Líquidos e Gases OBSERVAÇÃO “Com o aquecimento da parte inferior, temos uma dilatação, aumentando o volume das partículas e diminuindo sua densidade”. “Assim sendo, as partículas menos densas e aquecidas sobem, enquanto as mais densas e mais frias descem, movimentando a massa do fluído e transportando calor por convecção”. “Quando vamos resfriar um ambiente devemos fazê-lo a partir da região superior, porque o fluído frio tende a descer e o quente subir”. (Diferença de Densidade). Para permitir a convecção o congelador da geladeira deve estar na parte superior, mas o aquecedor de um ambiente deve estar colocado no solo. EXEMPLOS DE CONVECÇÃO A retirada de gases residuais da combustão pelas chaminés é resultado das correntes de convecção. Os gases aquecidos sobem, provocando uma renovação do ar frio em torno da chama e mantém a combustão. A formação de brisas nas regiões litorâneas em parte se deve ao fato de o calor específico da areia ser bem menor do que o da água. Durante o dia, a areia se aquece mais rapidamente do que a água, o ar acima da areia se expande, torna-se menos denso, sobe e é substituído pelo ar frio do mar, provocando, portanto, correntes de convecção. De noite o processo se inverte. IRRADIAÇÃO Característica de Corpos Incandescentes Efetua-se através de ondas eletromagnéticas denominadas ondas caloríficas ou calor radiante, predominando os raios infravermelhos. A Terra recebe energia radiante emitida pelo Sol, que passa pelo vácuo, aquecendo-a. ALGUNS EXEMPLOS DE IRRADIAÇÃO ** Estufa de plantas. ** Lâmpada Incandescente. ** Carvão em Brasa. DIAGRAMA DE FASES “O estado físico de uma substância pura é determinado pela temperatura e pela pressão. Assim, dependendo desse par de valores ao qual a substância está submetida ela pode estar em qualquer um dos estados físicos (sólido, líquido ou gasoso), ou ainda em uma situação que corresponde ao equilíbrio entre dois ou três estados físicos”. Fase Forças de atração entre os átomos Energia devida às vibrações Temperatura Forma Sólida fortes pequena baixa definida Líquida moderadas moderada média variável Gasosa fracas grande alta indefinida DIAGRAMA DE FASES É o gráfico que representa as curvas de fusão, vaporização e sublimação, conjuntamente em função da Temperatura X Pressão. Uma panela de pressão, cuja finalidade é cozinhar mais rapidamente os alimentos, com o aumento da pressão a volume constante, consegue provocar a ebulição da água a temperaturas bem superiores a 100º C (pressão normal). Devido à pressão exercida pelo fio sobre a barra de gelo, esta se funde dando passagem ao fio. À medida que o fio atravessa a barra de gelo, desaparece a pressão por ele exercida e a água resultante da fusão se solidifica, pois está a uma temperatura inferior à de fusão. DIAGRAMA DE FASES sólido líquido vapor t (temperatura) p ( p re s s ã o ) curva de sublimação T curva de fusão curva de vaporização Água, bismuto, ferro e antimônio “ Maioria das substâncias” sólido líquido vapor Curva de Sublimação t (temperatura) p ( p re s s ã o ) T Substâncias que diminuem de volume se fundir Substânciasque aumentam de volume ao se fundir Curva de vaporização coexistem líquido e vapor Curva de sublimação coexistem sólido e vapor 1 2 3 Sólido Líquido vapor Ponto triplo Tpt Tpc p ppc ppt gasoso Ponto crítico T Curva de fusão coexistem sólido e líquido coexistem as três fases T ponto triplo PC ponto critico corresponde a pressão e temperatura criticas. Acima da temperatura critica a substância é gás. 1 2 3 T PC VARIÁVEIS DE ESTADO DE UM GÁS “ Estudo das três grandezas macroscópicas que definem um sistema gasoso. A pressão (P), o volume (V) e a temperatura (T). “ Esses três valores ( P,V,T ) definem o estado termodinâmico de um gás. Se uma dessas grandezas sofrer alteração, acarretará mudança em pelo menos mais uma das outras grandezas.” “ Nesse caso dizemos que o gás sofreu uma transformação gasosa.” Equação Geral dos Gases “ Quando um gás passa de um estado inicial ( P1, V1, T1 ) para um estado final ( P2,V2,T2 ) temos: Essa equação só se aplica a substâncias no estado gasoso. A massa do gás não pode ser alterada. A temperatura (T) do gás obrigatoriamente medida na escala Kelvin. Deve ser utilizada sempre que uma massa fixa gasosa estiver sofrendo uma mudança em suas variáveis de estado P,V,T. 2 22 1 11 T .VP T .VP 2 22 1 11 T .VP T .VP Iso mesma térmica temperatura 2211 V. P V. P ( Lei de Boyle ) TRANSFORMAÇÃO ISOTÉRMICA T = CTE Para T = CTE, a pressão é inversamente proporcional ao volume. Transformação Isotérmica T = CTE Representação Gráfica P1 P2 V1 V2 P V 0 P V 0 Isotérmas T3 > T2 > T1 P1 . V1 = P2 . V2 T3 T2 T1 TRANSFORMAÇÃO ISOMÉTRICA OU ISOVOLUMÉTRICA OU ISOCÓRICA Iso mesma volumétrica volume 2 22 1 11 T .VP T .VP 2 2 1 1 T P T P ( Lei de Charles ) Para V = CTE, a pressão é diretamente proporcional à temperatura absoluta. TRANSFORMAÇÃO ISOCÓRICA V = CTE Representação Gráfica P1 P2 T2 T1 TK P 2 2 1 1 T P T P TRANSFORMAÇÃO ISOBÁRICA P = CTE Iso bárica mesma pressão 2 22 1 11 T .VP T .VP 0 0 2 2 1 1 T V T V Lei de Gay Lussac Para P = CTE, o volume é diretamente proporcional à temperatura TRANSFORMAÇÃO ISOBÁRICA P = CTE REPRESENTAÇÃO GRÁFICA V1 V2 T2 T1 TK V 2 2 1 1 T V T V EQUAÇÃO GERAL DOS GASES PERFEITOS Cada mol de qualquer substância tem sempre o mesmo número de partículas (NA = 6,02 . 10 23 átomos, moléculas ou íons) chamado Número de Avogadro. A massa correspondente a 1 mol de partículas recebe o nome de mol (M). A razão entre a massa total da substância (m) pelo mol (M) nos informa o número de mols (n). M m n Estudando as variáveis de estado com a quantidade e o tipo de gás, Clapeyron verificou que: K . mol . atm 0,082R P - atm V - litros T - Kelvin K . mol J 8,31 R P – N/m2 V – m3 T - Kelvin P.V = n.R.T Onde: TERMODINÂMICA Realização de Trabalho () = F . d . cos A F P = P. A . d . cos 1 = P. V “O gás recebe calor do meio externo e realiza trabalho” Obs: 1 atm . Litro = 100 Joules Expansão gasosa: Compressão gasosa: V1 V2 V = P. (V2 – V1) = P. V F OBSERVAÇÕES Na expansão o gás realiza trabalho positivo Na compressão, o gás recebe trabalho negativo Como as grandezas que determinam o trabalho termodinâmico são a pressão e o volume, podemos representar essa transformação por um gráfico P x V. Pressão P V1 V2 Volume Pressão P2 V1 V2 Volume P1 = P. V = área N ENERGIA INTERNA DE UM GÁS U “A Energia Interna (U) de um gás é a soma da energia cinética média de vibração das partículas com a Energia Potencial associada à configuração molecular.” “Quando um gás sofre uma Transformação Termodinâmica, é importante a determinação da variação de energia interna (U)” “Para o caso de uma gás ideal e monoatômico, a Variação de Energia Interna (U) corresponde a variação da energia cinética “(Ec): T .R . n 2 3 E U c VARIAÇÃO DA ENERGIA INTERNA U Nessas condições: “Se a temperatura aumenta” (U) > 0 (U) < 0 “Se a temperatura diminui” “Se a temperatura é constante” (U) = 0 Como , observamos que para gases ideais e monoatômicos, a variação da Energia Interna (U) é função direta da Temperatura. T .R . n 2 3 E U c ΔΔΔ PRIMEIRO PRINCÍPIO DA TERMODINÂMICA Q U O sistema gasoso recebe calor (Q) do meio externo. Essa Energia (Q) pode variar a Energia Interna (U) e/ou realizar Trabalho (). Pelo Princípio da Conservação da Energia temos: Q = + U OBSERVAÇÕES Na aplicação do Primeiro Princípio da Termodinâmica, Q = + U devemos obedecer algumas condições: Q , e U devem estar nas mesmas unidades (Joules ou calorias) Se o gás recebe calor do meio : Q Se o gás cede calor para o meio : Q Trabalho realizado pelo gás (expansão) : Trabalho realizado sobre o gás (compressão) : Se a temperatura aumenta : U Se a temperatura diminui : U Se a temperatura é constante : U = 0 CONCLUSÕES IMPORTANTES 1º Princípio da Termodinâmica Transformação Isovolumétrica V = CTE = P . V = 0 Transformação Isotérmica T = CTE U = 0 Transformação Adiabática não há troca de calor com o meio externo: Q = 0 Q = + U Q = + U Q = + U Q = + U = - U 0 0 0 TRANSFORMAÇÃO CÍCLICA “É uma transformação gasosa onde o Estado Final coincide com o Estado Inicial. P2 P1 V1 V2 Na transformação cíclica o gás retorna às condições iniciais: Ti = Tf U = 0 Como Q = + U Temos no ciclo Qciclo = ciclo Pressão Volume Após uma série de transformações, a última transformação traz o gás de volta a sua pressão, volume e temperatura iniciais. IMPORTANTE “O Trabalho realizado na transformação cíclica pode ser obtido pela área do ciclo, de acordo com seu sentido. P2 P1 V1 V2 P V A C B Ciclo horário P2 P1 V1 V2 P A C B Ciclo anti - horário 0 0 V Nenhuma máquina térmica consegue transformar integralmente calor (Q) em tabalho(). SEGUNDO PRINCÍPIO DA TERMODINÂMICA “Enquanto o 1º Princípio da Termodinâmica estabelece a Conservação de Energia o 2º Princípio estabelece as condições para que as transformações termodinâmicas, possam ocorrer.” “Em relação à Transferência de Calor, o segundo princípio estabelece que:” O calor não passa expontaneamente de um corpo de menor temperatura (frio) para um corpo de maior temperatura (quente) “Em relação às Máquinas Térmicas, estabelece que: MÁQUINA TÉRMICA “De acordo com o 1º Princípio temos:” Q1 = + Q2 = Q1 - Q2 O rendimento () de uma máquina térmica é obtido comparando-se o Trabalho Realizado () por ela com a Quantidade de Calor Recebida (Q1). 1 21 1 Q QQ Q τ η 1 2 Q Q - 1 η Fonte Quente T1 Motor Térmico Fonte Fria T2 (T1 > T2) Q1 Q2 O CLICO DE CARNOT “ Nicolas Carnot realizou vários estudos sobre o rendimento () das máquinas térmicas e idealizou um ciclo que proporcionaria um rendimento máximo a uma máquina térmica.” “ Esse ciclo, denominado ciclo de Carnot, é constituído de duas transformações isotérmicas e duas transformações adiabáticas, alternadas.” AB Expansão Isotérmica BC Expansão Adiabática CD Compressão Isotérmica DA Compressão Adiabática P V A B D C T1 T2 0 O CLICO DE CARNOT “ Em cada ciclo de Carnot, ABCDA, as quantidades de calor Q1 e Q2, trocadas com as fontes quentee fria, são proporcionais às respectivas temperaturas das fontes ( T1 e T2 ). 1 2 1 2 T T Q Q Rendimento máximo do ciclo de Carnot 1 2 máx T T 1η AB Expansão Isotérmica BC Expansão Adiabática CD Compressão Isotérmica DA Compressão Adiabática P V A B D C T1 T2 0 OBSERVAÇÕES “ Os refrigeradores executam o processo inverso, ou seja, retiram calor da fonte fria e transferem-no para uma fonte quente. “ Como essa transferência não é espontânea, usam o trabalho mecânico de um agente externo - o compressor - que é acionado por um motor elétrico.” 2Qe Máquina Frigorífica Q1 (Fonte Quente) Q2 (Fonte Fria) “ A eficiência do refrigerador é dada pela razão entre a quantidade de calor (Q2) retirada da fonte fria e o trabalho do compressor. Esquema dos refrigeradores Q1 = + Q2 Fim Valeu !
Compartilhar