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Durante um processo endotérmico, como uma reação em que o calor flui da vizinhança para dentro do sistema. Ao tocar o recipiente no qual ocorre a reação, imediatamente irá sentir sensação de frio, pois, o calor passou da mão de quem tocou para o recipiente. Já em um processo exotérmico, como a combustão da gasolina, o calor flui para fora do sistema em direção à sua vizinhança. 1 e 3 As mudanças químicas podem resultar na liberação ou absorção de calor e, também podem provocar a realização de trabalho, tanto no próprio sistema como no sistema vizinhança. O valor da variação de entalpia (∆H) pode ser determinado experimentalmente pela medida do fluxo de calor que acompanha uma reação a pressão constante. 3 É possível determinar o fluxo de calor associado a uma reação química medindo a variação de temperatura produzida. Essa medição do fluxo de calor é conhecida como calorimetria, onde utiliza-se o calorímetro para verificar o fluxo de calor que ocorre em uma determinada reação. 2 e 3 Como reações químicas, os objetos também podem absorver ou emitir calor. A capacidade calorifica determina a variação de temperatura ocorrida em um objeto quando ele absorve uma certa quantidade de energia, ou seja, é a quantidade de calor necessária para aumentar usa temperatura em 1 K (ou 1 °C). Pode-se afirmar que quanto maior a capacidade calorifica, maior o calor necessário para produzir determinado aumento de temperatura. 1 e 3 As capacidades calorificas são propriedades extensivas, onde 100 g de água tem a capacidade calorifica 100 vezes maior do que a de 1 g de água. A capacidade calorifica por mol da substancia é conhecida como capacidade calorifica molar e é uma propriedade intensiva, por conta de ser uma grandeza molar. 2 A capacidade calorifica especifica, normalmente conhecida como calor especifico, de uma substancia, é a capacidade calorifica da amostra dividida pela sua massa, geralmente em gramas. A capacidade calorifica da água em temperatura ambiente, é aproximadamente 4 J . 2𝐾−1 𝑔−1 O calor especifico de uma substancia pode ser determinado experimentalmente medindo-se a variação de temperatura, ∆T, que uma massa conhecida, m, da substancia sofre ao ganhar ou perder certa quantidade especifica de calor, q: [3 referencia] Calor especifico = 𝑞 𝑚 𝑥 ∆𝑇 A utilização de calorímetros simples em experimentos nos laboratórios de química geral, servem para ilustrar os princípios de calorimetria. Normalmente o calorímetro não é lacrado, a reação ocorre essencialmente sob a pressão constante da atmosfera. 3 O calor produzido pela reação (qr) é inteiramente absorvido pela solução, não escapa do calorímetro. Quando o calorímetro não absorve calor, no caso do calorímetro do tipo copo de isopor tem condutividade térmica e capacidade calorifica muito baixas.2 e 3 Em uma reação exotérmica, o calor é liberado pela reação e obtido pela solução, sendo assim, a temperatura sobe. O contrario ocorre em reações endotérmicas, o calor absorvido pela solução (qsolução) é consequentemente igual em valor absoluto a partir de qr:qsolução = -qr. 3 O valor de qsolução é facilmente calculado a partir da massa da solução, de seu calor especifico e da variação de temperatura: qsolução= (calor especifico da solução) x (gramas de solução) x ∆T = - qr Essa equação possibilita o cálculo de qr a partir da variação de temperatura da solução no qual a reação ocorre. Um aumento de temperatura (∆T > 0) significa que a reação é exotérmica (qr< 0). 3 Referencias experimento 2 (1) J. B. Russell, “Química Geral”, 2º edição, volume 1, São Paulo: Makron Books, 1994. p. 110-131 (2) P. Atkins, J. Paula, “Atkins Físico-Química” 7º edição, volume 1, Rio de Janeiro: LTC, 2003. p. 32-60 (3) T. L. Brown, H. E. LeMay jr, B. E. Bursten, J. R. Burdge, “Química A Ciência Central” 9º edição, São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2005. p. 140-169.
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