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Adobe Scan 15 de abr de 2024

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A~ JUÍZO DE DIREITO DA 1° VARA DA FAZENDA Pú~DA COMARCA DE 
SAO LUÍS. MA 1 
/ PROCESSO Nº 
AUTOR: NANDO PETRÔNIO / 
RÉU: ESTADO DO MARANHÃO ./ 
Or 
ESTADO DO MARANHÃO, já qualificado nos autos da ação, vem por intermédio de 
seu advogado intra-assinado (anexo), vem respeitosamente à presença do juízo, 
com fundamentos no art. 335 e seguintes do de processo civil, dentro do 
prazo legal, apresentar 
CONTESTAÇÃO 
Ação ordinária, movida por NANDO PETRÔNIO, também já devidamente 
qualificado nos autos da ação, pelos motivos de fatos e direitos a seguir expostos: 
/ 
1. DOS FATOS 
O autor foi acusado de conduta ilícita no âmbito do exercício do cargo 
público de assistente social do Estado, conduta que constitui em recebimento de 
vantagem para deixar de emitir um documento cuja obrigação era sua por conta do 
cargo, tendo sido deflagrado um processo administrativo e um criminal para apurar 
a ocorrência. O processo administrativo ficou suspenso-~ransitava no 
processo criminal, que foi concluído absorvendo o autor por ausência de provas do 
efetivo recebimento de vantagem, fato que impediu sua condenação por crime de 
corrupção passiva conforme se vê na decisão em anexo. Ocorre que mesmo 
absolvido da infração penal o processo administrativo prosseguiu e culminou com a 
demissão do autor. 
Convém acrescentar que o autor sofreu danos de ordem moral por ter 
perdido sido exposto a uma situação vexatória diante dos s~mrgos de trabalho, 
devendo ser pago ao mesmo mais de R$350.000 (trezentos e cinquenta mil reais) a 
título de danos morais. 
1.1 DA VERDADE DOS FATOS 
As alegações do autor são infundadas, visto que foi obedecido todos 
procedimento legal, bem como ouvir a paralisação do processo administrativo 
enquanto ainda não havia sido concluído o processo criminal. 
Não havendo motivo para as alegações de não observância do 
procedimento bem como continua infundada as demais alegações. 
2. DA TEMPESTIVIDADE 
Salienta-se que a presente contestação é devidamente tempestiva, uma 
vez que a data da citação ocorreu em 1 de abril de 2024, o prazo da contestação de 
dias começou -a GOAter 110 dia útil se~tefl,o~s do art. 231, V do Código 
.. -de Processo Civil ou seja, dia 2 e abril ro~ortanto o prazo final para o 
oferecimento da contestação é abril de 2Ô24, assim a presente contestação 
/ --
apresentada é tempestiva. ( 
3. DAS PRELIMINARES 
0-v i u A,-V!C~ 
3. 1 DA CONVENÇÃO INDEVIDA DO BENEFÍCIO DA JUSTIÇA GRATUITA 
Preliminarmente, cumpre destacar que o autor ~e inicial 
demonstrou ser servidor público. 
\ 
Diante disso, observa-se que o autor declarou ser pobre nos termos da lei 
apenas para auferir os benefícios da gratuidade da justiça. No entanto, conforme 
demonstrado aqui, o mesmo não se encaixa como hipossuficiente, uma vez que 
possui a renda de servidor público, afastando assim os requisitos exigidos no art. 98 
e seguintes do CPC. 
Em face disso, verifica se a gratuidade de justiça foi concedida indevidamente, 
podendo o réu oferecer impugnação nos termos do art. 100 e 337, XIII, ambos do 
CPC, in verbis. 
Art. 100. Deferido o pedido, a parte contrária poderá oferecer 
impugnação na contestação, na réplica, nas contrarrazões 
de recurso ou, nos casos de pedido superveniente ou 
formulado por terceiro, por meio de petição simples, a ser 
apresentada no prazo de 15 (quinze) dias, nos autos do 
próprio processo, sem suspensão de seu curso. 
Art. 337. Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, alegar: 
XIII - indevida concessão do benefício de gratuidade de 
justiça. 
Desta maneira, objetivando evitar quaisquer abusos, requer a revogação do 
benefício da justiça gratuita concedida a partir da autora. 
d_ 
3.2 ~A l'CORREÇÃO N8 VAUlR DA CAUSA NA ORDéloif DANOS MO~IS 
. 
Quanto a indenização de R$ 350.000,00 ~ntos e cinquenta mil 
reais), pleiteado pel autora, e'!idencia-se que é um tanto ~Proporcional abusivo, e 
injusto tendo em i a existência de nexo de causalidade entre a ação ilegal do 
I 
autor e a sua d . 
....._ ~-Cabe corroborar que a demissão respeitou o devido ~o legal e 
está ancorada na súmula nº 18 do STF mesmo com a absolvição da esfera criminal. 
_r/lV o~;üttL ç_Q fJ/J Ní> /1,úO/)/(J?_ 
A condenação por danos morais resultaria na vedação dos princípios da legalidade 
do enriquecimento sem causa constantes no art. 84 caput e § único do Código 
Civil. ~---
Com Tuso, conforme o art. :f37,lfl doCódigo de Processo eivil:-" IAGumbe ao 
éu, antes de discutir o mérito, alegar: Ili - incorreção do valor da causa." é requerido , 
--· A 
a voz da gerência que acolha esta preliminar não procedendo com a coordenação 
om os danos morais com quantum indenizatório acima citado. --
4. DO DIREITO 
4.1 DA POSSIBILIDADE DA CONTINUAÇÃO DO PROCESSO ADMINISTRATIVO 
O servidor alega que no processo em que respondia por conduta ilícita, 
por ter sido absolvido no âmbito criminal, o isentaria de responder processo no 
âmbito administrativo ou até mesmo ser condenado, alegando ser ilícito a conduta 
do estado. 
O autor se baseou totalmente no que se discorre no artigo 126 da Lei 
8112/90, que diz que a responsabilidade administrativa do servidor será afastada 
em caso de absolvição criminal. No entanto, é importante salientar, vossa 
excelência, que o servidor, mesmo tendo sido absolvido criminalmente, há uma 
exceção a ser observada que se encaixa exatamente no caso em tela. 
De acordo com a súmula nº 18 do STF, nos casos em que apesar das 
pessoas são criminal subsista resíduo administrativo concreto e objetivo, a justificar 
a sua responsabilização e tendo o processo criminal absolvido o réu por ausência 
de provas, portanto com diz com art. 386 do CPP 
SÚMULA 18 • STF- PELA FALTA RESIDUAL, NÃO 
COMPREENDIDA NA ABSOLVIÇÃO PELO JUIZO 
CRIMINAL, Ê ADMISS[~ PUNIÇÃO 
ADMINISTRATIVA DO SERVIDOR PÚBLICO. 
K IC'< 
Portanto, peço muita atenção aos seiiki1&sãJ:JJQooos 'lzYPtidocsiii~os, 
porque mesmo com a absolvição na esfera criminal é possível que o processo 
administrativo disciplinar contra o servidor público prossiga até o seu final, podendo 
resultar nas penalidades previstas em lei, inclusive a pena de demissão. 
/ 
4.2 DA OBSERVÂNCIA DO DEVIDO PROCESSO LEGAL 
O autor alega que o processo administrativo em tela não respeitou o 
devido processo legal, ferindo o contraditório e a ampla defesa. 
No entanto, há de se observar que não merece prosperar tal acusação 
hora imputada, visto que, o processo obedeceu fielmente todo o procedimento 
confonne prediz o artigo 5°, LIV e LV Da Constituição Federal de 1988: 
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer 
natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes 
no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à 
segurança e à propriedade, nos termos seguintes: 
LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o 
devido processo legal; 
LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos 
acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, 
com os meios e recursos a ela inerentes; 
Visto que, o processo administrativo foi devidamente suspenso enquanto tramitava 
o processo criminal, e somente após a finalização deste, é que houve a retomada 
do processo na esfera administrativa. 
Portanto, não há que prosperar tal alegação do autor, visto que foi devidamente 
observado todo procedimento legal. 
'.VA ::µ..., D? oAtvo ~od-rl-
5. DO QUANTUM INDENIZATÓRIO -= 
flhJUff?rL 
Diante do exposto, fica claro que O requerido foi demitido através de 
processo ad .. .. . , 
mintstrat1vo respeitando o devido processo legal e conforme a sumula 
Nº 18 do STF. 
1 
Ressalto que o mandado de segurança foi impetrado contra ato do 
Ministro da Justiça que demitiu policial rodoviário federal com 
fundamento nos arts. 116, IX, e 117, IX, da Lei 8.112/1990, tendo em 
vista ter solicitado dinheiro para deixar de aplicar multa. Nesse 
diapasão, constato que o fato do ora agravadoter autorizado que o 
motorista, ( ... ), buscasse a CNH, conduzindo o próprio carro, não foi 
utilizado como fundamento, pela Comissão Processante, para a 
indicação de pena de demissão ao servidor. Desse modo, não se 
verifica falta residual, aplicando-se à espécie a Súmula 18 desta 
Corte ( ... ).[RMS 31.515 AgR, rei. min. Luiz Fux, 1ª T, j. 24-11-2015, 
DJE 247 de 9-12-2015.] A derradeira, pontuo que a controvérsia 
atinente à independência entre as instâncias criminal e 
administrativa já foi objeto de reiterada jurisprudência desta Corte e 
resultou na edição da Súmula 18, verbis: ( ... ) Com efeito, há 
hipóteses em que os fundamentos da decisão absolutória na 
instância criminal não obstam a responsabilidade disciplinar na 
esfera administrativa, ~anto os resíduos podem veicular 
transgressões disci~es de natureza grave, que ensejam o 
afastamento do servidor da função pública.[ARE 664.930 AgR, rei. 
min. Luiz Fux, 1ªT,j. 16-10-2012, DJE221 de 9-11-2012.] 
Desta forma, por se tratar de uma demissão legal não pode o requerido 
arcar ônus que não deu causa ilegalmente, portanto demonstrado excessivo, 
abusivo e ilegal o quantum requerido a título de danos morais pelo autor em face a 
legalidade de sua demissão não pode arcar com a devida indenização sobre a 
prerrogativa do enriquecimento sem causa, na qual a previsão legal encontra-se no 
art. 884 caput e § único do Código Civil. -----
Art. 884. Aquele que, sem justa causa, se enriquecer à custa de 
outrem, será obrigado a restituir o indevidamente auferido, feita a 
atualização dos valores monetários. 
Parágrafo único. Se o enriquecimento tiver por objeto coisa 
determinada, quem a recebeu é obrigado a restituí-la, e, se a coisa 
não mais subsistir, a restituição se fará pelo valor do bem na época 
em que foi exigido. 
Conforme visto demonstra-se desproporcional quantum indenizatória faça e 
flagrante violação ao princípio da razoabilidade e proporcionalidade. 
6. DOS PEDIDOS 
Diante do exposto, requer-se à Vossa Excelência: /;- 6)/"~ 
lérc~ r -~º a) Que seja acolhida a preliminar de concess~devida do benefício da justiça 
gratuita 
b) Que acolha a preliminar da incorreção do valor da causa mor:al -. -... 
conforme art. 337, 111, que seja extinto o processo sem resol - o mérito ~t' {VYKt}~ --
c) Na hipótese de não acolhimento da preliminar que á'~resença lide seja 
julgad~mprocedente!>o& ~orEliat-em-relação-ao estado do Maranhão/ 
~yO u t rµo~ rL O oftrv~ µ--onflL 
Na remota hipótese de não acolher os pedidos e a tese supra, que seja 
observado o princípio da razoabilidade e proporcionalidade, arbitrando-se a 
indenização pleiteada no mínimo possível necessário, a fim -de~, 
enriqueciment<? sem causa. 
> 
e) Requerer que determine o pagamento das custas processuais nos moldes do 
art. 338 da Lei 13.105/15 
f) Se digne em condenar o autor em pagamento de honorários de sucumbência 
na base usual de 20% nos termos do art. 85 parágrafcukn§do CPC 
,,.-- f ~~s.~ede-se deferimento 
São Luís, 16~1 de 2024 
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