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Gabarito-Agravo de Instrumento

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EXCELENTISSÍMO SENHOR JUIZ DO TRABALHO DA ...VARA DO 
TRABALHO DE ... (0,10) 
Processo nº... (0,10) 
 
 ALFA LTDA., já qualificada, nos autos da reclamação trabalhista em epígrafe, 
em que contende com o AGRAVADO, também já qualificado, vem respeitosamente à 
presença de Vossa Excelência, por seu advogado que esta subscreve, interpor 
AGRAVO DE INSTRUMENTO, com fundamento no art.897, “b”, da CLT, de acordo 
com as razões de fato e de direito a seguir expostas, demostrando desde logo o 
atendimento aos necessários pressupostos de admissibilidade. (0,30) 
DOS PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE (0,40) 
1. O agravante é parte legitima, possuindo capacidade e interesse recursal; 
2. O agravante está representado pelo advogado signatário, conforme procuração 
anexa; 
3. Também se mostra satisfeito o pressuposto processual tocante à tempestividade, 
vez que interposto o presente remédio, dentro do prazo de oito dias. 
4. Em cumprimento ao disposto no I, § 5º, art. 897 da CLT, anexa-se ao presente, 
cópia dos documentos obrigatórios. 
 Satisfeitos os pressupostos processuais de admissibilidade recursal requer-se o 
recebimento do agravo, e então que Vossa Excelência se digne a realizar o juízo de 
retratação da decisão. (0,20) 
Não se retratando, requer de Vossa Excelência o regular processamento do presente 
agravo, que o agravado seja intimado a apresentar contrarrazões, nos termos do 
art.897,§6º, da CLT e que o recurso seja remetido ao TRT da ... Região. (0,30) 
 
Termos em que, 
Pede deferimento. 
 
Local e Data 
Advogado 
OAB/... nº... (0,10) 
 
RAZÕES DO AGRAVO DE INSTRUMENTO 
 
EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA... REGIÃO. (0,10) 
 
Processo nº... 
Agravante: ALFA LTDA., 
Agravada: ... 
Origem: ...ª Vara do Trabalho da Região... (0,10) 
 
I. SÍNTESE DO PROCESSO 
Por entender cabível e necessário, tendo em vista o teor da sentença de primeiro 
grau, a empresa ALFA LTDA., opôs Embargos de Declaração. O juízo, ao decidir sobre 
os embargos, julgou a medida protelatória, rejeitou os embargos e impôs ao embargante 
a multa de 1% sobre o valor da causa. O agravante interpôs Recurso Ordinário, o apelo 
não foi conhecido pelo magistrado, por ser considerado intempestivo, sob o fundamento 
de que embargos declaratórios que o juízo entenda protelatórios não tem o condão de 
interromper o prazo para a interposição de qualquer recurso e, ademais, entendeu 
deserto o mesmo recurso por falta de depósito do valor da mencionada multa. 
II. DAS RAZÕES PARA O RECURSO 
Absurda, Doutos Julgadores, a decisão denegatória de seguimento a recurso 
ordinário proferida pelo juízo a quo, que, ao julgar embargos declaratórios interpostos 
pelo agravante, considerou a medida protelatória, impondo na ocasião multa de 1% 
sobre o valor da causa, não conhecendo posteriormente, de forma equivocada, data 
vênia, do recurso ordinário interposto pelo agravante, sob dois fundamentos: 
intempestividade, à luz do incipiente argumento de que “os embargos declaratórios, 
tidos como protelatórios, não interrompem o prazo dos demais recursos’’, e ainda 
deserção, argumentando a “falta de depósito do valor da referida multa de 1%”. 
II.I DA INTERRUPÇÃO DO PRAZO PARA OS DEMAIS RECURSOS (0,20) 
O art. 897-A, §3º, da CLT OU o caput do art.1.026, do CPC rezam que os embargos 
de declaração interrompem o prazo para a interposição de outros recursos, por qualquer 
das partes, não indicando exceção alguma, ou seja, o fato de os embargos serem 
considerados protelatórios não fulmina a interrupção do prazo. 
Basta, para tanto, observar o § 2º do art. 1.026 do CPC, o qual restringe a 
penalidade à aplicação da multa, não estendendo em momento algum a sanção ao 
afastamento da interrupção do prazo. As regras de hermenêutica, aparentemente 
ignoradas pelo juízo a quo, consagram a máxima de que “onde o legislador não ressalva, 
não cabe ao interprete excepcionar’’. O decisum afronta os princípios do devido 
processo legal, da ampla defesa e do contraditório, insculpidos nos incisos LIV e LV do 
art. 5º da Lei Maior. Não há que se falar, pois, em intempestividade do recurso 
ordinário, que merece ser conhecido. 
 
II.I DA INEXISTÊNCIA DE DESERÇÃO (0,20) 
Quanto à deserção, frágil também se mostra o argumento levantado pelo juízo a 
quo, portanto o recolhimento da multa de 1% sobre o valor da causa não integra os 
pressupostos de admissibilidade do recurso ordinário, sendo claro, nesse particular, o § 
3º do art. 1.026 do CPC, que impõe o recolhimento da multa como pressuposto para 
interposição de outros recursos, apenas quando da reiteração de embargos protelatórios, 
o que não é o caso, considerando que o agravante interpôs um único recurso de 
embargos. Não há de se falar, portanto, em deserção, merecendo ser conhecido o 
recurso ordinário. 
III. DO PEDIDO RECURSAL (0,30) 
Destarte, requer o conhecimento do presente agravo de instrumento e, no mérito, o 
seu provimento, para determinar o seguimento do recurso ordinário, visando o exame da 
matéria ali contida, como medida de inteira justiça. 
FINALIZAÇÃO (0,10) 
Local e data 
Advogado 
OAB/... nº...

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