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Fluidoterapia: Indicações e Administração

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FLUIDOTERAPIA
- Tratamento de suporte
- O diagnóstico e o tratamento da doença de base são fundamentais para a cura do paciente
- É vital no manejo clínico do doente
SUPORTE PARA:
- Restabelecer e garantir a perfusão tecidual e o transporte de O2 bem como otimizar o debito
cardíaco
1- Quando a Fluidoterapia é indicada? Como avaliar a desidratação?
2- Que tipo de fluido deve empregar?
3- Quais as vias de administração do fluido? Vantagens e desvantagens?
4-Qual a quantidade de fluido a ser administrado?
5- Qual a velocidade de administração do fluido?
6-Quando devo encerrar a fluidoterapia ?
MECANISMO DE AUXÍLIO DO ORGANISMO:
- Sede = Centro da sede
- Mecanismo renal - Hormônio antidiurético, aldosterona
- Mecanismo gastrointestinal - Alterações na absorção principalmente no jejuno
Desequilibrio hidroelectrolítico
Perda de água + alterações ácido-básicas
QUANDO A FLUIDOTERAPIA É INDICADA:
- Repor déficit de volume intravascular para melhorar a perfusão tecidual
- Repor volume de fluido intersticial - Desidratação
- Manter o volume de fluidos e eletrólitos em pacientes que não estão consumindo quantidades
suficientes de fluídos
- Repor perdas concomitantes ou prévias devido a vômitos, diarreias, pneumonias,
queimaduras, feridas extensas e acúmulo de fluídos em ‘’terceiro espaço’’ - ascite, efusão
pleural
COMO AVALIAR A DESIDRATAÇÃO:
HISTÓRICO:
- Vômito, diarréia, poliúria, anorexia
EXAME FÍSICO:
- % exata de desidratação
- Avaliação do pulso periférico
- Débito urinário
- Enoftalmia
- Frequência cardíaca
- A estimativa é feita pela avaliação da elasticidade da pele, (turgor cutâneo), do tempo
de preenchimento capilar e da hidratação de mucosas
- A gordura subcutânea pode interferir na elasticidade da pele → Animais obesos ou
caquéticos
CLASSIFICAÇÃO DA DESIDRATAÇÃO
EXAMES LABORATORIAIS:
- Hematócrito
- Densidade urinária
URINÁLISE:
- Desidratação = Concentração urinária (>1,035)
- Isostenúria em animal desidratado (1,008 a a 1,025)
- Indica insuficiência renal - Pode ser a causa da desidratação
- Hipo ou hiperadrenocorticismo, piometra, emprego de corticóides, diuréticos ou
fluidoterapia
- Durante a fluidoterapia urinar é um bom sinal
OUTROS EXAMES:
COMPARTIMENTO INTRACELULAR
TIPOS DE DESIDRATAÇÃO
DESIDRATAÇÃO ISOTÔNICA - ISONATRÊMICA
● Anorexia, vômito, diarréia
● Choque hipovolêmico
● Glicosúria
● Doença renal
● Perdas para o terceiro espaço
DESIDRATAÇÃO HIPOTÔNICA - HIPONATRÊMICA
● Uso excessivo de diuréticos
DESIDRATAÇÃO HIPERTÔNICA - HIPERNATRÊMICA
● Raro
● Sudorese e salivação excessiva
● Convulsões
● Febre intensa
● Diabetes insípido
● Estresse
A PERDA DE LÍQUIDOS E/OU SOLUTOS ASSOCIADA A DOENÇAS CARACTERIZA-SE
INICIALMENTE PELA ALTERAÇÃO DO COMPARTIMENTO EXTRACELULAR
FLUIDOTERAPIA - REPOSIÇÃO
COLÓIDES:
- Substância com alto peso molecular que se mantém exclusivamente no plasma
USO:
- Indicações de emergências, queimaduras, hemorragias, obstruções, hipoproteinemia grave
- - Uso como expansor plasmático
- Seu uso é atualmente controverso
- Interferem na coagulação
- Efeitos renais importantes
- Pouca vantagem no ponto de vista hemodinâmico
- Não é mais recomendado na sepse
CRISTALÓIDES:
- Contém solutos eletrolíticos e não eletrolíticos
- Penetração em todos espaços do organismo
GLICOSE A 5%
ADITIVOS PARA FLUIDO INTRAVENOSO
- Desequilíbrios eletrolíticos
GLICOSE:
- Combustível celular
HIPOGLICEMIA:
- Vômito e diarreia
- Jejum prolongado
- Hipoglicemia rebote
HIPERGLICEMIA:
- Diabetes mellitus
DESEQUILÍBRIO ELETROLÍTICOS
SÓDIO:
- Principal cátion extracelular
- Presente na relação NA + - K+ - ATPase
HIPONATREMIA:
- Diarreia e vômito
- Hipoalbuminemia
HIPERNATREMIA:
- Vômitos com muito líquido
- Febre, hiperventilação - Perda de água ‘’pura’’
ADITIVOS PARA FLUIDO INTRAVENOSO
DESEQUILÍBRIO ELETROLÍTICOS:
POTÁSSIO:
Principal cátion intracelular
HIPOCALEMIA:
- Principal alteração eletrolítica em medicina veterinária
- Poliúria, polidipsia
- Vômito
- Fraqueza muscular
- Constipação
HIPERCALEMIA:
- Acidose metabólica
- Acidose respiratória
- Cetoacidose
- Obstrução uretral
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO
ORAL: É a mais fisiológica e DEVE ser empregada em pacientes SEM VOMITO, mesmo aqueles
que estão recebendo fluido por outras vias
- Qualquer tipo de fluido pode ser empregado
- Não deve ser a única via em pacientes desidratados
INTRAVENOSA:
- Mais indicada = Animais muito doentes
- Desidratação grave, situações emergenciais, permite rápida expansão de volume
- Administração rápida e outras medicações
- Aplicação de cristalóides, colóides e soluções hipertónicas
- Manutenção do acesso
INTRAVENOSA:
- Cateter venoso periférico
- Cateter venoso central
- Flebotomia
- Portais de acesso vascular
COMPLICAÇÕES:
- Flebite\infecção
- Embolismo
- Hemorragias
- Extravasamento de fluido
- Complicações com o cateter
SUBCUTÂNEA:
- Prática e barata
- NÃO empregar em animais com vasoconstrição periférica - Muito desidratados, hipertensos e
hipotérmicos (fluido não é absorvido)
- Se o fluido permanecer no local 6h após a aplicação - empregue outra via
- Necessita de um período de equilíbrio e absorção
- Pacientes até 5% de desidratação
- Soluções isotônicas
- Grandes volumes
CONTRA-INDICAÇÕES:
- Uso de solução hipertônica/glicose 5%
- Choque
- Perdas volumosas de fluido
- Hipotermia
- Hipovolemia
CUIDADOS:
- Aquecimento da solução até
38C
- Evitar aplicação intradérmica
- Controlar volume
(10-20ml/kg/área)
INTRAÓSSEA:
- Excelente alternativa a intravenosa em pacientes pequenos filhotes, com colapso de veias
(muitos desidratados)
- Considera-se que os fluidos intra ósseos came diretamente na corrente sanguínea
CONTRA INDICAÇÃO:
- Ossos fraturados
- Deformidades ortopédicas
- Celulite no local de acesso
- Osteomielite/septicemia
COMPLICAÇÕES:
- Osteomielite
- Embolismo
- Extravasamento de fluidos
- Fraturas
ESCOLHA DE VIA DE REPOSIÇÃO:
- Condição clínica do paciente
- Volume e velocidade de infusão
- Solução a ser administrada
- Dimensões do paciente
CÁLCULO
EXEMPLO DE CÁLCULO Ex: Um canino, com 10kg, chega para atendimento com histórico de
vômito, ao exame físico foi identificado uma desidratação de 8%. Calcule a reposição
hidroeletrolítica deste paciente. Calcule a reposição de fluídos para:
1- Um canino, com 5kg, histórico de diarréia, com 5% de desidratação.
2- Um felino, com 3kg, histórico de vômito, com 10% de desidratação.
HEMOGASOMETRIA
VELOCIDADE DE ADMINISTRAÇÃO
- A velocidade de administração é ditada pela rapidez e pela seriedade das
perdas: Quanto mais rápido é sérias forem as perdas, mais rápido o déficit
deverá ser reposto
CHOQUE HIPOVOLÊMICO:
CÃES: 90ml/kg/hora
GATOS: 55 ml/kg/hora
- Pacientes nefropatas, cardiopatas, com alteração sistêmica considerável na
concentração de sódio no organismo
- Fluido contendo potássio
EQUIPO MACRO: 0,2 ml por gota ou seja 1ml – 20 gotas
EQUIPO MICRO: 0,016ml por gota ou seja 1 ml – 60 gotas
SABENDO O TOTAL a ser administrado por dia, pode-se calcular o número de gotas por
MINUTO e ajustar o gotejamento
- Efetivamente a velocidade de administração é controlada por bombas de infusão
PROBLEMAS ASSOCIADOS À ADMINISTRAÇÃO DE FLUIDOTERAPIA
- Complicações iatrogênicas
- Extravasamento
- Hiperhidratação
- Sangramentos
- Embolia de ar
- Coágulos
- Flebite
- Trombose local
CORREÇÃO: Furosemida 2-4mg\kg
TÉRMINO DA FLUIDOTERAPIA
- Desidratação corrigida
- Realizar diminuição gradual com 24h de antecedência
- Incrementar a hidratação oral
HEMOTERAPIA
CONCEITO DE TRANSFUSÃO:
- A transfusão sanguínea é considerada uma forma de transplante
- Onde o sangue é transplantado do doador para o receptor
- Tendo o intuito de aumentar a capacidade de oxigenação e de restabelecer os valores
normais de proteínas e plaquetas de coagulação
- Transfusão é definida como uma terapia intravenosa com sangue total ou hemoderivados
INDICAÇÕES:
- Hemorragias
- Anemias não regenerativas
- Choque hemorrágicos
- Trombocitopenia
- Hipoproteinemia
SINAIS CLÍNICOS:
- Letargia
- Dispneia
- Mucosas pálidas
- Taquicardia
- Os parâmetroshematológicos - hematócrito abaixo de 17%
ETAPAS PARA A TRANSFUSÃO SANGUÍNEA
SELEÇÃO DE DOADORES (CÃO):
- Cães doadores devem ser adultos saudáveis - 1 a 8 anos
- Peso mínimo de 25 kg
- Estar com vacinas em dia
- Não apresentar nenhuma doença pré existente
- Temperamento dócil
- Não estar gestante
- Disponibilidade do proprietário
- Hematócrito 37%
DEVE SER NEGATIVO PARA:
- Ehrlichia canis
- Babesia canis
- Dirofilaria immitis
- Borrelia burgdorferi
- Brucella Canis
- Leishmania sp
- A maior parte dos cães não precisa de sedação ou anestesia
- A realização de um hemograma completo com contagem de plaquetas devem ser feitos
também
- Cães podem doar cerca de 15 a 20% do volume sanguíneo
SELEÇÃO DE DOADOR (GATO):
- Temperamento dócil
- Idade entre 1 a 7 anos
- Peso mínimo de 4 kg
- Estar com as vacinas em dia
- Não apresentar nenhuma doença pré existente
- Não estar gestante
- Disponibilidade do proprietário
- Hematócrito 28%
- GATOS COM ACESSO A RUA NÃO DEVEM ser usados como doadores
- Imunodeficiência felina
- Vírus da Leucemia felina
- Mycoplasma sp. (M. haemofelis, M. haemominutum, M turicensis)
- A avaliação para o vírus da peritonite infecciosa felina (PIF) é questionável pois não há
teste confiável para identificar o coronavírus causador da PIF
VOLUME DE SANGUE ESTIMADO (LITROS):
- CÃES: 16 a 18 ml/KG
- GATOS: 10 a 12 ml/KG
- Podem doar a cada 3 a 4 semanas, desde que recebam nutrição balanceada em
quantidade adequada
-
CÃES:
- Coleta de sangue é feita através da veia jugular, ficando em decúbito lateral
- Antes da doação realizar tricotomia e antissepsia local
- Durante a doação o estado do doador deve ser constantemente monitorado (coloração das
mucosas, pulso, frequência respiratória)
- A bolsa de sangue deve ser frequentemente homogeneizada durante a doação - Evitar
coágulos
GATOS:
- Sedação = A maioria dos gatos requer sedação ou anestesia geral para facilitar o processo
de doação
- O mesmo gato de temperamento calmo deve ser sedado pois um movimento repentino pode
inviabilizar a coleta, bem como machucar o doador
- A colheita é realizada em seringas a proporção de anticoagulante é utilizando 1 ml para 9ml
de sangue
- São necessárias seringas de 10 (5 a 6 unidades) ou 20 ml (3 unidades), agulhas de 21G e
escape de 19 GOs anticoagulantes mais frequentemente utilizados são o citrato fosfato
dextrose adenina 1 CPDA-, ácido citrato dextrose ACD, o citrato de sódio e a heparina
- Cada seringa deve ser gentilmente homogeneizada durante e após a colheita para garantir
que o anticoagulante seja distribuído adequadamente e evitar formação de coágulos
´- A veia jugular é o local recomendado para a punção ao calibre e acessibilidade
- Após a tricotomia do local da venopunção deve-se realizar assepsia da pele e utilizar
materiais estéreis descartáveis para evitar contaminação bacteriana
- Utiliza-se escalpe para a venopunção e o sangue é coletado por gravidade até o
preenchimento completo da seringa. Uma nova seringa pode ser acoplada ao escalpe sem
necessidade de uma nova punção venosa
CUIDADOS DEVEM SER TOMADOS DURANTE O PROCEDIMENTO:
- Jejum de 4h para evitar a formação de rouleaux que pode complicar o teste de
compatibilidade e pode ainda causar ativação plaquetária
- Realizar a pressão no local da venopunção após a doação durante 2 a 5 minutos para
acelerar o processo de coagulação
- Observar o animal após a doação por 15 a 30 minutos (fraqueza, mucosas pálidas, pulso
fraco, outros sinais de hipotensão)
- Sealizar soroterapia se necessária com solução salina ou soluções cristalóides similares para
a reposição do volume doado dividindo as doses para não causar hemodiluição imediata
- Procurar fazer com que o animal receba ração industrializada e água após a doação e
recomendar ao proprietário que evite exercícios físicos intensos com o animal por alguns dias.
TIPOS SANGUÍNEOS DE GATOS
- TIPO A é o mais encontrado
- A proporção do tipo B varia consideravelmente de acordo com a região geográfica e raça
- Tipo sanguíneo A foi de 94,6%, • tipo B foi de 4, 74% • AB foi de 0,63%
- Quanto à prevalência entre raças, os gatos Siameses e orientais de pelo curto, como o
Tonquinês, possuem exclusivamente sangue do tipo A.
- As raças Persa, Devon Rex, Cornish Rex, Pêlo Curto Britânico, Exótico de pêlo curto, Van
Curto e Angora Turco apresentam prevalência do tipo B alta, variando entre 30 a 60%
IMPORTÂNCIA DA COMPATIBILIDADE
- É determinada através do TESTE DE COMPATIBILIDADE SANGUÍNEA ou PROVA
CRUZADA
- O sangue do doador é testado contra o sangue do receptor para verificar a ocorrência de
aglutinação das hemácias (formação de grumos - aglutinação), indicativa de
incompatibilidade.
A prova cruzada completa é realizada em duas etapas:
1- ETAPA MAJOR Ou CROSSMATCHING: Misturar uma pequena quantidade de sangue total ou
suspensão de hemácias do sangue doador com uma quantidade de soro do receptor. O resultado
positivo é dado a partir da observação de grumos (macroscópicamente) e a aglutinação dos
eritrócitos (microscópicamente). Etapa considerada mais importante
2- ETAPA MINOR OU CROSSMATCHING: Uma pequena quantidade de sangue total ou uma
suspensão de hemácias do sangue do receptor é misturada com o sangue do doador, e do mesmo
modo, pesquise a presença de grumos de hemácias
OBS: A ausência de grumos nas duas etapas da prova cruzada significa que a transação
pode ser realizada
ADMINISTRAÇÃO
- O sangue total fresco até 8h após a coleta e em temperatura ambiente 20 a 24 C
- Após este período ele passa a ser chamado de sangue estocado, e deve ser mantido
refrigerado a 2 a 6 C e permanece viável por até 35 dias quando mantido em CPDA-1
- O sangue total fresco contém hemácias plaquetas, fatores de coagulação e proteínas séricas,
e após 2 a 4h de refrigeração as plaquetas não estão mais visíveis
- A administração do sangue total deve ser feita em até 4h para diminuir o risco de
contaminação e colonização bacteriana
A VELOCIDADE DE ADMINISTRAÇÃO:
- 0,25 ml/kg na primeira hora
- Em seguida passar para 10 a 20ml/kg em pacientes normovolêmicos
- Em pacientes cardiopatas, nefropatas o cuidado é maior por conta do risco de sobrecarga
circulatória e neste caso a velocidade é reduzida para 2 a 4 ml/kg/h
- Recomenda-se que ao administrar sangue total utiliza-se filtros que podem ser acoplados a
bolsa de transfusão para remover os coágulos
- Não é recomendada a administração de medicamentos durante a transfusão
- Se houver a necessidade de fluidos o único que pode ser utilizado é a solução de cloreto de
sódio 0,9%
- Quando a transfusão é bem sucedida a sobrevida dos eritrócitos transfundidos é de
aproximadamente 34 dias
- Para administração do sangue a ser transfundido preconiza-se utilização da veia cefálica
femoral ou jugular
- Antes de iniciar a transfusão é importante verificar os parâmetros fisiológicos a cada 15
minutos na primeira hora e de hora em hora no restante da transfusão
- O objetivo da hemoterapia na maioridade dos casos é aumentar o hematócrito para reverter
os sinais clínicos de anemia
CÁLCULO
REAÇÕES TRANSFUSIONAIS IMUNOLÓGICAS AGUDAS
- REAÇÃO TRANSFUSIONAL HEMOLÍTICA AGUDA: Pirexia, aumento de 1 C, taquicardia,
salivação, tremores, fraqueza, emese, dispneia, colapso agudo, hipotensão, convulsões e
taquicardia/bradicardia, mais graves, falência renal com diminuição do débito urinário.
COMPLEXO ANTÍGENO-ANTICORPO: Entre as hemácias transfundidas e os anticorpos do
receptor estimula a ativação de vários sistemas. Contribuindo a coagulação favorecendo a
ocorrência de CID.
REAÇÃO TRANSFUSIONAL HEMOLÍTICA TARDIA:
Resulta da opsonização das hemácias transfundidas com consequente destruindo destas células
- Este tipo de hemólise diferentemente da hemólise que ocorre dentro dos vasos sanguíneos é
caracterizada como hemólise extravascular
- Ces com hemólise tardia pode ser observada entre 3-5 dias após a transfusão
- A hipertermia é um dos sinais clínicos comumente observadas mas a anorexia e icterícia
pode ser notada
REAÇÃO DE HIPERSENSIBILIDADEAGUDA
- Os Sinais clínicos apresentados por animais com reação de hipersensibilidade aguda podem
variar de discretas alterações na pele, até graves manifestações cardiopulmonares
- A reação pode manifestar nos primeiros minutos da transfusão ou em até 24h.
- Urticária é o sinal clássico em cães
TRATAMENTO- CASOS AGUDOS:
- Solução hidroeletrolítica balanceada
- CORTICÓIDE:
- Succinato de metilprednisolona - 30mg/kg
- Dexametasona - 4-6 mg/kg
ANTIHISTAMÍNICO:
- Difenidramina 2 mg/kg
CASOS GRAVES:
- Adrenalina, noradrenalina e oxigenação
PREVENÇÃO DE REAÇÕES:
- Teste de reação cruzada
- Administrar anti-histamínico
- Corticoterapia
CONCLUSÃO
● Transfusão sanguínea é um procedimento muito importante como terapia de emergência na
maioria dos casos, mas que deve ser realizado com os devidos cuidados para que não
ocorram reações transfusionais indesejáveis.
● A triagem de cães doadores, as técnicas de coleta, a correta centrifugação e o preparo dos
produtos sanguíneos, bem como a forma de armazenamento e a administração contribuem
para diminuir o risco de reação transfusional.
● O teste de compatibilidade deve passar a ser mais utilizado nas clínicas e hospitais
veterinários, juntamente com a tipagem sanguínea, visto que a maior contra indicação da
transfusão é a incompatibilidade sanguínea. C

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