Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
ADMINISTRAÇÃO Prof. Rodrigo Rennó REFORMAS ADMINISTRATIVAS Prof. Rodrigo Rennó Período Colonial Durante séculos, fomos uma colônia portuguesa e muitos de nossos hábitos e de nossa cultura organizacional foi “herdada” dos antigos costumes vindos de Portugal. Período colonial foi marcado por duas dinâmicas: um viés centralizador e normatizador vindo da metrópole, e um viés descentralizador, baseado nas estruturas de poder local. As principais instituições de poder estavam localizadas em Lisboa e tinham dificuldade em alcançar todo o território nacional. O governo-geral, que cuidava de impor a ordem e regular a sociedade brasileira, era caracterizado por um excesso de regras e procedimentos. Ao mesmo tempo, o poder local (nas províncias) comandava de acordo com relações patrimonialistas e personalistas. Período Colonial Cenário só começou a mudar com a vinda da família real para o Brasil em 1808, fugindo de Napoleão Bonaparte. A vinda da corte portuguesa, com milhares de pessoas, obrigou a construção de diversas instituições governamentais em nosso país. Foi o início de um processo irreversível de estruturação de uma antiga colônia para fazer parte integrante do império português e, posteriormente, à independência do Brasil. República Velha A época conhecida como “República Velha” iniciou-se com a proclamação da República e terminou com a revolução de 1930. Neste período, a política do país foi controlada por grupos oligárquicos, principalmente de Minas Gerais e São Paulo, que se revezavam no poder através da conhecida política do “Café com Leite”. Até a revolução de 1930, a oligarquia agrária dominava o cenário político - Coronelismo; O poder central tinha um peso muito menor do que apresenta hoje, com uma maior autonomia dos estados. República Velha Entretanto, duas experiências de sucesso no plano da administração pública foram geradas neste período: o desenvolvimento das carreiras militares (forças armadas) e do corpo diplomático (Itamaraty). Estas carreiras já nesta época detinham instituições meritocráticas e recursos que lhes permitiram ajudar o país em seu desenvolvimento e até atuar politicamente. De certa forma, foram as nossas duas primeiras burocracias profissionais. Vamos praticar? (MPOG - EPPGG) a administração colonial se caracterizou pela centralização, formalismo e morosidade, decorrentes, em grande parte, do vazio de autoridade no imenso território. Vamos praticar? (MPOG - EPPGG) a transferência da corte portuguesa, em 1808, e a consequente elevação do Brasil a parte integrante do Reino Unido de Portugal constituíram as bases do Estado nacional, com todo o aparato necessário à afirmação da soberania e ao funcionamento do autogoverno. Vamos praticar? (MPOG - EPPGG) a República Velha, ao promover grandes alterações na estrutura do governo, lançou a economia rumo à industrialização e a administração pública rumo à burocracia weberiana. Reforma do DASP Contexto • Industrialização; • Passagem de país agrário para Industrial; • Crise da Bolsa de 29 / Mercado Café • Busca de alternativas para lidar com a crise econômica. Atuação • Órgão centralizador da modernização da Adm. Pública; • Busca de um modelo mais eficiente para a máquina pública; • Busca implantar modelo burocrático no Brasil; Objetivos • Centralizar e reorganizar a Adm. Pública; • Definir a política de pessoal, de materiais e finanças; • Racionalizar métodos e processos em geral. Reforma do DASP Conselho Federal do Serviço Público Civil criado em 1936 Depois transformado em 1938 no Departamento Administrativo do Serviço Público – DASP. Atuação do DASP ocorreu em três esferas Criação de órgãos formuladores de políticas públicas Como os conselhos, que seriam responsáveis por formar “consensos” dentro da sociedade sobre diversos temas; Expansão de órgãos da administração direta como ministérios e agências de fiscalização (neste governo foram criados diversos ministérios, como o do Trabalho) Expansão das atividades empresariais do Estado criação de empresas estatais, fundações públicas, sociedades de economia mista e autarquias - a Companhia Vale do Rio Doce e a CSN foram criadas nesta época! DASP - Resultados As mudanças não alcançaram toda a administração pública. Para certas carreiras, foram introduzidos os concursos públicos, promoção por mérito e salários adequados. Outras carreiras continuaram sob as práticas patrimonialistas e clientelistas, com nomeações políticas, salários defasados e promoções somente por tempo de serviço. A Burocracia convivia com o Patrimonialismo! Redemocratização em 1945 O DASP perdeu muito de sua força modernizadora com a saída de Vargas do poder em 1945. Após esse momento, o departamento perdeu muitas de suas funções e passou a fazer um trabalho mais rotineiro. A reforma não se completou, nem tampouco foi revertida. Vamos praticar? (TRE-ES - ANAL ADM) A instituição, em 1936, do Departamento de Administração do Serviço Público (DASP) teve como objetivo principal suprimir o modelo patrimonialista de gestão. Vamos praticar? (TRE-CE – ANALISTA) A criação do DASP em 1938, com a definição da política de recursos humanos, de compra de materiais e finanças e a centralização e reorganização da administração pública federal, marca de forma inequívoca a passagem da forma de administração pública patrimonialista para a estruturação da máquina administrativa do Brasil na forma (A) burocrática. (B) gerencial. (C) estratégica. (D) da nova gestão pública. (E) funcional. Vamos praticar? (MI – ANALISTA) Na área de administração de recursos humanos, o Departamento Administrativo do Serviço Público (DASP) inspirou-se no princípio do mérito profissional para estruturar a burocracia. Governo JK – Administração para o Desenvolvimento Contexto • Período de grande crescimento econômico; • Instalação de grandes multinacionais no país; • Construção de Brasília, inserida no plano de metas do governo JK. Principais Fatores • Aumento da intervenção do Estado; • Descentralização do setor público através da criação de várias autarquias e sociedades de economia mista (que teriam mais autonomia e flexibilidade do que a Administração Direta). Governo JK – Administração para o Desenvolvimento Ficou marcado pelo que se chamou de Administração Paralela Ao invés de reformar as estruturas, criava novas “camadas” Com isso ele “contornava” a administração direta Modelo burocrático já se mostrava inadequado! A coordenação das ações fazia-se por meio de grupos executivos escolhidos diretamente pela Presidência da República. Evidenciou-se o papel fundamental das chamadas “ilhas de excelência” A Reforma de 1967 – DL nº200/67 Contexto • APU se mostrava cada vez menos adequada aos desafios de um país em desenvolvimento; • Reforma era necessária. • No governo Goulart, formou-se a Comissão Amaral Peixoto, que coordenou estudos para uma reforma do modelo • O golpe militar de 1964 abortou a iniciativa, mas algumas ideias foram aproveitadas na reforma de 1967 - Decreto-Lei nº200 Atuação • Foi uma tentativa de superar a rigidez burocrática; • Descentralização administrativa/ centralização política; • Administração Indireta ganha autonomia; • Alguns autores consideram o início do modelo gerencial no Brasil A Reforma de 1967 – DL nº200/67 • Teve crescimento desordenado • Expansão da intervenção estatalAdministração Indireta • Ao permitir contratações sem concurso - aumento do clientelismo • Não se preocupou c/ Adm direta – enfraquecimento do núcleo estratégico Problemas A Reforma de 1967 Problemas • Reforma não alterou os procedimentos básicos da administração direta, criando cada vez mais um fosso que separou a administração indireta – mais capacitada, mais ágil e flexível - da administração direta, que continuava com práticas clientelistasaliadas a um modelo rígido da burocracia que se somava a baixos salários. • levou a um enfraquecimento do núcleo estratégico do Estado e a uma constante tensão entre os órgãos centrais e as empresas e autarquias da administração indireta. • A maior autonomia dada à administração indireta tornou mais fácil a continuação de práticas clientelistas e patrimonialistas. Problemas • As crises do Petróleo, em 1973 e 1979, acabaram inviabilizando a administração para o desenvolvimento, que já vinha desde os anos 50. • O processo de endividamento público, que “empurrava” os investimentos públicos na economia passou a ser insustentável. • Os juros internacionais subiram muito nesta época e a liquidez do mercado financeiro internacional caiu muito. • Desta forma, o Estado, em grave crise fiscal e administrativa, teria cada vez menos condições de ser o indutor do crescimento nacional. Vamos praticar? (AGU - AGENTE ADM.) As reformas realizadas por meio do Decreto- lei n.o 200/1967 não desencadearam mudanças no âmbito da administração burocrática central, o que possibilitou a coexistência de núcleos de eficiência e de competência na administração indireta e formas arcaicas e ineficientes no plano da administração direta ou central. Vamos praticar? (MP/SE – ADMINISTRADOR) A Reforma Administrativa de 1967, implementada pelo Decreto-lei federal no 200, (A) cerceou a autonomia das entidades integrantes da Administração indireta, submetendo-as às mesmas regras previstas para a Administração direta, como licitações e concurso público. (B) retomou o processo de centralização da atuação administrativa. (C) introduziu mecanismos de parceria com instituições privadas sem fins lucrativos. (D) desencadeou um movimento de descentralização da atuação estatal, com a transferência de atividades a autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista. Vamos praticar? (E) priorizou a atuação do Estado no fomento e regulamentação dos setores produtivos e a sua retirada como prestador direto de serviços públicos. Programa Nacional de Desburocratização Contexto • Sem o crescimento econômico que sustentava a lógica do sistema, os governos militares iniciaram uma distensão política que acabaria por levar a uma anistia dos perseguidos políticos e à transição para o primeiro governo civil. Ação na área Administrativa • Em 1979 foi criado o Programa Nacional de Desburocratização, que levaria depois à criação do Ministério da Desburocratização. • Sob o comando de Hélio Beltrão, o programa visava à simplificação e racionalização de métodos – mais flexibilidade. • Buscava melhor atendimento das demandas dos cidadãos. Esgotamento do modelo • Iniciou-se também o processo de privatizações. • Crise da dívida dos países latino americanos. • Desta forma, o Brasil se via cada vez mais incapacitado de induzir o crescimento econômico. • Modelo desenvolvimentista “fazia água”, ou seja, chegava ao seu limite. Vamos praticar? (TCE-AC - ADMINISTRAÇÃO) No início dos anos 80 do século passado, com a criação do Ministério da Desburocratização e do Programa Nacional de Desburocratização, registrou-se uma nova tentativa de reformar o Estado na direção da administração gerencial. Retrocesso Burocrático – CF88 Contexto •Redemocratização em 85; •Leva a um ciclo populista; •Não há noção da gravidade da crise do Estado; •Voluntarismo - idéia de que o processo democrático resolverá todos os problemas Diagnósticos •Modelo de Estado Desenvolvimentista ainda era visto como ideal! •Diagnóstico errado - pensavam que a descentralização e autonomia da Administração Indireta foi causa da crise do Estado; “Reação” da Burocracia •Reação ao clientelismo; •Atitude defensiva da burocracia; •Afirmação de privilégios corporativistas. Resultados da CF88 Centralização administrativa; Limitou autonomia da Administração Indireta Retomou ideais burocráticos; Administração Pública voltou a ser hierárquica e rígida Criação de privilégios: estabilidade para todos e aposentadoria integral RJU – Concurso agora é obrigatório Resultados da CF88 Centralização administrativa Descentralização política Governo Collor A CF/88 gerou despesas para o Estado sem se preocupar com o financiamento destas. Cenário de hiperinflação no final da década de 80 Collor, concorreu tendo como slogan “acabar com os marajás” do serviço público – péssima percepção do serviço público. A reforma de Collor, de viés neoliberal (visando a um estado dito mínimo), desejava reduzir a presença do Estado na vida social e econômica da nação. Dentre diversas mudanças econômicas (troca de moeda, congelamento e bloqueio de dinheiro em contas bancárias), buscou- se um forte ajuste fiscal Governo Collor Foram demitidos, ou postos em disposição, mais de cem mil servidores (muitos depois conseguiram ser readmitidos judicialmente). Collor não reajustou os salários dos servidores, levando a um grande arrocho salarial (a inflação era imensa na época). O processo de privatização foi acelerado, tendo como objetivo a diminuição do tamanho do Estado. Após o impeachment de Collor, o sucessor Itamar Franco teve uma atuação tímida, tendo readmitido alguns servidores e revertido algumas das ações de Collor. Reforma de FHC Contexto • Percepção de que a globalização diminuía importância do Estado • Crise de governança após retrocesso de 1988 • Proposta pelo Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado Diagnósticos • A ideia de estado mínimo tampouco era vista como a solução do problema, pois não era aceita como legítima pela população, que desejava que o Estado continuasse provendo os antigos serviços públicos do Estado de Bem-Estar Social, mas com eficiência. • Governo brasileiro não carece de “governabilidade”, Enfrenta, entretanto, um problema de governança. Reposicionamento • Estado passaria a cumprir um papel na sociedade mais de regulador e promotor do desenvolvimento econômico do que um papel de executor. • Regulação • Privatização • Publicização Reforma de 95 • Não buscava o Estado Mínimo; • Foi uma tentativa de implantar a administração gerencial Inspiração • Ajuste fiscal duradouro; • Reformas econômicas pró-mercado; • Reforma da Previdência Social Pilares • Descentralização dos serviços sociais; • Maior autonomia administrativa; • Aumento da accountability / transparência Objetivos Reforma de 95 Buscou alterar o tipo de controle Controle a posteriori Gestão por Resultados Reforma de 95 - Setores Núcleo Estratégico • Setor que define as leis e as políticas públicas, e cobra o seu cumprimento. • Ex: Poderes Legislativo e Judiciário e, no poder executivo, ao Presidente da República, aos ministros e aos seus auxiliares e assessores diretos; • Propriedade estatal • Gestão burocrática e gerencial Atividades Exclusivas • Setor em que são prestados serviços que só o Estado pode realizar. • poder extroverso do Estado - o poder de regulamentar, fiscalizar, fomentar. • Ex: a cobrança e fiscalização dos impostos, a polícia, etc. • Propriedade estatal; • Gestão gerencial. Serviços não- exclusivos • Setor onde o Estado atua junto com outras organizações públicas não- estatais e privadas. • Ex: as universidades, os hospitais, etc. • Propriedade não- estatal; • Gestão gerencial Produção de bens e serviços para o mercado • Corresponde à área de atuação das empresas. É caracterizado pelas atividades econômicas voltadas para o lucro; • Propriedade Privada; • Gestão gerencial Vamos praticar? (TRT-10 – TÉCNICO) A transição democrática de 1985 representou um avanço na modernização da administração pública, na medida em que atribuiu à administração indireta normas de funcionamento idênticas às que regem a administração direta. Vamos praticar? (PGE/RJ – AUDITOR) O Plano Diretor para a Reforma doAparelho do Estado de 1995 definiu novos modelos de organização para a Administração Pública Federal. São eles: (A) as parcerias público-privadas, as autarquias e as fundações. (B) os consórcios públicos, as organizações federais e as autarquias executivas. (C) as organizações sociais, as agências reguladoras e as parcerias público-privadas. (D) as organizações sociais, as agências executivas e as agências reguladoras. (E) as agências executivas, as fundações e as organizações públicas não-estatais. Vamos praticar? (MI – ADMINISTRADOR) O modelo de reforma do Estado brasileiro, posto em prática sob a ótica neoliberal, mostrou-se eficaz na solução dos problemas socioeconômicos do país, pois estava orientado para o desenvolvimento e levou em consideração a necessidade do Estado e sua construção em novas bases. Vamos praticar? (MPOG - APO) A análise da evolução da administração pública brasileira, a partir dos anos 1930, permite concluir acertadamente que: a) com o Estado Novo e a criação do DASP, a admissão ao serviço público passou a ser feita exclusivamente por meio de concurso público, sendo descontinuadas as práticas do clientelismo e da indicação por apadrinhamento. b) a reforma trazida pelo Decreto-Lei n. 200/67 propugnou pela descentralização funcional do aparelho do Estado mediante delegação de autoridade aos órgãos da administração indireta para a consecução de muitas das funções e metas do governo. Vamos praticar? c) a partir de meados do século XX, com o desenvolvimentismo, deu- se a ampliação e a consolidação da administração direta, principal gestora das políticas públicas implementadas pela administração indireta. d) a partir dos anos 1980, dadas a falência do estado do bem-estar social, a crise fiscal e a redemocratização, as reformas do aparelho do Estado passaram a seguir uma estratégia única e homogênea. e) os '50 Anos em 5' e a construção de Brasília, no período JK, representaram a pedra fundamental do que viria a ser a adoção do gerencialismo no serviço público. Prof. Rodrigo Rennó @profrodrigorenno @profrodrigorenno /rodrigorenno99 /profrodrigorenno https://t.me/rodrigorenno https://t.me/rodrigorenno REFORMAS ADMINISTRATIVAS – QUESTÕES CESPE Prof. Rodrigo Rennó Vamos praticar? (CESPE – TJ-PA - ANALISTA – 2020) A reforma do Estado orientada pela expansão da administração indireta como forma de flexibilizar a administração, é fundamentalmente identificada com o(a) a) Decreto-lei n.º 200/1967. b) Programa Nacional de Desburocratização (PrND). c) Departamento Administrativo do Serviço Público (DASP). d) Secretaria da Modernização (SEMOR). e) Plano Diretor de Reforma do Aparelho de Estado. Vamos praticar? (CESPE – SLU-DF - ANALISTA – 2019) A reforma administrativa de 1967 baseava-se no planejamento voltado para o desenvolvimento econômico-social do Brasil. Vamos praticar? (CESPE – CGE-CE - ANALISTA – 2019) Entre as reformas administrativas já empreendidas na gestão pública brasileira, destaca- se aquela voltada à burocratização do Estado à luz dos preceitos weberianos e que adotou critérios de mérito profissional para a seleção de pessoal. Essa reforma corresponde à a) implantação do estado oligárquico na República Velha. b) reforma promovida pelo regime militar em 1964. c) modernização administrativa proposta por Getúlio Vargas na década de 1930. d) proposta de Estado interventor da segunda gestão de Getúlio Vargas. e) reforma administrativa empreendida pelo Decreto-lei n.º 200 de 1967. Vamos praticar? (CESPE – SLU-DF - ANALISTA – 2019) A Constituição Federal de 1988 conferiu flexibilidade operacional às fundações e autarquias públicas ao atribuir-lhes normas de funcionamento distintas das que regem a administração direta. Vamos praticar? (CESPE – EBSERH - ANALISTA – 2018) Durante o governo de Getúlio Vargas, implementou-se a chamada reforma burocrática, que buscava fortalecer a meritocracia e a profissionalização na gestão pública. Vamos praticar? (CESPE – EBSERH - ANALISTA – 2018) A profissionalização de cargos públicos foi adotada ainda no modelo de administração patrimonialista, ao final dos anos 90 do século XIX. Vamos praticar? (CESPE – EBSERH - ASSISTENTE – 2018) A administração pública gerencial brasileira envolve quatro setores: o núcleo estratégico, as atividades exclusivas do Estado, os serviços não exclusivos do Estado e a produção de bens e serviços para o mercado. Vamos praticar? (CESPE – EBSERH - ASSISTENTE – 2018) O Decreto-lei n.º 200/1967 promoveu a transferência das atividades de produção de bens e serviços para autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista. Vamos praticar? (CESPE – TCE-PE – ANALISTA – 2017) De acordo com o Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado de 1995, o escopo da reforma do aparelho do Estado é mais restrito do que o da reforma do Estado: enquanto o primeiro está voltado para a eficiência da administração pública, orientando-a para a cidadania, o segundo é um projeto amplo relacionado às várias áreas do governo e ao conjunto da sociedade brasileira. Vamos praticar? (CESPE – TCE-PE – ANALISTA – 2017) O Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado, lançado em 1995, pautou-se na orientação de substituir a burocracia tradicional, weberiana, por um modelo mais próximo das práticas de gestão do setor privado e do modelo de Estado de bem-estar social. Vamos praticar? (CESPE – TCE-PE – ANALISTA – 2017) O movimento conhecido como nova gestão pública foi introduzido no Brasil no governo de Fernando Henrique Cardoso (1995!2002) com o objetivo de tornar a administração pública mais efetiva, embora menos eficiente. Vamos praticar? (CESPE – TCE-PE – ANALISTA – 2017) Durante o governo de Juscelino Kubitschek (JK), visando dar maior agilidade ao alcance dos objetivos do plano de metas, a administração indireta passou a participar ativamente da execução das políticas de governo, uma vez que a administração direta era tida como lenta e defasada. Vamos praticar? (CESPE – TRE-PI / ANALISTA – 2016 - ADAPTADA) A reorganização do poder público por meio da descentralização administrativa e flexibilização do sistema, com a criação dos entes da administração indireta, resulta do modelo gerencial implementado pelo plano diretor de reforma do aparelho do Estado. Vamos praticar? (CESPE – TRE-PI / ANALISTA – 2016 - ADAPTADA) O plano diretor de reforma do aparelho do Estado, ao introduzir o modelo racional- legal, predominante até a atualidade, representou uma significativa reforma e modernização da administração pública brasileira. Prof. Rodrigo Rennó @profrodrigorenno @profrodrigorenno /rodrigorenno99 /profrodrigorenno https://t.me/rodrigorenno https://t.me/rodrigorenno AVALIAÇÃO E CONTROLE Prof. Rodrigo Rennó O que é Controle? » Um sistema de controle busca garantir que os objetivos estão sendo alcançados; » Fornece um modo de monitorar os efeitos das decisões e ações tomadas e comparar com o que foi planejado anteriormente, aprimorando, corrigindo e reforçando o que deu certo. Processo de Controle Estabelecimento dos padrões •Definição dos resultados esperados da tarefa ou atividade. Monitoramento do desempenho •Basicamente é um trabalho de coleta de informações. Determinamos o quê vai ser medido, como iremos medir (fontes de informação) e quando iremos medir e com que frequência. Comparação do resultado com o padrão •análise dos resultados reais em comparação com o objetivo previamente estabelecido. Medidas corretivas •Aprender com os erros e corrigi-los ou entender o que deu certo e padronizar. Vamos praticar? (TRE-TO - ANALISTA) O monitoramento das atividades dos colaboradores da organização, com vistas ao atendimento das metas estabelecidas, corresponde à atividade típica da função de administração denominada (A) controle. (B) organização. (C) direção. (D) liderança. (E) planejamento. Vamos praticar? (TRE-SP – ANALISTA) Uma das atividades próprias do administrador é a que diz respeito ao controle, no bojo da qual se insere:(A) medir e corrigir o desempenho de subordinados para assegurar que os objetivos e metas da organização sejam atingidos. (B) fixação de critérios de avaliação do desempenho individual de cada colaborador em função dos resultados almejados. (C) o denominado ajuste espontâneo, que corresponde ao alinhamento da ação às circunstâncias ambientais. (D) estabelecimento de metas de curto, médio e longo prazo e a verificação do correspondente cumprimento. (E) apenas medidas de natureza estritamente financeira, em especial contenção de gastos e revisão de estratégias voltadas para a busca da eficiência. Vamos praticar? (TCE-PA - AUDITOR) O controle do tipo feedback baseia-se nas seguintes quatro etapas: estabelecimento de padrões de desempenho; mensuração do desempenho; comparação do desempenho com os padrões estabelecidos; e elaboração da informação acerca dos desvios ou da distância entre o desempenho medido e os padrões estabelecidos. Momento do Controle Controle "ex- ante" ou preventivo Controle simultãneo Controle "ex- post" ou posterior Momento do Controle Tipos Características Exemplos Preventivo - Antecipa os problemas - É proativo - Enfoca os insumos - Testes de seleção de recursos humanos - Programas de manutenção preventiva - Inspeção de matérias-primas Simultâneo - Corrige problemas à medida que ocorrem - É reativo - Enfoca os processos - Supervisão direta dos trabalhadores - Controles estatísticos de processo produtivo - Auditorias de natureza operacional realizadas pelos Tribunais de Contas Posterior - Corrige problemas depois de ocorrerem - Enfoca os resultados - Inspeção de qualidade dos bens - Avaliação de desempenho - Análise das prestações de contas pelos Tribunais de Contas Vamos praticar? (TJPA - ANALISTA) A avaliação de resultados, de natureza ex-ante, visa aferir a efetividade do programa ou projeto avaliado. Vamos praticar? (CODEBA – TÉCNICO) Controle é a geração e o uso de informações relativas às atividades organizacionais. Existem diversos tipos de controle, classificados por sincronismo temporal. Cada tipo de controle apresenta funções e características únicas. Assinale a opção que apresenta o conjunto de características ligadas ao controle do tipo simultâneo. (A) Corrige os problemas depois que ocorrem e tem foco nos resultados. (B) Corrige os problemas à medida que ocorrem e tem foco nos processos. (C) Corrige os problemas à medida que ocorrem e tem foco nos insumos. Vamos praticar? (D) Corrige os problemas à medida que ocorrem e tem foco nos resultados. (E) Corrige os problemas depois que ocorrem e tem foco nos insumos. Vamos praticar? (EBSERH – ANALISTA) Qual é o tipo de controle para a mensuração do desempenho que NÃO tem como objetivo corrigir o desempenho, mas identificar as causas que permitam a correção de problemas futuros? a) Controle preventivo. b) Controle simultâneo. c) Controle contínuo. d) Controle proativo. e) Controle posterior Outras Classificações de Controle » O controle é executado em todos os níveis hierárquicos da organização (estratégico, tático e operacional). Só que, naturalmente, o foco de cada um destes tipos de controle é diferente. Tipo de Controle Descrição Estratégico Voltado para mensurar se a organização está atingindo seus objetivos estratégicos. Aborda aspectos da organização como um todo e sua relação com o ambiente externo. Foco no longo prazo. Tático Voltado para medir os resultados do departamento. Aborda aspectos do setor e sua relação com os demais departamentos. Foco no médio prazo Operacional Voltado para mensurar como as tarefas e atividades estão sendo desenvolvidas. Foco no curto prazo. Vamos praticar? (FUNPAPA – AUXILIAR) Quanto aos tipos de controle nas empresas, analise as assertivas e assinale a alternativa que apresenta a(s) correta(s). I. O controle estratégico é genérico e sintético quanto a seu conteúdo e é direcionado para o longo prazo. II. O controle operacional é detalhado, analítico e direcionado para o curto prazo. III. O controle tático incide sobre o nível institucional da empresa e aborda a empresa em sua totalidade. a) Apenas I. d) I, II e III. b) Apenas I e III. e) Apenas I e II. c) Apenas III. Outras Classificações de Controle » Uma classificação importante dos tipos de controle se dá pelo órgão que o exerce e o aspecto da atividade administrativa a ser controlado: controle administrativo, controle legislativo e controle judicial. » O controle administrativo é um tipo de controle interno. Ele é efetuado através da capacidade que a Administração Pública tem de autotutela. Quando a Administração buscar corrigir ou alterar seus próprios atos administrativos estará exercendo este tipo de controle, um autocontrole. » Já o controle legislativo é efetuado pelo próprio parlamento e por seus órgãos auxiliares (como o TCU, no caso da União). Este controle pode ser dividido em dois tipos: o controle político e o controle financeiro. » No caso do controle judicial, este é efetuado pelo Poder Judiciário no exercício de sua função principal – a jurisdicional. Outras Classificações de Controle » Outro tipo de classificação de controle se dá pela origem do órgão controlador: controle interno e controle externo. » O controle interno ocorre quando o órgão que exerce o controle está inserido no mesmo Poder do órgão fiscalizado. » É o que ocorre quando a CGU, por exemplo, fiscaliza o Ministério da Defesa. É um órgão do Poder Executivo controlando outro órgão do Poder Executivo Federal. » Já o controle externo ocorre quando existe um controle por parte de um órgão de um poder sobre algum órgão do outro poder. É o caso da fiscalização do TCU (Poder Legislativo) sobre o mesmo Ministério da Defesa (Poder Executivo). Outras Classificações de Controle » Finalmente, temos a classificação em relação à iniciativa ou modo de instauração: controle de ofício ou “ex offício” e controle “provocado” ou por provocação. » O controle de ofício é o controle executado pela própria administração quando exerce o poder de autotutela. » Já o controle “provocado” é instaurado por terceiros quando entram com recursos, quando fazem petições, requerem informações, dentre outros instrumentos utilizados. Características do Controle por Chiavenato Características Descrição Orientação estratégica para resultados O controle deve apoiar planos estratégicos e focalizar as atividades essenciais que fazem a real diferença para a organização. Compreensão O controle deve apoiar o processo de tomada de decisões apresentando dados em termos compreensíveis. O controle deve evitar relatórios complicados e estatísticas enganosas. Orientação rápida para as exceções O controle deve indicar os desvios rapidamente, por meio de uma visão panorâmica sobre onde as variações estão ocorrendo e o que deve ser feito para corrigi-las adequadamente. Flexibilidade O controle deve proporcionar um julgamento individual e que possa ser modificado para adaptar-se a novas circunstâncias e situações. Características do Controle por Chiavenato Características Descrição Autocontrole O controle deve proporcionar confiabilidade, boa comunicação e participação entre as pessoas envolvidas. Natureza positiva O controle deve enfatizar o desenvolvimento, a mudança e a melhoria. Deve alavancar a iniciativa das pessoas e minimizar o papel da penalidade e das punições. Clareza e objetividade O controle deve ser imparcial e acurado para todos. Deve ser respeitado como um propósito fundamental a melhoria do desempenho. Vamos praticar? (FUNPRESP-EXE – ANALISTA) Orientação estratégica para resultados, flexibilidade, clareza e objetividade são características do controle organizacional. Vamos praticar? (TCE-PA - AUDITOR) A rigidez é um aspecto que deve ser observado em um sistema eficaz de controle para se evitar um julgamento individual que promova modificações quanto ao que está definido. Indicadores de Gestão » Utilizamos diversos indicadores no processo de controle. » Para GraçasRua, os indicadores são medidas que representam ou quantificam um insumo, um resultado, uma característica ou o desempenho de um processo, de um serviço, de um produto ou da organização como um todo. » Ex: PIB (cresimento econômico), IGPM (inflação), Coeficiente de Gini (desigualdade), Taxa de Mortalidade Infantil, Índice de evasão escolar, etc. Dimensões dos Indicadores de Desempenho Esforços Resultados Desempenho Indicadores de Desempenho – Dimensão Resultado • são os impactos gerados pelos produtos/serviços, processos ou projetosEfetividade • é a quantidade e qualidade de produtos e serviços entregues ao usuário Eficácia • é a relação entre os produtos/serviços gerados (outputs) com os insumos utilizados Eficiência Indicadores de Desempenho – Dimensão Resultado Eficiência • é a relação entre os produtos/serviços gerados (outputs) com os insumos utilizados, relacionando o que foi entregue e o que foi consumido de recursos, usualmente sob a forma de custos ou produtividade. Eficácia • é a quantidade e qualidade de produtos e serviços entregues ao usuário (beneficiário direto dos produtos e serviços da organização). Efetividade • são os impactos gerados pelos produtos/serviços, processos ou projetos. Indicadores de Desempenho – Dimensão Esforço • é a conformidade a critérios e padrões de qualidade/excelência para a realização dos processos, atividades e projetos na busca da melhor execução e economicidade Excelência • está alinhada ao conceito de obtenção e ao uso de recursos com o menor ônus possível, dentro dos requisitos e da quantidade exigidasEconomicidade • se refere à realização dos processos, projetos e planos de ação conforme estabelecidosExecução Indicadores de Desempenho – Dimensão Esforço Execução • se refere à realização dos processos, projetos e planos de ação conforme estabelecidos. Indicadores de execução podem ser encontrados no monitoramento das ações do PPA Excelência • é a conformidade a critérios e padrões de qualidade/excelência para a realização dos processos, atividades e projetos na busca da melhor execução e economicidade; sendo um elemento transversal. Economicidade • está alinhada ao conceito de obtenção e ao uso de recursos com o menor ônus possível, dentro dos requisitos e da quantidade exigidas pelo input, gerindo adequadamente os recursos financeiros e físicos. Vamos praticar? (DPU - TÉCNICO) Na administração pública, a qualidade está relacionada à eficiência dos serviços prestados. Vamos praticar? (IBGE – AGENTE) Uma ONG atendeu, em 2015, 100 refugiados, com um dispêndio total de 100.000 reais. Em 2016, a ONG atendeu 120 refugiados, com um dispêndio total de 120.000 reais. Pode-se dizer que, de 2015 para 2016, a ONG foi: (A) menos eficiente; (B) mais eficiente; (C) menos eficaz; (D) mais eficaz; (E) mais produtiva. Vamos praticar? (TRT-14º REGIÃO – ANALISTA) O Gespública, Programa de Excelência em Gestão Pública do Governo Federal, está baseado em indicadores de resultado e de esforço, dentre os quais o indicador de (A) Efetividade, dado pela realização dos processos, projetos e planos de ação de acordo com o planejamento efetivado. (B) Eficácia, vinculada ao grau de satisfação ou ainda ao valor agregado ou à transformação produzida no contexto em geral. (C) Eficiência, baseada na relação entre os produtos ou serviços gerados (outputs) com os insumos utilizados. (D) Efetividade, amparada na relação entre o que foi entregue e o que foi consumido de recursos. Vamos praticar? (E) Eficiência, de acordo com os impactos gerados pelos produtos, serviços, processos ou projetos. Indicadores » De acordo com o Ministério do Planejamento, os componentes básicos de um indicador são: » Medida: grandeza qualitativa ou quantitativa que permite classificar as características, resultados e consequências dos produtos, processos ou sistemas; » Fórmula: padrão matemático que expressa à forma de realização do cálculo; » Índice (número): valor de um indicador em determinado momento; » Padrão de comparação: índice arbitrário e aceitável para uma avaliação comparativa de padrão de cumprimento; e » Meta: índice (número) orientado por um indicador em relação a um padrão de comparação a ser alcançado durante certo período. Vamos praticar? (TRT-14º REGIÃO – ANALISTA) Os indicadores são instrumentos metodológicos que permitem identificar e mensurar aspectos relacionados a certo conceito, situação, fenômeno, problema ou mesmo resultado de uma determinada intervenção na realidade social. Sobre os componentes básicos de um indicador, é correto afirmar: (A) Medida é o valor de um indicador em determinado momento. (B) Fórmula é a grandeza qualitativa ou quantitativa que permite classificar as características, os resultados e as consequências dos produtos, processos ou sistemas. (C) Índice é o padrão matemático que expressa a forma de realização do cálculo. Vamos praticar? (D) Padrão de comparação é o padrão matemático que expressa a forma de realização do cálculo. (E) Meta é um número orientado por um indicador em relação a um padrão de comparação a ser alcançado durante certo período. Variáveis dos Indicadores » De acordo com a definição do Tribunal de Contas da União, os indicadores de desempenho podem ser compostos pelas seguintes variáveis: » Custo – quanto está custando a ação? Qual é o custo unitário? Qual o custo global? » Tempo – O programa ou ação está dentro do prazo estimado? Cada tarefa está sendo executada em quanto tempo? » Quantidade – A produção total atingiu os números esperados? A demanda dos usuários está sendo atendida? » Qualidade – Os clientes estão satisfeitos? Os requisitos de qualidade estão sendo observados? Qualidades dos Indicadores - TCU » De acordo com o TCU, os principais atributos ou qualidades de um indicador devem ser: » Confiabilidade: a fonte de dados utilizada pelo indicador deve ser confiável, fidedigna; » Adaptabilidade: capacidade de resposta às mudanças de comportamento e exigências dos clientes. Os indicadores podem tornar-se desnecessários ao longo do tempo e devem ser eliminados ou substituídos por outros de maior utilidade; » Atualização periódica: o indicador deve permitir atualização de forma a representar a situação mais atual possível; Qualidades dos Indicadores - TCU » Representatividade: deve expressar bem a realidade que representa ou mede; » Disponibilidade: facilidade de acesso para coleta, estando disponível a tempo, para as pessoas certas sem distorções, servindo de base para que decisões sejam tomadas; » Simplicidade: o indicador deve ser de fácil entendimento, qualquer pessoa deve ser capaz de tirar conclusões a partir da análise do indicador; » Acessibilidade: o indicador deve apresentar facilidade e possibilidade de acesso às informações primárias para sua medição; Qualidades dos Indicadores - TCU » Economicidade: o indicador deve mostrar-se economicamente viável, não deve ser gasto tempo demais procurando dados, muito menos pesquisando ou aguardando novos métodos de coleta; » Estabilidade: o indicador deve permanecer estável ao longo de um determinado período, permitindo a formação de uma série histórica; » Rastreabilidade: facilidade de identificação da origem dos dados, seu registro e manutenção; » Praticidade: o indicador deve realmente funcionar na prática e permitir a tomada de decisões gerenciais. Qualidades dos Indicadores - ME » Já o antigo Ministério do Planejamento, em seu Guia de 2012 (Indicadores - Orientações Básicas Aplicadas à Gestão Pública), divide as propriedades dos indicadores em essenciais e complementares: Propriedades Essenciais: são aquelas que qualquer indicador deve presentar e sempre devem ser consideradas como critérios de escolha, independente da fase do ciclo de gestão em que se encontra a política sob análise (Planejamento, Execução, Avaliação etc.). Utilidade Deve suportar decisões, sejam no nível operacional,tático ou estratégico. Os indicadores devem, portanto, basear-se nas necessidades dos decisores. Validade Capacidade de representar, com a maior proximidade possível, a realidade que se deseja medir e modificar. Um indicador deve ser significante ao que está sendo medido e manter essa significância ao longo do tempo. Confiabilidade Indicadores devem ter origem em fontes confiáveis, que utilizem metodologias reconhecidas e transparentes de coleta, processamento e divulgação. Disponibilidade Os dados básicos para seu cômputo devem ser de fácil obtenção. Qualidades dos Indicadores - ME Propriedades Complementares: são também muito importantes, mas podem ser alvo de uma análise em casos de conflitos, dependendo da avaliação particularizada da situação. Simplicidade Indicadores devem ser de fácil obtenção, construção, manutenção, comunicação e entendimento pelo público em geral, interno ou externo. Clareza Geralmente um indicador é definido como uma divisão entre duas variáveis básicas; é formado, portanto, por um numerador e um denominador, ambos compostos por dados de fácil obtenção. Eventualmente, porém, ele pode ser complexo na sua fórmula, envolvendo muitas variáveis. Em todo caso, porém, é imprescindível que seja claro, atenda à necessidade do decisor e que esteja adequadamente documentado. Sensibilidade Capacidade que um indicador possui de refletir tempestivamente as mudanças decorrentes das intervenções realizadas. Desagregabilidade Capacidade de representação regionalizada de grupos sociodemográficos, considerando que a dimensão territorial se apresenta como um componente essencial na implementação de políticas públicas. Economicidade Capacidade do indicador de ser obtido a custos módicos; a relação entre os custos de obtenção e os benefícios advindos deve ser favorável. Estabilidade Capacidade de estabelecimento de séries históricas estáveis que permitam monitoramentos e comparações das variáveis de interesse, com mínima interferência causada por outras variáveis. Mensurabilidade Capacidade de alcance e mensuração quando necessário, na sua versão mais atual, com maior precisão possível e sem ambiguidade. Auditabilidade ou rastreabilidade, qualquer pessoa deve sentir-se apta a verificar a boa aplicação das regras de uso dos indicadores (obtenção, tratamento, formatação, difusão, interpretação). Vamos praticar? (ALERJ – ESPECIALISTA) A elaboração de um quadro de indicadores de desempenho organizacional deve obedecer certos atributos. Nesse sentido, um indicador que capte os aspectos mais importantes de um dado processo refere-se ao atributo de: a) adaptabilidade; b) disponibilidade; c) economia; d) representatividade; e) simplicidade. Vamos praticar? (BADESC – ANALISTA) Os indicadores de produtividade, tanto no âmbito da administração privada quanto no da administração pública, devem respeitar certos atributos gerais em sua concepção. A esse respeito, assinale a alternativa que corresponde ao atributo de economia. (A) Garantia de que é gerado em rotinas de processo e permanece ao longo do tempo. (B) Garantia de que não deve ser gasto tempo demais pesquisando dados ou aguardando novos métodos de coleta. (C) Facilidade para identificação da origem dos dados, seu registro e manutenção. Vamos praticar? (D) Facilidade de acesso para coleta, estando disponível a tempo, para as pessoas certas e sem distorções. (E) Garantia de que realmente funciona na prática e permite a tomada de decisões gerenciais. Outros Conceitos – Objetivos, Metas e Planos • Qual é a diferença entre um objetivo é uma meta? • Um objetivo é um estado (ou situação) desejado - onde queremos “chegar”. Por exemplo, o governo pode definir como objetivo reduzir o número de jovens com menos de 15 anos fora das escolas. • Desse modo, é um conceito qualitativo – não temos como quantificá-lo ainda. • Este objetivo, porém, deve ser quantificado! Assim, para que a administração possa distribuir seus recursos ela deve saber quantas pessoas devem ser incluídas no programa e quando (exemplo: 150 mil alunos até dezembro de 2013). Isto agora virou uma meta! Outros Conceitos – Objetivos, Metas e Planos • Uma meta já é um conceito quantitativo. É, de certa forma, um objetivo em que determinamos quem será o responsável, qual será o prazo e qual será o resultado detalhado a ser atingido. • Assim, uma meta é um desdobramento de um objetivo. Com ela, podemos controlar e avaliar melhor a execução de um planejamento. • Para atingir nossos objetivos e metas, precisamos desenvolver um plano de ação – ou seja, as ações que serão necessárias para que alcançarmos nossos objetivos. • No plano, definimos: atividades, tarefas, responsáveis, etc. Controle Censitário e por Amostragem Censitário Amostragem Métodos Quantitativos e Qualitativos • Para analisar uma política pública podemos utilizar dois métodos: A análise quantitativa e a análise qualitativa. • A análise quantitativa mede resultados objetivos, que podem ser mais facilmente mensurados. • Assim, podemos fazer uma avaliação da mortalidade infantil, por exemplo, somando o número de crianças que não sobrevivem até certa idade. Este será sempre um número x de crianças, um percentual. • Entretanto, não é adequado quando devemos avaliar a mudança em aspectos mais subjetivos (como a confiança, o medo etc.). Métodos Quantitativos e Qualitativos • Para isso, necessitamos de avaliações qualitativas. Essas buscam exatamente medir e acompanhar as mudanças em fatores subjetivos. Antigamente, essas análises eram desacreditadas e evitadas. • Apesar disso, atualmente é desejável que equilibremos os métodos quantitativos e qualitativos para que tenhamos uma visão mais balanceada e mais ampla da política pública (muitas vezes, mais importante do que o “fato concreto” é a percepção da população sobre esse “fato”). Vamos praticar? (POLÍCIA FEDERAL - ASSISTENTE) A avaliação de políticas e programas sociais preocupa-se com modelos alternativos que superem o uso de enfoques puramente quantitativos, baseados na mensuração de objetivos previamente definidos. Essa avaliação não considera a complexidade da questão social. Efeitos Comportamentais no Processo de Controle • Sistema de controle pode gerar maior performance dos trabalhadores, seja por apontar claramente o que deve ser feito, bem como indicar oportunidades de melhoria. • Entretanto, não temos apenas fatores positivos no processo de controle do comportamento dos indivíduos. • Entre os efeitos nocivos, podemos apontar o comportamento burocrático, o comportamento tático e a resistência ao controle. Efeitos Comportamentais no Processo de Controle Efeitos Negativos Descrição Comportamento burocrático Consiste no direcionamento dos esforços individuais apenas na realização das atividades medidas pelo sistema de controle. Trabalhadores apresentam bom desempenho no sistema de controle, mas não se envolvem na resolução de problemas nem procuram desenvolver outras atividades. Comportamento tático Ocorre quando os trabalhadores tentam trapacear o sistema de controle. Trabalhadores podem estabelecer metas fáceis demais, manipular os parâmetros de avaliação ou inserir dados falsos no sistema para cobrir deficiências. Resistência ao Controle Trabalhadores ignoram ou manipulam o sistema de controle. Ocorre porque o controle naturalmente diminui a autonomia das pessoas, que sentem uma perda de liberdade. Abordagens Estratégicas ao Controle Comportamental • As organizações criam sistemas de controle para controlar os comportamentos das pessoas. • Para eu possam fazer isso, elas têm duas alternativas estratégicas: a imposição externa e a motivação interna. • Imposição externa - crê que os trabalhadores serão motivados pelas recompensas e ameaças de punição que receberão como consequência do seu desempenho e comportamento. • Já a estratégia da motivação interna crê que os funcionários serão motivados por meio do seu comprometimento com os objetivos organizacionais,pelo sentimento de realização e pelo reconhecimento de ter feito um bom trabalho. Abordagens Estratégicas ao Controle Comportamental C o n tr o le p o r Im p o si çã o E x te rn a Características - Objetivos e parâmetros de desempenho são impostos externamente. - Objetivos são difíceis de alcançar para que os funcionários não se acomodem. - Recompensas são direta e abertamente relacionadas ao desempenho individual. Resultados Positivos - Maior controle sobre o desempenho dos subordinados. - Maior direcionamento dos esforços dos membros para o alcance dos objetivos estabelecidos. Resultados Negativos - Potencial comportamento disfuncional por parte dos trabalhadores, resistindo ou enganando o sistema. - Redução do fluxo de informação, especialmente de informação negativa a respeito do desempenho ou sobre os parâmetros. - Pouco comprometimento dos trabalhadores com relação ao desempenho da organização como um todo. Abordagens Estratégicas ao Controle Comportamental C o n tr o le p o r M o ti v a çã o I n te rn a Características - Objetivos e parâmetros de desempenho são definidos de forma participativa. - Parâmetros de controle são utilizados para identificar e resolver problemas, não para punir ou responsabilizar. - Recompensas são relacionadas ao desempenho geral. Resultados Positivos - Maior comprometimento e motivação dos trabalhadores. - Maior satisfação dos membros no local de trabalho. - Maior fluxo de informações com o objetivo de melhorar o desempenho da organização como um todo. Resultados Negativos - Menor controle sobre o desempenho dos subordinados. - Estabelecimento de objetivos individuais pouco ambiciosos. - Dificuldade de estabelecer uma base objetiva para recompensar os trabalhadores. Técnicas de Controle Comportamental • Existem diversas técnicas de controle comportamental, que buscam verificar se os funcionários estão mesmo fazendo o que a instituição espera deles. • Algumas destas técnicas são muito utilizadas nas organizações, como a supervisão direta, a avaliação de desempenho e a disciplina. Técnicas de Controle Comportamental Técnica Mecanismo de Controle do Comportamento Recrutamento e Seleção Identifica e contrata pessoas cujos valores, atitudes e personalidade se encaixam no perfil comportamental desejado pela organização. Orientação Define quais os comportamentos aceitáveis e desejados e quais os comportamentos que devem ser evitados. Desenho de Cargos Define as tarefas que o trabalhador deve executar, os resultados desejados, o ritmo de trabalho pretendido etc. Avaliação de Desempenho Direciona o comportamento dos trabalhadores de forma a garantir uma boa avaliação por seus superiores. Treinamento Ensina os trabalhadores a executar, com eficácia e eficiência, suas atividades e tarefas. Técnicas de Controle Comportamental Técnica Mecanismo de Controle do Comportamento Estabelecimen to de Objetivos Dirige e limita o comportamento dos trabalhadores de forma a alcançar objetivos específicos. Formalização Define regras, procedimentos, políticas e normas que estabelecem as práticas aceitáveis e restringem o comportamento. Incentivos e Bônus Atua como reforço para encorajar o comportamento desejado e extinguir comportamentos desviantes. Disciplina Reforça as regulamentações e padrões organizacionais Supervisão Direta Limita o comportamento dos trabalhadores e permite a rápida correção de comportamentos desviantes. Cultura Organizacional Por meio de histórias, rituais e valores partilhados, transmite o que a organização considera um comportamento apropriado. Vamos praticar? (TRT-SC – ANALISTA) Em uma empresa de tecnologia de informação, a estratégia de controle comportamental parte do pressuposto de que os funcionários são motivados pelo sentimento de reconhecimento e realização. Os objetivos e metas individuais são estabelecidos de forma participativa, as recompensas são relacionadas ao desempenho, considerado em várias dimensões, e os resultados observados no controle são utilizados como formas de identificação e resolução de problemas, em vez de voltados para responsabilização e punição. Esta estratégia de controle comportamental é conhecida como controle por motivação interna, e tem como um potencial resultado negativo: Vamos praticar? (A) diminuição da satisfação e do comprometimento dos funcionários; (B) comportamento disfuncional por parte dos funcionários, resistindo ou burlando o sistema; (C) pouco comprometimento dos funcionários para com o desempenho global da organização; (D) estabelecimento de objetivos individuais pouco ambiciosos; (E) comportamento conformista e limitado ao cumprimento do exigido, por parte dos funcionários. Prof. Rodrigo Rennó @profrodrigorenno @profrodrigorenno /rodrigorenno99 /profrodrigorenno https://t.me/rodrigorenno https://t.me/rodrigorenno AVALIAÇÃO E CONTROLE – QUESTÕES CESPE Prof. Rodrigo Rennó Vamos praticar? (CESPE – MPE-CE - ANALISTA – 2020) Um dos aspectos essenciais do controle é a orientação rápida para as exceções, cuja finalidade é proporcionar um julgamento individual que possibilite modificações para adaptar-se a novas circunstâncias. Vamos praticar? (CESPE – SLU-DF - ANALISTA – 2019) No processo administrativo, cabe à função de controle a comparação entre desempenho efetivo e metas preestabelecidas. Vamos praticar? (CESPE – CGE-CE - AUDITOR - 2019) O modelo de avaliação com foco específico na identificação e eliminação de erros de formulação e de desenho em políticas públicas, antes de sua implementação, é denominado avaliação (A) ex-post. (B) de processos. (C) de custo-efetividade. (D) de desempenho. (E) ex-ante. Vamos praticar? (CESPE – MPC-PA - ANALISTA - 2019) Assinale a opção que apresenta a(s) característica(s) do controle — uma das quatro funções do processo administrativo — que enfatiza(m) o desenvolvimento, a mudança e a melhoria, de modo a impulsionar a iniciativa das pessoas e reduzir a aplicação de penalidades. (A) flexibilidade. (B) clareza e objetividade. (C) orientação rápida para as exceções. (D) compreensão. (E) natureza positiva. Vamos praticar? (CESPE – MPC-PA - ANALISTA - 2019) Assinale a opção que apresenta uma modalidade de controle estratégico para instituições públicas. (A) controle de estoque de materiais de consumo. (B) controle de qualidade da elaboração de processos. (C) controle de desempenho profissional. (D) controle de custos departamentais anuais. (E) controle de desempenho organizacional. Vamos praticar? (CESPE – EBSERH - ANALISTA – 2018) O controle da ação organizacional objetiva exclusivamente a correção de falhas ou erros existentes. Vamos praticar? (CESPE – EMAP - ANALISTA – 2018) O sistema de controle deve incluir os seguintes aspectos: objetivo, medição, comparação e correção. Vamos praticar? (CESPE – EMAP - ASSISTENTE – 2018) O processo de controle compõe-se de padrões de controle, aquisição de informações, comparação e ação corretiva. Vamos praticar? (CESPE – STM - ANALISTA – 2018) As atividades de controle voltadas às áreas internas de uma organização são conhecidas como controles administrativos, que podem referir-se, por exemplo, a análises de relatórios de vendas. Vamos praticar? (CESPE – STM - ANALISTA – 2018) Adotar ações corretivas na condução do processo administrativo é uma atividade associada à função da administração conhecida como controle. Vamos praticar? (CESPE – TRF-1 - ANALISTA – 2017) O controle, entendido como função administrativa, tem por objetivo monitorar e avaliar atividades, perpassando pelos níveis estratégico, tático e operacional da organização. Vamos praticar? (CESPE – SEDF - ANALISTA – 2017) Segundo o GESPÚBLICA, avaliar os resultados da gestão se refere ao monitoramento e avaliação propriamente dita de indicadores atinentes à economicidade, à execução e à excelência. Vamos praticar? (CESPE – TRE-TO - ANALISTA - 2017) O monitoramento das atividades dos colaboradores da organização, com vistas aoatendimento das metas estabelecidas, corresponde à atividade típica da função de administração denominada (A) controle. (B) organização. (C) direção. (D) liderança. (E) planejamento. Vamos praticar? (CESPE – TRT-8 - TÉCNICO – 2016 - ADAPTADA) Atividades de acompanhamento e monitoração do trâmite dos processos judiciais de um tribunal são inerentes ao processo de planejamento do órgão. Vamos praticar? (CESPE – TCE-PR - ANALISTA – 2016 - ADAPTADA) A finalidade do controle como função administrativa é inibir desvios comportamentais indesejáveis e não aceitáveis na organização. Vamos praticar? (CESPE – FUNPRESP-EXE – ANALISTA - 2016) Orientação estratégica para resultados, flexibilidade, clareza e objetividade são características do controle organizacional. Vamos praticar? (CESPE – DPU - TÉCNICO – 2016) Na administração pública, a qualidade está relacionada à eficiência dos serviços prestados. Vamos praticar? (CESPE – DPU - TÉCNICO – 2016) Indicadores de desempenho são ferramentas utilizadas pela função controle. Vamos praticar? (CESPE – TCE-PA - AUDITOR - 2016) O controle do tipo feedback baseia-se nas seguintes quatro etapas: estabelecimento de padrões de desempenho; mensuração do desempenho; comparação do desempenho com os padrões estabelecidos; e elaboração da informação acerca dos desvios ou da distância entre o desempenho medido e os padrões estabelecidos. Vamos praticar? (CESPE – TCE-PA - AUDITOR - 2016) A rigidez é um aspecto que deve ser observado em um sistema eficaz de controle para se evitar um julgamento individual que promova modificações quanto ao que está definido. Vamos praticar? (CESPE – TCE-PR - ANALISTA – 2016 - ADAPTADA) A flexibilidade, como uma característica de controle, consiste em enfatizar desenvolvimento, mudança e melhoria, alavancar a iniciativa das pessoas e minimizar o papel da penalidade e das punições. Vamos praticar? (CESPE – TCE-PA - AUDITOR - 2016) A orientação estratégica para resultados é uma característica de controle que visa proporcionar confiabilidade, boa comunicação e participação dos envolvidos. Prof. Rodrigo Rennó @profrodrigorenno @profrodrigorenno /rodrigorenno99 /profrodrigorenno https://t.me/rodrigorenno https://t.me/rodrigorenno OBRIGADO
Compartilhar