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Direito Previdenciário Professor Matheus Mastini Prevista no Art. 51 do Decreto n. 3.048/99, antes denominada de aposentadoria por idade, atualmente denominada de aposentadoria programada, o benefício deve obedecer a seguinte sistemática: Aposentadoria por Idade ANTES DA REFORMA 180 meses de carência e 65 anos de idade – Homens. 180 meses de carência e 60 anos de idade – Mulheres. APÓS A REFORMA 20 anos de tempo de contribuição e 65 anos de idade – Homens. 15 anos de tempo de contribuição e 62 anos de idade – Mulheres. Prevista no Art. 64 do Decreto n. 3.048/99, a aposentadoria especial é o benefício previdenciário concedido aos segurados que trabalharam em contato com agentes nocivos à saúde, sejam eles de natureza física, química ou biológica. Quais são os agentes que garantem o direito à aposentadoria especial? Todos os agentes estão previstos no Anexo IV do Decreto n. 3.048/99 (uma grande lista). Exemplos: Agentes Físicos: ruído, calor excessivo, frio intenso, espaço comprimido, etc. Agentes Biológicos: vírus, fungos, bactérias, doenças infectocontagiosas, etc. Agentes Químicos: elementos químicos da Tabela Periódica como: chumbo, ferro, enxofre, entre outros que são prejudiciais à saúde humana. Aposentadoria Especial Um ponto importante é considerar a existência de Agentes Qualitativos e Agentes Quantitativos. Agentes Qualitativos: a simples aparição desse agente nocivo configura a atividade especial. Agentes Quantitativos: há a necessidade de uma valoração para comprovar a atividade especial. Agentes Biológicos SEMPRE serão qualitativos. Agentes Físicos SEMPRE serão quantitativos. Agentes Químicos podem ser quantitativos ou qualitativos. Aposentadoria Especial Lembrete: quando falamos em requisitos no Direito Previdenciário, é de extrema importância que sempre observemos as legislações em vigor no momento do ato da concessão, em respeito ao princípio do tempus regit actum. O benefício que, por sua vez, precisa da análise de um tempo especial do segurado, será concedido a partir do preenchimento dos seguintes requisitos: Aposentadoria Especial ANTES DA REFORMA 25 anos de tempo de contribuição para atividade especial de baixo risco; 20 anos de tempo de contribuição para atividade especial de médio risco; 15 anos de tempo de contribuição para atividade especial de alto risco. APÓS A REFORMA 60 anos de idade e 25 anos de tempo de contribuição para atividade especial de baixo risco; 58 anos de idade e 20 anos de tempo de contribuição para atividade especial de médio risco; 55 anos idade e 15 anos de tempo de contribuição para atividade especial de alto risco. Previsto no Art. 71 do Decreto n. 3.048/99, o Auxílio-doença, atualmente conhecido como auxílio por incapacidade temporária, é o benefício previdenciário concedido quando o segurado demonstrar uma situação de incapacidade temporária para o seu trabalho. A auxílio por incapacidade temporária não teve seus requisitos alterados pela Reforma da Previdência, apenas uma alteração em seu cálculo. De toda forma, eis os requisitos: • Carência de 12 meses; • Qualidade de segurado no ato de requerimento; e • Demonstração da incapacidade temporária e total. Um ponto importante de ser destacado é: existe uma lista elaborada pelo INSS que retira a necessidade de carência para o benefício. ATENÇÃO: Não será concedido o auxílio por incapacidade temporária ao segurado que se filiar ao sistema previdenciário já portador da incapacidade. Auxílio-doença Previsto no Art. 104 do Decreto n. 3.048/99, o auxílio-acidente é o benefício de natureza indenizatória concedido ao segurado que, por qualquer razão, sofreu um acidente que diminui a sua capacidade para o trabalho. Precisa ser acidente de trabalho? Não. Precisa de uma carência mínima? Não. Quais são os requisitos do auxílio-acidente? • Qualidade de segurado; • Sofrido um acidente; • Redução parcial e permanente da capacidade para o trabalho; • Relação de nexo entre a redução da capacidade para o trabalho com o acidente existente. Auxílio-acidente Previsto no Art. 116 do Decreto n. 3.048/99, o auxílio-reclusão é o benefício previdenciário pago aos DEPENDENTES do segurado de baixa renda recolhido à prisão em regime fechado e que não receba remuneração da empresa nem estiver em gozo de auxílio por incapacidade temporária, de pensão por morte, de salário-maternidade, de aposentadoria ou de abono de permanência em serviço. Os requisitos do auxílio-reclusão são específicos: • Comprovar a prisão do segurado; • Qualidade de segurado no momento da prisão; • Existência de dependentes válidos; • Segurado preso ser de baixa renda; • Segurado não deve receber remuneração; • Segurado deve cumprir carência de 24 meses (para prisões existentes a partir de 18/06/2019). Auxílio-reclusão O Benefício de Prestação Continuada (BPC/LOAS) é a garantia de um salário-mínimo mensal à pessoa com deficiência e ao idoso com 65 (sessenta e cinco) anos ou mais que comprovem não possuir meios de prover a própria manutenção nem de tê-la provida por sua família. REQUISITOS: * Ser pessoa com idade superior a 65 anos OU pessoa com deficiência; e * Possuir inscrição atualizada no CadÚnico; e * Viver em condição de miserabilidade socioeconômica. BPC/LOAS Prevista no Art. 105 do Decreto n. 3.048/99, a pensão por morte é o benefício previdenciário concedido aos DEPENDENTES do segurado da Previdência Social que faleceu ou que teve a sua morte decretada pelo Poder Judiciário. Para que seja possível a concessão da pensão por morte, a pessoa precisará preencher os seguintes requisitos: • Comprovação do óbito ou da morte presumida do segurado; • Qualidade de segurado do finado na época do óbito; • Qualidade de dependente. Pensão por Morte Antes de entrarmos no campo da Previdência Social, insta salientar que a apropriação indébita, prevista no Art. 168 do Código Penal, é o famoso crime de “receber uma quantia em dinheiro, que não tinha direito, na conta bancária”. Isso significa que você mantém para si coisa alheia que não é de seu direito. Dessa forma, o agente possui uma coisa que é lícita (não estamos falando de produto roubado), mas o fato de possuir algo que não é seu, a sua posse se torna ilícita pela não devolução do objeto àquele que deve tê-la. Ou seja: o fato da pessoa não repassar as contribuições de seus contribuintes à Previdência Social, no prazo e forma legal ou convencional, caracteriza a existência do crime, com pena de reclusão de dois a cinco anos e multa. Apropriação indébita previdenciária Súmula Vinculante n. 24 do STF: “Não se tipifica crime material contra a ordem tributária, previsto no art. 1º, incisos I a IV, da Lei n. 8.137/90, antes do lançamento definitivo do tributo”. O que isso significa? Que o Ministério Público só poderá oferecer a ação penal (denúncia) quando ocorrer a conclusão do procedimento administrativo fiscal (quando há a constituição definitiva do crédito tributário). Melhor para o seu cliente: o INQUÉRITO POLICIAL só poderá ser instaurado quando satisfeita a condição acima. (STJ, RHC 20234-SP, 5ª Turma, Rel. Min. Felix Fischer, DOE 1º.10.2007) Apropriação indébita previdenciária OBRIGADO! Slide 1 Slide 2 Slide 3 Slide 4 Slide 5 Slide 6 Slide 7 Slide 8 Slide 9 Slide 10 Slide 11 Slide 12 Slide 13
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