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3 - Projeto residencial

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Projeto Residencial
APRESENTAÇÃO
Nesta Unidade de Aprendizagem serão estudadas questões relacionadas ao projeto residencial. 
Você verá as casas unifamiliares e as edificações multifamiliares por meio de desenhos, 
diagramas e imagens de projetos para que se possa visualizar esses elementos e suas 
condicionantes no nosso dia-a-dia.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Identificar as características das casa unifamiliares.•
Identificar as características das habitações multifamiliares.•
Reconhecer as necessidades dos projetos residenciais.•
DESAFIO
As habitações unifamiliares e multifamiliares estão presentes no nosso dia-a-dia em todos os 
lugares do mundo. Nos projetos residenciais o programa de necessidades varia de acordo com 
alguns fatores, como a classe social, o número de moradores e o valor que se quer despender no 
imóvel.
Com base em uma casa unifamiliar térrea com planta em "U" e com as seguintes características:
• 2 suítes 
• sala de estar 
• sala de jantar 
• área de churrasqueira 
• cozinha/área de serviço 
• banheiro social
Faça uma planta esquemática de setorização desse programa de necessidades, considerando 
ainda o hobby dos proprietários de nadar na piscina.
A setorização deve estar sinalizada por diferentes cores e não há necessidade de espessuras de 
paredes, esquadrias ou qualquer informação mais detalhada, somente a logística de 
funcionamento da residência. As cores devem ter uma legenda com as nomenclaturas: área 
íntima, área social, área de serviço e circulações.
INFOGRÁFICO
Para o desenvolvimento de qualquer projeto, deve-se ter clara uma organização prévia para 
seguir durante o seu desenvolvimento. Portanto veja, no infográfico a seguir, o organograma de 
um projeto residencial básico.
CONTEÚDO DO LIVRO
Devido ao alto custo de construção de ruas e infraestrutura de serviços, geralmente há pressão a 
favor de casas com pequenas testadas, principalmente em áreas urbanas. Para saber mais, 
acompanhe um trecho da obra Manual do arquiteto: planejamento, dimensionamento e projeto, 
de David Littlefield. O livro abordará as casas em fita, que historicamente emergiram como um 
dos modos de habitação mais econômicos e eficientes em termos espaciais.
IMAGEM 3
Inicie a leitura pelo título Habitações unifamiliares e leia até o item Projeto externo.
Boa leitura!
TERCEIRA EDIÇÃO
MANUAL 
DO 
ARQUITETO
PLANEJAMENTO, 
DIMENSIONAMENTO 
E PROJETO
DAVID LITTLEFIELD
M
ANUAL DO ARQUITETO
PLANEJAM
ENTO, DIM
ENSIONAM
ENTO E PROJETO
TERCEIRA EDIÇÃO
ARQUITETURA/CONSTRUÇÃO
Fruto de um trabalho considerável por parte de um grande número de arquitetos, engenheiros 
e acadêmicos, Manual do Arquiteto apresenta os princípios e dados dimensionais para o 
projeto de arquitetura das mais variadas tipologias de edifi cação. Esta terceira edição está 
completamente atualizada e inclui mudanças recentes em regulamentação e prática, como a 
crescente ênfase nas questões ambientais, de forma a atender às necessidades de estudantes 
e profi ssionais de arquitetura, urbanismo, engenharia civil e construção.
Um guia completo, Manual do Arquiteto aborda os principais tipos de edifi cações, como 
aeroportos, hospitais, escolas, equipamentos industriais e esportivos, templos religiosos, 
bibliotecas, museus, hotéis e restaurantes. Para todos os casos, são fornecidos os requisitos 
básicos para os estudos preliminares do projeto de arquitetura, além de informações sobre 
planejamento e projetos complementares. Também são tratados aspectos como materiais, 
acústica, iluminação e espaços necessários para circulação e equipamentos.
Entre os diferenciais que fazem desta uma obra única no mercado brasileiro estão capítulos 
que tratam dos seguintes temas:
• A administração do escritório de arquitetura
• Custo de capital e custo de vida útil das edifi cações
• Planejamento e desenho urbano
• Acessibilidade e inclusão
• Terminais de transporte e pontos de conexão
• Estúdios de gravação de som e imagem
• Projeto de arquitetura em zonas tropicais
• Instalações prediais
• Materiais de construção
DAVID LITTLEFIELD
TERCEIRA EDIÇÃO
95379 Manual do Arquiteto.indd 1 28/3/2011 10:45:58
L778m Littlefield, David. 
 Manual do arquiteto : planejamento, dimensionamento e
 projeto / David Littlefield ; tradução: Alexandre Salvaterra ;
 revisão técnica: James Miyamoto, Silvio Dias, José Barki. – 3.
 ed. – Porto Alegre : Bookman, 2011.
 767 p. : il. ; 28 cm. 
 ISBN 978-85-7780-834-2
 1. Arquitetura. 2. Arquitetura – manual. I. Título.
CDU 72(035)
Catalogação na publicação: Ana Paula M. Magnus – CRB 10/2052
Littlefield_Iniciais.indd ii 01/03/11 10:30
130 Manual do Arquiteto: Planejamento, Dimensionamento e Projeto
ris. Nesse caso, os padrões Parker Morris devem ser considerados 
como o mínimo absoluto.
3.05 Moradias para a Vida Toda
Uma iniciativa bastante recente foi publicada e promovida pela 
Fundação Joseph Rowntree, baseada no conceito de “Moradias 
para a Vida Toda” (Lifetime Homes). A fundação propõe a cons-
trução de residências que possam ser adaptadas com facilidade 
para atender usuários com possíveis limitações físicas, caso elas 
venham a ocorrer. Tais limitações podem ser temporárias, como as 
resultantes de ferimentos acidentais, ou permanentes, causadas por 
acidentes ou doenças. As recomendações da Fundação se dividem 
em 16 tópicos, que tratam do planejamento e da construção des-
sas novas moradias. Os 16 tópicos estão listados na Tabela XII. O 
padrão para “Moradias para a Vida Toda” não é obrigatório, mas 
está relacionado às exigências da Parte M da Building Regulations 
(Regulamentações Edilícias) e, na verdade, amplia seu escopo, pois 
busca o mesmo fim – aumentar a acessibilidade. Cada vez mais, as 
Associações da Habitação incluem as “Moradias para a Vida Toda” 
em seus projetos, e acredita-se que os departamentos de planeja-
mento das prefeituras estão começando a fazer o mesmo – em algu-
mas das novas moradias, pelo menos.
4 HABITAÇÕES UNIFAMILIARES
4.01
Atualmente, há um consenso geral de que famílias com crian-
ças devem ocupar o pavimento térreo de moradias unifamiliares, 
apartamentos no pavimento térreo ou um apartamento dúplex no 
pavimento térreo e primeiro pavimento (os dois últimos, com en-
tradas diretas). O consenso não se deve exclusivamente ao fato 
de que crianças precisam de jardim privado. Há outro fator talvez 
ainda mais importante: entradas, escadas e corredores comparti-
lhados de edifícios de apartamentos, além do espaço externo ao 
redor deles, são pouco compatíveis com a vida familiar. Isso se 
aplica principalmente ao setor público, onde os recursos para so-
lucionar os problemas de administração e manutenção de espaços 
comunitários são limitados.
4.02 Orientações e jardins
A relação entre a moradia unifamiliar e o espaço público adjacente 
(isto é, a estrada, a rua, a quadra e, infelizmente, o caminho de pe-
destres ou a calçada) deve ser tão objetiva e simples quanto possível. 
Um jardim privado frontal, com portão e caminho levando à porta 
da frente, além de profundidade mínima de 2 a 3 m, foi chamado, 
por Oscar Newman e Alice Coleman, de espaço defensível. Ainda 
mín. 22 m entre os 
cômodos habitáveis 
de fundos
recomenda-se 
um quintal de, 
no mínimo, 
75–100 m2
na rua, o 
estacionamento 
deve ter 1 vaga 
por casa, mais 
visitantes
profundidade 
mínima do 
jardim: 11 m
um quintal de, 
no mínimo, 
50 m2
mín. 18 m 
entre os cômodos 
habitáveis de 
frente
o quintal para edifícios de apartamen-
tos deve ter, no mínimo, 25 m2 
por apartamento (apartamentos 
no pavimento térreo devem ter, 
no mínimo, 50 m2)
distância oblíqua 
entre cômodos 
habitáveis pode ser 
reduzida para 10–15 m
estacionamento de automóveis para 
apartamentos deve ter 1 vaga por apartamento 
(às vezes, 1/2 vaga por apartamento)
estacionamento de 
automóveis para no pátio 
pode ter 2 vagas por moradia
8.4 Padrões típicos de planejamento.Observação: diferentes secretarias de obras do municípios exigem dimensões mínimas que variam muito entre si.
não considerada 
área de piso útil
1.500 mm
mín. 2.300 mm
recomendado 
2.400 mm
mín. 2.300 mm
recomendado 
2.400 mm
até as vigas
mín. 2.000 mm
recomendado 2.100 mm
8.5 Sótãos e cômodos no telhado, não são mais previstos pelas Building 
Regulations (Regulamentações Edilícias).
Tabela X Exigências espaciais fundamentais em moradias para 
cadeirantes e com dificuldade de locomoção: recomendações 
mínimas em milímetros
Habitação para 
cadeirantes
Habitação para usuários 
com dificuldade 
de locomoção
Vão livre da porta de entrada
Desnível máximo na soleira da porta
Vão livre das portas internas
Espaço ao lado da porta 
(no lado da tranca)
Largura do corredor
Diâmetro dos móveis
Espaço entre armários de cozinha
Largura do dormitório
Local para armazenamento da ca-
deira de rodas (pode se sobrepor ao 
corredor)
Espaço para movimentação dentro 
do toalete
frente
diagonal
lateral
Borda central do vaso sanitário em 
relação à parede adjacente
800
15
775 em corredor 
com 1.200 
de largura
300
1.200
1.500
1.500
3.000
1.200 × 700
1.200
750
750
450
800 (Corporação da Habitação)
775 Building Regulations (Re-
gulamentações Edilícias)
15
775 em corredor com 
1.200 de largura
775 em corredor
com 1.050 de largura
800 em corredor
com 900 de largura
100–300
900–1.200 (com diferentes lar-
guras de porta – ver acima)
–
1.200
2.800
–
–
–
–
400
Littlefield_08.indd 130 12/01/11 14:23
8 Casas e apartamentos 131
assim, casas eficientes já foram construídas sem jardim frontal, com 
a porta da frente abrindo direto na calçada ou via um alpendre de en-
trada. Na Grã-Bretanha, existem milhares de casas assim nos bair-
ros centrais no estilo vitoriano, e todas bastante satisfatórias. Nes-
ses casos, porém, a calçada faz parte da via mantida publicamente. 
Espaços “confusos” – nem públicos ou privados, mas mantidos 
comunitariamente – raramente são satisfatórios e, em sua maioria, 
acabam sendo abandonados. Da mesma forma, os quintais se be-
neficiam da simplicidade e de um relacionamento simples entre a 
moradia e seu entorno. O espaço comunitário deve ser minimizado 
ou, simplesmente, omitido. Hoje, há uma grande preocupação com 
a segurança e, em geral, as pessoas são contra qualquer acesso pe-
los fundos, principalmente em caminhos de pedestres sem controle 
visual (mesmo se eles forem práticos, como terraços ininterruptos).
Há 20 anos, a orientação solar ideal da moradia era levada 
muito a sério, mas o mesmo não ocorre atualmente. Em geral, de-
ve-se dar preferência à obtenção de uma relação simples e objetiva 
entre as esferas públicas e privadas. Contudo, no interior da mora-
dia, deve ser possível garantir que um dentre os dois cômodos de 
uso diurno (a sala de estar ou a cozinha com copa) receba luz solar 
direta em grande parte do dia. É recomendável que um dos cômo-
dos de uso diurno fique voltado para a frente da moradia, permi-
tindo que a rua seja supervisionada; o outro deve ficar voltado para 
os fundos, garantindo acesso direto ao jardim. Outro fator a ser 
considerado é a possibilidade de ganhos solares passivos durante o 
inverno, por meio do uso de janelas com vidro duplo na elevação 
sul (no hemisfério norte).
Tabela XI Resumo dos principais requisitos para moradias de 
acessibilidade geral (extraído do Documento Aprovado M da Building 
Regulations – Regulamentações Edilícias –, edição de 1999)
As seções 6 a 10 tratam de novas moradias
Seção 6 Acesso e entrada à moradia
Esta seção trata de acessos em nível, com rampas ou com degraus.
O acesso em nível não deve ter declividade superior a 1:20.
O acesso por rampa é permitido se a declividade do terreno ultrapassar 1:20, mas 
não 1:15.
As rampas devem ter, no mínimo, 900 mm de largura.
Os lances de rampas não devem ultrapassar 10 m em 1:15 ou 5 m em 1:12.
Os patamares inferiores e superiores devem ter, no mínimo, 1,2 m de extensão.
O acesso por degraus é permitido se a declividade do terreno exceder 1:15.
Os degraus devem ter, no mínimo, 900 mm de largura.
A altura do lance entre os patamares não deve exceder 1,8 m.
Os patamares inferiores e superiores devem ter, no mínimo, 900 mm.
Os bocéis dos degraus devem ser adequados e espelhos uniformes entre 75 mm 
e 150 mm.
Degraus com profundidade mínima de 280 mm.
Corrimão em um lado da escada com três ou mais degraus, estendendo-se por 
300 mm no topo e no início da mesma.
As soleiras devem ser acessíveis.
Vão livre mínimo da porta de entrada: 775 mm.
Seção 7 Circulação interna no pavimento térreo da moradia
Esta seção trata dos corredores e vãos livres internos.
Os corredores, no mínimo, devem ter largura variando entre 900 mm e 1.200 mm, 
conforme a largura das portas.
Os corredores podem ter obstrução mínima (750 mm, como um radiador, por exem-
plo) que ocupe menos de 2 m de extensão.
Os vãos livres de porta tem os seguintes padrões mínimos:
750 mm no final de um corredor de 900 mm.
750 mm em um corredor de 1.200 mm em ângulo.
775 mm em um corredor de 1.050 mm em ângulo.
800 mm em um corredor de 900 mm em ângulo.
Em circunstâncias excepcionais (lotes com forte declividade), degraus são permiti-
dos no pavimento de acesso. Esses degraus devem ter, no mínimo, 900 mm de largu-
ra e corrimãos em ambos os lados.
Seção 8 Interruptores e tomadas acessíveis
Esta seção lista alturas indicadas para a instalação de interruptores e tomadas visan-
do a facilitar o acesso para pessoas cuja movimentação é limitada.
Em cômodos habitáveis, interruptores e tomadas devem estar entre 450 mm e 
1.200 mm em relação ao nível do piso acabado.
Seção 9 Elevadores e escadas em edifícios de apartamentos
Esta seção trata das dimensões de elevadores e de escadas – as últimas, para edifí-
cios sem elevador.
Exigências para elevadores:
Capacidade de carga de, no mínimo, 400 kg.
Saguão ou corredor de 1,5 m × 1,5 m em frente às portas.
Portas com vão livre de 800 mm.
Cabina: largura mínima 900 mm e profundidade mínima 1.250 mm.
Controles entre 900 mm e 1.200 mm em relação ao nível do piso.
Exigências para escadas em edifícios de apartamentos sem elevador:
Bocéis contrastantes.
Bocéis adequados (ilustrados no Documento Aprovado).
Altura máxima do espelho 170 mm; piso mínimo 250 mm.
Os espelhos não podem ser vazados.
Corrimãos contínuos em ambos os lados dos lances com mais de 2 degraus, esten-
dendo-se por 300 mm nos patamares.
Seção 10 Existência de banheiro no pavimento térreo de uma moradia
Esta seção exige a previsão de um banheiro no pavimento térreo de qualquer mora-
dia, e oferece orientações dimensionais.
Se houver um cômodo habitável no pavimento térreo, deve haver, também, um 
banheiro.
A porta do banheiro deve abrir para fora e deve estar afastada da borda do vaso sani-
tário em, no mínimo, 250 mm.
A largura da porta deve estar de acordo com as medidas descritas na Seção 7 (e vão 
livre compatível com a Tabela 4 do Documento Aprovado).
Em lavabo com acesso frontal, o compartimento deve ter 1.000 mm de largura (ou, 
no mínimo, 900 mm de largura).
Em lavabo com acesso oblíquo, o compartimento deve ter 900 mm de largura (ou, 
no mínimo, 850 mm de largura).
Deve haver um espaço para movimentação com, no mínimo, 750 mm de profundi-
dade em frente ao banheiro.
Tabela XII Padrões para “Moradias para a Vida Toda”, publicados pela 
Fundação Joseph Rowntree, edição de 1999
Acesso
 1 Onde houver estacionamento adjacente, o mesmo deve ter capacidade de ser 
ampliado até 3,3 m de largura.
 2 A distância entre a vaga de estacionamento e a moradia deve ser mínima, além 
de estar no mesmo nível ou apresentar uma pequena declividade.
 3 Todas as entradas devem estar no mesmo nível ou apresentar uma pequena decli-
vidade (o Documento Aprovado M, das Building Regulations (Regulamentações 
Edilícias), traz orientações sobre dimensões e inclinação).
 4 Todas as entradas devem ter iluminação, acesso com soleiras no mesmo nível 
(elevação máxima 15 mm), e a entrada principal precisa ser coberta.5 As escadas comunitárias devem ser de fácil acesso (o Documento Aprovado M 
da Regulamentações Edilícias, traz orientações sobre dimensões).
Se houver um elevador que leve à moradia, ele deve ter capacidade para 
transportar um usuário de cadeiras de roda (dimensões internas mínimas da 
cabina do elevador: 1.100 mm × 1.400 mm).
No interior da moradia
 6 As larguras dos vãos de porta e dos corredores devem estar de acordo com a 
tabela de recomendações. As exigências são as mesmas que foram descritas no 
Documento Aprovado M das Regulamentações Edilícias (veja a Tabela XI), ex-
ceto que portas inseridas em corredores de 900 mm de largura devem ter um vão 
livre de 900 mm.
 7 Deve haver espaço para manobrar uma cadeira de rodas na sala de jantar ou copa 
e na sala de estar, além de espaço adequado para a movimentação de cadeirantes 
no restante da moradia. Exige-se um espaço para manobras de 1.500 mm de 
diâmetro, ou uma elipse de 1.700 mm × 1.400 mm.
 8 A sala de estar deve ficar no pavimento térreo.
 9 Em casas de dois ou mais pavimentos, deve haver um cômodo que permita a 
colocação de cama no pavimento térreo.
 10 Deve haver, no pavimento térreo, um banheiro acessível para cadeirantes, com 
instalações hidráulicas que permitam a colocação de um chuveiro no futuro. 
Em moradias com três ou mais dormitórios, ou de pavimento único, o banheiro 
precisa ser completamente acessível, ou seja, com espaço para movimentação 
de cadeira de rodas com a porta fechada, além de espaço livre de 1.100 mm em 
frente à porta.
 11 As paredes de banheiros e toaletes devem ser capazes de permitir adaptações, 
como a colocação de barras de apoio. As barras de apoio devem ficar entre 300 
mm e 1.500 mm acima do chão.
 12 O projeto deve permitir a instalação de uma plataforma elevatória, além de um 
espaço devidamente identificado para a colocação de um elevador entre o pavi-
mento térreo e o primeiro pavimento – para um dormitório perto do banheiro, 
por exemplo. As escadas devem ter um vão livre de, no mínimo, 900 mm.
 13 O projeto deve incluir um percurso razoável para possibilidade de instalação de 
uma futura plataforma elevatória entre o dormitório principal e o banheiro.
 14 O banheiro deve ser projetado de forma a facilitar o acesso à banheira, ao vaso 
sanitário e ao lavatório. Deve haver espaço suficiente para que um cadeirante 
utilize o banheiro.
Acessórios e equipamentos
 15 O peitoril máximo das janelas das salas de estar com vidraças devem começar a 
800 mm de altura, e as janelas devem ser fáceis de abrir e manusear.
 16 Interruptores, tomadas e controles de ventilação, instalações e equipamentos 
devem ser colocados em altura acessível para todos (ou seja, entre 450 mm e 
1.200 mm acima do chão). Isso se aplica a todos os cômodos.
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132 Manual do Arquiteto: Planejamento, Dimensionamento e Projeto
4.03 Altura
Embora a maioria das moradias familiares tenha dois pavimentos, 
algumas áreas urbanas podem ser propícias para residências de três 
pavimentos. Os gastos relativos à altura da edificação geralmente 
são compensados pela economia em fundações e coberturas, o que 
faz com que esse tipo de construção seja bastante econômico. Mo-
radias de quatro pavimentos, porém, são difíceis de planejar, pois 
exigem a colocação de uma rota de fuga alternativa em caso de in-
cêndio (Building Regulations [Regulamentações Edilícias], Seção 
B1). Geralmente, as residências vizinhas oferecem rotas de fuga 
mútuas por meio de cômodos adjacentes ou balcões, mas isso pode 
trazer riscos à segurança.
4.04 Testadas dos terrenos
Devido aos altos custos de construção de ruas e infraestrutura de 
serviços, geralmente há pressão a favor de casas com pequena tes-
tada – principalmente em áreas urbanas. Edificações cuja largura é 
inferior a 5 m são consideradas residências com pequena testada. 
Existem moradias razoavelmente satisfatórias com fachadas de 4 m 
ou mesmo 3,5 m, mas o planejamento interno começa a apresentar 
dificuldades quando a largura é de 4,5 m ou menos. A largura míni-
ma razoável de uma testada seria, aproximadamente, 4,25 m. Medi-
das inferiores fazem com que os quintais também fiquem sofríveis. 
A Figura 8.6 mostra uma casa em fita com três pavimentos, três 
dormitórios e acomodação para cinco pessoas; a largura da frente 
é de 4,5 m.
A testada padrão para casas construídas até as divisas laterais 
é 5 m. A Figura 8.7 mostra uma casa de dois pavimentos, com dois 
dormitórios e acomodação para quatro pessoas. A Figura 8.8 mostra 
uma casa de dois pavimentos, com três dormitórios e acomodação 
para cinco pessoas. Já a Figura 8.9 mostra uma casa de dois pavi-
mentos, com quatro dormitórios e acomodação para sete pessoas.
4.05 Planejamento interno
Ainda não há consenso sobre a posição relativa de salas de estar e 
cozinhas; logo, não iremos recomendar que a cozinha seja colocada 
na parte da frente ou na de trás. No entanto, não é aconselhável 
que a sala de estar seja o único meio de acesso para o quintal – 
na verdade, os padrões Parker Morris eliminaram essa alternativa. 
Em casas com pequena testada, onde a sala de estar precisa ocupar 
grande parte da frente da edificação, a cozinha com copa costuma 
ficar nos fundos, e acaba por servir como acesso para o jardim. Em 
casas de três pavimentos, isso pode ser combinado com uma sala 
de estar de frente no primeiro pavimento (8.7). Assim, a sala pode 
ocupar toda a largura da moradia, proporcionando uma boa vista e 
o controle tanto da frente como dos fundos, além de beneficiar-se 
da luz diurna sem praticamente nenhuma orientação. A Figura 8.10 
mostra uma casa geminada, ou casa em fita de extremidade, com 
acomodação para sete pessoas. Nesse caso, há possibilidade de 
uma sala de frente que ocupe toda a largura da casa, desde que a 
porta de entrada seja colocada em uma parede lateral.
4.06 Sala de estar e jantar versus cozinha com copa
Muitos dos exemplos contidos neste capítulo oferecem plantas 
baixas alternativas para o pavimento térreo. Em algumas, o espaço 
para refeições fica junto à sala de estar e, em outras, há uma copa 
dentro da cozinha. Também é possível abrir os dois espaços e trans-
formá-los em um só (as chamadas cozinhas americanas).
4.07 Banheiro principal
De preferência, o banheiro principal deve ficar no mesmo pavimento 
onde está localizada a maioria dos dormitórios. Em casas de três pa-
vimentos, o pavimento em questão pode ser o primeiro ou o segundo. 
Atualmente, exige-se que todas as moradias familiares tenham um toa-
sala de jantar 
24,3 m2
cozinha
1,3 m2
1,7 m2
dormitório de casal 
11,3 m2
sala de estar 
15,8 m2
dormitório 
de solteiro
 7,7 m2
dormitório de casal 
14,3 m2
v
e
s
tí
b
u
lo
banheiro 
1,8
m2
8.6 Casa em fita com três pavimentos, três dormitórios e acomodação para cinco pessoas; testada de 4,5 m de cerca de 27 m2 por pavimento. a Pavimento 
térreo; b Primeiro pavimento; c Segundo pavimento.
sala de estar
porta 
dupla ou 
postigo 
(opcional)
porta 
dupla ou 
postigo 
(opcional)vestíbulo cozinha 
com copa 13,3 m2
sala de 
estar e 
jantar 
19,0 m2
vestíbulo
banheiro 
com 
banheira 
4,7 m2
dormitório 
de casal 
15,5 m2
dormitório de 
solteiro com 
espaço para 
duas camas 
12,0 m2
despensa
1,2 m2
cozinha 
8,9 m2
9
,0
 m
5,0 m
14,6 m2
8.7 Casa em fita de 79 m2, dois pavimentos, dois dormitórios e acomodação para quatro pessoas. Arquitetos: PRP Architects. a Planta baixa do pavimento 
térreo, cozinha com copa; b Pavimento térreo alternativo, com uma sala de estar e jantar; c Planta baixa do primeiro pavimento.
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8 Casas e apartamentos 133
lete no pavimento térreo, por menor que ele seja. Banheiros que abrem 
diretamente na cozinha não são proibidos por lei, mas, geralmente, 
essa disposição não é popular ou aconselhável. Uma opção é a cons-
trução de uma lavanderia contendo um banheiro, e que ambos indi-
quem o caminho para o quintal. Todos os toaletes oubanheiros devem 
ter um lavatório (Building Regulations [Regulamentações Edilícias]).
Em casas de família maiores, com quatro dormitórios ou mais, 
recomenda-se a colocação de mais um banheiro, com banheira ou 
chuveiro. Essa recomendação é particularmente útil para moradias de 
três pavimentos, pois significa que haverá um banheiro por pavimen-
to. Um dos banheiros, com banheira ou chuveiro, pode ser o da suíte 
(dormitório de casal); todavia, isso geralmente é considerado inapro-
priado para habitações populares. Os padrões Parker Morris não fo-
ram muito generosos com os banheiros, e se tornaram ultrapassados 
com a nova exigência de banheiros nos pavimentos térreos.
4.08 Armários e depósitos
Os padrões Parker Morris acertaram em cheio ao determinar as di-
mensões dos espaços para armazenamento. As medidas se tornaram 
populares e as pessoas, cada vez mais consumistas, passaram a exigir 
armários e depósitos de tamanho considerável. O espaço para arma-
zenamento geralmente é definido conforme os padrões Parker Mor-
ris, superior à área útil (veja a Tabela II). Os padrões Parker Morris 
foram específicos ao dizer que grande parte do espaço de armaze-
namento (no mínimo, 2,5 m2) deveria estar no nível do chão. Além 
disso, recomenda-se que o espaço seja acessado a partir das áreas de 
circulação, e não do interior dos cômodos. O sótão não é considera-
do área de armazenamento, pois geralmente é de difícil acesso (em-
bora uma escada de boa qualidade possa amenizar o problema) e as 
tesouras de telhado diminuem o espaço útil. Ainda assim, o aprovei-
tamento de pelo menos uma parte do sótão cria um espaço considerá-
vel para o armazenamento de objetos leves, como malas vazias, etc.
Além do espaço para armazenamento em geral, os padrões 
Parker Morris estipularam os seguintes espaços para armazena-
mento, inclusos na área da moradia:
 1 Espaço para se pendurar capas e casacos no vestíbulo
 2 Espaço para um carrinho de criança (1.400 × 700 mm) em mo-
radias para três pessoas ou mais
 3 Armário para roupa de cama: 0,6 m2
 4 Armário de cozinha: 2,3 m2 (os padrões Parker Morris estipu-
laram que parte desse espaço deve ser um armário “fresco” e 
ventilado, mas isso deixou de ser tão relevante agora que todas 
as casas possuem refrigeradores)
Os padrões Parker Morris não trataram de armários para dor-
mitórios, como armários embutidos. Armários assim são úteis prin-
cipalmente para famílias de baixa renda; no entanto, devem ser 
planejados com cuidado para que não ocasionem problemas na dis-
tribuição dos móveis nos quartos. Se colocados, os armários embu-
tidos ocupam a área de piso útil, uma vez que não são considerados 
espaços para armazenamento. Os valores apresentados na Tabela II 
não incluem espaços ou depósitos para lixo (que devem ser coloca-
dos na frente de moradias unifamiliares), depósitos de combustível, 
se forem necessários. Além disso, os espaços não incluem as áreas 
de depósito que talvez se percam com a circulação e que devem ser 
usados para se chegar, por exemplo, aos fundos de uma casa com 
acesso único. Para tanto, os padrões Parker Morris estipularam uma 
largura de 700 mm. Qualquer espaço além dos 12,0 m2 necessários 
para a guarda de um automóvel em uma garagem interna ou adja-
cente pode ser considerado espaço para armazenamento em geral.
4.09 Formato das escadas
Embora a Building Regulations (Regulamentações Edilícias) não 
proíba degraus angulosos desde que as dimensões mínimas sejam 
respeitadas, eles são, por natureza, menos confortáveis e mais pe-
rigosos, principalmente para idosos e crianças pequenas. É impor-
tante que roupeiros grandes e outros móveis possam ser carregados 
na escada, tanto para cima como para baixo. Isso exige um planeja-
mento detalhado, especialmente em casas de três pavimentos, onde 
sala de estar 
17,1 m2
portas 
opcionais
vestíbulo vestíbulo cozinha 
9,7 m2
cozinha 
com copa 
14,8
banheiro 
com 
banheira 
4,6 m2
dormitório 
de casal 
12,2 m2
portas 
opcionais
quarto de 
solteiro com 
uma cama 
7,2 m2
quarto de 
solteiro com 
duas camas 
11,3 m2
escada 1,0
escada
1
0
,1
 m
5,0 m
a b c
sala de estar/
jantar 
22,0
m2
8.8 Casa em fita de 85,9 m2, com dois pavimentos, três dormitórios e acomodação para cinco pessoas. Arquitetos: PRP Architects. a Planta baixa do pavi-
mento térreo, cozinha com copa. b Planta baixa do pavimento térreo, sala de estar/jantar. c Planta baixa do primeiro pavimento.
a planta baixa do pavimento térreo
b planta baixa do primeiro pavimento
dormitório 
9,1
cozinha com 
copa 15,5
vestíbulo
escada
banheiro com 
chuveiro 2,4
sala de 
estar 18,2
corredor
aquecedor
de água por 
acumulação (boiler) 
guarda-roupa
dormitório 4 
11,3
dormitório 3 
12,8
e
s
c
a
d
a
dormitório 2 
14,5
banheiro
 4,6
11.900
7.194
5
.0
0
0
1
.7
0
0
6
.7
0
0
4.706
8.9 Casa em fita de 111 m2, com quatro dormitórios e acomodação para 
sete pessoas, conforme o padrão NHF. Arquitetos: PRP Architects.
Littlefield_08.indd 133 12/01/11 14:23
134 Manual do Arquiteto: Planejamento, Dimensionamento e Projeto
o teto, ou o último lance, pode restringir o pé-direito sobre o lance 
inferior. Nesse caso, degraus ingrauxidos agravam o problema.
4.10 Projeto externo
Na maioria dos casos, os depósitos de lixo devem ser colocados em 
frente às casas (8.11). Às vezes, o projeto é exagerado, e não são 
poucos os casos de lixeiras feias escondidas dentro de depósitos de 
lixo mais feios ainda – inclusive pequenos templos que celebram 
o lixo de maneira inapropriada, e apresentam portões, dobradiças e 
trincos complicados e frágeis que, dificilmente, sobreviverão à pri-
meira visita do lixeiro. A presença de latas ou carrinhos de lixo deve 
ser identificada com clareza – por cerca parcial ou mudança na su-
perfície do pavimento, por exemplo. O depósito deve ficar perto da 
via, do portão de entrada e do caminho, mas não muito longe da por-
ta da frente ou da porta da cozinha. A localização deve impedir que o 
cheiro se torne um problema; logo, o depósito não deve ser colocado 
debaixo de uma janela ou perto de um cômodo habitável. Além dis-
so, a área deve ser sempre muito bem ventilada. Se analisarmos por 
essa perspectiva, o melhor será optar pela ausência de cerca.
A localização dos medidores às vezes pode ser integrada à lo-
calização das lixeiras, para que um possa esconder o outro mesmo 
que parcialmente. Isso está ficando bastante comum, pois cada vez 
mais as companhias de serviços públicos recomendam a colocação 
de medidores externos ou com leitura externa.
A colocação de cercas, muros ou grades pode alterar significa-
tivamente a aparência de um conjunto habitacional. O cercamento 
de jardins tem uma função diferente do cercamento de quintais, 
e isso deve se refletir no projeto (8.11). Cercas, grades ou muros 
frontais devem facilitar a vigilância visual em ambas as direções. 
Uma altura entre 800 mm e 1.300 mm é geralmente apropriada, 
mas o cercamento deve permitir a visibilidade abaixo desse nível 
e, ao mesmo tempo, impedir a passagem de cães. Logo, gradis e 
cercas de aço são melhores do que muros. Os portões frontais de-
vem ser, aproximadamente, da mesma altura. Um portão fechado 
realmente impede a passagem de cães e dá ao local uma aparência 
de segurança; porém, portões, pilares de portão e trincos precisam 
ser resistentes e devem ser planejados em detalhes. É provável que 
a maioria dos portões frontais não feche adequadamente, devido ao 
recalque diferencial dos suportes do portão.
Cercar quintais é muito mais fácil. Geralmente recomenda-se a 
colocação de um muro ou cerca de vedação, com aproximadamen-
te 1,8 m de altura, na extremidade do terreno. A altura das cercas 
laterais pode ser reduzida para aproximadamente 1,2 m. A maioria 
das pessoas parece apreciar o contato com o jardim dos vizinhos, 
embora não muito perto de suas casas, onde uma cerca mais alta é 
indicada. Se forem colocados em muros ou cercas de quintais, os 
portões devem ser altos (nomínimo 1,8 m) e precisam ter trancas, 
ou seja, fechaduras de embeber de alta segurança. Se forem contí-
guos a espaços públicos ou comunitários, cercas de quintal e muros 
de jardim devem ter sua segurança aumentada por meio do acrés-
cimo de pérgola de madeira no topo; isso garante uma altura extra 
que varia entre 450 mm e 600 mm.
5 APARTAMENTOS PROJETADOS E CONSTRUÍDOS 
SOB ENCOMENDA
5.01
Edifícios de apartamentos geralmente acarretam o uso comum de en-
tradas, escadas, vestíbulos, saguões e corredores, além de um elevador 
ou mais. Como resultado, apartamentos são mais difíceis de cuidar, 
pois é preciso que alguém faça a limpeza e a manutenção de tais es-
paços comunitários. Por esse mesmo motivo, os apartamentos não são 
adequados para famílias com crianças, como foi dito anteriormente. 
Os apartamentos, portanto, deveriam ser considerados apenas para 
pessoas solteiras e casais sem filhos. Em muitos empreendimentos, 
os apartamentos deveriam ser construídos com apenas um dormitório, 
diminuindo, cada vez mais, o número de apartamentos com dois dor-
mitórios. Contudo, apartamentos com dois dormitórios são indicados 
para casais cujos filhos já cresceram ou ainda estão para nascer; além 
disso, podem ser adequados para famílias pequenas.
A dificuldade em se administrar áreas e equipamentos de uso 
comum cresce paralelamente com o número de apartamentos do 
edifício. Edifícios pequenos, com quatro ou seis apartamentos, são 
mais fáceis de administrar do que edifícios com centenas de apar-
tamentos. Sistemas de uso coletivo, como interfone, dependem de 
uso consciente; isso funciona melhor em edifícios com poucas mo-
radias, onde os inquilinos se conhecem.
5.02 Altura dos edifícios
Os padrões Parker Morris estipularam que a distância vertical máxima 
a ser percorrida desde a porta da frente é de dois pavimentos. Embora 
dormitório de 
casal 11,5
cozinha 
com copa 
15,8
banheiro
sala de estar 
17,2
espaço 
para 
armazena-
mento 1,3
espaço para 
armazena-
mento 0.7
11
,1
 m
4,5 m
quarto de 
banho com 
banheira 
5,0
dormi-
tório de 
solteiro 
7,8
dormitório de 
casal 16,1
dormitório 
de casal 
11,5
9,
4 
m
espaço 
para 
armazena-
mento 1,0
a b c
8.10 Casa de 118,5 m2, com quatro dormitórios e acomodação para sete pessoas. Arquitetos: PRP Architects. a Pavimento térreo. b Primeiro pavimento. 
c Segundo pavimento.
casa em fita 
(5 m de frente)
medidores
plataforma para 
lixeiras, com piso 
resistente
portão 
com 
tranca
floreira com terra 
atrás de cerca, 
muro ou gradil
muro, grade ou 
cerca; altura 
800–1300
8.11 Jardim frontal de casa em fita com depósito de lixo.
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Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para 
esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual 
da Instituição, você encontra a obra na íntegra.
 
 
DICA DO PROFESSOR
No vídeo a seguir serão apresentados conceitos e exemplos de projetos residenciais para 
habitações unifamiliares e multifamiliares ou coletivas, suas caraterísticas e especificações. 
Confira!
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EXERCÍCIOS
1) A construção de casas na cidade contemporânea apresenta algumas características 
como: 
A) Predomínio da construção de casas geminadas em fita sobre casas isoladas no terreno.
B) Predomínio da construção de casas em zonas, em geral, mais afastadas dos centros das 
cidades.
C) Construção na proximidade dos locais de trabalho dos moradores.
D) Predomínio de casas destinadas à habitação popular sobre as de outras classes sociais.
E) A disponibilidade financeira é o fator mais influente nas decisões de projeto das casas 
unifamiliares.
2) A disposição das funções na planta de uma casa unifamiliar obedece a critérios como: 
 
A) A proximidade da frente do terreno para a instalação de cozinhas e banheiros.
Não existe um predomínio de uma tipologia sobre outras, todos os tipos possíveis são construídos.
Devido ao alto custo dos terrenos nas zonas centrais, as novas construções de casas acontecem principalmente em zonas mais afastadas.
Esta possibilidade acontece em casos raros, devido aos zoneamentos de usos e custos de terrenos.
As casas de padrão popular dividem espaço na cidade com as casas para a classe média e as classes mais ricas.
Apesar da relevância do aspecto financeiro, este tem de ser equacionado ao atendimento ao programa de necessidades, que deve ser privilegiado no projeto.
Essas funções normalmente estão posicionadas mais ao fundo, cedendo a frente para funções mais importantes, como estar, por exemplo.
B) A possibilidade de acesso direto da sala aos dormitórios.
C) A proximidade e o acesso direto entre cozinha e banheiro social.
D) Consideração da disposição em relação à orientação solar na localização dos dormitórios.
E) A colocação da sala de estar aberta para a frente do terreno.
3) Os edifícios de apartamentos têm como principais motivos para a sua construção: 
A) A necessidade de oferecer habitações mais próximas dos locais de trabalho dos moradores.
B) O suprimento da demanda por habitações populares nas cidades.
C) Obter melhores condições de insolação e ventilação em razão da altura.
D) Obter habitações mais baratas pela concentração da densidade.
E) O alto valor dos terrenos urbanos.
4) A planta tipo, característica dos edifícios de apartamentos, apresenta, usualmente: 
A) As plantas de cobertura e do pavimento térreo.
B) Cortes longitudinais, passando pelo núcleo de circulação (escadas e elevadores.
C) A planta padrão dos apartamentos, que se repete nos andares acima do andar de acesso e 
abaixo das coberturas.
Por razões de necessidade de privacidade para os quartos, esta condição deve ser evitada, sempre que possível.
Esta não é uma necessidade e o desejável é independência entre cozinha e banheiros.
Apesar de ser a situação mais comum, esta disposição não é obrigatória e nem essencial.
Por serem os aposentos de longa permanência e necessidade de salubridade e conforto, os dormitórios devem ser privilegiados em relação à orientação solar.
Apesar de ser uma questão relevante, a proximidade do trabalho nem sempre pode ser obtida com a construção de edifícios.
A demanda por habitações populares não é atendida apenas por edifícios.
A altura do edifício não garante, em si, melhores condições de conforto, que dependem de outras variáveis, como a orientação solar e o desenho das plantas.
A construção de edifícios não garante, em si, economia, pois também implica em outros custos não presentes nas habitações unifamiliares.
Os custos dos terrenos, especialmente nas áreas centrais onde se concentram serviços e empregos, levam à construção de edifícios.
A planta tipo é a planta padrão das habitações do prédio.
Os cortes não fazem parte das plantas tipo e são apresentados à parte.
Essas plantas são apresentadas à parte, independentes da planta tipo.
D) As plantas estruturais, mostrando o conjunto de lajes, pilares e vigas do edifício.
E) Os desenhos de detalhamento de banheiros e cozinhas e dos apartamentos.
5) Os elementos puramente funcionais dos edifícios como escadas, circulações, 
elevadores, reservatórios e casas de máquinas, entre outros, têm como diretrizes de 
projeto: 
A) Constituir, sempre que possível, núcleos funcionais projetados conjuntamente e agrupados 
verticalmente.
B) Sua distribuição pelas plantas do edifício, projetados individualmente.
C) Concentradas no fundo do edifício, ao final das circulações longitudinais do térreo.
D) As escadas colocadas o mais próximo possível dos acessos aos estacionamentos.
E) Colocação de todos os reservatórios de água no térreo para evitar sobrecarga das 
estruturas.
NA PRÁTICA
Historicamente, a casa em fita emergiu como um dos modos de habitação mais econômicos e 
eficientes em termos espaciais. Uma solução mais sofisticada surgiu com os conjuntos de casas 
em fita em fileira simples, com o tipo mais duradouro. Este tipo de casa evoluiu e se tornou a 
forma com a qual estamos maisfamiliarizados hoje em dia.
Plantas e demais desenhos estruturais fazem parte do projeto executivo e são apresentadas à parte.
Plantas de detalhes são apresentadas à parte, independentes da planta tipo.
Esta é a estratégia ideal, tanto em termos de organização da estrutura e das instalações, quanto na organização espacial e no relacionamento com os acessos e as unidades habitacionais.
Essas funções devem ser, na medida do possível, agrupadas, ao invés de distribuídas pela planta.
De modo geral, essas infraestruturas ocupam posições centrais ou em simetria nas plantas, por razões de economia e de funcionalidade.
Esta posição não é obrigatória, apesar de desejável.
De modo geral, os códigos de edificações exigem a colocação de reservatórios também na cobertura, para garantir suprimento mesmo na falta de energia elétrica.
SAIBA MAIS
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do 
professor:
Galeria da arquitetura - Residencial
A arquitetura residencial compreende uma gama sem limites de estilos de projetos, entre os 
quais se sobressaem os clássicos, os modernos e os rústicos.
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