Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Ações de vigilância, prevenção e controle das arboviroses urbanas transmitidas por Aedes aegypti em Belo Horizonte Secretaria Municipal de Saúde Belo Horizonte 2021 Capital do Estado de Minas Gerais Cidade jovem: 123 anos Superfície: 331 Km2 População (IBGE, 2017): •2.501.576 habitantes •7.525 hab./Km2 IDHM (2010): 0,81 (muito alto) PIB (IBGE, 2013): •R$ 32.844,41 per capita •80% Comércio e Serviços BELO HORIZONTE Belo Horizonte – Organização do Sistema de Saúde Pop. 2.521.264 habitantes (fonte: DATASUS, 2020) Superfície 330,95 Km ² 7.620 hab/km² Município Diretorias Regionais de Saúde (9) Área de abrangência (152) Área de Equipe de SF (588) Micro-área (ACS e ACE) Moradia Estratificação de Risco Índice de Vulnerabilidade à Saúde – IVS 2012 Histórico • 1986 - parceria com a Sucam - Aedes albopictus • 1992 - contratação de agentes sanitários e priorização do combate ao Aedes aegypti • 1994 - descentralização para as áreas de abrangência dos centros de saúde • 1999 – Local delimitado para atividades de cada agente de campo • 2007 -2015 – Grupo Executivo para ações intersetorias • 2015-2016 – Emergência em Saúde Pública – Defesa Civil • 2017-2021- Cenários Operativos/OPAS, Arboalvo/Fiocruz, Wolbachia/Fiocruz, Estações Disseminadoras/Fiocruz, Monitoramento por VANT/Vale, equipe municipal de operações de campo. 0 2000 4000 6000 8000 10000 12000 14000 16000 1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37 39 41 43 45 47 49 51 C a s o s n o ti fi c a d o s Semana epidemiológica de início dos sintomas 2016 2017 2018 2019 2020 2021 Casos notificados de dengue por semana de início de sintomas, residentes em Belo Horizonte, 2016 a 2021 Fonte: SINAN/GVIGE/DPSV/SMSA/PBH Ações continuadas de controle das arboviroses Universo de trabalho : 900.000 imóveis Visita casa a casa : 5 visitas ano Monitoramento de pontos estratégicos : quinzenal Monitoramento com ovitrampas : semanal Bloqueio de transmissão Mutirões de limpeza em áreas críticas - Limpeza Urbana Ações de educação e mobilização social – MOBILIZA SUS Ações integradas com a Defesa Civil Entrada forçada em imóveis de risco – fluxo estabelecido Pressupostos • Gestão compartilhada e sistêmica • Reuniões periódicas • Definição e priorização de ações intersetoriais • Liderado pela Defesa Civil Municipal • Situação entomológica e epidemiológica das arboviroses como pauta obrigatória • Incorporação do enfrentamento da covid-19 Grupo Gestor de Riscos e Desastres - GGRD Grupo Intersetorial • Secretaria Municipal de Saúde (SMSA) • Defesa Civil Municipal GEICAEDES/ GECD (ações) Planejamento Controle Avaliação COP (operações) Coordenação Controle Plano de Contingência • Plano de contingência: Definir as ações e operações destinadas a gestão dos riscos de desastres de origem biológica, caracterizado pela disseminação de doenças virais transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. • Plano de Contingencia para enfrentamento das doenças transmitidas por vias respiratórias a partir do H1N1 Combate ao Aedes aegypti Ações de vigilância e controle vetorial • Mutirões de limpeza para recolhimento de materiais inservíveis; • Bloqueio de transmissão com aplicação de inseticida a ultra baixo volume (UBV); • Redução de pendências de vistorias em conjunto com a Defesa Civil Municipal; • Abertura forçada de imóveis em situação de abandono; • Ações educativas dentro da estratégia do Programa Saúde na Escola em parceria com a Secretaria Municipal de Educação. AÇÕES TOTAL 2020 TOTAL 2021 (jan a agosto) Vistorias realizadas pelos ACEs 3.488.036 2.714.736 Mutirões realizados 28 154 Materiais inservíveis recolhidos 87.876 kg 280.953 Kg Ações para bloqueio de transmissão com aplicação de inseticida a ultra baixo volume (UBV) 10.062 imóveis contemplados 7.841 imóveis contemplados Ações de abertura forçada em imóveis em situação de abandono 4 imóveis 4 imóveis Ações intersetoriais Ações intersetoriais DEMANDA DA SMSA- ZOONOSES RECEBIMENTO DAS DEMANDAS E LIBERAÇÃO: DROPE / DSLU. EXECUÇÃO: INTEGRADA NAS REGIONAIS. (GERLU-SLU/ ZOONOSES/CARES ...) Ações intersetoriais Regional Oeste * 10/03/2020; * MÃO DE OBRA – 46 PESSOAS * MASSA: 5 VIAGENS / 10.810T Ações intersetoriais ANO VISTORIAS 2017 2.577 2018 3.950 2019 1.726 TOTAL 8.253 Vistorias realizadas em carcaças Fonte: Subsecretaria de Fiscalização- SUFIS - SMPU ANO VISTORIAS 2017 16.428 2018 17.646 2019 5.058 TOTAL 39.132 Vistorias realizadas em lotes vagos Fonte: Subsecretaria de Fiscalização- SUFIS - SMPU ANO AUTOS 2017 12.344 2018 17.909 2019 3.831 TOTAL 28.083 Autos Fiscais Emitidos Fonte: Subsecretaria de Fiscalização- SUFIS - SMPU Ações de mobilização Ações de mobilização Ações de mobilização – rotina ajustada devido ao Sars-Cov-2 • Ativação de Centros Especializados de Atendimento a SRAG • Ações específicas para população em situação de rua • Ações específicas para idosos em situação de vulnerabilidade • Máscaras de proteção: aquisição de 2 milhões para distribuição à população vulnerável • Medidas de cuidado e proteção do trabalhador • Ajustes e continuidade das atividades dos ACS e ACE Repercussões na rotina da vigilância das arboviroses • Trabalho dos agentes de campo limitado ao peri domicílio, excluindo imóveis com moradores de grupo de risco para COVID-19 • Dispensa da assinatura do responsável pelo imóvel no boletim diário • Disponibilidade de materiais para medidas protetivas individuais • Afastamento do trabalho de campo dos profissionais dos grupos de risco • Implantação de centro de testagem exclusivo para trabalhadores de saúde – CEREST • Atualização das informações relativas aos locais de instalação das ovitrampas Ações de mobilização Ações de mobilização Ações de mobilização Bonificação por cumprimentos de metas e indicadores INDICADORES PARA AFERIÇÃO DO DESEMPENHO DOS AGENTES DE COMBATE A ENDEMIAS (ACE) E AGENTES SANITÁRIOS (AS): - Cobertura de vistoria de imóveis para tratamento focal - Cumprimento do cronograma para instalação e retirada de ovitrampas - Cumprimento do cronograma para vistorias e intervenções nos pontos estratégicos - Acompanhamento e monitoramento das atividades operacionais de campo Estratégias alternativas que visam à redução dos casos de dengue, Zika e chikungunya a partir da parceria com OPAS, Ministério da Saúde, Fiocruz, UFMG e Vale em projetos especiais: Projeto Arboalvo – Estratificação de risco Projeto Estações Disseminadoras de Larvicida Projeto World Mosquito Program – Wolbachia Projeto Cenários Operativos para controle do Aedes aegypti em parceria com a OPAS Utilização de veículos aéreos não tripulados (VANT ou drones) para produção de imagens e intervenções em áreas de risco Desenvolvimento metodologias – áreas de risco Revisão de processos de trabalho Estudos das ovitrampas como preditoras de áreas de risco para transmissão de arboviroses transmitidas por Aedes aegypti Projeto Arboalvo – Estratificação de risco • Relatório de estratificação de riscos disponível por área de abrangência • Utilização para definição das áreas iniciais do Projeto Wolbachia • Utilização para definição de estratégias no contexto do “Projeto Cenários Operativos” • Formação de equipe técnica local para o desenvolvimento e implimplantação das propostas Projeto Arboalvo - áreas selecionadas de risco de dengue e outras arboviroses. Projeto Cenários Operativos para controle do Aedes aegypti em parceria com a OPAS • Uso de informações entomológicas e epidemiológicas para direcionamento e definição do elenco das ações de combate ao vetor • Redefinição da frequência da coleta nas ovitrampas para produção de informações mais oportunas • Uso de drones para qualificação das informações ambientais • Áreas selecionadas: Salgado Filho: Amilcar Viana e Betânia Projeto Estações Disseminadorasde Larvicida • Ovitrampas adaptadas para impregnação com larvicida – piriproxifen • Projeto piloto em realização da Regional Noroeste • Contribuições da Gerência de Zoonoses e da Regional Noroeste para ajustes na proposta inicial • Fase de análise dos dados Área de abrangência Nº total de EDs Bom Jesus 620 Ermelinda 885 Santos Anjos 976 Total 2.481 Seleção das áreas de abrangência Critérios epidemiológicos Critérios entomológicos Número de imóveis Localização (áreas contíguas) Desenho atual da área de intervenção Análise da série histórica do monitoramento entomológico através de armadilhas de oviposição (ovitrampas) no município: Estudos das ovitrampas como preditoras de áreas de risco para transmissão de arboviroses transmitidas por Aedes aegypti • Análise detalhada dos dados de cada ovitrampa • Cada ovitrampa com no mínimo 200 inspeções • 90 inspeções estação baixa e 110 de alta transmissão • Calculada média de ovos por dia exposição das 200 inspeções • Quantidade vezes quantidade ovos DE foi superior a 2,65 Regional Nº de ovitrampas Barreiro 234 Centro Sul 207 Leste 186 Nordeste 202 Noroeste 219 Norte 130 Oeste 175 Pampulha 249 Venda Nova 184 Total 1.786 Séries temporais – Média de ovos/dia de exposição Categorias de Capacidade Proliferativa Local - CPL Amostras de Armadilhas por Categorias e Scores CPL Categoria de CPL – muito alto Categoria de CPL- baixo A informação oportuna e o controle de qualidade Número máximo de ovos esperados por ovitrampa Índices de Infestação Predial (IIP) nas pesquisas larvárias realizadas entre 2008 e 2019, Belo Horizonte IIP RISCO ≥ 4,0% Alto risco 1,0 a 3,9% Médio risco <1,0% Baixo risco *2016: LIRAa de janeiro e de março foram suspensos pelo Ministério da Saúde em função da epidemia. Fonte: SCZOO/DIZO/SMSA LIRAa Janeiro 2019 Cerca de 81% dos focos encontrados em imóveis residenciais Fonte: SCZOO/DIZO/SMSA Barreiro Estrato CS Criadouros predominantes IIP 1 Pilar Inservíveis, pneus 4,2 Bonsucesso Inservíveis, barris/tambores, pratos de plantas 2 Bairro das Indústrias Inservíveis, pratos de plantas 2,6 Milionários Recipientes domésticos, naturais, inservíveis 3 Vila Cemig Pneus, inservíveis 1,6 Barreiro de Cima Caixas d’água, pneus 4 Urucuia Inservíveis, pratos de plantas, pneus 1,3 Miramar Redes de esgoto 5 Teixeira Dias Inservíveis, pratos de plantas, caixas d’água 5,1 Vila Pinho Inservíveis, pneus 6 Barreiro de Baixo Recipientes domésticos 1,9 7 Tirol Inservíveis, pratos de plantas 3,8 8 Tunel de Ibirité - 2,3 Lindeia Barris/tambores, pratos de plantas 9 Regina Barris/tambores, pratos de plantas 3,6 Itaipu Inservíveis, pratos de plantas 10 Santa Cecília Inservíveis, pratos de plantas, recipientes domésticos 2,9 Vale do Jatobá Recipientes domésticos, pratos de plantas, bebedouros de animais, inservíveis 11 Independência Pneus, material de construção, inservíveis 3,5 Mangueiras Pneus, pratos de plantas, barris/tambores Total Inservíveis, pratos de plantas, pneus 3,0 Fonte: SCZOO/DIZO/SMSA Projeto World Mosquito Program – método Wolbachia Método Wolbachia - piloto na Regional Venda Nova 03 áreas de abrangência 3,2 km² 44.203 habitantes 01 fase de liberação - out/20 a jan/21 Monitoramento em andamento 19 ovitrampas Método Wolbachia – RCT Parceria com a UFMG 58 clusters: 29 com Wolbachia e 29 controle Ao redor de escolas públicas Crianças entre 6 e 11 anos Soroprevalência antes e 4 anos após a implementação do Método Wolbachia Liberação em andamento Monitoramento em andamento ~900 BGs Estudo Randomizado Controlado (Randomized Controlled Trial - RCT) Projeto Wolbachia Apoio fundamental Engajamento comunitário • A importância do GCR – Grupo de Referência Comunitária , sendo um em cada Regional • Continuidade das reuniões com interação virtual entre a coordenação e as lideranças locais Utilização de veículos aéreos não tripulados (VANT ou drones) para produção de imagens e intervenções em áreas de risco • Definição de áreas para o sobrevoo segundo indicadores epidemiológicos, entomológicos ou de risco sanitário • Produção de imagens das áreas, com a definição de potenciais criadouros do Aedes aegypti denominados de “pontos de interesse – POI” • Otimização das operações de campo com o direcionamento das equipes para atuação nos pontos de interesse; • Possibilidade de intervenções ágeis para vedação de caixas d’agua e tratamento com biolarvicida de outros pontos de interesse Pontos de interesse identificados por drones em área de intervenção estratégica em Belo Horizonte Pontos de interesse identificados por drones em área de intervenção estratégica em Belo Horizonte Vedação de caixas d’água em imóveis de alta vulnerabilidade social identificadas por drones • A importância dos agentes de campo para informar e orientar a população Lições Aprendidas • A importância do funcionamento sistemático de grupos para ações intersetoriais e intrasetoriais • Planos de Contingência - fundamentais • A rápida adequação da metodologia de trabalho dos agentes de campo e sua discussão com coordenadores e os agentes • Definição das atividades prioritárias e imprescindíveis • Qualificação das informações para estabelecimento de indicadores adequados a realidade local , com profissionais capacitados Lições Aprendidas • A imprescindibilidade da continuidade de projetos e propostas que contribuam para a racionalização e qualificação dos trabalhos de campo • Estações Disseminadoras – uso em área de concentração de casos de chikungunya • Definir atribuições e responsabilidades factíveis diante de um cenário atípico, nos quais a cobertura e a integralidade estão comprometidas • A importância do corpo técnico qualificado e estável • Compatibilizar as propostas adequando-as às necessidades sentidas e expressadas pela população Muito obrigado eduardogusmao@pbh.gov.br dizo@pbh.gov.br
Compartilhar