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Disparidades Território Brasileiro

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Hervé Théry
Neli Aparecida de Mello
ArrAS Do Bnrsr
CDS.UnB, CNRS-CREDAL, UMR ENS.IRD TEMPS
| "Uïl li-nr"rr""oficiat
Tiadução de Atlas du Brésil, CNRS, GDR Libergéo-La Documentation française,2004,302 pages, Collection "Dynamiques du
territoiÍe" ne Z2,diirgée par Thérèse Saint-Julien (Université Paris I, GDR Libergéo),
O CNRS-GDR Libergéo et La Documentation française
UMR ESPACE-GDR Libergéo, Maison de Ia Géographie, 17 rue Abbé de I'Epée,34 090 Montpellier,
tel.04 67 74 58 32,1ax04 67 72 64 04.
La Documentation française,29-31 quai Voltaire,75344 Paris cedex 07, tel. 01 40 15 70 00.
O Atlas do Brasil é o fruto de uma colaboração científica franco-brasileira, não somente por conta da estreita associação dos
dois autores, mas também porque as pesquisas nas quais ele se fundamenta beneficiaram-se de anos de colaboração entre as
instituições das quais ïizeramparte ou com as quais colaboraram: do lado francês, o Credal-Cnrs, o GIP Reclus, o Ministère des
Affaires Éftangères, a École Normale Supérieure, o Cirad e o IRD; do lado brasileiro o Centro de Desenvolvimento Sustentável
(CDS-UnB), o lbama, o ISPN, o IBGE e a USP.
A revisão da tradução em português feita pelos autores foi feita por Lucnia Garcez, com apoio da Embaixada da França
no Brasil.
A cartografia ïoi realaada em várias etapas. A primeira etapa, tanto na concepção quanto na execução, foi Íealizada pelos
autores. A maioria dos mapas que supõem um tratamento estatístico se apoiou no software Philcarto (disponível na Internet
no endereço http://perso.club-internet.frlphilgéo), os outros com Cartes et Données (da Arctique). Todas foram depois tratadas
(ou, para as que não são o produto de um tratamento estatístico, inteiramente realizadas) com Adobe lllustrator. Os mapas
foram finalmente revistos para a edição na UMR ESPACE, Maison de la Géographie de Montpellier por Guérino Sillère.
_ Ficha catalográfica elaborada pelo Departamento
Técnico do Sistema Inteerado de Bibliotecas da USP
Théry Hervé.
Atlas do Brasil: Disparidades e Dinâmicas do Território /
Hervé Théry Neli Aparecida de Mello - São Paulo: Editora
da Universidade de São Paulo,2005.
312 p. : il., tabs. ; 2l x 25,5 cm.
Tiadução de: Atlas du Brésil.
Inclui bibliografia; lista de figuras e quadros.
ISBN 85-314-0869-5 GDUSP)
ISBN 85-706-0352-5 (lmprensa Oficial do Estado de São Paulo)
1. Atlas (Brasil). 2. Geogr afia (Brasil). I. Mello, Neli Aparecida
de. II.Título.
cDD-912.81
Direitos em língua portuguesa reservados à
Edusp - Editora da Universidade de São Paulo
Av. Prof. Luciano Gualberto, Tlavessa I 374
05508-900 - São Paulo - SP - Brasil
Diüsão Comercial: Tel (0xx11) 3091-4008 / 3091-4150
SAC (0xx11) 3091-291,'1, - Fax (0xx11) 3091-4151,
www.usp.br/edusp - e-mail: edusp@edu usp br
Printed in Brazil - 2005.
Foi feito o depósito legal.
Com o apoio da
Embaixada da França.
Ji l
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Liberté . Éeatì té . Fraterni té
RÉPUBIIqUE FRANçAISE
Imprensa Oficial do Estado de São Paulo
Rua da Mooca. 1921 - Mooca
Tel.: (0n11) 6099-9800 - Fax: (tr:.11) ffi99-9674
www.imprensaofi cial.com.br
e-mail: livros@imprensaofi cial.com.br
sAC 0800-123401
6e andar - Edif. da Antisa Reitoda - Cidade Universitrária 03103-902 - São Paúo - SP - Brasil
Prefácio à edição brasileira
Introdução
Brasil, disparidades e dinâmicas do território . . . .
Agradecirnentos . . .
Capítulo 1
OBrasi leamundo
Dimensões
Comércio
Intercâmbios
Capítulo 2
Gênese e malhas do território
A construção de um arquipélago continental .. ..
As bases - os séculos XVI e XVII
A expansão e a consolidação -
séculos XVIII e XIX . .
As mutações do século XX . . .
Princípio de formação
das unidades administrativas . . . .
Toponímia. . . . . . .
Capítulo 3
O meio ambiente e sua gestão
As estruturas essenciais
dos ecossistemas brasileiros
A utilização dos recursos naturais
Proteção e degradação do ambiente
Capítulo 4
Dinâmicas populacionais
Distribuição e crescirnento 89
As bases demográficas 93
Migraçõesecontextolocal . . . . .100
Democracia racial e racismo econômico? . .. . . . . 108
Capítulo 5
Dinâmicasdomundorural . . . . .115
Asestruturasessenciais . . . . . . . . 115
Extrativismo,agriculturaepecuária ..... I24
Apecuár ia . . . . 128
Desigualdadesetensões . . . . . . . I37
Capítulo 6
Dinâmicasindustr iaiseterciár ias . . . . . . . 145
Omundodasempresas . . . . . . . .146
Aslocal izaçõesindustr ia is . . . . . .150
Finançaseserviços . . . . . 162
Capíúulo 7
Dinâmicasurbanas . . . . .170
As redes urbanas .. .. . . 170
Atraçõesurbanas . . . . . .174
Atraçõeseequipamentosculturais . . . . . . 183
Disparidades ... 191
7
11
t4
I7
t7
20
22
JL
32
36
38
46
46
54
60
6I
7l
80
5
Sumárìo
Capítulo I
Redes. . . . . . . .196
Ágou .
Ferroúas . . . . . . 2M
Rodovias . . . . . . 2U
Tiansportes aéreos . .... 2I7
Energia e informação
Capítulo 9
Disparidadesedesigualdades . . . . . . . . . . 234
Desigualdadeseconômicas ..-..235
Desigualdadessociais. . . j . . . . ; . . . . . . . . 2M
Desigualdades de renda . . . . . . . . 254
Capítulo 10
OrdenamenÍosdoterritório ....263
Subdivisõeseregional izações . . . . . . . . . . 264
Ordenamentossetor iais . . . . . . . . n l
Eixos deintegração e desenvolvimento . . ... .... 284
Capítulo 11
Ofuuroéhoje. . . . . . .295
Incertezas financeiras e monetárias . . . . . 296
Vantagensparaoamanhã . . . . . . . . . . . . . 299
Bibliografia .... 301
Listadef iguras . . . . . . . .306
Listadequadros . . . . , . . 309
Atlas do Brasil
6
Pnr ACro À
publicação brasileira deste livro-atlas de Hervé
Théry e Neli Aparecida de Mello é uma iniciati-
va que tem grande importância para os estudio-
sos e o público em geral interessados na interpretação
do Brasil contemporâneo a partir de uma abordagem ao
mesmo tempo abrangente, inovadora, e sobretudo reve-
ladora da sua complexidade enquanto rm País-baleia
que, destarte os seus imensos desafios e as suas desigual-
dades internas, assumiu inegável posição de destaque no
cenário internacional nesta virada de milênio.
Mediante uma bem estruturada seqüência de textos
claros e concisos, combinados a uma sofisticada carto-
grafia temática, este liwo expressa um original e bem-
sucedido esforço de síntese sobre o Estado da Arte do
Brasil em suas diversas perspectivas, obtida a partir de
uma exaustiva análise e representação dos diagnósticos
setoriais e dos últimos indicadores disponíveis em âmbi-
to nacional nas mais variadas fontes de informações, in-
clúndo os resultados do Censo de 2000.
Ao mesmo tempo, os autores incorporam, articu-
lam e aplicam na sua interpretação sobre o País os con-
ceitos de dinâmica, disparidade e desigualdade socioes-
pacial ou, mais precisamenÍe, territorial, uma aborda-
gem teórica que thes possibilita identificar e examinar
processos gerais e específicos hoje dominantes na
escala nacional - populacionais, sociais, econômicos,
ambientais, regionais, dentre outros. Ao lado disso, ofere-cem o que há de mais valioso em trabalhos do gênero,
que é a tentativa de perscrutar o novo, vislumbrar os pro-
cessos que ainda se estruturam, apontar o percurso
das tendências dominantes, em suma, jogar alguma luz
sobre aqueles processos que são portadores de futuro
no País.
Fiéis à boa tradição acadêmica legada pelos clássi
cos das ciências humanas brasileiras e da geografia em
particular, optaram pelo mais diffcil dos caminhos para
uma empreitada dessa envergadura, ao posicionarem
deliberadamente a repÍesentação cafiogtíúica temáúica
e de síntese no centro da sua interpretação eminente-
mente geográfico-político-regional ou, em outros ter-
mos, socioespacial. Para muitos, pode parecer relativa-
mente simples a confecção de mapas e cartas sobre
temas variados, muitos dos quais ostentando símbolos
e cores em profusão, dadas as amplas facilidades ofe-
recidas atualmente pelos sistemas digitais. Quando, en-
tretanto, o objetivo é o de utilizar-se da caÍografia en-
quanto recurso de interpretação, pelo qual tenta-se
apreender e expressar idéias, conceitos, teorias, e a inteli-
gibilidade de processos complexos, procurando represen-
tá-los em seus significados diversos e principalmente em
suas relações, projeções, tendências e movimentos domi-
nantes, então estamos diante não de uma técnica dentÍe
tantas disponíveis, mas de um método que é certamente
o mais genuíno e sofisticado dentre os instrumentos de
Prefácio
análise de que dispõem os geógrafos parafazm a sua par-
tict:/rar leitura do mundo, das regiões e dos lugares.
HervéThéry é geógrafo,francês (brasileiro de fato),
diretor de pesquisas do CNRS-Credal que estuda siste-
maticamente o Brasil há trinta anog aluno aplicado de
Piene Monbeig - um dos pais fundadores da geografia
paulista e brasileira - especialista nos processos de colo-
nuação e com pesquisas voltadas principalmente para
as questões amazônica e regionais em geral e o meio am-
bientg tendo contribúdo com diversas pubücações em
língua francesa sobre esses temas. Hervé também notabi-
lizou-se como um dos mais importantes especialistas da
atualidade no desenvolvimento de métodos cartográficos
de interpretação geográftca, aplicados aos estudos regio-
naig socioeconômicos e amfisnlait, cujo exemplo mais
destacado é o sistema "Samba-Cabral", adotado pelo
IBGE e por diversas institúções de pesquisas do País.
Neli Aparecida de Mello é brasileira, geógrafa, ex-
diretora do Ibama, coordenadora de programas am-
bientais de âmbito nacional e pesqúsadora-associada
do Centro de Desenvolvimento Sustentável da UnB,
tendo elaborado uma brilhante tese de doutorado so-
bre as relações entre as políticas territoriais e o meio
ambiente na Amazônia contemporânèa, em sistema de
co-tutelle,no âmbito de uma coopeÍação acadêmica entre
o Departamento de GeografialFFlCH da Universidade
de São Paulo e a Université Paris X.
Neste livro-atlas, a experiência e a familiaridade
dos autores com os temas por eles selecionados e com
essa modalidade de abordagem, além das técnicas en-
volüdas, permitem-lhes oferecer ao leitor, como resulta-
do final, uma visão ao mesmo tempo exaustiva e inte-
grada, pela qual cada tema-problema-dinâmica nacional
é examinado nos seus aspectos essenciais e, em seguida,
encadeado no "fio condutor" que dá sentido e substân-
cia à estrutura lógica que comanda o conjunto da expo-
sição-representação cartográfica. Eütam, desse modo,
as simplificações dos almanaques e manuais, as armadi-
lhas do empirismo vulgar pela mesmice e a redundância
das descrições, as pirotecnias das generalizações ligeiras
e o grafismo excessivo - ol o ilusionkmo pictórico - dos
mapas temáticos e ilustrações produzidos em série nos
computadoreq problemas cada vez mais comuns em
obras desse gênero.
Daí porque, em obra desse gênero, que pretende
uma síntese de um Pú complexo mmo o Brasil, é sem-
pre recomendável optar pela qualidade em detrimento
da quantidade. Em outros termos, apostar na criatiüdade
e nnma certa sutileza do olhar sobre o imenso conjunto
de informaçõeg fatos e processos e, com isso, lograr des-
tacar o essencial, o original e (por quê não?) o inusitado.
Essa abordagem é observável, por exemplo, no uso
adequado das relações entre história e formação territo-
nal do Brasil, pelas quais a construção do espaço nacio-
nal é interpretada a partir do avanço das políticas territo-
riais coloniaiq imperiais e repubücanas, do alargamento
das fronteiras externas e internag da expansão da apro-
priação dos recursos naturaig da economia e do povoa-
mento, com isso identificando os embriões das futuras
regiões. Avalia-se, em seguida, o seu processo de consoli-
dação e os respectivos conjuntos das coúgurações territo-
riais em cada conjuntura, sempre marcadag dentre outras
particularidadeg pelas disparidades ou desigualdades so-
ciais e regionais Prova desse olhar acurado sobre a evo-
lução da estrutura territorial-nacional é a sua original
análise do inefreável processo de criação de Estados e
municípios, um dos mais interessantes indicadores da
nossa particulaÍ e sempre movimentada geografia políti-
ca ou, ainda, a feliz idéia de destacar a distribúção dos
conselhos municipais de meio ambiente como ilustração
empÍrica do crescimento da relevância e da capilarilade
da temática ambiental para a sociedade civil do País.
Por outro lado, quem imaginaria incluir nos indica-
dores da crescente projeção externa do País o número e
Atlas do Brasil
I
a distribuição dos bolsistas brasileiros nos cursos de
pós-graduação èm instituições de pesquisa estrangei-
ras, ou a evolução do nosso desempenho nas competi-
ções internacionais de futebol, o mais universal dos
esportes e no qual o Brasil foi cinco vezes campeão
mundial? Também no que se refere à análise da dinâ-
mica populacional nas últimas décadas, merecem regis-
tro os destaques feitos aos movimentos migratórios in-
ternos e às suas novas tendências nacionais e regionais
(em geral ausentes nos estudos do gênero), ao uso de
um inusitado indicador - a iaxa de masculinidade -
para ilustrar a direção predominante no deslocamento
das fronteiras de povoamento e, além disso, a inédita e
bem sucedida abordagem de um tema ao mesmo tem-
po polêmico e fundamental para a compreensão do
Brasil contemporâneo, a distribuição (percentual e es-
pacial) da autodefinida cor da pele das diversas etnias
e mestiçagens brasileiras, e a sua relação com a repar-
tição da renda familiar.
De certo modo, portanto, é possível descobrir um
novo Brasil ou novas facetas de um velho e conhecido
Brasil em cada um dos tópicos deste liwo-atlas: a acelera-
da modernização da agricultura e as transformações do
meio rural, incluindo os conflitos agrários; a desmncentra-
ção industrial e afinanceiriTa@o dametrópole paulistana;
a espantosa concentração das universidades de ponta do
País no Estado de São Paulo, eúdenciada pela procedên-
cia dos estudantes e pelos números das publicações em
revistas especializadas e teses de mestrado e doutorado
defendidas.Tâmbém são ressaltados os grandes contrastes
atuaknente observáveis em nosso Pú: de um lado, as ino-
vações tecnológicas, o dinamismo dos novos segmentos
econômicos (muitos dos quais relacionados aos investi-
mentos internacionais e às privatizações), dos meios de
circulação (casos das comunicações por satélite, dos moú-
mentos dos aeroportos e dos fluxos de passageiros) e a ine-
gável modernização cultural dos útimos anos (verificável
na expansão das redes de informação e no crescimento das
publicações de liwos e revistas e da produgo de discos e
údeog dentre outros). De outro, o crescimento das desi-
gualdades/disparidades sociais, intra-urbanas e regionais e
da pobreza em geral, expresso principalmente nas dife-
renças de renda, do IDH (Índice de Desenvolvimento
Humano) e dos PIBs regionaigproblemas graves de âmbi-
to nacional que também são examinados mediante o exa-
me de outros indicadores relevanteg comoa multiplicação
das ocupações irregulares e a conseqüente favelização das
periferias das grandes e médias cidades do País
Com este autêntico estudo de geografia humana e
regional, ora publicado pela Editora da USP, os autores
resgatam, renovam e prestam a sua homenagem à boa
tradição de pesquisa legada pelos nossos mestres pionei-
ros que fundaram e deram o imprescindível fôlego inicial
ao curso de geografia da Faculdade de Filosofia, Ciências
e Letras da Universidade de São Paulo, todos criados em
1934 e que agora comemoram os seus setenta anos.
Dentre esses pioneiros, meÍece destaque o grupo
que integrou a famosa "Missão Francesa" e que este-
ve na liderança acadêmica da Faculdade de Filosofia,
Ciências e tetras em seus primeiros anos: Claude
Lévi-Strauss, Fernand Braudel, Roger Bastide e Pierre
Monbeig. Graças a eles e aos seus primeiros alunos, a
USP e as suas áreas de ciências humanas deram os pri-
meiros e decisivos passos.
Nesse grupo, a notável contribuição de Pierre
Monbeig tem um signifiçads especial paÍa a evolução
da geografia humana e regional em São Paulo e no País.
Em seu longo período de permanência e de trabalho
contÍnuo no que é hoje o Departamento de Geografia,
esse geógrafo francês (e brasileiro de coração), foi um
pesquisador incansável e o formador de mais de uma
geração de intelectuais, profissionais e professores. Foi,
também, um inovador nos campos da teoria e da inves-
tigação empírica. São dele os conceitos de complexo
I
Prefácio
geográfrco e franja pionelra, inspiradores do conceito de
dinâmica terütorial que seria mais tarde desenvolvido e
difundido por alguns dos seus discípulos, dentre eles
Hervé Théry. Além disso, ele legou-nos um dos mais
belos estudos sobte a colonização no Brasil e no Estado
de São Paulo em particular - Pionniers et Planteurs de
São Paulo,sua tese del949,publicada emt952.
Outros geógrafos franceses o sucederam no per-
curso desses setenta anos, compondo um longo peíodo
de profícua cooperação franco-brasileira no âmbito da
geografia uspiana e paulista em particúar: Emmanuel
De Martonne, Pierre Deffontaines, Francis Rouellan,
Anúé Libault, André Journaux e Jean Tiicart. Dentre
os que atualmente mantêm ativas essas relações, mere-
cem destaque Michel Rochefort, Paul Claval, Jacques
Lévy, Bernard Bret, Martine Droulers e Hervé Théry.
Coube a Hervé Théry com os seus estudos sobre a
colonização (agora na Amazônia), dar continúdade ao
legado de Pierre Monbeig.Também cabe a ele o mérito
de reavivar em seu País a chama da cooperação franco-
brasileira com a USP na nossa área, por meio do atual
projeto Capes-Cofecub, envolvendo grupos de pesqúsa
liderados pelo Departamento de Geografia da USP e
pelo Departement de Géographie de l' École Normale
Supérieure. É por tudo isso, portanto, que esta original
síntese do nosso País, tão bem elaborada sob a forma de
um "livro-atlas", publicado na França e agora no Brasil,
é plena de simbolismo, neste ano de 2005.
IVanderley Messias da CosÍa
Departamento de Geografia
Faculdade de Filosofia, Letras
e Ciências Humanas da USP
Atlas do Brasil
10
TNTRODUÇAO
L)D
ma grande festa reuniu na Esplanada dos Minis-
térios, em Brasília, no dia 1e de janeiro de 2003,
dia da posse do presidente Luiz Inácio Lula da
Silva, uma multidão de mais de 100 mil pessoas. Muitos
tiúam passado dezenas de horas em ônibus fretados
nos cantos mais remotos do país para participar desse
acontecimento, alguns anos atrás tão inconcebíveÌ como
a maré de bandeiras vermelhas cobrindo, nesse dia, a
praça que tinha sido o santuário da tecnocracia, para
saudar a chegada à Presidência da República do candi
dato do Partido dos Tiabalhadores, um operário, líder
do sindicato dos metalúrgicos durante as greves mais
duras contra a ditadura militar.
Ninguém sabe ainda quais mudanças virão com es-
sa alternância política radical, porém sabe-se que ela é a
prova de que o Brasil realmente deixou para trás o regi-
me que dominou o País de 1964 a 1985. Durante os de-
zoito anos que se seguiram ao regime de exceção, cinco
presidentes se sucederam (ou quatro, caso não se conte
Tancredo Neves, que moÍreu antes de tomar posse).
Apenas um, aquele que vestiu em Lula a faixa presiden-
cial, Fernando Henrique Cardoso, exerceu plenamente
o mandato para o qual tinha sido eleito, ou melhor, dois
mandatos, já que uma reforma constitucional permitiu-
lhe a reeleição. Durante esses oito anos a democracia foi
reforçada e reformas essenciais foram feitas, mesmo não
sendo as que se esperavam deste brilhante intelectual,
expulso da Universidade de São Paulo pelos militares, e
que foi professor da Universidade de Nanterre e da
Ecole des Hautes Études en Sciences Sociales de Paris.
Limitado em suas ambições reformadorag que proclamou
quando chegou ao poder, pela aliança dos tucanos com
o mais conservador dos partidos de direita, ele mal to-
cou nas estruturas sociais, cujas iniqüidades denunciara
na sua obra de sociólogo.
Portanto este liwo é essencialmente o retrato do
Brasil que Lula encontrou quando tomou posse, do País
que ele herdou de antecessores que eram também seus
adversários, do País para cuja mudança ele foi eleito. De
fato, o Brasil de 2003 ainda é o produto de um modelo
de desenvolvimento implementado durante os anos de
chumbo da ditadura, embora alguns dos seus traços fun-
damentais tivessem sido desenhados anos antes, sob o
regime também autoritário de Getúlio Vargas. Esse mo-
delo priülegiou a rodovia (e não a ferrovia), as grandes
culturas de exportação (e não a agricultura familiar), os
bens de consumo destinados às classes favorecidas (e
não aqueles que seriam destinados à massa da popula-
ção) e o apoio às regiões centrais (e não a correção das
deficiências na periferia). Essas opções aprofundaram
ainda mais as desigualdades, tanto espaciais como so-
ciais, que marcam o País em todas as escalas: nacional,
regional, local e intra-urbana. Ou melhor, que sempre
marcaram, já que o Brasil, modelado pela conquista
portuguesa, nasceu desigual e globalizado.
Essas desigualdades ou, mais precisamente, as de-
sigualdades espaciais que o mapa pode ressaltar, são o
primeiro dos dois temas principais deste liwo. O segun-
do é o dinamismo do País, um dinamismo bem eüdente,
já que há cinco séculos os brasileiros não param de des-
locar suas fronteiras. Esse dinamismo se confirma nas
fronteiras políticas de forma evidente, irresistivelmente
11
Brasì|, disparidades e dinâmìcas do território
deslocadas em cerca de 3 mil guilômetros para o oeste
da linha fixada no Tiatado de Tordesilhas (1494), com o
objetivo de separar os domínios das coroas espanhola e
portuguesa. E também nas fronteiras pioneiras, que
avançaram do ütoral para o interior, do Nordeste para o
Sul, do Sudeste para o Centro-Oeste e a Amazônia.
Além dessas, há outras fronteiras redesenhadas, como
as de regiões agrícolas, quando a principal região de cul-
tura do café desloca-se em 500 quilômetros para o nor-
te (de São Paulo para Minas Gerais), a da cana-de-
açícar em 2 mil quilômetros para o sul (do Nordeste
para São Paulo), e a da soja com a mesma distância
para o norte (do Paraná para o Mato Grosso). Ou, ain-
da, a fronteira dos centros industriais, uma vez que se
viram fabricantes de automóveis implantarem-se nos
Estados de Minas Gerais. do Paraná. do Rio de Janeiro
e da Bahia, desbancando a primazía de São Paulo,
pois, por muitos anos, todos eram instalados naquela
região metropolitana.
Esses deslocamentos de atividades econômicas
são, eúdentemente, uma das causas das migrações, da
corrida de milhares de homens - ou de milhares de fa-
mÍlias - em busca de oportunidades em outros locais, fe-
nômeno que aconteceu repetidamente na história brasi
leira. Enquanto famflias de colonos deixavam o Sul pa-
ra aceder às promessas - às vezes ilusórias - da Amazô-
nia, outras, bem mais numerosas, migravam de várias re-
giões para as cidades do Sudeste. Esses movimentos cer-
tamente afetaram, Jreqüentemente de maneira radical,
a composição da sociedade,bem diferente em cada re-
gião, no que se refere à relação entre o número de cita-
dinos e rurais, de homens e mulheres, de jovens e velhos.
As dinâmicas territoriais e a forma como intera-
gem com as disparidades sociais, das quais são ao mes-
mo tempo causa e conseqüência, estão, por conseguinte,
no coração deste trabalho. São medidas e demonstradas
por meio de mapas, instrumento principal do geógrafo.
Esses mapas foram construídos por processamento de
dados, interpretadog comentados e relacionados com as
estruturas elementares do território, e sua combinação
manifesta as chaves da complexidade observada, O pre-
sente livro prolonga, portanto, um outro ensaio [Théry,
1986], que tentava definir essas estruturas elementares
em função das quais eraorganuado. Continuam as mes-
mas no Brasil de hoje (Figura 00-01), porque nada é
mais resiliente que essas estruturas fundamentais do
território, porém a resultante de sua composição mu-
dou, à medida que cada uma delas se alterava de acor-
do com a intensidade e alocaltzação das forças que the
são subjacentes, e à medida que as dinâmicas territoriais
reforçavam as disparidades.
Portanto, o que mudou neste livro em relação ao
precedente não é o espírito nem o método, mas os
meios disponíveis, principalmente os meios editoriais e
informáticos. O uso da cor se generalaoq e, desta vez,
os mapas são em cores e não em preto e branco, além
de serem vetoriais e não matriciais. Os softwares de
tratamento estatístico e de cartografia fizeram consi-
deráveis progressos, e os computadores pessoais, para
tratar dados e desenhar mapas, têm hoje a potência
que era reservada aos centros de cálculo das universi-
dades e centros de pesquisa. Graças a esses progressos,
a maior parte dos mapas que se seguem foi realizada
nos laptops dos autores, ora em Paris, ora em Brasília,
ou mesmo nos aviões entre essas duas cidades, ou ain-
da nas pequenas cidades ou vilas aonde seus trabalhos
de campo os conduziam.
Contudo, esses meios de cálculo e de representa-
ção cartográfica não serviriam de nada se não existis-
sem dados disponíveis a tÍataÍ, e desse ponto de vista
também as condições alteraram-se muito. O Instituto
Brasileiro de Geografia e de Estatística (IBGE) forne-
ce (gratuita ou quase garuitamente) dados detalhados
aos quais o desenvolvimento rápido da Internet tem fa-
cilitado o acesso. Boa parte dos dados está disponível
em um nível territorial filo, o dos municípios, e, mesmo
recentemente, a uma escala ainda mais fina. a dos dis-
tritos censitários.
Quando os censos do IBGE não são suficientes, os
pesquisadores procuram fontes mais "frescas" e mais fi-
nas que as oficiais - como ocorre em outros países - e
podem lançar mão do que o geógrafo britânico John
Shepherd chamava data gathering e garbage recycling: a
garimpagem de dados e a reciclagem do desperdício. Nes-
se caso, os dados são "subprodutos" das grandes adminis-
tïações e das empresas, que os produzem ineútavelmente
Atlas do Brasil
12
Modelos elementares
O caso do Nordeste
+
+
t l
\
Centro / perìferia
Litoral / Ìnterior
Norte / Sul
t . ' l
l . " l
O arquipélago
[-] ' l
I Y* l
Itr' I
A frente pioneira
As regiÕes
+
+
Uma síntese gráfica:
calorze regroes
Nofte/ Ocasodo Li Ìora/ Centro/ Afrente Oarquipélago
Centro / NoÍdeste interìor periÍeÍiê pionelÍa
Sul
Rêgláo
N
N
litoÍa stable - 6 Zona da Mata NE
centro I o novo centro co
12 O ant igo reino do café S
00-01. Modelos do território brasileiro
quando realizama sua atividade principal, que pode ser
cuidar da população (Sistema Único de Saúde - SUS),
oÍganizat as eleições (Superior Tiibunal Eleitoral -
STE), organizar a circulação aérea (Direção da Aviação
Civil - DAC), vender automóveis ou oferecer acesso à
Internet. Os arquivos produzidos por essas instituições e
empresas estão, muitas vezes, disponíveis e acessíveis,
gratuitamente ou quase, em CD-ROM ou na Internet.
13
Brasil. disparidades e dinâmicas do terrítÓrìo
Tiata-se de uma situação evidentemente muito favorá-
vel para os pesquisadores, que apenas podem desejar
que dure tanto quanto possível. Cabe aqui notar que,
paradoxalmente, o acesso aos dados estatísticos locali-
zados é hoje mais fácil no Brasil, país supostamente em
vias de desenvolvimento, que na França, herdeira de
longa e brilhante tradição estatística. Por isso muitas
vezes a situação brasileira surpreende favoravelmente
os pesquisadores acostumados às reservas do Institut
National de la Statistique et des Études Économiques
(INSEE) e aos rigores da Commission Informatique
et Libertés (CNIL).
Graças a esses dados, que, naturalmente, devem ser
longamente trabalhados para que se possa extrair e
aproveitar deles toda a substância informativa (ou seja,
devem ser limpos, reformatados, tratados, cartografados
e interpretados), os geógrafos podem produzir numero-
sos mapas temáticos. Faz parte das verdades admitidas
no Brasil que "Deus é brasileiro", uma afirmação que
parece ser freqüentemente corroborada pelos "mila-
gres" que pontuam a história do País, e pode-se acres-
centar que o Brasil é também o paraíso dos cartógrafos.
De fato, podem-se, a partir dos dados disponíveis no
País, produzir bons mapas, ou seja, mapas nos quais se
destacam zonas bem distintas, contrastes muito marca-
dos, revelados pela oposição entre zonas claras e zonas
escuras (ou por grandes e pequenos símbolos pontuais),
Contudo, esses contrastes necessitam de melhores
explicações, o que supõe recorrer aos processos e às
análises históricas, econômicas e sociais. O mapa e o
texto são, por conseguinte, ambos indispensáveis.
Apóiam-se mutuamente, pois um revela configurações
territoriais invisíveis na tabela estatística, enquanto o
outro promove a relação dessas configurações com os
processos que lhes deram nascimento. Os processos so-
ciais, seus atores e as suas lógicas não aparecem no ma-
pa, mesmo se o determinam, mas geralmente esses ele-
mentos têm uma dimensão espacial que o mapa revela,
uma vez que o controle do território é freqüentemente
um dos objetivos e uma das dimensões essenciais das
relações sociais.
Este livro é, portanto, menos um atlas do que um
ensaio sobre as dinâmicas territoriais, visto que o Brasil
não é apenas o paraíso dos caÍógrafos, mas também o
dos geógrafos (que se expressam tanto pela imagem
quanto pelo discurso), pois lhes permite, ao mesmo tem-
po, produzir mapas bonitos e bem contrastados e encon-
trar as chaves para explicáìos.
Agradecimentos
Os autores agradecem:
r Ao Centro de Desenvolvimento Sustentável (CDS)
da Universidade de Brasília, e especialmente aos seus
sucessivos diretores, Marcel Bursztyn e Antônio Bra-
sil C. Pinho Jr, por têìos associado a esse Centro, on-
de encontraram não somente apoio institucional e lo-
gístico, mas também, e sobretudo, um meio científico
estimulante e um calor humano incomparável.
o Ao Centre National de la Recherche Scientifique
(CNRS), que, apoiando financeiramente o pesquisa-
dor Hervé Théry desde 1979 (com apenas uma inter-
rupção de 1998 parc2\\2,período no qual foi profes-
sor na École Normale Supérieure), assegurouJhe os
meios necessários para realizar suas pesquisas sobre
o BrasiÌ, e mais particularmente os colegas e diretores
sucessivos do Centre de Recherche et de Documen-
tation sur l'Amérique latine (Credal), o laboratório
onde começou a sua carreira.
r Ao Institut de Recherche pour le Développement
(IRD), que, outorgando a Hervé Théry duas "mis-
sões de longa duração", garantiu-lhe a possibilida-
de de passar mais tempo no Brasil para o último
tratamento de dados e a fase final de redação.
Agradecemos em especial ao seu representante no
Brasil, Pierre Sabaté, pela constante ajuda e pela
attorização de reproduzir o extrato do mapa geo-
lógico do Estado da Bahia (Figura 03-10) e o es-
quema estrutural do crato do São Francisco, do
qual é um dos autores.
o Ao Ministère des Affaires Étrangères, e especialmen-
te à embaixada em Brasília que, várias vezes, nos pro-
moveram os meios para montar parcerias com cole-
gas brasileiros e para compartilhar,com eles, os mé-
todos e instrumentos desenvolvidos para nossas pró-
prias pesquisas.
Atlas do Brasil
14
60'w
I I
Espírito Santo
Trópico de Caprícórnio
Florianópolis
- L imite de regiáo
-*- L imite de Estado
o Capital de Estado
@l Distrito Federal
Porto AlegÍe
60'w
I I
0 500 km
@ HT2003 McM-Libergéo
I Palmas r
o
Tocantinslvlato Grosso
CENTRO-OESTE
Cuiabá
o
6o1r, Goiânia Mìnas Gerais
Belo Horizonte
a
SUDESTE
MaÌo Grosso
do Sul
a
Campo
Sáo
,I-aulo
00-02. Estados e regiões
. À Unité Mixte de Recherche "Tenitórios e globaliza@o nos
púes do Sul", que associa o IRD e a Ecole Normale Supé-
rieure, unidade da qual os dois autores são membroq e onde
encontraram apoio material e quadros intelectuais para
colocar empenpectiva as situa@es amazônicas e brasileiras
. Aos nossos colegas da Universidade de Londrina, es-
pecialmente Omar, Mirian e Márcia, que nos deram a
oportunidade de recolher os elementos da Figura
09-12, convidando-nos a três visitas de ensino e de
pesquisa naquela cidade.
15
Brasit, disparidades e dínâmicas do território
A José Paulo Silveira, Secretário de Estado de Plane-
jamento e Investimentos Estratégicos do Ministério
da Planificação, Orçamento e Gestão, por ter-nos ofe-
recido, além do acesso aos documentos detalhados
que retratam a execução do programa Ávança, Brasil,
a possibilidade de participar em vários colóquios e
reuniões sobre o mesmo assunto.
A Mário Wall, do mesmo Ministério, que nos permi-
tiu acesso aos sistemas de dados lsrnidos pelo con_
sórcio vencedor do edital para a determinação dos ei-
xos nacionais de integração e desenvolvimento.
Ao conselheiro Carlos Henrique Cardim, do Minis-
tério das Relações Exteriores, pelos dados sobre a
diplomacia brasileira.
A Eric Guichard e François-Michel Le Tourneau, o
primeiro autor da Figura 01-13, o segundo das Figu-
ras 01-03 e 01-15. Eric Guichard é também autor do
software Koutosuiss, usado na anâlise dos nomes de
municípios do Capítulo 2.
A Philippe Waniez e Violette Brustlein, Jean-Pierre
Bertrand, Bernard Bret, Martin Coy, Martine Drou-
lers François-Michel Le Tourneau, Richard Pasquis,
Sylvain Souchaud, Sébastien Velut, pelos anos de co-
laboração sobre a carto$afia e a geografia do BrasiÌ,
pelas trocas múltiplas sobre as fontes de dados, as lo-
calizações e os mecanismos das mutações brasileiras.
Este livro, escrito a dois, deve muito às discussões
ocorridas nesse grupo de "brasilianistas".
Atlas do Brasi l
16

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