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Universidade Federal da Bahia
Faculdade de Medicina da Bahia
Departamento de Saúde da Família
MEDD88 -Medicina de Família e Comunidade
Discente: ANA PAULA QUEIROZ DOS SANTOS
RESENHA CRÍTICA
Lopes JMC, Dias LC. Consulta e abordagem centrada na pessoa. In: Tratado de Medicina de Família e Comunidade - 2 Volumes: Princípios, Formação e Prática. 2a. ed. Porto Alegre: Artmed; 2018:1449.
	 O capítulo intitulado "Consulta e Abordagem Centrada na Pessoa" do Tratado de Medicina de Família e Comunidade, foi redigido por José Mauro e Lêda Chaves, o mesmo tem como propósito enfatizar a voz da interação clínica entre o médico de família e comunidade e o paciente. Essa interação, que tem seu ponto de partida nas consultas, representa um elo vital e é baseada numa abordagem centrada na pessoa. Essa abordagem não se limita apenas aos aspectos clínicos discutidos no conflito, mas se expande para uma prática social mais abrangente, fundamentada na escuta atenta. A construção dessa prática social, traz consigo a responsabilidade do médico em desenvolver estratégias que personalizam cada consulta. Essas estratégias visam criar um cuidado individualizado, que se manifesta tanto dentro quanto fora do ambiente de consulta
Ao longo do capítulo, os autores destacam que o modelo de cuidado em saúde apresentado deve colocar o paciente como o foco central do processo de cuidado, de modo que o médico possa construir um contrato fundamentado na empatia e parceria, a fim de identificar dificuldades, dominar emoções e saber os limites do seu paciente. Tal abordagem deve ser holística, com o intuito a levar em consideração não apenas as condições físicas do paciente, mas também suas necessidades emocionais, sociais e espirituais; suas repercussões, relações e determinação no processo de cuidado.
A abordagem médica centrada na pessoa é fundamental em uma relação entre médico e paciente que é caracterizada por ser colaborativa e respeitosa. Nesse contexto, incentiva-se ativamente a participação do paciente em seu próprio processo de cuidado, reconhecendo que o paciente detém um conhecimento especializado sobre si mesmo. Dentro dessa abordagem, o papel do médico não é apenas o de um especialista que prescreve tratamentos, mas sim o de um facilitador do cuidado, levando em conta as emoções e valores individuais do paciente. O ponto de partida para estabelecer essa dinâmica de cuidado está na consulta médica. Esta se revela como uma etapa crucial, sendo uma condição essencial para que o encontro entre o médico e o paciente tenha promovido e, consequentemente, para que os laços entre eles se estabeleçam.
Ao decorrer do texto, os autores enfatizam que a consulta e a abordagem médica centrada na pessoa devem reconhecer que cada paciente é único e que suas necessidades, emoções e valores podem variar. Portanto, o cuidado deve ser personalizado para atender às necessidades específicas de cada paciente. Isso envolve a consideração de fatores como cultura, religião, história pessoal e experiências anteriores de cuidado em saúde; elementos-chave para alcançar êxito na consulta, preservar e melhorar a relação entre o médico e a pessoa.
A consulta e abordagem médica centrada na pessoa deve se basear em três princípios fundamentais: a empatia, a confiança e a aceitação incondicional; princípios--base para a relação entre o médico e o paciente, e essências para que ocorra a promoção da mudança terapêutica. A empatia se traduzindo como a capacidade do médico entender e se colocar no lugar de seu paciente, com o propósito de compreender seus sentimentos e perspectivas. A confiança de modo que o profissional possa criar estratégias para o paciente compartilhar os seus sentimentos, problemas e emoções durante o atendimento. E a aceitação incondicional do médico em compreender o seu paciente como pessoa, sem julgamentos ou condições; de modo a compartilhar o poder na relação e renunciar o controle integral da consulta, que tradicionalmente ficaria em suas mãos.
A meta é auxiliar o paciente a desenvolver um maior autoconhecimento e descobrir soluções para suas questões internas, ao substituir de simplesmente fornecer respostas ou direcionamentos. Esse engajamento ativo do paciente na tomada de decisões relacionadas à sua saúde, envolve assegurar que ele esteja plenamente informado sobre as alternativas de tratamento disponíveis e conhecimento adequado para selecionar a abordagem que mais alinhe com suas necessidades e expectativas. A consulta e abordagem médica centrada na pessoa é uma abordagem cada vez mais valorizada na medicina moderna, com pesquisas demonstrando que tem sido associada a melhores resultados de saúde, maior satisfação do paciente e maior adesão ao tratamento, melhores resultados de saúde e maior satisfação do paciente.
O capítulo analisado, apresenta uma estrutura altamente sofisticada, exigindo uma base de conhecimento pré-existente sobre a interação entre médicos e pacientes, bem como a abordagem centrada na pessoa adotada por esses profissionais. Para sua apreensão e interpretação mais profunda, é necessária ter familiaridade com esses conceitos. Repleto de informações essenciais para construir e enriquecer essa relação, o capítulo está intrinsecamente ligado ao contexto clínico, médico e social do Brasil. Inicialmente, é recomendado para estudantes de medicina, médicos, outros profissionais da área de saúde e educadores que estejam envolvidos na formação de profissionais de saúde, dado que fornece um currículo valioso e pertinente às suas práticas e ensinamentos.
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