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Desenvolvimento de Mudas de Maracujazeiro

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11ª Jornada Científica – Embrapa Mandioca e Fruticultura | 2017 
Desenvolvimento de mudas de maracujazeiro submetidas a estresse salino 
 
Luana Laís de Almeida dos Santos¹; Elisson de Araújo Dias¹; Regiana Santos Moura.¹; Mauricio Antônio 
Coelho Filho 2 
 
1 Estudante de Agronomia da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, luanalaais@gmail.com; 
elissondias.a@hotmail.com; regianna.ufpi@gmail.com; ² Pesquisador da Embrapa Mandioca e Fruticultura, mauricio-
antonio.coelho@embrapa.br; 
 
O maracujazeiro está entre as frutíferas de maior expressão econômica mundial, sendo intensamente 
cultivado em países de clima tropical e subtropical, como no Brasil, que se destaca como maior consumidor 
e produtor dessa fruta. Objetivou-se avaliar o desenvolvimento de mudas de maracujazeiro, oriundas de 
semente, sob diferentes níveis de salinidade da água de irrigação. O experimento foi conduzido em casa de 
vegetação, no período de outubro a dezembro de 2015, no Núcleo de Engenharia de Água e Solo (NEAS) 
da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia. Os tratamentos foram distribuidos em delineamento 
inteiramente casualizado, em arranjo fatorial 5 x 3, referente a cinco níveis de salinidade da água de 
irrigação: 0,3; 1,4; 2,5; 3,6 e 4,7 dS m-1, e três espécies de maracujazeiro: Passiflora gibertii; P. cincinnata e 
P. edulis, com quatro repetições. Foram realizadas as seguintes avaliações aos 60 dias após o início da 
aplicação dos tratamentos com água salina (plantas com 90 dias de idade e com 70 dias após o 
procedimento de transplantio em garrafas PET (2 dm3)): taxa de crescimento absoluto e relativo (TCA e 
TCR); altura de plantas (AP); diâmetro de caule (DC); massa seca da raiz (MSR); massa seca da parte 
aérea (MSPA); e massa seca total (MST). Os dados foram submetidos à análise de variância pelo teste “F” 
e regressão polinomial para os níveis de salinidade, com o auxílio do software Sisvar. Houve interação 
(p≤0,05) para níveis de salinidade da água x espécies de maracujazeiro para todas as variáveis analisadas 
aos 60 dias após aplicação de água salina. As taxas de crescimento absoluto e relativo da altura da planta, 
do diâmetro do caule e da acumulação de matéria seca em diferentes partes das plantas de maracujá são 
afetadas pela salinidade da água de irrigação, sendo o diâmetro do caule a variável mais sensível ao 
aumento da salinidade da água. Pode-se utilizar água de até 1,87 dS m-1 para irrigar as mudas de P. gibertii, 
2,14 dS m-1 para o P. edulis, e 1,5 dS m-1 para o P. cincinnata para obtenção de crescimento satisfatório das mudas. 
 
Significado e impacto do trabalho: O uso de águas salinas é recorrente em muitas regiões, devido à 
salinização de muitos solos e recursos hidricos. A avaliação do crescimento e desenvolvimento vegetal de 
plantas de espécies de maracujazeiro pode revelar uma espécie com mecanismos de tolerancia à salinidade. 
 
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mailto:elissondias.a@hotmail.com
mailto:regianna.ufpi@gmail.com
mailto:mauricio-antonio.coelho@embrapa.br
mailto:mauricio-antonio.coelho@embrapa.br
11ª Jornada Científica – Embrapa Mandioca e Fruticultura | 2017 
Efeito da adubação verde sobre a produção de matéria seca da bananeira 
 
Jondson Augusto Rebouças Fé1, Francisco Alisson da Silva Xavier2 
 
1Estudante de Agronomia da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, jondson27@gmail.com; 
2Pesquisador da Embrapa Mandioca e Fruticultura, alisson.xavier@embrapa.br 
 
A prática da adubação verde é considerada uma estratégia de manejo do solo bastante utilizada, visando, 
dentre outros benefícios, a melhoria da fertilidade do solo. Porém, o reflexo desse benefício sobre a 
produção de matéria seca da planta tem sido pouco avaliado. Sob a hipótese de que a adubação verde 
melhora a ciclagem no solo e a disponibilidade de nutrientes para a planta e, com isso, aumenta a produção 
de matéria seca, o presente estudo teve por objetivo quantificar a produção de matéria seca da bananeira 
após o pré-cultivo de adubos verdes. O experimento foi conduzido em área de produtor, situada no distrito 
de irrigação Formoso em Bom Jesus da Lapa-BA. Anterior ao cultivo da bananeira, o solo foi cultivado com 
uma combinação de adubos verdes (coquetel) formado pelas espécies Crotalaria juncea (Crotalária juncea 
– cultivar IAC KR-1) e Sorghum bicolor (Sorgo híbrido – cultivar SS318), na proporção de 50% em relação à 
quantidade de sementes para o plantio solteiro. O coquetel de adubos verdes foi cultivado até o estágio 
máximo de floração, aproximadamente 100 dias, e posteriormente a massa verde foi roçada e mantida 
sobre o solo para decomposição natural, sem incorporação. O plantio da bananeira, variedade prata-anã, foi 
feito cerca de 30 dias após a roçagem do coquetel. O delineamento foi inteiramente casualizado, com 
parcelas de 324 m2 (18 m x 18 m), com e sem coquetel, com quatro repetições. A avaliação da matéria seca 
foi feita em plantas adultas entre o primeiro e segundo ciclo. Foram selecionadas cinco plantas por 
tratamento. Quantificou-se a matéria seca das seguintes secções das plantas: limbo; pecíolo (folha e base 
da folha); pseudocaule (terços superior, médio e inferior); engaço; e frutos. Foram medidos os diâmetros do 
pseudocaule à 30 cm do solo e à altura do peito. De modo geral, independente do tratamento de adubos 
verdes, os percentuais de matéria seca concentraram-se na seguinte ordem em relação às secções das 
plantas: caule (69%) > limbo (14%) > pecíolo (11%) > frutos (3%) > engaço (2%). Não houve diferença 
significativa entre os tratamentos com e sem coquetel na produção de matéria seca das plantas de 
bananeira. Houve maior produção de matéria seca no terço inferior (30%) do pseudocaule em relação ao 
terço superior (18%). O teor médio de água na planta foi de 68 e 80 kg/planta nos tratamentos com e sem 
coquetel, respectivamente. Apesar dessa diferença, a proporção de umidade nas diferentes seccções das 
plantas nos tratamentos com e sem adubação verde foi similar, sendo: pseudocaule > limbo > pecíolo > 
engaço > frutos. A maior proporção de água na planta foi no pseudocaule, com 82% do volume total de 
água. Nas condições do presente estudo, apenas um ciclo de cultivo de adubos verdes não afetou a 
produção de matéria seca das plantas de bananeira, sugerindo que essa prática agrícola, para ser eficiente, 
deve ser continuada em longo prazo, visando a maior disponibildade de nutrientes para as plantas. Novos 
estudos que relacionem a produção de matéria seca na planta com os benefícios que os adubos verdes 
podem trazer para o solo devem ser desenvolvidos. 
 
 
Significado e impacto do trabalho: Este trabalho mostrou que a prática da adubação verde não aumenta 
os teores de matéria seca da bananeira quando praticada somente em curto prazo. Os resultados apontam 
que a continuidade da prática no sistema de produção é fundamental para respostas efetivas. 
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	1_MRN.pdf
	MRN-D-149_17_V02-Aprovado
	MRN-E-137_17_V01-Aprovado

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