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O Feijão Nhemba

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O Feijão Nhemba
Vigna unguiculata (L.) Walp.
INTRODUÇÃO
(ORIGEM - DOMESTICAÇÃO E DISPERSÃO)
O gênero Vigna, ao qual pertence o Feijão, conhecido como Caupi, ocorre nas regiões tropicais e subtropicais com ampla distribuição mundial.
A origem do Caupi é bastante controvertida.
 Acredita-se atualmente como sendo originário da África, mais precisamente das regiões semi-áridas do Oeste da África, provavelmente, a Nigéria, onde se encontra uma das maiores áreas de produção de Caupi do mundo.
CENTRO DE ORIGEM
IMPORTÂNCIA SOCIOECONÔMICA
Leguminosa de grande importância nas regiões tropicais e subtropicais do mundo, abrangendo 97 países;
Gerador de emprego, renda e alimento
Apresenta grãos ricos em proteínas, carboidratos, minerais, vitaminas e fibras;
 Apresenta adaptação a solos pobres e com baixa disponibilidade hídrica;
Apresenta associação com bactérias do solo na FBN;
É utilizado como forragem verde, feno, silagem, farinha para alimentação animal e, ainda, como adubação verde e proteção do solo.
Utilizações 
Em muito países, todas as partes da planta (raiz, hastes, folhas, vagens e grãos) são aproveitadas para consumo humano. 
Além disso, a composição de nutrientes digestíveis; o rendimento de grãos, massa verde e massa seca, permitem também sua utilização como forragem verde, feno, ensilagem, pastagem, farinha para alimentação animal e,
 Ainda na rotação de culturas e adubação verde, visando a recuperação da fertilidade dos solos.
RENDIMENTO DO CAUPI EM DIFERENTES USOS ALTERNATIVOS
VALOR NUTRITIVO
PROTEÍNA - conforme a espécie e a variedade o teor de proteína varia entre, 25,01% e 31,80% ( média 28,93%). Sendo que este teor pode ser aumentado.
HIDRATO DE CARBONO - o feijão possui de 45 à 56% de hidrato de carbono, sendo este componente o que apresenta menor coeficiente de variação entre as cultivares.
MATÉRIAS GRAXAS - 1,30% 1 Kg de feijão fornece em média 3.300 cal, sendo por conseguinte um alimento energético.
SAIS MINERAIS - é rico em Cálcio, Fósforo e Ferro. Cada 100 g de feijão possui, em média, 90 mg de Ca; 2,8 a 11 mg de Fe; 9,77 a 11,27 mg de P.
VITAMINAS - é fonte razoável de vitamina B1, tiamina, contendo 0,9 mg/ 100g. Possui também vitamina C, mas é eliminada na cocção.
CLASSIFICAÇÃO BOTÂNICA
Classe: Dicotiledonea
Família: Fabaceae
Sub-família: Papilionoideae
Gêneros: Vigna e Phaseolus
Espécies: Vigna unguiculata (L.) Walp
Phaseolus vulgaris L
Phaseolus lunatus L.
Foto: IITA 
MORFOLOGIA DA PLANTA
GERMINAÇÃO: Epígea. A percentagem de germinação não é freqüentemente baixa, a menos que as sementes estejam expostas à condições muito desfavoráveis.
 
RAIZ: Sistema radicular pivotante, formado por uma forte raiz principal com muitas ramificações laterais. 
Notam-se nas raízes, nódulos provocados pelas simbiose com diferentes estirpes de bactérias do gênero Rhizobium, fixadoras do Nitrogênio do ar.
 
CAULE: Haste herbácea, ramificada, de cor verde. 
Nesta espécie distinguimos dois tipos de crescimento da haste principal: determinado e indeterminado, que caracterizam o porte da planta.  
FOLHA: O primeiro par de folhas acima dos cotilédones, folhas primárias, são sésseis, simples e opostas, exibindo considerável variação de forma e tamanho. As folhas definitivas são, alternas, compostas trifoliadas, com um folíolo terminal mais comprido e maior que os dois laterais simétricos, estando cada folíolo preso ao pecíolo comum, por meio de curto peciólulo. 
INFLORESCÊNCIA: A inflorescência do Caupi é axilar, constituída de um pedúnculos na extremidade do qual inserem-se as flores e posteriormente os frutos dispostos em pares alternados. Os pedúnculos podem ser longos ou curtos e o seu tamanho determina o nível de inserção das vagens quanto à folhagem.
MORFOLOGIA DA PLANTA
O tamanho dos folíolos é variável. A forma do folíolo terminal pode ser ovalada, sagitada, semi lanceolada ou lanceolada. As folhas apresentam coloração verde e podem ser pilosas ou glabras. Existe uma correlação direta entre o tamanho da folha e o tamanho do grão.
10
WELLO WELLO (WW) - O tamanho dos folíolos é variável. A forma do folíolo terminal pode ser ovalada, sagitada, semi lanceolada ou lanceolada. As folhas apresentam coloração verde e podem ser pilosas ou glabras. Existe uma correlação direta entre o tamanho da folha e o tamanho do grão.
FRUTO: tipo vagem, fruto seco e deiscente, variando em forma, cor, tamanho e número de sementes.
 Quanto à forma as vagens podem apresentar-se: eretas, curvas, em forma de foice ou enroladas.
 A coloração do fruto maduro é amarelo palha, roxo ou verde. As vagens de cor escura apresentam maior resistência aos insetos sugadores de vagens. As vagens medem, em média, de 09 a 29 cm. 
MORFOLOGIA DA PLANTA
PORTE DA PLANTA 
O tipo de porte é determinado de acordo com o tipo de ramificação apresentado pela planta no início da floração; assim temos:
1- ERECTO AGUDO - quando os ramos laterais são pequenos e formam um ângulo agudo com o ramo principal.
2 - ERECTO - quando os ramos laterais formam um ângulo menos agudo que o anterior com o ramo principal.
3 - SEMI-ERECTO - quando os ramos laterais tendem a ser perpendiculares ao ramo principal, e os ramos inferiores não tocam o solo.
4 - INTERMEDIÁRIO - quando os ramos laterais tendem a ser perpendiculares ao ramo principal e a maioria dos ramos inferiores toca o solo.
5 - SEMI-EMRAMADOR - quando a copa das plantas atinge 20 cm ou mais de altura acima do solo, e os ramos estendem-se até dois metros de comprimento.
 
 
6 - EMRAMADOR - quando a copa da planta fica praticamente no nível do solo, menos de 20 cm de altura, com os ramos estendendo-se mais de dois metros de comprimento.
 
7 - TREPADOR - quando a planta é volúvel e necessita de suporte como apoio ao seu desenvolvimento. Nesta categoria, podem ser enquadrados os tipos semi-ramador e ramador, quando cultivados no sistema associado, pois utilizam a planta consorte como suporte. Nesta situação estas plantas são as mais recomendadas como forrageiras, principalmente, se consorciadas com milho ou sorgo.
Classificação do porte das Plantas
Tipo 1. ERETO - ramos principal e secundários curtos, com os ramos secundários formando um ângulo que pode variar de agudo a reto com o ramo principal. Regionalmente conhecidos como “feijão de moita”
Tipo 2. SEMI-ERETO – ramos principal e secundários de tamanhos curto a médio com os ramos secundários formando um ângulo reto com o ramo principal, geralmente sem tocar o solo. Regionalmente conhecidos como “meia corda”
Tipo 3. SEMI-ENRAMADOR – ramos principal e secundários de tamanho médio, com os ramos secundários inferiores tocando o solo a partir de seu terço médio e apresentando tendência para se apoiarem em suportes verticais
Tipo 4. ENRAMADOR – ramo principal e ramos secundários longos, com os ramos secundários inferiores tocando o solo e apresentando tendência para se apoiarem em suportes verticais. Os tipos semi-enramador e ramador são regionalmente conhecidos como “feijão de corda”
Classificação do porte das Plantas
Porte ereto
Porte enramador
CICLO DA PLANTA
 Precoce – até 70 dias, 
Médias de 70 a 90 dias e
 Tardias acima de 90 dias. 
Essa classificação representa bem o ciclo do Caupi, porém pode-se estabelecer maior detalhamento como:
Super- precoce – cultivares cujas vagens amadurecem até 60 dias após a sementeira. 
Precoce - cultivares cujas vagens amadurecem entre 61 e 70 dias após a sementeira
Médio – cultivares cujas vagens amadurecem entre 71 e 90 dias após a sementeira, sendo:
médio-precoce maturidade alcançada entre71 e 80 dias
médio-tardio maturidade alcançada entre 81 e 90 dias
Tardio – cultivares cujas vagens amadurecem a partir de 91 dias após a sementeir	
CICLO DA PLANTA
Fase de crescimento vegetativo
Fase reprodutiva
Germinação e estabelecimento
0 
dias
7-10 
dias
30-100
dias
Floração
55-240
dias
Maturação
FACTORES PARAESCOLHA DA CULTIVAR
PORTE DA PLANTA
FERTILIDADE DO SOLO
DISPONIBILIDADE DE ÁGUA
ESCOLHA DA CULTIVAR PELAS CARACTERÍSTICAS DO GRÃO (cor e tamanho)
ESTÁDIOS DE CRESCIMENTO DO CAUPI
1. FASE DE GERMINAÇÃO: 
2. FASE VEGETATIVA:  
3. FASE REPRODUTIVA:  
4. FASE DE MATURAÇÃO:
MODELOS TEÓRICOS DE DESENVOLVIMENTO DE CULTIVARES 
	0 - 5 dias: Fase de Germinação	0 - 5 dias: Fase de Germinação
	 	 
	5 - 40 dias: Fase Vegetativa - início da nodulação	5 - 70 dias: Fase Vegetativa - nodulação
	 	 
	40 - 55 dias: Fase Reprodutiva - florescimento e frutificação	70 - 110 dias: Fase reprodutiva - Florescimento, Frutificação, Maturação e Colheita
	 	 
	55-75 dias: Fase de maturação e colheita.	 
Ciclo: 75 dias e mais de 110 dias, (precoces e tardios).
CARACTERÍSTICAS EDAFOCLIMÁTICAS
Temperatura
O Caupi pode ser cultivado numa faixa de 18 a 37ºC ( Ótimo ± 28ºC). 	
	
Temperatura baixa (< 18ºC) prolonga o desenvolvimento vegetativo.		
Temperatura elevada (> 37ºC) provoca a queda das flores e diminui o número de plantas com nódulos e o número de nódulos por planta.
A faixa de 24 a 33ºC é a mais apropriada à formação de nódulos.
		
 
Precipitações:
A deficiência hídrica afeta a planta reduzindo o seu potencial de produção, principalmente se ocorre na fase de floração e frutificação. 
O período crítico de exigência de água vai de uma semana antes da floração até a frutificação plena.
Precipitações em torno de 50mm por mês são suficientes para o desenvolvimento da cultura, se o solo tem boa capacidade de armazenamento d'água.
Luz
O fotoperíodo que influencia a indução do florescimento de diferentes cultivares de Caupi encontra-se na faixa entre 8 e 14 horas.
Solos
Apesar da versatilidade do feijoeiro quanto ao solo, deve-se evitar áreas que apresentem excesso de umidade, ou solos demasiado argilosos.
De modo geral, o Caupi se desenvolve bem em solos leves, soltos, arejados, profundos, drenáveis, com regular teor de matéria orgânica, férteis ou de fertilidade média, de textura argilo silicosos ou sílico argilosos. 
Diversas pesquisas têm mostrado que o Caupi possui determinada tolerância à meios ácidos. Solos com pH superior a 5,5 são considerados bons para a cultura. 
27
PREPARO DO SOLO
VANTAGENS DO BOM PREPARO DE SOLO
 
- Aumenta a velocidade de emergência e garante bom “stand” 
- Melhora o desenvolvimento do sistema radicular
- Aumenta a capacidade de absorção/nutrição da planta
- Diminui a incidência de ervas invasoras
- Possibilita tratamento dos restos da cultura anterior
- Destroi grande parte das pragas do solo e das pragas em hibernação no solo
No planejamento das operações de aração e gradagem devem ser consideradas as características e condições físicas do solo como: 
		- textura e estrutura;
		- existência ou não de camada compactada;
		- teor de umidade;
		- declividade do terreno,
		- profundidade da camada arável (esta deve ser tal, que permita a reversão completa das leivas e deve variar a cada ano para evitar a formação de camada compactada que ocorre quando a aração é feita sempre na mesma profundidade).
NUTRIÇÃO E ADUBAÇÃO
Práticas culturais
Geralmente é consociada, geralmente com cultivares indeterminados; com milho no sul e mandioca e mapira no norte
Geralmente semeado antes do milho no sul que é uma cultura mais importante 
Semear cedo às vezes pode levar a maiores rendimentos, mas entra em conflito com os cereais em termos de FT para a sementeira e sacha.
ESPAÇAMENTO E DENSIDADE
Uma das causas da baixa produtividade do Caupi é a escassez ou o excesso de plantas por área.
 O espaçamento corresponde à distância entre as plantas no campo e a densidade refere-se ao número de plantas por área.
O espaçamento depende:- do porte da cultivar;
 - da fertilidade do solo;
- do sistema de cultivo (solteiro ou consorciado)
Controle de ervas daninhas
MÉTODOS DE CONTROLE DAS PLANTAS INVASORAS
- DIRETO - Capinas: manuais
 mecânicas
 Químico (uso de herbicidas)
- INDIRETO - Cultural (rotação, plantio direto etc)
 
-INTEGRADO - Combinação de mais de um método
COLHEITA 
Época de colheita, considerando a finalidade da produção:
Grãos secos: (destinados ao consumo humano). Deve ser colhido quando as vagens atingirem a maturação, que se caracteriza pela mudança de coloração e de consistência das vagens e grãos.
 Isto ocorre, normalmente, 20 dias após emissão da vagem e nesta ocasião, o teor de umidade do grão deverá está entre 16 e 20%. Se a colheita for efetuada antes, ou após, a época ideal, a qualidade do grão é afetada e a quantidade reduzida.
COLHEITA 
Grãos verdes: deve ser colhido antes da vagem entrar no início da maturação, ou seja, antes que mude completamente de cor.
 
Vagem verde: (destinada ao consumo como legume): deve ser colhido quando as vagens estão suficientemente desenvolvidas, com poucas fibras, o que ocorre entre o 6o e 9o dia após sua emissão.
Adubação verde: a planta deve ser cortada no início do florescimento, pois neste estágio as plantas estão com o máximo desenvolvimento vegetativo e máximo teor de reservas acumuladas.
COLHEITA 
Alimentação animal: Forragem verde
Silagem ou feno
Quando o objetivo é a produção de forragem verde o corte deverá ser feito quando a planta inicia o florescimento, pois neste estágio, as ramas atingem máximo desenvolvimento, as folhas ainda não começaram a cair, as hastes estão verdes e tenras, unindo-se o valor nutritivo ao máximo rendimento de massa verde. Para este fim deve-se preferir cultivares ramadoras.
BENEFICIAMENTO
Secagem das vagens
A secagem começa no campo, após a maturação fisiológica das vagens e sementes e deve ser complementada após a colheita. 
As vagens colhidas são postas a secar, para reduzir a umidade e facilitar a soltura dos grãos.
Debulha ou trilha
Após a secagem, as vagens devem ser trilhadas, manual ou mecanicamente. Para pequenas quantidades é feita debulha, vagem por vagem, com as mãos ou a batedura, utilizando varas flexíveis ,no próprio local da secagem.
BENEFICIAMENTO
Secagem dos grãos
Após separados das vagens, os grãos são deixados ao sol para completarem a secagem, a fim de atingirem o grau de umidade ideal ao armazenamento, que é aproximadamente 12%.
A secagem, tanto das vagens como dos grãos, pode ser natural ou artificial.
ARMAZENAMENTO
O teor de umidade das sementes, deve está em torno de 12%. As sementes muito secas (9 - 10%) quebram-se com muita facilidade e as muito úmidas ficam altamente susceptíveis ao ataque de pragas, patógenos e à deterioração.
Após a secagem, os grãos, em pequena quantidade, podem ser armazenados por longo período, em latas, tambores de zinco de 200 litros ou garrafas, hermeticamente fechados, para eliminar o oxigênio e impedir o desenvolvimento de insetos.
O armazenamento em tambores de zinco e latas é muito eficiente, permitindo acondicionar permitindo acondicionar o produto por 12 meses sem alterar suas características qualitativas.
CONSORCIAÇÃO
Vantagens da Consorciação
Maior produção de alimentos por área: as produções equivalentes das duas culturas são superiores às dos monocultivos.
Estabilidade de rendimento: no sistema consorciado, se uma das culturas falha odesenvolve com problemas, a outra garante a produção.
Controle das plantas daninhas: o sistema de associação, Milho X Caupi, apresenta maior competitividade no espaço e no tempo.
Controle de erosão: a associação de culturas proporciona uma melhor cobertura do solo.
Melhor aproveitamento da mão-de-obra: por não ocorrer coincidência no ciclo das duas culturas.
SemeENTEIRA RelativA : CAUPI X MILHO
Os melhores resultados, em termos de rendimento de grãos, foram obtidos quando a semeadura das duas culturas ocorreu no mesmo dia. 
Sistemas de Associação: CAUPI X MILHONo Piauí, são encontrados os mais diferentes sistemas de associação do Milho com o Caupi. Os mais indicados são:
Semeadura simultânea das duas culturas na mesma fileira. (Fig. 1)
Apresenta a vantagem de permitir que o plantio e os tratos culturais sejam feitos utilizando tração animal ou tratorizada.
Semeadura simultânea das duas culturas em fileiras intercaladas. (Figuras 2 e 3 ) 
		No geral os melhores arranjos espaciais são: uma linha de Caupi para uma de Milho 1C: 1M (Fig. 2) ou duas linhas de Caupi para uma de milho 2C: 1M (Fig. 3). Neste sistema as duas culturas são semeadas em fileiras diferentes. 
Sementeira simultânea das duas culturas em faixas alternadas (Figura 4)
		Este sistema permite a mecanização na maioria das operações, pois as culturas podem ser manejadas como em monocultivos. O arranjo espacial mais usado é o de duas fileiras de milho para três fileiras de Caupi
 1,0m 0,5m 1,80m 0,6 0,6
x : x : x : x x : : x : : x : : x
x : x : x : x x : : x : : x : : x
x : x : x : x x : : x : : x : : x
x : x : x : x x : : x : : x : : x
x : x : x : x x : : x : : x : : x
 
 Figura 2. Figura 3
FIG. 2 Semeadura de uma fileira de Caupi (.) entre duas fileiras de Milho (x).
FIG. 3. Semeadura de duas fileiras de Caupi (.) entre duas fileiras de Milho (x).
 
O feijão nhemba 
em Moçambique
Aspectos importantes
Preparação da área
Preparar medidas de controle e gestão das actividades
Financeiramente para assegurar um bom andamento das actividades
Nhemba em Moçambique
2a leguminosa mais importante depois do amendoim.
Em 1970 estimava-se uma área cultivada de 180,000 ha.
Rendimento médio nacional ≈300 kg/ha.
Rendimentos mais altos na zona Norte; melhores solos e chuvas mais regulares.
Necessidades de semente de cerca de 15 kg/ha.
Principais limitantes bióticos
Afideos.
Thrips da flor.
Thrips da folha.
Nematrodos de galha: solos leves
Broca da vagem
Gorgulho no armazem
Mosaico dourado do nhemba.
Mosaico dos afideos do nhemba.
Doenças
Mosaico dourado – Forma manchas amarelo brilhante. É uma virose. Tem como vector a mosca branca Bemisia tabaci. Não é transmitido por semente.
Mosaico dos afideos – Forma manchas verdes claro a escuro. Virose. Transmitido por afideos (Aphis craccivora, Myzus persicae). Transmitido pela semente. Perdas de 15-87%.
Pragas
Thrips da folha – Sericothrips occipitalis.
Thrips da flor – Megalurothrips sjostedti.
Afideos – Aphis craccivora.
Gorgulho (armazenagem) – Callosobruchus maculatus.
Infestantes
Alectra vogelii – planta parasitica.
Cyperus spp. – tiriricas (roxa e amarela).
Para o controlo de infestantes deve-se manter o campo livre de infestantes (2-3 sachas) durante os primeiros 45 dias do ciclo (periodo de estabelecimento da canopia e cobertura do solo).
Principais limitantes abioticos
Seca: Chuvas irregulares e erractivas; stress intermitente e terminal afectam a produção e productividade
Baixa fertilidade de solos principalmente em P
Toxicidade em alumínio
Cálculo das necessidades
Preparação do solo: 30 - 45 dias antes da sementeira lavoura seguida de uma lavoura e gradagem príximo a sementeira
Semente: depende da densidade; 50-60x20-25 vars erectas; 10-1.5x20-30 prostradas; 1-3 sementes/covacho
Fertilizantes: Calcular as necessidades de adubação usando superfosfato simples (46% de P) ou NPK: 12-24-12; 30kg/ha P; calcular o excesso e défice dos outros nutrientes
Sachas: Primeiras 3 a 6 semanas críticas
Aplicar insecticidas nas primeiras semanas p controlar afídeos e desde 15-20 dias antes da floração para controlar o thrips da flor
Água: 400mm necessários
Períodos críticos: Agua, floração e enchimento de grão
Produção - Moçambique
Maior área e produção – Inhambane e Nampula seguidos de zambézia, Gaza Maputo e Cabo Delgado.
Maior parte produzido em consociação, com a excepção de Nampula, Cabo Delgado e Niassa, onde o cultivo puro é frequente.
Base para distinção de variedades
Resposta ao fotoperiodo:
Fotossentitivas.
Fotoinsensitivas.
Hábito de crescimento:
Determinadas (erectas e semi-erectas).
Indeterminadas (prostradas).
Duração do ciclo da cultura
Variedades de ciclo curto
Variedades de ciclo longo
Em geral existe uma associação entre fotoinsensitividade e crescimento determinado.
Variedades locais
Cvs determinados, sensíveis ao fotoperiodo – não existem em Moçambique.
Cvs determinados insensíveis ao fotoperiodo:
Grupo namurua – cultivados no Norte (Zambézia, Nampula e Cabo Delgado), prostradas: var. Namrua.
Grupo chichengane, sacana ou frade – cultivados cultivados na zona Sul, nos regadios e vales de rios. Grupo muito variável. Geralmente erectas (por vezes prostradas e indeterminadas); grão branco com hilo preto
Variedades locais (2)
Cvs indeterminados, insensíveis ao fotoperiodo:
Grupo urabsua ou chinhauane – Cultivados no Sul do País, prostradas, entram em floração 40 dias depois da sementeira. Podem ser de grão grande ou pequeno. 
Variedades locais (3)
Cvs indeterminados, sensíveis ao fotoperiodo:
Grupo ecute – Cultivadas no Norte, grande poder de produção de folhas, prostradas, grão grande: var. Ecute.
Grupo nhabubo – Cultivadas no Sul do país. Grande produção de folhas, prostradas, grão variável: Maputo, Massava 11 e 14, FN-1-13-04, FN-2-13-04, etc.
Ciclo das variedades
Variedades de ciclo curto
<75 dias
Ex: IT18, INIA36, INIA41
Variedades de ciclo longo
Mais de 75 variedades
Namrua, Ecute, Maputo
Fotoperiodo e adaptação
O fotoperiodismo no Norte permite á planta evitar entrar em floração durante o periodo de grande precipitação (alagamento potencial).
No Sul, o fotoperiodismo para além da adaptação á precipitação, permite evitar que a floração ocorra na época fresca (início nos fins de Abril).
Bibliografia
Miller Jr., J. G., J. P. Miller and R. L. Fery (ed.). 1988. Cowpea Research-A U.S. Perspective. Proc. of the 2nd Southern pea Workshop. Texas A&M Univ. College Station, TX.
Nene, Y. L., S. D. Hall and V. K. Sheila (ed.). 1990. The Pigeonpea. CAB International. Wallingland, UK.
S. Shanmugasundaram (ed.) 1988. Mungbean: Proceedings of the Second International Symposium. AVRDC Taipei, Taiwain.
Singh, S. R. and K. O. Rachie. (ed.). 1985. Cowpea Research, Production and Utilization. John Wiley & Sons New York.
van der Maesen, L. J. G. . 1983. World Distribution of Pigeonpea. ICRISAT Bulletin No. 14. India.
S. M. Virmani, D. G. Fories, and C. Johausen (ed.). 1991. Agro-climatology of Asian Grain Legumes Chickpea, Pigeonpea, and Groundnut. ICRISAT India.
Chiulele, R., 2003. Response of cowpea cultivars to induced water stress. MSc. Thesis. University of Stellenbosch. South Africa.
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USOS ALTERNATIVOS RENDIMENTOS (t / ha) 
Grãos (alimentação humana e animal) 0,5 à 2 
Massa verde (forragem verde, pastagem e adubação verde) 15 à 25 
Massa seca (feno e ensilagem) 3 à 5 
Cultivares de Porte ereto - 0,50m x 0,20m com uma planta por cova 
 0,60m x 0,20m com duas plantas por cova 
 0,50m com 8 à 10 plantas/metro 
 
Cultivares Semi-eretas - 0,70m x 0,30m com duas plantas por cova0,70m com 8 plantas por metro 
 
Cultivares Semi-enramadoras - 0,80m x 0,40m com 2 plantas por cova 
 0,80m com 6 plantas/metro 
 
Cultivares Enramadoras - 1,0m x 0,50 com duas plantas por cova 
 1,0m com 6 plantas/metro 
 
1,0m 
x x x x 
: : : 0,50m 
x x x x 
: : : : 
x x x x 
FIG. 1. Semeadura do Caupi ( .) dentro da linha do Milho (x). 
 1,0m 0,6 
x x : : : x x 
x x : : : x x 
x x : : : x x 
x x : : : x x 
2,40m 
FIG. 4. Semeadura de duas fileiras de Milho (x) para três fileiras de Caupi ( .)

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