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LÍQUIDOS CAVITÁRIOS PALOMA SANTOS SANTANA 2024 INTRODUÇÃO A quantidade dos líquidos peritoneal, pericárdico e pleural normalmente é pequena e constitui uma substância fluida, serosa, formada pelo ultrafiltrado de sangue. Qualquer mudança no mecanismo de formação e remoção dos líquidos, leva ao aumento destes nas cavidades resultando em EFUSÃO / DERRAME CAVITÁRIO EFUSÃO São vários os fatores que podem levar a um desequilíbrio entre os fluídos do sistema vascular, do sistema linfático e tecido conjuntivo O edema que é o acumulo de líquido tissular, manifestação clínica de um processo severo é resultante da transformação da pressão hidrostática intersticial EFUSÃO Existem quatro mecanismos que provocam a formação alterada de líquido tissular: • Obstrução linfática que eleva os líquidos e acumula proteínas no tecido conjuntivo • Aumento da permeabilidade capilar provocando acúmulo de plasma juntamente com aumento de líquido tissular no tecido conjuntivo e diminuindo a capacidade de atração de líquidos EFUSÃO Existem quatro mecanismos que provocam a formação alterada de líquido tissular: • Diminuição da pressão oncótica capilar, estando relacionada com baixas concentrações protéicas • Aumento da pressão hidrostática capilar que ocorre por obstrução venosa resultando na retenção de líquidos no tecido conjuntivo EFUSÃO O acúmulo de líquidos ocorre basicamente por cinco motivos: • Transudato se forma quando a pressão hidráulica vascular está aumentada com ou sem pressão oncótica plasmática diminuída • Exsudato forma-se quando a permeabilidade vascular e mesotelial estão aumentadas e permite que o fluido rico em proteínas escape dos capilares para o interstício e então para a cavidade EFUSÃO O acúmulo de líquidos ocorre basicamente por cinco motivos: • Efusão hemorrágica ocorre quando existe lesão de vasos sanguíneos • Efusão quilosa ocorre quando há drenagem diminuída por aumento da pressão dentro do vaso linfático ou por bloqueio da via linfática • Presença de conteúdos alimentar, biliar ou urinário causa intensa reação inflamatória gerando uma exsudação EFUSÃO A transudação ocorre devido a alterações na dinâmica dos líquidos, aumenta a quantidade de fluido e dilui a concentração de proteínas e células Exsudação ocorre devido a permeabilidade vascular alterada e à resposta quimiotática de fagócitos EFUSÃO As efusões são classificadas de acordo com as características do líquido presente na cavidade, por sua transparência, densidade, quantidade de proteína, quantia e predominância celular EFUSÃO TRANSUDATO SIMPLES É um líquido que tem coloração amarelo quase transparente tem baixa densidade (<1,020), mínima concentração de proteína (abaixo de 3,0 g / dL), não coagula e possui pouca ou nenhuma celularidade (menos de 1.000 células nucleadas), sendo que as células presentes geralmente são linfócitos ou células mesoteliais EFUSÃO TRANSUDATO SIMPLES É formado por uma diminuição da pressão oncótica plasmática, onde poucas proteínas estão presentes, pode ser resultante de deficiência nutricional ou má função hepática EFUSÃO TRANSUDATO SIMPLES Outra possível causa é o aumento da pressão hidrostática sistêmica ou pulmonar que aumenta a pressão capilar e "sai" mais fluido do que o habitual para a cavidade pleural A saída do líquido é muito superior ao normal e excede a capacidade de absorção do sistema de drenagem fisiológica EFUSÃO TRANSUDATO SIMPLES Uma grave hipoalbuminemia (< 1,0 g/dL) pode levar a transudação, uma vez que a albumina regula a pressão coloidosmótica do plasma no interior do sistema vascular, esta impede a perda de líquido e promove a reabsorção nas cavidades, estando deficiente de albumina acarretará em acúmulo de fluido EFUSÃO TRANSUDATO SIMPLES As patologias mais comuns relacionadas são a diminuição das proteínas plasmáticas, hepatopatia crônica, nefropatia, enteropatia e deficiência nutricional EFUSÃO TRANSUDATO MODIFICADO Ocorre na maioria dos casos, como resultado de extravasamento de fluido dos vasos linfáticos, devido ao aumento da pressão hidrostática capilar e /ou obstrução do sistema linfático, permitindo a passagem de fluido com alta concentração de proteína para dentro da cavidade EFUSÃO TRANSUDATO MODIFICADO O transudato modificado é mais viscoso que o transudato puro, a coloração varia do âmbar ao branco e ao vermelho e o aspecto é de discretamente turvo a turvo EFUSÃO TRANSUDATO MODIFICADO Tem alto teor de proteína, geralmente têm entre 2,5 e 7,5 g/dL, a densidade =ou> a 1,020, a contagem total de células fica entre 1.000 e 7.000 células nucleadas Normalmente são encontrados poucos linfócitos, eritrócitos variáveis e presença de células mesoteliais reativas EFUSÃO TRANSUDATO MODIFICADO Muitas vezes o transudato modificado permanece por muito tempo e torna-se um exsudato não séptico As causas mais frequentes de transudato modificado são as cardiopatias, hepatopatias, neoplasias e torção de órgãos EFUSÃO EXSUDATO É formado exclusivamente na inflamação onde há liberação de substâncias vaso ativas que aumentam a permeabilidade vascular e o número de células EFUSÃO EXSUDATO Podem ser: sépticos ou assépticos, aspecto turvo, coloração rosa, âmbar a avermelhado, concentração de proteínas >3,0 g/dL, Densidade > 1,020, contagem celular de células nucleadas > 7.000 Exame citológico com predomínio de neutrófilos, macrófagos e células mesoteliais reativas, bactérias podem estar presentes EFUSÃO A efusão abdominal pode ser denominada de ascite, sendo o acúmulo de fluido seroso ou serossanguinolento no espaço peritoneal EFUSÃO A ascite é sempre um sinal de doença, pode ser causada por diversos processos patológicos inflamatórios, infecciosos, metabólicos, degenerativos e neoplásicos Quando existe grande distensão do abdome, a ascite tende a piorar a qualidade de vida do paciente, dificultando a locomoção, a respiração e também o animal fica inquieto não conseguindo repousar Além disso, a compressão do estômago pelo fluido tende a diminuir o apetite do paciente EFUSÃO Os sinais clínicos mais comuns em cães e gatos com efusão torácica são a dispnéia, taquipnéia, posição curvada, respiração de boca aberta, respiração abdominal forçada, intolerância ao exercício e relutância em se deitar EFUSÃO O acúmulo de fluidos no saco pericárdico esta relacionado a desordens pericárdicas em pequenos animais (TOBIAS, 2005). Sendo mais frequente em cães do que gatos. Em cães as causas mais comuns são neoplasia cardíaca e efusão pericárdica idiopática Devem ser consideradas como possíveis causas infecções bacterianas, micóticas, leshmaniose visceral e outras causas idiopáticas EFUSÃO Nos gatos está mais relacionado a insuficiência cardíaca congestiva (ICC) ou peritonite infecciosa felina (PIF) Em muitos casos ocorre tamponamento cardíaco devido a pressão intrapericárdica exceder a pressão cardíaca de preenchimento diastólico e este paciente necessita de intervenção de emergência drenando o líquido para impedir arritmia e óbito EFUSÃO Colheita • Tubo com e sem anticoagulante • Abdominocentese ou paracentese • Pericardiocentese • Toracocentese EFUSÃO A análise física consiste em avaliar características como cor, odor, aspecto, densidade e coagulação EFUSÃO A análise física consiste em avaliar características como cor, odor, aspecto, densidade e coagulação EFUSÃO EFUSÃO Análise citológica • A contagem total de células nucleadas (CTCN) pode ser obtida pelo método de contagem de células com hemocitômetro manual ou através do contador de células automatizado • Independentemente do método utilizado, a contagem de células deve ser realizada na amostra que foi coletada com anticoagulante (EDTA) • Isso impede a formaçãode coágulos no líquido, o que poderia reduzir falsamente contagem de células EFUSÃO EFUSÃO EFUSÃO Determinação de proteína total Pode ser realizado o teste colocando uma gota no refratômetro clínico e realizar a leitura na escala destinada a proteína EFUSÃO Prova de rivalta • Colocar em um proveta 150 ml de água e acrescentar 0,1 ml de ácido acético glacial, misturar bem e colocar uma gota sobre o líquido do exame • Quando a gota deixar um trajeto esbranquiçado o teste é positivo, se não deixar é negativo • Rivalta negativo normalmente é transudato e rivalta positivo é exsudato EFUSÃO Reação • Pode ser realizada com auxilio de papel de pH ou papel tornassol • Os transudatos são alcalinos e exsudatos ácidos • A análise de pH da efusão pode ser útil para diferenciar distúrbios neoplásicos e inflamatórios (Miller, 2002), pois a obtenção de valores de pH superiores a 7 são normalmente associados com efusões neoplásicas EFUSÃO A análise dos fluidos cavitários auxilia no diagnóstico, mas não tem grande valia se executada isolada e sem prévio exame clínico completo Esta avaliação, se realizada precocemente oferece ao clínico a possibilidade de direcionar o diagnóstico, tratamento e fornece informações sobre o prognóstico do paciente EFUSÃO Muitas vezes a ausência de anormalidades, indica a necessidade de outros exames complementares como testes bioquímicos, ultrassonografia e raio-x, para então elucidar o quadro clínico e chegar ao diagnóstico definitivo Slide 1: LÍQUIDOS CAVITÁRIOS Slide 2: INTRODUÇÃO Slide 3: EFUSÃO Slide 4: EFUSÃO Slide 5: EFUSÃO Slide 6: EFUSÃO Slide 7: EFUSÃO Slide 8: EFUSÃO Slide 9: EFUSÃO Slide 10: EFUSÃO Slide 11: EFUSÃO Slide 12: EFUSÃO Slide 13: EFUSÃO Slide 14: EFUSÃO Slide 15: EFUSÃO Slide 16: EFUSÃO Slide 17: EFUSÃO Slide 18: EFUSÃO Slide 19: EFUSÃO Slide 20: EFUSÃO Slide 21 Slide 22: EFUSÃO Slide 23: EFUSÃO Slide 24: EFUSÃO Slide 25: EFUSÃO Slide 26: EFUSÃO Slide 27: EFUSÃO Slide 28: EFUSÃO Slide 29: EFUSÃO Slide 30: EFUSÃO Slide 31: EFUSÃO Slide 32: EFUSÃO Slide 33: EFUSÃO Slide 34: EFUSÃO Slide 35: EFUSÃO Slide 36: EFUSÃO Slide 37: EFUSÃO Slide 38: EFUSÃO
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