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Pesquisa Operacional I (CEP/CT025) – Aula 06 UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ CAMPUS MINISTRO PETRÔNIO PORTELLA – CT CURSO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO PROF. ÁLVARO LÉDO FERREIRA CONTATO: a lvaro.ferre i ra@ufpi .edu.br 7. Problemas de transportes e designação 7.1. Problemas de transportes; 7.2. Sistemas não-equilibrados; 7.3. Designação. 7.1. Problemas de transportes • Visa minimizar o custo total do transporte necessário para abastecer n centros consumidores (destinos) a partir de m centros fornecedores (origens); • As quantidades disponíveis, ou oferta, em cada origem são: 𝑎!, 𝑎", … , 𝑎#; • As quantidades requeridas, ou demanda, em cada destino são: 𝑏!, 𝑏", … , 𝑏$; • O custo unitário de transporte entre a origem 𝑖 e o destino 𝑗 é 𝑐%& 7.1. Problemas de transportes • Considerando 𝑥%& a quantidade que deve ser transportada de origem 𝑖 ao destino 𝑗, o modelo assume a seguinte forma: 𝑀𝑖𝑛 𝑍 =' !"# $ ' %"# & 𝑐!%𝑥!% 𝑠. 𝑎. ' %"# & 𝑥!% = 𝑎! 𝑖 = 1, 2, … ,𝑚 ' !"# $ 𝑥!% = 𝑏% 𝑗 = 1, 2, … , 𝑛 𝑥!% ≥ 0 𝑖 = 1, 2, … ,𝑚 (𝑗 = 1, 2, … , 𝑛) 7.1. Problemas de transportes • É importante ressaltar que nas restrições do modelo todos os coeficientes das variáveis são iguais a 1; • Ao se somar as 𝑚 restrições de oferta obtém-se: ' !"# $ ' %"# & 𝑥!% =' !"# $ 𝑎! • Ao se somar as 𝑛 restrições de demanda obtém-se: ! !"# $ ! %"# & 𝑥%! =! !"# $ 𝑏! 7.1. Problemas de transportes • Igualando: ! %"# & 𝑎% =! !"# $ 𝑏! • Indicando que o modelo de transporte exige uma igualdade entre oferta e demanda; • O modelo de transporte pode ser resolvido pelo método Simplex já que este método resolve qualquer problema de programação linear; • Entretanto, devido as peculiaridades do modelo, torna-se preferível utilizar o algoritmo do transporte; 7.1. Problemas de transportes • Para aplicação do algoritmo de transporte é necessário representar o problema através de um quadro resumindo as ofertas 𝑎% , demandas 𝑏& e os custos unitários de transporte 𝑐%& : Destinos / Origens 1 2 ... n Oferta 1 𝑐!! 𝑐!" ... 𝑐!# 𝑎! 2 𝑐"! 𝑐"" ... 𝑐"# 𝑎" ... ... ... ... ... ... m 𝑐$! 𝑐$" ... 𝑐$# 𝑎$ Demanda 𝑏! 𝑏" ... 𝑏# 7.1. Problemas de transportes • A resolução do modelo de transporte envolve três etapas: 1) Obtenção da solução inicial; 2) Regra de melhoria da solução; 3) Regra de parada. • Existem diversas técnicas que podem ser utilizadas em cada uma das etapas do algoritmo; • De modo a facilitar o entendimento, considere o exemplo apresentado a seguir que será utilizado; 7.1. Problemas de transportes • Seja um produto que possua três fornecedores (F), com capacidades conhecidas e quatro centros de distribuição (CD). Suponha que os três fornecedores ofereçam 𝐹! = 300, 𝐹" = 700 e 𝐹' = 500 unidades de um certo produto e os quatro centros de distribuição demandem 𝐷! = 400, 𝐷" = 300, 𝐷' = 400 e 𝐷( = 400 unidades do referido produto. 7.1. Problemas de transportes 1 2 3 1 2 3 4 Oferta F! = 300 F" = 700 F# = 500 Demanda D! = 400 D" = 300 D# = 400 D$ = 400 Fornecedores CD 7.1. Problemas de transportes • Quais devem ser as quanXdades despachadas de cada fornecedor para cada centro de distribuição com base nos custos unitários de transporte apresentados no quadro a seguir: D! D" D% D& Oferta F! 6 6 12 1 300 F" 11 8 5 4 700 F% 12 6 6 8 500 Demanda 400 300 400 400 1500 7.2. Sistemas não-equilibrados • Para aplicação do algoritmo, é necessário que a oferta seja igual a demanda, o que nem sempre é verificado; • Assim, caso a oferta seja maior que a demanda, deve ser criado um centro consumidor fictício cuja demanda seja exatamente a diferença entre o total da oferta e o total da demanda e com custos de transporte de cada origem até esse centro fictício iguais a zero, de tal modo que a quantidade transportada até o consumidor fictício represente o excesso de oferta; 7.2. Sistemas não-equilibrados • De modo análogo, caso a oferta seja menor que a demanda, deve ser criado uma origem fictícia cuja demanda seja exatamente a diferença entre o total da demanda e o total da oferta e com custos de transporte dessa origem fictícia até os centros consumidores iguais a zero, de tal modo que a quantidade transportada a partir da origem fictícia represente o excesso de demanda; 7.3. Designação • Considere que no problema original de transportes apresentado anteriormente, sejam introduzidas as seguintes restrições: a) Número de origens = número de destinos (i.e. 𝑛 = 𝑚); b) Capacidade de cada origem = 1 (i.e. 𝐹! = 1 para todo 𝑖); c) Demanda de cada destino = 1 (i.e. 𝐷" = 1 para todo j). 7.3. Designação • Dessa forma, se obtém o modelo de alocação ou atribuição: 𝑀𝑖𝑛 𝑍 =' !"# & ' %"# & 𝑐!%𝑥!% 𝑠. 𝑎. ' %"# & 𝑥!% = 1 𝑖 = 1, 2, … , 𝑛 ' !"# & 𝑥!% = 1 𝑗 = 1, 2, … , 𝑛 𝑥!% ≥ 0 𝑖 = 1, 2, … , 𝑛 (𝑗 = 1, 2, … , 𝑛) 7.3. Designação • Assim, cada origem 𝑖 abastecerá somente um único destino 𝑗, de modo que as últimas restrições do modelo de designação sejam equivalentes a: 𝑥%& = 31 se origem i for designada para abastecer o destino j; 0 caso contrário. 7.3. Designação • O problema consiste em determinar como as designações devem ser feitas de modo a minimizar o custo total; • Por ser um caso especial do problema de transporte, esse modelo possui um algoritmo próprio para sua otimização; • Como as capacidades de cada origem e as demandas de cada destino são unitárias, o algoritmo de designação é baseado somente na seguinte matriz: 7.3. Designação Des;nos 1 2 ... N Origens 1 𝑐!! 𝑐!" ... 𝑐!# 2 𝑐"! 𝑐"" ... 𝑐"# ⋮ ... ... ... ... n 𝑐#! 𝑐#" ... 𝑐## 7.3. Designação • Suponha, por exemplo, que 𝑐%& seja o salário do operário 𝑖 para executar a tarefa 𝑗; • Deseja-se então contratar 𝑛 operários para executar 𝑛 tarefas a um custo mínimo; • Deve-se determinar então um elemento de cada linha e cada coluna da matriz de custos de modo que a soma dos custos seja o menor possível; 7.3. Designação • O processo iterativo que conduz à solução ótima para o problema de designação é baseado na propriedade: Ø Ao se adicionar (subtrair) uma constante a cada elemento de uma linha (coluna) qualquer da matriz de custo de um problema de designação, a solução ótima da matriz alterada será também a solução ótima da matriz inicial. 7.3. Designação • Exemplo: Um gerente deve alocar 4 funcionários para 4 tarefas diferentes. Cada funcionário recebe um valor que depende da tarefa atribuída, conforme indica a seguinte matriz. Deseja-se atribuir os operários às tarefas de maneira que o gasto total com salários seja o mínimo possível. 7.3. Designação • Exemplo: Destinos I II III IV Tarefas A 34 4 21 12 B 17 9 5 12 C 11 25 7 4 D 14 9 12 2 7.3. Designação • Exemplo: Deve-se determinar o menor valor de cada linha e subtraí- lo de todos os elementos da linha correspondentes; Destinos I II III IV Tarefas A 34 4 21 12 (4) B 17 9 5 12 (5) C 11 25 7 4 (4) D 14 9 12 2 (2) 7.3. Designação • Exemplo: Deve-se determinar o menor valor de cada linha e subtraí- lo de todos os elementos da linha correspondentes; Destinos I II III IV Tarefas A 30 0 17 8 B 12 4 0 7 C 7 21 3 0 D 12 7 10 0 7.3. Designação • Exemplo: Em seguida deve-se determinar o menor valor de cada coluna e subtrair de todos os elementos da coluna correspondente; Destinos I II III IV Tarefas A 30 0 17 8 B 12 4 0 7 C 7 21 3 0 D 12 7 10 0 (7) (0) (0) (0) 7.3. Designação • Exemplo: O critério de parada do algoritmo é quando houver pelo menos um elemento igual a 0 em cada linha e em cada coluna; Destinos I II III IV Tarefas A 23 0 17 8 B 5 4 0 7 C 0 21 3 0 D 5 7 10 0 7.3. Designação • Os valores iguais a 0 indicam a solução ótima para o problema de designação; • Assim, a solução ótima para o exemplo é: Tarefa → Homem A → II B → III C → I D → IV 7.3. Designação • Para essa solução, o valor total a ser gasto é determinado pela matriz de eficiênciainicial, ao somar os valores que cada homem gasta em sua tarefa: 𝑍∗ = 𝐶2;44 + 𝐶5;444 + 𝐶6;4 + 𝐶7;48 𝑍∗ = 4 + 5 + 11 + 2 = 22 𝑢.𝑚. Pesquisa Operacional I (CEP/CT025) – Aula 06 UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ CAMPUS MINISTRO PETRÔNIO PORTELLA – CT CURSO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO PROF. ÁLVARO LÉDO FERREIRA CONTATO: a lvaro.ferre i ra@ufpi .edu.br
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