Buscar

Hidroterapia em Parkinson

Prévia do material em texto

X Salão de 
Iniciação Científica 
PUCRS 
 
GRUPO DE HIDROTERAPIA EM INDIVÍDUOS COM 
DOENÇA DE PARKINSON 
 
Vargas Jamille2, Novakoski Júlia2, Nique Simone¹, Striebel Vera1 
 
1 
Centro Universitário Metodista IPA, 
2
 Centro Universitário Metodista IPA 
 
 
Resumo 
A Doença de Parkinson (DP) foi descrita em 1817 pelo médico inglês James Parkinson, 
e é definida como uma enfermidade crônica de caráter progressivo, sendo as 
características mais importantes desta doença a perda progressiva de neurônios da parte 
compacta da substância negra. A Fisioterapia é amplamente usada no processo de 
reabilitação neurológica, procurando retardar ou impedir a perda de habilidades gerais e 
a invalidez. Em especial na Doença de Parkinson, o tratamento fisioterapêutico tem 
como objetivo melhorar a mobilidade, a força muscular, o equilíbrio, a aptidão física e a 
qualidade de vida dos pacientes. O objetivo deste estudo é promover o atendimento em 
grupo de Hidroterapia estimulando o convívio entre os indivíduos, melhorar a marcha e 
equilíbrio dos mesmos, melhorar a mobilidade do tronco, auxiliando na qualidade de 
vida desses pacientes, usando a água como fim terapêutico para nossos objetivos finais. 
Introdução 
 A Doença de Parkinson (DP) foi descrita em 1817 pelo médico inglês James 
Parkinson, e é definida como uma enfermidade crônica de caráter progressivo, sendo as 
características mais importantes desta doença a perda progressiva de neurônios da parte 
compacta da substância negra. 
 A doença tem evolução lenta e progressiva, caracterizada por tremor, rigidez, 
bradicinesia e instabilidade postural. 
 A postura clássica do parkinsoniano é de protusão da cabeça; acentuada cifose dorsal; 
rotação interna e adução dos ombros e flexão dos cotovelos. A marcha do paciente com 
doença de Parkinson se caracteriza pelos passos curtos e rápidos, pelo rebaixamento do 
centro de gravidade e o predomínio de ação dos músculos gravitacionais. Torna-se 
importante o treino da marcha, incluindo marcha livre, com obstáculos ou com 
associação de exercícios de equilíbrio e coordenação, e o treino de rampa e escada que 
serão necessários para a manutenção e o aprimoramento da função motora. 
634
 A Fisioterapia é amplamente usada no processo de reabilitação neurológica, 
procurando retardar ou impedir a perda de habilidades gerais e a invalidez. Em especial 
na Doença de Parkinson, o tratamento fisioterapêutico tem como objetivo melhorar a 
mobilidade, a força muscular, o equilíbrio, a aptidão física e a qualidade de vida dos 
pacientes. 
 Os objetivos da fisioterapia na Doença de Parkinson serão basicamente; a manutenção 
ou restabelecimento de uma boa qualidade de vida; recuperação da capacidade 
funcional e a prevenção dos riscos que podem derivar do estado geral do paciente, 
ajudando assim os pacientes a adaptar-se em seu novo esquema corporal, a uma nova 
forma de viver e de relacionar-se com a sociedade, de modo que possa levar uma vida 
em melhores condições, dentro do nível da sua incapacidade. 
 O objetivo deste estudo é o atendimento em grupo de Hidroterapia estimulando, o 
convívio entre os indivíduos com Parkinson, favorecendo o treino de marcha e 
equilíbrio dos mesmos, assim como a mobilidade do tronco, auxiliando na qualidade de 
vida desses pacientes, usando a água como fim terapêutico para nossos objetivos finais. 
Metodologia 
 O grupo de Hidroterapia acontece no Centro Universitário Metodista IPA em Porto 
Alegre, com duração de 50 minutos a aula, uma vez por semana, no período de quatro 
meses a partir de março de 2009. O grupo é composto por 10 indivíduos com Doença de 
Parkinson diagnosticado por um neurologista especializado, e o programa é realizado 
através de um protocolo que visa trabalhar a mobilidade do tronco, equilíbrio, marcha e 
fortalecimento de membros superiores e inferiores nesses indivíduos. Os indivíduos 
antes e após o programa de quatro meses são avaliados através das seguintes escalas 
Timed Up and Go, Escala de Equilíbrio Funcional de Berg, Escala de Mobilidade de 
Tronco, Escala de estadiamento Hoehn e Yahr, e por fim a parte III da Escala Unificada 
de Avaliação na Doença de Parkinson (UPDRS motora). No protocolo utilizado na 
piscina existem quatro exercícios para treino de marcha e mobilidade de tronco 
associados, dois exercícios para fortalecimento de paravertebrais, dois exercícios para 
trabalhar dissociações de cinturas pélvica e escapular, e quatro exercícios para trabalhar 
equilíbrio e fortalecimento de membros inferiores. O projeto foi aceito pelo Comitê de 
Ética em Pesquisa do Centro Universitário Metodista IPA em janeiro de 2009, e todos 
os participantes assinaram um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido para poder 
participar do grupo. 
 
635
Resultados 
 Pretendemos ao final deste programa ter ajudado de estimulado a qualidade de vida 
dos indivíduos, na melhora da marcha, da postura, do equilíbrio e da mobilidade do 
tronco, mostrando assim, que o uso da água como fim terapêutico na fisioterapia para 
doenças neurodegenerativas como a de Parkinson, auxilia na melhora do quadro do 
estado físico, mental e social destes indivíduos. 
Conclusão 
 Concluímos que, é de suma importância os fisioterapeutas reconhecerem a água como 
ferramenta terapêutica no tratamento da Doença de Parkinson, auxiliando na melhora da 
marcha, do equilíbrio, da mobilidade do tronco, na qualidade de vida desses indivíduos. 
Assim como a importância do trabalho em grupos terapêuticos em situações crônicas. 
Observou-se a necessidade de aprofundar os estudos que envolvem tanto a hidroterapia 
quanto o atendimento em grupo nos indivíduos com Doença de Parkinson. 
Referências 
BATER Andréa; B.Sc.,P.E; Norm Hanson, B.Sc., P.T : Exercícios Aquáticos Terapêuticos. Editora 
Manole Ltda. 1998; p 201-221 
CASTRO Paulo, CAMMARANO Rogério: Proposta de Cinesioterapia através de Alongamentos para 
senhoras portadoras de Doença de Parkinson: Caderno UniABC de Fisioterapia, p 74-76 
FERRAZ Henrique; MOURÃO Lúcia: Doenças Neuromusculares, Parkinson e Alzheimer: Pulso 
Editorial 2003; p 45-47 
FOLSTEIN, M.F., Folstein, S.E. & McHugh, P.R.(1975) Mini-Mental State: A practical method for 
grading the cognitive state of patients for the clinician.Journal of Psychiatric Research vol 2, p 189-198 
FRANCO, CRC; RIEDER, CRM; Co-autor: Schu, AC; UFRGS: Confiabilidade de uma escala para 
mensuração da mobilidade de tronco no DP; Arquivos de Neuropsquiatria, Suplemento Ago/2008 
Resumos do Congresso Brasileiro pôster: 805, p: 229 
GOULART; Pereira: Main scales for Parkinson´s disease assessment: use un physical therapy; Vol. 11; 
n° 1 janeiro/abril 2005 
MENESES S. Murilo, TEIVE A. G. Hélio: Doença de Parkinson, editora Guanabara 2003; p 236 
MIYAMOTO ST, LOMBARDI IJ, Berg KO, Ramos LR, Natour J. Brazilian version of the Berg balance 
scale. Braz J Med Biol Res. 2004;37(9):1411-21 
636
PODSIADIO, D., & Richardson, S.: The timed “Up & Go”: A test of basic functional mobility for frail 
elderly persons. Journal of the American Geriatrics Society, vol 39; 1991, p 142-148. 
SANDALIS, T.A; Bobak, A; Berliner, J.C; Helman, L.L Weles, M.R: Resistance training and gait 
function in patients with Parkinson´s disease: American Journal of Physical Medicine e Rehabilitation. 
Vol. 80, n° 1. p 38-43, 2001 
THOMAS, Neylan, M.D., Section Editor : Neurodegenerative Disorders, James Parkinson´s Essay on the 
Shaking Palsy. J Neuropsychiatry Clin Neurosci 14:2, Spring 2002 
 
 
 
 
637

Continue navegando