Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

ÉTICA PROFISSIONAL DO 
SERVIÇO SOCIAL 
AULA 5 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Profª Carla Andréia Alves da Silva Marcelino 
 
 
 
2 
CONVERSA INICIAL 
Dando continuidade aos estudos sobre o Código de Ética Profissional 
do/a Assistente Social, seguiremos agora trabalhando e debatendo ponto a 
ponto a deontologia do código, ou seja, suas regras e normas propriamente ditas. 
Iniciaremos abordando o Título II, art. 2.º do Código de Ética, que versa sobre os 
direitos dos assistentes sociais no exercício de sua profissão. Assim como em 
todo o projeto ético-político, a liberdade e a autonomia aparecem como centrais 
nessa seção, sendo elas direito do profissional quando está atuando, não 
permitindo que o assistente social seja obrigado a agir de forma ilegal ou que 
desrespeite os princípios da profissão, de modo a protegê-lo de interesses 
políticos e econômicos que possam tentar interferir no seu trabalho e no 
resultado dele. 
No segundo tema, seguiremos falando do Título II do Código de Ética, 
mas agora com foco no art. 3.º, que versa sobre os deveres dos profissionais de 
Serviço Social quando em exercício, e no art. 4.º, que trata das vedações ao 
assistente social quando estiver atuando na sua função. Vale lembrar que o 
termo vedado equivale a “proibido”. Portanto, enquanto deveres são itens que o 
assistente social tem que levar em consideração obrigatoriamente durante o seu 
trabalho, as vedações referem-se às coisas as quais é proibido o profissional 
fazer, e que, caso o faça, poderá ser responsabilizado por meio de processos 
éticos. Vale destacar, como veremos a seguir, que os arts. 3.º e 4.º referem-se 
a deveres e vedações gerais, pois em outras seções do Código existirão também 
deveres e proibições relacionados a temas específicos. 
Chegando aos terceiro, quarto e quinto temas, focaremos no Título III do 
Código de Ética, que traz regras, recomendações e orientações para o trabalho 
do assistente social, no que se refere às relações estabelecidas durante a 
atividade profissional. O Capítulo I, art. 5.º, traz deveres para os assistentes 
sociais nas relações que ele estabelece com o usuário final do seu trabalho, ou 
seja, com quem recebe diretamente o atendimento pelo profissional e é 
beneficiário dos serviços sociais por ele administrados; o art. 6.º do mesmo 
capítulo estão as atitudes vedadas ao assistente social nessa mesma relação. 
No Capítulo II, estão previstos diretos, deveres e vedações aos assistentes 
sociais com seus empregadores. Esse item, mais do que trazer regras e normas 
para regular o exercício, é comumente utilizado para a proteção e defesa do 
 
 
3 
assistente social como trabalhador, diante de desmandos e autoritarismos que 
por vezes podem ser vistos no cotidiano do Serviço Social, praticados por chefes 
imediatos, gestores ou até pessoas de influência política que tentam interferir no 
trabalho técnico, sendo, portanto, um item de fundamental importância dentro do 
Código de Ética. 
Ainda dentro do regramento das relações profissionais do assistente 
social, apresentaremos o Capítulo III do Título II, que trata sobre as relações com 
outros profissionais, sejam eles do próprio Serviço Social ou de outras profissões 
com as quais o assistente social trabalha em seu cotidiano. Tal item também é 
importante, uma vez que na maioria dos espaços sócio-ocupacionais o 
assistente social está inserido em equipes multi, inter ou transdisciplinares, e 
está a todo o tempo em interface direta com psicólogos, pedagogos, educadores 
sociais, operadores do direito, entre tantos outros, sendo essencial que haja 
normativas que balizem tais relações. Para encerrar esta aula, trabalharemos as 
últimas partes da seção do Código que trata das relações profissionais, mas 
agora, aquelas estabelecidas pelos assistentes sociais com as entidades de 
organização da categoria e com as organizações da sociedade civil em geral, 
assim como as tão conturbadas relações dos assistentes sociais com a justiça, 
permeadas por questões éticas afetas a sigilo, cumprimento de ordens judiciais 
muitas vezes conflitantes com os princípios do Código de Ética, entre outras 
situações do cotidiano dessa relação. 
TEMA 1 – DIREITOS DO ASSISTENTE SOCIAL 
O art. 2.º do Código de Ética integra a seção que versa sobre os direitos 
e as responsabilidades gerais dos assistentes sociais no exercício da profissão. 
Diz-se “gerais” porque, em alguns artigos mais adiante, o Código abordará 
direitos, deveres e vedações em condições específicas das relações 
profissionais. De acordo com Barroco e Terra (2012, p. 140), esse art. 2.º tem 
como objetivo jurídico a “defesa das prerrogativas e da qualidade do exercício 
profissional do assistente social”. O que se quer dizer com isso é que há nesse 
artigo um pressuposto de que para atuar adequadamente e garantir a qualidade 
dos serviços prestados, o profissional do Serviço Social deve ter algumas 
garantias que lhe propiciem o bom desenvolvimento de seu trabalho, 
resguardando-o de ingerências, intromissões e interferências externas no seu 
trabalho, que deve ser de natureza técnica. Segundo as mesmas autoras, 
 
 
4 
sempre que um assistente social for vítima de abuso de autoridade, cerceamento 
de seus direitos ou de ofensas a sua honra ou imagem, na condição de 
assistente social, este poderá ofertar denúncia ao Conselho Regional de Serviço 
Social (Cress) ou ao Conselho Federal de Serviço Social (CFESS), assim como 
aos superiores hierárquicos daquele que o ofendeu, assediou ou abusou de 
autoridade com o profissional. 
A alínea a desse artigo versa acerca do direito do assistente social poder 
exercer suas atribuições privativas e competências previstas na Lei de 
Regulamentação da profissão. Nesse sentido, essa norma protege a categoria, 
de modo que as atribuições pertinentes ao assistente social sejam por ele 
executadas, defendendo assim os campos e espaços de trabalho da categoria, 
como também assegura ao assistente social o direito de negar-se a realizar 
atribuições que não sejam próprias da profissão ou das quais não esteja apto ou 
se sinta capacitado para fazê-la. A tentativa de obrigar o profissional a realizar 
atividades que não são suas atribuições poderá acarretar, segundo Barroco e 
Terra (2012), em assédio moral. Na mesma linha, a alínea b assegura o livre 
exercício das atividades inerentes à profissão, desde que a pessoa tenha 
diploma de Bacharel em Serviço Social por instituição reconhecida pelo MEC e 
esteja registrada e em situação regular no CFESS/Cress. As autoras aqui citadas 
alertam que exercer a profissão de assistente social sem o devido registro é 
passível de responsabilização por contravenção penal, tipificada no art. 47 da 
Lei de Contravenções Penais (Decreto-Lei n. 3.688/1941). 
Já a alínea c do art. 2.º do Código prevê que é direito do assistente social 
participar da elaboração e da gestão de políticas sociais, assim como da 
formulação e elaboração de programas sociais, deixando evidenciado que o 
profissional não é apenas ume executor de atividades, mas pode e deve também 
estar inserido nos espaços decisórios das políticas públicas tanto nos governos 
quanto nas instâncias de controle social. Cabe destacar que, como gestor ou 
atuante nesses espaços, o profissional deve sempre agir orientado pelos 
princípios que fundamentam o projeto ético-político do Serviço Social. A alínea 
d traz algo que é fundamental para assegurar o sigilo no trabalho do assistente 
social: a inviolabilidade do seu local de trabalho. Em momento futuro, teremos 
um tema específico sobre esse ponto – sigilo profissional – e o abordaremos com 
maior profundidade. A alínea d garante ao assistente social o direito a ter 
reparada a sua imagem e a sua honra por meio do desagravo público, que 
 
 
5 
geralmente abrange a oportunidade de se defender pelos mesmos meios em 
que foi ofendido, podendo o ofensorser obrigado a reparar também 
publicamente o agravo cometido. Nesse quesito, vale destacar o que preconizam 
Barroco e Terra (2012, p. 148): 
Para que o assistente social mereça um tratamento digno, em como 
respeito e garantia de suas prerrogativas profissionais, é necessário – 
senão imprescindível – que tenha agido de forma profissional 
moderada, competente, fundamentada, sem ultrapassar os limites do 
razoável na sua relação profissional com terceiros, sejam autoridades 
constituídas, superiores hierárquicos ou outros. 
Isso posto, para que se caracterize o direito ao desagravo público, é 
necessário que na situação posta reste provado que o assistente social agiu 
dentro dos parâmetros de suas atribuições e de acordo com os princípios ético-
políticos da profissão. Em razão disso, o CFESS/Cress, ao receber denúncias 
de agravos e ofensas sofridos por profissional, inicia um procedimento de 
apuração para avaliar se de fato o assistente social estava agindo 
adequadamente. 
No que se refere a alínea f, é direito do assistente social se qualificar e se 
aprimorar tecnicamente para o exercício da profissão. Dessa forma, os 
empregadores devem não apenas liberar o profissional para cursos dentro de 
seu horário de trabalho, como também incentivá-lo a realizar formações 
complementares, uma vez que tais saberes acumulados qualificam o exercício 
do Serviço Social dentro das instituições. Na mesma linha, a alínea g traz em 
seu bojo que é direito do assistente social falar sobre assuntos de sua 
competência técnica, não podendo pessoas de outras profissões falar, escrever 
ou se pronunciar sobre questões que se referem às atribuições privativas da 
profissão. 
As alíneas g e h estão inscritas na mesma senda: liberdade e autonomia 
para o exercício da atividade profissional. Como já citamos, o assistente social é 
um profissional liberal, o que implica dizer que é ele quem faz as escolhas sobre 
os seus instrumentais de trabalho, orientados pelos referenciais teórico-
metodológicos e ético-políticos da profissão. Ademais, o profissional tem 
independência técnica para agir, especialmente quando realiza estudos sociais, 
avaliações e perícias sociais de acordo com seus parâmetros técnicos, não 
podendo ser sujeitado aos desmandos de seus superiores, no que se refere ao 
conteúdo e/ou parecer de tais estudos. Destaca-se que tal liberdade também se 
refere a de realizar pesquisas e estudos de caráter científico, não podendo ser 
 
 
6 
cerceado ou censurado, desde que as faça dentro dos parâmetros da ética em 
pesquisa e da ética profissional. 
TEMA 2 – DEVERES E VEDAÇÕES AO EXERCÍCIO DA PROFISSÃO DE 
ASSISTENTE SOCIAL 
Antes de adentrarmos ao art. 3.º, destaca-se que Barroco e Terra (2012) 
afirmam que até o art. 2.º o Código de Ética traz normas afirmativas, no sentido 
de prever o que é direito assegurado ao assistente social. De agora em diante, 
a partir do art. 3.º, adentra-se no que as autoras chamam de norma negativa, ou 
seja, aquelas que passam a constituir deveres e obrigações e são de fato normas 
jurídicas, para as quais a infração é passível de responsabilização. Seguem 
esclarecendo que a partir de agora o Código traz duas modalidades de condutas: 
a obrigatória, a qual deve ser executada, não podendo o assistente social omitir-
se em relação a ela; e a proibida, a qual é vedada ao profissional, a qualquer 
tempo e em qualquer circunstância, fazer. Outro fator muito importante é a 
aplicação, no caso da ética profissional, do princípio jurídico de que “a conduta 
que não estiver proibida pelo sistema normativo ou de princípios ou não for 
obrigatória, é permitida” (Barroco; Terra, 2012, p. 156). Isso posto, se uma 
conduta não estiver proibida, em tese, ela é permitida. Assim como se uma 
conduta não estiver no rol daquelas obrigatórias, o profissional não poderá ser 
obrigado a fazê-la. 
Nessa direção, passamos ao art. 3.º, que traz os deveres gerais dos 
assistentes sociais no exercício da profissão, o qual os elenca divididos em 
quatro alíneas, sendo elas: 
• Alínea a: refere à obrigação de desempenhar as suas atividades com 
qualidade, de forma eficiente, eficaz e responsável, sendo essa qualidade 
nos serviços prestados o objeto jurídico desse item. 
• Alínea b: obrigatoriedade do uso do registro profissional no Cress em 
qualquer situação do exercício profissional, sendo obrigatório sempre 
constar o nome do profissional, a profissão, o número do registro, assim 
como a regional do Cress no qual ele está inscrito. Por exemplo, ao 
assinar qualquer documento, o profissional deverá fazê-lo de forma a 
constarem todos os dados que estão elencados a seguir (o nome 
apresentado no exemplo é fictício): 
 
 
7 
Maria Janete Ribeiro de Andrade 
Assistente Social – CRESS n.º 0.000/11.ª Região 
 
• Alínea c: tem como objeto jurídico a defesa da liberdade como valor ético 
central para os assistentes sociais, uma vez que traz como dever uma 
atuação livre de preconceitos, censuras, cerceamento de liberdades, tanto 
de sua parte quanto de outrem, sendo obrigação do profissional denunciar 
tais fatos quando tiver conhecimento, não sendo conivente com eles. 
• Alínea d: traz a defesa dos direitos humanos e o dever de solidariedade 
humanitária como premissas, na medida em que obriga o assistente social 
a atuar em situações de calamidade pública, sempre que for convocado. 
Podem se caracterizar situações de calamidade pública aquelas causas 
por desastres naturais, tais como enchentes, furacões, terremotos, 
tempestades, deslizamentos de terra, ou ainda, aqueles causados por 
elementos não naturais, como rompimentos de barragens, entre outros, 
como pandemias. 
Passemos agora ao art. 4.º, que de forma mais enfática veda 
determinadas condutas aos assistentes sociais, lembrando que as vedações 
estão no rol das coisas que são proibidas. As vedações gerais estão inscritas 
em dez alíneas, iniciando na a, com a vedação à transgressão de qualquer 
norma prevista no Código de Ética ou na Lei de Regulamentação da profissão, 
não sendo, portanto, facultado não seguir as regras nelas colocadas. De forma 
complementar, a alínea c traz que ao assistente social é vedado acatar qualquer 
ordem superior que viole os princípios e diretrizes do Código de Ética. O item b 
veda praticar ou ser conivente com crimes e contravenções penais. Cabe 
destacar que a prática de crime e de contravenção penal, ou ainda, ser cúmplice 
de prática criminosa, além de sofrer processo ético, pode incorrer em 
investigação policial e consequente processo criminal, com responsabilização na 
esfera penal, aplicada pelo Poder Judiciário. 
As alíneas d e e estão interligadas, já que versam sobre a vedação de 
compactuar com exercício ilegal de profissão, incluindo-se aí atribuir a estagiário 
funções que são próprias e de responsabilidade do profissional de Serviço 
Social, fazendo com que este atue substituindo um assistente social graduado e 
registrado no Cress, assim como é proibido supervisionar estagiários à distância, 
ou seja, supervisionar um estagiário inserido em um espaço sócio-ocupacional 
 
 
8 
no qual não existe um assistente social. Barroco e Terra (2012) alertam que no 
caso dos estagiários que estiverem atuando em substituição a um assistente 
social também será imputado a eles o exercício ilegal da profissão. 
O item f versa que o assistente não pode assumir funções para a qual não 
esteja capacitado, estando de acordo com um dos princípios fundamentais do 
Código de Ética que é o compromisso com a qualidade dos serviços prestados. 
A alínea subsequente vai proibir o assistente social de substituir um colega de 
profissão que tenha sido demitido ou exonerado por defender os princípios éticos 
da profissão, enquanto perdurar o motivo da demissão, ou seja, não poderá 
substituir um colega para fazer o que ele se recusou, por não estar dentro dos 
parâmetros éticos. A alínea hé complementar a anterior, pois refere-se de forma 
indireta à competividade desleal entre assistentes sociais no mundo do trabalho, 
vez que veda pleitear para si ou para outro assistente social uma vaga de 
trabalho que já está sendo ocupada por outro colega de profissão. 
A alínea i implica uma das faltas mais graves que pode ser cometida pelo 
assistente social: adulterar resultados ou fazer declarações falaciosas sobre 
situações ou estudos de que tome conhecimento. Barroco e Terra (2012) 
explicam que o objeto jurídico desse item se refere ao prestígio e à credibilidade 
da profissão, pois um profissional que falta com a verdade no exercício de suas 
atribuições coloca em xeque a confiança em toda a categoria dos assistentes 
sociais. As mesmas autoras afirmam que nessa alínea existem dois dispositivos 
diferentes, sendo o primeiro o que se refere a alterar, adulterar ou falsificar 
informações em documentos públicos; o outro, refere-se a fazer declarações 
inverídicas em manifestações técnicas, escritas ou verbais, conforme explicam: 
A manifestação técnica ou declaração do assistente social que atuou 
ou não naquela situação deve, para se tipificar como violação, ser 
falaciosa, ou seja, sem fundamento, sem base, com parcialidade 
manifesta, em geral caracterizada como manifestação irresponsável, 
preconceituosa, leviana, sem credibilidade, sem estar em 
conformidade com os princípios do Código de Ética do assistente 
social. (Barroco; Terra, 2012, p. 170) 
Nesse item, merece especial destaque a manifestação de um profissional 
acerca da atuação ou parecer de outro profissional, que muitas vezes pode 
ocorrer de forma leviana, com julgamentos pré-concebidos, sem ter 
conhecimento acerca da situação, podendo assim causar ofensa à honra e à 
imagem de outro assistente social. Ressalta-se, ainda, que a falsificação, 
adulteração ou alteração de documento público é crime tipificado na esfera 
 
 
9 
penal, assim como a calúnia e a difamação também, podendo, além de 
responder junto dos órgãos da categoria, responder criminalmente pelas 
atitudes. Por fim, na alínea j, de forma complementar às anteriores, o Código 
veda ao assistente social o exercício de qualquer tipo de plágio, proibindo este 
de assinar ou publicar em seu nome qualquer material produzido por outro 
profissional. Ressalta-se que a prática de plágio também é crime tipificado como 
violação ao direito autoral, previsto no Código Penal brasileiro em vigor. 
TEMA 3 – RELAÇÕES PROFISSIONAIS – PARTE 1 
Chegamos agora ao Título III do Código de Ética, que versa sobre as 
relações que o assistente social estabelece no exercício de sua atividade. O 
Capítulo I dessa seção versará sobre as relações profissionais com os usuários 
dos serviços sociais prestados pelo assistente social. Podemos dividir as oito 
alíneas em três grandes grupos: 
1. Dever de democratizar o acesso dos usuários, perpassando pela 
viabilização de participação destes em espaços decisórios e de controle 
social das políticas públicas, divulgar informações sobre os programas, 
projetos e serviços disponíveis e desburocratização do acesso dos 
usuários aos serviços prestados (alíneas a, c e g). 
2. Dever de dar conhecimento ao usuário sobre os objetivos da atuação do 
Serviço Social dentro da instituição em que se atua, de esclarecer os 
procedimentos que serão realizados durante o estudo ou intervenção na 
situação posta, de dar devolutiva dos resultados dos estudos sociais aos 
usuários e instrumentalizá-los para o exercício dos seus direitos com base 
em tais informações. Ainda nesse grupo podemos inserir a obrigação de 
pedir autorização e comunicar aos usuários caso seja necessário o uso 
de registros audiovisuais ou de dados coletados sobre eles para fins de 
pesquisa (alíneas d, e, f e h). 
3. Dever de respeitar a autonomia dos usuários sobre as decisões que 
envolvem suas próprias vidas, não permitindo que as crenças e valores 
pessoais influenciem ou determinem a atuação. Apesar de ter que 
respeitar a decisão do usuário, é obrigação do profissional propiciar aos 
atendidos a reflexão sobre as possibilidades e consequências de cada 
caminho possível de ser seguido (alínea b). 
 
 
10 
No que se refere às vedações na atuação do assistente social em relação 
aos usuários, o art. 6.º traz três alíneas: a a veda o cerceamento do direito do 
usuário de exercer sua autonomia e decidir sobre os seus interesses, prática 
esta muitas vezes comuns no cotidiano, no qual o assistente social pode tentar, 
com uma hipotética autoridade, impor os seus valores, ideais e interesses aos 
usuários de seus serviços. O item b veda ao assistente social obter qualquer tipo 
de vantagem de sua relação com os usuários, sendo objeto jurídico dessa alínea 
a honestidade e a probidade na atuação profissional. Destaca-se que a 
improbidade administrativa, cometida na área pública, também é crime, tipificado 
no mesmo bojo da corrupção. A última alínea das vedações proíbe que o 
assistente social haja de forma a bloquear ou dificultar o acesso dos usuários às 
instituições e aos serviços que elas oferecem, podendo se caracterizar como 
prática de coação e desrespeito ao exercício da cidadania. 
TEMA 4 – RELAÇÕES PROFISSIONAIS – PARTE 2 
Como se sabe, o assistente social, apesar de estar inscrito no campo das 
profissões liberais, é um trabalhador assalariado, e como tal, está sujeito às 
regras e normas de seu local de trabalho, assim como possivelmente estará 
subordinado a alguma chefia. É para resguardar essa relação que temos os arts. 
6.º, 7.º e 8.º do Código de Ética, que estabelecem direitos, deveres e vedações 
nas relações com as instituições empregadoras e demais instituições com as 
quais o assistente social se relacione. Vale ressaltar que ao profissional não é 
facultado ferir os princípios éticos da profissão sob alegação de que as normas 
as quais está sujeito em trabalho se sobrepõem ao Código de Ética, pois isso 
não é verdadeiro e o Código deve ser observado em qualquer contexto de 
trabalho. 
No art. 7.º temos os direitos do assistente social na relação com seu 
empregador e, entre eles, está o de dispor de condições dignas e adequadas 
para que possa exercer seu trabalho com qualidade (alínea a). As alíneas b e c 
versam sobre o livre acesso do assistente social à população usuária e às 
informações institucionais necessárias para o exercício de suas atividades 
profissionais, não podendo, portanto, ser cerceado de ter contato com as 
pessoas que usam os serviços da instituição, devendo esta inclusive lhe garantir 
as condições de acesso a esses usuários, tais como veículo para realização de 
visita domiciliar, quando se aplicar. Por fim, a alínea d desse artigo versa sobre 
 
 
11 
o direito de integrar comissões interdisciplinares de ética, tanto as relacionadas 
à ética profissional quanto as que debatem e decidem as políticas institucionais. 
O art. 8.º tratará sobre os deveres do assistente social com as instituições 
empregadoras, iniciando-se pela primeira alínea, que traz a obrigação de 
programar, administrar e executar os serviços sociais ofertados pela instituição; 
ressalta-se que esse item coincide com uma das atribuições privativas do 
assistente social, prevista na Lei de Regulamentação da Profissão, reafirmando 
assim que esse é o profissional competente para atender às demandas dos 
serviços sociais. A alínea b compromete o assistente social a fazer denúncia 
junto ao Cress ou aos órgãos competentes quando verificar a existência de 
normas, regulamentos e programas que estejam em desacordo não apenas com 
os princípios do Código, mas também aqueles que podem violar direitos 
humanos, tanto do profissional quanto da população usuária. 
Consoante ao compromisso dos assistentes sociais com a classe 
trabalhadora, as três alíneas seguintes, c, d e e, abordam a obrigação de que a 
atuação do assistente social se dê de forma a minoraras correlações de forças 
institucionais e de privilegiar os interesses dos usuários, assim como de 
empenhar-se para a viabilização dos direitos sociais destes, por meio das 
políticas sociais na qual atua, e por fim, na mesma toada, é dever utilizar as 
verbas sob sua responsabilidade com lisura e transparência, tendo como 
prioridade o atendimento das demandas coletivas dos usuários. 
O art. 9.º traz vedações para o profissional nas relações com seu 
empregador, sendo a primeira delas a proibição de que o assistente social 
empreste seu nome e seu registro profissional para uma instituição na qual não 
trabalha nem presta serviços no intuito de simular ali o efetivo exercício. Muitas 
vezes, essas situações ocorrem para que o local possa contar com estagiários 
sem ter o profissional para supervisioná-los, contribuindo para a precarização 
das relações de trabalho, assim como empresas privadas muitas vezes precisam 
comprovar que têm um assistente social em seus quadros para poderem firmar 
contratos com governos, como é o caso de construtoras que participam de 
projetos como o “Minha casa, minha vida”, da União. Ainda, nas vedações, o 
item b traz a proibição de usar de tráfico de influência para obter empregos ou 
ferir regras de concursos públicos ou seleções. Na mesma lógica, firma-se a 
alínea c, com a vedação ao uso de recursos institucionais para fins partidários, 
 
 
12 
eleitorais ou clientelistas, o que na área pública muitas vezes somos instados a 
fazer em períodos eleitorais. 
TEMA 5 – RELAÇÕES PROFISSIONAIS – PARTE 3 
Na reta final desta aula, trabalharemos as últimas seções do Título III do 
Código de Ética, as quais abordam as relações dos assistentes sociais com 
outros profissionais, com as entidades de representação da categoria e com a 
justiça. Entre os deveres do profissional ao se relacionar com outros assistentes 
sociais ou com qualquer outro profissional estão o de ser solidário com outros 
colegas, mas não se eximindo de denunciá-los quando estes infringirem os 
princípios do Código ou violarem direitos humanos, no caso das demais 
categorias. Barroco e Terra (2012, p. 190) afirmam que essa solidariedade 
trazida nesse item se refere a “contribuir com a superação ou mesmo com a 
compreensão da dimensão da dificuldade do outro”, mas asseveram que ela não 
se sobrepõe aos princípios do Código, como já citamos. 
O segundo item das relações com outros profissionais refere-se à 
obrigação de repassar ao seu substituto as informações inerentes ao trabalho, 
de forma a não haver descontinuidade e não prejudicar a população usuária. A 
alínea c traz que, na função de chefia, o assistente social tem a obrigação de 
propiciar aos seus subordinados condições para que estes realizem cursos de 
qualificação e aprimoramento, bem como de incentivá-los e possibilitar que 
realizem pesquisas, com igualdade de oportunidades a todos. Na mesma linha, 
o item d traz o dever de incentivar a prática interdisciplinar, ou seja, que o 
assistente social atue em conjunto com outras profissões, de forma a atender 
integralmente às demandas da população usuária. De maneira complementar, a 
alínea e traz que é dever dos assistentes sociais respeitarem as normas e os 
princípios éticos das outras profissões. Barroco e Terra (2012) alertam que, além 
de respeitar tais princípios, o assistente social deve também respeitar as 
atribuições privativas das outras profissões, não realizando atividades para a 
qual não está capacitado. 
A última alínea dos deveres para com outros profissionais traz assunto 
bastante delicado, já que versa sobre fazer crítica a colegas de profissão e a 
outros profissionais, para o que deve fazê-la de forma objetiva, construtiva e 
comprovável. Barro e Terra (2012, p. 195) explicam que: 
 
 
13 
São muito comuns as divergências e discordâncias no 
desenvolvimento de atividades profissionais que envolvam 
trabalhadores. São as diferenças que se manifestam no cotidiano da 
atividade profissional. Trabalhar na perspectiva do pluralismo significar 
aceitar a diversidade de opiniões, de condutas de procedimentos, de 
entendimento, muitas vezes conflitantes e tensos entre si. 
Partindo do pressuposto de que o conflito é inerente das relações sociais, 
as autoras asseveram que as críticas e debates sempre acabarão ocorrendo, 
mas que estes devem ser realizados com fundamentação técnica e com vistas 
a melhorar a qualidade do trabalho e não a fazer ataques pessoais ou de forma 
a fazer demérito ou deslegitimar o colega. Ademais, ressaltam que tais críticas 
jamais podem ser feitas de forma anônima, vez que o texto da alínea em 
discussão é concluído com os termos “assumindo sua inteira responsabilidade”, 
no sentido de que deve fazer a crítica identificada de forma a responsabilizar-se 
pelo seu conteúdo. 
No que se refere às vedações nas relações com outros profissionais, 
estas estão previstas no art. 11 do Código de Ética e são quatro: a primeira, veda 
ao assistente social intervir ou interferir em situação que já esteja sendo atendida 
por outro profissional, salvo em emergência ou quando tratar-se de atuação 
interdisciplinar; a segunda veda ao assistente social, quando estiver em posição 
de chefia, abusar de autoridade ou agir de forma discriminatória; a alínea c traz 
a proibição de ser conivente com qualquer conduta antiética ou com erros 
técnicos praticados por assistentes sociais ou outros profissionais; a alínea d 
determina que o assistente social não deve prejudicar deliberadamente colegas 
de trabalho e tampouco agir de forma a manchar a reputação destes. 
Passando à seção seguinte, temos as relações do assistente social com 
as entidades da categoria e com as Organizações da Sociedade Civil em geral. 
Assim como nas relações com empregadores, essa seção conta com direitos, 
deveres e vedações, visando a salvaguardar o profissional e a sua autonomia 
técnica. Assim, no art. 12 está explícito o direito do assistente social de participar 
de sociedade científicas e de entidades de organizações da categoria, incluindo-
se nesse caso os conselhos e mesmo os sindicatos, para o que não poderá ser 
cerceado por seu empregador e tampouco pelas próprias instituições. O 
segundo direito trata de apoiar e participar de movimentos sociais, 
especialmente aqueles que defendem a classe trabalhadora, os direitos sociais 
e os direitos humanos em geral. Barroco e Terra (2012) destacam que estes são 
direitos facultativos e não obrigações do profissional, o que implica dizer que o 
 
 
14 
assistente social é livre para participar ou não das instituições de organização da 
categoria e de movimentos sociais. 
No que se refere aos deveres dos assistentes sociais para com essas 
instituições, temos no art. 13, alínea a, o de denunciar ao Cress qualquer 
instituição na qual não haja condições dignas de trabalho, que possam prejudicar 
o profissional e afetar a qualidade dos serviços prestados aos usuários; na 
mesma linha, a alínea b também traz o dever de denunciar ao CFESS/Cress e 
às autoridades competentes qualquer conduta que viole os direitos humanos ou 
que caracterize corrupção. A última alínea do art. 13 versa sobre o dever do 
assistente social de respeitar a autonomia dos movimentos populares e de 
organização da classe trabalhadora, devendo apoiá-los, mas não interferir em 
suas decisões coletivas, desde que estas não violem os direitos humanos. Por 
fim, o art. 14 das relações com as entidades da categoria e da sociedade civil 
apresenta única vedação aos assistentes sociais, proibindo o profissional de, 
quando em cargo de direção de entidade da categoria, obter vantagens pessoais 
para si ou para terceiros. 
Agora, daremos um salto até os art. 19 e 20, que tratarão das relações do 
assistente social com a justiça, uma vez que os arts. 15 ao 18 falam sobre a 
questão do sigilo profissional. Tais artigos abordam uma relação que poderíamos 
afirmarser uma das mais conflituosas e conturbadas dentro da profissão, que 
são as relações do assistente social com a Justiça. Isso porque, como veremos 
em momento futuro, o profissional poderá atuar como perito social, assim como, 
com frequência, é chamado para audiências na condição de testemunha ou para 
tomar depoimento de crianças e adolescentes na modalidade do chamado 
depoimento especial, colocando em xeque a questão ética acerca do sigilo 
profissional. 
Nessa relação com a Justiça, é dever do assistente social, consignado no 
art. 19, alíneas a e b, apresentar as conclusões de seus laudos ou prestar 
depoimento como testemunha, de forma a não extrapolar a competência 
profissional e tampouco a não violar o sigilo das informações prestadas pelos 
usuários, não podendo, sob nenhuma hipótese, violar qualquer regra posta no 
Código de Ética sob pretexto de tratar-se de determinação judicial. A segunda 
alínea é de fundamental importância, pois o assistente social jamais deverá 
deixar de atender a um chamado, intimação ou convocação judicial; porém, este 
deve comparecer e declarar que está obrigado a guardar sigilo. Barroco e Terra 
 
 
15 
(2012) destacam que é necessário diferenciar quando o profissional é chamado 
como testemunha porque no exercício de sua profissão teve contato com fatos 
e situações que estão judicializadas, de quando este é convocado na condição 
de cidadão, quando aí então está desobrigado de guardar sigilo. Um exemplo do 
segundo caso seria um assistente social ser convocado a depor em processo 
criminal por ter testemunhado um acidente de trânsito que vitimou uma pessoa, 
ou seja, um fato que nada teve a ver com seu trabalho. 
O art. 20 versará sobre o que é vedado ao assistente social na sua relação 
com a justiça, trazendo na primeira alínea a proibição de depor como testemunha 
sobre situação sigilosa de que tenha conhecimento por meio do exercício 
profissional. A segunda alínea veda ao profissional aceitar ser perito social em 
processo judicial cujo litígio não seja de competência do Serviço Social. 
Abordaremos mais sobre essas questões em momento posterior, quando 
tratarmos dos dilemas éticas contemporâneos. 
 NA PRÁTICA 
No ano de 2021, um vídeo postado em uma rede social gerou grande 
comoção e revolta entre os assistentes sociais. Isso porque uma advogada do 
estado do Amazonas fazia demérito e acusações graves contra uma profissional 
que atuava no Instituto Nacional de Seguro Nacional (INSS) porque essa 
assistente social não teria autorizado que o advogado de um beneficiário 
participasse da entrevista e dos procedimentos para a realização do estudo e da 
perícia social para concessão de benefício. A advogada, com total 
desconhecimento das normativas que regem o exercício do Serviço Social, 
acusava a profissional de ter cerceado e violado os direitos do cliente defendido 
por ela e expôs o nome, o local de trabalho dessa profissional, bem como 
manchou a imagem dela. O vídeo foi compartilhado por milhares de pessoas, 
muitos deles reproduzindo o discurso da advogada e caluniando a categoria 
como um todo. 
Diante do que estudamos nesta aula, o que poderia ser feito em relação 
a essa advogada, no sentido se resgatar a imagem da profissão e do profissional 
que sofreu o agravo público? 
 
 
16 
Leitura complementar 
Indicamos a leitura da nota oficial publicada pelo CFESS sobre o tema. 
Disponível em: <http://www.cfess.org.br/arquivos/CFESS-ParecerJuridico21-
2016.pdf>. Acesso em: 1 jun. 2021. 
Sugere-se a leitura da Nota de Desagravo Público, publicada pelo Cress 
de Minas Gerais, no ano de 2016, após situação similar envolvendo um conflito 
entre um assistente social e um advogado. Disponível em: <http://www.cress-
mg.org.br/Upload/Pics/a6/a6c12d0f-314b-4503-b438-91e0c53dbf52.pdf>. 
Acesso em: 1 jun. 2021. 
FINALIZANDO 
Nesta aula, demos prosseguimento à apresentação e ao debate, item a 
item, do Código de Ética Profissional do/a Assistente Social. Apesar de ser por 
vezes cansativo, tal estudo aprofundado é estritamente necessário, pois o 
Código requer uma práxis de leitura e reflexão sobre suas normas. Muito antes 
de estarem graduados, os estudantes de Serviço Social precisarão passar pelos 
estágios obrigatórios e conhecer o Código para essa prática de aprendizagem. 
Isso é fundamental para evitar que cometamos infrações éticas e, 
principalmente, que não sejamos submetido por outros a cometê-las, 
funcionando assim como um aparato de proteção. 
Isso posto, nesta aula trabalhamos inicialmente os direitos e deveres 
gerais dos assistentes sociais, que versam sobre a obrigação de cumprir os 
princípios previstos no Código e de poder usá-los também para defender-se 
quando estivermos sujeitos a normas institucionais que violem seus princípios. 
Na sequência, em todos os demais temas, passamos a trabalhar as normas 
éticas que regram as relações dos assistentes sociais no seu exercício 
profissional. Como alertam Barroco e Terra (2012), essas regras afetas às 
relações visam a proteger os profissionais e a profissão, preservar a autonomia, 
garantir a qualidade dos serviços prestados e condições de trabalho adequadas, 
o que implica dizer que, apesar de estabelecer parâmetros para atuação, mais 
do que a finalidade de responsabilização, essas regras têm caráter de apoio e 
proteção ao exercício profissional. 
Assim, falamos dos direitos, deveres e proibições nas relações 
profissionais com os usuários, com os empregadores, com as entidades que 
representam a categoria e demais entidades da sociedade civil, com outros 
 
 
17 
profissionais, sejam eles do Serviço Social ou não, assim como das relações 
com a justiça, tema controverso e polêmico na área. Abordaremos futuramente 
outros temas, como o do sigilo e os dilemas contemporâneos, os quais 
requererão que os alunos voltem a esta aula, uma vez que os temas apresentam 
relação direta entre si. 
 
 
 
18 
REFERÊNCIAS 
BARROCO, M. L. S.; TERRA, S. H. Código de ética do/a assistente social 
comentado. São Paulo: Cortez, 2012.

Mais conteúdos dessa disciplina