Logística de Transporte

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INTRODUÇÃO
Você alguma vez aguardou com ansiedade a chegada de um produto que você comprou em uma loja, um site
ou um aplicativo internacional? Se sua resposta foi sim, a sua expectativa é de receber o produto em perfeitas
condições, a�nal, você pagou por ele, certo?! Não importa se ele veio da China ou de outro país, mas sim que
chegue até suas mãos exatamente como você esperava e no tempo prometido. Isso somente é possível
porque existe a logística de transporte, ou seja, o seu produto precisa ser transportado até você com toda
segurança e no menor tempo, tanto no porto de origem quanto no porto de destino. Assim, tipos de cargas,
equipamentos de movimentação de cargas e operações portuárias precisam ser e�cientes e resultam de uma
gestão portuária. Conhecer essa dinâmica é conquistar competências e habilidades para atuar na logística do
mundo globalizado. Lembre-se: suas conquistas dependem de você. Bons estudos!
NATUREZA DA CARGA
Você sabe de onde vêm os produtos? Quaisquer e todos os produtos?
Desde o pequenino nanochip do nosso celular até os carros, os produtos atravessam oceanos para chegar aos
consumidores, e somos cerca de 6 bilhões de consumidores globais. Hoje podemos comprar produtos de
qualquer parte do mundo, ou seja, dos seis continentes. O nanochip não ocupa espaço, mas poderia ser
facilmente perdido, enquanto um carro ocupa espaço considerável, e um arranhão na sua pintura causaria
um dano irreparável. 
Você concorda que levar um ovo não é igual a levar uma batata, embora possam ter tamanhos semelhantes?
Como transportar potes de sorvetes sem que derretam? Como recebemos o produto made in China? E vinhos
made in Italy? Todas as respostas se resumem em logística de transporte. 
Mas o que é logística? É um ramo da gestão de planejamento, armazenagem, transporte e distribuição das
mercadorias, com o menor tempo e menor custo. Por sua vez, mercadorias são cargas de tipos diversos: ovos,
nanochips, carros, combustíveis, tudo é transportado através da logística. 
Aula 1
CARGA PORTUÁRIA
Você alguma vez aguardou com ansiedade a chegada de um produto que você comprou em uma loja,
um site ou um aplicativo internacional? Se sua resposta foi sim, a sua expectativa é de receber o produto
em perfeitas condições, a�nal, você pagou por ele, certo?
25 minutos
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Em um mundo globalizado, com 6 bilhões de consumidores espalhados em seis continentes, a necessidade de
cruzar oceanos, desde o passado com suas caravelas até o presente com seus grandes navios, faz do
transporte marítimo a escolha de transporte para cargas de grande volume e das mais diversas formas.
Vamos conhecer os tipos de cargas? 
A classi�cação das cargas é de�nida por sua forma de movimentação. Assim, conforme o tipo de manuseio da
carga, de�nimos a sua natureza. Os tipos de cargas são:
1. Carga geral.
2. Granéis sólidos.
3. Granéis líquidos.
Figura 1 | Carga geral unitizada em contêineres
 Fonte: Brasil (2021, [s. p.]).
Figura 2 | Carga a granel sólida
Fonte: Porto de Santos (2021, [s. p.]).
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• Carga geral de projeto: carga pesada e volumosa que precisa de estudos de estivação e peação especí�cos.
Comumente, trata-se de cargas inviáveis para conteinerização.
• Carga geral solta: é acondicionada sem embalagens, como veículos e maquinários. Também pode-se
transportar carga em caixas, tambores, sacos, cartões, engradados, amarrados etc.
Figura 4 | Navio roll-on/roll-o�
Figura 3 | Carga a granel líquida
Fonte: Porto de Santos (2021, [s. p.]).
As cargas gerais são categorizadas em:
• Carga geral unitizada: carga em paletes e contêineres.
• Carga geral rodante: a operação roll-on/roll-o� (rolagem para subir e para descer,
embarcar e desembarcar), conhecida por Ro-Ro, é muito utilizada no transporte de
veículos, embarcados através de rampa. As rampas são propriedade do armador e
dispensam a utilização dos equipamentos de cais para a operação. O embarque de gado
vivo também utiliza esse tipo de carga.
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Fonte: Porto de Santos (2021, [s. p.]).
Cargas de granéis sólidos
De maneira geral, a carga a granel é assim denominada por ser composta de materiais granulares, sendo
transportada sem embalagem ou recipiente, acondicionada nos porões dos navios. Os granéis sólidos podem
ser chamados de dry bulk, ou granéis secos, os quais podem ser minerais, como fertilizantes e minério de
ferro. Há também os granéis secos vegetais, como soja em grãos, farelo de soja e trigo. Importa destacar que
esse tipo de carga é movimentado em terminais especializados. O berço portuário movimenta granéis sólidos
destinados ao transporte em um sentido, ou seja, exclusivo para embarque ou desembarque.
Cargas de granéis líquidos
São as cargas líquidas não unitizadas, as quais incluem gases liquefeitos. Nas operações de embarque e
desembarque de granéis líquidos, utilizam-se mangotes e braços mecânicos.
É importante salientar que a liquefação de gases, por resfriamento, pressurização ou combinação de ambos,
reduz drasticamente o volume da carga, fato que aumenta a capacidade estática das embarcações,
promovendo a produtividade das movimentações de carga. Apesar disso, não é habitual movimentar
produtos gasosos.
PROCESSOS OPERACIONAIS
Vamos entender como um porto funciona no cenário do transporte marítimo? Essa compreensão dos
processos operacionais oferece conhecimentos para supervisionar operações de embarque, transbordo e
desembarque de cargas; fornecer suporte técnico para o agenciamento de embarcações; veri�car as
condições de segurança dos meios de transportes, dos equipamentos utilizados e das cargas; programar e
supervisionar a manutenção de equipamentos eletromecânicos de operação portuária, entre outros. Vejamos
a sequência do caminho da carga no porto:
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1. Autorização para embarcação atracar: é a liberação para o navio atracar no porto. Essa liberação
respeita a ordem de atracação, quando os planejadores de navios indicam qual será o berço de atracação a
ser utilizado, ou seja, o local no cais onde o navio pode encostar. Durante esse processo, somente pessoas
autorizadas para a operação podem subir a bordo.
2. Atracação no porto: ao chegar a vez do navio atracar, quando ele encosta no cais, é necessária a ajuda dos
rebocadores, que posicionam a embarcação. Os práticos são pro�ssionais que trabalham nas Zonas de
Praticagem (ZP), locais entre o porto e a água, sendo o espaço de manobras de atracação e desatracação. Os
práticos são especialistas em regras, riscos e condições naturais de cada porto, e cuidam da segurança da
movimentação das cargas e dos passageiros.
3. Descarregamento e carregamento de mercadoria: após a atracação, temos o descarregamento dos
navios. Para isso, o porto tem um conjunto de equipamentos e processos de movimentação. O
descarregamento ocorre em duas etapas principais:Etapa A: retirada da carga dos navios. Os guindastes utilizados pelo porto são portainers (STS ou ship-to-
shore). Eles içam contêineres de 75 toneladas e fazem a movimentação/o transporte da carga de dentro do
navio para o veículo terrestre. Essa etapa é realizada com total agilidade para reduzir ao máximo o tempo de
atracação do navio. Os navios de 300 m de comprimento chegam a usar quatro portainers simultaneamente,
e o movimento de contêineres é de um a cada minuto.
Etapa B: movimentação terrestre da carga. É feita por veículos portuários (terminal tractors – TT), que são
carretas que movimentam cargas de até 40 toneladas entre o cais e o pátio portuário, e cumprem o
planejamento para posicionar a carga em locais de�nidos. Após o descarregamento, o navio é liberado para
prosseguir viagem.
4. Inspeção da carga: é realizada antes do acondicionamento da carga no pátio do porto, e é feita por órgãos
especí�cos, como Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento), Receita Federal e outros.
5. Acondicionamento das cargas: ao ser encerrado o processo de descarregamento dos navios, os
contêineres são organizados no pátio do porto, e a carga a granel é depositada em silos, de modo que cada
tipo de carga é acomodado.
6. Liberação da carga: ocorre quando a Receita Federal, após analisar os documentos, libera a carga do
porto. Nessa fase, o porto entrega a carga para o responsável pela sua retirada no terminal, para que faça o
transporte terrestre e a leve até seu destino.
A logística de transportes marítimos é complexa e obrigatoriamente e�ciente, e todo o conjunto de atividades
é realizado pelas operações portuárias.
A atuação nesse setor re�ete a dimensão do sistema portuário do Brasil, um país com 8,5 mil quilômetros de
extensão navegável e com 700 milhões de toneladas de movimentação de cargas diversas. Tais informações
são impactantes para os atuais ou futuros pro�ssionais do setor portuário.
Figura 5 | Divisão dos custos e procedimentos portuários do comércio exterior
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Fonte: CNI (2022, p. 37).
GERENCIAMENTO DE OPERAÇÕES
Agora você já sabe quais são as operações portuárias e as atividades logísticas que envolvem transporte,
armazenagem e distribuição de cargas, além de conhecer os tipos de cargas. Porém, é importante aprender
também sobre o gerenciamento de operações portuárias e de terminais portuários.
Segundo Coopercarga (2021), o gerenciamento de operações portuárias atua em cinco esferas:
a. Gestão do complexo físico: gestão dos terminais portuários, portos, armazéns, cais, maquinários e
equipamentos para atracação, descarregamento e movimentação terrestre da carga.
b. Gestão administrativa: gestão entre as instituições responsáveis por administrar os portos (públicas e
privadas).
c. Gestão de operação: responsável por gerir os pro�ssionais encarregados das atividades portuárias,
rebocadores, operadores portuários e sindicatos.
d. Gestão de sistemas de informação: as tecnologias de informação oferecem operações estabelecidas
sobre regras da legislação portuária nacional e internacional, bem como agilizam a documentação, a
�scalização e o controle das embarcações, operações e cargas.
e. Gestão de risco e sustentabilidade: todas as atividades portuárias incidem sobre o meio ambiente. Há
também o risco de acidentes com transportes e cargas perigosas. Assim, a gestão de risco é preditiva e
resolutiva em caso de emergências.
Conforme Coopercarga (2021), a Lei nº 12.815/2013 dispõe que o operador portuário é uma pessoa jurídica
certi�cada para realizar as atividades de movimentação de cargas e passageiros, como também proceder a
armazenagem das cargas, de acordo com os procedimentos legais. Portanto, para a atuação de um operador
portuário, há exigências de conhecimentos especí�cos relativos ao gerenciamento de operações portuárias:
• Conhecer as questões de análise de demurragee despatch no ambiente portuário.
• Possuir entendimento do setor portuário.
• Avaliar questões essenciais dos transportes marítimo e �uvial.
• Conhecer os tipos de cargas movimentadas nos portos e terminais.
• Identi�car as características principais dos diversos tipos de terminais portuários existentes.
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Tipos de portos do Brasil 
Segundo Coopercarga (2021), no Brasil há quatro tipos de portos (classi�cação quanto à localização):
• Marítimos:localizam-se às margens dos oceanos e mares. Geralmente, são portos antigos e históricos,
construídos para a movimentação de cargas e passageiros por longas distâncias. Possuem características de
portos naturais ou portos de mar aberto, ou ainda, portos abrigados.
• Fluviais:ou portos hidroviários, têm similaridade com portos marítimos, mas estão localizados às margens
dos rios.
• Estuários: são portos localizados em estuários em contato com o mar.
• Lacustres:são portos em contato com lagos e mar, por meio de canais de navegação.
Os portos brasileiros podem ser públicos ou privados e seguem as diretrizes do Governo Federal. A dimensão
do sistema portuário nacional abrange, segundo Coopercarga (2021):
• 235 portos, entre públicos e privados.
• 37 portos marítimos.
• 39 portos �uviais públicos.
O sistema portuário do Brasil é classi�cado em três condições, de acordo com Coopercarga (2021):
•  Localização.
•  Função.
•  Infraestrutura.    
Cabe uma observação sobre os portos secos, os quais são terminais intermodais, ou seja, regiões de fácil
acesso por estradas, rodovias, vias férreas e vias aéreas. São voltados para centros de distribuição de cargas.
Classi�cação dos portos quanto à função
Segundo Coopercarga (2021), a primeira função do porto refere-se às atuações burocráticas:
• Portos internacionais.
• Portos regionais.
• Portos locais.
A segunda função do porto está voltada para as atividades econômicas:
• Portos industriais.
• Portos comerciais.
• Portos feeder.
• Portos hub.
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• Porto de passageiros.
Classi�cação dos portos quanto à infraestrutura
Segundo Coopercarga (2021), a infraestrutura do porto tem como objetivo o carregamento/descarregamento
de embarcações em:
• Portos comerciais.
• Portos industriais.
• Portos turísticos.
• Portos pesqueiros.
• Portos multifuncionais.
VÍDEO RESUMO
Como construir uma carreira de sucesso na área portuária?
Você sabia que a indústria portuária está em expansão? 
Este vídeo é uma dica para você que gostaria de conhecer um pouco mais sobre a ascensão pro�ssional no
setor portuário, o qual carece de pro�ssionais capacitados em gestão portuária e logística. 
As possibilidades são multidisciplinares, e há espaço para engenheiros, administradores, geógrafos,
economistas, advogados, tecnólogos e prestadores de serviços, entre outros pro�ssionais. 
Quer saber mais? Assista ao vídeo! 
 Saiba mais
A movimentação de cargas, seja para importação ou exportação, se con�gura na logística e no
conhecimento sobre contêineres. Conjuntamente, é importante conhecer detalhes dos portos hub e
feeder. Você sabe a diferença entre um porto hub e um porto feeder? Acesse o link a seguir e saiba mais:
Disponível em: https://www.cnt.org.br/agencia-cnt/conheca-diferencas-portos-hub-feeder. Acesso em 15
fev. 2022.
Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.
Aula 2
https://www.cnt.org.br/agencia-cnt/conheca-diferencas-portos-hub-feeder11/20/23, 2:02 PM wlldd_221_u1_equ_por
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INTRODUÇÃO
Os oceanos sempre despertaram curiosidade e vontade de descobrir o que existia do outro lado. Assim, as
descobertas marítimas nos trouxeram conhecimento de nos guiar pelas estrelas, de construir navios cada vez
maiores, de transportar cultura e produtos, de mercantilizar, en�m, de globalizar. Nesse contexto, desde a
hora que acordamos até a hora que dormimos, há navios transportando mercadorias, das mais simples às
mais so�sticadas. A logística de transporte nos motiva a descobrir mais sobre cargas, navios, portos e
tecnologias. Você quer fazer novas descobertas? Bons estudos!
CARGA GERAL
Conceito e identi�cação de carga geral portuária
A logística de transporte marítimo classi�ca as cargas pela compatibilidade de sua movimentação. Portanto, o
manuseio da carga a classi�ca para:
• Tipo de modal para transportar a carga (qual é o melhor transporte: rodoviário, ferroviário, marítimo,
cabotagem, dutoviário etc.).
• Tipo de navio no qual a carga será transportada.
• Tipo de equipamentos para manusear, movimentar e armazenar a carga.
Assim, quanto ao manuseio das cargas marítimas, há dois grupos principais:
• Carga geral.
• Carga a granel. 
Neste tópico, daremos ênfase à carga geral, que é um tipo de carga que permite ser manuseada e
transportada:
• Solta.
• Em embalagens.
• Em arranjos.
• Por agrupamentos.
MOVIMENTAÇÃO DE CARGA GERAL
Os oceanos sempre despertaram curiosidade e vontade de descobrir o que existia do outro lado.
28 minutos
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Conceituação de carga geral solta
A nomenclatura carga solta aponta para mercadorias não embaladas, ou seja, cargas que exigem uma
organização para manuseá-las e transportá-las, no todo ou em partes. As cargas soltas são geralmente
mercadorias industriais de grande volume de produção, colheitas agrícolas, minérios e animais vivos.
As cargas soltas, também, podem ser grandes volumes de carga acondicionados em embalagens como: sacos,
engradados, fardos, caixas, tambores, cartões, amarrados e outros.
Existem cargas soltas por unidade e sem embalagens, como: maquinários, veículos, pedaços de rocha,
madeiras etc.
Embora a carga solta possa ser manipulada sem embalagem, exige-se um controle quantitativo e qualitativo
em seu manuseio e transporte.
Assim, chamamos de carga geral solta as mercadorias que permitem ser fragmentadas em quantidades
separadas em lotes ou parcelas.
Importa destacar que, por questões de planejamento logístico de transporte, a fragmentação da carga
possibilita o seu manejo com maior precisão e melhor planejamento dos equipamentos de apoio, para o
manuseio da carga tanto no transporte terrestre como no momento de passá-la de um modal para outro.
A logística de transporte para cargas soltas demanda planejamento, processo e gestão complexos, além de
ampla mão de obra e maior tempo de embarques e desembarques das cargas. Todos esses fatores oneram
os custos portuários em nível global, razão para cada vez mais existirem investimentos para a conteinerização
com alta tecnologia (contêineres refrigerados para frutas, �ores, alimentos e animais, com rastreamento de
carga por satélites). 
Navio de carga geral
Os navios de carga geral possuem a �exibilidade de transportar diversos tipos de cargas, incluindo lotes
pequenos, como: caixas, sacarias, unidades de veículos, veículos encaixotados ou sobre rodas, cilindros e
peças de todos os tamanhos, formatos e volumes, entre tantos outros itens.
A identi�cação dos navios de carga geral é feita pela quantidade de porões, que pode chegar a até mais de
cinco. Os porões podem ser refrigerados para acomodar cargas perecíveis e para transportar animais vivos.
Ainda podem ter porões como silos para armazenar produtos agrícolas ou químicos.
Os navios de cargas são equipados com guindastes próprios que movimentam a carga geral, mas também
movimentam contêineres, tanto no carregamento como no descarregamento das embarcações.
A seguir, você conhecerá um navio de carga geral.
Figura 1 | Navio de carga gera
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Fonte: FazComex (2021, [s. p.]).
EQUIPAMENTOS DE TRANSPORTE E MOVIMENTAÇÃO
Principais equipamentos de movimentação de carga geral
1. E�ciência de movimentação de carga geral
Os equipamentos portuários determinam a e�ciência do porto ou terminal portuário, isto porque os tempos
de carga e descarga precisam ser mínimos. Melhor explicando, os equipamentos contribuem para uma
logística �exível, ou seja, uma logística de transporte que apresente uma relação custo-benefício positiva, para
que as empresas escolham embarcar e desembarcar naquele porto/terminal portuário mais bem equipado.
Os portos mais bem equipados oferecem instalações portuárias competitivas no contexto internacional, o que
pode ser denominado e�ciência portuária.
Os equipamentos portuários oferecem alto padrão de desempenho quando associam tecnologia e qualidade
de ações. Portanto, tais equipamentos são a base de sustentação para a movimentação e�ciente das cargas,
tanto nas atividades portuárias terrestres quanto marítimas.
2. Principais equipamentos para a movimentação de carga geral
A seguir, você conhecerá um pouco mais sobre os equipamentos de movimentação de cargas.
2.1 Guindastes portuários
Os portos e terminais portuários são equipados com os mais variados tipos de guindastes:
• Fixed guindastes de pedal.
• Guindastes móveis.
• Guindastes portuários móveis.
• Guindastes montados sobre trilhos.
• Guindastes navio-terra e outros.
Vamos conhecer alguns tipos de guindastes?
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Figura 2 | Guindastes de pórtico de contêineres (portêiner)
Fonte: Liebherr (2021, [s. p.]).
Figura 3 | Guindaste sobre pneus - mobile harbour cranes (MHC)
Fonte: Liebherr (2021, [s. p.]).
Figura 4 | Guindastes de portal
Fonte: Liebherr (2021, [s. p.]).
Figura 5 | Transtêiner sobre trilhos - RMG
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Os guindastes marítimos e portuários são equipamentos de grande porte e compõem a estrutura portuária.
São projetados e desenvolvidos para atender à relação quantidade versus agilidade, uma vez que a demanda
é por menor tempo do navio no porto, tanto para embarque quanto para desembarque de cargas.
2.2 Equipamentos de manuseio de carga
A seguir, são ilustrados equipamentos terrestres utilizados no manuseio da carga, para carregamento e
descarregamento.
O guindaste de carga �xa FCC consiste em equipamentos instalados diretamente no cais ou em pontes de
desembarques. São equipamentos multiuso que manuseiam contêineres e carga a granel.
Figura 6 | Guindaste de carga �xa - FCC
Fonte: Liebherr (2021, [s. p.]).
Fonte: Liebherr (2021, [s. p.]).
As empilhadeiras retráteis, como são chamadas as reach stackers, são veículos para movimentação de
contêineres intermodais de carga. São equipamentos utilizados em pequenos terminais ou portos de
tamanho médio, e sua funcionalidade é manusear os contêineres com rapideze empilhá-los em várias linhas.
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Figura 7 | Empilhadeira de alcance – reach stacker
Fonte: Liebherr (2021, [s. p.]).
Figura 8 | Equipamento de manuseio de carga
Fonte: Liebherr (2021, [s. p.]).
Os equipamentos de manuseio de carga são de diversas opções para atender a atividades especí�cas de cada
tipo de carga e capacidade de movimento do porto. Um exemplo é o chamado braço pórtico, um guindaste
que atua como um longo e forte braço que eleva e abaixa cargas, além de ter rotação de 360 graus.
Outro exemplo de equipamento de movimentação de carga portuária é o transtêiner sobre pneus – RTG, que
consiste em pórticos de movimentação de contêineres, instalados em pátios e armazéns portuários.
3. Tecnologia marítima e tecnologia de aplicação marítima
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ESTATÍSTICAS DE MOVIMENTAÇÃO DE CARGA GERAL
Conceito de estatística
Estamos acostumados a ouvir que os números não mentem. Assim, os dados estatísticos são um conjunto
ordenado de informações que nos auxiliam, explicam e fundamentam tomadas de decisão.
Achou complicado?
Vamos descomplicar! A�nal, a estatística existe exatamente para descomplicar o volume e a variedade de
fatos transformados numericamente em informações.
Se você for perguntado: quantas vezes você bebe água por dia? E, como resposta, disser: várias vezes, ou duas
vezes, ou mesmo durante as refeições. Com essa resposta, eu saberei a quantidade de água que você bebe
diariamente?
É claro que não saberei!
Agora, se a pergunta for: quantos mililitros de água você bebe por dia?
Mesmo que você responda “aproximadamente 200 ml”, ou “500 ml”, ou “até 1 litro e meio”, será possível saber
a quantidade de água que você consome diariamente, ainda que de forma aproximada. Será possível ter uma
estimativa.
Os equipamentos de movimentação de carga são considerados estratégicos e conferem um potencial
competitivo aos portos e terminais portuários. Eles são incluídos na tecnologia marítima e de aplicação
marítima.
Assim, conhecemos os principais equipamentos de movimentação de carga geral. 
Figura 9 | Transtêiner sobre pneus - RTG
Fonte: Liebherr (2021, [s. p.]).
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Assim, a estatística pergunta sobre fatos quantitativos: quanto, quando, como, onde e por que acontece? 
E, ao obter as respostas para essas perguntas, a estatística as transforma em grá�cos, pois eles auxiliam e
facilitam a compreensão dos fatos. 
Agora que você já sabe o que é estatística e para que servem as informações estatísticas, vamos ampliar o
conhecimento? Que tal conhecermos as estatísticas portuárias de movimentação de cargas? 
Importância da estatística
Mensurar fatos.
Projetar possibilidades.
Antecipar tendências.
Identi�car e investigar gargalos.
Acompanhar projeções.
Análise do movimento físico dos portos por estatísticas
A análise do movimento físico dos portos é feita com base no volume total de cargas movimentadas em
determinado porto, e esse volume é medido em toneladas por mês para embarque e desembarque,
considerando os tipos de cargas. Assim, o porto estabelece o resultado mensal de desempenho. 
Vejamos juntos uma análise estatística do Porto de Santos, referente à movimentação de cargas em
toneladas/mês no período de 2014 a 2018.
Tabela 1 | Movimentação de cargas por mês no Porto de Santos (2014 a 2018)
MESES 2014 2015 2016 2017 2018
JAN 6.893.157 7.507.230 7.834.883 7.364.575 8.996.324
FEV 7.802.702 8.541.527 9.018.599 9.676.623 9.676.243
MAR 10.444.475 10.312.506 10.905.367 10.862.308 12.243.080
ABR 9.058.232 9.461.437 9.754.582 10.700.406 11.746.598
MAI 8.870.003 10.083.859 10.399.451 11.397.641 10.951.693
JUN 9.825.879 9.293.424 9.865.200 11.042.382 10.851.746
JUL 10.081.424 11.080.400 10.182.378 12.053.697 11.872.362
AGO 10.733.581 11.365.789 10.661.252 12.342.511 12.482.543
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MESES 2014 2015 2016 2017 2018
SET 9.296.500 11.000.769 9.906.676 12.243.774 11.579.406
OUT 10.246.082 11.313.396 9.146.027 11.368.212 10.253.845
NOV 8.884.773 9.855.418 7.754.698 10.903.041 11.662.742
DEZ 9.022.677 10.116.125 8.386.639 9.909.852 10.843.180
TOTAL 111.159.485 119.931.880 113.815.752 129.865.022 133.159.762
Fonte: Codesp (2019, p. 2).
Podemos perceber um conjunto de informações na tabela estatística referente ao Porto de Santos:
1. As informações apresentadas compreendem um período de anos, que vai de 2014 a 2018. Assim, os
resultados foram apresentados em 2019.
2. Os dados estão disponíveis entre os meses de janeiro e dezembro de cada ano e indicam o resultado da
movimentação de carga de cada mês.
3. A soma total de cada ano (12 meses) é apresentada identi�cando o resultado de cada ano.
4. A unidade de pesagem das cargas é toneladas (ton).
5. O local e o período dos fatos são apresentados na estatística, e existe um órgão responsável pela
informação, no caso da ANTAQ (Agência Nacional de Transporte Aquaviário).
Assim, a análise do movimento físico do Porto de Santos é utilizada para planejamento do porto,
transparência para novos investimentos, parâmetros para melhorias, demonstrativos de quantidade,
con�guração da logística de transportes, identi�cação de gargalos, acompanhamento da economia, en�m,
estas e tantas outras informações podem ser obtidas por meio das estatísticas de movimentação de cargas
marítimas.
Você saberia como transformar as estatísticas em grá�cos? Gostaria de saber? Vejamos no próximo tópico.
Estatísticas como ferramenta de gestão portuária
As ferramentas estatísticas são de grande valia para a gerência e o controle de processos, e na gestão
portuária não é diferente. Através delas pode-se ter domínio de dados de evolução ou regressão,
identi�cando problemas e auxiliando na sua eliminação.
Uma das grandes vantagens é a utilização dessas ferramentas de maneira visual. A seguir, temos o exemplo
de dois grá�cos, os quais auxiliam no melhor entendimento e visualização dos resultados propostos.
Grá�co 1 | Movimentação de cargas por ano no Porto de Santos (2009 a 2018)
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Fonte: Codesp (2019, p. 2).
Concluímos, ao analisar o Grá�co 1, que ano após ano a movimentação mensal de cargas tem crescido,
independentemente do mês analisado. Isso nos mostra que, se usarmos esses dados como base, a demanda
portuária é crescente. Além disso, nota-se que os meses com maiores demandas são março e agosto.
Grá�co 2 | Movimentação acumulada de contêineres
Fonte: Codesp (2019, p. 12).
No Grá�co 2 temos o comparativo do acúmulo da movimentação de contêineres durante o período de 10
anos. Nele podemos ver o crescimento exponencial tanto de embarques quanto de desembarques, e através
disso suportar medidas gerenciais. Seguem alguns exemplos de análises possíveis:
a. A movimentação de contêineres em dezembro de 2018 foi de 209.789 unidades (331.730 TEU).
b. Quando comparamos o resultado de 2018 com o de 2017, temos alta de 1,1% (em relação ao resultado de
dezembrode 2017).
c. A movimentação acumulada até dezembro de 2018 apresentou aumento de 4,0% na comparação com
2017, totalizando 2.594.811 unidades (4.122.243 TEU).
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Observação: a sigla TEU (twenty-foot equivalent unit) refere-se à unidade de medida de um contêiner de 20
pés. Resumindo, um contêiner de 20 pés é um contêiner de 1 TEU.
Podemos notar como as estatísticas são dinâmicas e importantes, pois são ferramentas para suporte das
decisões de uma gestão portuária que seja pautada pelo gerenciamento de movimentação de cargas.
VÍDEO RESUMO
Olá! Temos aprendido muito juntos!
Você já ouviu falar no IMDG? Trata-se do Código Marítimo Internacional para Cargas Perigosas, que é uma
bússola para nortear o transporte de cargas perigosas.
Neste vídeo, aprenderemos sobre o código que vale internacionalmente e foi desenvolvido para uniformizar o
transporte de cargas perigosas.
Em relação a esse tipo de cargas, todo cuidado é pouco. As substâncias perigosas são classi�cadas de acordo
com sua periculosidade aos seres humanos e ao meio ambiente. 
Assista ao vídeo e �que por dentro desse assunto tão importante!     
Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.
 Saiba mais
Você gosta de tecnologia e inovação? Tem um per�l dinâmico e arrojado? Então, saiba que os
equipamentos de transporte e movimentação de cargas marítimas estão em constante evolução.
Assista ao vídeo indicado a seguir, que apresenta um dos terminais portuários mais tecnológicos do país.
Conheça o terminal da Embraport (Empresa Brasileira de Terminais Portuários). Observe como a
associação de tecnologia e inovação na infraestrutura dos equipamentos de transporte e movimentação
de cargas marítimas agrega qualidade à gestão portuária. Acesse o link para saber o que são portainers,
RTGS e tractors.
Disponível em: https://www.aecweb.com.br/cont/tv/rev/equipamentos-para-movimentacao-de-carga-sao-
destaques-na-embraport_9548_48. Acesso em 15 fev. 2022.
Aula 3
MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS CONTEINERIZADAS
https://www.aecweb.com.br/cont/tv/rev/equipamentos-para-movimentacao-de-carga-sao-destaques-na-embraport_9548_48
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INTRODUÇÃO
Você sabe como surgiu o contêiner? Gostaria de saber? 
Em 1937, Malcom McLean (2021), proprietário de uma pequena empresa de caminhões que transportava
algodão, teve uma ideia enquanto observava o carregamento de fardos de algodão dos caminhões para um
navio.
Ele pensou em construir caixas de aço com medidas idênticas e su�cientes para transportar os fardos de
algodão desde a colheita até a entrega em outros países.
Assim, Malcon McLean inventou o contêiner, e até os dias de hoje os contêineres estão espalhados pelo
mundo, levando e trazendo cargas.
Gostou da história? Vamos saber mais sobre cargas conteinerizadas?
MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS CONTEINERIZADAS
1. Contêineres
Antes de conhecermos as características das cargas conteinerizadas, precisamos nos instruir sobre
contêineres. Começamos pela medida de identi�cação dos contêineres, os quais, em sua maioria, atendem a
dois padrões:
Contêineres de 20 pés = capacidade de 33,6 m³ = 19.046 kg = 6 metros
Contêineres de 40 pés = capacidade de 66,4 m³ = 27.170 kg = 12 metros
2. Tipos de contêineres e tipos de cargas conteinerizadas
– Dry box
Segundo WAMC Log (2022), os contêineres dry box são os mais comuns e mais utilizados, e foram os
primeiros contêineres a serem fabricados. Lembram muito uma caixa retangular de metal, com uma porta
nos fundos.
   Você sabe como surgiu o contêiner? Gostaria de saber? 
Em 1937, Malcom McLean (2021), proprietário de uma pequena empresa de caminhões que
transportava algodão, teve uma ideia enquanto observava o carregamento de fardos de algodão dos
caminhões para um navio. 
29 minutos
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Tipo de carga: nesse tipo de contêineres, as cargas mais transportadas são as secas, como vestuários,
brinquedos, móveis, peças, entre tantas outras mercadorias.
Figura 1 | Contêiner dry box
Fonte: WAMC Log (2022, [s. p.]).
Figura 2 | Bulk container
Fonte: WAMC Log (2022, [s. p.]).
– Bulk container
De acordo com WAMC Log (2022), o bulk container é semelhante ao contêiner dry box, porém, em vez de ter
uma porta no fundo, tem abertura no teto.
Tipo de carga: é usado para transporte de cargas como produtos agrícolas.
– Contêiner ventilated
Conforme WAMC Log (2022), o contêiner ventilated (ou ventilado) é semelhante ao contêiner dry box, mas
possui teto e laterais com fendas para ventilação, pois transporta cargas que precisam de circulação de ar.
Tipo de carga: é utilizado para cargas que necessitam de circulação de ar, como café, cebola, sementes e
cacau.
Figura 3 | Contêiner ventilated
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Fonte: WAMC Log (2022, [s. p.]).
Figura 4 | Contêiner reefer
Fonte: WAMC Log (2022, [s. p.]).
– Contêiner reefer
De acordo com WAMC Log (2022), contêineres reefer (ou refrigerados) possuem geradores e refrigeradores.
São desenvolvidos com tecnologia de refrigeração, controle e manutenção da temperatura, e são totalmente
fechados, com portas no fundo. São apropriados para cargas que necessitam de controle de temperatura.
Tipo de carga: transportam cargas que precisam de controle de temperatura, como leites, frutas, �ores,
medicamentos, vacinas e congelados em geral.
– Contêiner open top
Segundo WAMC Log (2022), o contêiner open top não possui teto, o que facilita que as mercadorias sejam
acondicionadas por essa abertura. Permite o embarque e transporte de cargas altas, as quais, devido à altura,
não podem ser colocadas no contêiner dry box, o qual tem uma pequena porta nos fundos. Após o depósito
da carga, o teto é recoberto com lona ou placas sustentadas por barras de aço. Porém, a depender da altura
da carga, o teto pode ser deixado aberto.
Tipo de carga: utilizado para cargas grandes, como maquinários, máquinas agrícolas,
peças, materiais de construção, vidros, pedras e outros tipos de produtos. 
Figura 5 | Contêiner open top
Fonte: WAMC Log (2022, [s. p.]).
Figura 6 | Contêiner half height
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Fonte: WAMC Log (2022, [s. p.]).
– Contêiner half height
De acordo com WAMC Log (2022), os half height são contêineres multiuso com meia altura,
por serem contêineres baixos com portas traseiras, escotilha basculante e tampa dura.
Contêineres half height (ou meia altura) têm 1.450 mm de altura, enquanto um contêiner normal/padrão tem
2.900 mm de altura (9'6 de altura). 
Transportar contêineres sem o volume de carga completo tem um custo muito alto. Assim, com os half height,
as empresas economizam na logística de transporte e na logística de devolução de contêineres vazios.
 Esse tipo de contêiner é muito utilizado no transporte de cargas densas.
Tipo de carga: transporte de minérios, areias minerais, sal e cargasperigosas.
– Contêiner open side
Conforme WAMC Log (2022), o contêiner open side possui três paredes, sendo que uma das laterais é aberta.
É utilizado com baias internas ou com separação de ambientes. 
Tipo de carga: transporta animais e cargas que excedem a largura.
Figura 7 | Contêiner open side
Fonte: WAMC Log (2022, [s. p.]).
Figura 8 | Contêiner �at rack
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Você gostou de aprender sobre alguns tipos de contêineres e sobre quais cargas podem ser neles
transportadas? Essa área é muito dinâmica e vale muito você estudar as novidades!
EQUIPAMENTOS DE MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS CONTEINERIZADAS
Fonte: WAMC Log (2022, [s. p.]).
Segundo WAMC Log (2022), o contêiner �at rack não possui paredes laterais nem teto, funcionando como um
unitizador de carga. Normalmente, é usado para transportar cargas não uniformes em altura e largura.
O contêiner �at rack possibilita amarrar a carga para protegê-la e evitar acidentes graves ou perda da carga.
As cargas volumosas e pesadas, com formatos irregulares ou compridas, exigem um planejamento
diferenciado para que sejam movimentadas e transportadas. Nesse caso, os contêineres �at rack, com apenas
as duas paredes frontais, permitem que o carregamento seja feito pelo alto ou pela lateral. 
Tipo de carga: barcos, lanchas, minicarretas etc.
De acordo com WAMC Log (2022), o contêiner tank tem estrutura reforçada, geralmente em formato cilíndrico,
e pode ou não ser climatizado ou ter contenção de segurança. Utiliza tecnologia de monitoramento de
temperatura, medição de propriedades químicas e travas contra acidentes, e atende a um conjunto de
especi�cidades de acordo com a carga a ser transportada.
Tipo de carga: é próprio para transporte de líquidos ou gasosos, produtos químicos, cargas perigosas, entre
outros.
Figura 9 | Contêiner tank
Fonte: WAMC Log (2022, [s. p.]).
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Tecnologias marítimas e tecnologias logísticas de transporte e
movimentação de cargas conteinerizadas
Antes de apresentarmos os equipamentos de transporte e movimentação de cargas conteinerizadas, é
importante que, nesse contexto, tenhamos em mente que os navios também fazem parte dos equipamentos
de armazenamento, movimentação e transporte de cargas. 
As tecnologias marítimas e de logística de transporte possibilitaram o aumento da movimentação de carga
conteinerizada no Brasil e no mundo. Dentre as tecnologias marítimas, destacamos os navios porta-
contêineres.
– Navio porta-contêineres
Os navios porta-contêineres são construídos com porões equipados com guias (também chamadas de celas),
utilizadas para receber e estivar os contêineres. Em sua maioria, esses navios não possuem guindastes, gruas
ou equipamentos próprios para agilizar a movimentação de cargas. Porém, os porta-contêineres são navios
rápidos, que alcançam velocidade superior à dos navios cargueiros.
Figura 10 | Navio porta-contêineres
Fonte: Liebherr (2022, [s. p.]).
É importante você perceber que a logística de transporte de cargas conteinerizadas requer navios grandes e
especializados na movimentação de contêineres, o que trouxe o desa�o e a necessidade de investimentos nos
portos e terminais portuários para atender à demanda de navios porta-contêineres.
Lembre-se de que um porto ou terminal portuário é e�ciente à medida que reduz o tempo de permanência
do navio e executa todas as atividades de movimentação de carga no menor tempo e com alto nível de serviço
prestado, minimizando custos, o que resulta em e�ciência.
– Mobile harbour crane
Os portos e terminais portuários investiram em novos equipamentos de transporte e movimentação de
cargas conteinerizadas, como o guindaste para a movimentação de contêineres em navios especializados. Um
exemplo é o mobile harbour crane (MHC), um guindaste bastante �exível, mas de muita complexidade
operacional. No Saiba Mais apresentamos a você, através de um vídeo explicativo, o MHC.
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Figura 11 | MHC – mobile harbour crane
Fonte: Liebherr (2022, [s. p.]).
Segundo a empresa Liebherr (2022), esse tipo de equipamento tem capacidade de levantar contêineres de até
64 toneladas e a uma altura máxima de 35 metros.
Existem diversos tipos de MHC. Vejamos, a seguir, outro modelo.
Figura 12 | MHC – mobile harbour crane
Fonte: Liebherr (2022, [s. p.]).
Segundo a empresa Liebherr (2022), você acaba de conhecer o considerado mais potente guindaste móvel
portuário do mundo (Figura 12). Esse equipamento de transporte e movimentação de contêineres é um
guindaste de enormes dimensões, e movimenta grandes navios cargueiros com largura de até 22 �leiras de
contêineres. Com capacidade de elevação de mais de 300 toneladas, tem o potencial de movimentar 2.300
toneladas por hora. 
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Podemos perceber a importância das cargas conteinerizadas para a economia mundial e o quanto é investido
em novas tecnologias de equipamentos de transporte e movimentação de cargas em contêineres.
ESTATÍSTICAS DE CARGAS CONTEINERIZADAS
Para compreendermos melhor a importância das estatísticas como ferramenta de planejamento e decisão
para a logística de movimentação de cargas, utilizaremos as estatísticas do Porto de Santos, o maior da
América Latina.
Na tabela a seguir, temos o movimento anual de cargas conteinerizadas por terminal no Porto de Santos,
referente ao período de 2014 a 2018, sendo essas estatísticas publicadas em 2019 pela Codesp – Companhia
das Docas de São Paulo.
Analise a tabela e perceba a quantidade de informações. É muito importante que você se familiarize e
identi�que informações estatísticas.
Tabela 1 | Movimento anual de contêineres por terminal
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Fonte: Codesp (2019, p. 19).
Nas estatísticas apresentadas anteriormente, podemos identi�car as seguintes informações sobre a
movimentação de cargas conteinerizadas:
a. Período de realização da estatística: de 2014 a 2018.
b. Tipo de movimentação da carga conteinerizada: embarque e desembarque.
c. Tipo de operação em navios na movimentação da carga no desembarque: longo curso e cabotagem.
d. Tipo de operação em navios na movimentação da carga no embarque: longo curso e cabotagem.
e. Tamanhos de contêineres movimentados no porto: 20 pés e 40 pés.
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f. Condição de cargas em cada contêiner: cheios e vazios.
g. Total de cargas conteinerizadas por ano.
Essas são informações diretas obtidas pelas estatísticas de movimentação de cargas conteinerizadas do Porto
de Santos.
E como essas informações estatísticas podem ser úteis?
a. Estatísticas demonstram fatos quantitativos.
b. Os fatos são mais bem percebidos quando apresentados sob perspectiva de uma linha do tempo (período).
c. A comparaçãodas informações apresenta aumento, diminuição ou permanência de fatos.
d. As estatísticas possibilitam visualizar tendências, preferências e sazonalidade.
e. O planejamento e a previsão são auxiliados pela interpretação coerente das estatísticas.
O anuário publicado pelo ONTL – Observatório Nacional de Transporte e Logística (2021) apresenta a
movimentação de carga referente a 2020. Avalie o grá�co a seguir.
Grá�co 1 | Movimentação de carga em % – ano 2020
Fonte: ONTL (2021, p. 52).
Importa perceber que o grá�co é resultado das planilhas estatísticas e uma maneira de apresentar as
informações estatísticas em formato variado.
No caso, o Grá�co 1 é apresentado em forma de pizza, e dele podemos extrair as seguintes informações:
• A movimentação de quatro tipos de cargas em termos de percentual.
• As cargas a granel sólido obtiveram a maior movimentação, com 59,8%.
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• A movimentação de carga conteinerizada obteve a terceira posição no quadro geral.
• A movimentação apresentada em percentual representa o volume de cada tipo de carga.
Existem vários tipos de grá�cos, e as estatísticas são a base deles. Essa mesma referência é utilizada para a
movimentação de cargas em contêineres.
Podemos observar a seguir o Grá�co 2, sobre movimentação de contêineres, também construído através de
pesquisa realizada pelo ONTL (2021).
Grá�co 2 | Movimento de contêineres % em milhões de TEUs – ano 2020
Fonte: ONTL (2021, p. 53).
Vamos analisar o Grá�co 2?
• Ele identi�ca a movimentação de contêineres em milhões de TEUs (1 twenty-foot equivalent unit = 1 TEU = 1
contêiner de 20 pés).
• Ele apresenta a movimentação no período de 2010 a 2020.
• Ele apresenta a movimentação de contêineres por cabotagem e longo curso.
• As curvas de movimentação para cabotagem e para longo curso são similares.
• Ambas as curvas de movimentação são crescentes.
• A movimentação de carga em contêineres por longo curso apresenta-se quantitativamente maior, com 4,1%.
Estatísticas e grá�cos são ferramentas essenciais para a logística de transporte e movimentação de cargas,
por serem utilizadas no processo de planejamento, gestão e investimento de portos, terminais portuários e
equipamentos portuários.
Lembre-se de interpretar os números, grá�cos e estatísticas e transformar dados quantitativos em
qualitativos. Bons estudos!
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VÍDEO RESUMO
Você conhece alguma hidrovia?
Moramos em um país continental, com imensa costa litorânea e recortado por rios de norte a sul e de leste a
oeste. O Brasil tem um amplo conjunto de hidrovias.
Você sabe o que é uma hidrovia?
As hidrovias são vias navegáveis por balsas, barcos e navios, e interligam oceanos, mares, rios e lagos.
Os meios aquáticos são utilizados para transportar diversos tipos de mercadorias, contêineres e passageiros.
Descubra um pouco mais sobre hidrovias no Saiba Mais.
Bons estudos!
Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.
 Saiba mais
LIEBHERR. Liebherr - Mobile Harbour Cranes LHM in Container Handling. 2018.
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=TgEmf4_zmLg. Acesso em: 16 jan. 2022.
SUCENA, M. A “nova” cabotagem da BR do mar pode estimular o transporte por contêiner? FGV
Transportes, 2021.
Disponível em: https://transportes.fgv.br/artigo/novacabotagem-da-br-do-mar-pode-estimular-
transporte-por-conteiner. Acesso em: 16 jan. 2022.
Aula 4
MOVIMENTAÇÃO DE CARGA A GRANEL
Você sabia que as commodities fazem parte do nosso dia a dia? 
Sim, tudo que utilizamos e compramos tem relação com as commodities, que são as matérias-primas e
os insumos de tudo que consumimos. 
28 minutos
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https://transportes.fgv.br/artigo/novacabotagem-da-br-do-mar-pode-estimular-transporte-por-conteiner
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INTRODUÇÃO
Você sabia que as commodities fazem parte do nosso dia a dia?
Sim, tudo que utilizamos e compramos tem relação com as commodities, que são as matérias-primas e os
insumos de tudo que consumimos. A matéria-prima de um iogurte que você compra é o leite. Assim, leite é
uma commodity. E se você gosta de chocolate, lembre que o cacau é a base para fazer esse alimento, então
cacau é matéria-prima ou insumo, e sim, também é uma commodity. Se você anda de ônibus ou de carro, o
ferro e o aço usados na produção da carroceria desses veículos são commodities, e a borracha dos pneus
também é commodity.
Já percebeu que temos commodities em praticamente tudo?
É importante lembrar que as matérias-primas, ou commodities, são movimentadas e transportadas pela
logística de transportes. Vamos aprender sobre esse tema? Bons estudos, porque os estudos são a nossa
commodity de sucesso!
COMMODITIES
Conceito de commodities
Você já sabe a importância das commodities? Elas são muito relevantes na economia brasileira e em todos os
países, chegando a determinar o PIB (Produto Interno Bruto) de uma nação.
É essencial para a economia o setor de logística de transporte, porque tudo que é plantado, colhido, fabricado
e produzido deve ser transportado. Os produtos primários (matérias-primas/insumos/commodities) são
transportados até o consumidor �nal, seja aqui no Brasil ou em outros países (no caso da exportação).
A logística de transporte visa transportar a carga em segurança, com rapidez e e�ciência.
A carga a granel representa um percentual signi�cativo para a economia. Trata-se das cargas commodities,
como minérios, petróleo, colheitas agrícolas e outros insumos. Assim, a movimentação e o transporte da
carga a granel impactam a economia, até por não ser um transporte de cargas supér�uas, e sim essenciais.
Essencial, também, é você conhecer e aprender sobre a carga a granel e suas complexidades.
Você quer aprofundar seus conhecimentos sobre as commodities? Se sim, leia esta aula até o �nal, pois
traremos detalhes sobre esse assunto e explicaremos como ele in�uencia o seu dia a dia.
Características das commodities 
Segundo Abreu (2022), as commodities possuem um conjunto de características:
• Ausência de diferenciação de marca.
• Alto nível de comercialização.
• Qualidade e traços uniformes de produção.
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• Pouca industrialização.
• Produtos de origem primária.
• Grande importância mundial.
Como explicado anteriormente, commodities são produtos de larga escala, mas com variação de preço, e são
vistas como forma de investimento. Por isso, as commodities são negociadas nas bolsas de valores.
Tipos de commodities 
De acordo com Abreu (2022), os tipos principais de commodities são:
- Commodities agrícolas: são itens com alta demanda nacional e internacional, e produzidos em larga escala.
Exemplos: algodão, café, laranja, milho, soja, trigo e açúcar.
- Commodities ambientais: são produtos originados de recursos naturais, essenciais para a produção agrícola
e industrial. Exemplos: energia, água e madeira. 
- Commodities minerais: são bens minerais que oferecem muita rentabilidade, por serem valorizados.
Exemplos: ouro, petróleo, gás natural e etanol.- Commodities �nanceiras: são títulos emitidos pelo governo e moedas que são negociadas no mercado.
Exemplo: tesouro direto.
Relação de carga a granel e commodities
Podemos perceber que a carga a granel é commodity. Assim, a movimentação de carga a granel é referida
como transporte de commodities ou neogranéis.
Tipos de cargas a granel
As cargas neogranéis são homogêneas, e seu transporte pode ser feito em embarque único, como: placas de
aço, bobinas de papel, fardos de celulose e lingotes de alumínio.
– Carga a granel sólida: são mercadorias que podem ser embarcadas direto nos porões dos navios. Seu
controle de peso é feito pela variação do calado do navio. Exemplos: frutas, grãos, minérios etc.
– Carga a granel líquida: são mercadorias �uidas (líquidas). Sua quanti�cação é realizada em volume.
Exemplos: produtos químicos, óleo vegetais, petróleo etc.
– Carga a granel gasosa: são produtos gasosos. Sua quanti�cação é feita por metro cúbico.  Exemplos: gás
hélio, gás metano, hidrogênio etc.
EQUIPAMENTOS DE TRANSPORTE E MOVIMENTAÇÃO DE CARGA A GRANEL
Movimentação e transporte de carga a granel
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O transporte e a movimentação de carga a granel envolvem cargas e suprimentos em grandes quantidades –
geralmente, mercadorias in natura (ou em estado bruto).
1. Navio de transporte e movimentação de carga a granel sólida
- Navio graneleiro
Como a própria nomenclatura indica, esse tipo de navio é construído para o transporte a granel de
commodities como: 
●  Carvão.
●  Minérios.
●  Fertilizantes.
●  Milho.
●  Soja.
●  Açúcar.
Os navios graneleiros são carregados e descarregados em portos ou terminais portuários especí�cos para
cargas a granel secas. A estrutura dos graneleiros conta com enormes escotilhas hidráulicas estrategicamente
�xadas nos porões dos navios, local onde as cargas são armazenadas.
Veja a seguir, na Figura 1, um navio graneleiro.
Figura 1 | Navio graneleiro
Fonte: FazComex (2021, [s. p.]).
2. Navio de transporte e movimentação de carga a granel líquida
- Navio-tanque
O transporte e o manuseio das cargas a granel líquidas são similares ao das cargas a granel secas, ou seja,
cargas a granel sólidas.
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As cargas granéis líquidas podem ser, entre outras:
●  Óleos vegetais.
●  Produtos químicos.
●  Cargas perigosas líquidas.
●  Metanol.
Os navios-tanques são projetados para transportar substâncias líquidas. Possuem, em geral, sistemas de
cargas especí�cos para cada tipo de carga. Esses sistemas objetivam:
● Manter aquecimento/resfriamento para as cargas.
● Limpeza e higienização dos compartimentos de cargas.
Vejamos a seguir, na Figura 2, um navio-tanque.
Figura 2 | Navio-tanque
Fonte: FazComex (2021, [s. p.]).
- Navio petroleiro
O petróleo é uma carga líquida com necessidade de um tipo especial de transporte, por ser carga perigosa e
em grande quantidade. Assim, existem navios-tanques petroleiros que são construídos exclusivamente para o
transporte de petróleo e seus derivados.
Os petroleiros não podem transportar outro tipo de carga além de petróleo e derivados. São navios com
capacidade de 400 mil toneladas de combustíveis.
Em suas especi�cidades, esse tipo de embarcação conta com pavimento recoberto de canos interligados,
utilizados para distribuição do petróleo de forma equitativa no navio, com o propósito de manter o equilíbrio
da embarcação para que não haja tombamento por excesso de carga lateral ou frontal. Essa é mais uma
tecnologia marítima desenvolvida para transporte e movimentação de cargas.
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Em comparação com outros tipos de navios, os petroleiros são mais largos e mais rasos (menos fundos), e tais
características permitem aos petroleiros a navegação em águas rasas.
Temos, ainda, os superpetroleiros, com capacidade acima de 500 mil toneladas de petróleo bruto. São navios
projetados com cascos reforçados e duplos, para garantir a segurança da carga contra vazamentos. São
carregados e descarregados por meio de estações de bombeamento. Tendo em vista, também, o porte dos
superpetroleiros, eles não são recebidos em todos os portos, mas nos equipados para seu atracamento,
embarque e desembarque.
O transporte e a movimentação de petróleo são vistos como de alto risco, porque o derramamento de
petróleo causa danos ambientais irreparáveis.
Veja a Figura 3, que ilustra um navio petroleiro.
Figura 3 | Navio petroleiro
Fonte: FazComex (2021, [s. p.]).
- Navio gaseiro
As cargas a granel gasosas são gases liquefeitos, como:
●  GLP (gás liquefeito de petróleo).
●  GNL (gás natural liquefeito).
●  Etileno.
●  Amônia.
●  Propileno. 
Os navios gaseiros, em geral, possuem tanques acima do convés (parte superior dos navios) e em formato
arredondado. Eles contam com até quatro tipos de tanques, e podem transportar diferentes tipos de gases
em cada tanque.
Os tanques dos navios gaseiros podem ser:
● De membrana: suas paredes são de espessura �na e estruturadas na embarcação, com a capacidade de
permitir contração e expansão livre dos gases.
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● De semimembrana: são construídos com cantos arredondados, com o objetivo de evitar o contato da
estrutura do navio com o tanque.
● Integrais: são projetos como parte integrante da estrutura do navio.
● Independentes: são construídos para suportar o peso da carga de maneira integral.
Uma curiosidade do navio gaseiro é que ele pode se utilizar da própria carga como combustível.
A seguir, a Figura 5 ilustra um navio gaseiro.
Figura 5 | Navio gaseiro
Fonte: FazComex (2021, [s. p.]).
Notou quantas especi�cidades de navios e cargas a granel existem? Essa é uma área de atuação com muitas
dinâmicas de conhecimento. Assim, busque sempre novas leituras!
ESTATÍSTICAS DE MOVIMENTAÇÃO DE CARGA A GRANEL
Você já sabe o quanto as estatísticas são ferramentas essenciais para tomadas de decisão e planejamento, em
especial o planejamento logístico de transporte, por ter muitas questões variáveis, como o clima, por exemplo.
Leia com atenção o recorte a seguir: 
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Essas informações são importantes para quem planta, exporta e investe, mas acima de tudo para quem
movimenta e transporta cargas commodities. E todas essas informações são resultado de coleta de dados
estatísticos apresentados em forma de percentual (%).
Vamos conhecer agora as estatísticas da carga commodity, que, como você já sabe, é o mesmo que carga a
granel.
Análise das commodities – carga a granel da cadeia produtiva
De acordo com o Anuário Estatístico de Transportes 2010 – 2020, elaborado pelo Ministério da Infraestrutura
em conjunto com a Empresa de Planejamento e Logística S.A. – EPL (2021), apresentaremos a seguir as
estatísticas de transporte de cargas a granel no Brasil.
Grá�co 1 | Carga granel sólido agrícola – GSA
Fonte: Governo Federal (2021, p. 9).
Grá�co 2 | Carga granel sólido não agrícola – GSNA
O dinamismo do agronegóciobrasileiro está contribuindo para a recuperação da
economia em 2021. Segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI), o Brasil é um dos
países que se bene�cia da alta de preços de commodities e da retomada de parceiros
comerciais como Estados Unidos e China, por exemplo. No documento “Perspectiva
Econômica Mundial”, o FMI elevou a previsão de crescimento do PIB do Brasil de 3,7% para
5,3%. O Fundo também incrementou projeções para a economia norte-americana, de 6,4%
para 7%. No caso da China, houve uma leve revisão na expectativa de 8,4% para 8,1%, o
que ainda signi�ca um robusto crescimento. China e Estados Unidos estão entre os
principais destinos das exportações do agro brasileiro.
— (SEVERO, 2021, [s. p.])
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Fonte: Governo Federal (2021, p. 9).
Grá�co 3 | Carga granel líquido e gasoso – GLG
Fonte: Governo Federal (2021, p. 10).
Os Grá�cos Estatísticos 1, 2 e 3, segundo o Governo Federal (2021), apresentam alguns dos gêneros da
chamada cadeia produtiva relevante do nosso país. Note que são usadas siglas para as cargas a granel, e
essas siglas são universais.
Mas o que isso signi�ca?
Siglas universais são as utilizadas em todo o mundo, e toda carga a granel é reconhecida por elas:
GSA – granel sólido agrícola.
GSNA – granel sólido não agrícola.
GLG – granel líquido e gasoso.
São muitas as siglas utilizadas para identi�cação de cargas, então vale muito pesquisar um pouco mais sobre
isso. Fica a dica!
Podemos observar que os grá�cos estatísticos se apresentam com um conjunto de informações, tais como:
● Fonte da pesquisa.
● Período no qual as informações foram coletadas.
● A unidade de medida das cargas.
● Identi�cação dos tipos de carga a granel.
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● Comparativo entre os anos de 2010 e 2020.
● Comportamento do movimento de cargas a granel ao longo de uma década.
Em síntese, os Grá�cos 1, 2 e 3 são ferramentas valiosas para identi�cação de:
● Produção da cadeia produtiva brasileira.
● Quantidade de cada tipo de carga a granel.
● Quanto foi produzido.
● Quanto foi transportado.
● Quando produziu.
● Quando transportou.
● Quais tipos de cargas a granel foram mais produzidos.
● Quais tipos de cargas a granel foram mais transportados.
Nota-se que a unidade de medida das cargas a granel pode ser milhões por tonelada ou milhões por metro
cúbico.
Veri�ca-se também que há siglas para identi�cação das cargas a granel.
Percebe-se, ainda, aumento e diminuição de produção e transporte de cargas a granel no período de 2010 a
2020.
Essa é uma gama de informações bastante ampla. Porém, tais informações estão facilmente visíveis nos
grá�cos estatísticos, e é essa percepção que nos permite valorar, avaliar, mapear, projetar e planejar a
logística de movimentação e transporte de cargas.
Invista em saber mais sobre estatística e análise estatística, pois além de serem um diferencial pro�ssional,
são ferramentas de tomada de decisão essenciais. Invista em você! Bons estudos!
VÍDEO RESUMO
Se você planeja aprofundar seus estudos na área de logística de transportes, considere essa dica importante:
busque conhecer os principais portos do Brasil e do mundo.
O Brasil é um grande fornecedor de commodities mundial, e é através dos portos que essas cargas são
escoadas.
Por exemplo, você sabia que o nosso país possui um total de 175 instalações portuárias de cargas? Que
instalações portuárias englobam portos, terminais marítimos e instalações aquaviárias?
Assista ao vídeo, que traz diversas informações legais para você!
Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.
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 Saiba mais
Tipos de cargas. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=2Z61YSvJKtI. Acesso em: 18 jan. 2022.
Aula 1
BRASIL. Ministério da Infraestrutura. Movimentação nos portos públicos cresce 5,68% em 2020. 2021.
Disponível em: https://www.gov.br/pt-br/noticias/transito-e-transportes/2021/01/movimentacao-nos-portos-
publicos-cresce-5-68-em-2020. Acesso em: 2 fev. 2022.
CNI. Sistema Portuário. Portal da Indústria, 2022. Disponível em:
https://static.portaldaindustria.com.br/media/�ler_public/6b/b8/6bb863cd-6cab-4f85-9b3e-
d08b9044a7f9/sistema_portuario_web.pdf. Acesso em: 2 fev. 2022.
CNT. Conheça as diferenças entre portos hub e feeder. 2018. Disponível em:
https://www.cnt.org.br/agencia-cnt/conheca-diferencas-portos-hub-feeder. Acesso em: 2 fev. 2022.
COOPERCARGA. Operações portuárias: o que são e como funcionam. 2021. Disponível em:
https://www.coopercarga.com.br/blog/2021/07/30/operacoes-portuarias-o-que-sao-e-como-funcionam-1924/.
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PORTO DE SANTOS. Conheça o Porto. 2021. Disponível em: http://www.portodesantos.com.br/conheca-o-
porto/o-porto-de-santos/. Acesso em: 2 fev. 2022.
Aula 2
AECWEB. Equipamentos para movimentação de carga são destaques na Embraport. [s. d.]. Disponível em:
https://www.aecweb.com.br/cont/tv/rev/equipamentos-para-movimentacao-de-carga-sao-destaques-na-
embraport_9548_48. Acesso em: 2 fev. 2022.
ANTAQ. Agência Nacional de Transporte Aquaviário. Análise da movimentação de cargas nos portos
organizados e terminais de uso privativo. 2021. Disponível em:
www.antaq.gov.br/portal/AnuarioEstatisticoAquaviario/pdf/. Acesso em: 16 jan. 2022.
REFERÊNCIAS
7 minutos
https://www.youtube.com/watch?v=2Z61YSvJKtI
https://www.gov.br/pt-br/noticias/transito-e-transportes/2021/01/movimentacao-nos-portos-publicos-cresce-5-68-em-2020
https://www.gov.br/pt-br/noticias/transito-e-transportes/2021/01/movimentacao-nos-portos-publicos-cresce-5-68-em-2020
https://static.portaldaindustria.com.br/media/filer_public/6b/b8/6bb863cd-6cab-4f85-9b3e-d08b9044a7f9/sistema_portuario_web.pdf
https://static.portaldaindustria.com.br/media/filer_public/6b/b8/6bb863cd-6cab-4f85-9b3e-d08b9044a7f9/sistema_portuario_web.pdf
https://www.cnt.org.br/agencia-cnt/conheca-diferencas-portos-hub-feeder
https://www.coopercarga.com.br/blog/2021/07/30/operacoes-portuarias-o-que-sao-e-como-funcionam-1924/
http://www.portodesantos.com.br/conheca-o-porto/o-porto-de-santos/
http://www.portodesantos.com.br/conheca-o-porto/o-porto-de-santos/
https://www.aecweb.com.br/cont/tv/rev/equipamentos-para-movimentacao-de-carga-sao-destaques-na-embraport_9548_48
https://www.aecweb.com.br/cont/tv/rev/equipamentos-para-movimentacao-de-carga-sao-destaques-na-embraport_9548_48
http://www.antaq.gov.br/portal/AnuarioEstatisticoAquaviario/pdf/
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CNI. Sistema Portuário. Portal da Indústria, 2022. Disponível em:
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https://intranet.portodesantos.com.br/docs_codesp/doc_codesp_pdf_site.asp?id=125846. Acesso em: 7 fev.
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LIEBHERR. Equipamentos Portuários. 2021. Disponível em:
https://www.liebherr.com/pt/bra/produtos/guindastes-maritimos/equipamentos-portuarios/equipamentos-portuarios.html. Acesso em: 2 fev. 2022.
PORTO DE SANTOS. Santos Port Authority. Mensário Estatístico Dezembro/2021. 2021. Disponível em:
https://intranet.portodesantos.com.br/docs_codesp/doc_codesp_pdf_site.asp?id=135671. Acesso em: 2 fev.
2022.
Aula 3
ANTAQ. Análise da movimentação de cargas nos portos organizados e terminais de uso privativo. 2021.
Disponível em: www.antaq.gov.br/portal/AnuarioEstatisticoAquaviario/pdf/. Acesso em: 16 jan. 2022.
CODESP. Companhia Docas do Estado de São Paulo. Análise do movimento físico do Porto de Santos:
dezembro de 2018. DIREM, SUPRC/GETAE, fev. 2019. Disponível em:
https://intranet.portodesantos.com.br/docs_codesp/doc_codesp_pdf_site.asp?id=125846. Acesso em: 7 fev.
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https://static.portaldaindustria.com.br/media/filer_public/6b/b8/6bb863cd-6cab-4f85-9b3e-d08b9044a7f9/sistema_portuario_web.pdf
https://static.portaldaindustria.com.br/media/filer_public/6b/b8/6bb863cd-6cab-4f85-9b3e-d08b9044a7f9/sistema_portuario_web.pdf
https://intranet.portodesantos.com.br/docs_codesp/doc_codesp_pdf_site.asp?id=125846
https://www.fazcomex.com.br/blog/tipos-de-navios/
https://www.liebherr.com/pt/bra/produtos/guindastes-maritimos/equipamentos-portuarios/equipamentos-portuarios.html
https://www.liebherr.com/pt/bra/produtos/guindastes-maritimos/equipamentos-portuarios/equipamentos-portuarios.html
https://intranet.portodesantos.com.br/docs_codesp/doc_codesp_pdf_site.asp?id=135671
http://www.antaq.gov.br/portal/AnuarioEstatisticoAquaviario/pdf/
https://intranet.portodesantos.com.br/docs_codesp/doc_codesp_pdf_site.asp?id=125846
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https://www.liebherr.com/en/cze/products/maritime-cranes/port-equipment/mobile-harbour-crane/details/lhm800.html
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Malcom_McLean&oldid=61438918
https://ontl.epl.gov.br/publicacoes/anuario-estatistico/
https://ontl.epl.gov.br/publicacoes/anuario-estatistico/
http://wamclog.com.br/blog/o-que-e-e-quais-sao-ostipos-de-conteineres/
11/20/23, 2:02 PM wlldd_221_u1_equ_por
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Aula 4
ABREU, J. O que são commodities e quais são os tipos? Serasa Ensina, 2022. Disponível em:
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