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2/18/24, 2:18 PM wlldd_221_u3_leg_adu_mar https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=natalileitesilveira%40gmail.com&usuarioNome=NATALI+DE+OLIVEIRA+LEITE+SILVEIRA&disciplinaDescricao=&atividadeId=3935388&ati… 12/26 ESTUDO DE CASO O comércio internacional é uma atividade totalmente regulada por acordos e tratados entre os países. Os operadores do Comex precisam estar atentos a essas regras, que mudam o tempo todo, atendendo à vontade político-econômica dos agentes envolvidos. As empresas que atuam nessa área possuem pro�ssionais que se mantêm sempre atualizados sobre essa legislação. Nesse complexo sistema, vimos que existe a criação de áreas de livre comércio, com objetivos de padronização de tarifas alfandegárias aplicadas a um determinado grupo de países. Após ler o conteúdo desta aula, re�ita sobre quais seriam os benefícios, para os países de determinado bloco, de aplicar tarifas idênticas às de seu país vizinho nessas operações. RESOLUÇÃO DO ESTUDO DE CASO É preciso compreender que as áreas de livre comércio têm por objetivo o fomento das operações comerciais entre seus integrantes, de modo a desenvolver e fortalecer a economia local, tornando seus produtos cada vez mais evoluídos e competitivos. Resolução do Estudo de Caso Para visualizar o objeto, acesse seu material digital. INTRODUÇÃO Um comportamento comum de algumas empresas que operam no mercado internacional é praticar preços inferiores aos aplicados no mercado interno, com o objetivo de se tornarem competitivas diante de empresas já consolidadas localmente. Essa é uma prática desleal, pois afeta a livre concorrência. Podemos tomar como exemplo a comercialização de produtos oriundos da China no Brasil. Diante dos preços mais baixos aplicados aos produtos chineses, algumas medidas podem ser adotadas pelo Brasil, como o aumento das tarifas alfandegárias, para fazer com Aula 3 MEDIDAS RESTRITIVAS ÀS PRÁTICAS COMERCIAIS INTERNACIONAIS Medidas antidumping. Direitos compensatórios. Franquias territoriais. 42 minutos 2/18/24, 2:18 PM wlldd_221_u3_leg_adu_mar https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=natalileitesilveira%40gmail.com&usuarioNome=NATALI+DE+OLIVEIRA+LEITE+SILVEIRA&disciplinaDescricao=&atividadeId=3935388&ati… 13/26 que os preços desses produtos se aproximem dos preços nacionais. São as chamadas medidas antidumping que estudaremos nesta aula. Vamos adiante? MEDIDAS ANTIDUMPING Como vimos anteriormente, a segunda metade do século XX foi marcada pela abertura do comércio internacional, contrariando o protecionismo até então existente. A Carta de Havana tentou normatizar essa liberalização, criando a Organização Internacional do Comércio, mas com a recusa dos EUA em aderir ao tratado, a tentativa não prosperou. Foi então celebrado um acordo para regular as relações comerciais, chamado Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio, ou GATT, que foi o principal tratado que regulamentou as práticas comerciais internacionais até o ano de 1995, quando foi criada a Organização Mundial do Comércio. Apesar de primar pela liberalização do mercado internacional, o GATT previu algumas medidas protecionistas, entre elas o antidumping. O dumping é uma prática que consiste em comercializar um produto no mercado externo a preço muito inferior ao valor pelo qual, normalmente, ele seria comercializado no mercado interno. Essa é considerada uma prática desleal, que compromete a competitividade, e está prevista no art. 6º do GATT (OMC, 1994, [s. p.]) nos seguintes termos: Portanto, a �m de evitar as práticas desleais de comércio, as medidas antidumping são adotadas pelos países com o intuito de taxar certos produtos de forma diferenciada, para que seu ingresso no país seja feito a preços competitivos com o mercado interno. Não se trata de protecionismo ao mercado interno, As partes contratantes reconhecem que o dumping, pelo qual os produtos de um país são introduzidos no comércio de outro país por menos do que o valor normal dos produtos, deve ser condenado se causar ou ameaçar dano material a uma indústria estabelecida no território de uma parte contratante ou retarda materialmente o estabelecimento de uma indústria nacional. Para os �ns deste Artigo, um produto é considerado como sendo introduzido no comércio de um país importador por um valor inferior ao seu valor normal, se o preço do produto exportado de um país para outro: a) é menor do que o preço comparável, no curso normal do comércio, para o produto similar quando destinado ao consumo no país exportador, ou; b) na ausência de tal preço doméstico, é inferior a qualquer preço comparável mais alto para o produto similar para exportação para qualquer país terceiro no curso normal do comércio ou ao custo de produção do produto no país de origem mais um acréscimo razoável para custo de venda e lucro. 2/18/24, 2:18 PM wlldd_221_u3_leg_adu_mar https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=natalileitesilveira%40gmail.com&usuarioNome=NATALI+DE+OLIVEIRA+LEITE+SILVEIRA&disciplinaDescricao=&atividadeId=3935388&ati… 14/26 mas sim de medidas de defesa comercial. Se a diferença de preço entre os produtos é decorrente de práticas normais de mercado, a aplicação das medidas não se justi�ca, pois se caracterizaria como protecionismo e descumprimento das regras do GATT. Se os preços dos produtos importados forem menores, mas não forem identi�cadas práticas desleais, as medidas antidumping não serão aplicadas, prevalecendo então a livre concorrência, o interesse público e o acesso do consumidor a preços mais baixos. Saiba mais Você sabia que o Ministério da Economia mantém atualizada em seu site a lista de medidas antidumping aplicadas pelo Brasil? Consulte as Medidas de defesa comercial em vigor e �que por dentro das medidas que visam proteger o mercado interno das práticas desleais aplicadas por empresas estrangeiras. É uma lista bem variada, abrangendo diversos produtos, como calçados, batatas congeladas, pneus de bicicleta e muitos outros. Vale a pena consultar! VIDEOAULA: MEDIDAS ANTIDUMPING No vídeo são demonstrados alguns exemplos de práticas antidumping, por meio da ilustração grá�ca de tarifas de determinados produtos, com o intuito de deixá-los com preços mais próximos aos praticados no mercado interno. DIREITOS COMPENSATÓRIOS Outra medida de defesa comercial existente é denominada direitos compensatórios. Por vezes, os produtos destinados à exportação podem ter seu custo de produção drasticamente reduzido por conta de subsídios oferecidos pelos Estados à indústria. Evidentemente, devido à redução desse custo, o preço de venda pode também ser reduzido sem afetar a margem de lucro da empresa exportadora. Doutrinariamente, de acordo com Barral (apud MUNHOZ, 2004, [s. p.]), de�ne-se subsídio como uma vantagem indevida, concedida pelo Estado, que bene�cia determinadas empresas ou setores. Sua condenação é fundamentada nas incorreções por ele induzidas no mercado, impedindo dessa forma uma melhor alocação de recursos e criando uma concorrência desleal, uma vez que a concessão de subsídios pode causar danos a empresas nacionais na fabricação de produtos similares. Videoaula: Medidas antidumping Para visualizar o objeto, acesse seu material digital. https://www.gov.br/produtividade-e-comercio-exterior/pt-br/assuntos/comercio-exterior/defesa-comercial-e-interesse-publico/medidas-em-vigor/medidas-em-vigor 2/18/24, 2:18 PM wlldd_221_u3_leg_adu_mar https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=natalileitesilveira%40gmail.com&usuarioNome=NATALI+DE+OLIVEIRA+LEITE+SILVEIRA&disciplinaDescricao=&atividadeId=3935388&ati… 15/26 A Rodada Uruguai do GATT implementou o Acordo sobre Subsídios e Medidas Compensatórias, em que se de�niu a concessão de subsídios como incompatível com o livre comércio. No Brasil, esse acordo foi promulgado pelo Decreto nº 1.355, em 30 de dezembro de 1994. Dispõe o art. 1º desse Acordo (OMC, [s. d.;s. p.]) que um subsídio será caracterizado: Ainda de acordo com Munhoz (2004, [s. p.]), “um subsídio existe se reunir três condições básicas: ser concedido através de uma contribuição do governo; signi�car um benefício que é conferido a uma indústria; e, por �m, tal benefício deve ser especí�co a uma indústria ou setor determinado”. Se uma empresa nacional se sentir prejudicada por um subsídio concedido por um país, poderá solicitar por escrito a abertura de uma investigação, a �m de constatar o dano sofrido. Se o Estado importador con�rmar o dano, poderá aplicar as medidas compensatórias a �m de promover o reequilíbrio nas relações comerciais. VIDEOAULA: DIREITOS COMPENSATÓRIOS O vídeo aborda a relação entre os direitos antidumping e o direito concorrencial, evidenciando que as restrições devem ser aplicadas apenas de forma excepcional, pois a livre concorrência pode bene�ciar o consumidor �nal com a redução dos preços praticados no mercado. Quando houver contribuição �nanceira por um governo ou órgão público no interior do território de um Membro; Quando a prática do governo implicar a transferência direta de fundos (por exemplo, doações, empréstimos e aportes de capital), potenciais transferências direta de fundos ou obrigações (por exemplo, garantias de empréstimos); Quando receitas públicas devidas forem perdoadas ou deixadas de serem recolhidas (por exemplo, incentivos �scais tais como boni�cações �scais); Quando o governo fornecer bens ou serviços além daqueles destinados a infraestrutura geral ou quando adquire bens; Quando o governo �zer pagamentos a um sistema de fundos, con�ar ou instruir órgão privado a realizar uma ou mais funções descritas acima. Videoaula: Direitos compensatórios Para visualizar o objeto, acesse seu material digital. 2/18/24, 2:18 PM wlldd_221_u3_leg_adu_mar https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=natalileitesilveira%40gmail.com&usuarioNome=NATALI+DE+OLIVEIRA+LEITE+SILVEIRA&disciplinaDescricao=&atividadeId=3935388&ati… 16/26 FRANQUIAS TERRITORIAIS Como vimos até agora, equilibrar a balança entre a liberalização do comércio e o protecionismo é uma tarefa difícil. Na mesma medida em que se procura taxar certos produtos para proporcionar algum equilíbrio no mercado nacional (o caráter extra�scal), existem políticas que visam exatamente o contrário, desonerando produtos das taxas alfandegárias. Por vezes, essa desoneração tem por objetivo propiciar o desenvolvimento de uma região, trazendo incentivos para a instalação de novas empresas e gerando empregos. Para que isso ocorra, é comum a criação de áreas onde não haverá incidência dos impostos de importação e exportação sobre quaisquer mercadorias que as adentrarem. Nessas áreas, chamadas de franquias territoriais, uma parte do território nacional poderá ser subtraída à jurisdição aduaneira, onde mercadorias procedentes do exterior poderão ingressar sem pagar os impostos correspondentes e sair para o exterior com igual benesse. Somente serão devidos os impostos se os produtos passarem para outra área do país. De acordo com Sehn (2021), essas áreas são classi�cadas como Regimes Aduaneiros Especiais, onde não há cobrança dos créditos tributários que, em outras circunstâncias, seriam devidos na operação de comércio internacional, e onde a legislação autoriza a entrada ou saída de bens estrangeiros no/do território nacional com redução ou isenção do tributo, para realização de uma �nalidade de interesse público. As franquias territoriais abrangem zonas francas, portos livres, depósitos francos e entrepostos aduaneiros, em que a desoneração das obrigações aduaneiras impacta diretamente o preço dos produtos que ingressam nesses locais sem o devido recolhimento de impostos. De acordo com Carlucci (2001, p. 173): 2/18/24, 2:18 PM wlldd_221_u3_leg_adu_mar https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=natalileitesilveira%40gmail.com&usuarioNome=NATALI+DE+OLIVEIRA+LEITE+SILVEIRA&disciplinaDescricao=&atividadeId=3935388&ati… 17/26 VIDEOAULA: FRANQUIAS TERRITORIAIS O vídeo trabalha o conceito de zona franca e trazendo ao contexto a Zona Franca de Manaus, explicando sua origem, suas regras de funcionamento e seu panorama atual, de modo a contextualizar o conteúdo abordado. ESTUDO DE CASO Estudos apontam que a maior concentração de pedidos de investigação antidumping está nos setores industriais com problemas de competitividade, como têxtil e aço, ou mesmo em setores mais modernos, mas que possuem um custo de produção elevado, como é o caso de determinados produtos agrícolas. Imagine que uma empresa XPTO, localizada em determinado país, exporta certo produto para o Brasil ao preço de US$ 150 (cento e cinquenta dólares), mas vende produto similar em seu mercado interno ao preço de US$ 100 (cem dólares). Salvo prova em contrário, há prática de dumping. Quais são os elementos que justi�cam a aplicação de uma medida antidumping? • Zonas francas: são áreas livres para a importação ou exportação de mercadorias e gozam de incentivos �scais especiais, destinados a promover o desenvolvimento local. Estão, normalmente, situadas em áreas servidas de portos marítimos ou �uviais ou aeroportos estratégicos para a navegação internacional; • Portos livres: diferem da zona franca porque oferecem facilidades apenas ao trânsito de mercadorias, não envolvendo sua legislação os fatores de produção. Têm por objetivo apenas estimular as relações comerciais com o exterior, sem cuidar especi�camente do desenvolvimento econômico regional. • Depósitos francos ou de trânsito direto: são pontos de entrada de mercadoria, geralmente de países que não dispõem de porto. As mercadorias que por eles ingressam estão isentas de quaisquer impostos e somente serão taxadas, pela legislação comum, no local a que se destinam. Têm tempo de armazenamento limitado e não podem sofrer transformação, bene�ciamento e embalagem. Só é admitida a instalação de depósito franco quando autorizada em acordo com o convênio internacional. • Entrepostos aduaneiros: são usados, geralmente, pelos países que não instituíram o regime de zona franca. Servem ao depósito de mercadorias vindas do exterior, destinadas à reexportação (para o próprio país ou para outros países), por tempo indeterminado e com certas franquias alfandegárias, e também destinadas ao consumo interno. Videoaula: Franquias territoriais Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.
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