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RESUMO N1 - DIREITO CIVIL SUCESSÕES

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RESUMO N1 - DIREITO CIVIL SUCESSÕES 
6° Semestre 
Felipe Carvas 
N1 10/04/2024 
 
1. Conceito de direito das sucessões 
 
Introdução ao Direito Sucessório: 
Sucessão indica passagem, transferência do direito de uma pessoa a outra. 
Direito Sucessório: Substituição do sujeito das relações jurídicas por ato causa mortis. 
Direito das Sucessões como o ramo do Direito Civil que tem como 
conteúdo as transmissões de direitos e deveres de uma pessoa a outra, 
diante do falecimento da primeira, seja por disposição de última vontade, 
seja por determinação da lei, que acaba por presumir a vontade do 
falecido (Tartuce) 
2. Fundamento ideológico 
Origem histórica: 
Brasil: disposições portuguesas (inspiradas nas romanas) - propriedades rural e urbana 
obedeciam ao sistema geral do direito das sucessões, com a divisão entre os herdeiros povos 
ameríndios brasileiros praticavam (e ainda praticam) a comunhão coletiva dos bens. Apenas os 
bens de uso pessoal e os instrumentos rituais eram objeto de sucessão para os clãs ou grupos 
familiares, raramente para pessoas individuais. (“#direito Civil - Sucessões (2016) - Paulo 
Lôbo.pdf”) 
Basilares: 
CF 
“Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos 
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à 
igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:” (“Art. 5 da Constituição Federal 
de 88 | Jusbrasil”) 
XXX - é garantido o direito de herança; Clausula Pétrea. 
Obs.: O direito das sucessões é complemento natural a Propriedade. 
Dignidade da Pessoa Humana (mínimo existencial), nenhum ser humano pode ser 
instrumentalizado, tendo autonomia privada, no direito sucessório é permitir que a pessoa 
disponha dos seus próprios bens até mesmo depois da morte. 
Conceitos Importantes: 
Objeto da sucessão: relações jurídicas patrimoniais (de natureza econômica). 
 Nem todas as relações comportam sucessão causa mortis. 
 
 Relações personalíssimas - Exemplos: poder familiar, tutela, curatela, usufruto, uso, 
direito real de habitação, contrato de trabalho etc. 
Transmissão de todas as relações patrimoniais - Crédito, débito, Direitos obrigacionais, Direitos 
reais) (posse, propriedade etc.), (obs. deve ser analisado). 
 
Conjunto das relações patrimoniais: HERANÇA Bem jurídico imóvel (condomínio indivisível), 
universal e indivisível (art. 1.791). 
CC 
Art. 1.791. “A herança defere-se como um todo unitário, ainda que vários sejam os herdeiros.” 
(“Art. 1791 do Código Civil - Lei 10406/02 | Jusbrasil”) 
 
Terminologia: enquanto não promovida a partilha ou adjudicação (herdeiro único), pode ser 
qualificada como herança, acervo hereditário, monte-mor, monte partível, massa, patrimônio 
inventariado, e, pela ótica processual, espólio (herança em juízo, sendo ente despersonalizado, 
mas que atua). 
Parcela da herança: quinhão hereditário, quota hereditária ou legítima (parte devida aos 
herdeiros necessários). 
 
3. Princípio da Saisine 
Droit de la Saisine – Princípio basilar do direito sucessório, morreu inicia-se a sucessão, investe-
se o herdeiro no domínio e posse dos bens constantes no acervo. 
Maria Berenice conceitua como “No momento da morte ocorre a sucessão hereditária. 
Independentemente de qualquer formalidade, o acervo patrimonial do falecido transmite-se aos 
herdeiros (CC 1.784). Esse movimento é chamado de princípio de saisine, palavra de origem 
francesa que significa agarrar, prender, apoderar-se. 
Dito princípio consagra uma ficção: a imediata transferência de pleno direito dos bens do 
falecido para os seus herdeiros quando da abertura da sucessão. Como os dogmas de fé, esta 
é uma verdade que se tem de aceitar sem discutir. Morto o titular, seu patrimônio - com o nome 
de herança - se transfere a todos os herdeiros, necessários, legítimos, testamentários e legatários, 
com capacidade sucessória” 
CC: 
Art. 1.784. “Aberta a sucessão, a herança transmite-se, desde logo, aos herdeiros 
legítimos e testamentários.” (“Qual o momento da transmissão da herança? | Jusbrasil”) 
Art. 6. A existência da pessoa natural termina com a morte; presume-se esta, quanto aos 
ausentes, nos casos em que a lei autoriza a abertura de sucessão definitiva. 
Morte: após a morte encefálica, ou seja, mesmo que o restante dos órgãos ainda funcione. 
 
A lei a ser considerada é a do momento em que ela morreu. 
CC 
 
Art. 1.207. O sucessor universal contínua de direito a posse do seu antecessor; e ao sucessor 
singular é facultado unir sua posse à do antecessor, para os efeitos legais. (“O Direito da 
Sucessão, conceito e espécies | Farelos Jurídicos”) 
 
Consequências Jurídicas Da Morte 
 Abrir a sucessão (art. 1.784, CC) 
 Extinguir o poder familiar (art. 1.635, I, CC) 
 Fim aos contratos intuito personae ou personalíssimos (art. 607, CC) 
 Cessar obrigação de alimentos (art. 1.697, CC), transmitindo-se aos herdeiros as parcelas 
vencidas 
 Extinguir o usufruto, o uso e a habitação (caracterizados pela vitaliciedade) 
 Findar o casamento e a união estável 
 No Direito Penal, gera extinção da punibilidade 
 No Processo Civil, suspende os prazos (art. 221) e o processo (art. 313), extingue a 
gratuidade de justiça etc. 
Efeitos Do Princípio De Saisine 
Identificação da: 
1. lei aplicável à data da sucessão e da 
2. capacidade sucessória: "Art. 1.787. Regula a sucessão e a legitimação para suceder a lei 
vigente ao tempo da abertura daquela." 
3. identificação dos herdeiros, salvo os já concebidos, se posteriormente nascidos com vida: 
art. 2°, que ressalva o direito do nascituro; 
4. quinhão hereditário passa a ingressar no patrimônio do herdeiro (enquanto direito), 
podendo ser objeto de cessão, penhora e constrição judicial; 
5. bens que estavam no patrimônio do de cujus. 
Comoriência 
A comoriência é uma presunção relativa de simultaneidade de óbitos 
- Uma não transmite direitos a outra. 
 É assim em muitos países, mas há outros que adotam critérios distintos (Inglaterra: mais 
velho morre primeiro, se marido e mulher, marido morre primeiro). 
 Havendo prova documental, a comoriência pode ser discutida no próprio inventário. Se 
não houver, deve ser ajuizada ação autônoma de comoriência. 
 É possível comoriência de pessoas que morreram nas mesmas circunstâncias, ainda que 
em lugares diversos (ex.: dois acidentes em lugares distintos, ao mesmo tempo). 
 
Liberdade de testar – Arts. 1.850 e 1.789. 
 
4. Espécies de sucessão 
Chama-se de sucessão legítima a transmissão da herança aos herdeiros indicados pela lei. 
Sucessão a título universal: herdeiro é chamado a suceder na totalidade da herança, fração ou 
parte alíquota (porcentagem) dela. 
 
Ocorre a transferência a título universal, ou seja, a universalidade dos bens transmite-se a todos 
os herdeiros. Ainda que, somente por ocasião da partilha cada um recebe o seu quinhão. 
O herdeiro testamentário - pessoa a quem o testador destina uma fração dos seus bens - também 
é sucessor a título universal. Não só quando recebe a totalidade do acervo hereditário, mas 
também se é contemplado com parte ideal da herança. Ou seja, recebe bens não individualizados, 
chamados de bens fungíveis (CC 85): bens que podem ser substituídos por outros da mesma 
espécie, qualidade e quantidade. 
Existindo herdeiros necessários (CC 1.845), a liberdade do testador é limitada, pois só pode 
dispor da metade de seus bens (CC 1.857, 1). 
Sucessão a título singular: Quando deixa para alguém coisa certa (uma determinada joia, um 
certo imóvel etc.), deixa-lhe um legado. Quem recebe por testamento bens determinados e 
perfeitamente individualizados chama-se legatário. Nesta hipótese ocorre sucessão a título 
singular. 
“legatário será aquele que sucede em bens ou valores determinados.” 
Ausência de herdeiros necessários: liberdade total de testar 
 
Art. 1.845 CC. 
Art. 1.845. “São herdeiros necessáriosos descendentes, os ascendentes e o cônjuge.” 
Art. 1.785 CC. 
Art. 1.785. A sucessão abre-se no lugar do último domicílio do falecido. 
Obs.: Competência processual Art. 48 CPC. 
 
5. Cessão de Direito sucessório 
 
Administração da Herança 
Art. 1.791. A herança defere-se como um todo unitário, ainda que vários sejam os herdeiros. 
Parágrafo único. Até a partilha, o direito dos co-herdeiros, quanto à propriedade e posse da 
herança, será indivisível, e regular-se-á pelas normas relativas ao condomínio. 
 
a. devolução unitária da herança aos herdeiros; 
b. indivisibilidade do monte hereditário, no momento da abertura da sucessão, até a partilha 
final (art. 1.791, par. único). 
Ineficácia da transmissão: art. 1.793, § 2° qualquer dos coerdeiros pode reclamar a universalidade 
da herança em face de terceiro, não podendo este opor-lhe, em exceção, o caráter parcial do seu 
direito nos bens da sucessão (CC, arts. 1.825 e 1.827). 
O direito dos coerdeiros é indivisível (art. 1.791, par. único) 
 Até a partilha: regulação pelas regras de condomínio 
 Indivisibilidade diz respeito ao domínio e à posse dos bens hereditários 
 Coerdeiro pode alienar quota ideal 
 Herdeiro pode reclamar a universalidade em face de terceiro (CC, arts. 1.825 e 1.827). 
Responsabilidade dos herdeiros: art. 1.792, CC 
Art. 1.792. O herdeiro não responde por encargos superiores às forças da herança; 
incumbe-lhe, porém, a prova do excesso, salvo se houver inventário que a escuse, 
demostrando o valor dos bens herdados. 
 Histórico - ordenações filipinas - recebimento "a benefício do inventário" (limitação da 
responsabilidade). 
 Desde o CC de 1916 - patrimônio do herdeiro se confunde, mas com resp. limitada. 
Obs.: Se já houve a individualização dos bens, há cobranças dos herdeiros em caso de dívida, 
com a responsabilidade limitada ao que recebeu. 
Cessão de direitos hereditários 
"consiste na transferência que o herdeiro, legítimo ou testamentário, faz a outrem de todo quinhão 
ou de parte dele, que lhe compete após a abertura da sucessão" (MHD). 
 Negócio jurídico translativo intervivos (não se admite antes da morte) - art. 1.793, CC 
 Vedação ao Pacta corvina (pacto de abutres) - art. 426/CC (transferência com pessoa 
viva); 
 Prescinde da abertura de inventário; 
 Formalidade: escritura pública (art. 80, II, CC) – herança é equiparado a imóvel; 
 Pode haver cláusula restritiva que impede a cessão; 
 Gratuita ou onerosa; 
 Não aceitou a herança: cessão do direito à sucessão (renuncia à herança); 
 Aceitou: cessão do quinhão (pressupõe que aceitação); 
 De qualquer forma: cessionário assume lugar e posição do cedente (sub-rogado nos 
direitos); 
 Cede a universalidade, não um bem determinado (art. 1792, § 3°) - não transfere a 
qualidade de herdeiro: cessão exclui futuros acréscimos; 
 Herdeiro casado: outorga do cônjuge (art. 1.647, caput e l); 
* Ausência: anulabilidade (art. 1.649). 
 Cessão onerosa: havendo bem imóvel, incide imposto de transmissão intervivos 
o art. 1.793, § 2° É ineficaz a cessão, pelo co-herdeiro, de seu direito 
hereditário sobre qualquer bem da herança considerado singularmente. 
Obs.: herdeiro único: inaplicável 
 
§ 3° Ineficaz é a disposição, sem prévia autorização do juiz da sucessão, 
por qualquer herdeiro, de bem componente do acervo hereditário, 
pendente a indivisibilidade. 
 Direito de preferência do coerdeiro (art. 1.794, CC) 
 Preferência "tanto por tanto" - coerdeiro pagará tanto quanto pagaria o terceiro 
 Notificação dos demais com valor, forma de pagamento e demais condições 
 Realização da cessão sem notificação: art. 513, par. único - ineficácia do negócio jurídico 
 Prazo decadencial 
Obs.: 
Prazo decadencial: direito potestativo, que só depende do agende para realizar a conduta. 
Prazo prescricional: perde a pretensão. 
Art. 1.795. O co-herdeiro, a quem não se der conhecimento da cessão, poderá, depositado o 
preço, haver para si a quota cedida a estranho. 
 
6. Vocação hereditária 
Art. 1.829. A sucessão legítima defere-se na ordem seguinte: 
I – aos descendentes, em concorrência com o cônjuge sobrevivente, salvo se casado este com o 
falecido no regime da comunhão universal, ou no da separação obrigatória de bens (art. 1.640, 
parágrafo único); ou se, no regime da comunhão parcial, o autor da herança não houver deixado 
bens particulares; 
II - aos ascendentes, em concorrência com o cônjuge; 
III - ao cônjuge sobrevivente; 
IV - aos colaterais. 
Art. 1.833. Entre os 
descendentes, os em 
grau mais próximo 
excluem os mais 
remotos, salvo o direito 
de representação. 
Art. 1.834. Os 
descendentes da mesma 
classe têm os mesmos 
direitos à sucessão de 
seus ascendentes. 
Art. 1.835. Na linha descendente, os filhos sucedem por cabeça, e os outros descendentes, por 
cabeça ou por estirpe, conforme se achem ou não no mesmo grau. 
Não podem ser herdeiros nem legatários (art. 1.801, CC): 
I - a pessoa que, a rogo, escreveu o testamento, nem o seu cônjuge ou 
companheiro, ou os seus ascendentes e irmãos; 
II - as testemunhas do testamento; 
 
III - o concubino do testador casado, salvo se este, sem culpa sua, estiver separado 
de fato do cônjuge há mais de cinco anos; 
IV - o tabelião, civil ou militar, ou o comandante ou escrivão, perante quem se 
fizer, assim como o que fizer ou aprovar o testamento. 
São legitimados a suceder, no direito brasileiro 
a. as pessoas físicas; 
b. os nascituros; 
c. as pessoas físicas ainda não concebidas, ou prole eventual de determinadas 
pessoas, contempladas em testamento. São os nondum concepti, entes humanos 
futuros ou prole eventual, destinatários de sucessão testamentária (CC, art. 1.799, 
I), ou de outros negócios jurídicos unilaterais, ou de estipulações em favor de 
terceiro; 
d. as pessoas jurídicas, designadas em testamento; 
e. as entidades não personificadas, porém, existentes, como as sociedades em 
comum ou as sociedades em conta de participação, designadas em testamento; 
f. as pessoas jurídicas futuras, que serão constituídas com legados deixados pelo 
testador, sob a forma de fundações.” (Paulo Lobo). 
Legitimação para suceder (geral) 
Art. 1.798. Legitimam-se a suceder as pessoas nascidas ou já concebidas no momento da abertura 
da sucessão. - Regra geral 
Art. 1.799. Na sucessão testamentária podem ainda ser chamados a suceder: 
I - os filhos, ainda não concebidos, de pessoas indicadas pelo testador, desde que vivas estas ao 
abrir-se a sucessão; 
II - as pessoas jurídicas; 
III - as pessoas jurídicas, cuja organização for determinada pelo testador sob a forma de fundação. 
Concorrência do cônjuge com descendentes 
 cônjuge sobrevivente permanece em 3° lugar na ordem de vocação hereditária 
 passa a concorrer em igualdade de condições com os descendentes do falecido, salvo 
quando já tenha direito à meação (é sempre herdeiro necessário). 
 Direito real de habitação (art. 1.831, com limitações do art. 1.414) 
 afastamento em caso de outros coproprietários 
 
Art. 1.659 – Comunhão Parcial 
Art. 1.659. Excluem-se da comunhão: 
I - os bens que cada cônjuge possuir ao casar, e os que lhe sobrevierem, na constância do 
casamento, por doação ou sucessão, e os sub-rogados em seu lugar; 
II - os bens adquiridos com valores exclusivamente pertencentes a um dos cônjuges em sub-
rogação dos bens particulares; 
III - as obrigações anteriores ao casamento; 
 
IV - as obrigações provenientes de atos ilícitos, salvo reversão em proveito do casal; 
V - os bens de uso pessoal, os livros e instrumentos de profissão; 
VI - os proventos do trabalho pessoal de cada cônjuge; 
VII - as pensões, meios-soldos, montepios e outras rendas semelhantes. 
 
Concorrência do cônjuge com descendentes 
,Art. 1.832. Em concorrência com os descendentes (art. 1.829, inciso I) caberá ao cônjuge 
quinhão igual ao dos que sucederem por cabeça, não podendo a sua quota ser inferior à quarta 
parte da herança,se for ascendente dos herdeiros com que concorrer. 
 reserva de 1/4 da herança ao cônjuge (ou companheiro), se ele for ascendente dos 
descendentes com quem concorrer: patrimônio mínimo (Fachin). 
 Somente ganha relevo com mais de três descendentes 
 Exclusivamente com descendentes apenas do falecido (autor da herança): não haverá a 
reserva patrimonial da quarta parte 
 
7. Renúncia e aceitação 
➢ Herdeiro não precisa fazer nada ativamente para receber a herança. 
➢ A aquisição da herança acontece automaticamente no momento da 
morte do falecido. 
➢ Transmissão ao herdeiro é definitiva a partir da abertura da sucessão. 
➢ O herdeiro tem o direito de renunciar à herança. 
➢ A renúncia tem efeito retroativo à data da abertura da sucessão. 
 
Também costuma a doutrina estabelecer distinções sobre o modo de ocorrer a aceitação da 
herança: 
➢ expressa - quando é manifestada por escrito; 
➢ tácita - quando o herdeiro pratica atos de administração, alienação ou oneração dos bens 
da herança (CC 1.805); 
 
➢ presumida - quando o herdeiro não se manifesta quando intimado para tal (CC 111 e 
1.807). 
Obs. Ao Art. 1.813. Quando o herdeiro prejudicar os seus credores, renunciando à herança, 
poderão eles, com autorização do juiz, aceitá-la em nome do renunciante. 
 
Art. 1.806. A renúncia da herança deve constar expressamente de instrumento público ou 
termo judicial. 
➢ O herdeiro se torna titular da herança quando a sucessão é aberta, mas não é obrigado a 
mantê-la e pode renunciar. 
➢ Ao renunciar, ele é excluído da sucessão, e seu quinhão hereditário é transmitido aos 
demais herdeiros como se ele nunca tivesse sido herdeiro. 
➢ A renúncia tem efeito retroativo à data da abertura da sucessão. 
➢ Se o herdeiro optar por transferir seu quinhão a favor de uma pessoa específica, isso é 
uma cessão dos direitos hereditários, envolvendo duas transferências patrimoniais: uma 
causa mortis (do falecido para o herdeiro) e outra inter vivos (do herdeiro para a pessoa 
escolhida). 
Representação? 
➢ Para um herdeiro renunciar, não é necessário o consentimento dos outros herdeiros, nem 
dos descendentes do renunciante. 
➢ O direito de representação, que permite aos descendentes de um herdeiro falecido assumir 
sua parte na herança, só se aplica em casos específicos como premoriência, ausência, 
deserdação ou indignidade. 
➢ Como o renunciante não se enquadra nessas situações e seus herdeiros não têm direito de 
representação, não podem reivindicar a parte do renunciante. 
➢ A parte renunciada é incorporada ao acervo sucessório e distribuída entre os outros 
herdeiros, que herdam de forma igualitária, por cabeça e por direito próprio. 
 
8. Excluídos da sucessão 
Art. 1.815-A. Em qualquer dos casos de indignidade previstos no art. 1.814, o trânsito em julgado 
da sentença penal condenatória acarretará a imediata exclusão do herdeiro ou legatário indigno, 
independentemente da sentença prevista no caput do art. 1.815 deste Código. 
Art. 1.814. São excluídos da sucessão os herdeiros ou legatários: 
I - que houverem sido autores, co-autores ou partícipes de homicídio doloso, ou tentativa 
deste, contra a pessoa de cuja sucessão se tratar, seu cônjuge, companheiro, ascendente 
ou descendente; 
II - que houverem acusado caluniosamente em juízo o autor da herança ou incorrerem em 
crime contra a sua honra, ou de seu cônjuge ou companheiro; 
III - que, por violência ou meios fraudulentos, inibirem ou obstarem o autor da herança 
de dispor livremente de seus bens por ato de última vontade. 
A deserdação e a indignidade têm semelhanças, mas são institutos distintos. 
 
➢ A indignidade depende da iniciativa dos herdeiros, enquanto a deserdação requer a prévia 
manifestação de vontade do falecido por meio de testamento. 
➢ Não é possível que o titular dos bens promova ação de deserdação contra um herdeiro. 
➢ O herdeiro deserdado deixa de sê-lo porque o testamento o excluí. 
➢ A eficácia da deserdação está sujeita à condição suspensiva, que se concretiza com o 
trânsito em julgado da sentença que reconhece as causas apontadas pelo testador. 
A indignidade e deserdação não atingem o direito de representação dos herdeiros do indigno, 
como ocorre na renúncia à herança (art. 1.816) 
“Os descendentes do herdeiro excluído sucedem, como se ele morto fosse antes 
da abertura da sucessão.” (TJSP) 
Art. 1.816. São pessoais os efeitos da exclusão; os descendentes do herdeiro 
excluído sucedem, como se ele morto fosse antes da abertura da sucessão. 
 
9. Direito de representação 
Art. 1.851. Dá-se o direito de representação, quando a lei chama certos parentes do falecido a 
suceder em todos os direitos, em que ele sucederia, se vivo fosse. 
Art. 1.852. O direito de representação dá-se na linha reta descendente, mas nunca na ascendente. 
 
 
Art. 1.853. Na linha transversal, somente se dá o direito de representação em favor dos filhos de 
irmãos do falecido, quando com irmãos deste concorrerem. 
Art. 1.854. Os representantes só podem herdar, como tais, o que herdaria o representado, se vivo 
fosse. 
Art. 1.855. O quinhão do representado partir-se-á por igual entre os representantes. 
Art. 1.856. O renunciante à herança de uma pessoa poderá representá-la na sucessão de outra. 
 
10. Petição de herança 
 
Demanda que visa a incluir um herdeiro na herança mesmo após a sua divisão. 
Art. 1.824. O herdeiro pode, em ação de petição de herança, demandar o reconhecimento de seu 
direito sucessório, para obter a restituição da herança, ou de parte dela, contra quem, na qualidade 
de herdeiro, ou mesmo sem título, a possua. 
Exemplo: filho não reconhecido que pretende o seu reconhecimento posterior e 
inclusão na herança / companheiro que foi preterido na partilha, até por não ter 
conhecimento dela 
Art. 1.825. A ação de petição de herança, ainda que exercida por um só dos herdeiros, poderá 
compreender todos os bens hereditários. 
Art. 1.826. O possuidor da herança está obrigado à restituição dos bens do acervo, fixando-se-lhe 
a responsabilidade segundo a sua posse, observado o disposto nos arts. 1.214 a 1.222. 
Parágrafo único. A partir da citação, a responsabilidade do possuidor se há de aferir pelas regras 
concernentes à posse de má-fé e à mora. 
Art. 1.827. O herdeiro pode demandar os bens da herança, mesmo em poder de terceiros, sem 
prejuízo da responsabilidade do possuidor originário pelo valor dos bens alienados. 
Parágrafo único. São eficazes as alienações feitas, a título oneroso, pelo herdeiro aparentem a 
terceiro de boa-fé. 
Art. 1.828. O herdeiro aparente, que de boa-fé houver pago um legado, não está obrigado a prestar 
o equivalente ao verdadeiro sucessor, ressalvado a este o direito de proceder contra quem o 
recebeu. 
“Termo inicial para o ajuizamento da ação de petição de herança é a data do trânsito em julgado 
da ação de investigação de paternidade, quando, em síntese, confirma-se a condição de herdeiro” 
(STJ, REsp 1.475.759/ DF, Rel. Min. João Otávio de Noronha, j. 17.05.2016, DJe 20.05.2016).

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