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N1 - RESOLUÇÃO DE CASO - AÇÕES CONSTITUCIONAIS

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CENTRO UNIVERSITÁRIO RITTER DOS REIS
Curso de Pós-Graduação - Especialização em Direito Civil e Processo Civil
Disciplina: Ações Constitucionais
Atividade Avaliativa N1
Resolução de Caso
Aluna: Larissa Ortodia Fernandes Coelho
	O caso apresentado retrata a decisão da prefeitura de Fernando de Morais de desmatar dois alqueires de mata nativa para doação à Empresa Primos, visando a instalação de uma unidade industrial que poderá gerar 600 empregos. Entretanto, grupos ambientais e da sociedade civil discordam publicamente da medida, argumentando que há alternativas viáveis que não prejudicariam o ambiente, e questionam a legalidade das audiências públicas realizadas. Esses grupos cogitam utilizar mecanismos jurídicos constitucionais para impedir o desmatamento proposto, levantando questões sobre a proteção ambiental.
Nesse caso, o melhor remédio constitucional a ser adotado é através da Ação Popular, uma vez que segundo o Art. 5º, inciso LXXIII, qualquer cidadão pode propor uma ação popular para anular atos prejudiciais ao meio ambiente, sem custas judiciais ou ônus da sucumbência, desde que não haja má-fé comprovada. Vejamos:
Art. 5º, inciso LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência.
Tendo em vista o dispositivo acima, é possível dizer que a ação popular pode ser vista como um instrumento poderoso para proteger o meio ambiente em um Estado Democrático de Direito, permitindo que qualquer cidadão intervenha judicialmente para impedir danos ambientais causados por entidades privadas e exigir a atuação do Estado omisso. Destaca-se sua importância social e política, pois possibilita ao cidadão a defesa direta do meio ambiente. Por meio dela, é possível contestar a construção de empreendimentos sem estudo de impacto ambiental adequado ou impugnar licenças ambientais concedidas de forma irregular.
Como referido por Marcelo Abelha Rodrigues:
Porque é o único remédio que permite ao cidadão, individualmente, promover em juízo, de forma direta, a proteção do meio ambiente, sem que se precise recorrer a interpretações ou exegeses pouco tradicionais. (RODRIGUES, 2021, p. 157, Processo Civil ambiental. 5. ed. Salvador: JusPodivm, 2021)
Sendo assim, essa ferramenta é valorizada pela sua capacidade de permitir ao cidadão defender diretamente o meio ambiente, sem a necessidade de interpretações complexas. Por meio dela, é possível contestar a construção de empreendimentos sem estudos ambientais adequados ou impugnar licenças ambientais concedidas irregularmente.
	
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