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2a SÉRIE
Aula 13 – 3º bimestre
História
Etapa Ensino Médio
Economia no Segundo Reinado: café e modernização conservadora 
Economia cafeeira;
Modernização no Segundo Reinado.
Analisar a importância da economia cafeeira no Brasil para a economia do Segundo Reinado;
Analisar criticamente o processo de modernização no contexto do Segundo Reinado, identificando seus aspectos conservadores, como a manutenção das estruturas de poder.
Inferir as consequências socioeconômicas da modernização, incluindo a desigualdade social e as relações laborais resultantes da expansão da economia cafeeira.
Conteúdo
Objetivos
(EM13CHS402) Analisar e comparar indicadores de emprego, trabalho e renda em diferentes espaços, escalas e tempos, associando-os a processos de estratificação e desigualdade socioeconômica.
“A fruta vermelha que nasce da flor branca do pé de café foi descoberta por volta do ano 525 no interior da Etiópia. Os etíopes se alimentavam de sua polpa doce, por vezes macerada, ou misturada em banha, para refeição. 
Elixir do mundo moderno
O café da Etiópia atravessou o mar Vermelho e foi levado para a península Arábica, onde era consumido como bebida após a torrefação. Impregnado na cultura do mundo islâmico, o café foi incluído até mesmo na legislação turca, segundo a qual as esposas podiam pedir divórcio caso os maridos não provessem a casa com uma cota de café. Porém, o uso excessivo do café, libertador de emoções, levou o governador de Meca a proibi-lo em casas públicas e mosteiros em 1511.” (MARTINS, 2010).
Cerimônia do café na Etiópia.
Para começar
Referência:
MARTINS, A. L. Revista de História da Biblioteca Nacional, n. 57, jun. 2010.
Imagem:
Café pelo mundo: Etiópia. Cerimônia do café. Disponível em: https://cutt.ly/nwunHjQi Acesso em: 03 jul. 2023.
Você gosta de um cafezinho ao acordar? O brasileiro costuma ter o hábito de tomar café logo cedo?
Na história de nosso país, qual é (foi) a importância do café? O você que sabe sobre isso?
Escravizados fotografados numa fazenda de café, Marc Ferrez (c. 1882). E a obra de Candido Portinari, O lavrador de café (1934).
Para começar
Imagens:
Escravizados fotografados numa fazenda de café, Marc Ferrez (c.1882). Disponível em: https://cutt.ly/rwunFfaJ. Acesso em: 3 jul. 2023.
O lavrador de café, Candido Portinari(1934). Disponível em: https://cutt.ly/qwunFEvG. Acesso em: 3 jul. 2023.
A economia cafeeira
“Na década de 1830, os sinais de crise na agricultura escravista tradicional eram evidentes. As exportações de produtos clássicos - açúcar, tabaco e algodão – enfrentaram sérios problemas:
a concorrência do açúcar antilhano e a produção de açúcar de beterraba na Europa;
as pressões inglesas contra o tráfico de escravizados desestimulavam a produção do tabaco (o produto era utilizado, em parte, na aquisição de escravizados na África);
o algodão norte-americano, produzido nos estados sulistas, já dominavam o mercado mundial”. (BERUTTI; MARQUES, 2016).
Plantação de Café, 1834. 
Desenho de Johann Jacob Steinmann.
Foco no conteúdo
Imagem:
Plantação de Café, 1834. Desenho de Johann Jacob Steinmann. Disponível em:https://cutt.ly/Jwy7b6He Acesso em: 30 jun. 2023.
Referência:
BERUTTI, F. C; MARQUES, A. Caminhos do Homem. Curitiba: Base Editorial, 2016.
“Por outro lado, as possibilidades de industrialização eram bastante difíceis em virtude de uma série de fatores:
a renovação dos tratados de 1810 com a Grã-Bretanha, em 1827;
a ausência de um mercado interno consolidado e significativo;
a insuficiência de capitais;
a falta de tradição manufatureira;
as dificuldades decorrentes da precariedade dos meios de transporte;
a ausência de uma mentalidade empresarial”. 
(BERUTTI; MARQUES, 2016). 
Foco no conteúdo
Referência:
BERUTTI, F. C; MARQUES, A. Caminhos do Homem. Curitiba: Base Editorial, 2016.
“Para se ter uma ideia da gravidade da crise que abalou a economia brasileira em meados do século XIX, considere-se que, entre 1822 e 1860, a balança de comércio apresentou saldos positivos em apenas nove anos.
Entretanto, por volta de 1830, a economia brasileira, pelo menos no que diz respeito ao seu modelo agrário-exportador, reintegrou-se nos quadros da economia capitalista mundial, com a emergência de uma nova cultura: o café, reproduzindo-se, assim, o que o historiador Caio Prado Júnior, em tese formulada nas décadas de 1930 e 1940 e hoje clássica, definiu como ‘o sentido da colonização’. 
Para o autor, verificou-se a permanência de um modelo de economia voltado ‘para fora’, cujas origens remontam ao colonialismo, e que tinha como características básicas o latifúndio monocultor agroexportador e o trabalho escravizado”. (BERUTTI; MARQUES, 2016).
Referência:
BERUTTI, F. C; MARQUES, A. Caminhos do Homem. Curitiba: Base Editorial, 2016.
“Ao longo do século XIX, o café tornou-se o principal produto da economia brasileira e, como as lavouras do período colonial, baseou-se na grande propriedade de monocultura escravista e sua produção tinha por objetivo atender à demanda do mercado externo.
Na década de 1830, o café foi responsável por 43,8% do total das exportações brasileiras e, na última década da monarquia, por 61,5%. A Proclamação da República, em 1889, ampliou ainda mais a participação do setor cafeeiro na economia exportadora. Por volta de 1930, esse setor respondia por aproximadamente 70% das exportações”. (BERUTTI; MARQUES, 2016).
Escravizados na colheita do café, Rio de Janeiro, 1882.
Marc Ferrez/Acervo Instituto Moreira Salles.
Foco no conteúdo
Imagem:
Marc Ferrez/ Coleção Gilberto Ferrez. Acervo Instituto Moreira Salles. Escravizados em terreiro de uma fazenda de café. Vale do Paraíba, c. 1882. Disponível em: https://cutt.ly/owumOSat Acesso em: 03 jul. 2023.
Referência:
BERUTTI, F. C; MARQUES, A. Caminhos do Homem. Curitiba: Base Editorial, 2016.
Fazenda do Secretário, em Vassouras (RJ), um dos mais iconográficos exemplos do período áureo do Vale do Paraíba. Chegou a possuir cerca de 500 mil pés de café e mais de 350 escravos. 
Litogravura de Louis-Jullien Jacottet, 1861. Domínio público, Biblioteca Nacional Digital.
Foco no conteúdo
Imagem:
Plantação de Café, 1834. Desenho de Johann Jacob Steinmann. Disponível em:https://cutt.ly/Jwy7b6He Acesso em: 30 jun. 2023.
“No princípio do século XIX (até por volta de 1840), o café era produzido principalmente no Vale do Rio Paraíba, onde surgiram e se desenvolveram importantes municípios, como Vassouras, Resende, Valença e Taubaté, devido aos lucros proporcionados pelo novo produto. o êxito da economia cafeeira se deve aos seguintes fatores favoráveis em seus dois principais polos produtores:
Primeiramente no Vale do Paraíba e, em um segundo momento, no Oeste Paulista, devido às suas ‘terras roxas’. Na realidade, trata-se de terra vermelha, chamada de roxa (vermelha) por imigrantes italianos que trabalharam nas lavouras de café.
Ausência de concorrentes significativos ao longo do século XIX;
Disponibilidade de capitais, especialmente após a Lei Eusébio de Queirós de 1850, uma vez que recursos até então aplicados no tráfico de escravizados foram investidos no setor cafeeiro”.(BERUTTI; MARQUES, 2016).
Referência:
BERUTTI, F. C; MARQUES, A. Caminhos do Homem. Curitiba: Base Editorial, 2016.
“Mão de obra disponível em grande quantidade, a princípio de escravizados e posteriormente de imigrantes europeus.
Proximidade entre as áreas de produção e os portos do Rio de Janeiro, principal escoadouro da produção cafeeira do Vale do Paraíba, e de santos, núcleo exportador do Oeste Paulista.
Implantação de uma infraestrutura ferroviária ligando as áreas de produção aos núcleos exportadores, que contou com investimentos externos, notadamente britânicos.
Existência de um mercado externo em expansão”. (BERUTTI; MARQUES, 2016).
Fotografia de Christiano Jr. Escravizada colhendo café no Oeste Paulista, 1865. 
Foco no conteúdo
Imagem:
Fotografia de Christiano Jr. Escravizada colhendo café no Oeste Paulista, 1865. Disponível em: https://cutt.ly/6widgzSN Acesso em: 07jul. 2023.
Referência:
BERUTTI, F. C; MARQUES, A. Caminhos do Homem. Curitiba: Base Editorial, 2016.
“A partir de 1865-1885, o principal núcleo produtor passou a ser o Oeste Paulista, que se tomou uma das regiões mais dinâmicas da economia brasileira. A produção de café no Oeste Paulista destacou-se por ser uma atividade mais empresarial, dando origem a uma burguesia cafeeira, mais empreendedora e que se valeu principalmente da mão de obra do imigrante. 
Por outro lado, a expansão dos cafezais deu continuidade a um processo que havia se iniciado no primeiro século da colonização portuguesa: a destruição sistemática dos recursos naturais e em especial da Mata Atlântica”. (BERUTTI; MARQUES, 2016).
Imigrantes em colheita de café em uma fazenda de São Paulo c. 1900.
Foco no conteúdo
Referência:
BERUTTI, F. C; MARQUES, A. Caminhos do Homem. Curitiba: Base Editorial, 2016.
Imagem:
Fazenda de café em SP e a utilização da mão de obra do imigrante. Foto de Frank & Frances Carpenter, c. 1900. Domínio público, Congresso dos Estados Unidos. Disponível em: https://cutt.ly/CwidUlVM Acesso em: 07 jul. 2023.
Observe o mapa e analise os dados disponíveis. Registre suas análises por escrito!
Quais os argumentos da fonte 1 para o investimento no Brasil da cultura do café? 
A partir de que núcleo o café se expandiu? Que direção seguiu? Qual era a participação do café brasileiro na produção mundial na segunda metade do século XIX?
Na prática
FONTE 1. O café 
“A coffea arabica fora introduzida no Brasil no começo do século XVIII. Por volta de 1790, a exploração comercial da planta era bem-sucedida nas encostas próximas ao Rio de Janeiro. Em 1830, os cafezais cobriam vastas áreas do Vale do Paraíba, atravessando os limites da província de São Paulo e alcançando Jacareí. Não é difícil compreender por que a cultura do café substituiu a da cana-de-açúcar nas grandes propriedades. Em primeiro lugar, a demanda mundial de café era bastante mais acentuada do que a do açúcar em quase toda a primeira metade do século XIX. Além disso, os custos de produção eram um pouco mais baixos. O café exigia menos mão de obra [...] e a cana tinha de ser replantada a cada três anos, geralmente, enquanto um cafeeiro poderia durar 30 ou 40. [...] Finalmente, o café resultava em maior margem de lucro, afora o custo do transporte até o porto de Santos. Seu valor por quilo era superior, e era menos sujeito a deterioração no processo de transporte. [...] Somente após 1840 se deu início ao plantio em larga escala de café no Oeste Paulista, de Campinas até Rio Claro.” (DEAN, 1977).
Referência:
DEAN, W. Rio Claro: um sistema brasileiro de grande lavoura 1820-1920. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1977. p. 42-45.
Fonte 2. Expansão no Sudeste da lavoura cafeeira, séculos XIX e XX
	Fonte 3. Porcentagem do café brasileiro na produção mundial	
	1820-1829 – 18%	1870-1879 – 49%
	1830-1839 – 30%	1880-1889 – 56%
	1840-1849 – 40%	1890-1899 – 63%
	1850-1859 – 52%	1900-1904 – 63%
	1860-1869 – 49%	
(MEC, 1996).
(NORMANO, 1939).
Imagem:
Mapa - Atlas histórico escolar. Rio de Janeiro: MEC, 1996. Expansão no sudeste da lavoura cafeeira, séculos XIX e XX. Disponível em: https://cutt.ly/3widOAww. Acesso em: 7 jul. 2023.
Referência:
Porcentagem do café brasileiro na produção mundial. Apud: NORMANO, J. F. Evolução econômica. São Paulo: Nacional/Brasiliana, 1939. p. 54. 
Quais os argumentos da fonte 1 para o investimento no Brasil da cultura do café? 
Demanda mundial: o café possuía uma demanda global muito maior do que o açúcar durante a primeira metade do século XIX.
Custos de produção mais baixos: em comparação com a cana-de-açúcar, o café tinha custos de produção um pouco mais baixos. Isso ocorria em virtude de exigir menos mão de obra para ser cultivado. Enquanto a cana-de-açúcar precisava ser replantada a cada três anos, os cafeeiros podiam durar até 30 ou 40 anos, o que reduzia os custos de replantio.
Correção
Na prática
Margem de lucro maior: o café oferece uma margem de lucro superior em comparação com a cana-de-açúcar. Além disso, o café era menos suscetível à deterioração durante o transporte.
Expansão geográfica: inicialmente, o cultivo do café foi bem-sucedido nas encostas próximas ao Rio de Janeiro. No entanto, como também observado no mapa, a cultura do café se expande para vastas áreas do Vale do Paraíba, ultrapassando os limites da província de São Paulo e alcançando Jacareí. Posteriormente, o plantio em larga escala de café também foi iniciado no Oeste Paulista, de Campinas até Rio Claro. Essa expansão geográfica demonstra a viabilidade e o potencial econômico da cultura do café.
Correção
Continuação…
Na prática
Correção
A partir de que núcleo o café se expandiu? Que direção seguiu? Qual era a participação do café brasileiro na produção mundial na segunda metade do século XIX?
A partir do Rio de Janeiro o café se expandiu para o Vale do Paraíba e a Zona da Mata Mineira (de 1840 a 1870), centro-oeste paulista (de 1870 a 1930) e norte do Paraná e sudeste do Mato Grosso do Sul (depois de 1930). A Mata Atlântica, que, originalmente, cobria essa região, foi destruída com a expansão cafeeira. Na segunda metade do século XIX, o café brasileiro correspondia a cerca de 50% da produção mundial. 
Na prática
Capitalismo em sociedade escravista: a Era Mauá
“O fim do tráfico atlântico estimulou o investimento de capitais em diversas atividades econômicas - o que, de certo modo, sinalizava a entrada do país na era industrial. Começaram a ser construídas as ferrovias, o que também fazia crescer a influência do capitalismo britânico no Brasil escravista. A primeira ferrovia foi inaugurada em 30 de abril de 1854, no Rio de Janeiro, com 14 quilômetros de extensão, ligando o porto de Estrela, na Baía da Guanabara, à raiz da serra onde se localiza a cidade de Petrópolis. Daí em diante, as vias férreas proliferaram: Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais, regiões produtoras de café, foram cortadas por uma expressiva malha ferroviária. A maioria das ferrovias foi construída com empréstimos tomados na Inglaterra ou com o investimento direto de ingleses”. (VAINFAS, 2018).
Foco no conteúdo
Referência:Referência:
VAINFAS, R. [et. al.]; História: conecte live. São Paulo: Saraiva, 2018.
Grande viaduto da Grota Funda e Construção da Estrada de Ferro Santos – Jundiaí. c. 1864. Fotografias de Militão Augusto de Azevedo
Foco no conteúdo
Imagens: 
Grande viaduto da Grota Funda. Militão Augusto de Azevedo. São Paulo – SP – Brasil - 1864 circa. Instituto Moreira Salles. Disponível em: https://cutt.ly/7wiAOwN3. Acesso em: 10 jul. 2023.
Construção da Estrada de Ferro Santos – Jundiaí. Fotografia de Militão Augusto de Azevedo. São Paulo – SP – Brasil – 1864 circa. Instituto Moreira Salles. Disponível em:https://cutt.ly/uwiADoC7. Acesso em: 10 jul. 2023.
Um pequeno trecho de telégrafo elétrico foi inaugurado em 1852; já em 1873, começou a funcionar a transmissão por cabo submarino, permitindo a comunicação entre Brasil e Europa e também entre diversas províncias”. (VAINFAS, 2018). 
Cabine do Telégrafo no Morro do Castelo. A primeira linha telegráfica do Brasil era subterrânea e possuía 4,3 mil metros de extensão. Construída por determinação de D. Pedro II.
“As ferrovias brasileiras favoreciam a economia cafeeira escravista facilitando e barateando o transporte do café do interior para os portos. As províncias açucareiras do nordeste, sobretudo Pernambuco e Bahia, também entraram na era das ferrovias, mas em menor escala. Os novos investimentos não se limitavam às ferrovias. 
Foco no conteúdo
Imagens: 
Cabine do Telégrafo no Morro do Castelo. Biblioteca Nacional. Disponível em: https://cutt.ly/JwiAQncf Acesso em: 10 jul. 2023.
Referência:
VAINFAS, R. [et. al.]; História: conecte live. São Paulo: Saraiva, 2018.
Fábrica de gás (gasômetro) na rua do Aterrado hoje av. Presidente Vargas em meados do século XIX no Rio de Janeiro.
Visconde de Mauá — litografia de S. A. Sisson ao final da década de 1850.
“Um sistema de gás canalizadopara iluminação pública foi inaugurado no Rio de Janeiro em 1854; quase duas décadas depois, 1 O mil residências, 5 mil estabelecimentos públicos e 6 mil lampiões de rua utilizavam esse gás. Essas mudanças rio Brasil seriam impensáveis sem a atuação do empresário lrineu Evangelista de Souza, o Barão de Mauá. Na década de 1840, ele passou a se dedicar a vários empreendimentos”. (VAINFAS, 2018). 
Foco no conteúdo
Imagens: 
Visconde de Mauá — litografia de S. A. Sisson ao final da década de 1850. Disponível em: https://cutt.ly/vwidnhxB Acesso em: 10 jul. 2023.
Fábrica de gás (gasômetro) na rua do Aterrado hoje av. Presidente Vargas em meados do século XIX no Rio de Janeiro. Disponível em: https://cutt.ly/lwidnneQ Acesso em: 10 jul. 2023.
Referência:
VAINFAS, R. [et. al.]; História: conecte live. São Paulo: Saraiva, 2018.
Leia o texto nos slides a seguir e, em dupla, discuta coletivamente! Escreva suas reflexões tendo em vista a seguinte problematização:
A expansão da cafeicultura e a mudança do eixo econômico para o Sudeste trouxe uma modernização para o país? 
Na prática
TEXTO I. Em busca da modernização capitalista
“1850 não assinalou no Brasil apenas a metade do século. Foi o ano de várias medidas que tentavam mudar a fisionomia do país, encaminhando-o para o que então se considerava modernidade. Extinguiu-se o tráfico de escravos, promulgou-se a Lei de Terras [...] e foi aprovado o primeiro Código Comercial. [...] Entre outros pontos, definiu os tipos de companhias que poderiam ser organizadas no país e regulou suas operações. Assim como ocorreu com a Lei de Terras, tinha como ponto de referência a extinção do tráfico. A liberação de capitais resultante do fim da importação de escravos deu origem a uma intensa atividade de negócios e de especulação. Surgiram bancos, indústrias, empresas de navegação a vapor etc. [...]. Esboçavam-se assim, nas áreas mais dinâmicas do país, mudanças no sentido de uma modernização capitalista; ou seja, nasciam as primeiras tentativas para se criar um mercado de trabalho, da terra e dos recursos disponíveis”. (FAUSTO, 1999). 
Referência:
FAUSTO, B. História do Brasil. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 1999.
Apesar da expansão da cafeicultura e da mudança do eixo econômico para o Sudeste, não houve uma transformação estrutural no Brasil. A cafeicultura coexistiu com outras atividades agrícolas e, em vez de promover uma redistribuição de terras e recursos, manteve a estrutura fundiária concentrada nas mãos dos grandes proprietários de terras (no contexto, os “barões do café”), controlando a maior parte dos recursos, da política e dos novos investimentos.
A expansão da cafeicultura e a mudança do eixo econômico para o Sudeste trouxe uma modernização para o país? 
Correção
Na prática
Embora a extinção do tráfico de escravos e a promulgação da Lei de Terras em 1850 tenham sido avanços na direção da modernização capitalista, essas medidas também foram conservadoras, já que mantiveram uma estrutura de poder e propriedade, não promovendo uma redistribuição mais equitativa de terras e recursos. 
Correção
Continuação…
Na prática
Leia o texto no slide a seguir (que pode subsidiar sua análise) e elabore um texto dissertativo-argumentativo. 
Utilize os conhecimentos da aula e não se esqueça de justificar a afirmativa acima, ressaltando as alterações ocorridas e os elementos estruturais de permanência! 
O crescimento da produção cafeeira alterou a sociedade brasileira do século XIX, sem modificar a estrutura econômica herdada do período colonial.
Aplicando
“A cafeicultura possibilitou ao Brasil a expansão territorial e o povoamento do interior à custa da derrubada das matas, de queimadas e da morte de indígenas. Estimulou o uso da mão de obra escrava, mas soube se adaptar aos novos tempos, introduzindo o trabalho livre com o imigrante [...]. A riqueza e o poder político trazidos pelo café possibilitaram a mudança do eixo econômico do Nordeste para o Sudeste e a Proclamação da República. No entanto, não se pode afirmar que a cultura cafeeira foi responsável por uma mudança na estrutura econômica do Brasil, pois ela conviveu com outras atividades econômicas [...]. E, como as demais atividades, baseou-se no latifúndio exportador, com grande número de trabalhadores. Enfim, foi [...] uma cultura dependente dos interesses internacionais e concentradora de renda.” (TOLEDO; GANCHO, 2003). 
A expansão da cafeicultura: destruição de recursos naturais e concentração de renda
Referência:
TOLEDO, V. V. de; GANCHO, C. V. Sua majestade o café. São Paulo: Moderna, 2003. p. 77-78.
Analisamos a importância da economia cafeeira no Brasil para a economia do Segundo Reinado;
Analisamos criticamente o processo de modernização no contexto do Segundo Reinado, identificando seus aspectos conservadores, como a manutenção das estruturas de poder.
Inferimos as consequências socioeconômicas da modernização, incluindo a desigualdade social e as relações laborais resultantes da expansão da economia cafeeira.
O que aprendemos hoje?
Tarefa SP
Localizador: 99215
Professor, para visualizar a tarefa da aula, acesse com seu login: tarefas.cmsp.educacao.sp.gov.br
Clique em “Atividades” e, em seguida, em “Modelos”.
Em “Buscar por”, selecione a opção “Localizador”.
Copie o localizador acima e cole no campo de busca.
Clique em “Procurar”. 
Videotutorial: http://tarefasp.educacao.sp.gov.br/
30
Slide 3 – MARTINS, A. L. Revista de História da Biblioteca Nacional, n. 57, jun. 2010.
Slides 5 a 8 – BERUTTI, F. C.; MARQUES, A. Caminhos do homem. Curitiba: Base Editorial, 2016.
Slides 10 a 12 – BERUTTI, F. C; MARQUES, A. Caminhos do homem. Curitiba: Base Editorial, 2016.
Slide 14 – DEAN, W. Rio Claro: um sistema brasileiro de grande lavoura 1820-1920. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1977. p. 42-45.
Slide 15 – Porcentagem do café brasileiro na produção mundial. In: NORMANO, J. F. Evolução econômica. São Paulo: Nacional/Brasiliana, 1939. p. 54. 
Slides 19, 21, 22 – VAINFAS, R. et al. História: conecte live. São Paulo: Saraiva, 2018.
Slides 24 – FAUSTO, B. História do Brasil. São Paulo: Edusp, 1999.
Slide 28 – TOLEDO, V. V. de; GANCHO, C. V. Sua majestade o café. São Paulo: Moderna, 2003. p. 77-78.
LEMOV, Doug. Aula nota 10 3.0: 63 técnicas para melhorar a gestão da sala de aula. Porto Alegre: Penso, 2023. 
Referências
Lista de imagens e vídeos
Slide 3 – Café pelo mundo: Etiópia. Cerimônia do café. Disponível em: https://cutt.ly/nwunHjQi. Acesso em: 3 jul. 2023.
Slide 4 – Escravizados fotografados numa fazenda de café, Marc Ferrez (c.1882). Disponível em: https://cutt.ly/qwunFEvG. Acesso em: 3 jul. 2023; O lavrador de café, Candido Portinari(1934). Disponível em: https://cutt.ly/rwunFfaJ. Acesso em: 3 jul. 2023.
Slide 5 – Plantação de Café, 1834. Desenho de Johann Jacob Steinmann. Disponível em: https://cutt.ly/Jwy7b6He. Acesso em: 30 jun. 2023.
Slide 8 – Marc Ferrez/Coleção Gilberto Ferrez. Acervo Instituto Moreira Salles. Escravizados em terreiro de uma fazenda de café. Vale do Paraíba, c. 1882. Disponível em: https://avozdaserra.com.br/sites/default/files/colunas/hm-em-dois-anos-de-trabalho-o-escravo-pagava-o-seu-custo-de-aquisicao.jpg. Acesso em: 3 jul. 2023.
Slide 9 – Plantação de Café, 1834. Desenho de Johann Jacob Steinmann. Disponível em: https://multirio.rio.rj.gov.br/images/historia_do_brasil/M2-cap5/1_Fazenda_Secretario_t.jpg. Acesso em: 30 jun. 2023.
Referências
Lista de imagens e vídeos
Slide 11 – Fotografia de Christiano Jr. Escravizada colhendo café no Oeste Paulista, 1865. Disponível em: https://cutt.ly/6widgzSN. Acesso em: 7 jul. 2023.
Slide 12 – Fazenda de café em SP e a utilização da mão de obra do imigrante. Foto de Frank & Frances Carpenter, c. 1900. Domínio público, Congresso dos Estados Unidos. Disponível em: https://cutt.ly/CwidUlVM. Acesso em: 7 jul. 2023. 
Slide 15 – Mapa – Atlas histórico escolar. Rio de Janeiro: MEC, 1996. Expansão no sudeste da lavoura cafeeira, séculos XIX e XX. Disponível em: https://cutt.ly/3widOAww.Acesso em: 7 jul. 2023.
Slide 20 – Grande viaduto da Grota Funda. Militão Augusto de Azevedo. São Paulo – SP – Brasil – 1864 circa. Instituto Moreira Salles. Disponível em: https://cutt.ly/7wiAOwN3. Acesso em: 10 jul. 2023; Construção da Estrada de Ferro Santos – Jundiaí. Fotografia de Militão Augusto de Azevedo. São Paulo – SP – Brasil – 1864 circa. Instituto Moreira Salles. Disponível em: https://cutt.ly/uwiADoC7. Acesso em: 10 jul. 2023.
Referências
Lista de imagens e vídeos
Slide 21 – Cabine do Telégrafo no Morro do Castelo. Biblioteca Nacional. Disponível em: https://cutt.ly/JwiAQncf. Acesso em: 10 jul. 2023.
Slide 22 – Visconde de Mauá — litografia de S. A. Sisson ao final da década de 1850. Disponível em: https://cutt.ly/vwidnhxB. Acesso em: 10 jul. 2023; Fábrica de gás (gasômetro) na rua do Aterrado hoje av. Presidente Vargas em meados do século XIX no Rio de Janeiro. Disponível em: https://cutt.ly/lwidnneQ. Acesso em: 10 jul. 2023.
Gifs e imagens ilustrativas elaboradas especialmente para este material a partir do Canvas. Disponível em: https://www.canva.com/pt_br/. Acesso em: 10 jul. 2023. 
Referências
Material 
Digital

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