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INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA Faculdade de Ciências de Educação Curso de Licenciatura em Ensino de Matemática Transposição Didáctica na aula de Matemática Rafael Biza: 31230310 Chokwe, Março de 2024 INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA Departamento de Ciências de Educação Curso de Licenciatura em Ensino de Matemática Transposição Didáctica na aula de Matemática Rafael Biza: 31230310 Chokwe, Março de 2024 Trabalho de Campo a ser submetido na Coordenação do Curso de Licenciatura em Ensino de Matemática da UnISCED. Tutor: Mestre, Natércio Paulo Mucavele II Índice 1.0. Introdução ................................................................................................................................. 4 1.1. Objectivos ................................................................................................................................. 4 1.1.1. Objectivo Geral...................................................................................................................... 4 1.1.2. Objectivos Específicos .......................................................................................................... 4 1.2. Metodologia .............................................................................................................................. 4 2.0. Transposição didáctica ............................................................................................................. 5 2.1. Aspectos importantes da Transposição Didáctica na aula de Matemática ............................... 6 2.2. Importância da Transposição Didática na aula de Matemática ................................................ 6 2.3. Desafios da Transposição Didática na aula de Matemática ..................................................... 7 2.4. O papel do professor e do aluno na Transposição Didáctica na aula de Matemática ............... 8 2.5. Tipos De Transposição Didáctica ............................................................................................. 8 3.0. Conclusão ................................................................................................................................. 9 4.0. Referências Bibliográficas ...................................................................................................... 10 4 1.0. Introdução O presente trabalho aborda sobre a Transposição Didáctica na aula de Matemática. Importa referir que o conhecimento acadêmico, produzido nas escolas, universidades e centros de pesquisa, possui uma linguagem e estrutura próprias, muitas vezes complexas e abstratas. Para que esse conhecimento possa ser ensinado nas escolas, é necessário realizar a transposição didática, ou seja, adaptá-lo para o contexto educacional. A transposição didática é um processo fundamental na educação, pois envolve a transformação do conhecimento acadêmico em conhecimento escolar, tornando os conteúdos mais acessíveis e significativos para os alunos. Nesse sentido, a transposição didáctica envolve a seleção dos conteúdos mais relevantes e adequados ao nível de desenvolvimento dos alunos, a organização desses conteúdos de forma sequencial e progressiva, a definição de estratégias de ensino que facilitem a compreensão dos estudantes, e a criação de actividades e avaliações que possibilitem a aquisição e aplicação do conhecimento. 1.1. Objectivos 1.1.1. Objectivo Geral Analisar a transposição didáctica na aula de Matemática 1.1.2. Objectivos Específicos Caracterizar a transposição didáctica Identificar os tipos de transposição didáctica Propôr exemplos práticos de uma transposição didáctica 1.2. Metodologia Como propósito metodológico de modo a se alcançar os objectivos recorreu-se as referências bibliográficas e teve-se auxílio dos serviços electrónicos (internet). 5 2.0. Transposição didáctica A transposição didáctica é um conceito originado nos estudos de didática das disciplinas escolares, especialmente no contexto da área de ensino de ciências e matemática. Ela foi inicialmente proposta pelo cientista social e educador francês Gaston Bachelard, em sua obra "A formação do espírito científico" (1938), como uma reflexão sobre a relação entre o conhecimento científico e o conhecimento ensinado nas escolas. Posteriormente, o conceito de transposição didáctica foi ampliado e aprofundado pelo didactólogo francês Yves Chevallard, em suas pesquisas sobre a didática das disciplinas escolares, especialmente no contexto da matemática e das ciências. Chevallard propôs uma abordagem mais sistematizada e teórica da transposição didática, destacando a importância da análise dos processos de transformação do conhecimento científico em conhecimento ensinável e da adaptação dos conteúdos ao contexto escolar e aos alunos. Transposição didáctica é o conjunto de acções visando ao desenvolvimento de uma actividade didáctica que contribua para um aprendizado do aluno. (Alkimim & Paiva, 2012). A transposição didática na aula de matemática refere-se ao processo de adaptação e transformação do conhecimento matemático proveniente da pesquisa científica em conhecimento ensinável e acessível para os alunos. É um aspecto crucial da prática pedagógica em matemática, pois permite que os conceitos abstratos sejam apresentados de maneira mais concreta e compreensível para os estudantes. Um exemplo prático de transposição didática na aula de matemática pode ser a explicação dos conceitos de frações para estudantes do ensino básico. No conhecimento acadêmico, as frações podem ser apresentadas utilizando a notação matemática e conceitos abstratos, como numerador, denominador, equivalência, simplificação, entre outros. No entanto, para facilitar a compreensão dos alunos, é necessário realizar a transposição didática e adaptar esses conceitos de forma mais concreta e acessível. Um possível caminho para essa transposição seria utilizar materiais manipuláveis, como peças de quebra-cabeças, para representar as frações de forma visual. Por exemplo, mostrando aos alunos que uma pizza dividida em oito pedaços representa a fração 1/8, ou que um retângulo dividido em quatro partes iguais representa a fração 3/4. 6 Além disso, o professor pode utilizar situações do quotidiano dos alunos para exemplificar a aplicação das frações, como dividir uma barra de chocolate igualmente entre amigos. 2.1. Aspectos importantes da Transposição Didáctica na aula de Matemática Sequenciamento dos conteúdos: uma parte essencial da transposição didática em matemática é a organização dos conteúdos de forma sequencial e progressiva. Isso envolve planejar cuidadosamente a ordem em que os conceitos matemáticos serão apresentados, garantindo uma construção gradual do conhecimento. Concretização dos conceitos: como a matemática é uma disciplina abstrata, a transposição didática na aula de matemática requer a concretização dos conceitos por meio de exemplos práticos, situações do cotidiano e representações visuais. Isso ajuda os alunos a relacionar os conceitos matemáticos com a realidade. Resolução de problemas: uma abordagem eficaz na transposição didática em matemática é promover a resolução de problemas como estratégia de aprendizagem. Isso estimula o pensamento crítico, a aplicação prática dos conceitos matemáticos e o desenvolvimento de habilidades de resolução de problemas. Variedade de estratégias de ensino: para facilitar a compreensão e a aprendizagem dos alunos, é importante utilizar uma variedade de estratégias de ensino, como atividades práticas, jogos matemáticos, manipulativos e recursos tecnológicos. Isso ajuda a engajar os alunos. Adaptação ao nível dos alunos: a transposição didática na aulade matemática também requer a adaptação do conteúdo ao nível de desenvolvimento e conhecimento dos alunos. 2.2. Importância da Transposição Didática na aula de Matemática A transposição didática desempenha um papel fundamental no ensino de matemática, pois permite a adaptação e transformação dos conceitos matemáticos complexos em conhecimento acessível e significativo para os alunos. Algumas das razões pelas quais a transposição didática é importante no ensino de matemática: Construção de significados: a transposição didática ajuda a construir significados e tornar os conceitos matemáticos mais compreensíveis para os alunos, permitindo que eles se conectem com o conteúdo de maneira mais concreta. 7 Facilitação da aprendizagem: ao adaptar os conceitos matemáticos à realidade dos alunos, por meio de exemplos práticos, situações do quotidiano, a transposição didática facilita a compreensão e a aprendizagem dos conteúdos matemáticos. Estímulo ao pensamento crítico: a transposição didáctica na aula de matemática envolve a resolução de problemas e o desenvolvimento de habilidades de raciocínio lógico, o que estimula o pensamento crítico. Promoção da cultura matemática: ao adaptar os conceitos matemáticos de forma acessível e envolvente, a transposição didática contribui para promover uma cultura matemática nas salas de aula, incentivando os alunos a valorizarem a matemática. Adequação ao nível dos alunos: A transposição didática também é importante para adaptar os conteúdos matemáticos ao nível de desenvolvimento e conhecimento dos alunos, garantindo que o ensino seja eficaz. 2.3. Desafios da Transposição Didática na aula de Matemática 1º. Dificuldade de adaptação: adaptar conceitos matemáticos complexos para uma linguagem mais acessível e compreensível para os alunos pode ser um desafio, pois requer uma compreensão profunda desses conceitos e a habilidade de simplificá-los sem perder a essência matemática. 2º. Variação de níveis de conhecimento: em uma sala de aula, os alunos têm diferentes níveis de conhecimento e habilidades matemáticas. O desafio é adaptar os conceitos de forma a atender às necessidades e capacidades individuais dos alunos, ao mesmo tempo em que mantém um nível de desafio adequado. 3º. Falta de recursos adequados: o ensino eficaz requer uma variedade de recursos, como materiais de apoio, actividades práticas e ferramentas digitais. No entanto, muitas vezes os professores enfrentam a falta de recursos adequados para realizar a transposição didáctica de maneira eficiente. 4º. Resistência dos alunos: alguns alunos podem resistir a aprender matemática, especialmente quando os conceitos são apresentados de forma complicada ou não relacionados ao mundo real. 5º. Acompanhamento e avaliação: a transposição didática requer um acompanhamento e avaliação adequado dos alunos para verificar se os conceitos estão sendo compreendidos 8 corretamente e se os objetivos de aprendizagem estão sendo alcançados. O desafio está em desenvolver estratégias e instrumentos de avaliação que sejam adequados para medir a compreensão e o progresso dos alunos. 2.4. O papel do professor e do aluno na Transposição Didáctica na aula de Matemática Na transposição didática na aula de Matemática, o papel do professor é planejar, mediar, selecionar metodologias e recursos, avaliar e acompanhar o progresso dos alunos. Já o papel do aluno é participar activamente, construir conhecimento, refletir e resolver problemas, receber feedback e autoavaliar-se para progredir na aprendizagem Matemática. 2.5. Tipos De Transposição Didáctica Chevallard (1985, cit. em Flemming, 2011) distingue dois tipos de transposição didáctica: stricto sensu e lato sensu. Quando as transformações são em sentido restrito, isto é, em relação a um determinado conteúdo, dizemos que é uma transposição do tipo stricto sensu. Quando estamos diante de um contexto mais amplo, sem um olhar específico para um objeto matemático, dizemos que estamos diante de uma transposição didática lato sensu. (Flemming, 2011). 9 3.0. Conclusão Ao realizar a transposição didática, o professor consegue superar as diferenças entre o conhecimento especializado da matemática e o conhecimento dos alunos, possibilitando a construção de um aprendizado mais efectivo e significativo. Além disso, a transposição didática também estimula o engajamento e a participação activa dos estudantes, uma vez que os conteúdos são apresentados de forma mais acessível e relacionados à realidade deles. Portanto, a transposição didática na aula de matemática desempenha um papel fundamental para garantir que os alunos tenham a oportunidade de compreender e aplicar os conceitos matemáticos, promovendo assim uma aprendizagem mais efectiva e duradoura. 10 4.0. Referências Bibliográficas Alkimim, E., & Paiva, M. A. (12 de 2012). A transposição didáctica e o conceito da função. pp. 39 - 51. doi:2236-2150 Bifi, C. (14 de 01 de 2024). Matemática e Estatística. Obtido em 18 de 03 de 2024, de www.linkedin.com: https://www.linkedin.com/pulse/transposi%C3%A7%C3%A3o- did%C3%A1tica-na-matem%C3%A1tica-uma-abordagem-e-bifi-dr-- wndaf/?originalSubdomain=pt Flemming, D. M. (2011). Prática de Ensino de Matemática I. Palhoça: UnisulVirtual. Obtido em 18 de 03 de 2024, de https://estudante.ifpb.edu.br/media/cursos/9/disciplina/Pr%C3%A1tica_de_Ensino_1.pdf Vieira, F. R. (2011). Didáctica da Matemática. Fortaleza: UAB/IFCE. Obtido em 17 de 03 de 2024, de https://www.google.com/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Feducapes.capes.gov.br%2Fbits tream%2Fcapes%2F430187%2F2%2FDid%25C3%25A1tica%2520Matem%25C3%25A 1tica.pdf&psig=AOvVaw27zCCU- XmBOCnv9dBWjJjC&ust=1710893001116000&source=images&cd=vfe&opi=8997844 9&ved=0CAgQrpoM
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