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ENSINO DA HISTÓRIA DE MOÇAMBIQUE PASSADO E PRESENTE

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Miguel Sardinha
ENSINO DA HISTÓRIA DE MOÇAMBIQUE PASSADO E PRESENTE
 
Universidade Mussa Bin Bique
Nampula, 2020
Miguel Sardinha
ENSINO DA HISTÓRIA DE MOÇAMBIQUE PASSADO E PRESENTE
 
Docente: 
Universidade Mussa Bin Bique
Nampula, 2020
Trabalho de a ser submetido ao Departamento de Gestão e Contabilidade, Didáctica de História, Curso de Licenciatura em Ensino de História com Habilitações em Geografia, Ensino a Distância, 2020
 
Índice
I.	INTRODUÇÃO	4
II.	OBJECTIVO GERAL	4
II.I. OBJECTIVOS ESPECÍFICOS	4
III.	METODOLOGIA	4
1.	ENSINO DA HISTÓRIA EM MOÇAMBIQUE DO PASSADO AO PRESENTE	5
1.1.	HISTÓRIA DE MOÇAMBIQUE: ENSINO DO PASSADO E DO PRESENTE	5
1.1.1.	Passado Histórico de Moçambique	6
1.1.2.	Presente Histórico de Moçambique	8
1.2.	IMPORTÂNCIA DO ENSINO DA HITÓRIA DE MOÇAMBIQUE	9
IV.	CONCLUSÃO	11
V.	BIBLIOGRAFIA	12
iii
I. INTRODUÇÃO
Este trabalho de pesquisa surge com a necessidade de abordar em volta do ensino de História em Moçambique, tento como perspectiva de dois momentos históricos: passado e presente. Como é sabido por todos, a História não é apenas o conhecimento do passado. É uma ciência que interpreta e localiza no tempo os acontecimentos importantes da vida dos povos, dos homens e das ideias. Para atingir esse fim, interpreta fontes históricas, julga sobre sua autenticidade e liga-se a outras ciências que, em posição paralela, também estudam o homem nos seus mais diversos aspectos.
Portanto, tomando em consideração a conjuntura actual do ensino de História de Moçambique, é importante que desenvolvamos vários conceitos e estratégias pedagógicas para podermos reformular não só o ensino de História, mais das demais áreas da Educação, para que possamos entender de facto a importância da História como elemento transformador de uma sociedade opressora que seja capaz de desenvolver uma nova pedagogia do oprimido, para que através da educação possamos mudar a História da humanidade.
 
II. OBJECTIVO GERAL
Como vista a melhor delimitação das minhas abordagens, este trabalho tem como objectivo geral: Analisar o ensino da História de Moçambique, no passado e presente.
II.I. OBJECTIVOS ESPECÍFICOS
Por sua vez, para a materialização do objectivo geral traçado acima, este trabalho contempla os seguintes objectivos específicos:
· Definir os conceitos de história;
· Caracterizar o ensino de história em Moçambique;
· Enumerar acontecimentos históricos do passado e presente de Moçambique; e
· Mencionar a importância do estudo da História de Moçambique.
III. METODOLOGIA
Para a elaboração deste trabalho obedeceu certos critérios metodológicos, sendo os quais que ajudaram de forma significativa no encontro dos objectivos emanados acima. Daí que, sendo a pesquisa exploratória, para a obtenção das informações contidas neste trabalho, pelas consultas de fontes bibliográficas e, em vista a organização lógica, o trabalho foi estruturado baseando-se na ordem: introdução, desenvolvimento e conclusão.
1. ENSINO DA HISTÓRIA EM MOÇAMBIQUE DO PASSADO AO PRESENTE
Inicialmente, quando abordamos o ensino de história dentro da realidade moçambicana, sabemos que estamos tratando de um assunto bem complexo e que merece muita atenção. Pois começamos questionando o que ensinar em uma sociedade multicultural, onde existem valores e percepções sociais diferentes. Não obstante, temos connosco o objectivo de despertar nos alunos o gosto pelo ensino de história, vindo a contribuir significativamente para tornar a escola um lugar de descoberta e de significado, sinónimo de novo, onde o educador não venha a levar um conhecimento de fora para dentro, mas sim, despertar no aluno o que ele já sabe, contribuindo para a formação de cidadãos conscientes e que tenham compreensão de seu quotidiano, sujeitos da história, proporcionando a oportunidade de resgatar a sua história.
Através dos argumentos acima, podemos entender que como seres humanos, estamos em construção e não podemos deixar de perceber que a nossa sociedade está passando por mudanças, e essas mudanças estão chegando à escola. Estamos vivendo numa época de quebra de paradigmas, nossos alunos estão chegando às escolas com conceitos e valores diferentes daqueles que os professores foram educados, causando de certa forma um descompasso entre a realidade em que o professor foi educado e a realidade em que os alunos vivem hoje. Quando analisamos o contexto escolar, podemos reflectir sobre o distanciamento entre a vivência do aluno e a forma que o professor tende a passar determinados conteúdos, o dinamismo vivenciado pelo aluno está fora da realidade transmitida pela maioria dos professores de história, que tendem a ensinar uma “história estrangeira”.
1.1. HISTÓRIA DE MOÇAMBIQUE: ENSINO DO PASSADO E DO PRESENTE
“Como ligar o ensino de história à preocupação com o presente e com o futuro que os adolescentes podem experimentar? Essas questões colocam-se na realidade porque a história, aquela que os historiadores contam e tentam explicar e interpretar parece estrangeira ao que os homens fazem e experimentam. Para Morin (2002: 369), é essa estranheza da história que é necessário questionar inicialmente e, em seguida, tentar argumentar em favor da disciplina histórica mostrando que esse distanciamento da história com relação à vida é, na verdade, constituído do conhecimento histórico.” (MORIN,2002: 369)
Na sociedade actual, percebemos a necessidade de um profissional actualizado e motivado para realizar uma nova prática educativa no ensino de História, que esteja apto a compreendê-la no seu fazer quotidiano, em que os sujeitos não são apenas agentes passivos diante da estrutura. Ao contrário, trata-se de uma relação em contínua construção, de conflitos e negociações em função de circunstâncias determinadas. 
Com a nova e extravagante revolução dos meios tecnológicos, o professor de história está sentindo a necessidade de mudanças urgentes. Para este autor, existem causas externas e internas que estimulam a mudança na função do professor. Podemos citar como causas externas: mudanças na sociedade, revolução científica e mudanças na cultura de uma época (MORIN,2002: 369). Como causas internas, podemos citar o esgotamento de teorias e modelos tradicionais, que levam a buscar novas alternativas, envolvimento dos alunos com os meios de comunicação e a exigência de salas de aulas que venham a contribuir com essa realidade (MORIN,2002: 369).
1.1.1. Passado Histórico de Moçambique
A história de Moçambique começa com as migrações Bantu que ultrapassaram o rio Rovuma em direcção ao Maputo, e que cem anos mais tarde chegaram à região de Manica, tiveram o seu início no primeiro milénio antes da nossa era. Estes povo alimentava-se principalmente através da recolecção e da caça, mas conheciam já a agricultura e a criação de gado, do boi e da cabra. Aqui podemos destacar que, a forma como estavam organizados e produziam, e como a descoberta da técnica de trabalho do ferro e sua expansão vão constituir um factor decisivo de desenvolvimento económico, político e social. É no processo deste desenvolvimento que as famílias alargadas se vão unir aos clãs e, com as guerras, os clãs vão originar as tribos. Ao mesmo tempo, a utilização de instrumentos de ferro na produção levou ao aparecimento de excedentes que permitiram o inicio das trocas entre os vários grupos Bantu e, gradualmente, ao aparecimento de uma classe dominante que se apodera, em seu benefício, desses excedentes, enriquecendo cada vez mais. 
A partir deste momento, a sociedade dividiu-se assim em duas classes sociais: os explorados e os exploradores. Na História de África estudámos já de que maneira os Bantu se foram organizando em sociedades de exploração, em Estados. Os interesses dos exploradores, os chefes tribais e de clã, sobre a grande maioria da população,os produtores, exigiram esse novo tipo de organização política, económica e social cuja finalidade é a defesa e a manutenção do poder da classe dominante. Seguidamente, o Estado Zimbabwe começa a desenvolver-se no planalto do Zimbabwe e regiões circunvizinhas cerca do ano 1000 da nossa era. Atingiu o seu maior desenvolvimento a partir do ano 1200. É por esta altura que foram construídas as muralhas de pedra como as do Grande Zimbabwe ou as de Manyikeni. Através da exploração da actividade produtiva da população, a classe dirigente do Estado Zimbabwe tornou-se cada vez mais rica. Trocava ouro e outros metais, bem como marfim e peles de animais, com os comerciantes árabes que, entretanto, se tinham fixado nas regiões costeiras. Ao mesmo tempo, mais ao norte do planalto, junto ao vale do Zambeze, surgiu e desenvolveu-se o Estado Mwenemutapa.
Ademais, o comércio árabe começou a desenvolver-se a partir do século VII (7) do n.º., altura em que começaram a chegar à costa oriental da África navegadores vindos de diversas regiões da Asia. O seu objectivo era trocar produtos dos seus países ou das regiões por onde passavam, com produtos das terras africanas. Eles traziam panos de algodão, missangas, sal, louça e, levavam em troca o ouro, marfim, ferro, cobre e peles de animais. Por vezes levavam também escravos. As trocas não se faziam com dinheiro. Os produtos levados eram vendidos nos mercados asiáticos com grandes lucros, porque eram muito procurados.
Todavia, mais tarde, precisamente nos finais do século XV o Rei de Portugal organizou uma expedição chefiada pelo navegador Vasco da Gama, com o objectivo de descobrir o caminho por mar entre a Europa e a índia. Portanto, esta expedição parou em alguns pontos da costa actual do nosso Pais e, em 1498, chegou à Ilha de Moçambique. Os portugueses preocuparam-se desde logo em ocupar a Ilha de Moçambique, base que servia fundamentalmente para dar apoio aos navios que por ali passavam. Portanto, para facilitar o comércio, os portugueses começaram a reunir-se periodicamente em lugares fixos, onde os povos do interior iam levar os seus produtos. Esses locais de comércio eram chamados Feitorias. 
Os portugueses pretenderam, em fins do século XVI, controlar e colonizar as terras situadas ao longo do rio Zambeze. Introduziram para isso na região o chamado sistema dos prazos. Prazos eram grandes extensões de terreno que o governo português dava aos colonos vindos de Portugal ou de Goa, na índia (CABAÇO, 2010). Podemos dizer que a introdução deste sistema foi a primeira tentativa de colonização organizada feita pelos portugueses.
Todavia, a decadência política e económica do Mwenemutapa e a ameaça constante do Estado Rozwi, fez com que o comércio português perdesse rapidamente a sua importância inicial e descesse até aos mais baixos níveis de sempre. Isto obrigava os comerciantes a procurar novas fontes de riqueza e, deste modo, vão desenvolver o comércio de escravos, a escravatura (CABAÇO, 2010).
Tal como a história de Moçambique descreve, a sua chegada às regiões costeiras do actual território de Moçambique, tanto os árabes como os portugueses foram recebidos com grande hospitalidade pelas populações que as habitavam. Isto foi possível enquanto os navegadores estrangeiros não utilizaram as armas e o seu poderio para as, dominar e explorar. Todavia, a partir da altura em que se tornou claro que estes eram os seus objectivos, a luta de resistência dos antepassados do nosso povo passou a ser constante. Apesar das alianças que estabeleceram com as classes dominadas, os invasores tiveram sempre que enfrentar a oposição da grande maioria da população e de muitos dos seus dirigentes.
No entanto, depois de várias tentativas que o povo fazia, quando a resistência do povo moçambicano à ocupação militar portuguesa foi abafada pela força das armas, o colonialismo português passou à montagem da sua máquina de opressão colonial. Daí que, com a fundação da do movimento para a luta passou a ser diferente porque, baseada em toda a história do povo, a FRELIMO proclamou a unidade do Povo moçambicano do Rovuma ao Maputo como sendo um factor essencial para a vitória contra o colonialismo português. Por fim, foi em 25 de Junho de 1975 que foi proclamada a República Popular de Moçambique, fruto da resistência do nosso povo contra todas as formas de exploração, Estado de trabalhadores para trabalhadores, dando fim os longos anos de opressão e obscurantismo. 
1.1.2. Presente Histórico de Moçambique
Como vimos na descrição acima, foi graças a proclamação da independência de Moçambique em 25 de Junho de 1975 que nasce uma nova imagem de administração que, de modo a compreender as características da sua evolução remete-nos a dividir em três momentos nomeadamente: a Primeira República, a Segunda República e a Terceira República.
· Primeira República
Neste momento visualiza-se com a proclamação da independência em 1975 e é anunciada pelo presidente Samora Moisés Machel, na óptica dos acordos definidos em 7 de Setembro de 1974, como República Popular de Moçambique pela Constituição de 1975 e vai até 1986 com a morte do mesmo presidente.
Tal como descreve Rocha (2001: 81), a Constituição de 1975 definia em princípios gerais a dependência da política do Estado à máquina da FRELIMO e determinava uma imposição o sistema de partido único. Consequentemente, com o auge do terceiro Congresso da FRELIMO realizado em Fevereiro de 1977 preconiza a linha Marxista – Leninista do Governo moçambicano e determinava que Moçambique seria um país Socialista. 
Na categoria hierárquica governativa estava no topo o Presidente da República; ao nível central: os Ministros; ao nível da base: os Governadores Provinciais, os Administradores Distritais, os Chefes dos Postos Administrativos e Chefes das Localidades. Ademais, o pressuposto da política do "Homem Novo" levou a tendências de reorganização social, (CABAÇO, 2010: 284), refere que com esta política introduzida, o Governo daquela altura esperava a desestruturação das principais referências tradicionais (ritos, símbolos, relações de parentesco, hierarquia linhageira, etc.). Porém, relacionados a outros factores estratégicos para a defesa da independência as autoridades tradicionais, os régulos, foram excluídos da administração pública. Este Governo era suportado por um Conselho de Ministros constituído por quinze ministérios e o presidente da República era o Chefe do Governo. 
· Segunda República 
Por sua vez, neste momento é introduzida pelo Presidente Joaquim Alberto Chissano. Esta república vai até 1992, ano da assinatura dos Acordos de Paz de Roma. A República foi marcada pela mudança da Constituição em 1990 que, operou profundas alterações na administração pública. A transição do sistema socialista para o capitalista arrastava consigo a saída do monopartidarismo para multipartidarismo à luz dos acordos tidos. Nascia assim, um Estado de Direito ajustado na divisão tripartida de poderes (Executivo, Legislativo e Judicial), cria condições para a transformação, em 1995, da Assembleia Popular para Assembleia da República como também o princípio da descentralização que através de Leis avulso, em 1998 manifestou-se nas autarquias locais (vulgos Municípios).
· Terceira República 
Por fim, neste momento inicia no ano de 1994 com a concretização das primeiras Eleições Gerais por meio de voto directo e secreto. Alguns avanços desta administração destacam-se a existência de três Poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário com os seus respectivos presidentes; a nova Constituição de 2004 que aprofundou a descentralização e desconcentração do poder tendo ditado por via de Leis avulso a alteração dos Conselhos Executivos para Governos Distritais em tabela as secretarias Distritais e a figura do Secretário Permanente; criação de novos Distritos e reconhecimento das Autoridades Tradicionais.
1.2. IMPORTÂNCIA DO ENSINO DA HITÓRIA DE MOÇAMBIQUE
Como podemos notar durante a abordagem dos vários acontecimentos históricos de Moçambique, podemos compreender, claramente, que nas sociedadescontemporâneas, a História tem um importante papel. A História é, mais do que a “mestra da vida” como a definiu Heródoto, um conhecimento que se pode utilizar como justificação do presente. 
Como é característico, vivemos no seio de sociedades que utilizam a História para legitimar acções políticas, culturais e sociais, o que não é nenhuma novidade. Neste texto, não queremos colocar em questão a utilidade ou a utilização da História; não discutimos esta utilidade do estudo do passado entre as sociedades ocidentais. O que apontamos é a utilidade do estudo da História para a formação integral (intelectual, social e afectiva) das crianças e adolescentes. 
Porém, a presença da História na educação se justifica por muitas e variadas razões. Além de fazer parte da construção de qualquer perspectiva conceitual no marco das Ciências Sociais, ela tem, do nosso ponto de vista, um interesse próprio e auto-suficiente como disciplina de grande potencialidade formativa. Entre outras possibilidades, seleccionamos as que seguem, entendendo que o estudo da História pode servir para:
· Facilitar a compreensão do presente, uma vez que não há nada no presente que não possa ser melhor compreendido através do passado. 
· Preparar os alunos para a vida adulta. 
· Despertar o interesse pelo passado, o que indica que a História não é sinónimo de passado. Potencializar nas crianças e adolescentes um sentido de identidade. 
· Ajudar os alunos na compreensão de suas próprias raízes culturais e da herança comum. 
· Contribuir para o conhecimento e a compreensão de outros países e culturas do mundo actual. 
· Contribuir para o desenvolvimento das faculdades mentais por meio de um estudo disciplinado;
· Introduzir os alunos em um conhecimento e no domínio de uma metodologia rigorosa, própria dos historiadores. 
· Enriquecer outras áreas do currículo, uma vez que o alcance da História é imenso; 
Contudo, como é possível notar acima, há muitas disciplinas que não se podem estudar sem conhecer algo da História e de sua história. Para Rocha (2001), todos estes elementos configuram um mundo rico em possibilidades formativas, que podem tomar diferentes formas conceituais, plenamente coerentes com os limites e conteúdos das Ciências Sociais no contexto da educação. 
De forma analítica, podemos notar que o desempenho do professor de História hoje, em sala de aula, na maioria das vezes, é menosprezado e ignorado pelos próprios alunos, pois o contexto em que vivem é totalmente diferente da vivência do professor, do seu método e conteúdo. No entanto, diante desta circunstância, é necessário encarar essa prática como algo desafiador, pois vivemos em um sistema que exige mudança, mas que não está preparado para amparar e motivar o professor a encontrar alternativas para superar esses desafios e cativar os alunos a perceberem o ensino de História como algo transformador e essencial, a fim de termos uma sociedade justa e igualitária.
IV. CONCLUSÃO
De acordo com as abordagens desenvolvidas ao longo deste trabalho, podemos concluir que na sociedade actual, percebemos a necessidade de um profissional actualizado e motivado para realizar uma nova prática educativa no ensino de História, que esteja apto a compreendê-la no seu fazer quotidiano, em que os sujeitos não são apenas agentes passivos diante da estrutura. Ao contrário, trata-se de uma relação em contínua construção, de conflitos e negociações em função de circunstâncias determinadas. 
Com a nova e extravagante revolução dos meios tecnológicos, o professor de história está sentindo a necessidade de mudanças urgentes. Para este autor, existem causas externas e internas que estimulam a mudança na função do professor. Podemos citar como causas externas: mudanças na sociedade, revolução científica e mudanças na cultura de uma época (MORIN,2002: 369). Como causas internas, podemos citar o esgotamento de teorias e modelos tradicionais, que levam a buscar novas alternativas, envolvimento dos alunos com os meios de comunicação e a exigência de salas de aulas que venham a contribuir com essa realidade (MORIN,2002: 369).
Em termos de sua importância, é possível notar através dos conteúdos presentes neste trabalho que, há muitas disciplinas que não se podem estudar sem conhecer algo da História e de sua história. Para Rocha (2001), todos estes elementos configuram um mundo rico em possibilidades formativas, que podem tomar diferentes formas conceituais, plenamente coerentes com os limites e conteúdos das Ciências Sociais no contexto da educação. 
De forma analítica, podemos notar que o desempenho do professor de História hoje, em sala de aula, na maioria das vezes, é menosprezado e ignorado pelos próprios alunos, pois o contexto em que vivem é totalmente diferente da vivência do professor, do seu método e conteúdo. No entanto, diante desta circunstância, é necessário encarar essa prática como algo desafiador, pois vivemos em um sistema que exige mudança, mas que não está preparado para amparar e motivar o professor a encontrar alternativas para superar esses desafios e cativar os alunos a perceberem o ensino de História como algo transformador e essencial, a fim de termos uma sociedade justa e igualitária.
V. BIBLIOGRAFIA
CABAÇO, José Luís. (2010). Moçambique Identidades, Colonialismo e Libertação, Mambique, Maputo
FERNÁNDEZ. Fátima Addine. (1998). Didática y optimización del processo de enseñanza aprendizaje. IN: Instituto Pedagógico Latinoamericano y Caribeño – La Havana – Cuba
ROCHA, Aurélio. (2001). Moçambique Historia e Cultura, Textos Editores, Moçambique

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