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Caderno Materiais Dentarios I

Prévia do material em texto

Classe:
➢ molares, pré-molares, caninos ou incisivos.
Tipo:
➢ central, lateral, primeiro, segundo ou
terceiro.
Arcada:
➢ superior ou inferior.
Posição:
➢ esquerda ou direita.
Conjunto:
➢ permanente ou decíduo.
Notação dentária:
Faces livres:
➢ faces que não tem contato com outros
dentes na mesma arcada.
➢ vestibular, lingual (arcada inferior) ou
palatal (arcada superior).
➢ são divididas em terços na vista frontal: em
sentido horizontal (terço mesial, médio e
distal) e vertical (incisal, médio e cervical).
Faces proximais:
➢ faces que estão em contato com os dentes
vizinhos.
➢ mesial e distal.
➢ são divididas em terços: em sentido
horizontal (terço vestibular, médio e lingual)
e vertical (oclusal ou incisal, médio e
cervical).
Face oclusal:
➢ face voltada para o arco antagonista nos
dentes posteriores.
➢ dividida em terços: no sentido mésio-distal
(terço mesial, medial e distal) e
vestíbulo-lingual (terço vestibular, médio e
lingual).
Face incisal:
➢ formada pelo encontro das faces vestibular
e lingual dos dentes anteriores.
Linha do colo anatômico:
➢ é uma linha contínua e sinuosa que divide
o dente em coroa e raiz.
Bordas:
➢ segmentos que delimitam a transição entre
as faces dentais.
➢ levam o nome das faces que são
delimitadas.
Cristas marginais:
➢ saliência de esmalte.
➢ são importantes estruturas de reforço.
➢ nos dentes anteriores estão localizadas
nas margens da face lingual, se
estendendo da borda incisal ao cíngulo.
➢ nos dentes posteriores localizam-se nos
terços proximais da face oclusal e unem as
cúspides linguais às vestibulares.
Patológica:
➢ destruição do esmalte ou dentina.
Terapêutica::
➢ preparo cavitário: a execução dos
procedimentos restauradores, na maioria
dos casos, é precedida pelo preparo de
cavidades, de forma a remover o tecido
cariado e/ou conferir características
compatíveis com o material restaurador
selecionado.
D� acord� co� � númer� d� face� envolvida�
Simples:
➢ uma face envolvida.
Composta:
➢ duas faces envolvidas.
Complexa:
➢ três ou mais faces envolvidas.
D� acord� co� a� face� envolvida�
Simples: ex: oclusal (O).
Composta: ex: ocluso-distal (OD).
Complexa: ex: mésio-ocluso-distal (MOD);
mésio-ocluso-disto-vestibular (MODV).
D� acord� co� � extensã� d� cavidad�
Intracoronária:
➢ sem envolver cúspide. Ex: inlays.
Extracoronária parcial:
➢ envolve uma ou mais cúspide. Ex: onlays.
Extracoronária total:
➢ envolve todas as cúspides. Ex: coroa total.
Classificaçã� d� Blac�
➢ busca a padronização da classificação.
Classe I:
➢ cavidades em regiões de fóssulas e fissuras.
➢ nas faces oclusais de molares e
pré-molares e ⅔ oclusais das faces
vestibulares oi lingual/palatal de molares.
Classe II:
➢ cavidades que envolvem as faces proximais
de dentes posteriores.
➢ podem envolver outras faces do dentes
simultaneamente.
Classe III:
➢ envolvem as faces proximais de dentes
anteriores SEM comprometimento da borda
incisal.
Classe IV:
➢ envolvem as faces proximais de dentes
anteriores COM comprometimento da
borda incisal.
Classe V:
➢ localizadas o terço cervical, nas faces
vestibulares e lingual/palatal de qualquer
dente.
Nomenclatur� da� parede� da� cavidade�
Circundantes:
➢ são as paredes laterais da cavidade,
definindo seu contorno e extensão.
➢ recebem o nome da face a que
correspondem.
➢ vestibular, lingual/palatal, mesial, distal.
Fundo:
➢ correspondem ao soalho da cavidade,
definindo a profundidade.
➢ pulpar: parede perpendicular ao longo eixo
do dente e a paralela à face oclusal.
➢ axial: parede paralela ao longo eixo do
dente.
Material restaurador:
➢ substância metálica, cerâmica,
metalocerâmica ou resinosa usada para
substituir, reparar ou reconstruir dentes
e/ou melhorar a estética.
➢ deve ser biocompatível; aderir
permanentemente à estrutura dentária ou
ao osso; reproduzir a aparência natural da
estrutura dentária e dos demais tecidos
visíveis; exibir propriedades semelhantes
àquelas do esmalte, dentina e outros
tecidos e, ser capaz de iniciar a reparação
tecidual ou a regeneração de tecidos
perdidos ou danificados.
Provisória�
➢ curtas, intermediárias e até longas
durações.
→ Exemplos incluem cimentos provisórios para fixação,
cimentos provisórios ou outros materiais restauradores, fios
ortodônticos e resinas acrílicas usadas para inlays, onlays,
coroas e próteses fixas provisórias abrangendo dois ou mais
elementos dentários. Outros materiais acessórios incluem
ceras, gessos, godiva e guta-percha.
Materiais:
➢ cimento de óxido de zinco e eugenol:
restaurações provisórias de curto prazo
com algumas atividades terapêuticas; pode
ser uma forma reforçada (IRM), alongando o
período.
➢ cimento de ionômero de vidro (CIV): adere
no substrato lingual, com duração superior
podendo ser usado para restaurações
definitivas.
Definitiva�
Diretas:
➢ intra-oral.
➢ vantagens: custo acessível, simplicidade da
técnica, estética favorável, redução no
número de consultas.
➢ desvantagens: manejo do paciente como
salivação e abertura de boca.
⇨ Materiais:
➢ resinas compostas; matriz
orgânica e partículas de carga.
Polimerizam por uma fonte de
luz. Precisa de um adesivo
dentinário.
➢ amálgama: liga dentária com boas
propriedades mecânicas, entretanto não
tem uma estética agradável.
Indiretas:
➢ extra-oral, produzidas fora da boca do
paciente.
➢ em laboratório ou no próprio consultório
odontológico.
➢ vantagens: excelente propriedades
mecânicas; estética favorável; exclui
algumas dificuldades de manejo do
paciente.
➢ desvantagens: maior número de consultas.
⇨ Materiais:
➢ cerâmicas: pode ser usada pura ou junto
com outro metal.
➢ metais: usados de forma fundida para
confeccionar próteses. Podem ser total ou
ser uma infraestrutura.
Restaurações provisórias indireta:
➢ resina acrílica: diferenciam na forma que
iniciam a polimerização
(autopolimerizáveis ou termopolimerizáveis)
Outro termos:
- Pt: prótese total.
- Ppr: prótese parcial removível
- Endodontia: tratamento de canal.
- Retentor intrarradicular (pino).
- Núcleo.
- Implante.
- Faceta.
- Lente de contato.
- Fotopolimerizador: material
fotopolimerizável.
- ART: tratamento restaurador
atraumático.
- Prótese totalmente cerâmica.
- Prótese metalocerâmica: envolve
dois materiais.
- biomateriais: naturais ou
sintetizados em laboratório.
Obs: todo material é polimérico, metálico ou cerâmico, podendo haver
combinação entre esses em determinados objetos.
propriedades
➢ qualquer atributo de um objeto (material) que vai
definir a aparência e o comportamento (físico,
químico ou biológico).
➢ dados obtidos através de testes (como tração e
flexão), que resultam na coleta de dados e
consequente determinação da propriedade.
propriedades físicas
Térmica:
➢ comportamento do material quanto posto em
determinadas temperaturas.
➢ determina se é condutor ou isolante.
➢ relação direta com o coeficiente de equação
térmica, calculando o quanto o material se
contrai ou dilata.
Óptica:
➢ interação do material em relação a ondas
eletromagnéticas, obtendo sua cor, fluorescência
e radiopacidade.
Mecânica:
➢ comportamento relativo quando aplicada força.
➢ obtém-se a resistência e módulo de elasticidade
(rigidez).
resistência
➢ nível máximo de tensão que o material exibe
quando ocorre a fratura.
Força:
➢ aquilo externo que pode alterar o estado de
repouso ou de movimento de um corpo.
➢ F= m x a (aceleração do Planeta Terra 9.8).
Tensão:
➢ é a força pela unidade de área atuando em
milhões de átomos ou moléculas em um dado
plano de material.
➢ reação interna do corpo à força aplicada.
➢ quando a tensão supera a reação da carga
aplicada, ter-se-á o aparecimento de
deformações. Toda tensão gera uma deformação.
➢ cálculo: é a força por unidade de área de um
material submetido a ação de uma carga.
➢ N/mm2 = MPa (Mega Pascal)
Obs: tensão aumenta na medida que a área diminui.
➢ dependendo do sentido da força, pode-se ter
diferentes tipos de tensão:
⤿ sentidos oposto → tração. Alonga.⟵⟶
⤿ sentido convergente (uma a outra) →
compressão. comprime ou encurta.⟶⟵⤿ sentido paralelo → cisalhamento/torção.
Deslizamento de uma porção do corpo sobre a
outra. ⟶⟵
⤿ combinação entre as forças de tração (inf.) e
compressão (sup.) → flexão.
Obs: geralmente os materiais suportam mais forças de tensão do que
de compressão.
Deformação:
➢ variação do comprimento em relação ao
comprimento inicial.
➢ elástica: reversível, quando se remove a carga,
não existe deformação permanente.
Proporcional a tensão.
➢ plástica: irreversível, permanente, permanece
após remoção da carga.
RMT: resistência máxima à tração.
Limite elástico: tensão máxima que o material suporta sem ter
alterações permanente. → até o limite proporcional (LP).
Quando a tensão induzida ultrapassa o limite proporcional,
uma deformação plástica é verificada e o fio não mais se
recupera, permanecendo entortado, esticado ou comprimido.
Módulo de elasticidade: descreve a rigidez do material,
sendo medida pela inclinação da região elástica do
gráfico.
Obs: a tensão de tração ou de compressão, abaixo do LP, dividida
pelo valor correspondente de deformação representa uma
constante de proporcionalidade conhecida como módulo de
elasticidade ou de Young.
→ fragilidade: refere-se a incapacidade de se
deformar permanentemente. Assim, se fratura sem
apresentar grandes alterações, como o vidro.
Obs: esses materiais suportam pouca ou nenhuma deformação
plástica antes de se fraturar. Em outras palavras, um material
friável fratura muito próximo ou no seu limite de proporcionalidade
1°: não sofre deformação permanente, sendo mais resistente e
rígido, com menos modulações elásticas. Quando um material
suporta tensões provocando somente deformações elásticas e não
plásticas diz-se que se enquadra na Lei de Hooke.
Demais: apresentam muitas modulações elásticas antes de se
fraturar.
obs: borracha com baixo índice de elasticidade.
→ flexibilidade: capacidade de suportar
deformações elásticas;. Ex: fio ortodôntico, materiais
de moldagem.
Obs: um material é chamado flexível quando sofre grandes
deformações elásticas sob a ação de tensões pequenas.
→ ductilidade e maleabilidade: capacidade de
suportar modulações elásticas sem fraturar, sob a
ação de forças de tração (ductilidade) ou
compressão (maleabilidade).
Obs: uma propriedade que diminui com o aumento da
temperatura.
Obs: cerâmica apresenta alto índice de elasticidade, assim, não
apresenta alterações permanentes..
Obs: na restauração, procurar materiais com índice de elasticidade
semelhante à dentina.
→ resiliência: quantidade de energia absorvida pela
estrutura quando tensionada até o limite
proporcional, ou seja, é a capacidade que um corpo
tem de absorver energia sem deformar-se
plasticamente. Ex: mola.
Obs: a resiliência de um material informa sobre a capacidade deste
resistir mais ou menos ao choque com outra substância. O
material com maior área de superfície possui maior resiliência,
sendo que a medida de resiliência nos informa sobre a tenacidade
de um material.
→ tenacidade: quantidade total de energia
absorvida até a fratura. Quanto maior for a
resistência e a ductilidade, maior será a tenacidade.
cor
➢ interação do material com a luz visível (pequena
parcela do espectro eletromagnético).
➢ cor visível pelo comprimento de onda que o
material está transmitindo.
Escalas:
Dimensões das cores:
➢ Matiz: são as cores puras, cores primárias, cor principal. Descreve
o tipo de cor dominante de um objeto. Por exemplo, na escala vita
se teria como matizes as cores A, B, C e D.
➢ Croma ou Saturação: são as tonalidades, as cores primárias
misturadas entre si e entre as cores secundárias. É o grau de
intensidade de um matiz. Quantidade de saturação do matiz em
uma cor. Por exemplo, na escala vita se teria como os índices
dentro dos matizes. A1, A2, A3, A3,5.
➢ Brilho ou Valor ou Claridade: é a opacidade ou luminosidade,
claridade ou escuridão de uma cor, que pode ser medida
independente da matiz. Descreve a reflectância ou luminosidade
total.
fluorescência
➢ absorção e conversão de luz de comprimento de
onda invisível (ultravioleta - a luz negra) em luz
visível.
➢ resinas compostas apresentam características de
fluorescência.
obs: escorpião apresenta luz fluorescente.
radiopacidade
➢ interação do biomaterial com a radiação X.
➢ radiopaco: bloqueia a radiação, aparecendo
branco.
Coeficiente de expansão térmica
➢ expressa o aumento de volume em função da
alteração de temperatura.
➢ dada pela expansão ou contração de um material
frente a uma temperatura.
➢ material restaurador deve ter coeficiente
semelhante ao do dente.
Alguns termos:
➢ "Smear Layer": também conhecida como lama dentinária ou
"smear on" uma camada de espessura variável (2 a 5 µm)
constituída de detritos dentais, restos bacterianos, sangue,
colágeno, óleo que se aderem às paredes cavitárias.
➢ "Smear Plug": também conhecida como "smear in", são tampões
de lama dentinária localizada dentro dos túbulos dentinários.
➢ "Tags": são prolongamentos de resina adesiva localizados dentro
dos túbulos dentinários.
➢ Camada Híbrida ou Zona de Interdifusão: é uma camada ácido
resistente formada pelo entrelaçamento de componentes da
dentina com o adesivo a nível molecular, encapsulando os
cristais de hidroxiapatita, selando a superfície contra a
microinfiltração, além da potencial ação protetora para o tecido
pulpar ou é a camada criada pela penetração e posterior
polimerização de monômeros adesivos por entre as fibras
colágenas expostas após a remoção e/ou modificação da "smear
layer" e desmineralização superficial da dentina.
➢ tixotrópico: um líquido do tipo que se torna menos viscoso e
mais fluido sob a ação de uma força tipo pressão. Esse
tixotropismo é benéfico uma vez que, por exemplo, o material de
moldagem não escoa da moldeira até que esta seja posicionada
sobre os tecidos dentais.
➢ Creep; é a deformação plástica que um corpo sofre num
determinado tempo, pela ação de uma carga estática ou tensão
constante; ou é o escoamento de um material após a
cristalização do mesmo. Ocorre à medida que a temperatura se
aproxima de algumas centenas de graus de seu ponto de fusão.
Por isso que os metais empregados na odontologia para a
confecção de restaurações fundidas possuem ponto de fusão
bem mais alto que a temperatura da boca, assim, não são
susceptíveis ao creep. A única exceção é o amálgama que possui
o seu ponto de fusão ligeiramente acima da temperatura
intra-oral.
➢ Flow: é o escoamento que o material sofre antes da cristalização
do mesmo.
➢ Galvanismo: a presença de diferentes materiais metálicos na
cavidade bucal pode provocar uma corrente elétrica que produz
sensibilidade. Por exemplo, restaurações de ouro e de amálgama
em contato.
 
Amálgama dental 
 
 
AMÁLGAMA DENTAL 
 
Definição de Amálgama Dentário: 
 idealizado em 1885 por Black. 
 material restaurador direto, formado pela mistura 
do mercúrio líquido com partículas sólidas de 
uma liga metálica. 
 
Composição 
 
Apresenta de diversas formas no mercado, entretanto os 
principais componentes são: prata, cobre, estanho e 
zinco. 
 
 é o principal constituinte da liga (40 a 70%). 
 aumento da resistência da restauração. 
 diminui o escoamento sob ação de cargas 
mecânicas. 
 desvantagem: aumento da expansão de presa. 
 
 corresponde a aproximadamente ¼ da 
composição. 
 facilita a mistura da liga com o mercúrio. 
 vantagem: auxilia na redução da expansão de 
presa da prata. 
 desvantagem: redução da resistência e dureza da 
liga e aumento do escoamento. 
 
 as ligas podem conter alto ou baixo conteúdo de 
cobre. 
 vantagem: aumento da resistência e dureza. 
 desvantagem: diminui o escoamento e a 
corrosão. 
 
 existentes ligas com ou sem zinco. 
 auxiliar no processo de fabricação e atua como 
agente desoxidante durante a fusão da liga. 
 vantagem: melhora as propriedades mecânicas 
da liga. 
 desvantagem: produz um fenômeno chamado 
“expansão tardia” se houver contato com 
amálgama com água ou saliva. 
 
As ligas sem zinco são mais friáveis, e seus amálgamas 
tendem a ser menosplásticos durante a condensação e 
escultura. A função principal do zinco nas ligas do amálgama é 
a de desoxidação. Ele atua durante a fusão, unindo-se ao 
oxigénio para minimizar a formação de outros óxidos. O zinco 
pode ter alguns efeitos benéficos relacionados com a corrosão 
inicial e a integridade marginal, como mostrado em avaliações 
clínicas. Infelizmente, o zinco, mesmo em pequenas 
quantidades, causa uma expansão anormal do amálgama 
quando este é condensado na presença de umidade. 
 
 
 algumas ligas contém uma pequena quantidade 
de mercúrio, sendo chamadas de pré-
amalgamadas e possuem tempos de presa e de 
trabalho mais curtos. 
 vantagem: o seu processo de incorporação na 
liga resulta em redução da Expansão tardia. 
 
Morfologia das partículas 
 
 
 
 formato mais cúbico e irregular. 
 como são vários metais, esses são fundidos e 
colocados em uma forma, obtendo-se o lingote, 
o qual é moído, resultando em partículas de pó 
de diferentes tamanhos, os quais passam por 
peneiras de diferentes calibragens, resultando 
partículas de diferentes tamanhos. 
→ corte regular: 45 𝝁𝙢 
→ corte fino: 35 𝝁𝙢 
→ corte microfino: 26 𝝁𝙢 
 
 as partículas de corte regular e fino, possuem 
melhores características de manipulação, com 
restaurações com superfícies mais lisas. 
 
Quanto menor as partículas de pó, maior a quantidade de 
mercúrio necessária para o processo de amalgamação. afiado. 
Durante a escultura, as partículas maiores podem ser 
arrancadas da matriz, produzindo uma superfície áspera. Essa 
superfície provavelmente está mais suscetível à corrosão que 
uma lisa. 
 
 
 
 formatos de esfera. 
 obtidas também pela fundição, entretanto, essas 
passam pelo processo de atomização (borrifar 
dentro de um ambiente inerte, onde não há 
nenhuma interação química com o metal), 
resultando em partículas esféricas, as quais são 
peneiradas para obtenção de um tamanho 
específico. 
 vantagem: as partículas esféricas necessitam de 
menos mercúrio para o processo de 
amalgamação quando comparadas às partículas 
cúbicas. Isso se deve à área superficial. 
 
Observação: amálgama com menor conteúdo de 
mercúrio geralmente apresentam melhores propriedades. 
 
 
 
LIMALHA ESFEROIDAL 
Maior resistência à 
condensação. 
Menor conteúdo de mercúrio 
(menor área superficial). 
 
A distribuição do tamanho de partículas pode afetar as 
características da superfície da restauração após o 
polimento. 
 
 
Envolve partículas de limalha e esferoidal em uma única 
liga. Esféricas. Tendem a resistir melhor à condensação 
do que os amálgamas produzidos totalmente com 
partículas esféricas. 
 
Como os amálgamas de partículas esféricas são muito 
plásticos, o clínico não pode confiar na pressão de 
condensação para estabelecer o contorno proximal. Uma tira 
de matriz bem-contornada e uma cunha de madeira bem 
adaptada são fundamentais para evitar contornos proximais 
achatados, contatos impróprios ou excessos nas margens 
cervicais. A boa técnica exige uma tira de matriz, 
independentemente da resistência do amálgama à 
condensação. 
 
Amalgamação 
 
É o processo de mistura do mercúrio líquido com uma 
liga metálica para formar o amálgama, que 
posteriormente será anexado à estrutura do dente. 
Classificação das ligas de amálgama: 
 
 
Ag2Sn + Hg 
liga de amálgama (prata + estanho) + mercúrio 
 
Ag3Sn + Hg → Ag2Hg3 + Sn7Hg + Ag3Sn 
Fase γ Fase γ1 Fase γ2 Fase γ 
 
γ- gama; ε- épsilon; η- eta 
 
 nem todas as partículas são absorvidas durante a 
reação, a qual é finalizada quando todo o 
mercúrio e consumido, formando cristais. 
 fase γ1 (G1): durante a formação de cristais, o 
amálgama e relativamente plástico e de fácil 
condensação e escultura, ideal para implantação 
na estrutura dentária. 
 fase γ2 (G2): fase mais fraca, por conta do 
estanho. → amálgama rico de fase ℽ2 tem baixa 
resistência à compressão e à dureza, maior 
escoamento e tendência à maior corrosão. 
 fase γ (P): a quantidade de Hg não é suficiente ( 
resta em torno de 27% do composto original) 
→ ideal para a resistência. 
 
Geralmente, as fases γ (Ag3Sn) e γ1 pura (Ag2Hg3) são 
estáveis no meio oral. Entretanto, a fase γ1 no amálgama 
contém pequenas quantidades de estanho, que pode ser 
perdido em um ambiente corrosivo. A interface entre a fase γ 
e a matriz γ1 é importante. A alta proporção de fase γ não 
consumida não irá aumentar a resistência do amálgama, a 
menos que as partículas estejam aderidas à matriz. 
 
As propriedades físicas do amálgama endurecido 
dependem da porcentagem relativa das fases 
microestruturais. Quanto mais partículas de Ag-Sn não 
consumidas são retidas na estrutura final, mais resistente 
é o amálgama. 
 
Processo de cristalização: 
 
 
 
A: Dissolução da prata e do estanho dentro do mercúrio. B: Precipitação dos 
cristais γ1 no mercúrio. C: Consumo do mercúrio remanescente pelo 
crescimento dos grãos de γ1 e γ2. D: Presa final do amálgam 
 
Micrografia: 
 
 
 
Tomaram-se os materiais de preferência graças às suas 
propriedades mecânicas melhoradas, características de 
corrosão e melhor integridade marginal em avaliações 
clínicas, quando comparadas com as ligas tradicionais, de 
baixo teor de cobre. Há dois tipos de pós de ligas com 
alto teor de cobre. O primeiro é um pó de liga de fase 
dispersa, e o segundo é um pó de liga de composição 
única. Ambos contêm mais de 6% em peso de cobre 
 
Liga de Fase Dispersa: 
Composição: 
 dois tipos de partículas de pó: limalha e partículas 
esféricas. 
 ⅔ Liga convencional Ag2Sn (limalha) (Liga de 
amálgama - prata + estanho) 
 ⅓ Liga Eutética Ag2Cu2 (esférica) (prata + 
cobre) 
 
Observação: Eutética quer dizer que quando fundidos, os 
metais se misturam bem, entretanto na fase sólida, é 
possível ver a diferença. 
 
Ag3Sn + Ag3Cu2 + Hg → Ag2Hg + Sn7Hg + Ag3Sn + Ag3Cu2 
Fase γ eutética Fase γ1 Fase γ2 Fase γ eutética 
 
Sn7Hg + Ag3Sn → Ag2Hg3 + Cu6Sn5 
Fase γ2 eutética Fase γ Fase 𝜂 
 
Quando o mercúrio reage com o pó das ligas de fase dispersa, 
a prata proveniente da partícula da liga de prata-cobre se 
dissolve no mercúrio, da mesma forma que a prata e o 
estanho, provenientes das partículas prata-estanho se 
dissolvem ao se misturar com o mercúrio. O estanho em 
solução se difunde para as superfícies das partículas prata-
cobre da liga e reage com o cobre para formar a fase γ) 
(Cu6Sn5). Uma camada de cristais η se forma ao redor das 
partículas prata-cobre não consumidas da liga. A camada η da 
superfície das partículas da liga Ag-Cu também contém alguns 
cristais de γ1. 
 
→ redução substancial ou até prevenção da formação e 
Fase γ2. 
 
 
 
Liga de composição única: 
Composição: 
 cada partícula dessa liga contém a mesma 
composição química. 
 os componentes principais dessa liga são: prata, 
estanho e cobre. 
 o conteúdo de cobre varia de 13 a 30% em 
peso. 
 
Ag3Sn Cu3Sn 
Fase γ Fase ℇ 
 
: 
Ag3Sn + Cu3Sn] + Hg → Ag2Hg3 + Cu6Sn5 + partículas não reagidas 
Fase γ Fase ℇ Fase γ1 Fase 𝜂 
 
Na maioria das amálgamas de composição única, pouca 
ou nenhuma fase γ2 é formada. Assim, as ligas com alto 
teor de cobre, possuem propriedades mecânicas maiores 
que as com baixo teor. Se for formada fase γ2, ocorre 
essa reação: 
Fase γ2 + Fase ℇ → Fase 𝜂 + Fase γ1 
 
A fase indesejável γ2 pode se formar quando o pó atomizado não 
foi submetido a tratamento térmico ou quando foi tratado por muito 
tempo em temperatura muito elevada. 
 
P - partículas não consumidas 
G1 - Fase γ1 
H - cristais Fase γ 
 
 
Obs: fase Eta cobrindo as partículas não reagidas. 
 
Redes de cristais r| sobre as partículas da liga não consumidas 
da liga podem aumentar a resistência da união entre as 
partículas da liga e os grãos γ1, e os cristais η dispersos entre 
os grãos γ1 podem impedir o deslizamento dos grãos γ1 
Acredita-se que este imbricamentoé capaz de aumentar a 
resistência do amálgama à deformação. 
 
 
Propriedades 
 
 o amálgama pode se expandir ou se contrair, 
dependendo da sua manipulação. 
 severa contração pode levar a infiltração, 
acúmulo de placa e cárie secundária. 
 expansão excessiva pode produzir pressão na 
polpa e causar sensibilidade pós-operatória, 
podendo resultar ainda na protrusão da 
restauração. 
 
 
 
Alguns fatores influentes 
: 
 menos mercúrio:, menos produto para reagir, 
menos formação de fase gama 1 e gama 2 → 
maior contração. 
 mais mercúrio: mais reação, mais cristais, maior 
expansão. 
 
Se houver mercúrio líquido suficiente para formar uma matriz 
plástica, ocorrerá expansão quando os cristais γ1 colidirem. Após se 
ter se formado uma matriz γ1, rígida, o crescimento de cristais da 
fase γ1 não poderá mais forçar uma expansão da matriz. Em vez 
disso, os cristais γ1 irão crescer no interstício que contém mercúrio, 
consumindo o mercúrio e dando continuidade à reação. Conforme 
esse modelo, se estiver presente mercúrio suficiente na mistura, 
quando se inicia a mensuração da alteração dimensional, será 
observada uma expansão. Do contrário, será vista uma contração. 
 
: 
 partículas pequenas aceleram o consumo do 
mercúrio, pois elas possuem maior área de 
superfície por unidade de massa que as 
partículas maiores. Como uma maior área de 
superfície será dissolvida, a prata entra mais 
rapidamente em solução, a fase γ1 cresce mais 
rapidamente e o consumo de mercúrio é 
acelerado. 
 
 pressão de condensação: manipulação na 
cavidade dentária, pressionando o material na 
superfície. 
 mercúrio aflora para a superfície, diminuindo a 
quantidade de mercúrio na matriz da reação → 
contração. 
 os procedimentos da manipulação que aceleram 
a reação de presa e o consumo do mercúrio 
também favorecem a contração, incluindo 
tempos de trituração mais prolongados e o uso 
de ligas com partículas pequenas. 
 
 ocorre em ligas contendo zinco. 
 quando ocorre contaminação por umidade 
(água/saliva) durante a trituração ou 
condensação. 
 geralmente ocorre 3 a 5 dias depois da inserção. 
 liberação do hidrogênio causa expansão 
(exponencial) de presa. 
Zn + H2O → ZnO + H2 
 
Deve-se enfatizar que a contaminação pode ocorrer durante a 
trituração ou condensação. Se o campo operatório não for 
mantido seco, o amálgama poderá ser contaminado pela água 
da seringa tríplice, pelo contato direto com as mãos ou pela 
saliva durante a condensação. Depois que o amálgama é 
condensado, a superfície externa pode entrar em contato 
com a saliva sem o aparecimento de expansão tardia. 
 
 
 
Todas as observações até agora apresentadas preocuparam-se com 
a alteração dimensional ocorrida durante as primeiras 24 horas. 
Alguns amálgamas de fase dispersa continuam a expandir por dois 
anos, pelo menos. Essa expansão pode estar relacionada com o 
desaparecimento de parte ou de toda a fase gama 2 nestes 
amálgamas com alto teor de cobre ou outras transformações que 
continuam a ocorrer no estado sólido por períodos prolongados. 
Apesar disso, quando manipulada adequadamente, a maioria dos 
amálgamas exibe pouca alteração dimensional adicional após 24 
horas. 
 
 
 a falta de resistência mecânica adequada é um 
dos pontos fracos inerentes das restauração de 
amálgama. 
 restaurações adequadamente planejadas 
diminuem a possibilidade de falha. 
 
Alguns fatores influentes 
 trituração: mistura do pó da liga com o mercúrio 
líquido. 
 depende do tipo de liga, do tempo e da 
velocidade de trituração. 
 sob sub trituração levam à diminuição da 
resistência do amálgama. 
 
SUB TRITURADO IDEAL SUPER TRITURADA 
Mistura esfarelada, 
com perda das 
propriedades. 
 
 
Obtenção de 
massa coesa, com 
temperatura média 
e brilho acetinado. 
 
 
Mistura amolecida, 
brilhante e quente, 
com diminuição do 
tempo de trabalho. 
 
 
 
: 
 a resistência do amálgama é uma função do 
volume de partículas de iga não consumidas e 
fases contendo mercúrio. 
 quantidade insuficiente de mercúrio gera uma 
mistura seca e granulosa que resultará em uma 
restauração com superfície irregular e rugosa. 
 
 
 
 alta concentração de mercúrio promove maior 
formação de Fase Gama 2 (mesmo em ligas 
com alto teor de cobre), diminuindo a resistência 
do amálgama. 
 
 limalha → mais mercúrio 
 esferoidal → menos mercúrio 
 ligas de amálgama com partículas pequenas, 
necessitam de mais mercúrio para molhar a 
superfície. 
 
: 
 boas técnicas de condensação causam o 
afloramento do mercúrio e resultam em menor 
quantidade do mesmo na matriz. 
 
Limalha ↑ Pressão de condensação ↓ Esferoidal 
Amálgamas com partículas de limalha ou amálgamas de fase 
dispersa, oferecem resistência à condensação. Para as ligas 
esféricas, o condensador simplesmente penetra na massa do 
amálgama quando pressões fortes são empregadas. 
Felizmente, os espaços vazios não constituem um problema 
com esses amálgamas. Desse modo, podem ser usadas 
pressões mais suaves, sem perigo de prejudicar as 
propriedades. 
 
 quando o paciente é dispensado, a resistência à 
compressão pode ser apenas 6% daquela que 
será adquirida em 1 semana → possibilidade de 
fratura sob forças mastigatórias. 
 especificação n°1 ADA (American Dental 
Association) = mínimo 80 MPa na 1° hora 
 aconselhar para evitar cargas compressivas 
excessivas na primeira semana. 
 
 o amálgama possui resistência à compressão 
maior que à tração. 
 em espessuras finas (menos de 2mm), o 
amálgama se torna mais suscetível à fratura → 
planejamento da restauração. 
 
RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO (MPa) 
 1 hora 7 dias 
Resistência à tração em 
24 h (MPa) 
Baixo cobre 145 343 60 
Fase dispersa (alto 
cobre) 
137 431 48 
Composição única 
(alto cobre) 
262 510 64 
 
Depois de 7 dias, as resistências à compressão dos amálgamas com 
alto teor de cobre são, em geral, maiores que aquelas dos 
amálgamas com baixo teor de cobre. Além disso, observe que a 
resistência à compressão em l hora, para um amálgama de 
composição única, é quase o dobro da resistência dos demais 
amálgamas. Esta tendência é, em geral, verdadeira para outros 
amálgamas de composição única 
 
Como a dentina possui um módulo de elasticidade relativamente 
baixo, deve-se preservar o máximo de estrutura dentária possível, 
para evitar a deflexão da dentina, separando-a da restauração, ou 
que esta se frature sob ação das forças mastigatórias. É importante 
ressaltar que o amálgama não pode suportar altas tensões de tração 
ou flexão. 
 
 ocorre quando o material sólido lentamente sofre 
deformação plástica (permanente) sob pressão. 
 maior valor de Creep → maior grau de 
degradação marginal 
 
 CREEP (%) 
Baixo cobre 2,0 
Fase dispersa (alto cobre) 0,4 
Composição única (alto cobre) 0,13 
 
 
 
 
 
 é definida como a degradação progressiva de 
um metal por reação química ou eletroquímica 
com o meio no qual se encontra. 
 
CORROSÃO PERDA DE BRILHO SUPERFICIAL 
Aumento da porosidade, 
redução das propriedades 
mecânicas e liberação de 
produtos metálicos no ambiente 
oral. Pode ser benéfico quando 
ocorre depósito de subprodutos 
que podem selar a margem da 
restauração, agindo como 
autoselante. 
Formação de uma camada 
superficial de sulfeto de prata, 
não afetando as propriedades. 
 
 
 
 
É interessante ressaltar que, mesmo após um período de seis 
meses, alguns amálgamas podem ainda ter sua resistência 
aumentada. Essas observações sugerem que as reações entre 
as fases da matriz e as partículas da liga podem continuar 
indefinidamente. Não se sabe, ao certo, se as condições de 
equilíbrio entre elas serão algum dia alcançadas. 
 
 
 o amálgama possui alto valor de condutividade e 
difusividade térmica em comparação com as 
estruturas dentárias. 
 transmissão rápida e eficaz do calor de líquidos e 
alimentos ingeridos na boca para a polpa → 
desconforto para o paciente em caso de 
restauração extensa e profunda. 
 
 baixo custo. alta resistência à compressão (suporta grandes 
esforços mastigatórios). 
 vedamento marginal → corrosão 
 história clínica longa e de sucesso 
 menor sensibilidade técnica. 
 
 
 estética. 
 mercúrio. 
 corrosão. 
 maior desgaste da estrutura dental durante o 
preparo cavitário. 
 Contaminantes habituais, como o arsênio, podem 
causar danos à polpa. 
 a falta de pureza pode afetar adversamente as 
propriedades físicas do amálgama 
 
 
 ausência de união química com as estruturas 
dentárias. 
 depende única e exclusivamente da retenção 
friccional com as paredes cavitárias. 
 a maior parte dos insucessos está relacionada 
com o preparo incorreto da cavidade e 
manipulação inadequada do material. 
 
Manipulação 
 
 seleção da liga e proporcionamento. 
 trituração. 
 condensação. 
 brunimento. 
 escultura. 
 acabamento e polimento. 
 
 
 composição da liga: plas:referencialmente alto 
teor de cobre. 
 formato e tamanho das partículas: 
preferencialmente as esféricas, ou ainda, a mista. 
 
 
Relação mercúrio/liga 
número de partes em peso de mercúrio 
número de partes em peso de liga 
 
Hg Liga de limalha - 50% em peso 
Hg Liga esférica - 42% em peso 
 
A quantidade de mercúrio presente na mistura única 
deve ser suficiente para produzir uma massa coesa e 
plástica após a trituração, mas deve ser baixo o suficiente 
para que o conteúdo de mercúrio na restauração final 
esteja em nível aceitável. 
 
→ →
 
 
 
 
 
 
 
→
 
 
 
→
 
 
 
 
Tem por objetivo a obtenção de uma amalgamação 
apropriada do mercúrio e da liga. 
 
Manual 
Após proporcionamento, a mistura é realizada através do 
gral e pistilo (bastão) de vidro ou metálico. 
 
 
 
Mecânica 
 movimento do amalgamador (rotação por 
minuto). 
 tempo de mistura, geralmente é segundos, 
variando conforme a marca. 
 
 
 
 
 
 cor da cápsula indica o tempo de cristalização, e 
a cor do êmbolo, indica a quantidade de porções 
(que varia conforme a extensão da restauração). 
 
 
 
 
 
Observação: para cápsulas que tem o êmbolo, no ato da 
trituração, empurra-se o mesmo para baixo, assim, é rompido 
o invólucro que protege mercúrio. Já para cápsulas que não 
tem o êmbolo, existe uma porção pontiaguda de plástico que 
no momento da trituração, rompe o invólucro que protege o 
mercúrio. 
 
 
Tem por objetivo compactar o amálgama dentro da 
cavidade preparada, ocasionando o afloramento de 
mercúrio para a superfície. 
 
InstrumentaIS 
 pote dappen. 
 porta amálgama. 
 condensador (calcador). 
 
Condensação: 
Após obtenção da massa ideal do amálgama, pela 
trituração, esse é virado da cápsula para o pote dappen, 
e posteriormente pressionado pelo porta amálgama. 
 
 
 
A mistura de amálgama nunca deve ser tocada com as mãos, 
porque a mistura recém-preparada da liga contém mercúrio 
livre. Além disso, a umidade existente na superfície da pele é 
uma fonte de contaminação do amálgama. Entretanto, como o 
controle da infecção exige que os profissionais usem luvas, o 
contato do mercúrio com a pele não deve ser uma 
preocupação. 
 
Ainda pressionando, posiciona-se a extremidade do porta 
amálgama, na cavidade dentária. Em seguida, aperta-se o 
êmbolo, e inicia-se o processo de condensação. 
 
 
 
 
 
Diferentes tamanhos de pontas para resultar diferentes 
pressões → condensadores com menor área, gera 
maior pressão. 
 
 
 
A condensação geralmente começa do centro do 
preparo, e então é aplicado em direção às paredes da 
cavidade. Inicia com condensador de menor ponta ativa, a 
fim de obter mais pressão. Após, aumenta-se a ponta 
ativa. 
 
 
 
Ou ainda, deve ser iniciada pelas áreas de menor acesso, 
como uma caixa próximas de uma cavidade classe II. 
 
 
 
Após a condensação de um incremento, a superfície 
deve ter uma aparência brilhante. Isso indica que existe, 
nessa região, mercúrio suficiente para se difundir no 
incremento seguinte. Assim, cada incremento, quando 
adicionado, irá aderir ao incremento já condensado. Se 
isso não for feito e os incrementos não se unirem, a 
restauração ficará laminada. Uma restauração deste tipo é 
análoga a uma pilha de tijolos sem cimento entre eles. Ela 
poderá sofrer fraturas subsequentes, provavelmente 
quando a matriz for removida. Na melhor das situações, a 
restauração não será homogênea e irá submeter-se a 
uma corrosão acentuada. 
 
 
 
Um dos fatores mais importantes na condensação é o volume dos 
incrementos de amálgama que são levados para a cavidade. Quanto 
maior for a porção, maior será a dificuldade de reduzir os espaços 
vazios e adaptar a liga às paredes da cavidade. Entretanto, quando 
uma restauração grande estiver sendo feita, um maior incremento 
poderá ser adicionado para aumentar o tempo disponível para a 
condensação. Em geral, todavia, incrementos de amálgama 
relativamente pequenos devem ser empregados ao longo de todo o 
procedimento de condensação, a fim de reduzir a formação de 
vazios e de obter o máximo de adaptação à cavidade. Da mesma 
forma, uma pressão suficiente de condensação deve ser usada para 
compactar as partículas da liga, reduzir os poros e aflorar mercúrio 
até a superfície, para alcançar a adesão entre os incrementos. 
 
Uma mistura seca, granulosa , tem mercúrio insuficiente e 
plasticidade inadequada, e uma mistura que está muito dura e 
quente ao tato foi provavelmente triturada durante muito 
tempo. Em ambos os casos, não devemos tentar fazer a 
condensação desse material, e sim preparar uma nova mistura. 
 
 
É o ato de esfregar a massa de amálgama em estado 
plástico com instrumentos com ampla superfície de 
contato (brunidores). 
 
 
 
Brunidura: pressão e deslizamento do brunidor sobre a 
massa, partindo do centro para as paredes da cavidade. 
 
 
Brunimento pré-escultura: o movimento resultará no 
afloramento, o qual será removido durante o 
procedimento de escultura. 
 
 
 
 
É o procedimento no qual se restaura a forma do dente. 
 
 
 
Grito do amálgama: significa que o amálgama está 
resistente ao corte e pode ser esculpido. 
 
 
 
Anatomia 
 deve ser simples e realizada de maneira mais 
rápida possível. 
 sugere-se a realização de sulcos pouco 
profundos e menos inclinações de cúspides, 
facilitando o procedimento de acabamento e 
polimento. 
 sulcos muito profundos, favorecem a formação 
de biofilme. 
 se a escultura for muito profunda, o volume do 
amálgama, particularmente nas áreas marginais, 
será reduzido. Se essa área for muito fina, 
poderá fraturar-se ao ser exposta às tensões da 
mastigação. 
 
Brunimento pós-escultura 
 por muito tempo a realização desse 
procedimento foi controversa. 
 objetivo: obtenção de uma superfície mais lisa, 
facilidade no polimento e redução do mercúrio 
residual na superfície. 
 os instrumentos utilizados devem se adaptar à 
anatomia esculpida. 
 
 
 é o passo final da confecção da restauração de 
amálgama. 
 ajustes na anatomia e remoção de excessos 
indesejados. 
 esses procedimentos só devem ser realizados 
após a amálgama adquirir resistência suficiente, 
esperando pelo menos 24 horas para finalizar a 
reação de cristalização. 
 
ACABAMENTO 
 brocas multilaminadas para baixa rotação. 
 Obs: diferentes faces para se ajustarem às 
diferentes estruturas da restauração. 
 
 
 
POLIMENTO 
 brocas com formato de chama, taça e disco. 
 ordem de granulação: grossa → média → fina. 
Essencialmente, devem-se usar abrasivos com 
abrasividade decrescente (aumento proporcional), 
evitando-se a produção de calor 
 
Temperaturas mais altas que 60 °C (140 °F) provocam uma 
liberação significativa de mercúrio. Esta condição pode levar à 
produção de um amálgama rico em mercúrio nas margens da 
restauração, o que resultará em corrosão acelerada, fratura, 
ou ambas. 
 
 
 
 
: 
 
 
Pode-se também utilizar pós abrasivos, como pedra-
pomes e Branco de Espanha. 
- pasta (pó + água). 
- taça de borracha ou escova de Robinson em baixa 
rotação. 
 
 
 
Segurança no uso do amálgama 
 
 longevidadeelevada. 
 é possível fazer o reparo dessas restaurações 
→ favorável em situações que o remanescente 
dentário é fino, a fim de evitar dano agressivo. 
 toxicidade: devido ao uso do mercúrio. Na 
Minamata Convention on Mercury, foi acordado a 
diminuição do uso de amálgama dental, e em 
2024, o cessamento usual total, na condição de 
que haja um substituto ao mesmo. 
→ 1° convenção: os Estados devem ter políticas de 
prevenção de cárie e promoção de saúde a fim de 
reduzir os níveis de cárie, e consequentemente, de 
restaurações dentárias. Além de restringir o uso de 
amálgama de dentária na sua forma encapsulada. 
Também foi acordado práticas ambientais saudáveis 
sobre a coleta de resíduos. 
 
Em 2019, a FDA, fez uma revisão literária sobre a 
toxicidade do amálgama: Conclusões: 
 a atual evidência científica é insuficiente para 
suportar uma associação causal entre o mercúrio 
proveniente do amálgama dental e relatos de 
efeitos adversos na saúde. 
 a atual evidência científica não impede o uso do 
amálgama para restaurações dentárias nem 
sugere a necessidade de remoção preventiva de 
restaurações de amálgama pré-existentes. 
 
Segundo a International Association for Dental Research e 
a OMS, é seguro o uso de amálgama, exceto em 
pacientes alérgicos ou acometidos por Doença Renal 
Severa. Sem efeitos adversos sistêmicas, as vezes, locais. 
 
Estudos relataram que há aumento nos níveis de 
mercúrio na urina de pacientes que possuem 
restaurações de amálgama, estando relacionado ao modo 
de escovação, idade das restaurações (essa liberação 
tende a diminuir conforme os anos), entre outros fatores. 
 
Exposição do profissional é reduzida quando se usa as 
ligas encapsuladas, armazenamento e manuseio correto. 
 
Segundo a ANVISA 2019, é proibido a comercialização 
que não seja encapsulado. 
 
Efeitos colaterais do Amálgama 
 
Os efeitos colaterais fisiológicos mais prováveis com o 
uso do amálgama dental são representados pelas 
dermatites de contato ou reação de hipersensibilidade de 
Coombs Tipo IV; no entanto, tais reações são 
experimentadas por menos de 1% da população tratada. 
 
Apenas cerca de 100 relatos documentados sobre a 
toxicidade e alergia ao mercúrio relacionadas com o 
amálgama dental foram publicados nos últimos 60 anos 
na literatura científica. Destes casos, a maioria das pessoas 
afetadas era composta de cirurgiões-dentistas ou 
assistentes em uma clínica odontológica. Durante a 
mastigação, pequenas quantidades de mercúrio são 
liberadas. Todavia, a possibilidade de reações tóxicas no 
paciente, provenientes desses traços de mercúrio que 
penetram no dente ou, ainda, da sensibilidade aos sais de 
mercúrio que se dissolvem da superfície do amálgama, é 
bastante remota. A mais significativa contribuição para a 
assimilação do mercúrio a partir do amálgama dental é 
por meio da fase de vapor. O contato do paciente com o 
vapor de mercúrio durante a inserção da restauração é 
breve, e a quantidade total de vapor de mercúrio liberada 
neste momento é muito pequena para provocar injúrias. 
A estimativa mais realista sugere que o mercúrio do 
amálgama dental não contribui de forma significativa para 
a exposição total a que o paciente vive sujeito. 
 
Os possíveis riscos do mercúrio podem ser 
extremamente reduzidos por meio de algumas medidas 
de precauções. O consultório deve ser bem ventilado. 
Todo o excesso de mercúrio, incluindo os resíduos, as 
cápsulas descartáveis e o amálgama removido durante a 
condensação deve ser coletado e armazenado em 
recipientes perfeitamente vedados. Esses dispositivos 
apropriados devem ter um destino que evite a poluição 
ambiental. Ultimamente, tem havido uma ação legal em 
relação ao descarte adequado de materiais 
potencialmente danosos, incluindo o amálgama e o 
mercúrio. Fragmentos de amálgama e materiais 
contaminados pelo mercúrio não devem ser incinerados 
ou sujeitos à esterilização térmica. Gotas de mercúrio 
perdidas devem ser limpas o mais rápido possível. É 
extremamente difícil remover o mercúrio do carpete. Os 
aspiradores a vácuo simplesmente dispersam o mercúrio 
através do exaustor. A utilização de pós que suprimem o 
mercúrio é de grande auxílio, porém essa medida deve 
ser considerada como um auxílio temporário. Em caso de 
contato do mercúrio com a pele, esta deve ser lavada 
com água e sabão. 
 
 
 
 
 
MATERIAIS DENTÁRIOS II 
CIMENTOs
 
 
Definição de cimento 
 “caementum”. 
 antigamente eram pedras fragmentadas, misturada 
com lama, para construções. Atualmente define-se 
como aglomerado de óxidos metálicos (em 
construções) que em contato com a água, produz 
reação exotérmica (libera calor) de cristalização, 
ganhando assim resistência mecânica. 
 
Cimento odontológico: 
“Substância que toma presa para agir como base, 
forrados, material restaurador ou adesivo para reter 
dispositivos e próteses à estrutura dentária. Versões 
especializadas são usadas para selar canais radiculares 
preparados.“ 
-Anusavice, 2013 
 
 
 
 
 Óxido de zinco e eugenol (OZE): principalmente para 
restaurações. 
 OZE reforçado (IRM). 
 policarboxilato. 
 Ionômero de vidro (CIV): restauração e contenção de 
bases. 
 CIV modificado por resina. 
 compomérico. 
 mineral trióxido agregado (MTA): endodontia. 
 hidróxido de cálcio: forramento e endodontia. 
 fosfato de zinco: cimentação. 
 cimentos resinosos: cimentação 
 Temporalidade 
 t=0: início da manipulação. 
 tempo de manipulação: tempo para ficar 
espatulando/misturando/aglutinando material. 
 tempo de trabalho: tempo que se mantém a 
consistência do material para condições de uso. 
 tempo de presa: termo genérico para descrever 
desde de o início até solidificação do material, 
seja por polimerização (material a base de 
polímeros), cristalização (óxidos metálicos), 
gelificação (materiais para moldagem, como o 
alginato). 
 
Restauração provisória 
 permanecem por alguns dias/semanas. 
 
Requisitos e propriedades 
Facilidade de uso 
Tempo de trabalho longo ou 
controlável 
Tempo de presa curto 
Consistência 
Facilidade de 
remoção 
Baixa resistência mecânica 
Vedamento 
marginal 
Estabilidade dimensional 
CETL próximo ao dente 
Adesão ao dente 
Biocompatibilidade Atóxico / Ação medicamentosa 
CETL = coeficiente de expansão térmico linear. 
 
 permanecem por ordem de algumas 
semanas/meses. 
 
Requisitos e propriedades 
Durabilidade 
Resistência mecânica 
Resistência ao desgaste 
Baixa solubilidade 
Baixa sorção de água 
Vedamento 
marginal 
Estabilidade dimensional 
CETL próximo ao dente 
Adesão ao dente 
Biocompatibilidade Atóxico / Ação medicamentosa 
ÓXIDO DE ZINCO E EUGENOL 
 
Eugenol 
 
 4-Alil-2-Metoxifenol 
 composto aromático 
presente no óleo de 
cravo, canela, mirra. 
 Efeito anódino/analgésico na polpa do dente → 
elevação do limiar de condução de fibras 
nervosas amielínicas. 
 efeito tóxico sobre as bactérias. 
 
composição 
Convencional: 
 pó de óxido de zinco + 
líquido eugenol. → curta 
duração 
 
Reforçados: 
 nomes comerciais → IRM (dentsply), Interim 
(biodinâmica), MRI (iodont). 
 longa duração 
 pó: óxido de zinco (tratado com ácido 
propiônico), polimetacrilato de metila. 
 líquido: eugenol, ácido acético, EBA. 
 
 
 
Reação 
 
Hidrólise do óxido de zinco: 
ZnO + H2O → Zn(OH)2 
 
Reação do hidróxido de zinco com eugenol formando 
um quelato (matriz): 
Zn(OH)2 + eugenol → eugenolato de zinco + H2O 
 
 após presa: partículas (não reagidas) + matriz 
 água como “catalisador” da reação, no entanto é 
absorvida na reação. 
 
Manipulação 
Proporcionamento 
 se for convencional, não precisa mensurar tanto. 
Já se for a forma reforçada, a quantidade é por 
volume, através de uma colher previamente 
estabelecida. 
 líquido: uma gota mensurada por um conta-gotas. 
 1 colher de óxido de zinco para 1 colher de 
eugenol.. 
 
 
 
Espatulação: 
 primeiro metade do pó, depois ¼ depois o 
restante do ¼. → de 45seg - 1 min 
 o que muda nas espátulas é arigidez, no caso 
do óxido de zinco + eugenol, por precisar de 
uma espátula mais rígida, se usa a de 36. 
 
 
 
 
 
Tempo de trabalho: 
 2 a 3 minutos. 
 resultado; uma massa mais plástica, densa, ideal 
para o manejo. Sem essas condições, não se 
tem como trabalhar. 
 
 
 
Tempo de presa: 5 minutos.. 
 
Manipulação na cavidade: 
 para manipular na cavidade, se usa uma espátula 
de inserção (nesse caso, n° 1). 
 
 
 
 
 
Obs: nessa situação, restauração provisória de longa duração. 
 
Propriedades 
 
Propriedades vantajosas: 
 bom isolante térmico, químico e elétrico. 
 biocompatível. 
 bactericida. 
 anódino (devido ao eugenol). 
 efeito sedativo e antiinflamatório. 
 
Propriedade desvantajosa: 
 incompatível com materiais resinosos, como 
cimentos resinosos, resinas compostas e 
sedativos. 
 
Indicações: 
 base: camada espessa abaixo da restauração, 
entretanto, desde que não seja em restauração 
de resina composta. 
 restauração provisória de curta e longa duração. 
 
IONÔMERO DE VIDRO 
 
Cimento de ionômero de vidro é o termo genérico de 
um grupo de materiais que usam pó de vidro de silicato 
e uma solução aquosa de ácido poliacrílico, e que sofrem 
uma reação ácido-base entre esses componentes. 
Formulação composta pela união de dois cimentos que 
eram utilizados na odontologia (silicato e policarboxilato). 
Formulação 
  policarboxilato: líquido. Composto pelo ácido 
carboxílico, o qual tem por propriedade 
estabelecer união química à estrutura dental. É 
responsável pela reação de presa, que é mais 
longa comparada ao óxido de zinco e eugenol. 
  silicato: pó. Com flúor na formulação, o qual é 
liberado para o meio oral. 
 
composição 
  pó: SiO2, Al2O3, fluoretos (CaF2, AlF3, NaF). 
  líquido: ácido poliacrílico, itacônico, tartárico. 
  outros ácidos para controlar a viscosidade e 
tempo de trabalho e de presa. 
 
 
 
 
 
Obs: podem estar em cápsulas; internamente o ácido e líquido 
estão separados. 
 
 
 
Reação 
 
  líquido (policarboxilato) ataca as partículas do pó 
(silicato), o qual começa a liberar íons em meio 
aquoso, na ordem: cálcio - alumínio – flúor 
 
Formação de matriz de polissais; 
  1° reação: formação da matriz de policarboxilato 
de cálcio. 
  0 - 4 minutos. 
  Ca2+ buscará estabelecer duas ligações com o 
ácido carboxílico, formando a Matriz de 
Policarboxilato de cálcio. 
 
  2° reação: formação da matriz de policarboxilato 
de alumínio. 
  4 - 8 minutos. 
  Al3+ estabelece ligações com três moléculas de 
ácido carboxílico. 
 
Obs: o ácido não consome todo o pó, tendo ao final 
partículas de pó não atacadas. E quanto mais pó se adiciona, 
menos fluido e mais resistente fica. 
 
  as duas matrizes dão a presa inicial do ionômero 
de vidro. 
  os íons sódio e fluoreto não participam das 
ligações cruzadas do cimento.  alguns dos íons 
sódio podem substituir íons hidrogénio dos 
grupos carboxílicos, enquanto os íons 
remanescentes são dispersos uniformemente, 
dentro do cimento que já tomou presa, com os 
íons fluoreto. 
  A fase de ligações cruzadas torna-se hidratada ao 
longo do tempo, a partir da mesma água usada 
para a mistura. Esse processo é denominado 
maturação. 
  após 24-48 horas: ao redor dessas partículas de 
vidro não-reagida é revestida pelo gel de sílica 
que se desenvolve durante a remoção de 
cátions da superfície das partículas. → início do 
tempo de presa final. 
  assim, o cimento que tomou presa consiste em 
um aglomerado de partículas do pó que não 
reagiram, envolvidas por um gel de sílica em uma 
matriz amorfa de polissais de cálcio e alumínio 
hidratados 
 
 
 
. 
Liberação de flúor: 
  o flúor fica na matriz de polissais e aos poucos é 
liberado para a cavidade oral. 
 
 
 
 
 
Já é bem conhecido que o fluoreto inibe o metabolismo de 
carboidratos da microflora acidogênica presente na placa. O fluoreto 
penetra nos microorganismos contra um gradiente de 
concentração e se acumula no interior dos mesmos, enquanto o 
pH do fluido extracelular diminui. O transporte do fluoreto de 
hidrogénio (HF) do meio extracelular para o interior do 
microorganismo permite a dissociação em íons H+ e F" no meio 
alcalino intracelular. O fluoreto iônico induz a inibição enzimática, 
levando a uma diminuição da taxa de produção de ácidos. Como o 
fluoreto aumenta a permeabilidade celular, ele pode rapidamente se 
difundir para fora da bactéria cariogênica, contribuindo novamente 
no conteúdo de fluoretos presente na matriz da placa. 
 
Propriedades 
Vantagens 
  adesão química à estrutura dental. 
  CETL próximo a estrutura dental. 
  liberação gradual de flúor. 
  tem capacidade de se recarregar de flúor 
através de um material, como o creme dental. 
 
A observação de 20.000 restaurações existentes de amálgama e 
Atualmente, existem três teorias principais para explicar 
o mecanismo anticariogênico do fluoreto: aumento da 
resistência do esmalte aos ácidos, intensificação da 
remineralização e inibição do metabolismo de 
carboidratos da microflora acidogênica da placa. 
 
A água tem um papel crítico na reação de presa do CIV. 
Inicialmente, ela serve como um meio para a reação e, 
então, lentamente hidrata a matriz formada de ligações 
cruzadas; dessa maneira, permite a formação de uma 
estrutura gel estável mais resistente e menos suscetível 
à umidade. Se o cimento recém-misturado for exposto 
ao meio ambiente sem nenhuma camada de proteção, a 
superfície irá apresentar fendas e trincas, como resultado 
da desidratação. 
Qualquer contaminação com água que aconteça neste 
estágio pode causar a dissolução da matriz formada por 
cátions e ânions nas áreas circundantes. Tanto a 
desidratação como a contaminação com água podem 
comprometer a integridade do material. Dessa forma, o 
CIV convencional deve ser protegido contra desidratação 
e alterações no conteúdo de água da estrutura durante 
sua colocação e por algumas semanas subsequentes após 
a inserção, se possível 
cimento de silicato revelou que 12% da incidência de cáries 
secundárias ocorriam ao redor de restaurações de amálgama, 
enquanto a incidência de cárie secundária era de somente 3% ao 
redor de restaurações de cimento de silicato. Além disso, a 
incidência de cárie nas superfícies proximais junto às restaurações 
de cimento de silicato era menor que a incidência de cárie nas 
superfícies proximais associadas às restaurações de amálgama. 
 
Indicações 
  restaurações provisórias de longa duração. 
  restaurações definitivas (classe V - região 
vestibular). 
  bases. 
  restaurações definitivas para ART - tratamento 
restaurador atraumático). Procedimento clínico 
feito sem o uso de brocas dentais, jato ar/água 
ou anestesia que consiste em escavação manual 
do tecido carioso e restauração da cavidade 
dentária com um cimento Tipo II que libera flúor. 
 
 
 
O tipo de aplicação depende da consistência do cimento, que varia 
de uma baixa viscosidade até uma viscosidade muito alta, por meio 
do ajuste da distribuição do tamanho das partículas e da proporção 
P/L. 
 
O CIV é menos rígido e mais suscetível à deformação elástica. Por 
esse motivo, ele não é tão favorável quanto o cimento de fosfato 
de zinco para suportar próteses fixas de cerâmica pura, em virtude 
das maiores tensões de tração que podem ser desenvolvidas na 
prótese fixa sob carga oclusal. 
 
Exemplo de materiais: 
 
 
 
  cimentações definitivas (como de peças 
protéticas, sendo necessários ser mais fluido para 
um ajuste ideal da peça). 
  colagem de braquetes. 
  selante oclusal. 
 
Obs: descrição na embalagem para a finalidade → R: 
restauração; C- cimentação, luting; F: forramento/base. 
Vidrion: anidro - ácido também em forma de pó, tendo no 
líquido apenas água. As finalidades (R, C, F) se mantém. 
Quando o pó é misturado com a água, o ácido em pó se 
dissolve fazendo com que o líquido fique ácido e o processo 
é continuado pela reação ácido-base. Esse tipo de cimento é 
chamado de ionômerode vidro que toma presa por água ou, 
erroneamente, de ionômero de vidro anidro. 
 
 
 
Manipulação 
 
Proporcionamento: varia conforme a finalidade e a marca. 
 
 
 
Observações 
  mais pó em restaurações. 
  líquido despejado verticalmente para mais 
semelhança entre as proporções. 
  espátulas de plástico, uma vez que se usasse de 
metal, as partículas de vidro (as quais são 
grandes) arranhariam o metal, depositando na 
massa partículas de metal, que poderiam 
incorporar cor. 
  o cimento de silicato, como a maioria dos 
materiais friáveis, é relativamente resistente à 
compressão, porém é pouco resistente à tração 
Os CFVs para restauração são muito inferiores às 
resinas compostas em relação a esta propriedade. Eles 
são também mais vulneráveis ao desgaste do que as 
resinas compostas, quando submetidos a testes de 
abrasão in vitro com escovas de dente e testes que 
simulam o desgaste oclusal. 
após tomar presa 
 
Espatulação: 
  divide o pó ao meio, incorporando primeiro uma 
½ depois ¼ de cada vez. 
  usa-se a técnica de aglutinar, uma vez que é 
necessária menos energia que imprimida na 
espatulação, evitando que a matriz de polissais se 
rompa e perca as propriedades do material. 
  não se deve esfregar. 
  tempo de manipulação: 30 - 60 segundos. 
  ao final, obtém-se uma massa fluida e com brilho 
superficial necessário (provido pelo ácido 
poliacrílico que ainda não reagiu na espatulação, 
mas que irá reagir para adesão no dente). O 
ácido residual na superfície é crítico para a 
adesão ao dente. Uma aparência fosca indica que 
existe uma inadequada quantidade de ácido livre 
para a adesão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Inserção 
 
  importante que haja brilho no material, que revela 
que o mesmo está apto para reagir com o 
dente. 
  ao inserir o material na cavidade, o ácido 
remanescente reagirá com o cálcio do dente 
constituindo a adesão química característica do 
ionômero. 
  COOH: terminal do ácido carboxílico. Estabelece 
uma ligação com o Ca do dente. 
 
 
 
Materiais de inserção: 
 
 
A mistura é feita em um amalgamador (triturador) após 
o rompimento da selagem que separa o pó do líquido. 
Observar que a cápsula contém um bico; desta forma, a 
mistura pode ser injetada diretamente no preparo 
dentário e/ou na prótese fixa a ser cimentada. O 
protocolo preciso de tempo de mistura e velocidade de 
Restauração 
Cimentação 
bASE 
trituração deve ser seguido. As principais vantagens do 
uso de cápsulas são a conveniência, o absoluto controle 
da proporção P/L e a eliminação de variações associadas 
à espatulação manual. 
 
 
 
 
Manipulação: 
  tempo de trabalho: 1 - 3 minutos. 
  tempo de presa inicial (perda do brilho): 3 - 8 
minutos. → formação da matriz de polissais. 
  tempo de presa final: 24 - 48 horas → material 
sujeito a ganhar (embebição) e perder (sinérese) 
de água, afetado as propriedades e aparência, 
por isso deve-se proteger. 
 
Proteção superficial: 
Após a colocação, a superfície deve ser coberta com 
uma matriz plástica, para proteger a tomada de presa do 
cimento contra perda ou ganho de água durante a presa 
inicial. A matriz permanece no local por, no mínimo, 5 
min, embora o tempo varie de acordo com o produto, 
com base na velocidade de presa. Após a remoção da 
matriz, a superfície deve ser imediatamente protegida, 
enquanto o excesso de material é desgastado das 
margens. 
  vaselina, manteiga de cacau, selante, adesivo, 
verniz-cavitário, esmalte de unha. 
 
Subsequentes procedimentos de acabamento, se 
necessários, devem ser feitos no mínimo 24 h depois. 
Entretanto, como esta não é a realidade clínica, o 
acabamento da restauração deve ser feito na mesma 
sessão. Por isso, os cimentos de presa rápida são 
preferíveis. Ainda assim, quanto mais o dentista esperar 
para proteger de forma apropriada a superfície, mais 
maduro o cimento se tornará, diminuindo o risco de 
trincas na superfície e a tendência da restauração a se 
tornar levemente opaca. No caso das aplicações para 
cimentação, a proteção da matriz não é necessária. O 
excesso de cimento pode ser removido imediatamente 
após o assentamento ou um período previamente 
descrito pelas instruções do fabricante. 
Antes de o paciente ir embora, o CIV restaurador 
Tipo II deve ser coberto novamente com um agente 
protetor, já que o cimento exposto após a remoção de 
excessos e nas margens ainda é vulnerável ao ambiente, 
até que alcance a total maturação. Se os procedimentos 
recomendados para promover a proteção não forem 
seguidos como resultado, ocorrerá inevitavelmente uma 
superfície porosa ou trincada. 
 
Cimento de ionômero modificado por 
resina - CIV 
 
  pode ser fotopolimerizável. 
  pó: partículas de pó vítreas. 
  líquido: ácido poliacrílico, monômeros resinoso. 
 
 
 
Vantagens: 
  melhor controle de tempo de presa. 
  maior resistência mecânica. 
  maior adesão. 
  menos sensibilidade à umidade. 
 
Desvantagens: 
  maior CETL. 
  menor liberação de flúor. 
PROTEÇÃO DO COMPLEXO DENTINO-
PULPAR 
 
  ⇨ manter vitalidade do tecido pulpar. 
 
  Complexo dentina-polpa: 
  dentina e polpa, por terem a mesma origem 
embrionária, correlacionam entre si. 
 
  
 
  polpa 
  tecido conjuntivo, 
  suprimento vásculo-nervoso. 
  limites: forame apical, câmara pulpar, canais 
radiculares. 
  secreta, ao longo de toda sua vitalidade, 
componentes que dão origem a dentina. → em 
sentido de fora para dentro; diminuindo ao longo 
do tempo o tamanho da polpa. 
  terminações nervosas: resposta a estímulos 
externos. 
 
  Dentina 
  
 
  Propriedades: 
  condutividade térmica: (cal.cm-1·K-1S-1·°C-1) 0,0015 
(prata 0,98); bastante isolante. 
  resistência 
  módulo de elasticidade: rígida para proteger 
contra ações mecânicas. 
  morfologia tubular: túbulos dentinários desde a 
junção amelo dentinária (JAD) até a polpa. 
Aumenta a permeabilidade. 
  
 
  Camada de esfregaço: 
  ação abrasiva (pela broca ou outro instrumento 
manual) sobre a dentina → camada de 
esfregaço - “smear layer”. 
  camada formado por resíduos de dentina, 
proteínas salivar, bactérias. 
  obtura os túbulos. 
  espessura de 0,5 - 5 um. 
 
  
 
  Dentina primária: 
  depositada durante toda a odontogênese até o 
final da erupção. 
 
  Dentina secundária: 
  após a formação radicular. 
 
  Dentina terciária: 
  em decorrência de fatores de agressão. 
  geralmente mais escurecida; entretanto não 
deve ser confundida com lesão de cárie, não 
devendo ser removida; mas a cárie pode 
desencadeá-la; 
  fatores de agressão: estímulos térmicos e/ou 
elétricos, material restaurador, trauma, preparo 
cavitário (devido a geração de calor, secagem, 
etc). 
  reacional: estímulos de baixa intensidade → 
túbulos tortuosos e número reduzido. 
  reparadora: estímulos de alta intensidade → 
morfología irregular, porosa, poucos túbulos. 
 
  
 
  Fatores de agressão: teoria hidrodinâmica 
  → movimento do fluido dentinário. 
  → deslocamento dos prolongamentos 
odontoblásticos. 
  → estímulo do feixe nervoso. (eugenol age 
nesse) 
  → dor. 
  obs: deve-se evitar essa movimentação do 
fluido dentinário, a aquela é responsável pela 
sensação de dor. 
  
 
  Fatores de agressão: químicos 
  → toxinas bacterianas. 
  → materiais restauradores. 
 
  
 
  Fatores influentes na resposta pulpar 
 
  Profundidade: 
  quanto mais profunda a cavidade, menor a 
capacidade da dentina proteger a polpa. 
 
  
 
  quanto mais profundo, mais denso fica os túbulos 
dentinários, com permeabilidade aumentada. 
 
  
 
  Idade: 
  com o aumento da idade, ocorre aumento da 
espessura da dentina, diminuindo a 
permeabilidade e a polpa, conferindo maior 
resistência a agressão. 
 
  Abordagens 
  Selante: 
  película protetora (1 a 50mm). 
  ideia de fechar todos os túbulos dentinários, a fim 
de vedar a dentina. 
 
  
 
  Forramento: 
  pelicula protetora (0,2 a 1mm)maior que no 
selante, só na porção mais profunda da cavidade. 
  induzir a formação de dentina. 
  capeamento direto: quando há exposição pulpar, 
e o material é inserido diretamente no tecido 
pulpar. 
  capeamento indireto: não teve exposição pulpar. 
 
  
 
  Base: 
  película espessa (maior de 1mm). 
  isolamento termo-elétrico. 
  restaurar forma. 
  eliminar retenção, as quais impediriam sucesso 
nas restaurações, como nas restaurações 
indiretas). 
 
  
 
  Requisitos dos materiais 
  inócuo à polpa. 
  isolamento elétrico. 
  propriedades bactericidas/bacteriostáticas. 
  adesão. 
  compatibilidade com material restaurador. 
  favorecer formação de dentina. 
  baixa solubilidade. 
  altas propriedades mecânicas. 
 
  Agentes para selamento 
  Agentes líquidos que produzem película 
protetora extremamente fina, revestindo a 
estrutura dentária recém cortada ou 
instrumentada. 
 
  Objetivos: 
  vedar embocadura dos túbulos. 
  vedar espaço dentina/material restaurador. 
 
  Sistemas adesivos: 
  materiais resinosos, usados como selantes. 
  composição: monômeros resinosos 
(dimetacrilatos e/ou HEMA) + solventes (álcool, 
água, acetona). 
  indicação: sob restaurações de amálgama, resina 
e ionômero; cavidades rasas, médias e profundas. 
  vantagens: melhor vedamento em relação aos 
vernizes cavitários; isolante elétrico; evita 
manchamento do esmalte causado por 
restaurações de amálgama. 
 
  Agentes para forramento 
  Materiais cimentosos apresentados na forma pó 
+ liquido ou pasta, que formam uma película fina. 
 
  Objetivos: 
  proteger a polpa de agressões externas. 
  estimular formação de dentina. 
 
  Cimento de Hidróxido de cálcio: 
  na forma de duas pastas. 
  se há exposição pulpar, utiliza-o na forma pura - 
pró análise (PA.). 
  composição: base + catalisador. 
  base: hidróxido de calcio (50%), oxido de zinco 
(10%) sulfonamida (40%). → hidróxido de cálcio 
responsável por estimular a formação de dentina, 
os demais, para a presa. → capeamento indireto. 
  catalisador: fosfato de cálcio, óxido de zinco e 
salicilato. 
  PA: hidróxido de cálcio. → capeamento direto. 
  indicações: sob restaurações de amálgama, resina 
e ionômero; cavidades profundas e muito 
profundas. 
  manipulação: proporções iguais de base e 
catalisador; espátula de hidróxido de cálcio; 
coloração uniforme. 
 
  
 
  
 
  manipulação PA: mistura o PA com a água 
destilada ou solução anestésica, formando uma 
pasta. Não tem tempo de presa. 
 
  
 
  
 
  
 
  vantagens: estimula a formação de dentina 
terciária; tem efeito bactericida e bacteriostático; 
isolante termoelétrico. 
  desvantagens: baixa resistência mecânica; alta 
solubilidade; necessidade de ser coberto com 
material de base mais resistente. 
 
  Agentes para base 
  Materiais geralmente apresentados na forma pó 
+ líquido. que formam uma película mais espessa. 
 
  Objetivos: 
  proteger o material de forramento. 
  reconstruir parte da dentina perdida. 
  adequar o preparo cavitário. 
  homogeneizar a cavidade. 
 
  
 
  Obs: deixar espaço para o material restaurador. 
 
  vantagens: adesão química à estrutura dental; 
CETL próximo a estrutura dental; liberação de 
flúor. 
  Restauração provisória 
  Principalmente quando se quer evitar uma 
exposição pulpar. 
 
  Objetivos: 
  prote 
 
  
 
  Obs: se continuar removendo o tecido cariado, 
pode haver exposição pulpar. Quando percebe-
se uma resistência maior de remoção,, se faz um 
Tratamento Expectante → para a remoção e 
realiza uma restauração provisória, com óxido de 
zinco e eugenol ou ionômero de vidro, 
mantendo por 45-90 dias. Após, intervém 
removendo a restauração, e em ótimos casos, 
encontra-se uma dentina mais espessa, com 
menos chance de exposição. 
 
 
 
 
SISTEMAS DE CIMENTAÇÃO 
 
Cimentação provisória de inlay/onlay 
 Provy 
 Rely X Temp 
 Hydro C/ Dycal (Dentsply) 
 Temp Bond (Kerr) 
 Temp Bond NE (Kerr): óxido de zinco 
sem eugenol, uma vez que o eugenol 
pode interferir na polimerização dos 
cimentos resinosos, que são muitas 
vezes utilizados para cimentação 
definitiva. Assim, se ficar resíduos de 
eugenol, pode ser que interfira na 
presa do cimentos resinoso definitivo. Então, geralmente 
quando se usa um cimento resinoso para cimentação final 
(cimentação definitiva), tem sido bastante recomendada 
como cimentação provisória materiais sem eugenol. 
 
Obs: quando na cimentação provisória, os cimentos devem 
ter baixa resistência mecânica, visando a facilidade de 
remoção. 
 
 Convencional (fosfato de zinco) 
 CIV convencional 
 CIV resinoso 
 Cimento resinoso (convencional ou auto-adesivo) 
 
 
 
Composição química 
Composição base, a depender da marca. 
 Pó: óxido de Zn (90%) e óxido de Mg. 
 Líquido: ácido fosfórico (40-45%), água, fosfato de Al. 
 Apresenta um pH baixo nas primeiras horas, entre 1-3, a 
depender da marca comercial. Só vai ter um pH mais 
neutro, entre 24-48 horas. Assim, quando aplicado no 
dente, tem acidez, a qual na dentina pode causar 
sensibilidade temporária. 
 
 
 
Reação de presa 
Pó + líquido -- fosfato de Zn 
Reação exotérmica 
 
 reação ácido-base, em que nem todos os 
componentes são consumidos na reação, assim, o 
resultado será uma base de fosfato de zinco, com 
partículas de óxido de zinco e magnésio não reagidas, 
as quais também contribui com a resistência 
mecânica. 
 
Manipulação 
 manipulação lenta, parcial, com placa de vidro 
resfriada, objetivando obter uma boa fluidez com 
capacidade de escoamento. 
 placa de vidro resfriada, no entanto, não deve ser muito 
resfriada, a fim de evitar a formação de gostas de orvalho, 
uma vez que a água pode ser um acelerador de reação, 
reduzindo o tempo de trabalho. 
 a adição de pó no líquido deve ser aos poucos, utilizando 
a maior área da placa (por ter boa dissipação de calor). 
 o tempo de manipulação total depende de cada 
fabricante, variando entre 60-90 segundos. 
 
 
 
 
 
Obs: fluidez suficiente geralmente quando o material realiza 
um “fio” entre 2 cm. 
 
Fatores que influenciam TT e TP 
 velocidade de incorporação do pó: de velocidades 
menores, para maiores. 
 relação pó/líquido: quanto maior a relação p-l menor vai 
ser o tempo de trabalho; quanto mais líquido, maior o 
tempo de trabalho e menor a resistência mecânica. 
 tempo de espatulação 
 temperatura da placa: como é um processo exotérmico, 
com a placa resfriada e o uso da maior área desta, 
desacelera essa reação aumentando o tempo de travalho. 
 Obs: relação p-l e TT recomendados pelo fabricante não 
devem ser alterados. 
 
Propriedades 
 solubilidade em água é boa, mas em ácido (ambiente oral) 
a solubilidade é um pouco maior. 
 resistência a compressão boa. 
 boa retenção mecânica. 
 ácido nas primeiras horas. 
 
 
 
CIV Convencional 
 
Composição química 
 Pó: silicato de cálcio, alumínio e flúor. 
 Líquido: ácido poliacrílico + água 
 o ácido poliacrílico é um ácido menor que o ácido 
fosfórico, assim tem menor agressão à dentina. Também 
possui uma molécula grande e viscosa, tempo de trabalho 
curto. Por essas propriedades, adicionou-se alguns ácidos, 
a fim de melhores propriedades como resistência 
mecânica, fluidez, formas de manipulação e viscosidade. 
 outros ácidos: itacônico, maleico, tartárico e 
tricarboxílico. 
 
Reação de presa 
 basicamente os ácidos atacam as partículas do vidro, 
roubando cálcio. Em segundo momento, ocorre ligações 
do alumínio. Esse processo demora para completar, alguns 
terminam a reação de presa após 24 horas, ou seja, sua 
resistência se dá só após 24 horas, assim, deve-se impedir 
a entrada e saída de água, a fim de que o processo 
ocorra corretamente. Para isso, se isola a restauração com 
um adesivo verniz. 
 no final, terá partículas de cálcio e alumínio formadas, e 
varias partículas livre de flúor que fornecem a capacidade 
de liberaçãode flúor no meio, auxiliando no processo de 
mineralização. As partículas de vidro não reagidas 
conferem aumento da resistência mecânica. 
 
 
 
 
 
Em verde se tem a configuração do ionômero de vidro 
convencional, somente com ácido poliacrílico. Já na linha em 
vermlho, descreve o acréscimo dos outros ácidos, onde se demora 
um pouco mais para ficar viscoso, conferindo tempo de trabalho 
maior, no entando, quando começa a endurecer, toma presa 
rapidamente, no entanto, a reação ainda está ocorrendo. 
 
Problemas 
 Sinérise/embebição. 
 Baixa resistência mecânica quando comparada ao cimento 
resinoso. 
 
CIV modificado por resina 
 
Composição 
 Pó: silicato de cálcio, alumínio e flúor. 
 Líquido: ácido poliacrílico + água + monômeros de 
metacrilato (HEMA) + iniciadores (foto ou químico). 
 pode ter três tipos de presa: a convencional (reação 
ácido-base), fotopolimerização (quando se tem iniciador 
foto), mais uma reação química ácido-base (quando se 
tem iniciador químico), ou ainda uma reação ácido-base 
foto ativada e quimicamente ativada (quando o fabricante 
por os dois tipos de iniciadores). 
 
 
 
Vantagens em relação ao convencional 
 melhores propriedades mecânicas 
 sinérise e embebição menores. 
 
Etapas 
1. Preparo do dente (limpeza, ácido): a maioria indicam 
um condicionamento ácido prévio, que geralmente é 
feito com ácido poliacrílico, não sendo indicado o 
ácido fosfórico. 
2. Manipulação: diferente da do fosfato de zinco, sem 
necessidade de resfriar placa e dividir tantas vezes o 
material, sendo manipulado de uma vez só, dentro do 
tempo preconizado pelo fabricante. 
3. Inserção do cimento. 
4. Remoção de excessos. 
5. Colocação da proteção: vedando para impedir a 
sinérese e embebição. 
 
 
 
 
 
Semelhante a resina composta, no entanto tem maior 
quantidade de matriz e menor quantidade de carga, além 
disso, por ser usado na cimentação, precisa ser mais fluido 
que a resina composta, pois precisa escoar mais, e para essa 
finalidade, se adiciona maior quantidade de matriz resinosa 
com capacidade de fluidez. 
 
São divididos conforme o tipo de tratamento na superfície 
dental: 
 Cimentos resinosos convencionais: sistema adesivo + 
cimento 
 Cimentos resinosos auto-adesivos ou auto-condicionante 
(cimento): geralmente apresentam um pH mais baixo e 
alguns componentes que propiciam adesividade sem 
adição prévia do adesivo. 
 
Tipos de polimerização 
 Quimicamente ativos 
 Foto-ativados 
 Dual (químico-foto): mais usados. 
 
Cimento resinoso convencional 
 Ácido + adesivo + cimento: adesivo pode ser universal 
(não requer condicionamento ácido) ou convencional 
(requer condicionamento ácido). 
 
 
 
 Adesivo self-etching + cimento 
 
 
 
Autocondicionantes 
 RelyX U200 (3M-Espe) 
 BIFIX SE (VOCO) 
 Max Cem (Kerr) 
 
 
 
 
Cimentação de sistemas cerâmicos 
 
 
 
 
 
Etapas 
 Escolha do sistema de cimento resinoso. 
 Sistema com condicionamento ácido ou auto-adesivos: 
ambos, no tratamento em restaurações indiretas, devem 
respeitar o tratamento que o fabricante preconiza para a 
técnica. 
 
Tratamento de superfície da restauração 
Microjateamento: 
 Quando usar: restaurações metalocerâmica, ou alguns 
trabalhos como cerâmicas não condicionáveis, como o 
óxido de alumínio (varia de 30-100 micrômetros, para fazer 
embricamento nessa superfície).. 
 
Ataque ácido 
 Onde usar: superfícies de porcelana ou de vidro, pode-se 
usar ácido fluorídrico em concentrações variando de 5-
10%, em tempos que variam de 20 segundos a 3 minutos, 
à depender do tipo de material trabalhado. 
 por exemplo, em uma cerâmica de vidro de dissilicato de 
lítio, se usa ácido fluorídrico de 5-10%, em tempos de 20-
30 segundos. Já em uma porcelana convencional, se usa 
ácido fluorídrico de 5-10% por 2 minutos. 
 O ácido fluorídrico tem pouca ação em porcelanas 
aluminizadas. Assim, quando em porcelana aluminizada (não 
condicionável) não se aplica ácido fluorídrico, tendo 
melhores resultados de adesão com micro-jateamento + 
silano + cimento resinoso. 
 Adesão em cerâmicas “ácido resistentes”: Micro-
jateamento com partículas pequenas + silano + cimento 
resinoso 
 
Sinalização 
 sempre que utiliza ácido fluorídrico em uma porcelana, se 
usa uma silanização. 
 importante pois faz um elo de ligação entre as partículas 
vitrias expostas junto com o adesivo ou cimento resinoso. 
 quando aplicar: toda vez que fizer um ataque com ácido 
fluorídrico em cerâmicas. 
 tempo: 1-2 minutos. 
 
Materiais dentários i – ufsM 
Resinas compostas 
 
Primeiro usava-se o cimento de silicato. Depois, passou-se a 
usar resinas de polimetacrilato de metila → semelhante às 
bases de dentaduras ainda usadas atualmente. Entretanto 
apresentavam limitações, como baixa resistência ao desgaste, 
pigmentação e contração. Assim, foi incorporado pó de 
quartzo (carga), que não apresentava união com a resina. 
 
Buonocore desenvolveu o condicionamento ácido → 
possibilitando a união do material restaurador com a 
superfície do dente. 
1962: Rafael Lee Bowen sintetiza o Bisfenol A-Glicidil 
metacrilato Bis-GMA. 
 
Compósito restaurador 
 
É um material polimérico, reforçado por partículas de carga 
que são unidas a matriz por um agente de união. 
 
: 
 material resinoso orgânico que forma uma fase 
única envolvendo as partículas de carga. 
 
 partículas de reforço dispersas na matriz. 
 
 promove a adesão entre carga e matriz. 
 
 necessário para converter a resina de uma pasta 
maleável em um material rígido. 
 
 
 prolongam o período validade e o tempo de 
trabalho do material. 
 
 
É uma mistura de monômeros dimetacrilatos aromáticos 
e/ou alifáticos: 
 Bisfenol A-Glicidil Metacrilato (Bis-GMA): dois anéis 
aromáticos que garantem um grande peso 
molecular. 
 Uretano Dimetacrilato (UDMA) 
 Trietilenoglicol Dimetacrilato (TEGDMA) → diluente, 
por ser um material leve e que apresenta facilidade 
em se movimentar entre as cadeias dos outros dois 
materiais. 
 
 
 
 
 
Como o bis-GMA e o UDMA possuem aproximadamente cinco vezes o 
peso molecular do metacrilato de metila, a densidade de grupos com 
ligações insaturadas nos metacrilatos é aproximadamente um quinto 
maior que nos primeiros monômeros, o que reduz proporcionalmente a 
contração de polimerização. O uso de um dimetacrilato também resulta 
em um grande número de ligações cruzadas, o que aumenta a 
resistência e a rigidez do polímero. 
 
 
Partículas inorgânicas e/ou orgânicas formuladas para 
fortalecer uma resina composta, diminuir a expansão 
térmica, reduzir a contração de polimerização e reduzir o 
aumento de volume causado pela absorção de água. Foram 
incorporadas à matriz resinosa para melhorar as 
propriedades mecânicas das resinas compostas. Variam de 
30% a 70% em volume, ou 50% a 85% em peso do 
compósito. Uma distribuição de vários tamanhos de partículas 
é necessária para se incorporar uma quantidade máxima de 
carga na matriz resinosa 
 
Quartzo: 
 um dos primeiros a ser usado. 
 quimicamente inerte, não reagindo com outras 
 
 
substância. Assim, mantém suas características.. 
 pouco usado devido ao seu grande potencial 
abrasivo, difícil obtenção (moagem) e dificuldade de 
polimento. 
 
Vidros e cerâmicas: 
 bário-alumínio-silicato. 
 menos inertes que o quartzo, susceptíveis ao 
ataque de ácidos, fluidos orais e soluções como géis 
de flúor fosfato acidulado. → apesar dessas 
características, ainda é possível obter suas 
propriedades. 
 
Sílica: 
 apresenta-se inerte como o quartzo, porém não é 
tão dura, facilitando o polimento da resina composta. 
 muito usada devido a sua possibilidade de união à 
superfície dentária, como também da possibilidade 
de obter partículas muito pequenas. 
 sílica amorfa. 
 sílica coloidal. 
 
 
 
 aumento da viscosidade, melhora a consistência de 
trabalho → evitando o escoamento, mantendo a 
estrutura durante o trabalho. 
 redução da sorção de água, amolecimento e

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