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Materiais dentários conteúdo digital Sistemas adesivos Módulo 1 Aplicação da adesão: • O ácido fosfórico é o método mais eficaz de promover a retenção da restauração e assegurar uma união interfacial hermética na margem das restaurações; • Esta técnica proporciona uma união forte e durável entre a resina e a estrutura dental. Tratamentos com ácido fosfórico: • Colagem de bracketes ortodônticos; • Facetas laminadas de porcelana; • Restauração com resina composta; • Selantes de sulcos e fissuras; • Cimentos adesivos. Mecanismo de adesão: Para que a adesão de materiais restauradores á estrutura dental seja alcançada, são necessárias 3 condições: • A estrutura dental deve ser conservada: a estrutura do dente deve ser conservada ao máximo; • Retenção ideal deve ser alcançada: para uma boa adesão de materiais restauradores á estrutura dental, deve ter uma retenção ideal; • Micro infiltração deve ser prevenida: o principal fator que leva a micro infiltração marginal é a contração de polimerização. A prevenção é a técnica incremental nas restaurações de resina; fatores que influenciam ou não na adesão: • Energia de superfície e molhamento; • Interpenetração (formação de camada híbrida); • Retenção micromecânica; • Adesão química. Energia de superfície e molhamento • Mecanismo de adesão; • Para obter contato intimo, deve estar espalhado sobre a superfície e penetrar; • Molhamento de superfície com o adesivo só estará correta se estiver no ângulo de 0º, ou seja espalhada sobre a superfície toda sem bolhas ou excesso em uma das parte; • condicionamento ácido, contaminantes são removidos e microporosidades são criadas, sendo largamente aplicada para promover alta energia de superfície no dente e ajudar no molhamento com o adesivo; Adesão intraoral Para se obter, é necessário o molhamento, mas somente ele não garantirá a durabilidade da adesão. Para que haja adesão durável ele deve ser hidrofílico para aumentar a compatibilidade com a água e resistente á hidrólise para segurar longevidade. • Monômeros acídicos com grupamento fosfato e carboxílicos tem potencial de formar ligações químicas com p cálcio na estrutura dental residual; • Estabilidade hidrolítica é a resistência à degradação química pela água; Interpenetração (camada híbrida) Após o preparo cavitário, a dentina fica coberta pela smear layer, não oferecendo porosidade superficial para que o adesivo penetre na intimidade do substrato. Por isso é necessário a aplicação do ácido fosfórico para remover a smear layer e demineralizará a superfície da dentina, expondo fibras colágenas por onde a resina deverá se infiltrar e polimerizar. Retenção micromecânica Também chamada de união mecânica, une uma substancia á outra e pode ser conseguida por meios mecânicos, não apenas por atração molecular. Adesão química Monômeros acídicos tem potencial em formar ligações químicas com cálcio na estrutura dental residual. Módulo 2 Mecanismo de união em esmalte O condicionamento com o ácido fosfórico é fundamental para aumentar a energia superficial e obter uma superfície de esmalte que atraia o adesivo. Ele remove uma camada superficial do esmalte de 10 micrometros criando uma camada de microporosidade de 5 a 50 micrometros, assim o adesivo escorre pelas microporosidades. A união do adesivo acontece pelo aumento da energia superficial do esmalte de 28 para 72 dinas/cm após o condicionamento, criando microporosidade. Com isso a área de superfície preenchida pelo adesivo forma os prolongamentos (TAGS). Criando então uma união adequada entre o substrato sólido (esmalte) e o liquido (adesivo). Aplicação do ácido fosfórico • O condicionamento desse acido deve ser aplicada e deixar entre 15 e 60 segundos no esmalte. • Para boa retenção do ácido ele deve ter concentrações de ácidos entre 30% e 40% Aplicação do ácido Sobre a dentina: Para realizar aplicação sobre a dentina deve ser mantida úmida. Sobre o esmalte: para aplicar deve ser mantido seco para assegurar maior resistência de união com resinas hidrofóbicas. Lama dentinária (smear layer) uma camada de resíduos: sangue, saliva, fragmentos da broca, óleo do motor, dentina, que ficam na superfície do dente durante o preparo cavitário. Smear plug essa camada de resíduos entra pelos túbulos dentinários se aderindo de forma precária ao substrato dentário. Classificação dos sistemas de adesivos Remoção parcial/ modificação da smear layer: o primer ( acido de baixa concentração, monômero hidrófilo e ésteres fosfatados) aplicado sobre a dentina, secado com jato de ar e mantido. O adesivo é aplicado sobre o esmalte que foi condicionado com ácido fosfórico. Mecanismo de união: dissolução parcial ou modificação da smear layer permitindo penetração do adesivo na dentina, obtendo união química e micromecânica. Remoção total da smear layer: condicionamento total com ácido no esmalte e dentina, seguida por primer e adesivo contidos em frascos diferentes ou iguais. Mecanismo de união: na dentina é baseada na ação do ácido fosfórico, removendo a smear layer totalmente e demineralizando a dentina peri e intertubular, colocando à mostra rede de colágeno e alargando a entrada dos túbulos dentinários. Mecanismo de adesão dos sistemas adesivos à porcelana Ácido fluorídrico até 10% e o adesivo é o silano • A aplicação é feita com ácido fluorídrico com função de condicionar a superfície da porcelana criando microretenções que serão preenchidas pelo adesivo. • O silano favorece união química entre o agente cimento resinoso e a porcelana. A união por imbricamento micromêcanico e algum potencial de união química proporcionada pelo uso do silano. Classificações de adesivos Adesivo convencional: • Feito com acido fosfórico • Adesivo convencional 3 passos: ácido + primer + adesivo • Adesivo convencional 2 passos: ácido + primer/adesivo Adesivo autocondicionante • O ácido vem junto com o primer • Condicionante 1 passo: ácido /primer/adesivo • Condicionante 2 passos: ácido/primer + adesivo Adesivo universal • Um adesivo autocondicionante de uma passo clínico • Pode ser aplicado em esmalte e dentina mediante a um condicionamento ácido ou não; O CD escolhe o tipo de procedimento sendo eles: • Condicionamento ácido prévio; • Condicionamento ácido seletivo do esmalte; • Autocondicionante. Vantagens e desvantagens dos sistemas adesivos Vantagens • Diminui manchamento marginal; • Reduz microinfiltração na interface; • Selamento do dente e proteção da polpa; • Diminui sensibilidade pós-operatória; • Preservação do tecido dental hígido durante o prepraro cavitário; • Distribuição maior do estresse sobre o dente pela união adesiva; • É possível confeccionar reparos de restaurações deficientes com mínimo de desgaste dental; • Realizações de restaurações estéticas com mínimo ou sem desgaste possível. Desvantagens • A Inabilidade do cirurgião dentista pode resultar em insucesso do sistema de adesão; • Tipo substrato: um substrato sujeito a alterações fisiológicas de esclerose dentinária em função do processo de envelhecimento ou a cáries, abrasão e erosão química; • Umidade de dentina: após o condicionamento com ácido, lava-se com água, mas a dentina não pode ficar com excesso de água( overwet), assim o adesivo tem um empenho deficiente. • Flexão dental: restaurações de lesões por perda da estrutura dentária e de pacientes com apertamento, podem gerar estresse na região cervical, onde é mais difícil a união adesivo/dente. Indicações dos sistemas adesivos • Restaurações de resina compostar direta e indireta; • Restaurações de materiais ionoméricos;• Restaurações de porcelana; • Restaurações com ligas metálicas; • Colagem dental; • Proteção pulpar; • Dessensibilização dentinária; • Reparo de restaurações; • Selantes; • Reforço radicular; • Cimentação de pinos intra-radiculares; • Confecção de núcleos parciais diretos; • Regularização da dentina para procedimentos indiretos; • Pré-hibridização da dentina; • Colagem de brackets ou dispositivos ortodônticos. Módulo 3 Resinas compostas Matriz resinosa A matriz resinosa é constituída pelo bisfenol-A glicidil metacrilato ou pelo uretano dimetacrilato. São componentes orgânicos que constituem a parte química ativa das resinas compostas. Esses monômeros estabelecem ligações cruzadas no momento da polimerização, entregando resistência ao material. O Bis-GMA e o UDMA têm alto peso molecular e são bastante viscosos quando expostos à temperatura, o que dificulta a incorporação de carga à matriz resinosa. Partículas de carga Após o progresso do Bis-GMA, conseguiu-se adicionar partículas inorgânicas à parte orgânica, otimizando as propriedades físicas do material. O primeiro material usado para ser incorporado nos materiais resinosos foi o quartzo, utilizado atualmente. Com o desenvolvimento dos compósitos odontológicos, outros tipos de carga foram adicionados, como a sílica coloidal e o vidro de fluorsilicato de alumínio. O bário e o estrôncio foram incorporados para conferir radiopacidade ao material. Silanos Os silanos são moléculas que apresentam a capacidade de se unir quimicamente à superfície da carga, bem como à matriz orgânica, fazendo surgir uma interface adesiva bastante digna. As resinas compostas apresentarão um comportamento mecânico satisfatório, pois o silano une as partículas de carga, de maneira estável, à matriz orgânica. Quando a resina composta é submetida a tensões, ela age como uma unidade e, desta forma, tais tensões são dissipadas ao longo da interface adesiva criada pelo silano. Iniciadores Os iniciadores são agentes que provocam a reação de polimerização das resinas compostas. Nos compostos quimicamente ativados, quando a pasta-base e a catalisadora são misturadas, a amina terciária segmenta o peróxido de benzoíba, iniciando o processo de autopolimerização. Já nas resinas compostas fotopolimerizáveis, o uso de luz visível com comprimento de onda em torno de 470 nanômetros ativa a canforoquinona (iniciador), causando interação reativa com uma amina terciária. VANTAGENS E DESVANTAGENS DAS RESINAS COMPOSTAS Vantagens: • Restaurações estéticas excelentes; • Preparo conservador (limitado à remoção do tecido cariado); • Reforça o remanescente dental perdido; • Facilidade de reparação; • Melhor custo quando comparada a restaurações indiretas; • Adere às microestruturas. Desvantagens: • Contração de polimerização; • Técnica mais sensível (mais fases para ficar pronta); • Elevado custo quando comparado ao amalgama; • Menos durabilidade quando comparado ao amálgama; • Baixa estabilidade da cor (manchamento superficial). Classificação das resinas compostas e sua utilização Tamanho das partículas: • Microparticuladas: Compostas por partículas de sílica coloidal com tamanho médio de 0,04 micrometros. Resinas com excelente estética, javascript:void(0) mas não possuem boa resistência. Utilizadas na vestibular, na cervical e em áreas onde se precisa de um ótimo polimento, mas que não há esforço mastigatório; • Hibridas: Compostas por macro e micropartículas que apresentam tamanho médio entre 1 e 5 micrometros. Indicadas para dentes posteriores; • Macroparticuladas ou convencionais: Compostas por partículas que têm tamanho entre 15 e 100 micrometros. Foram as primeiras resinas compostas e não são mais utilizadas; • Macro- híbridas ou nano- híbridas: Compostas por uma combinação entre micropartículas (0,04 micrometros) e partículas maiores (máximo 2 micrometros). O tamanho médio das partículas é entre 0,6 a 0,8 micrometros. Resina universal, boa resistência mecânica e boa estética. Podem ser utilizadas em dentes posteriores e anteriores; • Nanoparticuladas: Compostas por partículas de carga entre 20 e 75 nanômetros. Resina universal, indicada para dentes anteriores e posteriores. Método de ativação • Quimicamente ativadas: São as resinas compostas que apresentam uma pasta-base e outra catalisadora, somente polimeriza após serem misturadas; • Fotoativadas: São as resinas compostas que apresentam fotoiniciadores e somente polimerizam-se em presença de luz; • Duais: São as resinas compostas que apresentam os dois sistemas de ativação, químico e físico (luz). Escoamento • Alto escoamento FLOW: Resinas compostas que apresentam alto escoamento. Contém ponteiras que se adaptam à seringa, permitindo aplicar mais facilmente nas cavidades; • Médio escoamento: Resinas compostas micro-híbridas e microparticuladas que são inseridas nas cavidades com o auxílio de espátulas; • Baixo escoamento (condensável): A principal característica é a resistência ao escoamento. Mantêm a forma por algum tempo após a inserção na cavidade, antes da fotopolimerização. Matriz resinosa Partículas de carga Silanos Iniciadores VANTAGENS E DESVANTAGENS DAS RESINAS COMPOSTAS Vantagens: Desvantagens:
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