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Implantes odontológicos

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GABRIELA MACHADO CTBMF III ODONTOLOGIA UFSM
Implantes odontológicos
TIPOS DE IMPLANTE
Implantes convencionais: forma cápsula fibrosa.
Subperiósteos: abaixo do periósteo
Transósseos: incisão no mento e martelava até sair um pino no alvéolo para encaixar uma prótese total
Endósseos: semelhantes aos de hoje  dentro do osso, forma cilíndrica e de lâmina.
Implantes osseointegrados: 
· endósseos. 
· mais usado hoje. 
· rosqueados no osso em uma cavidade feita previamente.
· índice de sucesso maior que 90%.
· perdas maiores nos dois primeiros anos
· perdas maiores na região posterior da maxila  melhor osso esponjoso e osso medular (como PMI)
Outros aspectos:
QUANTO A FORMA:
· cilíndrico: são mais passivos, entra de forma passiva  áreas de osso denso e forte.
· cônico: conforme vai entrando vai imbricando  osso esponjoso e mais fraco híbridos
· bi-cônicos: cônicos desde a cervical; favorecem a carga imediata; indicada para todos os tipos ósseos 
QUANTO A LARGURA E COMPRIMENTO:
· importante para a adaptação necessária do pino à área anatômica da mandíbula ou da maxila
· convencional: até 8,0 mm
· curto: entre 8 - 6mm
· extra-curto: abaixo de 6mm (neodent, straumann) reabsorção óssea severa, áreas com acidentes anatômicos próximos (seio, nervo, lesões)
QUANTO AO TIPO DE ROSCA:
· mais quadradas: melhor em ossos mais macios 
· mais cortantes: osso mais denso; exemplo mandíbula 
· rosca simétrica: menor imbricamento, tem uma forma menos retentiva
QUANTO A QUALIDADE ÓSSEA
· osso tipo 1 ou D1: muito cortical; cortical densa com pouco trabeculado; sínfise.  
· tipo 2: osso cortical denso associado com o osso trabeculado grosso  região do canino.
· tipo 3: cortical fina e trabeculado grosso  no túber, região lateral de mandíbula e incisivos 
· tipo 4: muito medular; trabecular fino; seios maxilares  pouca estabilidade para o implante
· D5: osso imaturo; ex: alvéolo em processo cicatricial, enxertos ósseos 
· mandíbula tem mais tipo I e II
· ideal: tipo 2 ou 3
	ESQUEMA DE CLASSIFICAÇÃO DA DENSIDADE ÓSSEA DE MISCH
	DENSIDADE ÓSSEA
	DESCRIÇÃO
	ANALOGIA TÁTIL
	LOCALIZAÇÃO TÍPICA
	D1
	Osso cortical denso
	Tábua de carvalho ou bordo
	Mandíbula: anterior
	D2
	Osso cortical poroso e trabecular grosso
	Pinheiro ou abeto
	Mandíbula: anterior e posterior
Maxila: anterior
	D3
	Osso cortical poroso (estreito) e trabecular fino
	Madeira balsa
	Mandíbula: anterior e posterior
Maxila: posterior
	D4
	Osso trabecular fino
	Isopor
	Maxila: posterior
QUANTO AO TRATAMENTO DA SUPERFÍCIE:
· lisos ou não tratados	
· rugosos ou tratados
QUANTO A CABEÇA DO IMPLANTE:
· Hexágono externo
· Hexágono interno
· Cone Morse: vantagem o vedamento das superfícies
CLASSIFICAÇÃO DA COLOCAÇÃO DOS IMPLANTES ODONTOLÓGICOS E INSTALAÇÃO COM A PRÓTESE
· Carga tardia ou em estágios: prótese implantossuportada com carga oclusal após 3 meses da instalação dos implantes; pode ser em dois estágios cirúrgicos, que cobre o implante com tecido mole ou abordagem em um único momento cirúrgico, que expõem parte do implante na cirurgia inicial.
· Carga precoce: prótese implantossuportada em oclusão, instalada entre 2-3 semanas a inserção do implante
· Carga imediata: prótese provisória ou definitiva em contato oclusal sobre implante, instalada cerca de 2 semanas após a inserção do implante.
· Prótese imediata não funcional: prótese implantossuportada com nenhuma carga oclusal direta após 2 semanas da instalação do implante, e cogitada principalmente para pacientes parcialmente desdentados. Uma restauração não funcional precoce descreve uma restauração num paciente parcialmente desdentado instalada entre 2-3 meses após inserção do implante.
· travamento do implante e tipo de prótese interferem na escolha da carga
· convencional: pode ser sepultado ou com cicatrizador  melhor porque não vai mais precisar abrir.
· imediato: permite único momento operatório, menor tempo e melhor estética, mas tem por desvantagens a maior dificuldade de estabilização e impossibilidade de previsibilidade
IMPLANTES OSSEOINTEGRADOS
Vantagens:
· mantem osso
· são mais eficientes que as próteses totais e parciais de extremo livre
· melhor que a prótese adesiva para áreas unitárias  dente único com abas de metal que eram coladas nos vizinhos por palatina
· não requerem desgastes dos dentes vizinhos  como nos casos das PPF.
Desvantagens:
· sem vantagem funcional sobre próteses fixas comuns
· são limitadas pela questão estética (colo do dente) e a disponibilidade óssea
· tempo maior de tratamento (esperar osseointegração)
· custo mais elevado. 
Contra indicação:
· doença aguda ou terminal
· gestação
· doença metabólica descompensada
· irradiação no local do implante
· expectativa irrealista (não é igual o dente natural)
· motivação inadequada
· falta de experiência do cirurgião
· incapacidade de restaurar proteticamente  tanto incapacidade óssea como de coroa.
	LIMITAÇÕES ANATÔMICAS PARA A COLOCAÇÃO DE IMPLANTES
	Distâncias interimplantes
	3 mm
	Canal alveolar inferior/mandibular
	2 mm
	Nervo mentoniano
	5 mm anterior
	Bordo inferior da mandíbula 
	1 mm
	Dente natural adjacente
Raiz de dentes adjacentes
	0,5 mm
1,5 mm
	Tábua vestibular
	0,5 mm
	Tábua lingual
	1 mm
	Assoalho dos seios maxilares e nasais
	1 mm
	Cavidade nasal
	1 mm
	Canal incisivo
	Evitar
Condições necessária para o uso de implantes:
· condições gerais da saúde do paciente
· capacidade do paciente de manter higiene bucal adequada
· estabilidade emocional e entendimento da terapia de implante, das limitações e da responsabilidade do paciente
· condições locais de tecidos moles e duros
· avaliação dos aspectos morfológicos da área (antes e depois)
· exame radiográfico e tomográfico (comprimento e largura exato de osso)
· utilização de guia cirúrgico e radiográfico  entrosamento com a prótese.
OPÇÕES PROTÉTICAS DOS IMPLANTES:
Paciente parcialmente edêntulo:
· extremo livre distal: paciente tem só até o canino, coloca implante bem posterior
· longa distância edêntula: não tem todos os incisivos, coloca dois implantes e prótese fixas ou todos
· reabilitação com implante unitário: paciente perdeu um dente só.
Substituição de cinco dentes anteriores superiores. A. Vista de pré-tratamento. B. Quatro pilares de zircônio personalizados projetados e assistidos por computador e de fabricação assistida por computador para uma prótese parcial fixa. C. Resultado final.
Paciente totalmente edêntulo:
>> PRÓTESE FIXA COMPLETAMENTE SUPORTADA POR IMPLANTES: em geral, essa opção é mais bem adequada para o paciente que perdeu pouco osso e está apenas substituindo falta de dentes. O cenário mais comum é aquele em que faltam ossos, tecidos moles e dentes, e a prótese deve ser projetada para substituir todos os três.
Tratamento da maxila edêntula com prótese apoiada em implante fixo. A. Maxila com oito implantes. B. Prótese híbrida fabricada com uma estrutura de titânio fresada e porcelana aplicada para substituir a gengiva e os dentes. C. Próteses híbridas superiores e inferiores completas. D. Resultado estético do caso.
>> DENTADURA SUPORTADA SÓ POR IMPLANTES (OVERDENTURE): barra metálica não encosta na gengiva e não tem força sobre tecidos, só sobre o implante.
Tratamento da maxila edêntula com sobredentadura totalmente sustentada por implante. A. Maxila com seis implantes. B. Barra de titânio fresada com quatro acessórios de localização. C a E. Sobredentadura maxilar com palato aberto e fundição interna que se ajusta com precisão à barra fresada. F. Resultado final.
>> DENTADURA SUPORTADA POR IMPLANTES E TECIDOS:
 
Implante e tratamento protético da mandíbula edêntula com implante e sobredentadura de suporte de tecidos moles. A. Quatro implantes com acessórios localizadores no lugar para um implante retido de sobredentadura. 
B e C. A sobredentadura é reforçada com uma estrutura de metal fundido. D. Dentadura maxilar completa convencional oposta a uma prótese dentáriaretida por localizador mandibular.
Osseointegração
· conexão direta estrutural e funcional entre o osso vital organizado e a superfície de um implante submetido à carga funcional. Branemark, 1969.
· Saucerização: união entre os componentes intermediários e o implante; é a perda óssea fisiológica ao redor da plataforma dos implantes  perda de 1,5mm no 1° ano 
Sucesso dependente:
· material biocompatível 
· cirurgia atraumática para minimizar os danos ao tecido
· colocação de implante em contato profundo com osso
· imobilidade do implante, relativo ao osso, durante a fase de cicatrização
· condições dos tecidos
· planejamento da colocação
· técnica cirúrgica empregada: controle de temperatura, proximidade física osso-metal (quanto mais apertado entrar é melhor), ausência de carga precoce (hoje tem técnicas que usam), condições estéreis e instrumental adequado.
>> quanto mais paralelo ficar o implante, melhor.
TÉCNICA DE COLOCAÇÃO DOS IMPLANTES 
	
>> Confecção do leito pelo escalonamento de brocas: irrigação; velocidade de perfuração; qualidade da broca; tempo de uso da broca.
>> Confecção do leito pelo escalonamento de expansores: biocompatibilidade/aquecimento; preservação de estruturas; quantidade de osso; custo/desconforto do paciente.
Obs: micromotores elétricos; indução elétrica (toda a parte que está ligada ao micromotor pode ser esterilizada), carvão ativado (não pode autoclavar).
Componentes restauradores do implante. A. Instalação do implante. B. Parafuso de cobertura. C. Pilar de cicatrização. D. Poste de impressão de moldeira fechada. E. Poste de impressão de moldeira aberta. F. Análogo de implante. G. Pilar de zircônio personalizado. H. Pilar encerável/fundível. I. Parafuso protético.
1. Cirurgia I: colocação 
2. Cirurgia II: 90 a 180 dias depois (exposição); conexão do pilar transgengival  parte mais comprida só que aparece na cavidade oral. 
3. forma gengiva em volta; depois de uns dias molda para prótese, com poste de moldagem e análogo. 
A. Pilar de cicatrização da Nobel Biocare®. B. Um pilar de cicatrização sendo colocado no implante. 
Dois pilares de cicatrização no local. Visão clínica após a remoção do pilar de cicatrização. Observa-se como o tecido foi modelado pelo contorno do pilar de cicatrização. .
REFERÊNCIAS:
Hupp, James R. Cirurgia oral e maxilofacial contemporânea/James R. Hupp, Edward Ellis III, Myron R. Tucker; 2021.. Cap. 14.
Misch, C. E. (2005). Bone Density: A Key Determinant for Clinical Success. In Misch, C. E. (Ed.), Dental Implants Prosthetics (pp 130-135). Saint Louis, EUA: Mosby, Inc. 
Misch, C. E. (2005). Generic Root Form Component Terminology. In Misch, C. E. (Ed.), Dental Implants Prosthetics (pp 32-33). Saint Louis, EUA: Mosby, Inc.
https://www.odontologistas.com.br/odontologistas/protese/principios-biologicos-da-implantodontia/ 
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