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Resolução de Conflitos

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INTRODUÇÃO. 
Segundo Cássio Scarpinella Bueno são quatro os institutos fundamentais do Direito Processual Civil: 
Jurisdição; Processo; Ação; e a Defesa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TÓPICO: FORMAS HISTÓRICAS DE RESOLUÇÃO DE CONFLITOS. 
Nas palavras de Carnelutti uma lide é “um conflito de interesse qualificado por uma pretensão 
resistida” (apud MONNERAT, 2015, p. 30). Neste tópico vamos ter uma noção dos modos históricos 
de resolução destes conflitos.
 
 
Antigamente reinava a autotutela. 
A autotutela (ou autodefesa) é a forma mais primitiva de solução dos conflitos, na qual há o emprego 
da força por uma das partes, e a submissão da parte contrária. A força pode ser entendida em 
diversas modalidades: física, moral, econômica, social, política, cultural, filosófica, etc. Atualmente, 
em regra, a autotutela é vedada pelo ordenamento jurídico, sendo considerada crime. 
Excepcionalmente, a autotutela é admitida, como nos casos do Direito Penal, em que se aplica a 
legítima defesa (art. 23, II c/c 25, CP); e do Direito Civil, em que é admitido o desforço imediato na 
tutela da posse (art. 1.210, § 1º, CC - No tópico “Dos efeitos da posse / Ações possessórias”). 
 
Depois da autotutela passou a reinar a arbitragem, mas como ainda não existia o Estado, essa 
arbitragem era a única forma de resolução de conflito. A arbitragem era facultativa, depois passou a 
ser obrigatória, mas ainda não era feita pelo Estado. Com o fortalecimento da noção de estado 
(governo soberano no plano interno e independente no plano externo; povo; território) (ainda alguns 
doutrinadores como Dalmo de Abreu Dallari, citam que os elementos do Estado é POVO + 
GOVERNO + TERRITÓRIO + FINALIDADE/OBJETIVOS que estão no Art. 3º da CF/88) e com a 
separação de poderes, passou ao Estado, mas precisamente ao poder judiciário a competência de 
solucionar as lides, competência chamada de JURISDIÇÃO, através do processo. 
 
Como forma de desafogar o poder judiciário, o CPC de 2015 incentiva a autocomposição 
(mediação e conciliação), que pode ser feita pelo Estado ou não. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://www.avaeduc.com.br/signer/cm-kls-content/201901/INTERATIVAS_2_0/TEORIA_GERAL_DO_PROCESSO/U1/S1/index.html
 
FONTES E MÉTODOS ALTERNATIVOS DE RESOLUÇÃO. 
Segundo Cássio Scarpinella Bueno além da arbitragem, mediação e conciliação, ainda existem a 
negociação; a transação; a avaliação por terceiro neutro; entre outros meios de solução de conflitos, 
ainda que embrionárias no direito brasileiro. 
 
A Constituição Federal (BRASIL, 1988) é expressa ao preceituar, em seu artigo 5º, inciso XXXV, que 
“a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito”. Por seu turno, 
o Código de Processo Civil (BRASIL, 2015) assevera que “não se excluirá da apreciação 
jurisdicional ameaça ou lesão a direito” (artigo 3º, caput). 
 
Comentando a diferença de redação entre os dois artigos, doutrinam Wambier et al. (2015, p. 58-59) 
que “[...] a única alteração, de ‘apreciação do Poder Judiciário’ (CF) para ‘apreciação jurisdicional’ 
(NCPC) tem o sentido de indicar que às ameaças ou lesões a direito deverão ser dadas soluções de 
direito, mas não necessariamente pelo Poder Judiciário”. 
 
É justamente nesse sentido que o Código de Processo Civil (BRASIL, 2015) disciplina, de forma 
expressa, a permissão da arbitragem (artigo 3º, § 1º) e, ainda, que a conciliação, a mediação e 
outros métodos de solução consensual de conflitos deverão ser estimulados, inclusive no curso do 
processo judicial (artigo 3º, § 3º). 
 
QUESTÃO: Ano: 2017. Banca: CESPE. Órgão: TCE-PE. 
A lide é o conflito de interesse qualificado pela existência de uma pretensão resistida (até 
aqui está certo), sendo sempre de competência do Poder judiciário. 
ERRADO. A lide é o conflito de interesse qualificado pela existência de uma pretensão 
resistida, mas nem sempre de competência do Poder Judiciário, porque existe a arbitragem, 
mediação e conciliação entre outros. 
 
Trabalho da Faculdade: Redija um texto dissertativo sobre a mediação na realidade brasileira, 
identificando em qual tipo de composição de conflitos a mediação se encaixa, as alterações 
trazidas pelo Código de Processo Civil e sobre a mediação on line no Brasil. 
Com o surgimento e fortalecimento do Estado na sociedade, os conflitos entre os particulares 
deixaram de ser resolvidos com as próprias mãos. A legislação brasileira permite, 
excepcionalmente o uso das próprias forças, como se verifica no instituto da legítima defesa 
e no desforço imediato em ações possessórias, mas em regra, o responsável a dirimir as lides 
entre os cidadãos é o poder judiciário. 
Quando o poder judiciário resolve uma lide entre pessoas, fica caracterizado a hétero 
composição, isto é, um terceiro que resolve o conflito entre as partes impondo a sua decisão 
sobre elas. Assim, temos ainda a arbitragem como outra espécie de hétero composição, haja 
vista o árbitro também impor a sua decisão sobre as partes. 
Por outro lado, ainda existe outro modo de resolver conflitos: a autocomposição, que se 
subdivide em autocomposição direta (acordo direto entre as partes) e a autocomposição 
indireta (há um terceiro mediador. Pode ser uma mediação ou uma conciliação). Nas duas 
espécies de autocomposição há um acordo entre as partes (mesmo na indireta o mediador e o 
conciliador não impõem a sua vontade sobre as partes), o que evita a instauração de um 
processo judicial. 
Tendo em vista o número exorbitante de processos existentes a ser enfrentado pelo poder 
judiciário, o Estado tem interesse nos métodos de autocomposição e, por isso, o Código de 
Processo Civil de 2015 inovou em relação ao anterior prevendo em seu artigo 165 que “Os 
tribunais criarão centros judiciários de solução consensual de conflitos, responsáveis pela 
realização de sessões e audiências de conciliação e mediação e pelo desenvolvimento de 
programas destinados a auxiliar, orientar e estimular a autocomposição.” assim como o seu 
 
art. 3º, § 2º dispõe que: “O Estado promoverá, sempre que possível, a solução consensual 
dos conflitos.”. 
Há relatos dos tribunais de que a grande maioria das vezes em que ocorre a audiência de 
mediação ou conciliação antes ou durante o processo, há acordo, resolvendo-se o conflito, 
demonstrando a efetividade da ferramenta, trazendo um grande avanço para toda a 
sociedade. 
Outrossim, faz-se necessário observar que a autocomposição não se aplica ao direito penal. 
Por fim, é imperioso relatar que ainda existe a modalidade on-line de autocomposição através 
da ferramenta consumidor.gov.br, que aproxima o consumidor e fornecedor em uma relação 
de consumo, resolvendo-se a lide com acordo entre as partes, afastando a necessidade de 
acesso ao poder judiciário. 
 
Observação: A mediação é usada em casos de divórcio ou qualquer outro caso em que as 
partes já mantinham alguma relação. A conciliação acontece em caso em que as partes não 
se conheciam antes, como por exemplo um acidente de trânsito entre pessoas deconhecidas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ARBITRAGEM. 
Ressalte-se que a arbitragem pode se dar por cláusula compromissória/cláusula arbitral 
previamente pactuada em contrato, em que são estabelecidas as condições para a realização de 
resolução de conflitos, ou por compromisso arbitral, momento em que, uma vez ocorrido o litígio 
entre as partes, estas estabelecem a escolha do juízo arbitral em vez do Poder Judiciário para a 
resolução de controvérsias. Temos então a Convenção de arbitragem que é o gênero, em que 
suas espécies são: cláusula compromissória/cláusula arbitral e compromisso arbitral. Seu 
procedimento é previsto em lei extravagante, ou seja, fora do Código de Processo Civil. Se 
encontram dentroda Lei nº 9.307/1996 (BRASIL, 1996), preceituando que podem se valer desse 
meio de solução de conflitos a administração pública e as pessoas capazes de contratar, dirimindo, 
assim, litígios relativos a direitos patrimoniais disponíveis. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUESTÕES DE ARBITRAGEM. 
QUESTÃO: Ano: 2014. Banca: BIO-RIO. Órgão: EMGEPRON. Prova para Advogado. 
Nos termos da lei de arbitragem, o árbitro deve: 
A) ser de nível superior 
B) possuir ensino médio completo 
C) ser da confiança das partes (GABARITO) 
D) sofrer nomeação pelo Juiz 
COMENTÁRIO: Lei 9.307/96: Art. 13. Pode ser árbitro qualquer pessoa capaz e que tenha a 
confiança das partes 
 
QUESTÃO de Direito Processual Civil – CPC. Ano: 2010 (Mas está atualizada). Banca: 
CESGRANRIO. Órgão: Petrobras. Prova de Advogado. 
De acordo com a Lei no 9.307/96, que dispõe sobre a arbitragem, será denegada (o mesmo 
que negada) a homologação para o reconhecimento ou execução da sentença arbitral 
estrangeira, se constatado que 
A) a decisão ofende a ordem pública nacional. (GABARITO) 
B) a sentença arbitral foi proferida fora do território nacional (ERRADO. Ela pode ser proferida 
fora do território nacional. Ela só não pode ser proferida fora dos limites da convenção de 
arbitragem.) 
C) os efeitos da decisão recairão sobre os sucessores das partes. (ERRADO) 
D) houve prévia denegação da homologação por vícios formais. (ERRADO. Ver o artigo 40 da 
lei 9.307/96) 
E) há voto em separado de árbitro divergente do da maioria. (ERRADO, pode haver voto 
divergente do da maioria) 
COMENTÁRIO: Lei 9.307/96, 
Art. 38. Somente poderá ser negada a homologação para o reconhecimento ou execução de 
sentença arbitral estrangeira, quando o réu demonstrar que: 
I - as partes na convenção de arbitragem eram incapazes; 
II - a convenção de arbitragem não era válida segundo a lei à qual as partes a submeteram, ou, 
na falta de indicação, em virtude da lei do país onde a sentença arbitral foi proferida; 
III - não foi notificado da designação do árbitro ou do procedimento de arbitragem, ou tenha 
sido violado o princípio do contraditório, impossibilitando a ampla defesa; 
IV - a sentença arbitral foi proferida fora dos limites da convenção de arbitragem, e não foi 
possível separar a parte excedente daquela submetida à arbitragem; 
V - a instituição da arbitragem não está de acordo com o compromisso arbitral ou cláusula 
compromissória; 
VI - a sentença arbitral não se tenha, ainda, tornado obrigatória para as partes, tenha sido 
anulada, ou, ainda, tenha sido suspensa por órgão judicial do país onde a sentença arbitral 
for prolatada. 
Art. 39. A homologação para o reconhecimento ou a execução da sentença arbitral 
estrangeira também será denegada se o Superior Tribunal de Justiça (E NÃO O STF) constatar 
que: 
I - segundo a lei brasileira, o objeto do litígio não é suscetível de ser resolvido por arbitragem; 
II - a decisão ofende a ordem pública nacional. 
Art. 40. A denegação da homologação para reconhecimento ou execução de sentença arbitral 
estrangeira por vícios formais, não obsta que a parte interessada renove o pedido, uma vez 
sanados os vícios apresentados. 
 
 
 
 
 
 
Art. 32: É nula a sentença arbitral se (aqui não se trata da estrangeira, mas de maneira 
genérica): 
I - for nula a convenção de arbitragem; 
II - emanou de quem não podia ser árbitro; 
III - não contiver os requisitos do art. 26 desta Lei; (pode pleitear a nulidade) 
IV - for proferida fora dos limites da convenção de arbitragem; (pode pleitear a nulidade) 
VI - comprovado que foi proferida por prevaricação, concussão ou corrupção passiva (não 
pode pleitear); 
VII - proferida fora do prazo, respeitado o disposto no art. 12, inciso III, desta Lei; e 
VIII - forem desrespeitados os princípios de que trata o art. 21, § 2º, desta Lei. 
 
Art. 26. São requisitos obrigatórios da sentença arbitral (É interessante decorar esse artigo 
junto com o 10 e o 11 desta lei): 
I - o relatório, que conterá os nomes das partes e um resumo do litígio; 
II - os fundamentos da decisão, onde serão analisadas as questões de fato e de direito, 
mencionando-se, expressamente, se os árbitros julgaram por eqüidade; 
III - o dispositivo, em que os árbitros resolverão as questões que lhes forem submetidas e 
estabelecerão o prazo para o cumprimento da decisão, se for o caso; e 
IV - a data e o lugar em que foi proferida. (local, ou locais, onde se desenvolverá a arbitragem 
é facultativo) 
Parágrafo único. A sentença arbitral será assinada pelo árbitro ou por todos os árbitros. 
Caberá ao presidente do tribunal arbitral, na hipótese de um ou alguns dos árbitros não poder 
ou não querer assinar a sentença, certificar tal fato. 
 
Art. 10. Constará, obrigatoriamente, do compromisso arbitral (A lei não fala o que deve 
constar na cláusula compromissória/cláusula arbitral, porque essa é definida no contrato 
pelas partes de como deve ser) (é interessante decorar os artigos 10, 11 junto com o 26): 
I - o nome, profissão, estado civil e domicílio das partes; 
II - o nome, profissão e domicílio do árbitro, ou dos árbitros, ou, se for o caso, a identificação 
da entidade à qual as partes delegaram a indicação de árbitros (O estado civil do árbitro não 
precisa); 
III - a matéria que será objeto da arbitragem; e 
IV - o lugar em que será proferida a sentença arbitral. 
 
Art. 11. Poderá (ou seja: facultativo), ainda, o compromisso arbitral conter: 
I - local, ou locais, onde se desenvolverá a arbitragem (a data e o lugar em que foi proferida a 
sentença arbitral é obrigatória); 
II - a autorização para que o árbitro ou os árbitros julguem por eqüidade, se assim for 
convencionado pelas partes; 
III - o prazo para apresentação da sentença arbitral; (Art. 23 desta lei: “A sentença arbitral será 
proferida no prazo estipulado pelas partes. Nada tendo sido convencionado, o prazo para a 
apresentação da sentença é de seis meses”. Depois da apresentação da sentença arbitral, o 
prazo para recorrer desta sentença arbitral parcial ou final ou da decisão do pedido de 
esclarecimentos é de 90 dias.) 
IV - a indicação da lei nacional ou das regras corporativas aplicáveis à arbitragem, quando 
assim convencionarem as partes; 
V - a declaração da responsabilidade pelo pagamento dos honorários e das despesas com a 
arbitragem; e 
VI - a fixação dos honorários do árbitro, ou dos árbitros. 
Parágrafo único. Fixando as partes os honorários do árbitro, ou dos árbitros, no 
compromisso arbitral, este constituirá título executivo extrajudicial; não havendo tal 
 
 
estipulação, o árbitro requererá ao órgão do Poder Judiciário que seria competente para 
julgar, originariamente, a causa que os fixe por sentença. 
 
QUESTÃO: No prazo de 5 (cinco) dias, a contar do recebimento da notificação ou da ciência 
pessoal da sentença arbitral, salvo se outro prazo for acordado entre as partes, a parte 
interessada, mediante comunicação à outra parte, poderá solicitar ao árbitro ou ao tribunal 
arbitral que corrija qualquer erro material da sentença arbitral; esclareça alguma obscuridade, 
dúvida ou contradição da sentença arbitral, ou se pronuncie sobre ponto omitido a respeito 
do qual devia manifestar-se a decisão. O árbitro ou o tribunal arbitral decidirá no prazo de 10 
(dez) dias ou em prazo acordado com as partes, aditará a sentença arbitral e notificará as 
partes na forma do art. 29 da lei 9.307/96 
CERTO. Art. 30 da lei 9.307/96. 
Art. 30. No prazo de 5 (cinco) dias, a contar do recebimento da notificação ou da ciência 
pessoal da sentença arbitral, salvo se outro prazo for acordado entre as partes, a parte 
interessada, mediante comunicação à outra parte, poderá solicitar ao árbitro ou ao tribunal 
arbitral que: 
I - corrija qualquer erro material da sentença arbitral; 
II - esclareça algumaobscuridade, dúvida ou contradição da sentença arbitral, ou se 
pronuncie sobre ponto omitido a respeito do qual devia manifestar-se a decisão. 
Parágrafo único. O árbitro ou o tribunal arbitral decidirá no prazo de 10 (dez) dias ou em prazo 
acordado com as partes, aditará a sentença arbitral e notificará as partes na forma do art. 29. 
 
QUESTÃO: É correto afirmar que a arbitragem poderá ser usada para dirimir conflitos sobre 
assuntos de direitos indisponíveis. 
ERRADO. 
Art. 1º da lei 9.307 As pessoas capazes de contratar poderão valer-se da arbitragem para 
dirimir litígios relativos a direitos patrimoniais disponíveis. 
§ 1º A administração pública direta e indireta poderá utilizar-se da arbitragem para dirimir 
conflitos relativos a direitos patrimoniais disponíveis. 
Sobre mediação: Art. 1º da lei 13.140/2015: “Esta Lei dispõe sobre a mediação como meio de 
solução de controvérsias entre particulares e sobre a autocomposição de conflitos no âmbito 
da administração pública. Parágrafo único. Considera-se mediação a atividade técnica 
exercida por terceiro imparcial sem poder decisório, que, escolhido ou aceito pelas partes, as 
auxilia e estimula a identificar ou desenvolver soluções consensuais para a controvérsia.” 
Art. 3º da lei 13.140/2015: “Pode ser objeto de mediação o conflito que verse sobre direitos 
disponíveis ou sobre direitos indisponíveis que admitam transação. 
§ 2º O consenso das partes envolvendo direitos indisponíveis, mas transigíveis, deve ser 
homologado em juízo, exigida a oitiva do Ministério Público.” 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUESTÃO DE MEDIAÇÃO E CONCILIAÇÃO: Ano: 2018. Banca: FCC. Órgão: PGE-AP. Prova: 
de Procurador do Estado. 
Em relação à mediação e autocomposição de conflitos 
A) poderá atuar como mediador judicial a pessoa capaz, graduada há pelo menos dois anos 
em curso de ensino superior de instituição reconhecida pelo Ministério da Educação e que 
tenha obtido capacitação em escola ou instituição de formação de mediadores, reconhecida 
pela Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados − ENFAM ou pelos 
tribunais, observados os requisitos mínimos estabelecidos pelo Conselho Nacional de Justiça 
em conjunto com o Ministério da Justiça. (GABARITO. É a literalidade do Art. 11 da lei 
13.140/2015. É importante saber que os mediadores judiciais não estarão sujeitos à prévia 
aceitação das partes. No caso de mediadores judiciais, as partes deverão ser assistidas por 
advogados ou defensores públicos. Art. 25 e 26 da lei 13.140/2015. 
Os mediadores extrajudiciais poderão ser: qualquer pessoa capaz que tenha a confiança das 
partes e seja capacitada para fazer mediação, independentemente de integrar qualquer tipo de 
conselho, entidade de classe ou associação, ou nele inscrever-se. No caso de mediador 
extrajudicial elas poderão ser assistidas por advogados ou defensores públicos. 
Comparecendo uma das partes acompanhada de advogado ou defensor público, o mediador 
suspenderá o procedimento, até que todas estejam devidamente assistidas. Art. 9º e 10 da lei 
13.140/2015). 
B) o consenso das partes envolvendo direitos indisponíveis, mas transigíveis, deve ser 
homologado em juízo, prescindível a oitiva do Ministério Público. (ERRADO. § 2º do Art. 2º da 
lei 13.140/2015: O consenso das partes envolvendo direitos indisponíveis, mas transigíveis, 
deve ser homologado em juízo, exigida a oitiva do Ministério Público. 
C) por não ter poder decisório, não se aplicam ao mediador as hipóteses legais de 
impedimento e suspeição do juiz. (ERRADO. Art. 5º da lei 13.140/2015: Aplicam-se ao 
mediador as mesmas hipóteses legais de impedimento e suspeição do juiz.) (Mas eles 
realmente não têm poder decisório.) (A mesma coisa é aplicável à arbitragem, sobre 
impedimento e suspeição) (o árbitro tem poder decisório.) 
D) o mediador fica impedido, por tempo indefinido, de assessorar, representar ou patrocinar 
qualquer das partes, embora possa atuar como árbitro em conflito que as envolva. (ERRADO. 
Art. 6º da lei 13.140/2015: O mediador fica impedido, pelo prazo de um ano, contado do 
término da última audiência em que atuou, de assessorar, representar ou patrocinar qualquer 
das partes. 
Art. 7º da lei 13.140/2015: O mediador não poderá atuar como árbitro nem funcionar como 
testemunha em processos judiciais ou arbitrais pertinentes a conflito em que tenha atuado 
como mediador.) 
E) no desempenho de sua função, o mediador deverá reunir-se com as partes sempre em 
conjunto, a fim de não se levantar qualquer objeção quanto à sua imparcialidade. (ERRADO. 
Art. 19. No desempenho de sua função, o mediador poderá reunir-se com as partes, em 
conjunto ou separadamente, bem como solicitar das partes as informações que entender 
necessárias para facilitar o entendimento entre aquelas.) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUESTÃO: No que diz respeito à arbitragem, analise as seguintes afirmativas: 
I. A arbitragem não viola o princípio da inafastabilidade da apreciação jurisdicional, uma vez 
que se trata de forma de solução de conflitos expressamente autorizada pelo ordenamento 
jurídico. 
II. Apenas pessoas capazes de contratar podem se valer da arbitragem; logo, um menor de 16 
anos não pode escolhê-la como forma de solução de determinado conflito. 
As duas afirmações estão certas. Sobre a II: O incapaz não pode usar de arbitragem nem se 
for assistido nem representado. O incapaz pode valer-se de mediação ou conciliação, desde 
que seja assistido ou representado. 
 
QUESTÃO: Ano: 2018. Banca: TRF - 2ª Região. Órgão: TRF - 2ª REGIÃO. Prova de Juiz Federal 
Substituto. 
Para a homologação de laudo arbitral proferido no exterior, envolvendo réu domiciliado no 
Brasil: 
A) A citação para o procedimento arbitral deve ter sido feita pela via de carta rogatória 
citatória. (ERRADO. Art. 6º, Lei da Arbitragem (Lei 9307/96): Não havendo acordo prévio sobre 
a forma de instituir a arbitragem, a parte interessada manifestará à outra parte sua intenção 
de dar início à arbitragem, por via postal ou por outro meio qualquer de comunicação, 
mediante comprovação de recebimento, convocando-a para, em dia, hora e local certos, 
firmar o compromisso arbitral. 
Outro artigo parecido com esse é o artigo 29 da mesma lei: Proferida a sentença arbitral, dá-
se por finda a arbitragem, devendo o árbitro, ou o presidente do tribunal arbitral, enviar cópia 
da decisão às partes, por via postal ou por outro meio qualquer de comunicação, mediante 
comprovação de recebimento, ou, ainda, entregando-a diretamente às partes, mediante 
recibo.) 
B) A citação para o procedimento arbitral pode ter sido feita pela via postal, com prova 
inequívoca de recebimento. (GABARITO. O fundamento é o mesmo que o da alternativa 
anterior desta questão) 
C) A citação para o procedimento arbitral é presumida pelo comparecimento do réu ao 
procedimento de exequatur. (ERRADO. Não existe presunção de citação, uma vez que ela é 
feita via postal ou por outro meio qualquer de comunicação, mediante comprovação de 
recebimento) 
D) A citação para o procedimento arbitral deve ter observado a legislação aplicável ao mérito 
da arbitragem. (ERRADO, porque não se trata da legislação aplicável ao mérito da arbitragem, 
mas sim às regras de direito que as partes escolherem, conforme art. 2º da Lei 9.307/96: Art. 
2º: A arbitragem poderá ser de direito ou de eqüidade, a critério das partes. 
§ 1º Poderão as partes escolher, livremente, as regras de direito que serão aplicadas na 
arbitragem, desde que não haja violação aos bons costumes e à ordem pública. 
§ 2º Poderão, também, as partes convencionar que a arbitragem se realize com base nos 
princípios gerais de direito, nos usos e costumes e nas regras internacionais de comércio. 
§ 3º A arbitragem que envolva a administração pública será sempre de direito e respeitará o 
princípio da publicidade.) 
E) A citação para o procedimento arbitraldeve ter sido feita por edital. (ERRADO. Mesma 
justificativa da alternativa A dessa questão.) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUESTÃO: Ano: 2017. Banca: CESPE. Órgão: TRF - 5ª REGIÃO. Prova de Juiz Federal 
Substituto. (Reduzida e adaptada) 
É correto afirmar que a arbitragem poderá ser utilizada em litígio que envolva entes 
integrantes da administração pública e, nesses casos, eventual decisão que condene a 
fazenda pública não se submeterá ao reexame necessário. 
CERTO. O art. 1º, §1º da Lei 9.307/1996 assevera que a administração pública direta e indireta 
poderá utilizar-se da arbitragem para dirimir conflitos relativos a direitos patrimoniais 
disponíveis, e o Enunciado 164/FPPC diz que a sentença arbitral contra a Fazenda Pública não 
está sujeita à remessa necessária. 
 
QUESTÃO de direito processual civil. Ano: 2010. Banca: CESGRANRIO. Órgão: Petrobras. 
Prova de Analista de Comercialização e Logística Júnior. 
Após uma intervenção de arbitragem, é proferida a sentença arbitral, sabendo-se que 
A) a estrangeira não é reconhecida ou aplicada no Brasil. (ERRADO. É reconhecida sim. Art. 
34 da lei 9037/96: “A sentença arbitral estrangeira será reconhecida ou executada no Brasil de 
conformidade com os tratados internacionais com eficácia no ordenamento interno e, na sua 
ausência, estritamente de acordo com os termos desta Lei. 
Parágrafo único. Considera-se sentença arbitral estrangeira a que tenha sido proferida fora do 
território nacional.”) 
B) deve ser assinada somente pelas partes envolvidas. (ERRADO. Parágrafo único do artigo 
26 da Lei 9307/96: “A sentença arbitral será assinada pelo árbitro ou por todos os árbitros. 
Caberá ao presidente do tribunal arbitral, na hipótese de um ou alguns dos árbitros não poder 
ou não querer assinar a sentença, certificar tal fato.”) 
C) não delibera sobre as custas e despesas de arbitragem. (ERRADO. Delibera sim. Art. 27 da 
Lei 9307/96: “A sentença arbitral decidirá sobre a responsabilidade das partes acerca das 
custas e despesas com a arbitragem, bem como sobre verba decorrente de litigância de má-
fé, se for o caso, respeitadas as disposições da convenção de arbitragem, se houver.” 
D) seu relatório prescinde (prescinde significa: dispensa) dos fundamentos da decisão. 
(ERRADO, porque não dispensa dos fundamentos da decisão. Art. 26, II da lei 9307/96) 
E) pode ser comunicada às partes pelo correio, se registrado o recebimento. (GABARITO. Art. 
29 da Lei 9307/96: Proferida a sentença arbitral, dá-se por finda a arbitragem, devendo o 
árbitro, ou o presidente do tribunal arbitral, enviar cópia da decisão às partes, por via postal 
ou por outro meio qualquer de comunicação, mediante comprovação de recebimento, ou, 
ainda, entregando-a diretamente às partes, mediante recibo.) 
 
QUESTÃO: O compromisso arbitral judicial celebrar-se-á por termo nos autos, perante o juízo 
ou tribunal, onde tem curso a demanda. O compromisso arbitral extrajudicial será celebrado 
por escrito particular, assinado por duas testemunhas, ou por instrumento público. 
CERTO. É o parágrafo primeiro e segundo do Art. 9º da lei 9.307/96. As sentenças dos dois 
terão efeitos judiciais. Só terá efeito extrajudicial quando falar de honorários dos árbitros. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUESTÃO: Ano: 2018. Banca: IESES. Órgão: TJ-CE. Prova de Titular de Serviços de Notas e 
de Registros – Provimento. 
Analise as assertivas abaixo e, de acordo com o que dispõe a legislação vigente sobre 
arbitragem (lei 9.307/96), assinale a alternativa correta: 
I. As pessoas capazes poderão contratar a arbitragem para dirimir litígios relativos a direitos 
patrimoniais, disponíveis ou indisponíveis. (ERRADO. Direitos indisponíveis não estão 
listados no rol de litígios que podem ser dirimidos pela arbitragem. Art. 1º da lei 9307/96) (No 
caso de mediação/autocomposição pode ser objeto direitos disponíveis e indisponíveis, 
desde que os indisponíveis sejam: transigíveis; homologados em juízo; e desde que tenha a 
oitiva do Ministério Público.) 
II. A administração pública direta poderá contratar a arbitragem para dirimir litígios relativos a 
direitos patrimoniais disponíveis. (CERTO. Art.1º da lei 9307/96, §1º: “A administração pública 
direta e indireta poderá utilizar-se da arbitragem para dirimir conflitos relativos a direitos 
patrimoniais disponíveis.”) 
III. A cláusula compromissória arbitral escrita pode estar inserta no próprio contrato ou em 
documento apartado que a ele se refira. (CERTO. Art. 4º, §1º: A cláusula compromissória deve 
ser estipulada por escrito, podendo estar inserta no próprio contrato ou em documento 
apartado que a ele se refira.) 
IV. O árbitro deverá ser capaz e ter concluído curso superior. (ERRADO. Lei 9.307/96: Art. 13. 
Pode ser árbitro qualquer pessoa capaz e que tenha a confiança das partes.) 
 
QUESTÃO: Ano: 2019. Banca: FUNDEP. Órgão: MPE-MG. Prova: de Promotor de Justiça 
Substituto. 
Assinale a alternativa incorreta sobre arbitragem (Lei n° 9.307/96): 
A) Quando a cláusula compromissória for vazia, e, pelo teor da sua redação, ficar claro que a 
arbitragem deverá ser institucional, e as partes não chegarem a um acordo sobre qual câmara 
de arbitragem ficará responsável por administrar o procedimento arbitral, uma das partes 
deverá ajuizar ação judicial, buscando, com isso, a instituição da arbitragem. Trata-se de 
procedimento especial disciplinado pelos arts. 6o e 7o da Lei n° 9.307/96. (CERTA afirmação. 
Cláusula compromissória vazia é aquela em que as partes estipulam que eventual litígio entre 
elas, em relação ao contrato, será resolvido por meio da arbitragem, sem fazer nenhuma 
especificação sobre quem será o árbitro/câmara arbitral ou o procedimento que será adotado. 
Em outras palavras, as partes somente elegem a arbitragem como mecanismo de resolução 
de eventual lide entre elas, de forma genérica, sem entrar em detalhes de como o 
procedimento será desenvolvido nem quem será o árbitro ou câmara arbitral.) 
B) De acordo com o princípio da competência-competência, é o árbitro que tem competência, 
em primeiro lugar, para decidir sobre a sua própria competência. (CERTA afirmação.) 
C) No cumprimento da carta arbitral, será observado o segredo de justiça, 
independentemente do teor da convenção de arbitragem, do termo de referência e do 
regulamento da instituição de arbitragem. (GABARITO. A afirmação está errada, porque o 
cumprimento da carta arbitral será observada em segredo de justiça desde que comprovada a 
confidencialidade estipulada na arbitragem.) 
D) Estão impedidas de funcionar como árbitros as pessoas que tenham, com as partes ou 
com o litígio que lhes for submetido, algumas das relações que caracterizam os casos de 
impedimento ou suspeição de juízes. (Afirmação CORRETA. Isso cabe para mediação e 
conciliação também.) 
 
 
 
 
 
 
 
QUESTÃO: Ano: 2018. Banca: VUNESP. Órgão: TJ-RS. Prova de Juiz de Direito Substituto. 
A) Terá efeito suspensivo a apelação contra sentença que julga procedente o pedido de 
instituição de arbitragem. 
ERRADA. Não possui efeito suspensivo automático, conforme previsto no art. 1.012, § 1º, IV, 
do Código de Processo Civil. Só começará a produzir efeitos suspensivos imediatamente 
após a publicação desta sentença. 
B) O juiz poderá conhecer de ofício sua existência para extinguir a ação. 
ERRADA. A existência de convenção de arbitragem não é matéria cognoscível de ofício pelo 
juiz, conforme previsto no art. 337, § 5º, do Código de Processo Civil. 
C) Cabe agravo de instrumento contra decisão interlocutória que rejeita a alegação de 
convenção de arbitragem. 
CORRETA. Cabe agravo de instrumento contra decisão interlocutória que rejeita a alegação 
de convenção de arbitragem, conforme o art. 1.015, III, do Código de Processo Civil. 
D) Tramitam em segredo de justiça todos os processos que versem sobre arbitragem. 
ERRADA. Conforme o art. 189, IV, do Código de Processo Civil,tramitam em segredo de 
justiça os processos que versem sobre arbitragem, inclusive sobre cumprimento de carta 
arbitral, desde que a confidencialidade estipulada na arbitragem seja comprovada perante o 
juízo. 
E) Haverá julgamento de mérito quando o juiz acolher a alegação de existência de convenção 
de arbitragem. 
ERRADA. Conforme o art. 485, VII, do Código de Processo Civil, o juiz não resolverá o mérito 
quando acolher a alegação de existência de convenção de arbitragem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUESTÃO: Ano: 2017. Banca: CESPE. Órgão: PGE-SE. Prova de Procurador do Estado. 
Duas sociedades empresárias firmaram contrato que contém cláusula compromissária de 
convenção de arbitragem com a previsão de que eventual litígio de natureza patrimonial, 
referente ao contrato, deveria ser submetido a tribunal arbitral. 
Nessa situação hipotética, caso seja instaurado procedimento arbitral, 
A) o magistrado poderá, de ofício, reconhecer a existência de convenção de arbitragem e 
extinguir o processo sem resolução do mérito, se o litígio referente ao contrato também for 
levado ao Poder Judiciário. (ERRADO. O juiz não resolverá o mérito nem conhecerá de ofício 
os casos de convenção de arbitragem.) 
B) em eventual execução judicial de sentença arbitral, será vedado ao réu arguir nulidade da 
decisão arbitral por meio de impugnação ao cumprimento de sentença, devendo o 
interessado utilizar ação própria para esse fim. (ERRADO. Art. 33, § 3º da lei 9307/96: A 
decretação da nulidade da sentença arbitral também poderá ser requerida na impugnação ao 
cumprimento da sentença, nos termos dos arts. 525 e seguintes do Código de Processo Civil, 
se houver execução judicial.) 
C) as partes não estarão obrigadas a se submeter a esse procedimento, uma vez que a 
convenção de arbitragem é nula, por excluir da apreciação jurisdicional ameaça ou lesão a 
direito. (ERRADO. Art. 3º, NCPC.: Não se excluirá da apreciação jurisdicional ameaça ou lesão 
a direito. § 1º É permitida a arbitragem, na forma da lei.) 
D) a opção feita pelas partes pela arbitragem deverá ser considerada legítima, e a sentença 
do árbitro, título executivo extrajudicial, conforme o CPC. (ERRADO. O correto seria “judicial”. 
Só será extrajudicial quando falar em honorários dos árbitros. Art. 515, NCPC: São títulos 
executivos judiciais, cujo cumprimento dar-se-á de acordo com os artigos previstos neste 
Título: VII - a sentença arbitral.) (ver a próxima questão) 
E) eventual cumprimento de carta arbitral no Poder Judiciário, referente ao caso, deverá 
tramitar em segredo de justiça, se houver comprovação de confidencialidade da arbitragem. 
(CERTO. Art. 22-C da lei 9.307/96: O árbitro ou o tribunal arbitral poderá expedir carta arbitral 
para que o órgão jurisdicional nacional pratique ou determine o cumprimento, na área de sua 
competência territorial, de ato solicitado pelo árbitro. Parágrafo único. No cumprimento da 
carta arbitral será observado o segredo de justiça, desde que comprovada a confidencialidade 
estipulada na arbitragem.) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUESTÃO: Ano: 2018. Banca: FUNDEP. Órgão: MPE-MG. Prova de Promotor de Justiça 
Substituto. 
Assinale a alternativa INCORRETA sobre a Arbitragem (Lei n. 9.307/96): 
A) A arbitragem é um procedimento em contraditório, com observância à ampla defesa e à 
imparcialidade do árbitro, e que, ao final, é proferida sentença, que vincula as partes e é título 
executivo judicial. 
B) O árbitro pode tomar o depoimento das partes, ouvir testemunhas e determinar a 
realização de perícias ou outras provas que julgar necessárias, mediante requerimento das 
partes, sendo vedado, pela lei, a determinação, de ofício, de produção de prova pericial. 
(GABARITO. Art. 22 da lei 9.307/96: “Poderá o árbitro ou o tribunal arbitral tomar o 
depoimento das partes, ouvir testemunhas e determinar a realização de perícias ou outras 
provas que julgar necessárias, mediante requerimento das partes ou de ofício.”) 
C) A parte interessada poderá buscar a invalidação da sentença arbitral perante o Poder 
Judiciário. A ação deverá ser proposta no prazo de até 90 (noventa) dias após o recebimento 
da notificação da respectiva sentença, parcial ou final, ou da decisão do pedido de 
esclarecimentos. 
D) A administração pública direta e indireta poderá utilizar-se da arbitragem para dirimir 
conflitos relativos a direitos patrimoniais disponíveis. Nesse caso, por exigência da própria 
lei, a arbitragem será sempre de direito e respeitará o princípio da publicidade. 
 
QUESTÃO: Ano: 2017. Banca: FCC. Órgão: TST. Prova de Juiz do Trabalho Substituto. 
(Reduzida.) 
Sobre os atos processuais, nulidades e valor da causa, o Código de Processo Civil estabelece 
que o juízo arbitral poderá expedir carta arbitral, para que órgão do Poder Judiciário pratique 
ou determine o cumprimento, na área de sua competência territorial, de ato objeto de pedido 
de cooperação judiciária, exceto os que importem efetivação de tutela provisória. (ERRADO. 
O erro está no “exceto”: Art. 237 do CPC de 2015: Será expedida carta: (…) IV - arbitral, para 
que órgão do Poder Judiciário pratique ou determine o cumprimento, na área de sua 
competência territorial, de ato objeto de pedido de cooperação judiciária formulado por juízo 
arbitral, inclusive os que importem efetivação de tutela provisória.) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUESTÃO: Ano: 2016. Banca: TRF - 3ª REGIÃO. Órgão: TRF - 3ª REGIÃO. Prova de Juiz 
Federal Substituto. 
Dadas as assertivas abaixo, assinale a alternativa correta. 
Com base no disposto na Lei nº 9.307/96 e suas alterações posteriores, é possível afirmar 
que: 
I – Do compromisso arbitral deverá constar, obrigatoriamente, o nome, profissão, estado civil 
e domicílio das partes; o nome, profissão e domicílio do árbitro, ou dos árbitros, ou, se for o 
caso, a identificação da entidade à qual as partes delegaram a indicação de árbitros; a matéria 
que será objeto da arbitragem; o local, ou locais, onde se desenvolverá a arbitragem e onde 
será proferida a sentença arbitral. (ERRADO. O local, ou locais, onde se desenvolverá a 
arbitragem é facultativo constar no compromisso arbitral, o resto do que está escrito na 
alternativa é obrigatório constar mesmo. Artigo 10 e 11 da lei nº 9.307/96. 
Art. 10 da lei 9.307/96: Constará, obrigatoriamente, do compromisso arbitral (A lei não fala o 
que deve constar na cláusula compromissória/cláusula arbitral, porque essa é definida no 
contrato pelas partes de como deve ser) (é interessante decorar os artigos 10, 11 junto com o 
26): 
I - o nome, profissão, estado civil e domicílio das partes; 
II - o nome, profissão e domicílio do árbitro, ou dos árbitros, ou, se for o caso, a identificação 
da entidade à qual as partes delegaram a indicação de árbitros (O estado civil do árbitro não 
precisa); 
III - a matéria que será objeto da arbitragem; e 
IV - o lugar em que será proferida a sentença arbitral. 
Art. 11: Poderá (ou seja: facultativo), ainda, o compromisso arbitral conter: 
I - local, ou locais, onde se desenvolverá a arbitragem (a data e o lugar em que foi proferida a 
sentença arbitral é obrigatória); 
II - a autorização para que o árbitro ou os árbitros julguem por eqüidade, se assim for 
convencionado pelas partes; 
III - o prazo para apresentação da sentença arbitral; (Art. 23 desta lei: “A sentença arbitral será 
proferida no prazo estipulado pelas partes. Nada tendo sido convencionado, o prazo para a 
apresentação da sentença é de seis meses”. Depois da apresentação da sentença arbitral, o 
prazo para recorrer desta sentença arbitral parcial ou final ou da decisão do pedido de 
esclarecimentos é de 90 dias.) (Ver prazo do Art. 30) 
IV - a indicação da lei nacional ou das regras corporativas aplicáveis à arbitragem, quandoassim convencionarem as partes; 
V - a declaração da responsabilidade pelo pagamento dos honorários e das despesas com a 
arbitragem; e 
VI - a fixação dos honorários do árbitro, ou dos árbitros. 
Parágrafo único. Fixando as partes os honorários do árbitro, ou dos árbitros, no 
compromisso arbitral, este constituirá título executivo extrajudicial; não havendo tal 
estipulação, o árbitro requererá ao órgão do Poder Judiciário que seria competente para 
julgar, originariamente, a causa que os fixe por sentença. 
Art. 30. No prazo de 5 (cinco) dias, a contar do recebimento da notificação ou da ciência 
pessoal da sentença arbitral, salvo se outro prazo for acordado entre as partes, a parte 
interessada, mediante comunicação à outra parte, poderá solicitar ao árbitro ou ao tribunal 
arbitral que: 
I - corrija qualquer erro material da sentença arbitral; 
II - esclareça alguma obscuridade, dúvida ou contradição da sentença arbitral, ou se 
pronuncie sobre ponto omitido a respeito do qual devia manifestar-se a decisão. 
Parágrafo único. O árbitro ou o tribunal arbitral decidirá no prazo de 10 (dez) dias ou em prazo 
acordado com as partes, aditará a sentença arbitral e notificará as partes na forma do art. 29) 
 
 
 
II – Extingue-se o compromisso arbitral escusando-se qualquer dos árbitros, antes de aceitar 
a nomeação, a menos que as partes tenham declarado, expressamente, aceitar substituto. 
(ERRADO. Está escrito no Art. 12, II da lei 9.307/96: “Extingue-se o compromisso arbitral: 
I - escusando-se qualquer dos árbitros, antes de aceitar a nomeação, desde que as partes 
tenham declarado, expressamente, não aceitar substituto; 
II - falecendo ou ficando impossibilitado de dar seu voto algum dos árbitros, desde que as 
partes declarem, expressamente, não aceitar substituto; e 
III - tendo expirado o prazo a que se refere o art. 11, inciso III (o prazo para apresentação da 
sentença arbitral, que é de 6 meses se nada for falado na compromisso arbitral), desde que a 
parte interessada tenha notificado o árbitro, ou o presidente do tribunal arbitral, concedendo- 
lhe o prazo de dez dias para a prolação e apresentação da sentença arbitral.”) 
III – São requisitos obrigatórios da sentença arbitral: o relatório, que conterá os nomes das 
partes e um resumo do litígio; os fundamentos da decisão, onde serão analisadas as 
questões de fato e de direito, mencionando-se, expressamente, se os árbitros julgaram por 
equidade; o dispositivo, em que os árbitros resolverão as questões que lhes forem 
submetidas e estabelecerão o prazo para o cumprimento da decisão, se for o caso; a data e o 
lugar em que foi proferida. (CERTO. Art. 26 da lei 9307/96: “São requisitos obrigatórios da 
sentença arbitral (É interessante decorar esse artigo junto com o 10 e o 11 desta lei): 
I - o relatório, que conterá os nomes das partes e um resumo do litígio; 
II - os fundamentos da decisão, onde serão analisadas as questões de fato e de direito, 
mencionando-se, expressamente, se os árbitros julgaram por eqüidade; 
III - o dispositivo, em que os árbitros resolverão as questões que lhes forem submetidas e 
estabelecerão o prazo para o cumprimento da decisão, se for o caso; e 
IV - a data e o lugar em que foi proferida. (local, ou locais, onde se desenvolverá a arbitragem 
é facultativo) 
Parágrafo único. A sentença arbitral será assinada pelo árbitro ou por todos os árbitros.” 
Caberá ao presidente do tribunal arbitral, na hipótese de um ou alguns dos árbitros não poder 
ou não querer assinar a sentença, certificar tal fato.) 
IV – Para que haja a homologação da sentença arbitral estrangeira, deverá haver requerimento 
da parte interessada, devendo a petição inicial conter as indicações da lei processual, 
conforme o art. 282 do Código de Processo Civil, sendo dispensável a apresentação do 
original da sentença arbitral, desde que substituído por cópia devidamente certificada, 
autenticada pelo consulado brasileiro e acompanhada de tradução oficial. (CERTO) 
Art. 37 da lei 9.307/96 A homologação de sentença arbitral estrangeira será requerida pela 
parte interessada, devendo a petição inicial conter as indicações da lei processual, conforme 
o art. 282 do Código de Processo Civil, e ser instruída, necessariamente, com: 
I - o original da sentença arbitral ou uma cópia devidamente certificada, autenticada pelo 
consulado brasileiro e acompanhada de tradução oficial; 
II - o original da convenção de arbitragem ou cópia devidamente certificada, acompanhada de 
tradução oficial. 
 
QUESTÃO: Ano: 2018. Banca: CESPE. Órgão: MPU. Prova de Analista do MPU – Direito. 
Com base nas normas que regem o processo civil, julgue o item seguinte, acerca da função 
jurisdicional; do Ministério Público; de nulidades processuais; e de sentença. 
A existência de convenção de arbitragem acarreta a extinção do processo sem resolução do 
mérito. 
CERTO. Quando há arbitragem o juiz não resolve o mérito. O juiz não pode verificar, de ofício, 
se há arbitragem. 
 
 
 
 
 
QUESTÃO: Ano: 2018. Banca: IESES. Órgão: TJ-AM. Prova de Serviços de Notas e de 
Registros – Remoção. 
Os atos processuais são públicos, todavia tramitam em segredo de justiça os processos: 
I. Em que constem dados protegidos pelo direito constitucional à intimidade. 
II. Que versem sobre casamento, separação de corpos, divórcio, separação, união estável, 
filiação, alimentos e guarda de crianças e adolescentes e Usucapião. 
III. Em que o exija o interesse público ou social. 
IV. Que versem sobre arbitragem, inclusive sobre cumprimento de carta arbitral, desde que a 
confidencialidade estipulada na arbitragem seja comprovada perante o juízo. 
A sequência correta é: 
A) Apenas a assertiva IV está incorreta. 
B) Apenas as assertivas I, III e IV estão corretas. (GABARITO. O único erro da afirmação II é o 
Usucapião) 
C) Apenas as assertivas II e IV estão incorretas. 
D) As assertivas I, II, III e IV estão corretas. 
COMENTÁRIO: Art. 189 do CPC. De 2015: Os atos processuais são públicos, todavia tramitam 
em segredo de justiça os processos: 
I - em que o exija o interesse público ou social; 
II - que versem sobre casamento, separação de corpos, divórcio, separação, união estável, 
filiação, alimentos e guarda de crianças e adolescentes; 
III - em que constem dados protegidos pelo direito constitucional à intimidade; 
IV - que versem sobre arbitragem, inclusive sobre cumprimento de carta arbitral, desde que a 
confidencialidade estipulada na arbitragem seja comprovada perante o juízo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AUTOCOMPOSIÇÃO. 
A autocomposição é quando as partes trabalham em conjunto para chegar a uma solução amigável 
em relação ao litígio. 
 
§ 3º do Art. 3º do CPC.: A conciliação, a mediação e outros métodos de solução consensual 
de conflitos deverão ser estimulados por juízes, advogados, defensores públicos e membros 
do Ministério Público, inclusive no curso do processo judicial. 
 
Art. 165 do CPC.: Os tribunais criarão centros judiciários de solução consensual de conflitos, 
responsáveis pela realização de sessões e audiências de conciliação e mediação e pelo 
desenvolvimento de programas destinados a auxiliar, orientar e estimular a autocomposição. 
 
Art. 334 do CPC. Se a petição inicial preencher os requisitos essenciais e não for o caso de 
improcedência liminar do pedido, o juiz designará audiência de conciliação ou de mediação 
com antecedência mínima de 30 (trinta) dias, devendo ser citado o réu com pelo menos 20 
(vinte) dias de antecedência. 
 
No VII do artigo 319 do CPC (Dos requisitos da Petição Inicial) diz: “a opção do autor pela 
realização ou não de audiência de conciliação ou de mediação.” (a legislação afirmando o 
interesse em que as partes participem dessa audiência!) 
 
Uma vez que a Petição Inicial está em ordem, não sendo o caso de improcedência liminardo 
pedido, ou seja, não sendo o caso de o juiz julgar o mérito a favor do réu sem mesmo citá-lo, ele vai 
designar essa audiência de conciliação ou mediação. 
 
A causa da audiência de conciliação ou mediação tem que ter por objeto um direito que seja 
passível de negociação. Não pode ser um direito que haja proibição legal que as partes façam um 
acordo a respeito dele. 
 
O parágrafo quarto do artigo 334 do CPC diz as hipóteses em que essa audiência não será 
realizada, porque em regra, ela será realizada: 
“A audiência não será realizada: 
I - se ambas as partes manifestarem, expressamente, desinteresse na composição 
consensual; (Uma parte da doutrina critica esse inciso, porque afirma que é errado o Estado 
obrigar uma das partes a participar dessa audiência se ela não manifestou interesse em 
participar) 
II - quando não se admitir a autocomposição.” (Aqui há uma diferenciação entre direito que 
não admite autocomposição do direito indisponível. Isso porque há alguns direitos 
indisponíveis que podem ser objetos de autocomposição, como é o caso dos direitos aos 
alimentos, que embora sejam indisponíveis, as partes podem fazer acordo, estabelecer o 
valor dos alimentos a partir de um ritual de autocomposição. Os direitos que não admitem 
autocomposição são os indisponíveis não sujeitos a transação, como o direito à vida, à 
liberdade, à igualdade.) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Multas: 
É importante citar ainda o § 8º do artigo 334 do CPC: “O não comparecimento injustificado do 
autor ou do réu à audiência de conciliação é considerado ato atentatório à dignidade da 
justiça e será sancionado com multa de até dois por cento da vantagem econômica 
pretendida ou do valor da causa, revertida em favor da União ou do Estado.” 
 
IV do Art. 22 da lei 13.140/2015: o não comparecimento da parte convidada à primeira reunião 
de mediação acarretará a assunção por parte desta de cinquenta por cento das custas e 
honorários sucumbenciais caso venha a ser vencedora em procedimento arbitral ou judicial 
posterior, que envolva o escopo da mediação para a qual foi convidada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUESTÕES DE AUTOCOMPOSIÇÃO. 
QUESTÃO: A audiência de conciliação ou de mediação pode realizar-se por meio eletrônico, 
nos termos da lei. 
CERTO. É a literalidade do parágrafo sétimo do artigo 334 do CPC.: “A audiência de 
conciliação ou de mediação pode realizar-se por meio eletrônico, nos termos da lei.” 
 
QUESTÃO: Ano: 2018. Banca: FCC. Órgão: PGE-AP. Prova: de Procurador do Estado. 
Em relação à mediação e autocomposição de conflitos 
A) poderá atuar como mediador judicial a pessoa capaz, graduada há pelo menos dois anos 
em curso de ensino superior de instituição reconhecida pelo Ministério da Educação e que 
tenha obtido capacitação em escola ou instituição de formação de mediadores, reconhecida 
pela Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados − ENFAM ou pelos 
tribunais, observados os requisitos mínimos estabelecidos pelo Conselho Nacional de Justiça 
em conjunto com o Ministério da Justiça. (GABARITO. É a literalidade do Art. 11 da lei 
13.140/2015. É importante saber que os mediadores judiciais não estarão sujeitos à prévia 
aceitação das partes. No caso de mediadores judiciais, as partes deverão ser assistidas por 
advogados ou defensores públicos. Art. 25 e 26 da lei 13.140/2015. 
Os mediadores extrajudiciais poderão ser: qualquer pessoa capaz que tenha a confiança das 
partes e seja capacitada para fazer mediação, independentemente de integrar qualquer tipo de 
conselho, entidade de classe ou associação, ou nele inscrever-se. No caso de mediador 
extrajudicial elas poderão ser assistidas por advogados ou defensores públicos. 
Comparecendo uma das partes acompanhada de advogado ou defensor público, o mediador 
suspenderá o procedimento, até que todas estejam devidamente assistidas. Art. 9º e 10 da lei 
13.140/2015). 
B) o consenso das partes envolvendo direitos indisponíveis, mas transigíveis, deve ser 
homologado em juízo, prescindível a oitiva do Ministério Público. (ERRADO. § 2º do Art. 2º da 
lei 13.140/2015: O consenso das partes envolvendo direitos indisponíveis, mas transigíveis, 
deve ser homologado em juízo, exigida a oitiva do Ministério Público. 
C) por não ter poder decisório, não se aplicam ao mediador as hipóteses legais de 
impedimento e suspeição do juiz. (ERRADO. Art. 5º da lei 13.140/2015: Aplicam-se ao 
mediador as mesmas hipóteses legais de impedimento e suspeição do juiz.) (Mas eles 
realmente não têm poder decisório.) (A mesma coisa é aplicável à arbitragem, sobre 
impedimento e suspeição) (o árbitro tem poder decisório.) 
D) o mediador fica impedido, por tempo indefinido, de assessorar, representar ou patrocinar 
qualquer das partes, embora possa atuar como árbitro em conflito que as envolva. (ERRADO. 
Art. 6º da lei 13.140/2015: O mediador fica impedido, pelo prazo de um ano, contado do 
término da última audiência em que atuou, de assessorar, representar ou patrocinar qualquer 
das partes. 
Art. 7º da lei 13.140/2015: O mediador não poderá atuar como árbitro nem funcionar como 
testemunha em processos judiciais ou arbitrais pertinentes a conflito em que tenha atuado 
como mediador.) 
E) no desempenho de sua função, o mediador deverá reunir-se com as partes sempre em 
conjunto, a fim de não se levantar qualquer objeção quanto à sua imparcialidade. (ERRADO. 
Art. 19. No desempenho de sua função, o mediador poderá reunir-se com as partes, em 
conjunto ou separadamente, bem como solicitar das partes as informações que entender 
necessárias para facilitar o entendimento entre aquelas.) 
 
 
 
 
 
QUESTÃO: Ano: 2018. Banca: CONSULPLAN. Órgão: TJ-MG. Prova de Titular de Serviços de 
Notas e de Registros – Remoção. 
Sobre o procedimento administrativo que dispõe sobre a mediação entre particulares como 
meio de solução de controvérsias e sobre a autocomposição de conflitos no âmbito da 
administração pública, é INCORRETO afirmar que: 
A) Pode ser objeto de mediação o conflito que verse sobre direitos disponíveis ou sobre 
direitos indisponíveis que admitam transação que deverá ser objeto de homologação pelo 
conciliador ou mediador indicado pelo Tribunal ou pelas partes. (GABARITO. A afirmação está 
errada, porque a homologação de direitos indisponíveis é somente por homologação do juiz. 
Confira: Art. 3º da lei 13.140/2015: Pode ser objeto de mediação o conflito que verse sobre 
direitos disponíveis ou sobre direitos indisponíveis que admitam transação. 
§ 1º A mediação pode versar sobre todo o conflito ou parte dele. 
§ 2º O consenso das partes envolvendo direitos indisponíveis, mas transigíveis, deve ser 
homologado em juízo, exigida a oitiva do Ministério Público.) 
B) Ainda que haja processo arbitral ou judicial em curso, as partes poderão submeter-se à 
mediação, hipótese em que requererão ao juiz ou árbitro a suspensão do processo por prazo 
suficiente para a solução consensual do litígio, não cabendo recurso dessa decisão que 
suspende o processo. (CERTA afirmação. Art. 16 da lei 13.140/2015: Ainda que haja processo 
arbitral ou judicial em curso, as partes poderão submeter-se à mediação, hipótese em que 
requererão ao juiz ou árbitro a suspensão do processo por prazo suficiente para a solução 
consensual do litígio. 
§ 1º É irrecorrível a decisão que suspende o processo nos termos requeridos de comum 
acordo pelas partes. 
§ 2º A suspensão do processo não obsta a concessão de medidas de urgência pelo juiz ou 
pelo árbitro.) 
C) As controvérsias jurídicas que envolvam a administração pública federal direta, suas 
autarquias e fundações poderão ser objeto de transação por adesão e implicará renúncia do 
interessado ao direito sobre o qual se fundamenta a ação ou o recurso, eventualmente 
pendentes, no que tange aos pontos compreendidospelo objeto da resolução administrativa. 
(CERTA afirmação. Art. 35 da lei 13.140/2015. O conceito de mediação e conciliação passa por 
essa definição de que uma das partes, ou ambas as partes abrem mão de um direito para 
chegarem a um acordo que sirva para as duas partes, seja uma das partes a administração 
pública, seja não) 
D) Não havendo previsão contratual completa, deverão ser observados os critérios legais 
para a realização da primeira reunião de mediação dentre eles o aviso de que o não 
comparecimento da parte convidada à primeira reunião de mediação acarretará a assunção 
por parte desta de 50% (cinquenta por cento) das custas e honorários sucumbenciais caso 
venha a ser vencedora em procedimento arbitral ou judicial posterior, que envolva o escopo 
da mediação para a qual foi convidada. (CERTA afirmação. Artigo 22, §2º, IV da Lei 
13.140/2015.) 
 
QUESTÃO: Na audiência de conciliação ou mediação a parte poderá constituir representante, 
por meio de procuração específica, com poderes para negociar e transigir. 
CERTO. É a literalidade do parágrafo décimo do artigo 334 do CPC. 
 
QUESTÃO: As audiências de conciliação e mediação são regidas pelo princípio da 
confidencialidade, não podendo posteriormente, no processo (caso não haja acordo na 
conciliação ou mediação), o juiz usar das informações que obteve na audiência de conciliação 
ou mediação, se nela ele presidiu. 
CERTO. 
 
 
QUESTÃO: Ano: 2015. Banca: FGV. Órgão: TJ-PI. Prova de Analista Judiciário – Psicólogo. 
Haroldo e Márcia são divorciados e, desde a separação, eles entram em diversos desacordos, 
especialmente em relação à convivência dos filhos, valor de pensão e divisão de patrimônio. 
Na tentativa de realizarem a autocomposição de conflitos, eles decidiram buscar a mediação. 
Sobre a mediação, conforme estabelecido na lei Nº 13.140/2015, é correto afirmar que: 
A) em havendo previsão contratual de cláusula de mediação, Haroldo e Márcia poderão se 
ausentar sem justificativa da primeira reunião de mediação; (ERRADO. Art. 22, parágrafo 2º da 
lei 13.140/2015: IV - o não comparecimento da parte convidada à primeira reunião de 
mediação acarretará a assunção por parte desta de cinquenta por cento das custas e 
honorários sucumbenciais caso venha a ser vencedora em procedimento arbitral ou judicial 
posterior, que envolva o escopo da mediação para a qual foi convidada.) 
B) pode ser objeto de mediação o conflito que verse sobre direitos disponíveis, sendo vedado 
para os direitos indisponíveis, mesmo que admitam transação; (ERRADO. Art. 3º da lei 
13.140/2015 Pode ser objeto de mediação o conflito que verse sobre direitos disponíveis ou 
sobre direitos indisponíveis que admitam transação. 
§ 2º O consenso das partes envolvendo direitos indisponíveis, mas transigíveis, deve ser 
homologado em juízo, exigida a oitiva do Ministério Público. 
C) a mediação deve ser focada sobre parte do conflito e não no todo, evitando, assim, 
confusão entre os termos do acordo; (ERRADO. Está expresso na lei que mediação poderá 
versar sobre toda a lide ou parte dela – Art. 3º, parágrafo 1º da lei 13.140/2015. No caso de 
arbitragem, o §1º da lei 9.307/96 diz: Os árbitros poderão proferir sentenças parciais.) 
D) o mediador não poderá reunir-se separadamente com uma das partes, sob o risco de violar 
o princípio de imparcialidade; (ERRADO. Art. 19 da lei 13.140: No desempenho de sua função, 
o mediador poderá reunir-se com as partes, em conjunto ou separadamente, bem como 
solicitar das partes as informações que entender necessárias para facilitar o entendimento 
entre aquelas.) 
E) poderão ser admitidos outros mediadores para atuar no mesmo procedimento, quando isso 
for recomendável em razão da natureza e da complexidade do conflito. (GABARITO) 
 
QUESTÃO: Ano: 2017. Banca: IBEG. Órgão: IPREV. Prova para Procurador Previdenciário. 
João ingressou com ação contra Maria. Em 31 de março de 2017 (sexta-feira) foi realizada 
audiência de conciliação, sendo que não houve auto composição. Como Maria estava 
confiante de que faria um acordo com João, não apresentou sua defesa antes da referida 
audiência. Acerca da apresentação da Contestação, assinale alternativa correta: 
A) Maria deveria ter apresentado Contestação até o momento inicial da audiência. 
B) Maria será declarada revel em audiência. 
C) O prazo de 15 dias para apresentação da contestação terá início na data da audiência de 
conciliação. (CERTO. Da Contestação (é a defesa do réu, caso não haja acordo na conciliação 
ou mediação): Art. 335 do CPC.: O réu poderá oferecer contestação, por petição, no prazo de 
15 (quinze) dias, cujo termo inicial (o termo inicial é a data que se iniciará a contagem do 
prazo em que o réu poderá protocolar a defesa) será a data: 
I - da audiência de conciliação ou de mediação, ou da última sessão de conciliação, quando 
qualquer parte não comparecer ou, comparecendo, não houver autocomposição; 
II - do protocolo do pedido de cancelamento da audiência de conciliação ou de mediação 
apresentado pelo réu, quando ocorrer a hipótese do art. 334, § 4º, inciso I: “se ambas as 
partes manifestarem, expressamente, desinteresse na composição consensual;”) 
D) O prazo de 15 dias para apresentação da contestação terá início no primeiro dia útil 
seguinte à audiência e conciliação. 
E) O prazo de 10 dias para apresentação da contestação terá início na data da audiência de 
conciliação. 
 
 
 
QUESTÃO: Ano: 2019. Banca: Itame. Órgão: Prefeitura de Senador Canedo – GO. Prova para 
Procurador Municipal. 
O Código de Processo Civil determina que os tribunais criarão centros judiciários de solução 
consensual de conflitos, responsáveis pela realização de sessões e audiências de conciliação 
e mediação e pelo desenvolvimento de programas destinados a auxiliar, orientar e estimular a 
autocomposição. De acordo com essas determinações, marque a alternativa incorreta: 
A) O conciliador, que atuará preferencialmente nos casos em que não houver vínculo anterior 
entre as partes, poderá sugerir soluções para o litígio, sendo vedada a utilização de qualquer 
tipo de constrangimento ou intimidação para que as partes conciliem; (Afirmação correta) 
B) É vedado às partes escolher o conciliador, o mediador ou a câmara privada de conciliação 
e de mediação; (Afirmação errada. Art. 168 do CPC.: As partes podem escolher, de comum 
acordo, o conciliador, o mediador ou a câmara privada de conciliação e de mediação.) 
C) O juiz do processo ou o juiz coordenador do centro de conciliação e mediação, se houver, 
verificando atuação inadequada do mediador ou conciliador, poderá afastá-lo de suas 
atividades por até 180 (cento e oitenta) dias, por decisão fundamentada, informando o fato 
imediatamente ao tribunal para instauração do respectivo processo administrativo; 
(Afirmação correta. CPC. Art. 173, § 2º O juiz do processo ou o juiz coordenador do centro de 
conciliação e mediação, se houver, verificando atuação inadequada do mediador ou 
conciliador, poderá afastá-lo de suas atividades por até 180 (cento e oitenta) dias, por decisão 
fundamentada, informando o fato imediatamente ao tribunal para instauração do respectivo 
processo administrativo.) 
D) A conciliação e a mediação são informadas pelos princípios da independência, da 
imparcialidade, da autonomia da vontade, da confidencialidade, da oralidade, da 
informalidade e da decisão informada. (Afirmação correta. Art. 166 do CPC.: A conciliação e a 
mediação são informadas pelos princípios da independência, da imparcialidade, da 
autonomia da vontade, da confidencialidade, da oralidade, da informalidade e da decisão 
informada.) 
(Art. 2º da lei 13.140/2015: A mediação será orientada pelos seguintes princípios: 
I - imparcialidade do mediador; 
II - isonomia entre as partes; 
III - oralidade; 
IV - informalidade; 
V - autonomia da vontade das partes; 
VI - busca do consenso; 
VII - confidencialidade; 
VIII - boa-fé.)QUESTÃO: Ano: 2016. Banca: FCC. Órgão: Prefeitura de Campinas – SP. Prova para 
Procurador. 
Em relação ao cumprimento de sentença, considere: 
I. O cumprimento da sentença não poderá ser promovido em face do fiador, do coobrigado ou 
do corresponsável que não tiver participado da fase de conhecimento. (CERTO. É o que 
dispõe o art. 513, §5º, do CPC/15) 
II. Quando o juiz decidir relação jurídica sujeita a condição ou termo, o cumprimento da 
sentença dependerá de demonstração de que se realizou a condição ou de que ocorreu o 
termo. (CERTO. É o que dispõe o art. 514, do CPC/15.) 
III. A autocomposição judicial pode envolver sujeito estranho ao processo, mas não pode 
versar sobre relação jurídica que não tenha sido deduzida em Juízo, por implicar lesão ao 
princípio da adstrição ou congruência. (ERRADO. Dispõe o art. 515, §2º, do CPC/15, que "a 
autocomposição judicial pode envolver sujeito estranho ao processo e versar sobre relação 
jurídica que não tenha sido deduzida em juízo".) (Princípio da congruência ou adstrição 
refere-se à necessidade do magistrado decidir a lide dentro dos limites objetivados pelas 
partes, não podendo proferir sentença de forma extra, ultra ou infra/citra petita) 
IV. São títulos executivos judiciais as decisões proferidas no processo civil que reconheçam a 
exigibilidade de obrigação de pagar quantia, somente, dependendo a obrigação de fazer, de 
não fazer ou de entregar coisa de prévio processo de conhecimento. (ERRADO. Tanto as 
decisões de pagar quantia quanto as que reconheçam a exigibilidade de obrigação de fazer, 
de não fazer e de entregar coisa são títulos executivos judiciais. Art. 515, I, CPC/15) 
 
QUESTÃO: Ano: 2017 Banca: IESES Órgão: TJ-RO. Prova para Titular de Serviços de Notas e 
de Registros. 
De acordo com as normas processuais vigentes podemos afirmar que são exemplos de 
títulos executivos judiciais: 
I. As sentenças estrangeiras homologadas pelo Superior Tribunal de Justiça. 
II. As decisões homologatórias de autocomposição judicial. 
III. As sentenças penais condenatórias transitadas em julgado. 
IV. As decisões proferidas no processo civil que reconheçam a exigibilidade de obrigação de 
pagar quantia, de fazer, de não fazer ou de entregar coisa. 
TODAS ESTÃO CORRETAS. 
Art. 515 do CPC.: São títulos executivos judiciais, cujo cumprimento dar-se-á de acordo com 
os artigos previstos neste Título: 
I - as decisões proferidas no processo civil que reconheçam a exigibilidade de obrigação de 
pagar quantia, de fazer, de não fazer ou de entregar coisa; 
II - a decisão homologatória de autocomposição judicial; 
III - a decisão homologatória de autocomposição extrajudicial de qualquer natureza; 
IV - o formal e a certidão de partilha, exclusivamente em relação ao inventariante, aos 
herdeiros e aos sucessores a título singular ou universal; 
V - o crédito de auxiliar da justiça, quando as custas, emolumentos ou honorários tiverem 
sido aprovados por decisão judicial; 
VI - a sentença penal condenatória transitada em julgado; 
VII - a sentença arbitral; 
VIII - a sentença estrangeira homologada pelo Superior Tribunal de Justiça; 
IX - a decisão interlocutória estrangeira, após a concessão do exequatur à carta rogatória pelo 
Superior Tribunal de Justiça; 
X - (VETADO). 
§1º Nos casos dos incisos VI a IX, o devedor será citado no juízo cível para o cumprimento da 
sentença ou para a liquidação no prazo de 15 (quinze) dias. 
§ 2º A autocomposição judicial pode envolver sujeito estranho ao processo e versar sobre 
relação jurídica que não tenha sido deduzida em juízo. 
 
QUESTÃO: Ano: 2016. Banca: FUNDATEC. Órgão: Prefeitura de Porto Alegre – RS. Prova para 
Procurador Municipal. 
Em relação ao procedimento comum tratado no Código de Processo Civil (Lei nº 13.105/15), 
analise as assertivas a seguir: 
I. A audiência de conciliação ou mediação não será realizada somente se ambas as partes 
expressamente manifestarem o desinteresse ou quando a causa não admitir autocomposição. 
(CERTO. Art. 334. §4º do CPC.: A audiência não será realizada: I - se ambas as partes 
manifestarem, expressamente, desinteresse na composição consensual; II - quando não se 
admitir a autocomposição.) 
II. Na fase de saneamento e organização do processo, se a causa apresentar complexidade 
em matéria de fato ou de direito, deverá o juiz designar audiência para que o saneamento seja 
feito em cooperação com as partes, oportunidade em que o juiz, se for o caso, convidará as 
partes a esclarecer suas alegações. (CERTO. Art. 357. §3º, CPC.: Se a causa apresentar 
complexidade em matéria de fato ou de direito, deverá o juiz designar audiência para que o 
saneamento seja feito em cooperação com as partes, oportunidade em que o juiz, se for o 
caso, convidará as partes a integrar ou esclarecer suas alegações.) 
III. Iniciada a audiência de instrução e julgamento, o juiz tentará conciliar as partes, 
independentemente do emprego anterior de outros métodos de solução consensual de 
conflitos, como a mediação e a arbitragem. (CERTO. Art. 359 do CPC.: Instalada a audiência, o 
juiz tentará conciliar as partes, independentemente do emprego anterior de outros métodos 
de solução consensual de conflitos, como a mediação e a arbitragem.) 
 
QUESTÃO: É correto afirmar que suspende-se o prazo do processo quando ocorrer caso em 
que se tentará solucionar a lide pela autocomposição. 
CERTO. Parágrafo único do Art. 221 do CPC.: Suspendem-se os prazos durante a execução 
de programa instituído pelo Poder Judiciário para promover a autocomposição, incumbindo 
aos tribunais especificar, com antecedência, a duração dos trabalhos. 
Já no caso de arbitragem, acontece que o que diz o Art. 485 do CPC.: O juiz não resolverá o 
mérito quando: (...) VII - acolher a alegação de existência de convenção de arbitragem ou 
quando o juízo arbitral reconhecer sua competência (a existência de arbitragem não pode ser 
matéria a ser verificada de ofício pelo juiz.). No caso de arbitragem, o prazo do processo não 
será suspenso, na verdade o que vai acontecer é que o processo será extinto sem a resolução 
de mérito, porque quem vai decidir será o árbitro e não o juiz. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUESTÃO: Ano: 2019. Banca: CPCON. Órgão: Prefeitura de Guarabira – PB. Prova para 
Procurador Municipal. 
Quanto ao julgamento conforme o estado do processo, previsto no CPC/2015 e o tema da 
autocomposição de conflitos no âmbito da administração pública, previsto na Lei 13.140/2015, 
assinale a alternativa CORRETA: 
A) A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão criar câmaras de 
prevenção e resolução administrativa de conflitos, no âmbito dos respectivos órgãos da 
Advocacia Pública, onde houver, com competência para dirimir conflitos entre órgãos e 
entidades da administração pública; avaliar a admissibilidade dos pedidos de resolução de 
conflitos, por meio de composição, no caso de controvérsia entre particular e pessoa jurídica 
de direito público; e promover, quando couber, a celebração de termo de ajustamento de 
conduta. A submissão do conflito às câmaras será compulsória nos casos previstos no 
regulamento do respectivo ente federado. 
B) O juiz decidirá parcialmente o mérito da demanda quando um ou mais dos pedidos 
formulados ou parcela deles mostrar-se incontroverso ou estiver em condições de imediato 
julgamento, nos termos do CPC/2015. A decisão que julgar parcialmente o mérito, porém, só 
poderá reconhecer a existência de obrigação líquida. 
C) É facultado aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, suas autarquias e fundações 
públicas, bem como às empresas públicas e sociedades de economia mista federais, 
submeter seus litígios com órgãos ou entidades da administração pública federal à 
Advocacia-Geral da União, para fins de composição extrajudicial do conflito. 
D) Os servidores e empregados públicos que participarem do processo de composiçãoextrajudicial do conflito ainda poderão ser responsabilizados civil, administrativa ou 
criminalmente quando praticarem ato lesivo ao patrimônio público. 
E) A instauração de procedimento administrativo para a resolução consensual de conflito no 
âmbito da administração pública interrompe a prescrição. 
a) INCORRETA Lei 13.140/15: Art. 32. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios 
poderão criar câmaras de prevenção e resolução administrativa de conflitos, no âmbito dos 
respectivos órgãos da Advocacia Pública, onde houver, com competência para: I - dirimir 
conflitos entre órgãos e entidades da administração pública; II - avaliar a admissibilidade dos 
pedidos de resolução de conflitos, por meio de composição, no caso de controvérsia entre 
particular e pessoa jurídica de direito público; III - promover, quando couber, a celebração de 
termo de ajustamento de conduta. § 1º O modo de composição e funcionamento das câmaras 
de que trata o caput será estabelecido em regulamento de cada ente federado. § 2º A 
submissão do conflito às câmaras de que trata o caput é FACULTATIVA e será cabível apenas 
nos casos previstos no regulamento do respectivo ente federado. (...) 
b) INCORRETA CPC, Art. 356. O juiz decidirá parcialmente o mérito quando um ou mais dos 
pedidos formulados ou parcela deles: I - mostrar-se incontroverso; II - estiver em condições 
de imediato julgamento, nos termos do . § 1º A decisão que julgar parcialmente o mérito 
poderá reconhecer a existência de obrigação líquida ou ILÍQUIDA. (...) 
c) CORRETA Lei 13.140/15: Art. 37. É facultado aos Estados, ao Distrito Federal e aos 
Municípios, suas autarquias e fundações públicas, bem como às empresas públicas e 
sociedades de economia mista federais, submeter seus litígios com órgãos ou entidades da 
administração pública federal à Advocacia-Geral da União, para fins de composição 
extrajudicial do conflito. 
d) INCORRETA Lei 13.140/15: Art. 40. Os servidores e empregados públicos que participarem 
do processo de composição extrajudicial do conflito, somente poderão ser responsabilizados 
civil, administrativa ou criminalmente quando, mediante dolo ou fraude, receberem qualquer 
vantagem patrimonial indevida, permitirem ou facilitarem sua recepção por terceiro, ou para 
tal concorrerem. 
 
 
 
e) INCORRETA Lei 13.140/15, Art. 34. A instauração de procedimento administrativo para a 
resolução consensual de conflito no âmbito da administração pública SUSPENDE a 
prescrição. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONVENÇÕES PROCESSUAIS. 
QUESTÃO: Ano: 2017. Banca: CESPE / CEBRASPE. Órgão: Prefeitura de Fortaleza – CE. 
Prova para Procurador do Município. 
É dever do magistrado manifestar-se de ofício (Errado. Pode ser de ofício ou a requerimento) 
quanto ao inadimplemento de qualquer negócio jurídico processual válido celebrado pelas 
partes, já que, conforme expressa determinação legal, as convenções processuais devem ser 
objeto de controle pelo juiz. 
ERRADO. “NEGÓCIO JURÍDICO PROCESSUAL” são as convenções que as partes fazem nos 
contratos. NCPC Art. 190 - Versando o processo sobre direitos que admitam autocomposição, 
é lícito às partes plenamente capazes estipular mudanças no procedimento para ajustá-lo às 
especificidades da causa e convencionar sobre os seus ônus, poderes, faculdades e deveres 
processuais, antes ou durante o processo. Parágrafo único. De ofício ou a requerimento, o 
juiz controlará a validade das convenções previstas neste artigo, recusando-lhes aplicação 
somente nos casos de nulidade ou de inserção abusiva em contrato de adesão ou em que 
alguma parte se encontre em manifesta situação de vulnerabilidade.) 
 
QUESTÃO: Ano: 2018. Banca: CESPE. Órgão: PGE-PE. Prova: de Procurador do Estado. 
O CPC prevê a possibilidade de convenção processual em processos que versem sobre 
direitos que admitam a autocomposição. Conforme o entendimento doutrinário, esse instituto. 
A) não poderá ser firmado pela fazenda pública. (ERRADO. A Fazenda Pública, sendo uma 
das partes poderá também firmar, com a outra parte, a mudança de acordos processuais.) 
B) não poderá ser celebrado em contrato de convivência. (ERRADO. Poderá.) 
C) não poderá ser objeto de controle de ofício pelo juiz. (ERRADO. Se a questão estivesse 
falando de arbitragem, essa alternativa estaria certa, porque o juiz não pode de ofício 
reconhecer que há arbitragem) 
D) poderá estipular a interposição de recurso per saltum às cortes superiores. (ERRADO, 
porque isso seria um acordo para suprimir a primeira instância, e isso não pode) 
E) poderá estipular a cláusula “sem recurso” bilateralmente. (CERTO. AS PARTES PODEM 
MUDAR OS ATOS PROCESSUAIS, CABENDO O MAGISTRADO CONTROLAR. 
Enunciado 20 do Fórum Permanente de Processualistas Civis: "não são admissíveis os 
seguintes negócios bilaterais, dentre outros: acordo para modificação da competência 
absoluta, acordo para supressão da primeira instância, acordo para afastar motivos de 
impedimento do juiz, acordo para criação de novas espécies recursais,” 
Ainda não pode: Acordo que impeça o réu de contestar. 
Pode: Acordo para vedar recursos; a cláusula que convenciona que o autor estaria 
desincumbido de provar a existência do contrato (Distribuição do ônus da prova. Art. 373, 
§§3º e 4º CPC); Eleição negocial do foro (art. 63 CPC); Renúncia ao prazo (art. 225 CPC); 
Acordo para suspensão do Processo (art. 313, II CPC); Definir o calendário processual (art. 
191, §§1º e 2º CPC) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUESTÃO: Ano: 2018. Banca: FGV. Órgão: TJ-AL. Prova para Técnico Judiciário - Área 
Judiciária. 
Ao celebrar um contrato de compra e venda, os contratantes convencionaram sobre 
determinados ônus e deveres processuais. Nesse sentido, afirmaram que se houvesse 
necessidade de ação judicial para dirimir qualquer conflito em relação ao negócio jurídico ora 
entabulado, e pela possibilidade legal de autocomposição, o autor estaria desincumbido de 
provar a existência do contrato e que o réu não poderia contestar o feito. Nesse cenário: 
A) o juiz não poderá controlar as validades destas convenções, pois se trata de direito 
disponível às partes; (ERRADO. Um é disponível, o outro é indisponível. Já que um é 
indisponível o juiz pode controlar) 
B) estas convenções são nulas de pleno direito, pois convencionadas antes da existência do 
processo; (ERRADO. Uma é nula, a outra não) 
C) o juiz controlará as validades destas convenções de ofício, e deverá admiti-las por se 
tratarem de direitos disponíveis; (ERRADO. O juiz controlará, mas admitirá somente uma 
convenção, porque só uma é disponível.) 
D) o juiz controlará as validades destas convenções, recusando aplicação de ambas as 
cláusulas; (ERRADO. O juiz controlará, mas recusará somente uma convenção, porque só 
uma é indisponível.) 
E) o juiz controlará as validades destas convenções, recusando, de ofício, a cláusula que 
impossibilita o réu contestar. (CERTO. A cláusula/convenção que proibir o réu de contestar é 
abusiva, porque esse direito de contestar é indisponível. Não pode existir essa cláusula. Já a 
cláusula que convenciona que o autor estaria desincumbido de provar a existência do 
contrato (Distribuição do ônus da prova) não é proibida, porque esse é um direito disponível.) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PRINCÍPIOS. 
Se a banca examinadora falar que um princípio do processo é um princípio da jurisdição e vice-
versa, marque que está certo, porque o que realmente importa aqui é saber linkar o nome do 
princípio com o seu significado e saber quais princípios existem e não “viajar” em um nome de um 
princípio que a banca do concurso inventar. Alguns princípios às vezes são chamados de “normas” - 
está certo também!

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