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INTRODUÇÃO. Segundo Cássio Scarpinella Bueno são quatro os institutos fundamentais do Direito Processual Civil: Jurisdição; Processo; Ação; e a Defesa. TÓPICO: FORMAS HISTÓRICAS DE RESOLUÇÃO DE CONFLITOS. Nas palavras de Carnelutti uma lide é “um conflito de interesse qualificado por uma pretensão resistida” (apud MONNERAT, 2015, p. 30). Neste tópico vamos ter uma noção dos modos históricos de resolução destes conflitos. Antigamente reinava a autotutela. A autotutela (ou autodefesa) é a forma mais primitiva de solução dos conflitos, na qual há o emprego da força por uma das partes, e a submissão da parte contrária. A força pode ser entendida em diversas modalidades: física, moral, econômica, social, política, cultural, filosófica, etc. Atualmente, em regra, a autotutela é vedada pelo ordenamento jurídico, sendo considerada crime. Excepcionalmente, a autotutela é admitida, como nos casos do Direito Penal, em que se aplica a legítima defesa (art. 23, II c/c 25, CP); e do Direito Civil, em que é admitido o desforço imediato na tutela da posse (art. 1.210, § 1º, CC - No tópico “Dos efeitos da posse / Ações possessórias”). Depois da autotutela passou a reinar a arbitragem, mas como ainda não existia o Estado, essa arbitragem era a única forma de resolução de conflito. A arbitragem era facultativa, depois passou a ser obrigatória, mas ainda não era feita pelo Estado. Com o fortalecimento da noção de estado (governo soberano no plano interno e independente no plano externo; povo; território) (ainda alguns doutrinadores como Dalmo de Abreu Dallari, citam que os elementos do Estado é POVO + GOVERNO + TERRITÓRIO + FINALIDADE/OBJETIVOS que estão no Art. 3º da CF/88) e com a separação de poderes, passou ao Estado, mas precisamente ao poder judiciário a competência de solucionar as lides, competência chamada de JURISDIÇÃO, através do processo. Como forma de desafogar o poder judiciário, o CPC de 2015 incentiva a autocomposição (mediação e conciliação), que pode ser feita pelo Estado ou não. https://www.avaeduc.com.br/signer/cm-kls-content/201901/INTERATIVAS_2_0/TEORIA_GERAL_DO_PROCESSO/U1/S1/index.html FONTES E MÉTODOS ALTERNATIVOS DE RESOLUÇÃO. Segundo Cássio Scarpinella Bueno além da arbitragem, mediação e conciliação, ainda existem a negociação; a transação; a avaliação por terceiro neutro; entre outros meios de solução de conflitos, ainda que embrionárias no direito brasileiro. A Constituição Federal (BRASIL, 1988) é expressa ao preceituar, em seu artigo 5º, inciso XXXV, que “a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito”. Por seu turno, o Código de Processo Civil (BRASIL, 2015) assevera que “não se excluirá da apreciação jurisdicional ameaça ou lesão a direito” (artigo 3º, caput). Comentando a diferença de redação entre os dois artigos, doutrinam Wambier et al. (2015, p. 58-59) que “[...] a única alteração, de ‘apreciação do Poder Judiciário’ (CF) para ‘apreciação jurisdicional’ (NCPC) tem o sentido de indicar que às ameaças ou lesões a direito deverão ser dadas soluções de direito, mas não necessariamente pelo Poder Judiciário”. É justamente nesse sentido que o Código de Processo Civil (BRASIL, 2015) disciplina, de forma expressa, a permissão da arbitragem (artigo 3º, § 1º) e, ainda, que a conciliação, a mediação e outros métodos de solução consensual de conflitos deverão ser estimulados, inclusive no curso do processo judicial (artigo 3º, § 3º). QUESTÃO: Ano: 2017. Banca: CESPE. Órgão: TCE-PE. A lide é o conflito de interesse qualificado pela existência de uma pretensão resistida (até aqui está certo), sendo sempre de competência do Poder judiciário. ERRADO. A lide é o conflito de interesse qualificado pela existência de uma pretensão resistida, mas nem sempre de competência do Poder Judiciário, porque existe a arbitragem, mediação e conciliação entre outros. Trabalho da Faculdade: Redija um texto dissertativo sobre a mediação na realidade brasileira, identificando em qual tipo de composição de conflitos a mediação se encaixa, as alterações trazidas pelo Código de Processo Civil e sobre a mediação on line no Brasil. Com o surgimento e fortalecimento do Estado na sociedade, os conflitos entre os particulares deixaram de ser resolvidos com as próprias mãos. A legislação brasileira permite, excepcionalmente o uso das próprias forças, como se verifica no instituto da legítima defesa e no desforço imediato em ações possessórias, mas em regra, o responsável a dirimir as lides entre os cidadãos é o poder judiciário. Quando o poder judiciário resolve uma lide entre pessoas, fica caracterizado a hétero composição, isto é, um terceiro que resolve o conflito entre as partes impondo a sua decisão sobre elas. Assim, temos ainda a arbitragem como outra espécie de hétero composição, haja vista o árbitro também impor a sua decisão sobre as partes. Por outro lado, ainda existe outro modo de resolver conflitos: a autocomposição, que se subdivide em autocomposição direta (acordo direto entre as partes) e a autocomposição indireta (há um terceiro mediador. Pode ser uma mediação ou uma conciliação). Nas duas espécies de autocomposição há um acordo entre as partes (mesmo na indireta o mediador e o conciliador não impõem a sua vontade sobre as partes), o que evita a instauração de um processo judicial. Tendo em vista o número exorbitante de processos existentes a ser enfrentado pelo poder judiciário, o Estado tem interesse nos métodos de autocomposição e, por isso, o Código de Processo Civil de 2015 inovou em relação ao anterior prevendo em seu artigo 165 que “Os tribunais criarão centros judiciários de solução consensual de conflitos, responsáveis pela realização de sessões e audiências de conciliação e mediação e pelo desenvolvimento de programas destinados a auxiliar, orientar e estimular a autocomposição.” assim como o seu art. 3º, § 2º dispõe que: “O Estado promoverá, sempre que possível, a solução consensual dos conflitos.”. Há relatos dos tribunais de que a grande maioria das vezes em que ocorre a audiência de mediação ou conciliação antes ou durante o processo, há acordo, resolvendo-se o conflito, demonstrando a efetividade da ferramenta, trazendo um grande avanço para toda a sociedade. Outrossim, faz-se necessário observar que a autocomposição não se aplica ao direito penal. Por fim, é imperioso relatar que ainda existe a modalidade on-line de autocomposição através da ferramenta consumidor.gov.br, que aproxima o consumidor e fornecedor em uma relação de consumo, resolvendo-se a lide com acordo entre as partes, afastando a necessidade de acesso ao poder judiciário. Observação: A mediação é usada em casos de divórcio ou qualquer outro caso em que as partes já mantinham alguma relação. A conciliação acontece em caso em que as partes não se conheciam antes, como por exemplo um acidente de trânsito entre pessoas deconhecidas. ARBITRAGEM. Ressalte-se que a arbitragem pode se dar por cláusula compromissória/cláusula arbitral previamente pactuada em contrato, em que são estabelecidas as condições para a realização de resolução de conflitos, ou por compromisso arbitral, momento em que, uma vez ocorrido o litígio entre as partes, estas estabelecem a escolha do juízo arbitral em vez do Poder Judiciário para a resolução de controvérsias. Temos então a Convenção de arbitragem que é o gênero, em que suas espécies são: cláusula compromissória/cláusula arbitral e compromisso arbitral. Seu procedimento é previsto em lei extravagante, ou seja, fora do Código de Processo Civil. Se encontram dentroda Lei nº 9.307/1996 (BRASIL, 1996), preceituando que podem se valer desse meio de solução de conflitos a administração pública e as pessoas capazes de contratar, dirimindo, assim, litígios relativos a direitos patrimoniais disponíveis. QUESTÕES DE ARBITRAGEM. QUESTÃO: Ano: 2014. Banca: BIO-RIO. Órgão: EMGEPRON. Prova para Advogado. Nos termos da lei de arbitragem, o árbitro deve: A) ser de nível superior B) possuir ensino médio completo C) ser da confiança das partes (GABARITO) D) sofrer nomeação pelo Juiz COMENTÁRIO: Lei 9.307/96: Art. 13. Pode ser árbitro qualquer pessoa capaz e que tenha a confiança das partes QUESTÃO de Direito Processual Civil – CPC. Ano: 2010 (Mas está atualizada). Banca: CESGRANRIO. Órgão: Petrobras. Prova de Advogado. De acordo com a Lei no 9.307/96, que dispõe sobre a arbitragem, será denegada (o mesmo que negada) a homologação para o reconhecimento ou execução da sentença arbitral estrangeira, se constatado que A) a decisão ofende a ordem pública nacional. (GABARITO) B) a sentença arbitral foi proferida fora do território nacional (ERRADO. Ela pode ser proferida fora do território nacional. Ela só não pode ser proferida fora dos limites da convenção de arbitragem.) C) os efeitos da decisão recairão sobre os sucessores das partes. (ERRADO) D) houve prévia denegação da homologação por vícios formais. (ERRADO. Ver o artigo 40 da lei 9.307/96) E) há voto em separado de árbitro divergente do da maioria. (ERRADO, pode haver voto divergente do da maioria) COMENTÁRIO: Lei 9.307/96, Art. 38. Somente poderá ser negada a homologação para o reconhecimento ou execução de sentença arbitral estrangeira, quando o réu demonstrar que: I - as partes na convenção de arbitragem eram incapazes; II - a convenção de arbitragem não era válida segundo a lei à qual as partes a submeteram, ou, na falta de indicação, em virtude da lei do país onde a sentença arbitral foi proferida; III - não foi notificado da designação do árbitro ou do procedimento de arbitragem, ou tenha sido violado o princípio do contraditório, impossibilitando a ampla defesa; IV - a sentença arbitral foi proferida fora dos limites da convenção de arbitragem, e não foi possível separar a parte excedente daquela submetida à arbitragem; V - a instituição da arbitragem não está de acordo com o compromisso arbitral ou cláusula compromissória; VI - a sentença arbitral não se tenha, ainda, tornado obrigatória para as partes, tenha sido anulada, ou, ainda, tenha sido suspensa por órgão judicial do país onde a sentença arbitral for prolatada. Art. 39. A homologação para o reconhecimento ou a execução da sentença arbitral estrangeira também será denegada se o Superior Tribunal de Justiça (E NÃO O STF) constatar que: I - segundo a lei brasileira, o objeto do litígio não é suscetível de ser resolvido por arbitragem; II - a decisão ofende a ordem pública nacional. Art. 40. A denegação da homologação para reconhecimento ou execução de sentença arbitral estrangeira por vícios formais, não obsta que a parte interessada renove o pedido, uma vez sanados os vícios apresentados. Art. 32: É nula a sentença arbitral se (aqui não se trata da estrangeira, mas de maneira genérica): I - for nula a convenção de arbitragem; II - emanou de quem não podia ser árbitro; III - não contiver os requisitos do art. 26 desta Lei; (pode pleitear a nulidade) IV - for proferida fora dos limites da convenção de arbitragem; (pode pleitear a nulidade) VI - comprovado que foi proferida por prevaricação, concussão ou corrupção passiva (não pode pleitear); VII - proferida fora do prazo, respeitado o disposto no art. 12, inciso III, desta Lei; e VIII - forem desrespeitados os princípios de que trata o art. 21, § 2º, desta Lei. Art. 26. São requisitos obrigatórios da sentença arbitral (É interessante decorar esse artigo junto com o 10 e o 11 desta lei): I - o relatório, que conterá os nomes das partes e um resumo do litígio; II - os fundamentos da decisão, onde serão analisadas as questões de fato e de direito, mencionando-se, expressamente, se os árbitros julgaram por eqüidade; III - o dispositivo, em que os árbitros resolverão as questões que lhes forem submetidas e estabelecerão o prazo para o cumprimento da decisão, se for o caso; e IV - a data e o lugar em que foi proferida. (local, ou locais, onde se desenvolverá a arbitragem é facultativo) Parágrafo único. A sentença arbitral será assinada pelo árbitro ou por todos os árbitros. Caberá ao presidente do tribunal arbitral, na hipótese de um ou alguns dos árbitros não poder ou não querer assinar a sentença, certificar tal fato. Art. 10. Constará, obrigatoriamente, do compromisso arbitral (A lei não fala o que deve constar na cláusula compromissória/cláusula arbitral, porque essa é definida no contrato pelas partes de como deve ser) (é interessante decorar os artigos 10, 11 junto com o 26): I - o nome, profissão, estado civil e domicílio das partes; II - o nome, profissão e domicílio do árbitro, ou dos árbitros, ou, se for o caso, a identificação da entidade à qual as partes delegaram a indicação de árbitros (O estado civil do árbitro não precisa); III - a matéria que será objeto da arbitragem; e IV - o lugar em que será proferida a sentença arbitral. Art. 11. Poderá (ou seja: facultativo), ainda, o compromisso arbitral conter: I - local, ou locais, onde se desenvolverá a arbitragem (a data e o lugar em que foi proferida a sentença arbitral é obrigatória); II - a autorização para que o árbitro ou os árbitros julguem por eqüidade, se assim for convencionado pelas partes; III - o prazo para apresentação da sentença arbitral; (Art. 23 desta lei: “A sentença arbitral será proferida no prazo estipulado pelas partes. Nada tendo sido convencionado, o prazo para a apresentação da sentença é de seis meses”. Depois da apresentação da sentença arbitral, o prazo para recorrer desta sentença arbitral parcial ou final ou da decisão do pedido de esclarecimentos é de 90 dias.) IV - a indicação da lei nacional ou das regras corporativas aplicáveis à arbitragem, quando assim convencionarem as partes; V - a declaração da responsabilidade pelo pagamento dos honorários e das despesas com a arbitragem; e VI - a fixação dos honorários do árbitro, ou dos árbitros. Parágrafo único. Fixando as partes os honorários do árbitro, ou dos árbitros, no compromisso arbitral, este constituirá título executivo extrajudicial; não havendo tal estipulação, o árbitro requererá ao órgão do Poder Judiciário que seria competente para julgar, originariamente, a causa que os fixe por sentença. QUESTÃO: No prazo de 5 (cinco) dias, a contar do recebimento da notificação ou da ciência pessoal da sentença arbitral, salvo se outro prazo for acordado entre as partes, a parte interessada, mediante comunicação à outra parte, poderá solicitar ao árbitro ou ao tribunal arbitral que corrija qualquer erro material da sentença arbitral; esclareça alguma obscuridade, dúvida ou contradição da sentença arbitral, ou se pronuncie sobre ponto omitido a respeito do qual devia manifestar-se a decisão. O árbitro ou o tribunal arbitral decidirá no prazo de 10 (dez) dias ou em prazo acordado com as partes, aditará a sentença arbitral e notificará as partes na forma do art. 29 da lei 9.307/96 CERTO. Art. 30 da lei 9.307/96. Art. 30. No prazo de 5 (cinco) dias, a contar do recebimento da notificação ou da ciência pessoal da sentença arbitral, salvo se outro prazo for acordado entre as partes, a parte interessada, mediante comunicação à outra parte, poderá solicitar ao árbitro ou ao tribunal arbitral que: I - corrija qualquer erro material da sentença arbitral; II - esclareça algumaobscuridade, dúvida ou contradição da sentença arbitral, ou se pronuncie sobre ponto omitido a respeito do qual devia manifestar-se a decisão. Parágrafo único. O árbitro ou o tribunal arbitral decidirá no prazo de 10 (dez) dias ou em prazo acordado com as partes, aditará a sentença arbitral e notificará as partes na forma do art. 29. QUESTÃO: É correto afirmar que a arbitragem poderá ser usada para dirimir conflitos sobre assuntos de direitos indisponíveis. ERRADO. Art. 1º da lei 9.307 As pessoas capazes de contratar poderão valer-se da arbitragem para dirimir litígios relativos a direitos patrimoniais disponíveis. § 1º A administração pública direta e indireta poderá utilizar-se da arbitragem para dirimir conflitos relativos a direitos patrimoniais disponíveis. Sobre mediação: Art. 1º da lei 13.140/2015: “Esta Lei dispõe sobre a mediação como meio de solução de controvérsias entre particulares e sobre a autocomposição de conflitos no âmbito da administração pública. Parágrafo único. Considera-se mediação a atividade técnica exercida por terceiro imparcial sem poder decisório, que, escolhido ou aceito pelas partes, as auxilia e estimula a identificar ou desenvolver soluções consensuais para a controvérsia.” Art. 3º da lei 13.140/2015: “Pode ser objeto de mediação o conflito que verse sobre direitos disponíveis ou sobre direitos indisponíveis que admitam transação. § 2º O consenso das partes envolvendo direitos indisponíveis, mas transigíveis, deve ser homologado em juízo, exigida a oitiva do Ministério Público.” QUESTÃO DE MEDIAÇÃO E CONCILIAÇÃO: Ano: 2018. Banca: FCC. Órgão: PGE-AP. Prova: de Procurador do Estado. Em relação à mediação e autocomposição de conflitos A) poderá atuar como mediador judicial a pessoa capaz, graduada há pelo menos dois anos em curso de ensino superior de instituição reconhecida pelo Ministério da Educação e que tenha obtido capacitação em escola ou instituição de formação de mediadores, reconhecida pela Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados − ENFAM ou pelos tribunais, observados os requisitos mínimos estabelecidos pelo Conselho Nacional de Justiça em conjunto com o Ministério da Justiça. (GABARITO. É a literalidade do Art. 11 da lei 13.140/2015. É importante saber que os mediadores judiciais não estarão sujeitos à prévia aceitação das partes. No caso de mediadores judiciais, as partes deverão ser assistidas por advogados ou defensores públicos. Art. 25 e 26 da lei 13.140/2015. Os mediadores extrajudiciais poderão ser: qualquer pessoa capaz que tenha a confiança das partes e seja capacitada para fazer mediação, independentemente de integrar qualquer tipo de conselho, entidade de classe ou associação, ou nele inscrever-se. No caso de mediador extrajudicial elas poderão ser assistidas por advogados ou defensores públicos. Comparecendo uma das partes acompanhada de advogado ou defensor público, o mediador suspenderá o procedimento, até que todas estejam devidamente assistidas. Art. 9º e 10 da lei 13.140/2015). B) o consenso das partes envolvendo direitos indisponíveis, mas transigíveis, deve ser homologado em juízo, prescindível a oitiva do Ministério Público. (ERRADO. § 2º do Art. 2º da lei 13.140/2015: O consenso das partes envolvendo direitos indisponíveis, mas transigíveis, deve ser homologado em juízo, exigida a oitiva do Ministério Público. C) por não ter poder decisório, não se aplicam ao mediador as hipóteses legais de impedimento e suspeição do juiz. (ERRADO. Art. 5º da lei 13.140/2015: Aplicam-se ao mediador as mesmas hipóteses legais de impedimento e suspeição do juiz.) (Mas eles realmente não têm poder decisório.) (A mesma coisa é aplicável à arbitragem, sobre impedimento e suspeição) (o árbitro tem poder decisório.) D) o mediador fica impedido, por tempo indefinido, de assessorar, representar ou patrocinar qualquer das partes, embora possa atuar como árbitro em conflito que as envolva. (ERRADO. Art. 6º da lei 13.140/2015: O mediador fica impedido, pelo prazo de um ano, contado do término da última audiência em que atuou, de assessorar, representar ou patrocinar qualquer das partes. Art. 7º da lei 13.140/2015: O mediador não poderá atuar como árbitro nem funcionar como testemunha em processos judiciais ou arbitrais pertinentes a conflito em que tenha atuado como mediador.) E) no desempenho de sua função, o mediador deverá reunir-se com as partes sempre em conjunto, a fim de não se levantar qualquer objeção quanto à sua imparcialidade. (ERRADO. Art. 19. No desempenho de sua função, o mediador poderá reunir-se com as partes, em conjunto ou separadamente, bem como solicitar das partes as informações que entender necessárias para facilitar o entendimento entre aquelas.) QUESTÃO: No que diz respeito à arbitragem, analise as seguintes afirmativas: I. A arbitragem não viola o princípio da inafastabilidade da apreciação jurisdicional, uma vez que se trata de forma de solução de conflitos expressamente autorizada pelo ordenamento jurídico. II. Apenas pessoas capazes de contratar podem se valer da arbitragem; logo, um menor de 16 anos não pode escolhê-la como forma de solução de determinado conflito. As duas afirmações estão certas. Sobre a II: O incapaz não pode usar de arbitragem nem se for assistido nem representado. O incapaz pode valer-se de mediação ou conciliação, desde que seja assistido ou representado. QUESTÃO: Ano: 2018. Banca: TRF - 2ª Região. Órgão: TRF - 2ª REGIÃO. Prova de Juiz Federal Substituto. Para a homologação de laudo arbitral proferido no exterior, envolvendo réu domiciliado no Brasil: A) A citação para o procedimento arbitral deve ter sido feita pela via de carta rogatória citatória. (ERRADO. Art. 6º, Lei da Arbitragem (Lei 9307/96): Não havendo acordo prévio sobre a forma de instituir a arbitragem, a parte interessada manifestará à outra parte sua intenção de dar início à arbitragem, por via postal ou por outro meio qualquer de comunicação, mediante comprovação de recebimento, convocando-a para, em dia, hora e local certos, firmar o compromisso arbitral. Outro artigo parecido com esse é o artigo 29 da mesma lei: Proferida a sentença arbitral, dá- se por finda a arbitragem, devendo o árbitro, ou o presidente do tribunal arbitral, enviar cópia da decisão às partes, por via postal ou por outro meio qualquer de comunicação, mediante comprovação de recebimento, ou, ainda, entregando-a diretamente às partes, mediante recibo.) B) A citação para o procedimento arbitral pode ter sido feita pela via postal, com prova inequívoca de recebimento. (GABARITO. O fundamento é o mesmo que o da alternativa anterior desta questão) C) A citação para o procedimento arbitral é presumida pelo comparecimento do réu ao procedimento de exequatur. (ERRADO. Não existe presunção de citação, uma vez que ela é feita via postal ou por outro meio qualquer de comunicação, mediante comprovação de recebimento) D) A citação para o procedimento arbitral deve ter observado a legislação aplicável ao mérito da arbitragem. (ERRADO, porque não se trata da legislação aplicável ao mérito da arbitragem, mas sim às regras de direito que as partes escolherem, conforme art. 2º da Lei 9.307/96: Art. 2º: A arbitragem poderá ser de direito ou de eqüidade, a critério das partes. § 1º Poderão as partes escolher, livremente, as regras de direito que serão aplicadas na arbitragem, desde que não haja violação aos bons costumes e à ordem pública. § 2º Poderão, também, as partes convencionar que a arbitragem se realize com base nos princípios gerais de direito, nos usos e costumes e nas regras internacionais de comércio. § 3º A arbitragem que envolva a administração pública será sempre de direito e respeitará o princípio da publicidade.) E) A citação para o procedimento arbitraldeve ter sido feita por edital. (ERRADO. Mesma justificativa da alternativa A dessa questão.) QUESTÃO: Ano: 2017. Banca: CESPE. Órgão: TRF - 5ª REGIÃO. Prova de Juiz Federal Substituto. (Reduzida e adaptada) É correto afirmar que a arbitragem poderá ser utilizada em litígio que envolva entes integrantes da administração pública e, nesses casos, eventual decisão que condene a fazenda pública não se submeterá ao reexame necessário. CERTO. O art. 1º, §1º da Lei 9.307/1996 assevera que a administração pública direta e indireta poderá utilizar-se da arbitragem para dirimir conflitos relativos a direitos patrimoniais disponíveis, e o Enunciado 164/FPPC diz que a sentença arbitral contra a Fazenda Pública não está sujeita à remessa necessária. QUESTÃO de direito processual civil. Ano: 2010. Banca: CESGRANRIO. Órgão: Petrobras. Prova de Analista de Comercialização e Logística Júnior. Após uma intervenção de arbitragem, é proferida a sentença arbitral, sabendo-se que A) a estrangeira não é reconhecida ou aplicada no Brasil. (ERRADO. É reconhecida sim. Art. 34 da lei 9037/96: “A sentença arbitral estrangeira será reconhecida ou executada no Brasil de conformidade com os tratados internacionais com eficácia no ordenamento interno e, na sua ausência, estritamente de acordo com os termos desta Lei. Parágrafo único. Considera-se sentença arbitral estrangeira a que tenha sido proferida fora do território nacional.”) B) deve ser assinada somente pelas partes envolvidas. (ERRADO. Parágrafo único do artigo 26 da Lei 9307/96: “A sentença arbitral será assinada pelo árbitro ou por todos os árbitros. Caberá ao presidente do tribunal arbitral, na hipótese de um ou alguns dos árbitros não poder ou não querer assinar a sentença, certificar tal fato.”) C) não delibera sobre as custas e despesas de arbitragem. (ERRADO. Delibera sim. Art. 27 da Lei 9307/96: “A sentença arbitral decidirá sobre a responsabilidade das partes acerca das custas e despesas com a arbitragem, bem como sobre verba decorrente de litigância de má- fé, se for o caso, respeitadas as disposições da convenção de arbitragem, se houver.” D) seu relatório prescinde (prescinde significa: dispensa) dos fundamentos da decisão. (ERRADO, porque não dispensa dos fundamentos da decisão. Art. 26, II da lei 9307/96) E) pode ser comunicada às partes pelo correio, se registrado o recebimento. (GABARITO. Art. 29 da Lei 9307/96: Proferida a sentença arbitral, dá-se por finda a arbitragem, devendo o árbitro, ou o presidente do tribunal arbitral, enviar cópia da decisão às partes, por via postal ou por outro meio qualquer de comunicação, mediante comprovação de recebimento, ou, ainda, entregando-a diretamente às partes, mediante recibo.) QUESTÃO: O compromisso arbitral judicial celebrar-se-á por termo nos autos, perante o juízo ou tribunal, onde tem curso a demanda. O compromisso arbitral extrajudicial será celebrado por escrito particular, assinado por duas testemunhas, ou por instrumento público. CERTO. É o parágrafo primeiro e segundo do Art. 9º da lei 9.307/96. As sentenças dos dois terão efeitos judiciais. Só terá efeito extrajudicial quando falar de honorários dos árbitros. QUESTÃO: Ano: 2018. Banca: IESES. Órgão: TJ-CE. Prova de Titular de Serviços de Notas e de Registros – Provimento. Analise as assertivas abaixo e, de acordo com o que dispõe a legislação vigente sobre arbitragem (lei 9.307/96), assinale a alternativa correta: I. As pessoas capazes poderão contratar a arbitragem para dirimir litígios relativos a direitos patrimoniais, disponíveis ou indisponíveis. (ERRADO. Direitos indisponíveis não estão listados no rol de litígios que podem ser dirimidos pela arbitragem. Art. 1º da lei 9307/96) (No caso de mediação/autocomposição pode ser objeto direitos disponíveis e indisponíveis, desde que os indisponíveis sejam: transigíveis; homologados em juízo; e desde que tenha a oitiva do Ministério Público.) II. A administração pública direta poderá contratar a arbitragem para dirimir litígios relativos a direitos patrimoniais disponíveis. (CERTO. Art.1º da lei 9307/96, §1º: “A administração pública direta e indireta poderá utilizar-se da arbitragem para dirimir conflitos relativos a direitos patrimoniais disponíveis.”) III. A cláusula compromissória arbitral escrita pode estar inserta no próprio contrato ou em documento apartado que a ele se refira. (CERTO. Art. 4º, §1º: A cláusula compromissória deve ser estipulada por escrito, podendo estar inserta no próprio contrato ou em documento apartado que a ele se refira.) IV. O árbitro deverá ser capaz e ter concluído curso superior. (ERRADO. Lei 9.307/96: Art. 13. Pode ser árbitro qualquer pessoa capaz e que tenha a confiança das partes.) QUESTÃO: Ano: 2019. Banca: FUNDEP. Órgão: MPE-MG. Prova: de Promotor de Justiça Substituto. Assinale a alternativa incorreta sobre arbitragem (Lei n° 9.307/96): A) Quando a cláusula compromissória for vazia, e, pelo teor da sua redação, ficar claro que a arbitragem deverá ser institucional, e as partes não chegarem a um acordo sobre qual câmara de arbitragem ficará responsável por administrar o procedimento arbitral, uma das partes deverá ajuizar ação judicial, buscando, com isso, a instituição da arbitragem. Trata-se de procedimento especial disciplinado pelos arts. 6o e 7o da Lei n° 9.307/96. (CERTA afirmação. Cláusula compromissória vazia é aquela em que as partes estipulam que eventual litígio entre elas, em relação ao contrato, será resolvido por meio da arbitragem, sem fazer nenhuma especificação sobre quem será o árbitro/câmara arbitral ou o procedimento que será adotado. Em outras palavras, as partes somente elegem a arbitragem como mecanismo de resolução de eventual lide entre elas, de forma genérica, sem entrar em detalhes de como o procedimento será desenvolvido nem quem será o árbitro ou câmara arbitral.) B) De acordo com o princípio da competência-competência, é o árbitro que tem competência, em primeiro lugar, para decidir sobre a sua própria competência. (CERTA afirmação.) C) No cumprimento da carta arbitral, será observado o segredo de justiça, independentemente do teor da convenção de arbitragem, do termo de referência e do regulamento da instituição de arbitragem. (GABARITO. A afirmação está errada, porque o cumprimento da carta arbitral será observada em segredo de justiça desde que comprovada a confidencialidade estipulada na arbitragem.) D) Estão impedidas de funcionar como árbitros as pessoas que tenham, com as partes ou com o litígio que lhes for submetido, algumas das relações que caracterizam os casos de impedimento ou suspeição de juízes. (Afirmação CORRETA. Isso cabe para mediação e conciliação também.) QUESTÃO: Ano: 2018. Banca: VUNESP. Órgão: TJ-RS. Prova de Juiz de Direito Substituto. A) Terá efeito suspensivo a apelação contra sentença que julga procedente o pedido de instituição de arbitragem. ERRADA. Não possui efeito suspensivo automático, conforme previsto no art. 1.012, § 1º, IV, do Código de Processo Civil. Só começará a produzir efeitos suspensivos imediatamente após a publicação desta sentença. B) O juiz poderá conhecer de ofício sua existência para extinguir a ação. ERRADA. A existência de convenção de arbitragem não é matéria cognoscível de ofício pelo juiz, conforme previsto no art. 337, § 5º, do Código de Processo Civil. C) Cabe agravo de instrumento contra decisão interlocutória que rejeita a alegação de convenção de arbitragem. CORRETA. Cabe agravo de instrumento contra decisão interlocutória que rejeita a alegação de convenção de arbitragem, conforme o art. 1.015, III, do Código de Processo Civil. D) Tramitam em segredo de justiça todos os processos que versem sobre arbitragem. ERRADA. Conforme o art. 189, IV, do Código de Processo Civil,tramitam em segredo de justiça os processos que versem sobre arbitragem, inclusive sobre cumprimento de carta arbitral, desde que a confidencialidade estipulada na arbitragem seja comprovada perante o juízo. E) Haverá julgamento de mérito quando o juiz acolher a alegação de existência de convenção de arbitragem. ERRADA. Conforme o art. 485, VII, do Código de Processo Civil, o juiz não resolverá o mérito quando acolher a alegação de existência de convenção de arbitragem. QUESTÃO: Ano: 2017. Banca: CESPE. Órgão: PGE-SE. Prova de Procurador do Estado. Duas sociedades empresárias firmaram contrato que contém cláusula compromissária de convenção de arbitragem com a previsão de que eventual litígio de natureza patrimonial, referente ao contrato, deveria ser submetido a tribunal arbitral. Nessa situação hipotética, caso seja instaurado procedimento arbitral, A) o magistrado poderá, de ofício, reconhecer a existência de convenção de arbitragem e extinguir o processo sem resolução do mérito, se o litígio referente ao contrato também for levado ao Poder Judiciário. (ERRADO. O juiz não resolverá o mérito nem conhecerá de ofício os casos de convenção de arbitragem.) B) em eventual execução judicial de sentença arbitral, será vedado ao réu arguir nulidade da decisão arbitral por meio de impugnação ao cumprimento de sentença, devendo o interessado utilizar ação própria para esse fim. (ERRADO. Art. 33, § 3º da lei 9307/96: A decretação da nulidade da sentença arbitral também poderá ser requerida na impugnação ao cumprimento da sentença, nos termos dos arts. 525 e seguintes do Código de Processo Civil, se houver execução judicial.) C) as partes não estarão obrigadas a se submeter a esse procedimento, uma vez que a convenção de arbitragem é nula, por excluir da apreciação jurisdicional ameaça ou lesão a direito. (ERRADO. Art. 3º, NCPC.: Não se excluirá da apreciação jurisdicional ameaça ou lesão a direito. § 1º É permitida a arbitragem, na forma da lei.) D) a opção feita pelas partes pela arbitragem deverá ser considerada legítima, e a sentença do árbitro, título executivo extrajudicial, conforme o CPC. (ERRADO. O correto seria “judicial”. Só será extrajudicial quando falar em honorários dos árbitros. Art. 515, NCPC: São títulos executivos judiciais, cujo cumprimento dar-se-á de acordo com os artigos previstos neste Título: VII - a sentença arbitral.) (ver a próxima questão) E) eventual cumprimento de carta arbitral no Poder Judiciário, referente ao caso, deverá tramitar em segredo de justiça, se houver comprovação de confidencialidade da arbitragem. (CERTO. Art. 22-C da lei 9.307/96: O árbitro ou o tribunal arbitral poderá expedir carta arbitral para que o órgão jurisdicional nacional pratique ou determine o cumprimento, na área de sua competência territorial, de ato solicitado pelo árbitro. Parágrafo único. No cumprimento da carta arbitral será observado o segredo de justiça, desde que comprovada a confidencialidade estipulada na arbitragem.) QUESTÃO: Ano: 2018. Banca: FUNDEP. Órgão: MPE-MG. Prova de Promotor de Justiça Substituto. Assinale a alternativa INCORRETA sobre a Arbitragem (Lei n. 9.307/96): A) A arbitragem é um procedimento em contraditório, com observância à ampla defesa e à imparcialidade do árbitro, e que, ao final, é proferida sentença, que vincula as partes e é título executivo judicial. B) O árbitro pode tomar o depoimento das partes, ouvir testemunhas e determinar a realização de perícias ou outras provas que julgar necessárias, mediante requerimento das partes, sendo vedado, pela lei, a determinação, de ofício, de produção de prova pericial. (GABARITO. Art. 22 da lei 9.307/96: “Poderá o árbitro ou o tribunal arbitral tomar o depoimento das partes, ouvir testemunhas e determinar a realização de perícias ou outras provas que julgar necessárias, mediante requerimento das partes ou de ofício.”) C) A parte interessada poderá buscar a invalidação da sentença arbitral perante o Poder Judiciário. A ação deverá ser proposta no prazo de até 90 (noventa) dias após o recebimento da notificação da respectiva sentença, parcial ou final, ou da decisão do pedido de esclarecimentos. D) A administração pública direta e indireta poderá utilizar-se da arbitragem para dirimir conflitos relativos a direitos patrimoniais disponíveis. Nesse caso, por exigência da própria lei, a arbitragem será sempre de direito e respeitará o princípio da publicidade. QUESTÃO: Ano: 2017. Banca: FCC. Órgão: TST. Prova de Juiz do Trabalho Substituto. (Reduzida.) Sobre os atos processuais, nulidades e valor da causa, o Código de Processo Civil estabelece que o juízo arbitral poderá expedir carta arbitral, para que órgão do Poder Judiciário pratique ou determine o cumprimento, na área de sua competência territorial, de ato objeto de pedido de cooperação judiciária, exceto os que importem efetivação de tutela provisória. (ERRADO. O erro está no “exceto”: Art. 237 do CPC de 2015: Será expedida carta: (…) IV - arbitral, para que órgão do Poder Judiciário pratique ou determine o cumprimento, na área de sua competência territorial, de ato objeto de pedido de cooperação judiciária formulado por juízo arbitral, inclusive os que importem efetivação de tutela provisória.) QUESTÃO: Ano: 2016. Banca: TRF - 3ª REGIÃO. Órgão: TRF - 3ª REGIÃO. Prova de Juiz Federal Substituto. Dadas as assertivas abaixo, assinale a alternativa correta. Com base no disposto na Lei nº 9.307/96 e suas alterações posteriores, é possível afirmar que: I – Do compromisso arbitral deverá constar, obrigatoriamente, o nome, profissão, estado civil e domicílio das partes; o nome, profissão e domicílio do árbitro, ou dos árbitros, ou, se for o caso, a identificação da entidade à qual as partes delegaram a indicação de árbitros; a matéria que será objeto da arbitragem; o local, ou locais, onde se desenvolverá a arbitragem e onde será proferida a sentença arbitral. (ERRADO. O local, ou locais, onde se desenvolverá a arbitragem é facultativo constar no compromisso arbitral, o resto do que está escrito na alternativa é obrigatório constar mesmo. Artigo 10 e 11 da lei nº 9.307/96. Art. 10 da lei 9.307/96: Constará, obrigatoriamente, do compromisso arbitral (A lei não fala o que deve constar na cláusula compromissória/cláusula arbitral, porque essa é definida no contrato pelas partes de como deve ser) (é interessante decorar os artigos 10, 11 junto com o 26): I - o nome, profissão, estado civil e domicílio das partes; II - o nome, profissão e domicílio do árbitro, ou dos árbitros, ou, se for o caso, a identificação da entidade à qual as partes delegaram a indicação de árbitros (O estado civil do árbitro não precisa); III - a matéria que será objeto da arbitragem; e IV - o lugar em que será proferida a sentença arbitral. Art. 11: Poderá (ou seja: facultativo), ainda, o compromisso arbitral conter: I - local, ou locais, onde se desenvolverá a arbitragem (a data e o lugar em que foi proferida a sentença arbitral é obrigatória); II - a autorização para que o árbitro ou os árbitros julguem por eqüidade, se assim for convencionado pelas partes; III - o prazo para apresentação da sentença arbitral; (Art. 23 desta lei: “A sentença arbitral será proferida no prazo estipulado pelas partes. Nada tendo sido convencionado, o prazo para a apresentação da sentença é de seis meses”. Depois da apresentação da sentença arbitral, o prazo para recorrer desta sentença arbitral parcial ou final ou da decisão do pedido de esclarecimentos é de 90 dias.) (Ver prazo do Art. 30) IV - a indicação da lei nacional ou das regras corporativas aplicáveis à arbitragem, quandoassim convencionarem as partes; V - a declaração da responsabilidade pelo pagamento dos honorários e das despesas com a arbitragem; e VI - a fixação dos honorários do árbitro, ou dos árbitros. Parágrafo único. Fixando as partes os honorários do árbitro, ou dos árbitros, no compromisso arbitral, este constituirá título executivo extrajudicial; não havendo tal estipulação, o árbitro requererá ao órgão do Poder Judiciário que seria competente para julgar, originariamente, a causa que os fixe por sentença. Art. 30. No prazo de 5 (cinco) dias, a contar do recebimento da notificação ou da ciência pessoal da sentença arbitral, salvo se outro prazo for acordado entre as partes, a parte interessada, mediante comunicação à outra parte, poderá solicitar ao árbitro ou ao tribunal arbitral que: I - corrija qualquer erro material da sentença arbitral; II - esclareça alguma obscuridade, dúvida ou contradição da sentença arbitral, ou se pronuncie sobre ponto omitido a respeito do qual devia manifestar-se a decisão. Parágrafo único. O árbitro ou o tribunal arbitral decidirá no prazo de 10 (dez) dias ou em prazo acordado com as partes, aditará a sentença arbitral e notificará as partes na forma do art. 29) II – Extingue-se o compromisso arbitral escusando-se qualquer dos árbitros, antes de aceitar a nomeação, a menos que as partes tenham declarado, expressamente, aceitar substituto. (ERRADO. Está escrito no Art. 12, II da lei 9.307/96: “Extingue-se o compromisso arbitral: I - escusando-se qualquer dos árbitros, antes de aceitar a nomeação, desde que as partes tenham declarado, expressamente, não aceitar substituto; II - falecendo ou ficando impossibilitado de dar seu voto algum dos árbitros, desde que as partes declarem, expressamente, não aceitar substituto; e III - tendo expirado o prazo a que se refere o art. 11, inciso III (o prazo para apresentação da sentença arbitral, que é de 6 meses se nada for falado na compromisso arbitral), desde que a parte interessada tenha notificado o árbitro, ou o presidente do tribunal arbitral, concedendo- lhe o prazo de dez dias para a prolação e apresentação da sentença arbitral.”) III – São requisitos obrigatórios da sentença arbitral: o relatório, que conterá os nomes das partes e um resumo do litígio; os fundamentos da decisão, onde serão analisadas as questões de fato e de direito, mencionando-se, expressamente, se os árbitros julgaram por equidade; o dispositivo, em que os árbitros resolverão as questões que lhes forem submetidas e estabelecerão o prazo para o cumprimento da decisão, se for o caso; a data e o lugar em que foi proferida. (CERTO. Art. 26 da lei 9307/96: “São requisitos obrigatórios da sentença arbitral (É interessante decorar esse artigo junto com o 10 e o 11 desta lei): I - o relatório, que conterá os nomes das partes e um resumo do litígio; II - os fundamentos da decisão, onde serão analisadas as questões de fato e de direito, mencionando-se, expressamente, se os árbitros julgaram por eqüidade; III - o dispositivo, em que os árbitros resolverão as questões que lhes forem submetidas e estabelecerão o prazo para o cumprimento da decisão, se for o caso; e IV - a data e o lugar em que foi proferida. (local, ou locais, onde se desenvolverá a arbitragem é facultativo) Parágrafo único. A sentença arbitral será assinada pelo árbitro ou por todos os árbitros.” Caberá ao presidente do tribunal arbitral, na hipótese de um ou alguns dos árbitros não poder ou não querer assinar a sentença, certificar tal fato.) IV – Para que haja a homologação da sentença arbitral estrangeira, deverá haver requerimento da parte interessada, devendo a petição inicial conter as indicações da lei processual, conforme o art. 282 do Código de Processo Civil, sendo dispensável a apresentação do original da sentença arbitral, desde que substituído por cópia devidamente certificada, autenticada pelo consulado brasileiro e acompanhada de tradução oficial. (CERTO) Art. 37 da lei 9.307/96 A homologação de sentença arbitral estrangeira será requerida pela parte interessada, devendo a petição inicial conter as indicações da lei processual, conforme o art. 282 do Código de Processo Civil, e ser instruída, necessariamente, com: I - o original da sentença arbitral ou uma cópia devidamente certificada, autenticada pelo consulado brasileiro e acompanhada de tradução oficial; II - o original da convenção de arbitragem ou cópia devidamente certificada, acompanhada de tradução oficial. QUESTÃO: Ano: 2018. Banca: CESPE. Órgão: MPU. Prova de Analista do MPU – Direito. Com base nas normas que regem o processo civil, julgue o item seguinte, acerca da função jurisdicional; do Ministério Público; de nulidades processuais; e de sentença. A existência de convenção de arbitragem acarreta a extinção do processo sem resolução do mérito. CERTO. Quando há arbitragem o juiz não resolve o mérito. O juiz não pode verificar, de ofício, se há arbitragem. QUESTÃO: Ano: 2018. Banca: IESES. Órgão: TJ-AM. Prova de Serviços de Notas e de Registros – Remoção. Os atos processuais são públicos, todavia tramitam em segredo de justiça os processos: I. Em que constem dados protegidos pelo direito constitucional à intimidade. II. Que versem sobre casamento, separação de corpos, divórcio, separação, união estável, filiação, alimentos e guarda de crianças e adolescentes e Usucapião. III. Em que o exija o interesse público ou social. IV. Que versem sobre arbitragem, inclusive sobre cumprimento de carta arbitral, desde que a confidencialidade estipulada na arbitragem seja comprovada perante o juízo. A sequência correta é: A) Apenas a assertiva IV está incorreta. B) Apenas as assertivas I, III e IV estão corretas. (GABARITO. O único erro da afirmação II é o Usucapião) C) Apenas as assertivas II e IV estão incorretas. D) As assertivas I, II, III e IV estão corretas. COMENTÁRIO: Art. 189 do CPC. De 2015: Os atos processuais são públicos, todavia tramitam em segredo de justiça os processos: I - em que o exija o interesse público ou social; II - que versem sobre casamento, separação de corpos, divórcio, separação, união estável, filiação, alimentos e guarda de crianças e adolescentes; III - em que constem dados protegidos pelo direito constitucional à intimidade; IV - que versem sobre arbitragem, inclusive sobre cumprimento de carta arbitral, desde que a confidencialidade estipulada na arbitragem seja comprovada perante o juízo. AUTOCOMPOSIÇÃO. A autocomposição é quando as partes trabalham em conjunto para chegar a uma solução amigável em relação ao litígio. § 3º do Art. 3º do CPC.: A conciliação, a mediação e outros métodos de solução consensual de conflitos deverão ser estimulados por juízes, advogados, defensores públicos e membros do Ministério Público, inclusive no curso do processo judicial. Art. 165 do CPC.: Os tribunais criarão centros judiciários de solução consensual de conflitos, responsáveis pela realização de sessões e audiências de conciliação e mediação e pelo desenvolvimento de programas destinados a auxiliar, orientar e estimular a autocomposição. Art. 334 do CPC. Se a petição inicial preencher os requisitos essenciais e não for o caso de improcedência liminar do pedido, o juiz designará audiência de conciliação ou de mediação com antecedência mínima de 30 (trinta) dias, devendo ser citado o réu com pelo menos 20 (vinte) dias de antecedência. No VII do artigo 319 do CPC (Dos requisitos da Petição Inicial) diz: “a opção do autor pela realização ou não de audiência de conciliação ou de mediação.” (a legislação afirmando o interesse em que as partes participem dessa audiência!) Uma vez que a Petição Inicial está em ordem, não sendo o caso de improcedência liminardo pedido, ou seja, não sendo o caso de o juiz julgar o mérito a favor do réu sem mesmo citá-lo, ele vai designar essa audiência de conciliação ou mediação. A causa da audiência de conciliação ou mediação tem que ter por objeto um direito que seja passível de negociação. Não pode ser um direito que haja proibição legal que as partes façam um acordo a respeito dele. O parágrafo quarto do artigo 334 do CPC diz as hipóteses em que essa audiência não será realizada, porque em regra, ela será realizada: “A audiência não será realizada: I - se ambas as partes manifestarem, expressamente, desinteresse na composição consensual; (Uma parte da doutrina critica esse inciso, porque afirma que é errado o Estado obrigar uma das partes a participar dessa audiência se ela não manifestou interesse em participar) II - quando não se admitir a autocomposição.” (Aqui há uma diferenciação entre direito que não admite autocomposição do direito indisponível. Isso porque há alguns direitos indisponíveis que podem ser objetos de autocomposição, como é o caso dos direitos aos alimentos, que embora sejam indisponíveis, as partes podem fazer acordo, estabelecer o valor dos alimentos a partir de um ritual de autocomposição. Os direitos que não admitem autocomposição são os indisponíveis não sujeitos a transação, como o direito à vida, à liberdade, à igualdade.) Multas: É importante citar ainda o § 8º do artigo 334 do CPC: “O não comparecimento injustificado do autor ou do réu à audiência de conciliação é considerado ato atentatório à dignidade da justiça e será sancionado com multa de até dois por cento da vantagem econômica pretendida ou do valor da causa, revertida em favor da União ou do Estado.” IV do Art. 22 da lei 13.140/2015: o não comparecimento da parte convidada à primeira reunião de mediação acarretará a assunção por parte desta de cinquenta por cento das custas e honorários sucumbenciais caso venha a ser vencedora em procedimento arbitral ou judicial posterior, que envolva o escopo da mediação para a qual foi convidada. QUESTÕES DE AUTOCOMPOSIÇÃO. QUESTÃO: A audiência de conciliação ou de mediação pode realizar-se por meio eletrônico, nos termos da lei. CERTO. É a literalidade do parágrafo sétimo do artigo 334 do CPC.: “A audiência de conciliação ou de mediação pode realizar-se por meio eletrônico, nos termos da lei.” QUESTÃO: Ano: 2018. Banca: FCC. Órgão: PGE-AP. Prova: de Procurador do Estado. Em relação à mediação e autocomposição de conflitos A) poderá atuar como mediador judicial a pessoa capaz, graduada há pelo menos dois anos em curso de ensino superior de instituição reconhecida pelo Ministério da Educação e que tenha obtido capacitação em escola ou instituição de formação de mediadores, reconhecida pela Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados − ENFAM ou pelos tribunais, observados os requisitos mínimos estabelecidos pelo Conselho Nacional de Justiça em conjunto com o Ministério da Justiça. (GABARITO. É a literalidade do Art. 11 da lei 13.140/2015. É importante saber que os mediadores judiciais não estarão sujeitos à prévia aceitação das partes. No caso de mediadores judiciais, as partes deverão ser assistidas por advogados ou defensores públicos. Art. 25 e 26 da lei 13.140/2015. Os mediadores extrajudiciais poderão ser: qualquer pessoa capaz que tenha a confiança das partes e seja capacitada para fazer mediação, independentemente de integrar qualquer tipo de conselho, entidade de classe ou associação, ou nele inscrever-se. No caso de mediador extrajudicial elas poderão ser assistidas por advogados ou defensores públicos. Comparecendo uma das partes acompanhada de advogado ou defensor público, o mediador suspenderá o procedimento, até que todas estejam devidamente assistidas. Art. 9º e 10 da lei 13.140/2015). B) o consenso das partes envolvendo direitos indisponíveis, mas transigíveis, deve ser homologado em juízo, prescindível a oitiva do Ministério Público. (ERRADO. § 2º do Art. 2º da lei 13.140/2015: O consenso das partes envolvendo direitos indisponíveis, mas transigíveis, deve ser homologado em juízo, exigida a oitiva do Ministério Público. C) por não ter poder decisório, não se aplicam ao mediador as hipóteses legais de impedimento e suspeição do juiz. (ERRADO. Art. 5º da lei 13.140/2015: Aplicam-se ao mediador as mesmas hipóteses legais de impedimento e suspeição do juiz.) (Mas eles realmente não têm poder decisório.) (A mesma coisa é aplicável à arbitragem, sobre impedimento e suspeição) (o árbitro tem poder decisório.) D) o mediador fica impedido, por tempo indefinido, de assessorar, representar ou patrocinar qualquer das partes, embora possa atuar como árbitro em conflito que as envolva. (ERRADO. Art. 6º da lei 13.140/2015: O mediador fica impedido, pelo prazo de um ano, contado do término da última audiência em que atuou, de assessorar, representar ou patrocinar qualquer das partes. Art. 7º da lei 13.140/2015: O mediador não poderá atuar como árbitro nem funcionar como testemunha em processos judiciais ou arbitrais pertinentes a conflito em que tenha atuado como mediador.) E) no desempenho de sua função, o mediador deverá reunir-se com as partes sempre em conjunto, a fim de não se levantar qualquer objeção quanto à sua imparcialidade. (ERRADO. Art. 19. No desempenho de sua função, o mediador poderá reunir-se com as partes, em conjunto ou separadamente, bem como solicitar das partes as informações que entender necessárias para facilitar o entendimento entre aquelas.) QUESTÃO: Ano: 2018. Banca: CONSULPLAN. Órgão: TJ-MG. Prova de Titular de Serviços de Notas e de Registros – Remoção. Sobre o procedimento administrativo que dispõe sobre a mediação entre particulares como meio de solução de controvérsias e sobre a autocomposição de conflitos no âmbito da administração pública, é INCORRETO afirmar que: A) Pode ser objeto de mediação o conflito que verse sobre direitos disponíveis ou sobre direitos indisponíveis que admitam transação que deverá ser objeto de homologação pelo conciliador ou mediador indicado pelo Tribunal ou pelas partes. (GABARITO. A afirmação está errada, porque a homologação de direitos indisponíveis é somente por homologação do juiz. Confira: Art. 3º da lei 13.140/2015: Pode ser objeto de mediação o conflito que verse sobre direitos disponíveis ou sobre direitos indisponíveis que admitam transação. § 1º A mediação pode versar sobre todo o conflito ou parte dele. § 2º O consenso das partes envolvendo direitos indisponíveis, mas transigíveis, deve ser homologado em juízo, exigida a oitiva do Ministério Público.) B) Ainda que haja processo arbitral ou judicial em curso, as partes poderão submeter-se à mediação, hipótese em que requererão ao juiz ou árbitro a suspensão do processo por prazo suficiente para a solução consensual do litígio, não cabendo recurso dessa decisão que suspende o processo. (CERTA afirmação. Art. 16 da lei 13.140/2015: Ainda que haja processo arbitral ou judicial em curso, as partes poderão submeter-se à mediação, hipótese em que requererão ao juiz ou árbitro a suspensão do processo por prazo suficiente para a solução consensual do litígio. § 1º É irrecorrível a decisão que suspende o processo nos termos requeridos de comum acordo pelas partes. § 2º A suspensão do processo não obsta a concessão de medidas de urgência pelo juiz ou pelo árbitro.) C) As controvérsias jurídicas que envolvam a administração pública federal direta, suas autarquias e fundações poderão ser objeto de transação por adesão e implicará renúncia do interessado ao direito sobre o qual se fundamenta a ação ou o recurso, eventualmente pendentes, no que tange aos pontos compreendidospelo objeto da resolução administrativa. (CERTA afirmação. Art. 35 da lei 13.140/2015. O conceito de mediação e conciliação passa por essa definição de que uma das partes, ou ambas as partes abrem mão de um direito para chegarem a um acordo que sirva para as duas partes, seja uma das partes a administração pública, seja não) D) Não havendo previsão contratual completa, deverão ser observados os critérios legais para a realização da primeira reunião de mediação dentre eles o aviso de que o não comparecimento da parte convidada à primeira reunião de mediação acarretará a assunção por parte desta de 50% (cinquenta por cento) das custas e honorários sucumbenciais caso venha a ser vencedora em procedimento arbitral ou judicial posterior, que envolva o escopo da mediação para a qual foi convidada. (CERTA afirmação. Artigo 22, §2º, IV da Lei 13.140/2015.) QUESTÃO: Na audiência de conciliação ou mediação a parte poderá constituir representante, por meio de procuração específica, com poderes para negociar e transigir. CERTO. É a literalidade do parágrafo décimo do artigo 334 do CPC. QUESTÃO: As audiências de conciliação e mediação são regidas pelo princípio da confidencialidade, não podendo posteriormente, no processo (caso não haja acordo na conciliação ou mediação), o juiz usar das informações que obteve na audiência de conciliação ou mediação, se nela ele presidiu. CERTO. QUESTÃO: Ano: 2015. Banca: FGV. Órgão: TJ-PI. Prova de Analista Judiciário – Psicólogo. Haroldo e Márcia são divorciados e, desde a separação, eles entram em diversos desacordos, especialmente em relação à convivência dos filhos, valor de pensão e divisão de patrimônio. Na tentativa de realizarem a autocomposição de conflitos, eles decidiram buscar a mediação. Sobre a mediação, conforme estabelecido na lei Nº 13.140/2015, é correto afirmar que: A) em havendo previsão contratual de cláusula de mediação, Haroldo e Márcia poderão se ausentar sem justificativa da primeira reunião de mediação; (ERRADO. Art. 22, parágrafo 2º da lei 13.140/2015: IV - o não comparecimento da parte convidada à primeira reunião de mediação acarretará a assunção por parte desta de cinquenta por cento das custas e honorários sucumbenciais caso venha a ser vencedora em procedimento arbitral ou judicial posterior, que envolva o escopo da mediação para a qual foi convidada.) B) pode ser objeto de mediação o conflito que verse sobre direitos disponíveis, sendo vedado para os direitos indisponíveis, mesmo que admitam transação; (ERRADO. Art. 3º da lei 13.140/2015 Pode ser objeto de mediação o conflito que verse sobre direitos disponíveis ou sobre direitos indisponíveis que admitam transação. § 2º O consenso das partes envolvendo direitos indisponíveis, mas transigíveis, deve ser homologado em juízo, exigida a oitiva do Ministério Público. C) a mediação deve ser focada sobre parte do conflito e não no todo, evitando, assim, confusão entre os termos do acordo; (ERRADO. Está expresso na lei que mediação poderá versar sobre toda a lide ou parte dela – Art. 3º, parágrafo 1º da lei 13.140/2015. No caso de arbitragem, o §1º da lei 9.307/96 diz: Os árbitros poderão proferir sentenças parciais.) D) o mediador não poderá reunir-se separadamente com uma das partes, sob o risco de violar o princípio de imparcialidade; (ERRADO. Art. 19 da lei 13.140: No desempenho de sua função, o mediador poderá reunir-se com as partes, em conjunto ou separadamente, bem como solicitar das partes as informações que entender necessárias para facilitar o entendimento entre aquelas.) E) poderão ser admitidos outros mediadores para atuar no mesmo procedimento, quando isso for recomendável em razão da natureza e da complexidade do conflito. (GABARITO) QUESTÃO: Ano: 2017. Banca: IBEG. Órgão: IPREV. Prova para Procurador Previdenciário. João ingressou com ação contra Maria. Em 31 de março de 2017 (sexta-feira) foi realizada audiência de conciliação, sendo que não houve auto composição. Como Maria estava confiante de que faria um acordo com João, não apresentou sua defesa antes da referida audiência. Acerca da apresentação da Contestação, assinale alternativa correta: A) Maria deveria ter apresentado Contestação até o momento inicial da audiência. B) Maria será declarada revel em audiência. C) O prazo de 15 dias para apresentação da contestação terá início na data da audiência de conciliação. (CERTO. Da Contestação (é a defesa do réu, caso não haja acordo na conciliação ou mediação): Art. 335 do CPC.: O réu poderá oferecer contestação, por petição, no prazo de 15 (quinze) dias, cujo termo inicial (o termo inicial é a data que se iniciará a contagem do prazo em que o réu poderá protocolar a defesa) será a data: I - da audiência de conciliação ou de mediação, ou da última sessão de conciliação, quando qualquer parte não comparecer ou, comparecendo, não houver autocomposição; II - do protocolo do pedido de cancelamento da audiência de conciliação ou de mediação apresentado pelo réu, quando ocorrer a hipótese do art. 334, § 4º, inciso I: “se ambas as partes manifestarem, expressamente, desinteresse na composição consensual;”) D) O prazo de 15 dias para apresentação da contestação terá início no primeiro dia útil seguinte à audiência e conciliação. E) O prazo de 10 dias para apresentação da contestação terá início na data da audiência de conciliação. QUESTÃO: Ano: 2019. Banca: Itame. Órgão: Prefeitura de Senador Canedo – GO. Prova para Procurador Municipal. O Código de Processo Civil determina que os tribunais criarão centros judiciários de solução consensual de conflitos, responsáveis pela realização de sessões e audiências de conciliação e mediação e pelo desenvolvimento de programas destinados a auxiliar, orientar e estimular a autocomposição. De acordo com essas determinações, marque a alternativa incorreta: A) O conciliador, que atuará preferencialmente nos casos em que não houver vínculo anterior entre as partes, poderá sugerir soluções para o litígio, sendo vedada a utilização de qualquer tipo de constrangimento ou intimidação para que as partes conciliem; (Afirmação correta) B) É vedado às partes escolher o conciliador, o mediador ou a câmara privada de conciliação e de mediação; (Afirmação errada. Art. 168 do CPC.: As partes podem escolher, de comum acordo, o conciliador, o mediador ou a câmara privada de conciliação e de mediação.) C) O juiz do processo ou o juiz coordenador do centro de conciliação e mediação, se houver, verificando atuação inadequada do mediador ou conciliador, poderá afastá-lo de suas atividades por até 180 (cento e oitenta) dias, por decisão fundamentada, informando o fato imediatamente ao tribunal para instauração do respectivo processo administrativo; (Afirmação correta. CPC. Art. 173, § 2º O juiz do processo ou o juiz coordenador do centro de conciliação e mediação, se houver, verificando atuação inadequada do mediador ou conciliador, poderá afastá-lo de suas atividades por até 180 (cento e oitenta) dias, por decisão fundamentada, informando o fato imediatamente ao tribunal para instauração do respectivo processo administrativo.) D) A conciliação e a mediação são informadas pelos princípios da independência, da imparcialidade, da autonomia da vontade, da confidencialidade, da oralidade, da informalidade e da decisão informada. (Afirmação correta. Art. 166 do CPC.: A conciliação e a mediação são informadas pelos princípios da independência, da imparcialidade, da autonomia da vontade, da confidencialidade, da oralidade, da informalidade e da decisão informada.) (Art. 2º da lei 13.140/2015: A mediação será orientada pelos seguintes princípios: I - imparcialidade do mediador; II - isonomia entre as partes; III - oralidade; IV - informalidade; V - autonomia da vontade das partes; VI - busca do consenso; VII - confidencialidade; VIII - boa-fé.)QUESTÃO: Ano: 2016. Banca: FCC. Órgão: Prefeitura de Campinas – SP. Prova para Procurador. Em relação ao cumprimento de sentença, considere: I. O cumprimento da sentença não poderá ser promovido em face do fiador, do coobrigado ou do corresponsável que não tiver participado da fase de conhecimento. (CERTO. É o que dispõe o art. 513, §5º, do CPC/15) II. Quando o juiz decidir relação jurídica sujeita a condição ou termo, o cumprimento da sentença dependerá de demonstração de que se realizou a condição ou de que ocorreu o termo. (CERTO. É o que dispõe o art. 514, do CPC/15.) III. A autocomposição judicial pode envolver sujeito estranho ao processo, mas não pode versar sobre relação jurídica que não tenha sido deduzida em Juízo, por implicar lesão ao princípio da adstrição ou congruência. (ERRADO. Dispõe o art. 515, §2º, do CPC/15, que "a autocomposição judicial pode envolver sujeito estranho ao processo e versar sobre relação jurídica que não tenha sido deduzida em juízo".) (Princípio da congruência ou adstrição refere-se à necessidade do magistrado decidir a lide dentro dos limites objetivados pelas partes, não podendo proferir sentença de forma extra, ultra ou infra/citra petita) IV. São títulos executivos judiciais as decisões proferidas no processo civil que reconheçam a exigibilidade de obrigação de pagar quantia, somente, dependendo a obrigação de fazer, de não fazer ou de entregar coisa de prévio processo de conhecimento. (ERRADO. Tanto as decisões de pagar quantia quanto as que reconheçam a exigibilidade de obrigação de fazer, de não fazer e de entregar coisa são títulos executivos judiciais. Art. 515, I, CPC/15) QUESTÃO: Ano: 2017 Banca: IESES Órgão: TJ-RO. Prova para Titular de Serviços de Notas e de Registros. De acordo com as normas processuais vigentes podemos afirmar que são exemplos de títulos executivos judiciais: I. As sentenças estrangeiras homologadas pelo Superior Tribunal de Justiça. II. As decisões homologatórias de autocomposição judicial. III. As sentenças penais condenatórias transitadas em julgado. IV. As decisões proferidas no processo civil que reconheçam a exigibilidade de obrigação de pagar quantia, de fazer, de não fazer ou de entregar coisa. TODAS ESTÃO CORRETAS. Art. 515 do CPC.: São títulos executivos judiciais, cujo cumprimento dar-se-á de acordo com os artigos previstos neste Título: I - as decisões proferidas no processo civil que reconheçam a exigibilidade de obrigação de pagar quantia, de fazer, de não fazer ou de entregar coisa; II - a decisão homologatória de autocomposição judicial; III - a decisão homologatória de autocomposição extrajudicial de qualquer natureza; IV - o formal e a certidão de partilha, exclusivamente em relação ao inventariante, aos herdeiros e aos sucessores a título singular ou universal; V - o crédito de auxiliar da justiça, quando as custas, emolumentos ou honorários tiverem sido aprovados por decisão judicial; VI - a sentença penal condenatória transitada em julgado; VII - a sentença arbitral; VIII - a sentença estrangeira homologada pelo Superior Tribunal de Justiça; IX - a decisão interlocutória estrangeira, após a concessão do exequatur à carta rogatória pelo Superior Tribunal de Justiça; X - (VETADO). §1º Nos casos dos incisos VI a IX, o devedor será citado no juízo cível para o cumprimento da sentença ou para a liquidação no prazo de 15 (quinze) dias. § 2º A autocomposição judicial pode envolver sujeito estranho ao processo e versar sobre relação jurídica que não tenha sido deduzida em juízo. QUESTÃO: Ano: 2016. Banca: FUNDATEC. Órgão: Prefeitura de Porto Alegre – RS. Prova para Procurador Municipal. Em relação ao procedimento comum tratado no Código de Processo Civil (Lei nº 13.105/15), analise as assertivas a seguir: I. A audiência de conciliação ou mediação não será realizada somente se ambas as partes expressamente manifestarem o desinteresse ou quando a causa não admitir autocomposição. (CERTO. Art. 334. §4º do CPC.: A audiência não será realizada: I - se ambas as partes manifestarem, expressamente, desinteresse na composição consensual; II - quando não se admitir a autocomposição.) II. Na fase de saneamento e organização do processo, se a causa apresentar complexidade em matéria de fato ou de direito, deverá o juiz designar audiência para que o saneamento seja feito em cooperação com as partes, oportunidade em que o juiz, se for o caso, convidará as partes a esclarecer suas alegações. (CERTO. Art. 357. §3º, CPC.: Se a causa apresentar complexidade em matéria de fato ou de direito, deverá o juiz designar audiência para que o saneamento seja feito em cooperação com as partes, oportunidade em que o juiz, se for o caso, convidará as partes a integrar ou esclarecer suas alegações.) III. Iniciada a audiência de instrução e julgamento, o juiz tentará conciliar as partes, independentemente do emprego anterior de outros métodos de solução consensual de conflitos, como a mediação e a arbitragem. (CERTO. Art. 359 do CPC.: Instalada a audiência, o juiz tentará conciliar as partes, independentemente do emprego anterior de outros métodos de solução consensual de conflitos, como a mediação e a arbitragem.) QUESTÃO: É correto afirmar que suspende-se o prazo do processo quando ocorrer caso em que se tentará solucionar a lide pela autocomposição. CERTO. Parágrafo único do Art. 221 do CPC.: Suspendem-se os prazos durante a execução de programa instituído pelo Poder Judiciário para promover a autocomposição, incumbindo aos tribunais especificar, com antecedência, a duração dos trabalhos. Já no caso de arbitragem, acontece que o que diz o Art. 485 do CPC.: O juiz não resolverá o mérito quando: (...) VII - acolher a alegação de existência de convenção de arbitragem ou quando o juízo arbitral reconhecer sua competência (a existência de arbitragem não pode ser matéria a ser verificada de ofício pelo juiz.). No caso de arbitragem, o prazo do processo não será suspenso, na verdade o que vai acontecer é que o processo será extinto sem a resolução de mérito, porque quem vai decidir será o árbitro e não o juiz. QUESTÃO: Ano: 2019. Banca: CPCON. Órgão: Prefeitura de Guarabira – PB. Prova para Procurador Municipal. Quanto ao julgamento conforme o estado do processo, previsto no CPC/2015 e o tema da autocomposição de conflitos no âmbito da administração pública, previsto na Lei 13.140/2015, assinale a alternativa CORRETA: A) A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão criar câmaras de prevenção e resolução administrativa de conflitos, no âmbito dos respectivos órgãos da Advocacia Pública, onde houver, com competência para dirimir conflitos entre órgãos e entidades da administração pública; avaliar a admissibilidade dos pedidos de resolução de conflitos, por meio de composição, no caso de controvérsia entre particular e pessoa jurídica de direito público; e promover, quando couber, a celebração de termo de ajustamento de conduta. A submissão do conflito às câmaras será compulsória nos casos previstos no regulamento do respectivo ente federado. B) O juiz decidirá parcialmente o mérito da demanda quando um ou mais dos pedidos formulados ou parcela deles mostrar-se incontroverso ou estiver em condições de imediato julgamento, nos termos do CPC/2015. A decisão que julgar parcialmente o mérito, porém, só poderá reconhecer a existência de obrigação líquida. C) É facultado aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, suas autarquias e fundações públicas, bem como às empresas públicas e sociedades de economia mista federais, submeter seus litígios com órgãos ou entidades da administração pública federal à Advocacia-Geral da União, para fins de composição extrajudicial do conflito. D) Os servidores e empregados públicos que participarem do processo de composiçãoextrajudicial do conflito ainda poderão ser responsabilizados civil, administrativa ou criminalmente quando praticarem ato lesivo ao patrimônio público. E) A instauração de procedimento administrativo para a resolução consensual de conflito no âmbito da administração pública interrompe a prescrição. a) INCORRETA Lei 13.140/15: Art. 32. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão criar câmaras de prevenção e resolução administrativa de conflitos, no âmbito dos respectivos órgãos da Advocacia Pública, onde houver, com competência para: I - dirimir conflitos entre órgãos e entidades da administração pública; II - avaliar a admissibilidade dos pedidos de resolução de conflitos, por meio de composição, no caso de controvérsia entre particular e pessoa jurídica de direito público; III - promover, quando couber, a celebração de termo de ajustamento de conduta. § 1º O modo de composição e funcionamento das câmaras de que trata o caput será estabelecido em regulamento de cada ente federado. § 2º A submissão do conflito às câmaras de que trata o caput é FACULTATIVA e será cabível apenas nos casos previstos no regulamento do respectivo ente federado. (...) b) INCORRETA CPC, Art. 356. O juiz decidirá parcialmente o mérito quando um ou mais dos pedidos formulados ou parcela deles: I - mostrar-se incontroverso; II - estiver em condições de imediato julgamento, nos termos do . § 1º A decisão que julgar parcialmente o mérito poderá reconhecer a existência de obrigação líquida ou ILÍQUIDA. (...) c) CORRETA Lei 13.140/15: Art. 37. É facultado aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, suas autarquias e fundações públicas, bem como às empresas públicas e sociedades de economia mista federais, submeter seus litígios com órgãos ou entidades da administração pública federal à Advocacia-Geral da União, para fins de composição extrajudicial do conflito. d) INCORRETA Lei 13.140/15: Art. 40. Os servidores e empregados públicos que participarem do processo de composição extrajudicial do conflito, somente poderão ser responsabilizados civil, administrativa ou criminalmente quando, mediante dolo ou fraude, receberem qualquer vantagem patrimonial indevida, permitirem ou facilitarem sua recepção por terceiro, ou para tal concorrerem. e) INCORRETA Lei 13.140/15, Art. 34. A instauração de procedimento administrativo para a resolução consensual de conflito no âmbito da administração pública SUSPENDE a prescrição. CONVENÇÕES PROCESSUAIS. QUESTÃO: Ano: 2017. Banca: CESPE / CEBRASPE. Órgão: Prefeitura de Fortaleza – CE. Prova para Procurador do Município. É dever do magistrado manifestar-se de ofício (Errado. Pode ser de ofício ou a requerimento) quanto ao inadimplemento de qualquer negócio jurídico processual válido celebrado pelas partes, já que, conforme expressa determinação legal, as convenções processuais devem ser objeto de controle pelo juiz. ERRADO. “NEGÓCIO JURÍDICO PROCESSUAL” são as convenções que as partes fazem nos contratos. NCPC Art. 190 - Versando o processo sobre direitos que admitam autocomposição, é lícito às partes plenamente capazes estipular mudanças no procedimento para ajustá-lo às especificidades da causa e convencionar sobre os seus ônus, poderes, faculdades e deveres processuais, antes ou durante o processo. Parágrafo único. De ofício ou a requerimento, o juiz controlará a validade das convenções previstas neste artigo, recusando-lhes aplicação somente nos casos de nulidade ou de inserção abusiva em contrato de adesão ou em que alguma parte se encontre em manifesta situação de vulnerabilidade.) QUESTÃO: Ano: 2018. Banca: CESPE. Órgão: PGE-PE. Prova: de Procurador do Estado. O CPC prevê a possibilidade de convenção processual em processos que versem sobre direitos que admitam a autocomposição. Conforme o entendimento doutrinário, esse instituto. A) não poderá ser firmado pela fazenda pública. (ERRADO. A Fazenda Pública, sendo uma das partes poderá também firmar, com a outra parte, a mudança de acordos processuais.) B) não poderá ser celebrado em contrato de convivência. (ERRADO. Poderá.) C) não poderá ser objeto de controle de ofício pelo juiz. (ERRADO. Se a questão estivesse falando de arbitragem, essa alternativa estaria certa, porque o juiz não pode de ofício reconhecer que há arbitragem) D) poderá estipular a interposição de recurso per saltum às cortes superiores. (ERRADO, porque isso seria um acordo para suprimir a primeira instância, e isso não pode) E) poderá estipular a cláusula “sem recurso” bilateralmente. (CERTO. AS PARTES PODEM MUDAR OS ATOS PROCESSUAIS, CABENDO O MAGISTRADO CONTROLAR. Enunciado 20 do Fórum Permanente de Processualistas Civis: "não são admissíveis os seguintes negócios bilaterais, dentre outros: acordo para modificação da competência absoluta, acordo para supressão da primeira instância, acordo para afastar motivos de impedimento do juiz, acordo para criação de novas espécies recursais,” Ainda não pode: Acordo que impeça o réu de contestar. Pode: Acordo para vedar recursos; a cláusula que convenciona que o autor estaria desincumbido de provar a existência do contrato (Distribuição do ônus da prova. Art. 373, §§3º e 4º CPC); Eleição negocial do foro (art. 63 CPC); Renúncia ao prazo (art. 225 CPC); Acordo para suspensão do Processo (art. 313, II CPC); Definir o calendário processual (art. 191, §§1º e 2º CPC) QUESTÃO: Ano: 2018. Banca: FGV. Órgão: TJ-AL. Prova para Técnico Judiciário - Área Judiciária. Ao celebrar um contrato de compra e venda, os contratantes convencionaram sobre determinados ônus e deveres processuais. Nesse sentido, afirmaram que se houvesse necessidade de ação judicial para dirimir qualquer conflito em relação ao negócio jurídico ora entabulado, e pela possibilidade legal de autocomposição, o autor estaria desincumbido de provar a existência do contrato e que o réu não poderia contestar o feito. Nesse cenário: A) o juiz não poderá controlar as validades destas convenções, pois se trata de direito disponível às partes; (ERRADO. Um é disponível, o outro é indisponível. Já que um é indisponível o juiz pode controlar) B) estas convenções são nulas de pleno direito, pois convencionadas antes da existência do processo; (ERRADO. Uma é nula, a outra não) C) o juiz controlará as validades destas convenções de ofício, e deverá admiti-las por se tratarem de direitos disponíveis; (ERRADO. O juiz controlará, mas admitirá somente uma convenção, porque só uma é disponível.) D) o juiz controlará as validades destas convenções, recusando aplicação de ambas as cláusulas; (ERRADO. O juiz controlará, mas recusará somente uma convenção, porque só uma é indisponível.) E) o juiz controlará as validades destas convenções, recusando, de ofício, a cláusula que impossibilita o réu contestar. (CERTO. A cláusula/convenção que proibir o réu de contestar é abusiva, porque esse direito de contestar é indisponível. Não pode existir essa cláusula. Já a cláusula que convenciona que o autor estaria desincumbido de provar a existência do contrato (Distribuição do ônus da prova) não é proibida, porque esse é um direito disponível.) PRINCÍPIOS. Se a banca examinadora falar que um princípio do processo é um princípio da jurisdição e vice- versa, marque que está certo, porque o que realmente importa aqui é saber linkar o nome do princípio com o seu significado e saber quais princípios existem e não “viajar” em um nome de um princípio que a banca do concurso inventar. Alguns princípios às vezes são chamados de “normas” - está certo também!
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