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Direito Penal - Teoria das penas

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PRINCÍPIOS. 
Além do princípio da proporcionalidade (que é um princípio implícito, que vai dizer que as penas devem 
ser proporcionais a cada infração penal) é importante dominar alguns outros princípios para o estudo 
do tópico “Teoria das Penas”. 
 
Princípio da legalidade: Visa à segurança jurídica. Encontra-se previsto no art. 1°, do CP, e 
no art 5°, inciso XXXIX, da CF, que assim prevê: “Não há crime sem lei anterior que o defina, nem 
pena sem prévia cominação legal”. No latim “nullum crimen nulla poena sine praevia lege” (o que 
está em azul é o principio da reserva legal. O que está em verde é o da anterioridade.) 
Esse princípio é responsável por importantes desdobramentos: 
a – princípio da anterioridade da lei penal: Não há crime sem lei anterior que o defina. 
b – princípio da reserva legal: os crimes e as penas devem estar previstos em lei, ou seja, 
formalizados por escrito. O costume por si só não pode ensejar punição, pois não cria crimes. E tem 
que ser lei em sentido estrito, ou seja, aquela criada no Congresso Nacional. 
c – princípio da determinação: o crime deve ser definido de forma clara e precisa, pois, a norma 
penal deve ser estrita e certa. A incriminação não pode ser genérica, vaga, imprecisa ou 
indeterminada, sob pena de afronta ao princípio da reserva legal. 
d – princípio da taxatividade: Em Direito Penal é proibida a analogia in malam partem, que é a 
analogia em desfavor do réu. É permitida a analogia em Bonam partem, que é a analagia que favorece 
o réu. Da mesma maneira os costumes e os princípios gerais de direito não podem ser aplicados se for 
prejudicar o réu. Com isso, percebe-se que o rol incriminador de uma lei penal é 
fechado/taxativo/numerus clausus e não pode ser ampliado para alcançar fatos semelhantes aos 
expressamente previstos. 
 
O princípio da anterioridade da lei penal culmina no princípio da irretroatividade da lei penal. Pode-se 
dizer, inclusive, que são sinônimos. 
 
QUESTÃO: Em relação à lei penal no tempo e à irretroatividade da lei penal, é correto afirmar 
que à lei penal mais 
A) severa aplica-se o princípio da ultra-atividade. 
B) benigna aplica-se o princípio da extra-atividade. 
C) severa aplica-se o princípio da retroatividade mitigada. 
D) severa aplica-se o princípio da extra-atividade. 
E) benigna aplica-se o princípio da não ultra-atividade. 
COMENTÁRIO: Extra-atividade é a possibilidade de a lei mais benéfica retroagir ou agir na frente 
(ultra-atividade). É a possibilidade de a lei penal transitar pelo tempo. Não aplica – se o princípio 
da Extratividade para a lei penal mais grave. Gabarito B 
 
QUESTÃO DE CONCURSO: O Artigo 5º, Inciso XL da Constituição da República prevê que “a lei 
penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu”. Tal dispositivo constitucional refere-se ao 
princípio da: 
a) individualização da pena. 
b) legalidade estrita 
c) retroatividade benéfica da lei penal. 
d) irretroatividade total da lei penal. 
e) aplicação imediata da lei processual penal. 
COMENTÁRIOS: Tal dispositivo constitucional consagra o princípio da irretroatividade da lei 
penal mais gravosa, ou, por outro lado, da retroatividade da lei penal mais benígna. Portanto, a 
ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA C 
 
QUESTÃO DE CONCURSO: Em razão do princípio da legalidade, a analogia não pode ser usada 
em matéria penal. 
COMENTÁRIOS: Questão errada, porque segundo o STF a analogia pode ser usada em matéria 
penal quando for benéfica ao réu (In Bonam Partem). 
 
QUESTÃO DE CONCURSO: A regra do código Penal é a aplicação da lei do tempo do crime, 
podendo ocorrer em exceção a retroatividade de lei mais benéfica, a ultra atividade de lei mais 
benéfica, mas nunca a retroatividade de lei mais gravosa. 
CERTO. 
 
 
 
QUESTÃO DE CONCURSO: Sobre a vigência da lei X, Mauro cometeu um delito. Em seguida 
passou a viger a lei Y, que além de ser mais gravosa, revogou a lei de trás. Depois de tal fato, 
Mauro foi levado a julgamento pelo cometimento do citado delito. Nessa situação o magistrado 
terá de se fundamentar no instituto da retroatividade do benefício do réu para aplicar a lei X, por 
ser essa menos rigorosa que a lei Y. 
COMENTÁRIO: Questão errada, porque a lei X realmente é a melhor, mas na prática teria que 
usar a ultra atividade (o poder que a lei benéfica tem de agir na frente do tempo) da lei e não a 
retroatividade de lei para aplicá – la. 
 
QUESTÃO DE CONCURSO: No que diz respeito ao tema lei penal no tempo, a regra é a 
aplicação da lei apenas durante seu período de vigência, a exceção é a extra atividade de lei 
penal mais benígna, que comporta duas espécies: a retroatividade e a ultra atividade 
CERTO. 
 
QUESTÃO DE CONCURSO: A revogação expressa de um tipo penal incriminador conduz ao 
abolitio criminis ainda que seus elementos passem a integrar outro tipo penal criado por norma 
revogadora. 
ERRADO. Na Continuidade Típica delitiva não existe abolitio criminis, porque as condutas que 
estão dentro de um artigo migraram para outro da mesma lei ou não. 
Abolitio Crimines é um termo usado pela doutrina, está previsto no Artigo segundo do CP (Lei 
Penal no Tempo): “Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar 
crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória.” 
 
QUESTÃO: (CESPE — 2012 — PC/AL — AGENTE DE POLÍCIA). 
Em caso de urgência, a definição do que é crime pode ser realizada por meio de medida 
provisória. 
ERRADO. 
 
QUESTÃO (CESPE - 2013 - POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL — POLICIAL RODOVIÁRIO 
FEDERAL) 
A extra-atividade da lei penal constitui exceção à regra geral de aplicação da lei vigente à época 
dos fatos. 
COMENTÁRIOS: AFIRMATIVA ESTÁ CORRETA. A regra é o princípio da Atividade – que é um 
termo usado pela doutrina, porém não está escrito expressamente no código penal. 
Extratividade é a capacidade que a lei tem em andar pelo tempo pra frente ou pra trás. 
 
QUESTÃO (CESPE - 2013 - POLÍCIA FEDERAL - ESCRIVÃO DA POLÍCIA FEDERAL) 
Julgue os itens subsequentes, relativos à aplicação da lei penal e seus princípios. 
No que diz respeito ao tema lei penal no tempo, a regra é a aplicação da lei apenas durante o 
seu período de vigência; a exceção é a extra- atividade da lei penal mais benéfica, que comporta 
duas espécies: a retroatividade e a ultra-atividade. 
CERTO. 
 
QUESTÃO DE CONCURSO: Em tema de aplicação da lei penal, é INCORRETO afirmar: 
A) Na contagem do prazo pelo Código Penal, não se inclui no seu cômputo, o dia do começo, 
nem se desprezam na pena de multa, as frações de Real. (GABARITO. Código Penal: Inclui o 
dia do começo. Código de Processo Penal: Não inclui o dia do começo.) 
B) Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em 
parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado. 
C) O princípio da legalidade compreende os princípios da reserva legal e da anterioridade. 
D) A regra da irretroatividade da lei penal somente se aplica à lei penal mais gravosa. 
E) As leis temporárias ou excepcionais são autorrevogáveis e ultrativas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUESTÃO: Ano: 2016. Banca: FGV. Órgão: OAB. Prova de Exame de Ordem Unificado - XIX - 
Primeira Fase. 
Em razão do aumento do número de crimes de dano qualificado contra o patrimônio da União 
(pena: detenção de 6 meses a 3 anos e multa), foi editada uma lei que passou a prever que, 
entre 20 de agosto de 2015 e 31 de dezembro de 2015, tal delito (Art. 163, parágrafo único, inciso 
III, do Código Penal) passaria a ter pena de 2 a 5 anos de detenção. João, em 20 de dezembro de 
2015, destrói dolosamente um bem de propriedade da União, razão pela qual foi denunciado, em 
8 de janeiro de 2016, como incurso nas sanções do Art. 163, parágrafo único, inciso III, do 
Código Penal. 
Considerando a hipótese narrada, no momento do julgamento, em março de 2016, deverá ser 
considerada, em caso de condenação, a pena de 
A) 6 meses a 3 anos de detenção, pois a Constituição prevê o princípio da retroatividade da lei 
penal mais benéficaao réu. 
B) 2 a 5 anos de detenção, pois a lei temporária tem ultratividade gravosa. (GABARITO) 
C) 6 meses a 3 anos de detenção, pois aplica-se o princípio do tempus regit actum (tempo rege 
o ato). 
D) 2 a 5 anos de detenção, pois a lei excepcional tem ultratividade gravosa. 
GABARITO B. 
COMENTÁRIO: Lei temporária: tem sua vigência predeterminada no tempo, seu termo final é 
explicitamente previsto. 
Lei excepcional: sua duração está relacionada a situações de anormalidade e seu termo final 
ocorre com a cessação da anormalidade. 
 Art. 3º, CP - A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração 
ou cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua 
vigência. 
 
QUESTÃO: Ano: 2010. Banca: MPE-GO. Órgão: MPE-GO. Prova para Promotor de Justiça 
(Adaptada). 
É correto afirmar que as leis penais excepcionais e temporárias, mesmo que incriminadoras, 
aplicam-se após sua autorrevogação, ainda que em momento posterior a conduta anteriormente 
tipificada não mais seja considerada crime. 
CERTO. 
 
QUESTÃO: Ano: 2014. Banca: FGV. Órgão: OAB. Prova para OAB - Exame de Ordem Unificado - 
XIV - Primeira Fase. 
O Presidente da República, diante da nova onda de protestos, decide, por meio de medida 
provisória, criar um novo tipo penal para coibir os atos de vandalismo. A medida provisória foi 
convertida em lei, sem impugnações. Com base nos dados fornecidos, assinale a opção correta. 
A) Não há ofensa ao princípio da reserva legal na criação de tipos penais por meio de medida 
provisória, quando convertida em lei. (ERRADO. Há ofensa ao princípio da reserva legal, porque 
legislar sobre matéria penal tem que ser lei em sentido formal, que é aquela que nasce no 
congresso nacional.) 
B) Não há ofensa ao princípio da reserva legal na criação de tipos penais por meio de medida 
provisória, pois houve avaliação prévia do Congresso Nacional. (ERRADO. Há ofensa ao 
princípio da reserva legal, porque legislar sobre matéria penal tem que ser lei em sentido formal, 
que é aquela que nasce no congresso nacional.) 
C) Há ofensa ao princípio da reserva legal, pois não é possível a criação de tipos penais por 
meio de medida provisória. (GABARITO. Só é possível por lei formal, aquela que nasce no 
congresso) 
D) Há ofensa ao princípio da reserva legal, pois não cabe ao Presidente da República a iniciativa 
de lei em matéria penal. (ERRADO. Cabe ao presidente da república a iniciativa de qualquer lei, 
mas se falou em LEI, tem que ser através do congresso nacional mesmo que por iniciativa do 
presidente da república) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Princípio da limitação das penas ou princípio da humanidade. 
Este princípio vai dizer quais penas o Brasil não pode aplicar. 
A Constituição Federal estabelece em seu art. 5º, XLVII, que: 
Art. 5º (...) XLVII - não haverá penas: 
a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX; 
b) de caráter perpétuo; 
c) de trabalhos forçados; 
d) de banimento/desterro; (expulsar o cara do Brasil e banir ele de entrar no país) 
e) cruéis; 
 
*Descrição e resolução da situação problema: Pedro foi condenado à prisão, mas como esta estava 
lotada, o juiz determinou que ele seria preso em outra cidade. A Família de Pedro quis recorrer da 
decisão do juiz, mas o direito à assistência familiar não é absoluto. A superlotação do sistema 
penitenciário permitiu a transferência para outro município como medida para garantir a dignidade e a 
integridade física e psicológica dos condenados no cumprimento da pena, de modo que a decisão foi 
corretamente fundamentada no princípio da humanidade. 
 
QUESTÃO: (FCC - Defensor Público MA - 2015) A proscrição/proibição de penas cruéis e 
infamantes, a proibição de tortura e maus-tratos nos interrogatórios policiais e a obrigação 
imposta ao Estado de dotar sua infraestrutura carcerária de meios e recursos que impeçam a 
degradação e a dessocialização dos condenados são desdobramentos do Princípio da: 
Escolha uma: 
a. Humanidade. (GABARITO) 
b. Fragmentariedade do Direito Penal. 
c. Adequação Social. 
d. Intervenção Mínima do Estado. 
e. Proporcionalidade. 
 
QUESTÃO: (CESPE, 2018, JUIZ SUBSTITUTO.) A respeito dos princípios constitucionais penais 
e das escolas penais, assinale a opção correta. 
A) Legalidade ou reserva legal, anterioridade, retroatividade da lei penal benéfica, humanidade e 
in dubio pro reo são espécies de princípios constitucionais penais explícitos. 
B) O princípio da humanidade assegura o respeito à integridade física e moral do preso na 
medida em que motiva a vedação constitucional de pena de morte e de prisão perpétua. 
C) O princípio da responsabilidade pessoal impede que os familiares do condenado sofram os 
efeitos da condenação de ressarcimento de dano causado pela prática do crime. 
D) A posse de um único projétil de arma de fogo de uso permitido não configura crime se o 
agente não possuir arma que possa ser municiada, de acordo com o princípio da ofensividade. 
E) A Escola Clássica adotava a teoria mista, que entende a pena não apenas como retribuição 
ao infrator pelo mal causado, mas também como medida com finalidade preventiva. 
A) ESTÁ ERRADA, porque não estão todos no CP e na CF. O in dubio pro reu é de ordem 
processual penal. São princípios Constitucionais EXPLICÍCITOS do direito Penal: legalidade 
(reserva legal, anterioridade da lei penal e irretroatividade da lei penal mais severa – a 
taxatividade é implicito); humanidade; personalidade; individualizaçao da pena e o princípio da 
culpabilidade. 
B) CORRETÍSSIMO! 
C) ETÁ ERRADA, porque os familiares podem arcar com os efeitos civis. 
D) ESTÁ ERRADA, porque tendo uma bala apenas na gaveta da casa, mesmo sem a arma, já é 
crime (Projetil de arma = munição) 
E) ESTÁ ERRADA, porque para a Escola Clássica a pena é um mal imposto ao indivíduo 
merecedor de um castigo por motivo de uma falta considerada crime. (não tem a parte 
preventiva). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Princípio da individualização da pena. 
O princípio da individualização da pena vai dizer três coisas: 
A) A necessidade de análise na Dosimetria antes da sentença do juiz, que passará pelo 
legislativo, executivo e judiciário; 
B) A pena será cumprida em estabelecimentos distintos, de acordo com a natureza do delito, a 
idade e o sexo do apenado (Art. 5º, XLVIII da CF/88); 
C) Vai dizer quais penas o Brasil pode aplicar; 
 
A Constituição Federal estabelece, em seu art. 5º, XLVI: 
XLVI - a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as seguintes: 
 
A) DOSIMETRIA: É a contagem da pena, levando em consideração as circunstâncias, em cada caso 
concreto. A individualização da pena é feita em três fases distintas: Legislativa, judicial e administrativa. 
Na fase legislativa você pode perceber que para cada crime existe uma base e um teto de quanto 
tempo o agente vai permanecer na cadeia, entre 4 a 8 anos por exemplo. 
Na fase judicial, o juiz deve observar se o réu é incidente ou não, e como foi a gravidade do crime, para 
poder analisar e aplicar a pena no caso concreto (parte administrativa). 
 
B) Art. 5º (...) XLVIII - a pena será cumprida em estabelecimentos distintos, de acordo com a 
natureza do delito, a idade e o sexo do apenado; 
 
C) Quais penas o Brasil pode aplicar. 
Artigo 5ª inciso XLVI da CF/88: 
XLVI - a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as seguintes: 
 a) privação ou restrição da liberdade; 
 b) perda de bens; 
 c) multa; 
 d) prestação social alternativa; 
 e) suspensão ou interdição de direitos 
 
Art. 32 do CP: As penas são: 
I - privativas de liberdade; 
II - restritivas de direitos; 
III - de multa. 
 
QUESTÃO: Ano: 2016. Banca: CESPE / CEBRASPE. Órgão: TCE-PR. Prova para TCE-PR – 
Auditor. (Reduzida) A respeito dos princípios aplicáveis ao direito penal, assinale a opção 
correta. 
Do princípio da individualização da pena decorre a exigência de que a dosimetria (a fase 
judicial) obedeça ao perfil do setenciado (o juiz tem que levar em consideraçãose o reú é 
incidente ou primário, e ver as circunstâncias do caso), não havendo correlação do referido 
princípio com a atividade legislativa incriminadora, isto é, com a feitura de normas penais 
incriminadoras 
ERRADO, porque este princípio envolve o Legislativo, o Judiciário e a parte Administrativa. 
 
QUESTÃO: Ano: 2009. Banca: CONSULPLAN. Órgão: SEJUC-RN. Prova para Agente 
Penitenciário. 
De acordo com a Constituição da República, a lei regulará a individualização da pena e adotará 
as penas de, EXCETO: 
A) Privação ou restrição da liberdade. 
B) Perda de bens. 
C) Multa. 
D) Prestação social alternativa. 
E) Caráter perpétuo GABARITO (Caráter perpétuo é proibído pelo princípio da humanidade) 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUESTÃO: Ano: 2013. Banca: UEPA. Órgão: PC-PA. Prova de Delegado de Polícia. 
Dispondo sobre os direitos e garantias fundamentais dos brasileiros e estrangeiros residentes 
no país, a Constituição de 1988, em seu art. 5º, XLVIII, determina que “a pena será cumprida em 
estabelecimentos distintos, de acordo com a natureza do delito, a idade e o sexo do apenado”. 
Esta norma garante o princípio: 
A) da legalidade, porque não se pode impor ao apenado o cumprimento de pena em 
estabelecimento que não esteja regulamentado por lei específica. 
B) da culpabilidade, porque não se pode impor ao réu uma pena sem a comprovação de sua 
culpa, por sentença condenatória transitada em julgado. 
C) da humanidade, porque evita a imposição de penas proscritas do ordenamento jurídico 
brasileiro. 
D) da individualização da pena, porque impõe ao Estado o dever de classificar os apenados a 
partir de características pessoais concretas, prevenindo problemas como o da 
“contaminação carcerária”. (GABARITO) 
E) da pessoalidade ou intranscendência da pena, porque assegura aos familiares do apenado 
não sofrerem os constrangimentos do cárcere. 
 
QUESTÃO (PM-MG — 2013 — PM-MG — OFICIAL) 
O Direito Penal tem como fim específico a protecão dos bens jurídicos essenciais ao indivíduo e 
à sociedade. Embora de caráter coercitivo, busca limitar o poder de punir do Estado, 
procurando agir de acordo com os dispositivos constitucionais, sob pena de se tornar em um 
instrumento de opressão e violacão de direitos e garantias. Sua aplicação, quando necessário, 
deve ser coerente e utilizado como instrumento de ressocialização. Partindo desse 
entendimento, a Constituição Federal, em seu art. 5o, inciso XLVI, estabelece modalidades de 
“castigo” aos infratores da lei, dentre os quais, “privacão ou restrição da liberdade, perda de 
bens, multa e prestação social alternativa”. 
O dispositivo constitucional destacado expressa um princípio inerente ao direito penal, sendo 
CORRETA a afirmativa: 
a) princípio da limitação das penas. 
b) princípio da individualização da pena. (GABARITO) 
c) princípio da proporcionalidade. 
d) princípio da fragmentariedade. 
 
Ainda sobre o princípio da individualização da pena é importante saber que é possível a 
progressão de regime nos crimes hediondos. 
Além disso, segundo a lei dos crimes hediondos, o regime inicial é o fechado e depois tem 
progressão, mas segundo o STF, admite-se qualquer regime inicial para crime hediondo, 
inclusive o aberto. 
 
QUESTÃO: Ano: 2014. Banca: FGV. Órgão: SUSAM. Prova para Advogado. 
A doutrina classifica os crimes, quanto à sua gravidade, como sendo de menor potencial 
ofensivo, de médio potencial ofensivo, de grave potencial ofensivo e hediondos. No tocante a 
estes de maior gravidade, de acordo com a Lei nº 8.072/90 e a Constituição Federal, atentando-
se à jurisprudência majoritária dos Tribunais Superiores, assinale a afirmativa correta. 
A) O crime de associação para o tráfico é equiparado aos hediondos. 
B) O crime de homicídio híbrido (qualificado e privilegiado) ostenta a natureza de crime de 
hediondo. 
C) O crime de homicídio simples, em hipótese alguma, é considerado hediondo. 
D) O condenado pela prática de crime hediondo ou assemelhado pode iniciar o cumprimento da 
pena privativa de liberdade em regime mais brando do que o fechado. (GABARITO) 
E) O apenado reincidente específico em crime hediondo deverá cumprir 2/3 da pena para ter 
direito ao livramento condicional e 3/5 da pena para ter direito à progressão de regime. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUESTÃO: Ano: 2011. Banca: CESPE / CEBRASPE. Órgão: PC-ES. Prova: CESPE - 2011 - PC-ES 
- Delegado de Polícia. 
Quanto ao concurso de pessoas, o direito penal brasileiro acolhe a teoria monista, segundo a 
qual todos os indivíduos que colaboraram para a prática delitiva devem, como regra geral, 
responder pelo mesmo crime. Tal situação pode ser, todavia, afastada, por aplicação do 
princípio da intranscendência das penas, para a hipótese legal em que um dos colaboradores 
tenha desejado participar de delito menos grave, caso em que deverá ser aplicada a pena deste. 
ERRADO. Esse é o princípio da individualização da pena. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Princípio da intranscendência da pena (ou Princípio da Pessoalidade ou 
ainda Princípio da não transcendência da pena ou ainda princípio da 
personificação ou da personalidade). 
 
No direito civil, a gente aprende que a responsabilidade civil pode ser passada de pessoa para pessoa. 
Isso acontece, por exemplo, quando os pais são responsáveis pelos danos causados pelos filhos. 
Entretanto no direito penal isso não é possível, pois, no direito penal, a responsabilidade é sempre 
pessoal. Se o menor de idade praticar crime, ele responderá de acordo com o ECA. 
 
Este princípio constitucional do Direito Penal (princípio da instranscendência da pena / pessoalidade) 
está previsto no art. 5º, XLV da Constituição Federal: 
XLV - nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano 
e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e 
contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido. 
Esse princípio impede que a pena ultrapasse a pessoa do infrator. Se o infrator morrer, a pena também 
morre. 
 
CUIDADO! Existe obrigação de reparar o dano civil, mas isso não é MULTA. A multa é espécie de 
PENA, portanto, não pode ser executada em face dos herdeiros (a não ser o limite do valor do 
patrimônio transferido). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pirncípio da inderrogabilidade/inevitabilidade. 
Em regra, se praticou um crime, será inevitável a punição. Entretanto este princípio não é absoluto. 
Existe o perdão judicial, no caso, por exemplo, de algumas delações premiadas, chamadas de ponte 
de diamante. 
 
QUESTÃO: Ano: 2010. Banca: TRF - 4ª REGIÃO. Órgão: TRF - 4ª REGIÃO. Prova para Juiz 
Federal. 
Dadas as assertivas abaixo, assinale a alternativa correta. 
I. A Lei 9.613/1998 (Lei de Lavagem de Dinheiro) não admite perdão judicial em nenhuma 
hipótese. 
II. É admitido o perdão judicial nos casos dos artigos 168-A do Código Penal (apropriação 
indébita previdenciária) e 337-A do Código Penal (sonegação previdenciária), em certas 
circunstâncias. 
III. É admitido perdão judicial nos casos de homicídio culposo e lesão corporal culposa, em 
certas circunstâncias. 
IV. Admite-se, conforme as circunstâncias, o perdão judicial no caso do delito previsto no artigo 
176 do Código Penal, isto é, utilizar-se de serviço público de transporte sem dispor de recursos 
para efetuar o pagamento. 
V. Conforme as circunstâncias, a Lei 9.605/1998 (Lei dos Crimes Ambientais) admite perdão 
judicial no caso de guarda doméstica de animal silvestre não ameaçado de extinção. 
A) Está correta apenas a assertiva I. 
B) Estão corretas apenas as assertivas I, II, III e V. 
C) Estão corretas apenas as assertivas II, III, IV e V. (GABARITO) 
D) Estão corretas todas as assertivas. 
E) Nenhuma assertiva está correta. 
COMENTÁRIO: 
I – ERRADA. De acordo com Art.1°, § 5°, da lei 9.613/98, da DELAÇÃO PREMIADA prevista na lei 
de lavagem de capitais poderão resultarem três benefícios ao delator, quais sejam: 
1 - Diminuição de pena de um terço a dois terços e fixação de regime inicial aberto; 
2- Substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direito; 
3 - PERDÃO JUDICIAL com a consequente extinção da punibilidade. 
 
II – CERTA. CP art. 168-A § 3º (Apropriação indébita previdenciária) É facultado ao juiz deixar de 
aplicar a pena ou aplicar somente a de multa se o agente for primário e de bons antecedentes, 
desde que: 
I - tenha promovido, após o início da ação fiscal e antes de oferecida a denúncia, o pagamento 
da contribuição social previdenciária, inclusive acessórios; ou II - o valor das contribuições 
devidas, inclusive acessórios, seja igual ou inferior àquele estabelecido pela previdência social, 
administrativamente, como sendo o mínimo para o ajuizamento de suas execuções fiscais. 
Art. 337-A § 2º (Sonegação de contribuição previdenciária) É facultado ao juiz deixar de aplicar a 
pena ou aplicar somente a de multa se o agente for primário e de bons antecedentes, desde 
que: 
II - o valor das contribuições devidas, inclusive acessórios, seja igual ou inferior àquele 
estabelecido pela previdência social, administrativamente, como sendo o mínimo para o 
ajuizamento de suas execuções fiscais. 
 
III – CERTA. Art. 121 § 5º - Na hipótese de homicídio culposo, o juiz poderá deixar de aplicar a 
pena, se as conseqüências da infração atingirem o próprio agente de forma tão grave que a 
sanção penal se torne desnecessária. 
Art. 129 § 8º Aplica-se à lesão culposa o disposto no § 5º do art. 121. 
 
IV – CERTA. Art. 176 (Outras fraudes) - Tomar refeição em restaurante, alojar-se em hotel ou 
utilizar-se de meio de transporte sem dispor de recursos para efetuar o pagamento: 
Pena - detenção, de quinze dias a dois meses, ou multa. 
Parágrafo único - Somente se procede mediante representação, e o juiz pode, conforme as 
circunstâncias, deixar de aplicar a pena. 
 
 
 
 
 
 
V – CERTA. Lei 9605, art. 29 - Matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimes da fauna 
silvestre, nativos ou em rota migratória, sem a devida permissão, licença ou autorização da 
autoridade competente, ou em desacordo com a obtida: 
§ 2º No caso de guarda doméstica de espécie silvestre não considerada ameaçada de extinção, 
pode o juiz, considerando as circunstâncias, deixar de aplicar a pena. 
 
Além disso, cabe também perdão judicial em caso de receptção culposa e no caso de crime de 
injúria. 
 
QUESTÃO: Ano: 2011. Banca: VUNESP. Órgão: TJ-SP. Prova para Titular de Serviços de Notas e 
de Registros – Provimento. 
A sentença que concede perdão judicial 
A) será considerada para efeitos de reincidência, vedada a reabilitação. 
B) não será considerada para efeitos de reincidência. (GABARITO) 
C) está sujeita ao reexame necessário pelo juízo ad quem. 
D) será considerada para efeito de reincidência, mas se sujeita às regras da reabilitação. 
 
QUESTÃO: Ano: 2012. Banca: TJ-DFT. Órgão: TJ-DFT. Prova para Juiz. 
Julgue os itens a seguir: 
I – De acordo com o Código Penal, o indulto, a perempção e a retroatividade de lei que não mais 
considera o fato como criminoso são causas extintivas da punibilidade. 
II – De acordo com o Código Penal e o entendimento pacificado pelo Superior Tribunal de 
Justiça, o Juiz deve considerar a sentença que conceder perdão judicial exclusivamente para 
efeitos de reincidência. 
III – De acordo com o Código Penal, o Juiz poderá conceder perdão judicial em algumas 
hipóteses relacionadas aos crimes de injúria, outras fraudes e receptação culposa. 
IV – A Lei de Contravenções Penais (Decreto-Lei n. 3.688/41) não prevê qualquer hipótese de 
concessão de perdão judicial. 
I e a III estão certas. 
Art. 107 - Extingue-se a punibilidade: 
I - pela morte do agente; 
II - pela anistia, graça ou indulto; 
III - pela retroatividade de lei que não mais considera o fato como criminoso; 
IV - pela prescrição, decadência ou perempção; 
V - pela renúncia do direito de queixa ou pelo perdão aceito, nos crimes de ação privada; 
VI - pela retratação do agente, nos casos em que a lei a admite; 
IX - pelo perdão judicial, nos casos previstos em lei. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FINALIDADE DAS PENAS. 
https://youtu.be/dlNCOGDUw3M 
 
Teoria absoluta / retributivista: É a ideia de RETRIBUIÇÃO. O agente praticou um mal, e em troca 
ele receberá um outro mal, que é a pena. Olho por olho, dente por dente. 
 
Teoria relativa / preventiva: A pena se presta a intimidar o infrator (prevenção especial) e a sociedade 
(prevenção geral), evitando com isso a prátia de novos crimes – PREVENÇÃO. 
A teoria relativa / preventiva divide-se em: 
a) Prevenção Geral Negativa (intima a sociedade mostrando as penas) e Prevenção Geral Positiva 
(consciência geral da sociedade – pena em abstrato). 
b) Prevenção Especial Negativa (separação do apenado por cárcere privado) e Prevenção Especial 
Positiva (ressocialização do apenado). 
 
Teoria mista / eclética / conciliadora: Retribuição e prevenção. É a fusão das duas teorias anteriores. 
É a adotada no Brasil. 
 
QUESTÃO: Ano: 2019. Banca: CESPE / CEBRASPE. Órgão: TJ-DFT. Prova para Titular de 
Serviços de Notas e de Registros – Provimento. 
As teorias da pena buscam explicar a finalidade a ser alcançada por meio das sanções penais. 
Acerca dessas teorias, assinale a opção correta. 
A) A teoria da prevenção especial negativa dispõe que a pena tem viés retributivo-preventivo, 
com vistas a combater a prática de crimes. 
B) Segundo a teoria absoluta, a pena tem a finalidade de prevenir o delito, por meio de medidas 
aflitivas e ressocializadoras, de modo a evitar o cometimento de novos crimes. 
C) A teoria unitária da pena define que a finalidade da pena é castigar o indivíduo infrator, 
desprezando-se sua reintegração à sociedade. 
D) Na teoria conciliadora, a pena tem viés vingativo e visa restringir direitos do apenado como 
forma de retribuir o mal injusto praticado, promovendo a pacificação social. 
E) De acordo com a teoria da prevenção geral positiva, a finalidade da pena é levar à 
comunidade os valores das normas e dos bens jurídicos tutelados pela lei penal. (GABARITO) 
 
QUESTÃO: Ano: 2018. Banca: CESPE / CEBRASPE. Órgão: PC-MA. Prova para Delegado de 
Polícia Civil. 
A respeito das teorias que tratam das funções da pena, assinale a opção correta. 
A) A teoria correcionalista considera que a pena se esgota na ideia da retribuição como 
resposta ao mal causado pelo autor do crime. (ERRADO. A teoria correcionalista, como pode se 
depreender por seu nome, acreditava que a pena possui a finalidade de corrigir o indivíduo, 
fazer com que o sujeito aprenda e não volte a reincidir na prática de crimes. Assim, não é um 
fim em si mesmo, mas um caminho para o aprendizado do infrator) 
B) A teoria preventiva geral positiva considera que a pena tem a função de inibir 
comportamentos antissociais e moldar comportamentos socialmente aceitos. (CERTO. A função 
de moldar comportamentos socialmente aceitos e inibir comportamentos antissociais é da lei. 
Desta forma, a prevenção geral busca afirmar a existência e a validade do ordenamento jurídico, 
das normas que regem a sociedade.) 
C) A teoria absoluta considera que a pena possui caráter retributivo, preventivo e 
ressocializador. (ERRADO. Para a teoria absoluta, a pena é um fim em si mesma, um castigo em 
retribuição à atitude do condenado.) 
D) A teoria preventiva geral considera a pena como um meio para prevenir a reincidência do 
indivíduo. (ERRADO. A teoria preventiva geral não se volta ao indivíduo, mas sim a toda a 
sociedade.) 
E) A teoria preventiva especial considera a pena como um meio para intimidar os potenciais 
praticantes de condutas delituosas (ERRADO. A teoria preventiva especial se volta à pessoa do 
condenado e não aos potenciais praticantes de condutas delituosas existentes em uma 
sociedade.) 
 
 
 
https://youtu.be/dlNCOGDUw3M
 
 
 
PENAS – INTRODUÇÃO. 
CONCEITO DE PENA: 
“É a retribuição imposta pelo Estado em razão da prática deum ilícito penal e consiste na privação ou 
restrição de bens jurídicos determinada pela lei, cuja finalidade é a readaptação do condenado ao 
convívio social e a prevenção em relação à prática de novas infrações penais” (André Estefam) 
 
“É a sanção imposta pelo Estado, através da ação penal, ao criminoso, cuja finalidade é a retribuição 
ao delito perpetrado e a prevenção a novos crimes” (Guilherme Nucci) 
 
“Destarte, pena é a espécie de sanção penal consistente na privação ou restrição de determinados 
bens jurídicos do condenado, aplicada pelo Estado em decorrência do cometimento de uma infração 
penal, com as finalidades de castigar seu responsável, readaptá-lo em comunidade e, mediante a 
intimidação endereçada à sociedade, evitar a prática de novos crimes ou contravenções penais” 
(Cleber Masson) 
 
Art. 32 do CP.: As penas são: 
I - privativas de liberdade; 
II - restritivas de direitos; 
III - de multa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
*O modelo adotado pelo Código Penal pode ser chamado de Teoria Dualista Alternativo, porque ou a 
pessoa está sujeita à medida de segurança ou à pena. 
 
*Lembrando que nós temos o gênero que é a INFRAÇÃO PENAL, e suas espécies, que são duas: 
Crime/delito (algo gravoso) (para o crime é aplicado a reclusão ou a detenção); 
Contravenção Penal (algo mais brando) (para as contravenções penais é aplicado a prisão simples); 
 
*LCP significa “lei de contravenção penal”. 
 
A multa pode ser aplicada cumulativamente em qualquer espécie de infração penal. 
 
*LER O TÓPICO “CONTRAVENÇÕES PENAIS” DO OUTRO ARQUIVO DE DIREITO PENAL. 
 
*Súmula 527 do STJ: “O tempo de duração da medida de segurança não deve ultrapassar o 
limite máximo da pena abstratamente cominada ao delito praticado.” 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUESTÃO: Ano: 2018. Banca: UDESC. Órgão: UDESC. Prova: para Técnico Universitário de 
Suporte. Assinale a alternativa correta em relação ao instituto da pena prevista na Constituição 
Federal Brasileira. 
A) Nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a 
decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra 
eles executadas, independentemente do valor do patrimônio transferido. (ERRADO. Principio da 
Intranscendência da pena/Pessoalidade Art. 5º XLV da CF/88: nenhuma pena passará da pessoa 
do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens 
ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor 
do patrimônio transferido) 
B) Não há, em nenhuma hipótese, pena de morte ou de trabalhos forçado. (ERRADO. Em guerra 
declarada poderá haver pena de morte ou de trabalho forçado.) 
C) A privação ou restrição de liberdade, a perda de bens, a multa, a prestação social alternativa 
e a suspensão ou interdição de direitos são espécies de penas constitucionalmente previstas. 
(GABARITO. Princípio da individualização da pena. Artigo 5ª inciso XLVI da CF/88: 
XLVI - a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as seguintes: 
 a) privação ou restrição da liberdade; 
 b) perda de bens; 
 c) multa; 
 d) prestação social alternativa; 
 e) suspensão ou interdição de direitos) 
D) Não há crime sem lei anterior que o defina, mas pode haver pena sem prévia cominação 
legal. (ERRADO. Princípio da legalidade. Art. 1º do CP.: Não há crime sem lei anterior que o 
defina. Não há pena sem prévia cominação legal.) 
E) A prática do racismo constitui crime afiançável e prescritível, sujeito à pena de reclusão, nos 
termos da lei. (ERRADO.) 
Art. 5º XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática 
da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como 
crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-
los, se omitirem; 
Art. 5º, XLII da CF/88: A prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à 
pena de reclusão, nos termos da lei; 
Art. 5º, XLIV da CF/88: Constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados, 
civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático; 
São prescritíveis, mas inafiançáveis: tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o 
terrorismo, os crimes definidos como hediondos (Tráfico não é hediondo) 
 
3TH (Tráfico, terrorismo e tortura): insuscetível de graça e anistia e inafiançável. 
Negão armado: imprescritível e inafiançável. 
 
Observação: Segundo o STF o crime de injúria racial é espécie de crime de racismo e, portanto, 
como o racismo, é imprescritível. O crime de injúria racial é um crime de ação penal pública 
condicionada à representação, embora a regra dos crimes contra a honra (calúnia, difamação e 
injuria) seja crime de ação penal privada. Lembrando que a representação é apenas uma 
condição de procedibilidade da propositura da ação penal, porque quem vai propô-la é o 
Ministério Público (O MP é o titular de toda e qualquer tipode ação penal pública) 
 
O crime de racismo é de ação pública incondicionada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUESTÃO: Ano: 2013. Banca: IBFC. Órgão: PC-RJ. Prova para Oficial de Cartório. 
O princípio da humanidade consubstancia-se na ideia de que o direito penal deve pautar-se na 
benevolência, de forma a tratar dignamente aquele que comete um fato delituoso, visto que, 
apesar de ter infringido a norma penal, é pessoa humana como qualquer outra. Sendo assim, 
podemos afirmar corretamente que: 
A) A pena de morte confronta o princípio da humanidade, sendo vedada no ordenamento 
jurídico brasileiro de forma absoluta. 
B) O cumprimento de pena privativa de liberdade em regime fechado não atenta contra o 
princípio da humanidade, por isso é permitido no ordenamento jurídico brasileiro. (GABARITO) 
C) Ao condenado, durante a execução da pena, pode ser imposta a obrigação de realizar 
trabalhos forçados, desde que se garanta o benefício da remissão penal. 
D) A imposição de castigos corporais ao preso provisório não se caracteriza como ilicitude, 
visto que o princípio da humanidade aplica-se apenas aos definitivamente condenados. 
E) Constitui-se pena degradante, por violar o direito à liberdade de ir e vir do condenado, a 
imposição de penas restritivas de direitos consistentes na proibição de freqüentar 
determinados lugares e limitação de fim de semana. 
 
QUESTÃO: Ano: 2014. Banca: FCC. Órgão: TRF - 3ª REGIÃO. Prova para Analista Judiciário. 
Dentre as ideias estruturantes ou princípios abaixo, todos especialmente importantes ao direito 
penal brasileiro, NÃO tem expressa e literal disposição constitucional o da 
A) legalidade. 
B) proporcionalidade. (GABARITO. Proporcionalidade e razoabilidade não estão previstos 
expressamente na CF/88.) 
C) individualização. 
D) pessoalidade. 
E) dignidade humana. 
 
QUESTÃO: Ano: 2018. Banca: FCC. Órgão: IAPEN-AP. Prova: FCC. Prova para Agente 
Penitenciário. 
Segundo o Código Penal, são espécies de pena 
A) o regime disciplinar diferenciado e a multa. 
B) o livramento condicional e a remição. 
C) o indulto e a comutação. 
D) a progressão de regime e o concurso material. 
E) a privativa de liberdade e a restritiva de direitos. (GABARITO) 
COMENTÁRIO: 
Art. 32: As penas são: 
I - privativas de liberdade; 
II - restritivas de direitos; 
III - de multa. 
 
QUESTÃO: Ano: 2018. Banca: FCC. Órgão: IAPEN-AP. Prova para Educador Social Penitenciário 
- Nível Médio. 
São espécies de penas restritivas de direitos 
A) a prisão administrativa e limitação de fim de semana. 
B) a multa e prestação de serviço à comunidade. 
C) o regime aberto e remição. 
D) a prestação pecuniária e interdição temporária de direitos. (GABARITO) 
E) o livramento condicional e comutação. 
COMENTÁRIO: 
Art. 32 do CP: As penas são: 
I - privativas de liberdade; 
II - restritivas de direitos; 
III - de multa. 
Art. 43 do CP: Aspenas restritivas de direitos são: 
I - prestação pecuniária; 
II - perda de bens e valores; 
III - limitação de fim de semana. 
IV - prestação de serviço à comunidade ou a entidades públicas; 
V - interdição temporária de direitos; 
 
 
 
DAS PENAS PRIVATIVAS DE LIBERDADE. 
Código Penal: 
Art. 32: As penas são: 
I - privativas de liberdade (As penas privativas de liberdade são: Reclusão; Detenção; Prisão 
Simples); 
II - restritivas de direitos; 
III - de multa. 
 
Reclusão é sempre mais grave que detenção independente do tempo. 
 
QUESTÃO: Ano: 2011. Banca: CESPE / CEBRASPE. Órgão: TJ-ES. Prova para Analista 
Judiciário. 
A pena de reclusão deve ser cumprida em regime fechado, semiaberto ou aberto, enquanto a de 
detenção, em regime semiaberto ou aberto. 
CERTO. Art. 33: A pena de reclusão deve ser cumprida em regime fechado, semi-aberto ou 
aberto. 
A de detenção, em regime semi-aberto, ou aberto, salvo necessidade de transferência a regime 
fechado. 
§ 1º - Considera-se: 
a) regime fechado a execução da pena em estabelecimento de segurança máxima ou média; 
b) regime semi-aberto a execução da pena em colônia agrícola, industrial ou estabelecimento 
similar; 
c) regime aberto a execução da pena em casa de albergado ou estabelecimento adequado. 
SÓ EXITEM ESSES REGIMES DESTE ARTIGO! 
 
Prisão Albergue Domiciliar (Não é um regime específico. Ele é basicamente uma modalidade de 
se cumprir o regime aberto. Só é cabível no regime aberto.) 
Art. 117 da LEP (Lei de execuções penais): 
Somente se admitirá o recolhimento do beneficiário de regime aberto em residência particular 
quando se tratar de: 
I - condenado maior de 70 (setenta) anos; 
II - condenado acometido de doença grave; 
III - condenada com filho menor ou deficiente físico ou mental; 
IV - condenada gestante. 
(Ele não precisa trabalhar aqui nesta modalidade de regime aberto) 
 
Regime Especial. (são especificidades dedicadas às mulheres) 
Art. 37 do CP.: As mulheres cumprem pena em estabelecimento próprio, observando-se os 
deveres e direitos inerentes à sua condição pessoal, bem como, no que couber, o disposto 
neste Capítulo. 
 
QUESTÃO: A pena de prisão simples deve ser cumprida, sem rigor penitenciário, em 
estabelecimento especial ou seção especial de prisão comum, em regime semiaberto ou aberto. 
CERTO. É a literalidade do artigo 6º da lei 3688/41 (Lei das Contravenções Penais). 
 
QUESTÃO: Ano: 2011. Banca: CESPE / CEBRASPE. Órgão: TJ-ES. Prova para Analista 
Judiciário. 
A penitenciária destina-se ao condenado à pena de reclusão, em regime fechado, enquanto que 
a casa do albergado destina-se ao cumprimento da pena privativa de liberdade, em regime 
aberto, e da pena de limitação de fim de semana. 
CERTO. Art. 93 da LEP (Lei de execução penal – Lei nº 7.210/1984): A Casa do Albergado 
destina-se ao cumprimento de pena privativa de liberdade, em regime aberto, e da pena de 
limitação de fim de semana. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUESTÃO: Ano: 2008. Banca: IESES. Órgão: TJ-MA. (Reduzida) 
É certo afirmar: 
I. A pena de prisão simples deve ser cumprida, sem rigor penitenciário, em estabelecimento 
especial ou seção especial de prisão comum, em regime semiaberto ou aberto. (CERTO. As 
características da prisão simples como espécie de regime prisional são descritas no artigo 6º do 
decreto-lei 3688/41: A pena de prisão simples deve ser cumprida, sem rigor penitenciário, em 
estabelecimento especial ou seção especial de prisão comum, em regime semi-aberto ou 
aberto.) 
 
QUESTÃO: Ano: 2004. Banca: CESPE / CEBRASPE. Órgão: Polícia Federal. Prova para Polícia 
Federal - Escrivão da Polícia Federal. 
As penitenciárias destinam-se a condenados a penas de reclusão ou de detenção, em regime 
fechado ou semi-aberto. 
ERRADO. As penas de reclusão, detenção e prisão simples são penas privativas de liberdade. A 
pena de reclusão admite o regime inicial fechado; A detenção não admite o regime inicial 
fechado; e a prisão simples não admite o regime fechado em hipótese alguma. As penitenciárias 
servem apenas para o cumprimento de pena privativa de liberdade em regime fechado no caso 
de reclusão e aos que forem incluídos no regime disciplinar diferenciado (RDD). Art. 87 da LEP.: 
A penitenciária destina-se ao condenado à pena de reclusão, em regime fechado. 
 
QUESTÃO: Ano: 2017. Banca: IBADE. Órgão: SEJUDH – MT. Prova para Enfermeiro. 
Considerando a Lei de Execução Penal, assinale a alternativa correta. 
A) A penitenciária destina-se aos condenados de alta periculosidade e aos que forem incluídos 
no regime disciplinar diferenciado (RDD). (ERRADO. As penitenciárias servem apenas para o 
cumprimento de pena privativa de liberdade em regime fechado no caso de reclusão e aos que 
forem incluídos no regime disciplinar diferenciado (RDD). Art. 87 da LEP.: A penitenciária 
destina-se ao condenado à pena de reclusão, em regime fechado.) 
B) A penitenciária destina-se ao condenado à pena de reclusão, em regime fechado e 
semiaberto. (ERRADO) 
C) A colônia agrícola, industrial ou similar destina-se ao cumprimento da pena em regime 
fechado. (ERRADO. colônia agrícola, industrial ou estabelecimento similar destina-se ao 
condenado em regime semi-aberto. As penitenciárias que se destinam ao regime fechado (em 
caso de reclusão e não de detenção) + RDD) 
D) A cadeia pública destina-se ao recolhimento de presos provisórios. (GABARITO. Art. 102 da 
LEP.: A cadeia pública destina-se ao recolhimento de presos provisórios.) 
E) A casa do albergado destina-se ao cumprimento de pena privativa de liberdade, em regime 
semiaberto e aberto, bem como da pena de limitação de fim de semana. (ERRADO. A execução 
da pena em regime aberto será feita em casa de albergado ou estabelecimento adequado.) 
COMENTÁRIO: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUESTÃO: Ano: 2010. Banca: MPE-SP. Órgão: MPE-SP. Prova para Promotor de Justiça. 
Assinale a afirmativa incorreta, em relação ao regime disciplinar diferenciado: 
A) aplica-se ao preso provisório ou condenado que pratica crime doloso e provoca subversão 
da ordem ou disciplina interna. (AFIRMAÇÃO CERTA. Art. 52, caput) 
B) aplica-se ao preso provisório ou condenado sobre o qual recaiam fundadas suspeitas de 
envolvimento ou participação, a qualquer título, em organizações criminosas, quadrilha ou 
bando. (AFIRMAÇÃO CERTA. Art. 52 da LEP, §1º c/c o seu inciso II) 
C) somente o preso provisório ou condenado por crime hediondo ou assemelhado pode ser 
submetido ao regime disciplinar ou diferenciado. (AFIRMAÇÃO ERRADA. O RDD pode abrigar 
em seu sistema presos provisórios (suspeitos) ou condenados que participaram de 
organizações criminosas, quadrilha ou bando, esse concuso de pessoas não necessariamente 
tem por fim o comentimento de crimes hediondos.) 
D) tem como característica o recolhimento em cela individual. (AFIRMAÇÃO CERTA) 
E) pode ser aplicado a estrangeiros que apresentem alto risco para a ordem e a segurança do 
estabelecimento penal ou da sociedade. (AFIRMAÇÃO CERTA. Art. 52, II da LEP) 
COMENTÁRIO: O que LEP diz sobre o RDD: Art. 52: A prática de fato previsto como crime 
doloso constitui falta grave e, quando ocasionar subversão da ordem ou disciplina internas, 
sujeitará o preso provisório, ou condenado, nacional ou estrangeiro, sem prejuízo da sanção 
penal, ao regime disciplinar diferenciado, com as seguintes características: 
I - duração máxima de até 2 (dois) anos, sem prejuízo de repetição da sanção por nova falta 
grave de mesma espécie; 
II - recolhimento em cela individual; 
III - visitas quinzenais, de 2 (duas) pessoas por vez, a serem realizadas em instalações 
equipadas para impedir o contato físico e a passagem de objetos, por pessoa da família ou, no 
caso de terceiro, autorizado judicialmente, com duração de 2 (duas) horas; 
IV - direito do preso à saída da cela por 2 (duas) horas diárias para banho de sol, em grupos de 
até 4 (quatro) presos, desde que não haja contato com presos do mesmo grupo criminoso; 
V - entrevistas sempre monitoradas, exceto aquelas com seu defensor, em instalações 
equipadaspara impedir o contato físico e a passagem de objetos, salvo expressa autorização 
judicial em contrário; 
VI - fiscalização do conteúdo da correspondência; 
VII - participação em audiências judiciais preferencialmente por videoconferência, garantindo-se 
a participação do defensor no mesmo ambiente do preso. 
§ 1º O regime disciplinar diferenciado também será aplicado aos presos provisórios ou 
condenados, nacionais ou estrangeiros: 
I - que apresentem alto risco para a ordem e a segurança do estabelecimento penal ou da 
sociedade; 
II - sob os quais recaiam fundadas suspeitas de envolvimento ou participação, a qualquer título, 
em organização criminosa, associação criminosa ou milícia privada, independentemente da 
prática de falta grave. 
§ 2º (Revogado). 
§ 3º Existindo indícios de que o preso exerce liderança em organização criminosa, associação 
criminosa ou milícia privada, ou que tenha atuação criminosa em 2 (dois) ou mais Estados da 
Federação, o regime disciplinar diferenciado será obrigatoriamente cumprido em 
estabelecimento prisional federal. 
§ 4º Na hipótese dos parágrafos anteriores, o regime disciplinar diferenciado poderá ser 
prorrogado sucessivamente, por períodos de 1 (um) ano, existindo indícios de que o preso: 
I - continua apresentando alto risco para a ordem e a segurança do estabelecimento penal de 
origem ou da sociedade; 
II - mantém os vínculos com organização criminosa, associação criminosa ou milícia privada, 
considerados também o perfil criminal e a função desempenhada por ele no grupo criminoso, a 
operação duradoura do grupo, a superveniência de novos processos criminais e os resultados 
do tratamento penitenciário. 
§ 5º Na hipótese prevista no § 3º deste artigo, o regime disciplinar diferenciado deverá contar 
com alta segurança interna e externa, principalmente no que diz respeito à necessidade de se 
evitar contato do preso com membros de sua organização criminosa, associação criminosa ou 
milícia privada, ou de grupos rivais. 
§ 6º A visita de que trata o inciso III do caput deste artigo será gravada em sistema de áudio ou 
de áudio e vídeo e, com autorização judicial, fiscalizada por agente penitenciário. 
 
 
 
 
§ 7º Após os primeiros 6 (seis) meses de regime disciplinar diferenciado, o preso que não 
receber a visita de que trata o inciso III do caput deste artigo poderá, após prévio agendamento, 
ter contato telefônico, que será gravado, com uma pessoa da família, 2 (duas) vezes por mês e 
por 10 (dez) minutos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROGRESSÃO DE REGIME. 
§2º do Art. 33: As penas privativas de liberdade deverão ser executadas em forma progressiva, 
segundo o mérito do condenado, observados os seguintes critérios e ressalvadas as hipóteses 
de transferência a regime mais rigoroso: 
a) o condenado a pena superior a 8 (oito) anos deverá começar a cumpri-la em regime fechado; 
b) o condenado não reincidente, cuja pena seja superior a 4 (quatro) anos e não exceda a 8 
(oito), poderá, desde o princípio, cumpri-la em regime semi-aberto; 
c) o condenado não reincidente, cuja pena seja igual ou inferior a 4 (quatro) anos, poderá, desde 
o início, cumpri-la em regime aberto. 
§3º - A determinação do regime inicial de cumprimento da pena far-se-á com observância dos 
critérios previstos no art. 59 deste Código. 
§4º O condenado por crime contra a administração pública terá a progressão de regime do 
cumprimento da pena condicionada à reparação do dano que causou, ou à devolução do 
produto do ilícito praticado, com os acréscimos legais. 
 
SÚMULAS: 
Súmula 269 do STJ (Superior Tribunal de Justiça): "É admissível a adoção do regime prisional 
semiaberto aos reincidentes condenados a pena igual ou inferior a quatro anos se favoráveis as 
circunstâncias judiciais” Em regra o reincidente sempre começa no regime fechado. A ideia dessa 
súmula é evitar um pouco a chegada de pessoas reincidentes no regime fechado devido a 
superlotação dos presídios no Brasil, por isso deixaram a lei mais branda no caso da alínea ‘c’ do 
artigo 33, que é o caso mais brando de pena previsto neste artigo. 
 
Súmula 440 do STJ: "Fixada a pena-base no mínimo legal, é vedado o estabelecimento de 
regime prisional mais gravoso do que o cabível em razão da sanção imposta, com base apenas 
na gravidade abstrata do delito” 
 
O reincidente sempre vai sofrer as consequências mais gravosas possíveis, ou seja, sempre em 
regime fechado, desde que os crimes praticados por eles forem apenados com reclusão, porque 
somente a reclusão admite regime inicial fechado. Para os crimes apenados com detenção, na pior das 
hipóteses ele é colocado no regime semi-aberto (mesmo o reicindente) para iniciar o cumprimento de 
pena. 
 
PROGRESSÃO DE REGIME DEPOIS DO PACOTE ANTICRIME (Art. 112 da LEP) 
Crimes comuns: 
I – 16% para o primário em crime sem violência ou grave ameaça. 
II – 20% para o reincidente em crime sem violência ou grave ameaça. 
III – 25% para o primário em crime com violência ou grave ameaça. 
Crimes específicos: 
I – 40% para crime hediondo ou equiparado, se for primário. 
II – 50% para crime hediondo ou equiparado a hediondo, com resultado morte se for primário. 
É vedado o livramento condicional. 
III – 50% para quem exerce o comando, individual ou coletivo, de organização criminosa estruturada 
para a prática de crime hediondo ou equiparado. 
IV – 50% para crime de constituição de milícia privada. 
V – 60% para o reincidente na prática de crime hediondo ou equiparado. (nem benéfico nem maléfico, 
porque equivale a 3/5 prevista na lei antiga) 
VI – 70% para o reincidente em crime hediondo ou equiparado com resultado morte. 
É vedado o livramento condicional. 
 
§ 1º do artigo 112 da LEP.: Em todos os casos, o apenado só terá direito à progressão de regime 
se ostentar boa conduta carcerária, comprovada pelo diretor do estabelecimento, respeitadas as 
normas que vedam a progressão. 
§ 2º do artigo 112 da LEP.: A decisão do juiz que determinar a progressão de regime será 
sempre motivada e precedida de manifestação do Ministério Público e do defensor, 
procedimento que também será adotado na concessão de livramento condicional, indulto e 
comutação de penas, respeitados os prazos previstos nas normas vigentes. 
 
 
 
 
 
 
QUESTÃO: Ano: 2012. Banca: FGV. Órgão: OAB. Exame de Ordem Unificado - IX - Primeira Fase. 
(Reduzida) 
O sistema punitivo brasileiro é progressivo. Por meio dele o condenado passa do regime inicial 
de cumprimento de pena mais severo para regime mais brando, até alcançar o livramento 
condicional ou a liberdade definitiva. A respeito da progressão de regime, assinale a afirmativa 
correta. 
A) O sistema progressivo brasileiro é compatível com a progressão “por saltos”, consistente na 
possibilidade da passagem direta do regime fechado para o aberto. (ERRADO. Súmula 491 do 
STJ - É inadmissível a chamada progressão per saltum de regime prisional. Ou seja, do fechado 
tem que passar pelo semi fechado e só depois para o aberto, mas do aberto pode ir direto para 
o fechado) 
B) O cumprimento da pena privativa de liberdade nos crimes hediondos é uma exceção ao 
sistema progressivo. O condenado nesta modalidade criminosa deve iniciar e encerrar o 
cumprimento da pena no regime fechado, sem possibilidade de passagem para regime mais 
brando. (ERRADO. É possível a progressão de regime nos crimes hediondos. Além disso, 
segundo a lei dos crimes hediondos, o regime inicial é o fechado e depois tem progressão, mas 
o STF admite qualquer regime inicial para crime hediondo, inclusive o aberto) 
D) O pedido de progressão deve ser endereçado ao juízo sentenciante (errado, porque se o cara 
já está cumprindo pena, então o pedido de progressão deve ser endereçado ao juízo em 
execução), que decidirá independente de manifestação do Ministério Público. (Errado porque 
precisa da manifestação do MP) 
 
QUESTÃO: Ano: 2015. Banca: FCC. Órgão: TJ-RR. Prova para Juiz Substituto. 
Em matériade penas privativas de liberdade, correto afirmar que 
A) possível a fixação do regime inicial fechado para o condenado a pena de detenção, se 
reincidente. (ERRADO. Nos termos do artigo 33 do Código Penal, as penas de detenção são 
cumpridas inicialmente no regime aberto ou no semi-aberto, salvo quando necessário ser 
transferido para o regime fechado, o que se dá nas hipóteses previstas no artigo 36, § 2º, do 
Código Penal, que diz: O condenado será transferido do regime aberto, se praticar fato definido 
como crime doloso, se frustrar os fins da execução ou se, podendo, não pagar a multa 
cumulativamente aplicada. Art. 33 do CP.: A pena de reclusão deve ser cumprida em regime 
fechado, semi-aberto ou aberto. A de detenção, em regime semi-aberto, ou aberto, salvo 
necessidade de transferência a regime fechado.) 
B) o condenado por crime contra a Administração pública terá a progressão de regime do 
cumprimento de pena condicionada à reparação do dano que causou, ou à devolução do 
produto do ilícito praticado, com os acréscimos legais. (GABARITO) 
C) a determinação do regime inicial de cumprimento da pena far-se-á com observância dos 
mesmos critérios previstos para a fixação da pena-base, mas nada impede a opção por regime 
mais gravoso do que o cabível em razão da pena imposta, se a gravidade abstrata do delito 
assim o justificar. (ERRADO. A fixação de um regime de cumprimento de pena mais gravoso 
não pode se embasar na gravidade abstrata do crime, mas nos critérios previstos no artigo 59 
do Código Penal, que tratam das circunstâncias judiciais que são observadas à luz do caso 
concreto. SÚMULA 718 STF: “A opinião do julgador sobre a gravidade em abstrato do crime não 
constitui motivação idônea para a imposição de regime mais severo do que o permitido 
segundo a pena aplicada.” Entretanto, cabe citar a Súmula 719 do STF: “A imposição do regime 
de cumprimento mais severo do que a pena aplicada permitir exige motivação idônea.” No caso 
da assertiva não é uma motivação idônia, como diz a súmula 718 do STF.) 
D) inadmissível a adoção do regime inicial semiaberto para o condenado reincidente. (ERRADO. 
Súmula 269 do STJ.: “É admissível a adoção do regime prisional semi-aberto aos reincidentes 
condenados a pena igual ou inferior a quatro anos se favoráveis as circunstâncias judiciais.”) 
E) os condenados por crimes hediondos ou assemelhados, independentemente da data em que 
praticado o delito, só poderão progredir de regime após o cumprimento de 2/5 (dois quintos) da 
pena, se primários, e de 3/5 (três quintos), se reincidentes. (ERRADO. Essa questão é antiga, por 
isso está desatualizada, mas o que você precisa saber aqui é que cai perguntas sobre 
progressão de regime de crimes hediondos) 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUESTÃO: Ano: 2018. Banca: FCC. Órgão: ALESE. Prova para Analista Legislativo. 
Acerca das penas, suas espécies e sua cominação, o Código Penal dispõe que 
A) o condenado à pena privativa de liberdade superior a 7 anos deverá, obrigatoriamente, 
começar a cumpri-la em regime fechado. 
B) o condenado não reincidente, cuja pena privativa de liberdade seja superior a 6 anos e não 
exceda a 7, deverá, desde o princípio, cumpri-la em regime semiaberto. 
C) o condenado não reincidente, cuja pena privativa de liberdade seja superior a 5 anos e não 
exceda a 7, deverá, desde o início, cumpri-la em regime aberto. 
D) as penas privativas de liberdade deverão ser executadas em forma regressiva, segundo o 
mérito do condenado. 
E) o condenado por crime contra a Administração pública terá a progressão de regime do 
cumprimento da pena condicionada à reparação do dano que causou, ou à devolução do 
produto do ilícito praticado, com os acréscimos legais. (GABARITO. §4º do artigo 33) 
 
QUESTÃO: Ano: 2009. Banca: VUNESP. Órgão: TJ-MS. Prova para Titular de Serviços de Notas e 
de Registros. (reduzida) 
A, primário, foi condenado por tentativa de roubo qualificado à pena de 2 anos e 8 meses de 
reclusão e multa. O juiz, ao aplicar a pena, 
A) deverá fixar o regime fechado para o cumprimento inicial por tratar-se de crime praticado 
com violência contra a pessoa. (ERRADO. O regime fechado será resguardado aos condenados 
a pena superior a 8 (oito) anos.) 
E) poderá fixar o regime aberto para o cumprimento inicial da pena privativa de liberdade. 
(GABARITO) 
 
QUESTÃO: Ano: 2018. Banca: IBFC. Órgão: SEAP-MG. Prova para Agente de Segurança 
Penitenciário. As penas privativas de liberdade devem ser executadas em forma progressiva, 
segundo o mérito do condenado, observados determinados critérios e ressalvadas as hipóteses 
de transferência a regime mais rigoroso. Nesse sentido, assinale a alternativa correta: 
A) o condenado a pena superior a 8 (oito) anos deve começar a cumpri-la em regime semi-
aberto 
B) o condenado não reincidente, cuja pena seja superior a 4 (quatro) anos e não exceda a 8 
(oito), deve cumpri-la em regime fechado 
C) o condenado não reincidente, cuja pena seja igual ou inferior a 4 (quatro) anos, poderá, 
desde o início, cumpri-la em regime semi-aberto 
D) o condenado por crime contra a administração pública deve ter a progressão de regime do 
cumprimento da pena condicionada à reparação do dano que causou, ou à devolução do 
produto do ilícito praticado, com os acréscimos legais (GABARITO) 
E) ao condenado transferido para o regime disciplinar diferenciado é vedada a realização de 
exame criminológico de classificação para individualização da execução 
 
QUESTÃO: Ano: 2019. Banca: Instituto Consulplan. Órgão: MPE-SC. Prova para Promotor de 
Justiça. 
Nos termos da Lei de Execução Penal, no caso de mulher gestante ou que for mãe ou 
responsável por crianças, adolescentes ou pessoas com deficiência, os requisitos para 
progressão de regime são, cumulativamente: não ter cometido crime com violência ou grave 
ameaça a pessoa; não ter cometido o crime contra seu filho ou dependente; ter cumprido ao 
menos 1/8 (um oitavo) da pena no regime anterior; ser primária e ter bom comportamento 
carcerário, comprovado pelo diretor do estabelecimento; e não ter integrado organização 
criminosa. 
ERRADO. Apenas o que está sublinhado está errado. Art. 112, §3º da LEP.: No caso de mulher 
gestante ou que for mãe ou responsável por crianças ou pessoas com deficiência, os requisitos 
para progressão de regime são, cumulativamente: 
I - não ter cometido crime com violência ou grave ameaça a pessoa; 
II - não ter cometido o crime contra seu filho ou dependente; 
III - ter cumprido ao menos 1/8 (um oitavo) da pena no regime anterior; 
IV - ser primária e ter bom comportamento carcerário, comprovado pelo diretor do 
estabelecimento; 
V - não ter integrado organização criminosa. 
 
 
 
 
 
QUESTÃO: A falta de estabelecimento penal adequado não autoriza a manutenção do 
condenado em regime prisional mais gravoso. 
CERTO. Súmula vinculante 56 do STF: A falta de estabelecimento penal adequado não autoriza 
a manutenção do condenado em regime prisional mais gravoso, devendo-se observar, nessa 
hipótese, os parâmetros fixados no RE 641.320/RS. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REGRESSÃO DE REGIME. 
Artigo 118 da LEP - Lei de Execução Penal (lei nº 7.210/84) 
Art. 118. A execução da pena privativa de liberdade ficará sujeita à forma regressiva, com a 
transferência para QUALQUER DOS REGIMES MAIS RIGOROSOS (ou seja, existe per saltum na 
regressão de regime. Admite-se per saltum do regime aberto para o fecado nos casos de 
detenção, que em tese não se admite regime fechado. Admite-se per saltum do regime aberto 
para o fechado em crimes em que o regime inicial do crime é semi-aberto ou aberto), quando o 
condenado: 
I - praticar fato definido como crime doloso ou falta grave (falta grave é o camarada ser achado 
com um celular; estar com instrumentos cortantes; fugir, etc. Falta grave está no rol taxativo do 
aritgo 50 da LEP.); 
II - sofrer condenação, por crime anterior, cuja pena, somada ao restante da pena em execução,torne incabível o regime. 
§ 1° O condenado será transferido do regime aberto se, além das hipóteses referidas nos 
incisos anteriores, frustrar os fins da execução ou não pagar, podendo, a multa 
cumulativamente imposta. 
§ 2º Nas hipóteses do inciso I e do parágrafo anterior, deverá ser ouvido previamente o 
condenado. 
§ 2º do Art. 75 do CP.: Sobrevindo condenação por fato posterior ao início do cumprimento da 
pena, far-se-á nova unificação, desprezando-se, para esse fim, o período de pena já cumprido. 
Art. 111 da LEP (LEI 7.210/84).: Quando houver condenação por mais de um crime, no mesmo 
processo ou em processos distintos, a determinação do regime de cumprimento será feita pelo 
resultado da soma ou unificação das penas, observada, quando for o caso, a detração ou 
remição. Parágrafo único. Sobrevindo condenação no curso da execução, somar-se-á a pena ao 
restante da que está sendo cumprida, para determinação do regime. 
 
QUESTÃO: Ano: 2012. Banca: FGV. Órgão: OAB. Prova para Exame de Ordem Unificado - VII - 
Primeira Fase. 
Pitágoras foi definitivamente condenado, com sentença penal condenatória transitada em 
julgado, à pena de 6 (seis) anos de reclusão a ser cumprida, inicialmente, em regime semi-
aberto. Cerca de quatro meses após o início do cumprimento da pena privativa de liberdade, 
sobreveio nova condenação definitiva, desta vez a 3 (três) anos de reclusão no regime inicial 
aberto, em virtude da prática de crime anterior. Atento ao caso narrado, bem como às 
disposições pertinentes ao tema presentes tanto no código penal quanto na lei de execuções 
penais, é correto afirmar que 
A) Pitágoras poderá continuar a cumprir a pena no regime semiaberto. 
B) Pitágoras deverá regredir para o regime fechado. (GABARITO) 
C) Pitágoras deverá regredir de regime porque a nova condenação significa cometimento de 
falta grave. 
D) prevalece o regime isolado de cada uma das condenações, devendo-se executar primeiro a 
pena mais grave. 
COMENTÁRIO: 
Art. 118 da LEP (LEI 7.210/84). A execução da pena privativa de liberdade ficará sujeita à forma 
regressiva, com a transferência para qualquer dos regimes mais rigorosos, quando o 
condenado: II - sofrer condenação, por crime anterior, cuja pena, somada ao restante da pena 
em execução, torne incabível o regime. 
O camarada conseguiu 9 anos de pena de privação de liberdade, o que o leva a regressão para o 
regime fechado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUESTÃO: Ano: 2014. Banca: FGV. Órgão: OAB. Prova para Exame de Ordem Unificado - XV - 
Tipo 1 – Branca. 
Daniel foi condenado à pena privativa de liberdade de 06 anos de reclusão, em regime inicial 
fechado, pela prática do delito de estupro (Art. 213, do Código Penal). Tendo decorrido lapso 
temporal para progressão de regime prisional e ostentando o reeducando bom comportamento 
carcerário, sua defesa pleiteou a concessão do benefício. Em 26/07/2013, o Juízo das 
Execuções, tendo em vista a necessidade de melhor aferição do requisito subjetivo, determinou 
a realização de exame criminológico, em decisão devidamente fundamentada. Sobre o caso 
apresentado, segundo entendimento sumulado nos Tribunais Superiores, assinale a opção 
correta. 
A) Agiu corretamente o magistrado, eis que é possível a realização de exame criminológico 
pelas peculiaridades do caso, desde que em decisão motivada. (GABARITO. Súmula 439 do 
STJ: “Admite-se o exame criminológico pelas peculiaridades do caso, desde que em decisão 
motivada.” Além disso é uma regra do regime fechado. Art. 34 do CP.: O condenado será 
submetido, no início do cumprimento da pena (em regime fechado), a exame criminológico de 
classificação para individualização da execução. 
B) Agiu corretamente o magistrado, pois a realização de exame criminológico é sempre 
necessária. 
C) Não agiu corretamente o magistrado, uma vez que não é possível a realização de exame 
criminológico. 
D) Não agiu corretamente o magistrado, na medida em que o exame criminológico só poderá ser 
realizado no caso de crimes graves e hediondos. 
 
QUESTÃO: Ano: 2014. Banca: FGV. Órgão: OAB. Prova para OAB - Exame de Ordem Unificado - 
XIV - Primeira Fase. 
Washington foi condenado à pena de 5 anos e 4 meses de reclusão e ao pagamento de 10 dias-
multa pela prática do delito de roubo (Art. 157, do CP), em regime semiaberto, tendo iniciado o 
cumprimento da pena logo após a publicação da sentença condenatória. Decorrido certo lapso 
temporal, a defesa de Washington pleiteia a progressão de regime prisional ao argumento de 
que, com a remição de pena a que faz jus, já cumpriu a fração necessária para ser agraciado 
com o avanço prisional, estando, assim, presente o requisito objetivo. Washington ostentaria, 
ainda, bom comportamento carcerário, atestado pelo diretor do estabelecimento prisional. Na 
decisão, o juiz a quo concedeu a progressão para o regime aberto, mediante a condição 
especial de prestação de serviços à comunidade (Art. 43, IV, do CP). De acordo com 
entendimento sumulado pelo Superior Tribunal de Justiça, assinale a opção correta. 
A) O magistrado não agiu corretamente, eis que é inadmissível a fixação de prestação de 
serviços à comunidade (Art. 43, IV, do CP) como condição especial para o regime aberto. 
(GABARITO. Súmula 493 do STJ: “É inadmissível a fixação de pena substitutiva (art. 44 do CP) 
como condição especial ao regime aberto.”) 
B) O magistrado agiu corretamente, uma vez que é admissível a fixação de prestação de 
serviços à comunidade (Art. 43, IV, do CP) como condição especial para o regime aberto. 
C) O magistrado não agiu corretamente, tendo em vista que deveria ter fixado mais de uma pena 
substitutiva prevista no Art. 44, do CP, como condição especial para a concessão do regime 
aberto. 
D) O magistrado agiu corretamente, pois poderia estabelecer qualquer condição como requisito 
para a concessão do regime aberto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PENAS RESTRITIVAS DE DIREITOS. 
Código Penal: 
Art. 32: As penas são: 
I - privativas de liberdade (As penas privativas de liberdade são: Reclusão; Detenção; Prisão 
Simples); 
II - restritivas de direitos; 
III - de multa. 
 
As penas restritivas de direitos são penas alternativas às penas privativas de liberdade e têm como 
base a política criminal, devido a superlotação das penitenciárias e visando a resocialização. 
Obviamente não cabe aos casos mais “sérios”. As penas restritivas de direito são aplicadas como 
substituição da privativa de liberdade, uma verdadeira conversão desta para aquela, por isso é possível 
também a desconversão, se o agente descumprir os requisitos. Com isso, é correto afirmar que existe 
uma diferença no conceito de PENAS ALTERNATIVAS, que é quando ocorre essa 
conversão/substituição, e ALTERNATIVA À PENA, que é quando o CP traz como punição do crime 
uma restrição de direito desde logo, ao invés da prisão. Nesse último caso, é impossível que a pena 
restritiva de direito seja convertida em prisão. 
 
As penas restritivas de direitos são: 
- Prestação pecuniária; 
- Perda de bens e valores; 
- Prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas; 
- Interdição temporária de direitos; 
- Limitação de final de semana. 
 
O Sursi não é uma pena restritiva de direito, porque ela não substitui a pena de prisão. O sursi mantém 
a pena privativa de liberdade, mas suspende ou modifica a sua execução. O sursi é uma MEDIDA 
ALTERNATIVA. 
 
Essas definições de PENAS ALTERNATIVAS; ALTERNATIVA À PENA e MEDIDA ALTERNATIVA 
estão no livro do Rogério Sanches Cunha, por isso pode ser uma pergunta na fase oral. 
 
Sobre as penas restritivas de direito, prevalece que o juiz não só pode como DEVE fazer a 
substituição/conversão da pena privativa de liberdade em pena restritiva de direito quando o réu estiver 
preenchido os requisitos, logo é um poder dever do Juiz. 
 
As penas restritivas de direito de natureza real são aquelas que atingem o patrimônio do réu (que são 
as prestações pecuniárias e perda de bens e valores), já as penas restritivas de direito de natureza 
pessoalsão aquelas que atingem a pessoa do condenado (que são as outras três). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUESTÃO objetiva da prova da magistratura do TRT 3ª Região. 
Discorra sobre as características das penas restritivas de direito. 
O texto da lei descreve duas características das penas restritiva de direito: Elas são autônomas e 
substitutivas. Ser autônoma significa que o juiz aplica as restritivas de direito no lugar das privativas de 
liberdade e não como acessórias às privativas de liberdade. Isso significa que as penas restritivas de 
direito não podem ser cumuladas com a privativas de liberdade. Entretanto, excepcionalmente existe a 
possibilidade de a pena restritiva de liberdade ser aplicada cumulativamente à pena privativa de 
liberdade. Essas exceções encontram-se no Código de Trânsito Brasileiro e no artigo 78 do Código de 
Defesa do Consumidor. 
A segunda característica é um desdobramento lógico da primeira, é a característica da substitutividade. 
O juiz fixa a pena privativa de liberdade e na mesma sentença ele substitui pela restritiva de direito. 
Isso permite a desconversão, se descumprido os requisitos de maneira injustificada pelo réu. 
 
É importante saber que em regra as penas restritivas de direito terão a mesma duração das penas 
privativas de liberdade substituída. Existem algumas exceções a essa regra. 
1º exceção: Penas restritiva de direito de natureza real (Prestação pecuniária e Perda de bens e 
valores) 
2ª exceção: Prestação de serviço à comunidade ou a entidades públicas. Art. 46, §4º do CP.: Se a 
pena substituída for superior a um ano, é facultado ao condenado cumprir a pena substitutiva 
em menor tempo (art. 55), nunca inferior à metade da pena privativa de liberdade fixada. 
3ª exceção: O estatudo do torcedor traz um caso em que o condenado que tem a pena privativa de 
liberdade substituída por uma restritiva de direito deverá cumprir a restritiva de direito por um tempo 
maior que aquela que foi substituída (é no caso do crime de provocar tumulto nos estádios).. 
4ª exceção: Lei de Abuso de Autoridade 13.869/2019. Essa lei traz penas alternativas (para alguns 
crimes), que são penas de suspensão do cargo, emprego ou função pública pelo prazo de 1 a 6 
meses. Esse prazo da suspensão é um prazo absolutamente distinto das penas impostas nos crimes 
de abuso de autoridade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Penas restritivas de direito no CP.: 
Art. 43 (Penas restritivas de direitos) - As penas restritivas de direitos são: 
I - prestação pecuniária; 
II - perda de bens e valores; 
III - limitação de fim de semana. 
IV - prestação de serviço à comunidade ou a entidades públicas; 
V - interdição temporária de direitos; 
VI - limitação de fim de semana. 
Art. 44. As penas restritivas de direitos são autônomas e substituem as privativas de liberdade, 
quando: 
I – aplicada pena privativa de liberdade não superior a quatro anos e o crime não for cometido 
com violência ou grave ameaça à pessoa ou, qualquer que seja a pena aplicada, se o crime for 
culposo; 
II – o réu não for reincidente em crime doloso; (Há exceção. Ver o parágrafo 3º. Essa excessão 
não se aplica no sursi penal nem no sursi processual nem no livramento condicional. Ou seja, 
estará certa a afirmação da questão que falar que não se aplica o benefício dos sursis ou do 
livramento condicional ao reincidente em crime doloso. E estará errada a afirmação que falar 
que não se aplica a substituição/conversão de pena privativa de liberdade em restritiva de 
direitos ao reincidente em crime doloso) 
III – a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do condenado, bem 
como os motivos e as circunstâncias indicarem que essa substituição seja suficiente. 
§ 1º (VETADO) 
§ 2º Na condenação igual ou inferior a um ano, a substituição pode ser feita por multa ou por 
uma pena restritiva de direitos; se superior a um ano, a pena privativa de liberdade pode ser 
substituída por uma pena restritiva de direitos e multa ou por duas restritivas de direitos. 
§ 3º Se o condenado for reincidente, o juiz poderá aplicar a substituição, desde que, em face de 
condenação anterior, a medida seja socialmente recomendável e a reincidência não se tenha 
operado em virtude da prática do mesmo crime. 
§ 4º (Revogação da substituição obrigatória) A pena restritiva de direitos converte-se em 
privativa de liberdade quando ocorrer o descumprimento INJUSTIFICADO da restrição imposta. 
No cálculo da pena privativa de liberdade a executar será deduzido o tempo cumprido da pena 
restritiva de direitos, respeitado o saldo mínimo de trinta dias de detenção ou reclusão. (É o 
único caso de revogação obrigatória da substituição de pena privativa de liberdade por 
restritiva de direitos) 
§ 5ª (revogação facultativa da substituição) Sobrevindo condenação a pena privativa de 
liberdade, por outro crime, o juiz da execução penal decidirá sobre a conversão, podendo deixar 
de aplicá-la se for possível ao condenado cumprir a pena substitutiva anterior. (Se isso ocorrer 
durant o benefício de livramento condicional. O benefício deverá ser revogado, independente se 
o crime é doloso ou culposo. Se isso acontecer durante o benefício de suspensão condicional 
da pena, o benefício poderá ser revogado se o crime superveniente for culposo e deverá ser 
revogado se o crime superveniente for doloso) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aquii - QUESTÃO: Ano: 2013. Banca: MPE-SC. Órgão: MPE-SC. Prova para Promotor de Justiça. 
Nos termos do Código Penal, a suspensão condicional da pena PODERÁ ser revogada se o 
condenado descumpre qualquer outra condição imposta ou é irrecorrivelmente condenado, por 
crime ou contravenção, a pena privativa de liberdade ou restritiva de direitos. 
ERRADO. SOBRE REVOGAÇÃO DOS BENEFÍCIOS: 
 
Art. 81, § 1º (revogação facultativa da suspensão condicional da pena) - A suspensão poderá ser 
revogada se o condenado descumpre qualquer outra condição imposta ou é irrecorrivelmente 
condenado, por crime culposo ou por contravenção, a pena privativa de liberdade ou restritiva 
de direitos. 
Art. 81 (Revogação obrigatória da suspensão condicional da pena) - A suspensão será revogada 
se, no curso do prazo, o beneficiário: 
I - é condenado, em sentença irrecorrível, por crime doloso; 
II - frustra, embora solvente, a execução de pena de multa ou não efetua, sem motivo justificado, 
a reparação do dano; 
III - descumpre a condição do § 1º do art. 78 deste Código 
Art. 78, § 1º - No primeiro ano do prazo, deverá o condenado prestar serviços à comunidade (art. 
46) ou submeter-se à limitação de fim de semana (art. 48) 
 
Revogação obrigatória das penas restritivas de direitos: Art. 44, §4º - A pena restritiva de 
direitos converte-se em privativa de liberdade quando ocorrer o DESCUMPRIMENTO 
INJUSTIFICADO da restrição imposta. No cálculo da pena privativa de liberdade a executar será 
deduzido o tempo cumprido da pena restritiva de direitos, respeitado o saldo mínimo de trinta 
dias de detenção ou reclusão. (no caso de revogação do livramento condicional, o prazo reinicia 
do 0) 
Revogação facultativa das penas restritivas de direitos: Art. 44, § 5º - Sobrevindo condenação a 
pena privativa de liberdade, por outro crime, o juiz da execução penal decidirá sobre a 
conversão, podendo deixar de aplicá-la se for possível ao condenado cumprir a pena 
substitutiva anterior. 
 
Revogação obrigatória do livramento condicional da pena: Art. 86 - Revoga-se o livramento, se o 
liberado vem a ser condenado a pena privativa de liberdade, em sentença irrecorrível: 
I - por crime cometido durante a vigência do benefício; 
II - por crime anterior, observado o disposto no art. 84 deste Código. 
Revogação facultativa do livramento condicional da pena: Art. 87 - O juiz poderá, também, 
revogar o livramento, se o liberado deixar de cumprir qualquer das obrigações constantes da 
sentença, ou for irrecorrivelmente condenado, por crime ou contravenção, a pena

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