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RESUMO - TEORIA DAS PENAS

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Teori� da� Pena�
- INTRODUÇÃO -
Sançã� Pena�
É a punição retributiva, dada pelo Estado, ao indivíduo
que praticou delito. Tem por sua vez dupla função de
prevenir e punir a prática do crime, através da
reeducação e intimidação coletiva. Essa dupla função faz
parte da sua natureza mista e está descrita no caput do
artigo 59 do CP.
Na prevenção geral, descrita na parte geral do CP -
encontramos formas de punição sócio-educativas, que
tem por finalidade educar a sociedade de forma que não
venham a praticar delitos.
Na prevenção especial, descrita na parte especial do CP
- a punição é direcionada ao indivíduo praticante do
delito, retirando-o do convívio social para impedir novos
crimes e corrigi-lo.
Característica� d� Pen�
(Princípios constitucionais)
1. Legalidade - impõe que uma ação ou omissão só
poderá ser considerada crime, se houver uma lei
definindo aquela conduta como crime antes de ela
ser praticada.
2. Anterioridade - ninguém pode ser penalmente
punido por um fato que não esteja previamente
tipificado como crime e sancionado pela lei antes de
sua prática.
3. Personalidade - a pena é personalíssima, atinge
apenas o autor do crime.
4. Individualidade - a pena deve ser individualizada,
evitando-se a padronização da sanção penal. Para
cada crime tem-se uma pena que varia de acordo
com a personalidade do agente, o meio de execução
etc.
5. Proporcionalidade - devem ser proporcionais à
gravidade do crime, ele determina que a pena não
pode ser superior ao grau de responsabilidade pela
prática do fato. Significa que a pena deve ser medida
pela culpabilidade do autor. Daí diz-se que a
culpabilidade é a medida da pena.
6. Humanidade - não será admitida penas que
ataquem a dignidade da pessoa humana, não são
aceitas penas de morte (salvo em caso de guerra),
perpétuas, cruéis, dentre outras.
7. Inderrogabilidade - a pena será cumprida de acordo
com a legalidade. Ocorre quando existem todos
requisitos necessários para a condenação, e a pena
não pode deixar de ser aplicada e de ser cumprida
integralmente.
Classificaçã� da� Pena�
1. Privativas de Liberdade
❖ Reclusão - é aplicada a condenações mais
severas, o regime de cumprimento pode ser
fechado, semiaberto ou aberto, e normalmente
é cumprida em estabelecimentos de segurança
máxima ou média.
❖ Detenção - é aplicada para condenações mais
leves e não admite que o início do cumprimento
seja no regime fechado. Em regra, a detenção é
cumprida no regime semiaberto, em
estabelecimentos menos rigorosos como
colônias agrícolas, industriais ou similares, ou
em regime aberto, nas casas de albergado ou
estabelecimento adequados.
❖ Prisão Simples (lei de contravenções penais) - é
a pena para condutas descritas como
contravenções, que são infrações penais de
menor lesividade. O cumprimento ocorre sem
rigor penitenciário em estabelecimento especial
ou seção especial de prisão comum, em regime
aberto ou semiaberto.
2. Privativas de Direitos
❖ Perda de bens e valores - (civil)
❖ Prestação de serviços à comunidade,
❖ Interdição temporária de direitos,
❖ Limitação de finais de semana;
3. Pecuniárias - Multa
Regim� Penitenciári�
O Brasil adotou um sistema progressivo, visando a
ressocialização do indivíduo. Devendo, portanto, as penas
privativas de liberdade ser executadas de forma
progressiva, segundo o mérito do condenado.
Caso o condenado inicie o cumprimento da pena em
regime fechado, haverá os seguintes estágios:
1) Trabalho comum diurno com isolamento noturno;
2) Transferência para regime semiaberto e aberto,
sucessivamente.
3) Livramento condicional.
As mesmas regras, aplicam-se ao regime semiaberto,
com exceção do isolamento noturno.
A Lei de Execuções Penais (LEP) adotou o sistema de
remição, onde o condenado em regime fechado ou
semiaberto poderá remir pelo trabalho e/ou pelo estudo
parte da execução de sua pena. Essa modalidade atinge
também o regime aberto e o livramento condicional.
Pena� Privativa� d� Liberdad�
- REGIME INICIAL -
até 4 anos 4 à 8 anos acima de 8
Prisão Simples ABERTO ABERTO ABERTO
Reclusão ABERTO SEMIABERTO SEMIABERTO
@dejure_etdefacto
Detenção ABERTO SEMIABERTO FECHADO
- REGIMES -
ABERTO SEMIABERTO FECHADO
Local* CASA DE
ALBERGADO
COLÔNIA
AGRÍCOLA
PENITENCIÁRIA
DE SEG. MAX
Trabalho EXTERNO
CONTA
PRÓPRIA
DENTRO DA
COLÔNIA
(CADEIA)
DOMÉSTICO
OU
ADMINISTRATIVO
Repouso NO
ALBERGADO
APOSENTO
COLETIVO NA
COLÔNIA
CELAS
INDIVIDUAIS
Saídas CONTROLE
DO JUIZ
TEMPORÁRIAS
(5X POR ANO)
AUTORIZAÇÃO
DE SAÍDA
Remição SÓ ESTUDO TRABALHO
E/OU ESTUDO
TRABALHO
E/OU ESTUDO
*Estabelecimento
OBSERVAÇÕES:
- No regime aberto, o trabalho é obrigatório, portanto,
não pode ser utilizado como forma de remição.
- Reincidentes sempre cumprem o pior regime previsto
para seu delito. Ou regride do fechado para o RDD, ou do
semiaberto para o fechado.
- Para crimes enquadrados como TERRORISMO, TRÁFICO
DE DROGAS, TORTURA e CRIME HEDIONDO (TTTCH) - o
regime inicial será sempre FECHADO.
Regras do Regime Fechado - o condenado passará por
exame criminológico de classificação para
individualização da pena. O trabalho ocorrerá dentro do
estabelecimento penal de acordo com suas aptidões e
ocupações anteriores. É admissível trabalho externo em
serviços ou obras públicas.
Regras do Regime Semiaberto - o condenado passará por
exame criminológico de classificação para
individualização da pena. O trabalho ocorrerá dentro da
colônia agrícola ou industrial. É admissível trabalho
externo, bem como frequência em cursos
profissionalizantes, segundo grau ou superior.
Regim� Disciplina� Diferenciad� (RDD)
É o regime destinado aos presos que cometem falta
grave (rebelião), ou praticam crime doloso dentro do
estabelecimento prisional, causando subversão da ordem
ou da disciplina, é destinado também, para participantes
de Organizações Criminosas ou de Milícias Privadas.
Progressã� - para usufruir da progressão o condenado
deve ter cumprido parte da pena privativa de liberdade e
satisfazer as exigências legais que indicam os requisitos
para a progressão.
↱ Réu Primário
16%→ ⅓ da pena
↳ Crime SEM violência
20%→ Condenado Reincidente
↳ Crime SEM violência
25%→ Réu Primário
↳ Crime COM violência
30%→ Réu Reincidente
↳ Crime COM violência
40%→ Réu Primário
↳ Crime Hediondo SEM Morte
↳ (TTTCH)
↱ Réu Primário
50%→ Organização Criminosa e Milícia
↳ Crime Hediondo COM morte
↳ (TTTCH)
60%→ Réu Reincidente 2x
↳ Crime Hediondo SEM Morte
↳ (TTTCH)
70%→ Réu Reincidente 2x
↳ Crime Hediondo COM Morte
↳ (TTTCH)
Detraçã� - trata-se da redução de tempo da pena
privativa de liberdade e da medida de segurança, o
tempo em que o condenado esteve em: prisão provisória
(medida cautelar - prisão em flagrante, prisão preventiva
e temporária), administrativa, internação em hospital ou
manicômio. Sua aplicação depende do nexo de
causalidade entre a prisão provisória e a privativa de
liberdade.
Regressã� - trata-se da volta do condenado ao regime
mais gravoso por ter descumprido as condições impostas
para ingresso e permanência no regime mais brando.
Podem ocorrer quando: Praticar crime doloso; falta
grave, nova condenação irrecorrível, não pagamento de
multa cumulativa (regime aberto).
Remiçã� - trata-se da possibilidade do condenado em
regime fechado ou semiaberto de remir, por trabalho ou
por estudo parte do tempo e de execução da pena.
Pena� Restritiva� d� Direit��
As penas restritivas de direitos, também conhecidas
como alternativas penais, são sanções penais que
restringem o acesso do indivíduo a bens como o seu
patrimônio, a sua liberdade de trabalho, a sua liberdade
de frequência a determinados lazeres, seu acesso a
determinados serviços públicos e também restrição
parcial da sua liberdade.
São elas:
❖ Prestação de serviços à comunidade - 1h de serviço
social para cada dia de condenação.
❖ Perda de bens e valores - perda do provento ou do
produto do crime, com valor sendo revestido para a
Secretaria de Administração Penitenciária (FUNDEN).
@dejure_etdefacto
❖ Restritiva de Direitos - Interdição temporária de
direitos: proibição de exercíciode cargo ou função
pública, proibição de exercício de profissão que
dependa de licença ou habilitação especial para
exercício, Proibição de frequentar alguns locais,
proibição de habilitação para dirigir (aviões ou
embarcações), proibição em participar de provas,
exames ou concursos públicos.
❖ Restritivas de Liberdade - limitação de finais de
semana;
❖ Pecuniária (ou inominada) - implicam na diminuição
do patrimônio do agente, em favor da vítima ou seus
herdeiros, prestação inominada e perda de bens e
valores. Pode ser substituída por doação social.
OBSERVAÇÕES:
- Não confundir prestação pecuniária com multa, a multa
não pode ser convertida em pena privativa de liberdade,
para fins de execução ou dívida de valor. Já as
alternativas pecuniárias, admitem conversão.
São aplicadas:
a crimes dolosos (com intenção)
- com pena até 1 ano = 1 restritiva de direitos ou
multa vicariante
- com pena até 4 anos = 2 restritivas de direitos ou 1
restritiva de direito e multa vicariante
a crimes culposos (sem intenção)
- para qualquer cominação de pena.
Conve�sã� - Pode ser convertida, aplicando-se a
detração, em pena privativa de liberdade, caso o
condenado venha a descumprir injustificadamente
normas legais para a modalidade de restrição de direitos,
ou sofrer nova condenação irrecorrível, que impeça a
continuidade do cumprimento.
Pen� d� Mult�
O CP adotou o critério dia-multa, que não está
cominada na norma penal incriminadora, que faz
referência apenas a multa. Ela deve ser fixada pelo juiz,
variando de no mínimo 10 dias-multa a, no máximo 360
dias-multa (um ano).
O valor da multa deve ser fixado no momento da
sentença não podendo ser inferior a um trigésimo do
salário mínimo mensal vigente no ano da sentença, nem
superior a 5x esse salário.
O valor arrecadado, sempre que a condenação for
proveniente da Justiça Comum, será revertido em favor
do Fundo Penitenciário, vinculado à Secretaria Estadual -
da localidade onde corre o processo.
São possíveis duas espécies:
1 - Multa indicada no tipo penal incriminador;
2 - Multa substitutiva ou vicariante (genérica);
O não pagamento da multa, será considerado dívida de
valor, aplicando-se a situação às normas da dívida ativa
da fazenda. Não podendo ser convertida em pena de
detenção no caso de inadimplemento.
Mult� Vicariant� (ou substitutiva)
É a substituição da pena privativa de liberdade aplicada
ao réu, por dias-multa, quando atendidos os seguintes
requisitos: (I) pena imposta de 6 meses ou menos; (II) não
reincidente de crime doloso; (III) culpabilidade,
antecedentes, personalidade, conduta social e motivos
do crime são favoráveis ao agente. Ou seja , a pena
aplicada de um ano ou menos exige que o crime tenha
sido cometido sem violência ou grave ameaça.
Para que ocorra a substituição, é necessário primeiro
que se fixe a pena privativa de liberdade. Sua fixação não
precisa corresponder a quantidade de dias-multa com a
quantidade de pena privativa de liberdade. Ficando o juiz
livre para fixar os dias-multa e o valor de cada um deles.
Por não se tratar de pena restritiva de direitos, essa
modalidade de multa não pode ser convertida em
detenção, vigorando portanto a dívida de valor tratada
anteriormente.
D�simetri� d� Pen�
É o procedimento no qual o magistrado, utilizando-se
do sistema trifásico de cálculo, define a condenação com
base nas próprias convicções e nos critérios previstos
abstratamente pelo legislador em lei.
Tip� Pena� Incriminado� - É a descrição abstrata,
estabelecida em norma penal incriminadora, de
comportamentos do agente capazes de violar bem
juridicamente protegido. Elas indicam também o mínimo
e máxima a ser aplicado na dosimetria da pena.
Exemplo - art. 121 CP
Tipo penal
Art. 121. Matar alguém:↗
Pena - reclusão, de seis a vinte anos.
indica as margens de aplicação da pena↙
↳ (o juiz trabalha dentro dessas margens)
Princípi� d� Individualizaçã� da� Pena�
Por esse princípio, a pena deve ser individualizada nos
planos legislativo, judiciário e executório, evitando-se a
padronização da sanção penal. Para cada crime tem-se
uma pena que varia de acordo com a personalidade do
agente, o meio de execução etc.
Sistem� Trifásic� (art. 68)
Art. 68 - A pena-base será fixada atendendo-se ao critério do
art. 59 deste Código; em seguida serão consideradas as
circunstâncias atenuantes e agravantes; por último, as causas
de diminuição e de aumento.
Parágrafo único - No concurso de causas de aumento ou
de diminuição previstas na parte especial, pode o juiz limitar-se
a um só aumento ou a uma só diminuição, prevalecendo,
todavia, a causa que mais aumente ou diminua.
@dejure_etdefacto
A valoração das circunstâncias judiciais do art. 59 do
CP – é discricionariedade vinculada.
1º Fas� - a pena base é fixada de acordo com as
circunstâncias judiciais indicadas no (art 59), são elas:
1. culpabilidade - grau de culpa
2. antecedentes - todas as condenações definitivas -
(transitadas em julgado) - que não sejam
reincidentes (art. 63 e 64)
Art. 63 - Verifica-se a reincidência quando o agente comete
novo crime, depois de transitar em julgado a sentença que, no
País ou no estrangeiro, o tenha condenado por crime anterior.
Art. 64 - Para efeito de reincidência:
I - não prevalece a condenação anterior, se entre a data
do cumprimento ou extinção da pena e a infração posterior
tiver decorrido período de tempo superior a 5 (cinco) anos,
computado o período de prova da suspensão ou do
livramento condicional, se não ocorrer revogação;
II - não se consideram os crimes militares próprios e
políticos.
3. conduta social - estilo de vida inadequado
4. personalidade - moral e psicológico
5. motivo - pode ser favorável
6. circunstância do crimes - modo de execução do
crime
7. consequência do crime - efeitos não naturais do
delito (Ex: filho testemunha o estupro da mãe)
8. comportamento da vítima - também pode ser
favorável ao réu - podendo diminuir a pena em ⅛
(um oitavo).
ATENÇÃO!!
- Por tradição, o juiz determina aumento ou
diminuição de ⅛ (um oitavo) da pena mínima para
cada uma das circunstâncias judiciais avaliadas.
- bis in idem - significa que ninguém pode ser julgado
mais do que uma vez pela prática do mesmo crime.
Na dosimetria da pena, no momento de avaliação
das circunstâncias, o juiz não pode se valer de
avaliações parecidas ou alheias ao caso em questão.
- Nesta fase o juiz, não pode exceder a pena máxima,
nem ficar abaixo da pena mínima indicada no tipo
penal.
2º Fas� - análise das agravantes e atenuantes - art 61,
62 (agravantes genéricas - aplicam-se a todos os crimes) -
art. 65, 66 (atenuantes) - é nesta fase que o advogado do réu
utiliza a lei em benefício do réu.
Agravantes (genéricas) - sempre aumenta ⅙ (um sexto)
da pena
Art. 61 - São circunstâncias que sempre agravam a pena,
quando não constituem ou qualificam o crime:
I - a reincidência;
II - ter o agente cometido o crime:
a) pormotivo fútil ou torpe;
b) para facilitar ou assegurar a execução, a ocultação,
a impunidade ou vantagem de outro crime;
c) à traição, de emboscada, oumediante dissimulação,
ou outro recurso que dificultou ou tornou impossível a
defesa do ofendido;
d) com emprego de veneno, fogo, explosivo, tortura ou
outro meio insidioso ou cruel, ou de que podia resultar
perigo comum;
e) contra ascendente, descendente, irmão ou cônjuge;
f) com abuso de autoridade ou prevalecendo-se de
relações domésticas, de coabitação ou de
hospitalidade, ou com violência contra a mulher na
forma da lei específica;
g) com abuso de poder ou violação de dever inerente a
cargo, ofício,ministério ou profissão;
h) contra criança,maior de 60 (sessenta) anos, enfermo
oumulher grávida;
i) quando o ofendido estava sob a imediata proteção da
autoridade;
j) em ocasião de incêndio, naufrágio, inundação ou
qualquer calamidade pública, ou de desgraça
particular do ofendido;
l) em estado de embriaguez preordenada.
Art. 62 (incide sobre o concurso de agentes)- A pena será
ainda agravada em relação ao agente que:
I - promove, ou organiza a cooperação no crime ou dirige
a atividadedos demais agentes;
II - coage ou induz outrem à execução material do crime;
III - instiga ou determina a cometer o crime alguém
sujeito à sua autoridade ou não-punível em virtude de
condição ou qualidade pessoal;
IV - executa o crime, ou nele participa,mediante paga ou
promessa de recompensa.
Atenuantes - sempre diminui ⅙ (um sexto) da pena
Art. 65 - São circunstâncias que sempre atenuam a pena:
I - ser o agente menor de 21 (vinte e um), na data do fato,
oumaior de 70 (setenta) anos, na data da sentença;
II - o desconhecimento da lei;
III - ter o agente:
a) cometido o crime por motivo de relevante valor
social oumoral;
b) procurado, por sua espontânea vontade e com
eficiência, logo após o crime, evitar-lhe ou minorar-lhe
as conseqüências, ou ter, antes do julgamento,
reparado o dano;
c) cometido o crime sob coação a que podia resistir, ou
em cumprimento de ordem de autoridade superior, ou
sob a influência de violenta emoção, provocada por ato
injusto da vítima;
d) confessado espontaneamente, perante a autoridade,
a autoria do crime;
e) cometido o crime sob a influência de multidão em
tumulto, se não o provocou.
Art. 66 - A pena poderá ser ainda atenuada em razão de
circunstância relevante, anterior ou posterior ao crime, embora
não prevista expressamente em lei.
ATENÇÃO!!
- Por tradição, o juiz determina aumento ou
diminuição de ⅙ (um sexto) da pena levantada na
primeira fase.
@dejure_etdefacto
- Nesta fase o juiz, não pode exceder a pena máxima,
nem ficar abaixo da pena mínima indicada no tipo
penal.
3º Fas� - análise dos casos de aumento (majorantes) e
diminuição (minorantes)
- Aqui não é preciso respeitar os limites do tipo penal
incriminador.
- É possível encontrar os casos de aumento e
diminuição indicadas nos próprios artigos (tipos
penais) - tanto na geral, quanto especial e
extravagante)
Após realizar o cálculo, o magistrado poderá:
1) determinar o regime inicial de cumprimento de pena
2) verificar a possibilidade de concessão de benefícios:
- conversão de pena privativa de liberdade por
restritivas de direito (art. 33)
Art. 33 - A pena de reclusão deve ser cumprida em regime
fechado, semiaberto ou aberto. A de detenção, em regime
semi-aberto, ou aberto, salvo necessidade de transferência a
regime fechado.
§ 1º - Considera-se:
a) regime fechado a execução da pena em
estabelecimento de segurança máxima ou média;
b) regime semiaberto a execução da pena em colônia
agrícola, industrial ou estabelecimento similar;
c) regime aberto à execução da pena em casa de
albergado ou estabelecimento adequado.
§ 2º - As penas privativas de liberdade deverão ser
executadas em forma progressiva, segundo o mérito do
condenado, observados os seguintes critérios e ressalvadas as
hipóteses de transferência a regime mais rigoroso:
a) o condenado à pena superior a 8 (oito) anos deverá
começar a cumpri-la em regime fechado;
b) o condenado não reincidente, cuja pena seja
superior a 4 (quatro) anos e não exceda a 8 (oito), poderá,
desde o princípio, cumpri-la em regime semi-aberto;
c) o condenado não reincidente, cuja pena seja igual
ou inferior a 4 (quatro) anos, poderá, desde o início, cumpri-la
em regime aberto.
§ 3º - A determinação do regime inicial de
cumprimento da pena far-se-á com observância dos critérios
previstos no art. 59 deste Código.
§ 4o O condenado por crime contra a administração
pública terá a progressão de regime do cumprimento da pena
condicionada à reparação do dano que causou, ou à devolução
do produto do ilícito praticado, com os acréscimos legais.
- suspensão condicional da pena (art. 77)
Art. 77 - A execução da pena privativa de liberdade, não
superior a 2 (dois) anos, poderá ser suspensa, por 2 (dois) a 4
(quatro) anos, desde que:
I - o condenado não seja reincidente em crime doloso;
II - a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e
personalidade do agente, bem como os motivos e as
circunstâncias autorizem a concessão do benefício;
III - Não seja indicada ou cabível a substituição prevista no
art. 44 deste Código.
§ 1º - A condenação anterior a pena de multa não impede
a concessão do benefício.
§ 2o A execução da pena privativa de liberdade, não
superior a quatro anos, poderá ser suspensa, por quatro a seis
anos, desde que o condenado seja maior de setenta anos de
idade, ou razões de saúde justifiquem a suspensão.
@dejure_etdefacto

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