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Dentre as funções do Sistema Financeiro Nacional, destacam-se a da: 1) Intermediação Financeira e; 2) Prestação de serviços de Gerenciamento de recursos. Em relação à prestação de serviços de gerenciamento de recursos, está faz referência às facilidades que estão dispostas aos cidadãos graças à atuação das entidades que compõe o Sistema Financeiro Nacional, tais como as Instituições Financeiras (IF’s): • Da existência de um sistema de pagamentos para transferência de recursos e arrecadação de tributos; • O serviço de custódia (guarda) de valores, bens e títulos; • A disponibilização de meios de pagamento, tais como cartões de crédito e cheques; • A disponibilização de seguros para as mais diferentes finalidades (automóvel, viagem, saúde, entre outros). Sistema Financeiro Nacional (SFN) 7 O Sistema Financeiro Nacional do Brasil é formado por um conjunto de instituições, financeiras ou não, voltadas para a gestão da política monetária do governo federal. Composição do SFN e Intermediação Financeira 8 O Conselho Monetário Nacional (CMN) é um conselho, criado pela Lei nº 4.595, de 31 de dezembro de 1964 como poder deliberativo máximo do sistema financeiro do Brasil, sendo responsável por expedir normas e diretrizes gerais para seu bom funcionamento. Conselho Monetário Nacional (CMN) 9 Autoridades Monetárias • CMN • Banco Central Órgão do poder executivo. Autarquia (operacionaliza as diretrizes políticas do Governo Federal) • Orientar a aplicação dos recursos das instituições financeiras, quer públicas, quer privadas; • Propiciar o aperfeiçoamento das instituições e dos instrumentos financeiros; • Zelar pela liquidez e solvência das instituições financeiras; • Coordenar as políticas monetária, creditícia, orçamentária, fiscal e da dívida pública, interna e externa. Objetivos do CMN As reuniões do Conselho ocorrem 1 vez ao mês, e sua composição é dada por três membros, sendo eles: 1) Ministro de Estado da Fazenda (presidente do Conselho) 2) Ministro de Estado do Planejamento e Orçamento 3) Presidente do Banco Central do Brasil CMN BACEN Aprovar os orçamentos monetários, preparados pelo Banco Central, por meio dos quais se estimarão as necessidades globais de moeda e crédito; Emitir papel moeda; Fixar as diretrizes e normas da política cambial, inclusive quanto a compra e venda de ouro e quaisquer operações em Direitos Especiais de Saque e em moeda estrangeira; Executar os serviços do meio-circulante; Disciplinar o crédito em todas as suas modalidades e as operações creditícias em todas as suas formas, inclusive aceites, avais e prestações de quaisquer garantias por parte das instituições financeiras; Determinar o recolhimento de até 100% do total dos depósitos à vista e de até 60% de outros títulos contábeis das instituições financeiras; Regular a constituição, funcionamento e fiscalização dos que exercerem atividades subordinadas a esta lei, bem como a aplicação das penalidades previstas; Receber os recolhimentos compulsórios e os depósitos voluntários à vista das instituições financeiras; Limitar, sempre que necessário, as taxas de juros, descontos, comissões e qualquer outra forma de remuneração de operações e serviços bancários ou financeiros, Realizar operações de redesconto e empréstimo com instituições financeiras públicas e privadas; Determinar a percentagem máxima dos recursos que as instituições financeiras poderão emprestar a um mesmo cliente ou grupo de empresas; Efetuar, como instrumento de política monetária, operações de compra e venda de títulos públicos federais; Expedir normas gerais de contabilidade e estatística a serem observadas pelas instituições financeiras; Efetuar, como instrumento de política cambial, operações de compra e venda de moeda estrangeira e operações com instrumentos derivativos no mercado interno; Delimitar, com periodicidade não inferior a dois anos o capital mínimo das instituições financeiras privadas, levando em conta sua natureza, bem como a localização de suas sedes e agências ou filiais. Exercer o controle do crédito sob todas as suas formas; CMN BACEN Disciplinar as atividades das Bolsas de Valores e dos corretores de fundos públicos; Efetuar o controle dos capitais estrangeiros; Baixar normas que regulem as operações de câmbio, inclusive swaps, fixando limites, taxas, prazos e outras condições Exercer a fiscalização das instituições financeiras e aplicar as penalidades previstas; BACEN Conceder autorização às instituições financeiras, a fim de que possam: • funcionar no País; • instalar ou transferir suas sedes, ou dependências, inclusive no exterior; • ser transformadas, fundidas, incorporadas ou encampadas; • praticar operações de câmbio, crédito real e venda de títulos da dívida pública federal, estadual ou municipal, ações, Debêntures, letras hipotecárias e outros títulos de crédito ou mobiliários; • alterar seus estatutos. • alienar ou, por qualquer outra forma, transferir o seu controle acionário. Estabelecer condições para a posse e para o exercício de quaisquer cargos de administração de instituições financeiras privadas Atuar no sentido do funcionamento regular do mercado cambial, da estabilidade relativa das taxas de câmbio e do equilíbrio no balanço de pagamentos, podendo para esse fim comprar e vender ouro e moeda estrangeira, bem como realizar operações de crédito no exterior, inclusive os referentes aos Direitos Especiais de Saque, e separar os mercados de câmbio financeiro e comercial; As instituições financeiras somente poderão funcionar no País mediante prévia autorização do Banco Central ou decreto do poder executivo, quando forem estrangeiras. Política Monetária 12 Banco Central do Brasil (Bacen) 13 Banco central é uma entidade autárquica de natureza especial (sem vinculação com ministério) e com autonomia estabelecida pela Lei Complementar n° 179/2021, cuja função é gerir a política econômica, ou seja, garantir a estabilidade e o poder de compra da moeda do país e do sistema financeiro como um todo. Além disso tem como objetivo definir as políticas monetárias (taxa de juros e câmbio, entre outras) e aquelas que regulamentam o sistema financeiro local. Objetivo fundamental • Assegurar a estabilidade de preços. Outros objetivos • Zelar pela estabilidade e pela eficiência do Sistema Financeiro; • Suavizar as flutuações do nível de atividade econômica; • Fomentar o pleno emprego. CMN define metas de política monetária • Banco Central faz sua condução, exemplo: meta de inflação. 9 membros (1 Presidente + 8 Diretores) • Todos nomeados pelo Presidente da República, sujeito à aprovação no Senado. Lei Complementar n° 179/2021 Outros pontos importantes: • O cargo de Presidente do BCB deixade ter o status de Ministro; • O presidente do BCB deverá apresentar, no Senado Federal, em arguição pública, no primeiro e no segundo semestres de cada ano, relatório de inflação e relatório de estabilidade financeira, explicando as decisões tomadas no semestre anterior. • Dá ao BCB autonomia técnica, operacional, administrativa e financeira, mantendo as diretrizes do governo em aspectos relevantes 14 Mandato do Presidente • Duração de 4 anos, com início no dia 1° de Janeiro do terceiro ano de mandato do Presidente da República. Mandato dos Diretores • Duração de 4 anos, observando a seguinte escala: • 2 Diretores com início no primeiro ano de mandato do Presidente; • 2 Diretores com início no segundo ano de mandato do Presidente; • 2 Diretores com início no terceiro ano de mandato do Presidente; • 2 Diretores com início no quarto ano de mandato do Presidente. a) Como autoridade emissora da moeda, o BC cumpre um poder de monopólio concedido a ele pelo governo, de forma que o saldo de papel-moeda emitido conste no Passivo do balancete do BC; b) Como banqueiro do governo o BC guarda as reservas internacionais (consta no Ativo do balancete); c) Como banco dos bancos ele provê empréstimos e mantém depósitos (compulsórios e/ou voluntários) dos bancos comerciais. Tais empréstimos constituem um ativo, item Empréstimos ao setor privado, enquanto os depósitos compõem o passivo, item Reservas Bancárias, do balancete do BC. d) Como executor da política monetária o BC regula a taxa de juros de curto prazo e o volume de moeda em circulação. Para isso ele se utiliza da compra e venda de títulos públicos emitidos pelo MF, os quais constam no Ativo do balancete do BC. Tendo em vista o princípio contábil das partidas dobradas (a todo crédito corresponde um débito de igual valor e sinal contrário), será incluída a rubrica Demais Recursos no Passivo. Banco Central do Brasil 15 Algumas funções CNSP SUSEP Superintendência de seguros privados (SUSEP) 16 Principais atribuições da SUSEP A SUSEP é uma Autarquia vinculada ao Ministério da Economia, criada pelo Decreto-lei nº 73, de 21 de novembro de 1966, responsável pelo controle e fiscalização dos mercados de seguro, previdência privada aberta, capitalização e resseguro. A Autarquia é membro do Conselho Nacional de Seguros Privados – CNSP, órgão responsável por fixar as diretrizes e normas da política de seguros privados, juntamente com representantes do Ministério da Economia, do Ministério da Justiça, da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho, do Banco Central e da Comissão de Valores Mobiliários. 1. Promover o desenvolvimento e concorrência dos mercados sob sua jurisdição; 2. Promover a estabilidade desses mercados; 3. Zelar pela liquidez e solvência das sociedades que integram o mercado; 4. Fiscalizar a constituição, organização, funcionamento e operação desse mercado, na qualidade de executora da política traçada pelo CNSP; 5. Atuar no sentido de proteger a captação de poupança popular que se efetua através das operações de seguro, previdência privada aberta, de capitalização e resseguro; 6. Zelar pela defesa dos interesses dos consumidores dos mercados supervisionados; 7. Promover o aperfeiçoamento das instituições. Superintendência nacional de previdência complementar (PREVIC) CNPC PREVIC 17 A Superintendência Nacional de Previdência Complementar - PREVIC, autarquia de natureza especial, dotada de autonomia administrativa e financeira e patrimônio próprio, vinculada ao Ministério do Trabalho e Previdência, é entidade de fiscalização e de supervisão das atividades das entidades fechadas de previdência complementar (EFPC – fundos de pensão) e de execução das políticas para o regime de previdência complementar fechado, o qual é operado pelas referidas entidades. Principais atribuições da PREVIC 1. proceder à fiscalização das atividades das EFPC e das suas operações; 2. Autorizar a constituição e o funcionamento das EFPC, e a aplicação dos respectivos estatutos e regulamentos de planos de benefícios; 3. harmonizar as atividades das EFPC com as normas e as políticas estabelecidas para o segmento; 4. decretar intervenção e liquidação extrajudicial das EFPC e nomear interventor ou liquidante; 5. nomear administrador especial de plano de benefícios de natureza previdenciária específico, administrado por EFPC, com poderes de intervenção e de liquidação extrajudicial; 6. promover a mediação, a conciliação e a arbitragem entre EFPC e entre elas e seus participantes, assistidos, patrocinadores ou instituidores; 7. enviar relatório anual de suas atividades ao Ministério do Trabalho e Previdência e, por seu intermédio, ao Presidente da República e ao Congresso Nacional; 8. submeter ao Ministério do Trabalho e Previdência sua proposta orçamentária; e 9. adotar as demais providências necessárias ao cumprimento de seus objetivos. Comissão de Valores Mobiliários (CVM) 18 A Comissão de Valores Mobiliários (CVM), é uma entidade autárquica em regime especial, vinculada ao Ministério da Economia, com personalidade jurídica e patrimônio próprios, dotada de autoridade administrativa independente, ausência de subordinação hierárquica, mandato fixo e estabilidade de seus dirigentes, e autonomia financeira e orçamentária. Finalidade 1. Estimular a formação de poupança e a sua aplicação em valores mobiliários; 2. promover a expansão e o funcionamento do mercado de ações, e estimular as aplicações permanentes em ações do capital social de companhias abertas sob controle de capitais privados nacionais; 3. assegurar o funcionamento dos mercados da bolsa e de balcão; 4. proteger os titulares de valores mobiliários e os investidores do mercado contra: a) emissões irregulares de valores mobiliários; b) atos ilegais de administradores e acionistas controladores das companhias abertas, ou de administradores de carteira de valores mobiliários; e c) o uso de informação relevante não divulgada no mercado de valores mobiliários; 5. evitar ou coibir modalidades de fraude ou manipulação destinadas a criar condições artificiais de demanda, oferta ou preço dos valores mobiliários negociados no mercado; 6. assegurar o acesso do público a informações sobre os valores mobiliários negociados e as companhias que os tenham emitido. 7. assegurar a observância de práticas comerciais equitativas no mercado de valores mobiliários;Companhias abertas, a Bolsa de Valores, os agentes do mercado de capitais e os Fundos de Investimento. Fiscaliza Para ser considerado um banco múltiplo, quais carteiras uma instituição financeira deve possuir? No mínimo duas, sendo uma delas ou a comercial ou de investimentos. Além disso, cada carteira necessita ter um CNPJ diferente, porém, no momento de publicação do balanço financeiro, a Instituição Financeira irá divulga-lo de forma agregada. Por que os bancos comerciais são considerados instituições monetárias? Por conta da criação de moeda através do efeito multiplicador do crédito. Banco Comercial (BC) Banco de Investimentos (BI) Banco de Desenvolvimento (BD) Sociedade de Crédito Imobiliário (SCI) Sociedade de Arrendamento Mercantil (SAM) Sociedade de Crédito, Financiamento e Investimento (SCFI) (Financeiras) 24Bancos Múltiplos 19 Banco Múltiplo Os bancos múltiplos são instituições financeiras com licença para fornecer uma ampla gama de serviços bancários comerciais, operações de câmbio, de investimento, financiamento ao consumidor e outros serviços, inclusive gerenciamento de fundos e financiamento de imóveis. Características Básicas do Bancos Comerciais e de Investimentos • são instituições financeiras privadas especializadas em operações de participação societária de caráter temporário, de financiamento da atividade produtiva para suprimento de capital fixo e de giro e de administração de recursos de terceiros. • Podem administrar Fundos de Investimentos (recursos de terceiros). • Podem fazer underwriting. • Captação de recursos atravésde depósitos a prazo (CDB) e venda de cotas de fundos. • Prestam assessoria financeira. • Concedem empréstimos de médio e longo prazo (capital de giro e capital fixo). • Podem intermediar operações de câmbio. • Captação de recursos através de depósito à vista (conta corrente) • Captação de recursos através de depósitos à prazo (CDB) • Concessão de crédito simples (cheque especial) • Arrecadação de tarifas e tributos públicos. • Concedem empréstimos de curto e médios prazos, a indústria, as empresas prestadoras de serviços e PF. • Somente BC, cooperativas de crédito e a Caixa Econômica Federal podem captar depósito à vista. • Atuam em operações de câmbio. 20 Banco Comercial (BC) Banco de Investimentos (BI) Observação: Crédito de curto prazo = capital de giro. Crédito de longo prazo = capital fixo. Características Básicas da SAM e SCI • Constituída na forma de sociedade anônima e Supervisionada pelo Banco Central. • Em sua denominação social deve constar a expressão “crédito imobiliário”. • O foco da SCI consiste no financiamento para construção de habitações, na abertura de crédito para compra ou construção de casa própria e no financiamento de capital de giro a empresas incorporadoras, produtoras e distribuidoras de material de construção. Essas são suas operações ativas. • Suas principais operações passivas são a Letra de Crédito Imobiliário (LCI), Letra Financeira (LF) e depósitos interfinanceiros; • Pessoas jurídicas que tenham como objeto principal a prática de operações de arrendamento mercantil (leasing) nas modalidades financeiras e operacional. • Podem ser objeto de arrendamento bens móveis e imóveis. • Suas fontes de captação de recursos são provenientes de empréstimos, colocação de debêntures e notas promissórias. 21 Sociedade de Arrendamento Mercantil (SAM) Sociedade de Crédito Imobiliário (SCI) SCFI - Financeiras • As sociedades de crédito, financiamento e investimento (SCFI), conhecidas como “financeiras”, são instituições privadas que fornecem empréstimo e financiamento para aquisição de bens, serviços e capital de giro. • Muitas das financeiras não ligadas a bancos fazem parte de conglomerados econômicos e operam como braço financeiro de grupos comerciais ou industriais. É o caso, por exemplo, de algumas lojas de departamento e montadoras de veículos que possuem suas próprias financeiras, concentrando suas operações no financiamento de seus próprios produtos. • Devem ser constituídas sob a forma de sociedade anônima, em cuja denominação social deve constar a expressão "Crédito, Financiamento e Investimento". São supervisionadas pelo Banco Central. • As Financeiras captam recursos por meio Letras de Câmbio (LC), Recibos de Depósitos Bancários (RDB), Depósitos Interfinanceiros (DI), operações de cessão de créditos, Depósitos a Prazo com Garantia Especial (DPGE) e Certificado de Depósitos Bancário (CDB). 22 Empréstimo Financiamento O dinheiro recebido não tem destinação obrigatória. O dinheiro recebido está vinculado à aquisição de determinado bem ou serviço como, por exemplo, a aquisição de um veículo ou equipamento. Corretora de Títulos e Valores Mobiliários (CTVM) e Distribuidora (DTVM) 1) Execução de ordens de compra e venda de ativos para seus clientes (Home Broker) 2) Disponibilização de informações de análise de investimentos; 3) Administração de carteiras (fundos de investimentos) 4) Realizar operações de Underwriting 23 Principais funções: As corretoras de títulos e valores mobiliários (CTVM) e as distribuidora de títulos e valores mobiliários (DTVM) atuam nos mercados financeiro e de capitais e no mercado cambial intermediando a negociação de títulos e valores mobiliários entre investidores e tomadores de recursos. A FISCALIZAÇÃO das Corretoras e distribuidoras, é feita tanto pelo Banco Central do Brasil quanto pela CVM. Módulo 02 – Mercado financeiro e seus desdobramentos (mercados monetário, de crédito, de capitais e cambial). Mercado Financeiro e seus desdobramentos (monetário, crédito, capitais e cambial) • Estabelecer o contato entre os agentes superavitários e deficitários; • Ser um mecanismo eficiente de fixação de preços para os ativos; • Proporcionar liquidez aos ativos; e • Reduzir os prazos e os custos da intermediação. Podemos definir os mercados financeiros como o mecanismo ou ambiente através do qual se produz um intercâmbio de ativos financeiros e se determinam seus preços. São mercados nos quais os recursos financeiros são transferidos desde unidades superavitárias, isto é, que têm um excesso de fundos, até aquelas deficitárias, ou seja, que têm necessidades de fundos. Dentro desse contexto, os mercados financeiros devem cumprir as seguintes funções: Características Institucionais Características de Oferta e Demanda • Transparência: possibilidade de obter informação relativa ao mercado de forma fácil, barata e rápida; e • Liberdade: trata-se da não existência de limitações de entrada ou saída de compradores e vendedores e da liberdade para negociar prazos e quantidades desejadas e formar preço. • Profundidade: existem ordens de compra e venda acima e abaixo do preço de equilíbrio, ou seja, existem curvas de oferta e demanda. • Amplitude: ordens de oferta e de demanda existem em quantidade suficiente, ou seja, existe elasticidade nas curvas de oferta e demanda. • Flexibilidade: diante de qualquer variação no preço de um ativo aparecem rapidamente novas ordens de compra e venda. 25 Classificação dos Mercados Financeiros MERCADO TIPOS EXEMPLOS DE OPERAÇÕES Monetário ou de Dinheiro Mercado de Crédito • Desconto comercial • Crédito comercial • Crédito bancário • Empréstimos a curto prazo Mercado de Títulos • Dívida pública a curto prazo • Ativos de empresas • Ativos bancários De capitais Crédito a longo prazo • Empréstimos • Operações de leasing • Operações de vendas a prazo • Operações de factoring* • Operações hipotecárias Mercado de valores • Bursátil • Balcão Ajudas oficiais • Operações do BNDES Com base nos tipos de Ativos 26 *Factoring (fomento mercantil) é uma atividade comercial caracterizada pela aquisição de direitos creditórios, por um valor à vista e mediante taxas de juros e de serviços, de contas a receber a prazo. Classificação dos Mercados Financeiros Com base nos clientes Mercado Características e tipos de operações De crédito Supre as necessidades de crédito de curto e médio prazos; por exemplo, capital de giro para empresas e consumo para as famílias. De capitais Supre as necessidades de financiamento de longo prazo; por exemplo, investimentos para empresas e aquisição de bens duráveis para as famílias. Monetário Supre as necessidades do governo de fazer política monetária e dos agentes e intermediários de caixa. Nesse segmento são realizadas operações de curto e curtíssimo prazo, e sua liquidez é regulada pelas autoridades monetárias. O Mercado monetário conta com dois grandes grupos de títulos: Cambial Supre as necessidades quanto à realização das operações de compra e venda de moeda estrangeira (fechamento de câmbio). Como exemplos dessas necessidades temos as importações (necessidade de compra e moeda estrangeira) e as exportações (necessidade de venda de moeda estrangeira) feitas pelas empresas. • Crédito consignado; • CDC; • Cheque especial; • Cartão de Crédito; • Leasing; Financiamento Imobiliário; • Financiamento de capital de giro; • financiamento de máquinas e equipamentos. • Títulos de renda fixa de longo prazo; • Debêntures; • Ações; • LF, CRI, CRA, FII; • Públicos. • Privados 27 Módulo 03 – Os bancos na Era Digital: Atualidade, tendências e desafios. Módulo 04 – Internet Banking. Módulo 05 – Mobile Banking. Módulo 13 – Transformação digital no Sistema Financeiro. Linha do Tempo 1945 Criação da Superintendência da Moeda e do Crédito (SUMOC) 1962 Início da era da automação bancária no Brasil, com a aquisição dos primeiros computadores pelos bancos1964 Lei 4.595/64 estabelece novas regras para o mercado bancário, criando o Conselho Monetário Nacional (CMN) e o Banco Central do Brasil (BACEN) 1967 Fundação da Federação Brasileira de Bancos (FEBRABAN) 1971 A FEBRABAN cria o Centro Nacional de Automação Bancária (CNAB), para apoiar os esforços tecnológicos do setor. 1975 A padronização chega aos boletos de cobrança, aumentando a eficiência do processamento e permitindo pagamento em qualquer agência bancária. 1979 O Banco Central e a ANDIMA criam o Sistema Especial de Liquidação e Custódia (SELIC), substituindo títulos físicos por lançamentos eletrônicos. 1983 Criação da Compensação Nacional e instalação do primeiro caixa eletrônico e da primeira Unidade de Resposta Audível (URA) do Brasil. 29 Linha do Tempo 1988 CMN altera a regulamentação do setor bancário, permitindo a operação de bancos Múltiplos. 1992 Surgimento do Débito Automático para algumas contas (água, luz, gás e telefone) e o sistema de pagamentos de aposentados e pensionistas por meio de cartão magnético. 1994 Itamar lança o Plano Real. Bancos ajustam-se à estabilidade da moeda. O Bacen passa a enquadrar os bancos brasileiros nas regras da Basileia. 1996 Lançamento do primeiro serviço de Internet Banking do Brasil. Criação do COPOM. 1999 Criação da Figura de correspondente bancário e da Cédula de Crédito Bancário (CCB). 2000 Lançamento do primeiro serviço de mobile banking do Brasil. 2001 Criação do Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) e da Câmara Interbancária de Pagamentos (CIP). 2002 O SPB entra em operação, processando inicialmente TEDs com limite mínimo de R$ 5 milhões. 30 Linha do Tempo 2009 Implantação do Débito Direto Autorizado (DDA), sistema eletrônico que utiliza a estrutura do SPB para substituir por documentos digitais os boletos impressos. 2011 A compensação por imagem substitui em todo o território nacional a compensação física de cheques. 2013 A Lei 12.865/13 democratizou o acesso dos brasileiros a diversos serviços, viabilizando a inclusão financeira no país. Mesmo sem conta corrente, pessoas podem fazer pagamentos e transferências por meio de outras empresas, fazendo uso dos seus telefones celulares. 2014 Pagamento via NFC – Near Field Communication - pagamento por aproximação, que dependendo do valor da compra nem precisa de senha. 2010 Quebra da exclusividade das bandeiras de cartão de crédito. 31 Linha do Tempo Outras inovações Inteligência artificial, bigdata, a internet das coisas, computação em nuvens, robótica, cibersegurança, biometria, Webchat, chatbot (BIA), startups, fintechs, bitgtechs, innovation labs, coworking etc. 2020 Lançamento oficial do PIX – pagamento instantâneo – com funcionamento 24 horas por dia e sete dias por semana. 2021 Open Banking. É um conjunto de regras sobre o uso e compartilhamento de dados e informações financeiras entre instituições. Conceitos de ASG - 2023 Investimentos sustentáveis, títulos verdes etc. 32 Canais Tradicionais e Digitais • smartphones ou tablets, nominados de mobile banking; • computador pessoal, nominado de internet banking; • POS (Points of Sale) estão distribuídos nos mais diversos negócios e são popularmente chamados de “maquininha” de débito e crédito. Canais Tradicionais • agências bancárias com ponto fixo e de livre acesso dos clientes e usuários; • máquinas de autoatendimento (ATM - Automated Teller Machine); • centrais de atendimento telefônico (contact centers); e • correspondentes bancários* 33 *Correspondentes bancários é a atividade de execução de serviços acessórios às atividades dos bancos, por meio de empresas não- bancárias que são empregadas para este fim. Canais Digitais Bancos Digitais Bancos Digitalizados Não há agências físicas. Há agências físicas. Internet banking Mobile banking Acesso aos serviços bancários tanto no celular quanto em um desktop. Recurso bancário disponibilizado por meio de um aplicativo nos celulares e tablets. Real digital Moeda digital de banco central (da sigla em inglês CBDC, Central Bank Digital Currency) são denominadas na unidade de conta nacional que representam um passivo da instituição. Têm como objetivo ser o equivalente digital do dinheiro físico. 34 Moeda eletrônica Moedas virtuais (criptográficas) recursos em reais armazenados em dispositivo ou sistema eletrônico que permitem ao usuário final efetuar transação de pagamento. Emitida por Banco Central. Representação digital da moeda fiduciária. São representações digitais de valor, o qual decorre da confiança depositada nas suas regras de funcionamento e na cadeia de participantes. Não emitida por Banco Central. • Dada a intensa volatilidade de valor das moedas virtuais, sua incapacidade de agir como unidade de conta, meio de troca e reserva de valor, foram criadas as stablecoins, moedas virtuais que oferecem estabilidade através de uma paridade 1:1 com ativos seguros, inclusive moedas fiduciárias de curso legal como o dólar. • O surgimento de uma moeda virtual mais estável suscitou a possibilidade de competição com as moedas de curso legal, o que traria consequências indesejadas para as autoridades monetárias dos países. • O uso de um meio circulante não controlado pelo banco central poderia afetar as taxas de juros, o nível de preços, a política cambial e o sistema de pagamentos como um todo. • Vantagens do CBDC: aceleração da digitalização, inclusão financeira, inibição de moedas digitais privadas, pagamentos transfronteiriços, pagamentos programáveis e contratos inteligentes. Características do CBDC 35 1) Baseada em conta vs. Baseada em tokens • Baseada em conta – as contas são uma técnica bancária que representam uma relação jurídica contratual entre uma instituição financeira e um titular da conta. Ainda que o dinheiro creditado na conta seja chamado de “depósito”, a instituição financeira não é obrigada a guardar esse dinheiro, estando autorizada a utilizá-lo emprestando-o. Os saldos depositados em contas correntes são denominados “moeda escritural” e são transferidos por débitos e créditos entre tais contas. • Baseada em tokens – representa uma técnica contábil e não um conceito contratual. Não estabelecem uma relação jurídica entre a entidade financeira e um terceiro e não criam direitos e obrigações entre eles. Embora a CBDC baseada em token possa ser representada em registros contábeis gerenciados centralmente pelo banco central, não é um saldo credor em conta corrente. O dinheiro baseado em token depende da capacidade do beneficiário de verificar a validade do objeto de pagamento. • Para a moeda escritural: incluindo a CBDC baseada em conta, a identidade do titular da conta permite que este tenha acesso ao fundo: “Eu sou, então eu possuo”. • Para o dinheiro de forma física: a posse de notas e moedas permite ao titular dispor dos fundos: “eu tenho, portanto, possuo”. • Para tokens digitais: o conhecimento de uma senha (muitas vezes denominada de “chave privada” permite que o titular transfira os fundos: “eu sei, portanto, possuo”. Características do CBDC 36 2) Atacado vs. Varejo vs. De Propósito geral • CBDC de atacado: os bancos centrais já fornecem moeda digital na forma de reservas ou contas de liquidação mantidas por bancos comerciais e algumas outras instituições financeiras no próprio banco central. A configuração entre banco central e o sistema bancário é a CBDC do atacado. As reservas dos bancos comerciais podem ser consideradas uma CBDC do atacado. Elas são digitais, emitidas pelo banco central, restritas e baseadas em contas. • CBDC de varejo: são aquelas emitidas pelo banco central e disponibilizadas ao público, seja pelo próprio banco central, seja intermediada pelo sistema financeiro, através de bancos comerciais, por exemplo. É muito parecido com o Pix. A diferença está apenas no processo por trás do pagamento e que os consumidoresnão enxergam. Apesar do dinheiro sair de uma conta e chegar na outra em tempo real quando alguém usa o Pix, não necessariamente isso é verdade para a liquidação dos valores entre os bancos envolvidos. A diferença é portanto na infraestrutura. • De propósito geral: a CBDC estaria disponível tanto no atacado, quanto no varejo. Características do CBDC 37 3) Direto vs. Indireto vs. Híbrido • CBDC direto: os bancos centrais emitem a CBDC e administram, eles próprios a circulação. • CBDC indireto: a CBDC é emitida por um banco comercial, mas é totalmente garantida (100%) por passivos do banco central. • CBDC híbrido: emissão pelo banco central, com intermediários lidando com pagamentos. Preocupações com o modelo direto: • os BCs não possuem experiência em atendimento ao cliente e no estabelecimento de redes de pontos de contato físico ou digital; • Se os bancos começam a perder depósitos para o banco central, eles passam a depender mais do financiamento de atacado e isso possivelmente restringiria a oferta de crédito na economia com impacto potencial para o crescimento econômico; • Os bancos comerciais dependem do depósito dos clientes para realizar suas atividades de intermediação e criar moeda. Caso fosse permitido uma conta direta entre cidadãos e autoridade monetária, poderia resultar em desintermediação financeira e gerar corrida generalizada contra os bancos. Características do CBDC 38 4) Centralizadas vs. Descentralizadas • CBDC com rede centralizada: As redes centralizadas são aquelas em que todos os participantes são dependentes de um agente central que guarda o registro. Esse agente central tem poder sobre os dados e pode modifica-los sem conhecimento prévio de outros agentes. • CBDC com rede descentralizada: Nas redes descentralizadas, todos os participantes guardam uma cópia do registro, reduzindo o poder de cada agente sobre os dados e criando accountability sobre quem os modificou e quando. No mundo da DLT, essa autoridade central é substituída pela figura dos múltiplos membros da rende, todos com as mesmas informações, que exercem a mesma função de validação e liquidação através dos processos de comparação que são chamados de “mecanismos de consenso”. Em geral, as CBDCs baseadas em conta são caracterizadas como centralizadas, enquanto as baseadas e token podem ser centralizada ou descentralizada. Real digital – Perguntas e Respostas 39 Perguntas Respostas Será possível fazer Pix? Pagar contas com o Real digital? • As formas atuais de uso deverão ser também disponíveis. • Você poderá fazer pagamentos em lojas e também utilizar o Pix; • Poderá transferir Reais Digitais para outras pessoas; • transformar seus Reais Digitais que estarão em custódia de um banco em depósito bancário convencional; • sacar seus Reais Digitais passando para o formato físico. Como o usuário terá acesso ao Real digital? • Terá uma carteira virtual em custódia de um agente autoridade pelo BCB. O real digital estará sujeito às políticas monetárias? • O Real Digital será uma representação digital do Real físico hoje em circulação. E a política monetária será a base de sustentação de seu valor. Assim, quando o BC movimenta a liquidez da economia, em sua missão de garantir a estabilidade do valor de compra do Real, a quantidade de reais digitais em circulação será levada em conta. O real digital será um agregado monetário? • o Real Digital irá compor a medida de agregado monetário de maior liquidez disponível, similar a depósitos bancários e à moeda física em poder das pessoas. A moeda virtual do BC teria que tipo de lastro? • A moeda digital do BC é Real. É apenas uma forma diferente de representá-lo. Módulo 06 – Open finance Open Finance Informações sobre: 41 O Open Finance, ou sistema financeiro aberto, é a possibilidade de clientes de produtos e serviços financeiros permitirem o compartilhamento de suas informações entre diferentes instituições autorizadas pelo Banco Central e a movimentação de suas contas bancárias a partir de diferentes plataformas e não apenas pelo aplicativo ou site do banco. • Contas e operações de crédito; • Produtos e serviços de câmbio (em breve); • credenciamento; • Investimentos (em breve); • Seguros (em breve); • Previdência (em breve). • comparadores de tarifas bancárias, de tipos de contas, de cartões de crédito. • Usar informações financeiras que possui em um banco para contratar seguros ou planos de previdência com melhores condições em outros bancos. Exemplos de soluções que podem surgir do Open Finance É necessário obter consentimento do cliente. A solicitação deve ser efetuada exclusivamente por canais eletrônicos (autenticação e confirmação). O consentimento deve ter prazo de validade limitado a doze meses. • Incentivar a inovação; • Promover a concorrência; • Aumentar a eficiência do SFN e do SPB; • Promover a cidadania financeira. objetivos Open Finance 42 A assimetria da informação no mercado de crédito gera uma incerteza quanto à qualidade dos potenciais tomadores de empréstimos. Em um mundo ideal, as instituições teriam plena possibilidade de escolher entre os candidatos a empréstimos aqueles com maior probabilidade de pagar pontualmente suas dívidas. Enquanto algumas instituições escolheria os melhores riscos, outras, mais ousadas, escolheriam riscos não tão bons, por serem mais rentáveis. No mundo real, não é assim. Bons e maus pagadores se misturam em situações que tornam quase impossível distinguir uns dos outros. Como consequência, os credores acabam assumindo que a perda de crédito será maior do que seria se eles dispusessem de mais dados confiáveis e, com isso, sobem o preço dos empréstimos (os juros) para compensar o maior risco de crédito. Com preços mais caros, aqueles potenciais tomadores de crédito de melhor qualidade acabam se afastando do mercado para evitar pagar preços mais elevados (Oliveira, M. C., 2006, p. 100) Fases - Open Banking Característica 1ª fase (01/02/2021) • Compreende o intercâmbio de dados das instituições financeiras participantes sobre seus produtos e serviços, bem como canais de atendimento aos clientes. Com essa primeira fase já é possível efetuar a comparação entre produtos e serviços, bem como respectivos preços entre concorrentes. 2ª fase (13/08/2021) • Compartilhamento de dados cadastrais e transacionais dos clientes. 3ª fase (29/10/2021) • Compartilhamento da funcionalidade de iniciação de transação de pagamento. Essa fase inicialmente se limitava à possibilidade do participante iniciar um Pix em conta do cliente detida pelo outro. Logo após foram iniciados os procedimentos para permitir os serviços de encaminhamento de proposta eletrônica de crédito, por meio da qual os clientes poderão solicitar proposta de operações de crédito e de arrendamento mercantil a várias instituições financeiras. A tendência é que o serviço facilite a comparação de taxas, prazos e outras condições de contratação. 4ª fase (15/12/2021) – última fase, apelidada de Open Finance. • Compartilhamento de dados referentes a outros produtos e serviços financeiros prestados, como seguros, investimentos e câmbio. Open Finance A instituição participante é responsável pela confiabilidade, integridade, disponibilidade, segurança e sigilo em relação ao compartilhamento de dados e serviços em que esteja envolvida. Devem designar diretor responsável pelo compartilhamento dos dados. Deve elaborar relatório semestral referente ao compartilhamento de dados e serviços em que a instituição esteve envolvida. 43 Observação importantes: • O cliente deve solicitar o compartilhamento de dados à instituição que vai receber os dados (instituição de destino). • O consentimento dado pelo cliente deve discriminar os dados ou serviços que serão compartilhados (esse dado deverá ficar à disposição do BCB pelo prazo mínimo de 5 anos). Importante! As instituições participantes envolvidas no compartilhamento de dados ou serviços devem assegurar às pessoasa possibilidade de encerrar o compartilhamento a qualquer tempo. Estrutura de Governança • Conselho deliberativo: responsável por decidir sobre as questões necessárias para a implementação do Open Finance e propor ao BCB os padrões técnicos. • Secretariado: organiza e coordena os trabalhos. • Grupos técnicos: encarregados de elaborar estudos e propostas técnicas para a implementação do ecossistema. Módulo 07 – Novos modelos de negócios. Módulo 08 – Fintechs, startups e big techs. Novos Modelos de Negócios Instituição de pagamento é a pessoa jurídica que viabiliza transações comerciais ou financeiras e movimentação de recursos, no âmbito de um arranjo de pagamento*, contudo sem a possibilidade de conceder empréstimos e financiamentos a seus clientes. Tipos de Instituição de pagamento Emissor de moeda eletrônica Gerencia conta de pagamento do tipo pré-paga, na qual os recursos devem ser depositados previamente. Exemplo: emissores dos cartões de vale-refeição e cartões pré-pagos* em moeda nacional. Emissor de instrumento de pagamento pós- pago Gerencia conta de pagamento do tipo pós-paga, na qual os recursos são depositados para pagamento de débitos já assumidos. Exemplo: Instituições não financeiras emissoras de cartão de crédito (o cartão de crédito é o instrumento de pagamento). Credenciador Não gerencia conta de pagamento, mas habilita estabelecimentos comerciais para a aceitação de instrumento de pagamento. Exemplo: instituições que assinam contrato com o estabelecimento comercial para aceitação de cartão de pagamento. Uma mesma instituição de pagamento pode atuar em mais de uma modalidade. *Cartão pré-pago é um meio de pagamento que pode ser recarregado para fazer compras e pagamentos no débito. Geralmente, ele não é associado a nenhuma conta bancária e pode ser utilizado por qualquer pessoa. Ex: cartão pré-pago de bilhete de transporte. 45 *arranjo de pagamento são as regras para viabilizar transferências de recursos, aportes e saques e tudo o mais que puder ser definido como pagamento. O arranjo é supervisionado pelo BCB. Novos Modelos de Negócios 46 Modelos de Negócios de Instituições de Pagamentos Centralizadores financeiros busca-se agregar produtos ao serviço original de acordo com as necessidades de seus clientes. Entre as soluções oferecidas, estão a conta digital, a automatização de operações financeiras, a conciliação de pagamentos, a verificação de recebimentos e os serviços de transferência. O objetivo principal da instituição com esse modelo é se estabelecer como uma prestadora de serviços, soluções e plataformas, de maneira que ela possa se manter como gestora financeira central de seus clientes. Focados em nichos buscam direcionar seus produtos e serviços de acordo com delineamentos demográficos específicos. A viabilidade desses modelos se baseia no desenvolvimento de novas tecnologias e de configurações regulamentares favoráveis ao oferecimento de serviços em menor escala, tais como a interoperabilidade (possibilidade de qualquer entrante associar- se a qualquer arranjo de pagamentos, atendendo às regras estabelecidas). Agregação de valor ao serviço financeiro permitem a adição de serviços tipicamente bancários – como serviços de pagamento, cartões de crédito e aplicativos de gestão financeira – à prestação dos serviços principais de um determinado ramo econômico não financeiro, como aplicativos de transporte, comércios ou serviços de entrega. Fintechs Fintechs são empresas que introduzem inovações nos mercados financeiros por meio do uso intenso de tecnologia, com potencial para criar novos modelos de negócios. Atuam por meio de plataformas online e oferecem serviços digitais inovadores relacionados ao setor. Categorias de Fintechs • De crédito; • De pagamento; • Gestão financeira; • Empréstimo; • Investimento; • Financiamento; • Seguro; • Negociação de dívidas; • câmbio; e • multisserviços Sociedade de Crédito Direto (SCD) Sociedade de Empréstimo entre pessoas (SEP) Benefícios das fintechs • Aumento da eficiência e concorrência no mercado de crédito; • Rapidez e celeridade nas transações; • Diminuição da burocracia no acesso ao crédito; • Criação de condições para redução do custo do crédito; • Inovação; • Acesso ao Sistema Financeiro Nacional. 47 Sociedade de Empréstimo entre pessoas (SEP) A SEP realiza operações de crédito entre pessoas, conhecidas no mercado como peer-to-peer lending. Nessas operações eletrônicas, a fintech se interpõe na relação entre credor e devedor, realizando uma clássica operação de intermediação financeira, pelos quais podem cobrar tarifas. Ao contrário da SCD, a SEP pode fazer captação de recursos do público, desde que eles estejam inteira e exclusivamente vinculados à operação de empréstimo. 48 Sociedade de Crédito Direto (SCD) Caracteriza-se pela realização de operações de crédito, por meio de plataforma eletrônica, com recursos próprios. Ou seja, esse tipo de instituição não pode fazer captação de recursos do público. devem ser selecionados com base em critérios consistentes, verificáveis e transparentes, contemplando aspectos relevantes para avaliação do risco de crédito, como situação econômico- financeira, grau de endividamento, capacidade de geração de resultados ou de fluxos de caixa, pontualidade e atrasos nos pagamentos, setor de atividade econômica e limite de crédito. Seleção de clientes 49 Outros serviços que as SCDs podem prestar • Análise de crédito para terceiros; • Cobrança de crédito de terceiros; • Distribuição de seguro relacionado com as operações por ela concedidas. Importante! Para entrar em operação, as fintechs que quiserem operar como SCD ou SEP devem solicitar autorização ao Banco Central. Módulo 09 – Sistema de bancos-sombra (shadow banking). Shadow Banking 51 Shadow banking é um sistema de intermediação de crédito que envolve atividades e entidades fora do sistema bancário tradicional. Em outras palavras, shadow banking é a intermediação de crédito não-bancária. Inclui todos os agentes envolvidos em empréstimos alavancados que não têm acesso aos seguros de depósitos e/ou às operações de redesconto dos bancos centrais. Esses agentes tampouco estão sujeitos às normas dos Acordos de Basiléia. Riscos • para a estabilidade do sistema financeiro semelhantes aos colocados pelos bancos tradicionais (são fonte de risco sistêmico); • à medida que se engajam na transformação de maturidades e alavancagem e estreitam os laços entre as instituições financeiras, acaba torna-as mais vulneráveis ao contágio; • Reforçam o caráter pró-cíclico* do sistema a partir da amplificação do ritmo de concessão e retração do crédito; • Concessão de crédito de longo prazo tendo como contrapartida uma estrutura alavancada de funding, essencialmente, de curto prazo, é uma potencial vulnerabilidade que o shadow banking pode trazer ao sistema financeiro como um todo. *quando a sua orientação acompanha o ciclo econômico, geralmente exacerbando-o. Exemplo: em momentos de retração econômica, o caráter pró-cíclico amplifica ainda mais essa retração. Vantagens • Ampliam o acesso ao crédito; • Promovem fontes alternativas de investimento. Exemplos Fundos de investimento; veículos estruturados ou estruturas de securitização; FIDC; CRI, CRA, FII. Importante! As seguradoras, reguladas pela Susep, e os fundos de pensão, regulados pela Previc, não são incluídos no conceito de shadow banking, tendo em vista que não estão envolvidos em significativa transformação de maturidade ou de liquidez. Shadow banking estão sob regulação e supervisão da CMN, da CVM e do BCB, conforme sua área de atuação. Módulo 10 – O dinheiro na era digital: blockchain, bitcoin e demais criptomoedas. O dinheiro na era digital: blockchain, bitcoin e demais criptomoedas 53 Moedas Digitais Criptomoedas É uma Central Bank Digital Currency, ou seja, uma moeda desenvolvida e controlada pelo governo por meio de um banco central. Sua redeé centralizada. Toda criptomoeda é uma moeda digital, mas nem toda moeda digital é uma criptomoeda. As redes centralizadas são aquelas em que todos os participantes são dependentes de um agente central que guarda o registro. Esse agente central tem poder sobre os dados e pode modifica-los sem conhecimento prévio de outros agentes. O Bitcoin foi a primeira criptomoeda do mundo. Criado em 2008, por um usuário ou grupo de usuários de forma anônima e voluntária que atende sob o pseudônimo de Satoshi Nakamoto, mas que entrou em funcionamento somente em 03 de janeiro de 2009. Sua rede é descentralizada. Nas redes descentralizadas, todos os participantes guardam uma cópia do registro, reduzindo o poder de cada agente sobre os dados e criando accountability sobre quem os modificou e quando. No mundo da DLT, essa autoridade central é substituída pela figura dos múltiplos membros da rende, todos com as mesmas informações, que exercem a mesma função de validação e liquidação através dos processos de comparação que são chamados de “mecanismos de consenso”. O que é a tecnologia blockchain? A blockchain é um tipo específico de Distributed ledger technology* que se destaca no meio das moedas digitais, criptomoedas e stablecoins*. A base de dados é organizada na forma de blocos encadeados sequencialmente. Chama-se “mineração de dados” a atividade de tentar validar a transação dentro do blockchain (validar o bloco), através da resolução de uma hash (uma espécie de função ou enigma ou problema matemático) que pode ser solucionado via “mecanismos de consenso”, tais como o proof of work (modelo de competição entre os agentes para validação do bloco) ou proof of stake (o agente responsável pela validação do bloco é escolhido por algoritmo). O minerador que conseguir decifrar o enigma (resolver o problema ou hash) pode ser recompensado com criptomoeda. O minerador faz, assim, o papel que hoje é realizado pelos bancos de criar moeda. O dinheiro na era digital: blockchain, bitcoin e demais criptomoedas 54 Características do Bitcoin 1. Digital; 2. Neutra; (isenta de vínculo político) 3. Independente; 4. Criptografada - garante a privacidade, elemento fundamental para que o dinheiro seja livre de verdade; 5. Baseada na tecnologia conhecida como Blockchain; 6. Resistente à inflação inesperada. O sistema de consenso é o que garante a segurança da rede e a imutabilidade das informações. *Stablecoins: consideradas moedas virtuais ou criptomoedas que visam manter estabilidade de valor frente a algum ativo/grupo de ativos previamente definido. Assim como a criptomoeda, ambas são digitais, usam redes descentralizadas, fazem transações P2P (peer-to-peer), são baseadas em tokens ao invés de contas e não são emitidas pelos bancos centrais. *Distributed Ledger Tecnology: banco de dados compartilhado em uma rede para que cada participante tenha uma cópia idêntica. Deve ter mecanismo de consenso para validar novas entradas no livro de registro. O dinheiro na era digital: blockchain, bitcoin e demais criptomoedas 55 Token: No universo das criptomoedas, token é a prova eletrônica de propriedade de ativos físicos, ou seja, a representação digital de um ativo em uma blockchain. Na área de tecnologia, token refere-se a um dispositivo eletrônico/sistema gerador de senhas bastante utilizado por bancos. Características do Blockchain • Mais que 50% dos participantes precisam concordar e sincronizar a cadeia de blocos para que as informação armazenadas sejam validadas; • Cada novo bloco faz referência ao anterior, e, a cada nova entrada de dados, o último elo é verificado. • Utiliza criptografia em todas suas ligações, o que assegura que informações sigilosas possam ser armazenadas sem que nenhum ponto da rede tenha acesso ao conteúdo, que só se torna visível para quem possui a devida autorização. Big data: é o ambiente tecnológico que permite processar um grande volume de dados coletados ou produzidos para análises e finalidades variadas, que auxiliam na tomada de decisões. Seus atributos recorrentes denominados “4 Vs”, são: (i) volume – a capacidade computacional atual que permite processar grande quantidade de informações; (ii) velocidade – aumento da velocidade de processamento para tempo real ou quase; (iii) variedade – diversidade de estrutura, espécie e conjuntos de dados disponíveis; e (iv) valor – os dados são matéria-prima capaz de gerar valor, inclusive de monetização, para atividades empresárias ou não. A principal relevância da Big Data para a economia e para a sociedade é que ela fornece as condições necessárias para que, por meio do uso de modelos de IA, toda essa matéria- prima bruta informacional seja analisada mediante tratamento algorítmico, permitindo, por exemplo, a identificação de padrões de comportamento ou tendências econômicas, a exemplo das predições de risco e retorno realizadas pelas instituições financeiras e que se transformam em serviços financeiros, como crédito, seguro e investimento, mais eficientes e customizados. O dinheiro na era digital: blockchain, bitcoin e demais criptomoedas 56 chaves criptografadas Privada: dá acesso à moeda. Não deve ser compartilhada. Pública: servem como endereço da conta! pode ser compartilhada e permite que você envie ou receba recursos. A maior parte das carteiras, tanto de aplicativos quanto em carteiras físicas, convertem a chave privada em uma sequência de doze a 24 palavras que funcionam como um backup. São as chamadas “palavras-semente”. Se você perder o código, perdeu o Bitcoin. Chave pública Chave privada O dinheiro na era digital: blockchain, bitcoin e demais criptomoedas • Criação de novos bitcoins que serão inseridos na rede; • Necessário resolver um enigma criptográfico computacional; • O minerador que desvendar o enigma ganha o direito de inscrever um novo bloco na blockchain e as taxas das futuras transações que ocorrerem nesse bloco, assim como um montante em bitcoins; • Para minerar é necessário um hardware em específico, projetado especialmente para a resolução de enigmas computacionais. • Cada bloco contém uma recompensa de 50 moedas nos primeiros quatro anos de operação do Bitcoin, a ser reduzido pela metade depois em 25 moedas e depois a cada quatro anos dividindo pela metade (esse evento é chamado de halving) 57 Mineração: as transações são validadas e adicionadas à blockchain através de um processo chamado “mineração”, que também é o método pelo qual novos bitcoins são criados. O limite de Bitcoins é de cerca de 21 milhões. O que é uma carteira ou Wallet? Pode ser um aplicativo de celular, um pedaço de papel, um programa no computador ou até um hardware, semelhante a um pen-drive. Cold Wallet Carteiras Off-line. Exemplos são as carteiras em hardware (que são parecidos com um pen- drive, das marcas Trezor e Ledger, que você pode adquirir nos sites oficiais), ou carteiras em papel, que são as chaves pública e privada impressas em um papel. Hot Wallet Carteiras On-line. Possuem acesso à internet pelo dispositivo onde estão instaladas e são mais práticas para quem quer movimentar e usar suas criptomoedas com mais frequência. Geralmente são aplicativos no celular ou programas no computador e são mais aconselháveis para a manutenção de saldos menores. Também possuem backup das chaves privadas. O dinheiro na era digital: blockchain, bitcoin e demais criptomoedas 58 Módulo 11 – Correspondentes bancários. Correspondentes Bancários Os correspondentes bancários consistem em parcerias estabelecidas entre as Instituições Financeiras e empresas do setor do comércio, sobretudo varejista, assim como dos Correios, lotéricas, cartórios etc. Estas empresas comercializam produtos e serviços bancários e executam operações transacionais, sem a intermediação direta de um trabalhador bancário. A definição de correspondentes bancários segundo resoluções do CMN (Conselho Monetário Nacional) é a atividade de execução de serviços acessórios às atividades dos bancos, pormeio de empresas não-bancárias que são empregadas para este fim. 60 Importante! O correspondente não precisa de autorização do BC, apenas a instituição que o contrata! Vantagens • O banco consegue tirar os “não-clientes” das agências que avolumam filas dos caixas; • Inclusão financeira; • Aumenta a capacidade de alcance dos bancos. Desvantagens • O correspondente bancário não possui as mesmas condições de trabalho de um bancário; • Não possui a mesma remuneração. Correspondentes Bancários O contrato de correspondente pode ter por objeto as seguintes atividades de atendimento: • Recepção e encaminhamento de propostas de abertura de contas de depósitos e de pagamentos; • Realização de recebimentos, pagamentos e transferências eletrônicas; • Execução ativa e passiva de ordens de pagamento; • Recepção e encaminhamento de propostas de operações de crédito e de arrendamento mercantil; • Recebimentos e pagamentos relacionados a letras de câmbio; • Realização de operações de câmbio (exemplo: compra e venda de moeda estrangeira). 61 Resolução CMN 4935/2021 Limitação ao valor de US$3.000,00 (três mil dólares dos Estados Unidos), ou seu equivalente em outras moedas, por operação, e no caso de operação de compra ou de venda de moeda estrangeira em espécie com entrega do contravalor em moeda nacional também em espécie, limitação ao valor de US$1.000,00 (mil dólares dos Estados Unidos), ou seu equivalente em outras moedas; Módulo 12 – Sistema de pagamentos instantâneos (PIX). Sistema de pagamentos instantâneo (PIX) 63 Pix é o pagamento instantâneo brasileiro. O meio de pagamento criado pelo Banco Central (BC) em que os recursos são transferidos entre contas em poucos segundos, a qualquer hora ou dia. O Pix pode ser realizado a partir de uma conta corrente, conta poupança ou conta de pagamento pré-paga. • Com o Pix, não é necessário saber onde a outra pessoa tem conta; • O Pix funciona 24 horas, 7 dias por semana, entre quaisquer bancos, fintechs e Instituições de pagamento; • As transações de pagamento por meio de boleto exigem a leitura de QR Code; • Liquidação em tempo real; • Transações a partir de R$ 0,01; • Chave Pix: CPF, CNPJ, E-mail, número de celular ou chave aleatória. Características Importante! Em geral, não há limite máximo de valores. Entretanto, as instituições que ofertam o Pix poderão estabelecer limites máximos de valor baseados em critérios de mitigação de riscos de fraude e de critérios de prevenção à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo. Os usuários podem solicitar ajustes nos limites estabelecidos, devendo a instituição acatar imediatamente a solicitação caso o pedido seja para redução de valor. Pessoas físicas possuem limites máximos pré-definidos, que podem ser alterados pelos clientes. A redução é imediata, mas o aumento depende de avaliação da instituição. O aumento é efetivado entre 24 e 48 horas após o pedido. • De PF para PF, de dia o limite é igual ao do TED; à noite: R$ 1.000,00; • De PF para PJ – de dia ou à noite: igual ao limite do TED. O correntista pode escolher se o período noturno começara às 22h, terminando às 6h. Sistema de pagamentos instantâneo (PIX) 64 Segurança Autenticação Rastreabilidade Tráfego seguro de informações Toda e qualquer transação, inclusive aquelas relacionadas ao gerenciamento das chaves Pix, só pode ser iniciada em ambiente seguro da instituição de relacionamento do usuário que seja acessado por meio de uma senha ou de outros dispositivos de segurança integrados ao telefone celular, como reconhecimento biométrico e reconhecimento facial ou uso de token; todas as operações com o Pix são totalmente rastreáveis, o que permite a identificação das contas recebedoras de recursos produtos de fraude/golpe/crime, permitindo a ação mais incisiva da polícia e da Justiça, o que não acontece com saques em caixas eletrônicos, por exemplo; O tráfego das informações das transações é feito de forma criptografada na Rede do Sistema Financeiro Nacional (RSFN), que é uma rede totalmente apartada da internet e na qual cursam as transações do Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB). Todos os participantes do Pix têm que emitir certificados de segurança para conseguir transacionar nessa rede. Além disso, todas as informações das transações e os dados pessoais vinculados às chaves Pix são armazenados de maneira criptografada em sistemas internos do BCB Sistema de pagamentos instantâneo (PIX) 65 Tanto no Pix Saque quanto no Pix troco, é possível retirar dinheiro em espécie onde esse serviço é oferecido, como lojas, lotéricas, caixas eletrônicos, etc. É só ler um QR Code e fazer um Pix da sua conta para a conta do local que está oferecendo o serviço. Pix Troco O valor é a diferença entre o valor total do Pix e o valor da compra que você fez. Pix Saque O dinheiro é o valor do Pix que você fez. O limite do saque é R$3.000,00 de dia, e R$1.000,00 à noite. Pessoas físicas podem fazer até 08 saques por mês, de graça. Sistema de pagamentos instantâneo (PIX) 66 Bloqueio cautelar O que fazer em caso de golpe, fraude ou um crime O bloqueio cautelar é um mecanismo exclusivo do Pix para aumentar a segurança dos seus usuários. Acontece quando existe uma suspeita de fraude. No momento do recebimento do Pix, os recursos são imediatamente bloqueados por até 72 horas pela instituição do recebedor para fazer uma avaliação mais detalhada. Se houver fraude: os recursos serão devolvidos ao pagador. Se não houver fraude: o bloqueio é encerrado e o recurso é devolvido ao recebedor. Com o registro do caso, sua instituição deve registrar uma notificação de infração por meio do BC, a instituição do suposto golpista irá bloquear os valores e ambas instituições terão um tempo para avaliar detalhadamente o caso. Após 7 dias, se for comprovado o golpe ou a fraude, o seu dinheiro será devolvido em até 96 horas. Caso não haja saldo suficiente para efetuar a devolução total dos valores, até o prazo máximo de 90 dias da transação original a instituição de relacionamento do recebedor deve monitorar a conta e, surgindo recursos na conta, deve efetuar devoluções parciais. Registre um BO na polícia. Registre uma reclamação na Instituição. Módulo 13 – Transformação digital no Sistema Financeiro (já abordado anteriormente). Módulo 14 – Moeda e política monetária: políticas monetárias convencionais e não-convencionais (quantitative easing). Moeda Moeda como Reserva de Valor: A separação entre os atos de compra e de venda em termos individuais permite a separação temporal, isto é, o indivíduo ao vender não precisa comprar imediatamente outra mercadoria. Para que o indivíduo possa escolher o momento de utilizar o poder de compra adquirido ao vender sua mercadoria, esta deve manter seu valor ao longo do tempo, isto é, a moeda deve, ao menos durante certo intervalo de tempo, ser reserva de valor. Como a moeda é reserva de valor e unidade de conta, abrimos, inclusive, a possibilidade de que as transações não sejam liquidadas imediatamente contra a entrega da moeda; a mercadoria pode circular com uma promessa futura de pagamento. Esta possibilidade de diferir o pagamento, a liquidação no tempo, é a origem do sistema de crédito. 69 Moeda I. Meio de trocas; II. Unidade de conta; e III. Reserva de valor. Monetização da Economia Inflação Poder de compra Desmonetização da Economia Inflação Poder de compra Compra de TPF Moeda como meio de troca: É consequência natural da evolução econômica e social a passagem das trocas diretas para as indiretas. Com isso, elimina-se a necessidade da dupla coincidência de desejos da troca direta. Moeda como Unidade de conta: A moeda desempenha a função de denominador comum de valor, isso é, fornece o padrão para que as demais mercadorias expressem seus valores. Ela desempenha a função de ser a expressão geral do valor, isto é, fornece o “referencial” para que as demais mercadorias cotemseus valores. Pode ser chamada de unidade de medida de valor. Políticas Monetárias convencionais LIQUIDEZ INFLAÇÃO PIB Aumentar Compulsório e Redesconto ou Vender T.P.F. Reduz Reduz Reduz Reduzir Compúlsório e Redesconto ou Comprar T.P.F Aumenta Aumenta Aumenta 70 COPOM e Políticas Monetárias convencionais • indústria e agricultura (Varejista); • Índice oficial de inflação do Brasil; • Calculado e divulgado pelo IBGE; • Utiliza uma cesta de mercado para cálculo do índice; • Pesquisa famílias que recebem de 1 a 40 salários mínimos; • A meta do IPCA é definida pelo CMN; • Divulgado aproximadamente no 8° dia útil do mês. 71 SELIC Meta O Comitê de Política Monetária (Copom) é o órgão do Banco Central, formado pelo seu Presidente e diretores, que define, a cada 45 dias, a taxa básica de juros da economia – a Selic. As decisões do Copom são tomadas visando com que a inflação medida pelo IPCA situe-se em linha com a meta definida pelo CMN. Uma vez definida a taxa Selic, o Banco Central atua diariamente por meio de operações de mercado aberto – comprando e vendendo títulos públicos federais – para manter a taxa de juros próxima ao valor definido na reunião. Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) Operações Compromissadas 72 Selic Over: é a taxa média das operações compromissadas lastreadas em título público federal praticadas no mercado interbancário com duração de 1 dia e compromisso de recompra. Esta taxa é determinada pela média ponderada do volume de negócios realizados durante o dia entre as instituições financeiras e o Banco Central, e é representada na forma anual. 72 Certificado de Depósito Interbancário (CDI) = taxa DI: é a taxa média das operações compromissadas lastreadas em títulos privados praticada no mercado interbancário com duração de 1 dia e compromisso de recompra. COPOM SELIC Meta SELIC-Over CDI Política monetária não-convencional (Quantitative Easing) 73 Características O Quantitative easing (QE), é uma forma de política monetária não convencional em que um banco central compra títulos de longo prazo no mercado aberto para aumentar a oferta de moeda e encorajar empréstimos e investimentos. • Ambiente de taxas de juros próximas a zero – que deixa a política monetária convencional impotente para evitar uma espiral deflacionária; • Aumento do ativo do balanço do Banco Central, ou seja, aumento da base monetária, por meio da compra de ativos financeiros públicos e privados; • A compra do QE é realizada à mercado; • A compra do QE faz com que suba os preços dos títulos de longo prazo e force a queda do juro de longo prazo; Agregados Monetários BM = PMPP + R M1 = PMPP + DV M2 = M1 + Poupança + Títulos privados M3 = M2 + Cotas de FIRF + Op. Comp. registradas no SELIC M4 = M3 + Títulos públicos federais • BM = É a moeda emitida pelo BCB (dinheiro com poder de multiplicação); • PMPP = Moeda em circulação – caixa dos bancos comerciais; • R = Reservas: R1(compulsórias), R2(voluntárias), R3(moeda corrente = caixa do banco); • M1 = meio de pagamento (é a oferta de moeda – ativos com liquidez absoluta). • Pode gerar inflação; • Pode desvalorizar a moeda doméstica.QE Módulo 15 – Orçamento público, títulos do Tesouro Nacional e dívida pública. Orçamento Público Planejamento 75 é um espaço político decisório no qual o governo decide, em resposta às demandas da sociedade, quais políticas públicas serão implementadas para enfrentar problemas e aproveitar oportunidades. Plano Plurianual (PPA) • define as diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para o horizonte de quatro anos - vigente do segundo ano do mandato atual do presidente até o primeiro ano do mandato do próximo presidente, quando é preparado um novo PPA. • Possui metas para cada área de atuação: saúde, educação, saneamento, transportes, energia etc.; • Também é incluído no PPA os gastos necessários para garantir a oferta permanente de determinado serviços público: exemplo, distribuição de cestas básicas para populações carentes; • Cada esfera do Governo tem um PPA (Federal) PPA (estadual) e PPA (municipal) porque eles possuem suas próprias responsabilidades. Define o que é mais importante e como o governo deve montar e aplicar o orçamento a cada ano. Ela traz as regras para elaborar e executar o orçamento para o ano seguinte, definindo também prioridades e metas do governo. Tanto a LDO quanto o orçamento seguem um plano maior, que é justamente o PPA. A LDO estabelece a ligação entre a LOA e a PPA. Aqui diz, por exemplo, quanto será o reajuste do salário mínimo e quanto o governo precisa poupar todo ano para pagar sua dívida. Aqui são definidas as “regras do jogo”. Antes de fazer o orçamento, o governo prepara a Lei de Diretrizes Orçamentária (LDO). A LOA estima as receitas e programa as despesas de cada ano de acordo com as prioridades do PPA e as regras estabelecidas pela LDO. Nenhuma despesa pública pode ser executada sem estar prevista na LOA. O orçamento federal inclui toda a programação de gastos da administração pública, desde o pagamento de pessoal, de aposentadorias, saúde, educação, até os investimentos das empresas estatais. O orçamento público na verdade é uma LEI, que é justamente a LOA. Orçamento Público 76 Lei Orçamentária Anual (LOA) Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) Regras Programação dos gastos Orçamento Público Receitas Despesas Vinculadas: só podem ser usadas para determinados fins, definidos em lei. Exemplo: salário educação – contribuição paga pelas empresas a UNIÃO que só pode ser usada para cobrir gastos com ensino fundamental. Outro exemplo é a contribuição chamada CIDE que vem embutida no preço da gasolina que só pode ser usada na construção e recuperação de estradas, em infraestrutura de transporte e em ações de proteção ambiental. Obrigatórias: pagamento da dívida pública; salários dos servidores; aposentadorias; benefícios como auxílio maternidade e auxílio doença; transferências que a constituição define para estados e municípios e etc. Acaba deixando pouca margem para a despesa discricionária. Não vinculada: de outro lado, é aquele em que o administrador público poderá escolher, utilizando-se dos critérios da conveniência e oportunidade, onde aplicar os valores arrecadados. Discricionárias: financiamento de pesquisas científicas; melhoria do ensino; modernização de hospitais; construção de estradas, infraestrutura e etc. 77 Títulos do Tesouro Nacional Os títulos públicos são títulos de renda fixa emitidos pelo governo. Os investidores de varejo atualmente conseguem investir diretamente em títulos públicos federais, emitidos pela União, pelo Programa do Tesouro Direto, desenvolvido pelo Tesouro Nacional em parceria com a B3. 78 Sem cupomCom cupom Juros compostos.Juros simples. Sigla Nome utilizado Rentabilidade Observações Títulos SEM Cupom LTN Tesouro Prefixado Deságio sobre o valor nominal (Prefixado) O valor de face é sempre R$ 1.000,00 por unidade de título. LFT Tesouro Selic SELIC (pós-fixado) Se a Selic aumentar a sua rentabilidade aumenta e vice-versa. Pode ser negociado ao par, com Deságio ou ágio. NTN-B (principal) Tesouro IPCA IPCA + juros (pós-fixado) Aumenta o poder de compra do dinheiro NTN-B1 Tesouro Renda + IPCA + juros (pós-fixado) O principal é pago em 240 parcelas (amortizações) mensais que iniciam na data de conversão. Títulos COM Cupom NTN-B (6% a.a. o cupom) Tesouro IPCA com Juros Semestrais IPCA + juros (pós-fixado) Aumenta o poder de compra do dinheiro NTN-F (10% a.a. o cupom) Tesouro Prefixado com Juros Semestrais Deságio sobre o valor nominal (Prefixado) O valor de face é sempre R$ 1.000,00 por unidade de título + ultimo pagamento de juros Semestrais. Títulos do Tesouro Nacional 79 Características • São tidos como títulos livres de risco de crédito; • Possuem liquidez diária; • pós-fixado é indicado para alta da SELIC; • Pré-fixado é indicado para queda da SELIC; • O imposto deRenda é conforme tabela de renda fixa; • O valor mínimo para comprar títulos é de R$30,00 ou 0,01 título; • O valor máximo de compra é R$ 1 milhão por mês; • O cupom é pago sobre o valor nominal (de face ou vencimento) do título, independente da taxa ou do preço de compra; • São escriturais, nominativos e negociáveis. Taxa de desconto Preço Unitário (PU) • No deságio: o investidor recebe SELIC + taxa%. Preço mais barato que ao par. Rentabilidade acima da SELIC. • No ágio: o investidor recebe SELIC – taxa%. Preço mais caro que ao par. Rentabilidade abaixo da SELIC. • Ao par: o investidor recebe SELIC + 0,00%. Rentabilidade igual da SELIC. LFT Títulos do Tesouro Nacional 80 Dívida Pública 81 Dívida Pública Federal (DPF) À forma À moeda Classificada quanto Emissão de títulos públicos Assinatura de contratos Dívida mobiliária Dívida contratual Pagamentos e recebimentos realizados na moeda corrente do país (Real) Pagamentos e recebimentos realizados em moeda estrangeira (usualmente o dólar). Dívida interna (DPMFi) Dívida externa (DPMFe) Rolagem da dívida (ou refinanciamento): na data de vencimento de um título que o governo emitiu, ele emite outro para substituir o anterior. Não é dinheiro novo entrando para os cofres do governo, o que significa que ele não poderá fazer novos gastos com esses recursos. O governo vai continuar pagando juros e uma parte do principal da dívida pública (amortização). Módulo 16 – Produtos Bancários: Programas sociais e benefícios do trabalhador; noções de cartões de crédito e débito, crédito direto ao consumidor, crédito rural, poupança, capitalização, previdência, consórcio, investimentos e seguros. Bolsa família 83 Bolsa família: É um programa de transferência direta e indireta de renda, destinado às famílias em situação de pobreza e extrema pobreza em todo o país, de modo que consigam superar a situação de vulnerabilidade social. O Programa é gerido pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, responsável pela gestão do Programa e envio dos recursos paga pagamento dos benefícios. A Caixa é o Agente Operador do Programa, responsável pelo pagamento dos benefícios e disponibilização de canais de atendimento aos beneficiários que tenham dúvidas sobre o saque do benefício. 83 Elegíveis ao Programa Bolsa Família • Inscritas no CadÚnico; e • Cuja renda familiar per capita mensal seja igual ou inferior a R$ 218,00. O Bolsa família instituído pela MP n° 1.164/2023 substituiu o Programa Auxílio Brasil, instituído pela Lei n° 14.284/2021. Benefícios financeiros do programa • Benefício de Renda de Cidadania, no valor de R$ 142 por integrante; • Benefício complementar, destinado as famílias cuja soma dos valores relativos aos benefícios financeiros seja inferior a R$ 600; • Benefício Primeira infância, no valor de R$ 150 por criança, com idade entre 0 e 7 anos incompletos; • Benefício Variável Familiar, no valor de R$ 50,00 destinado às famílias que possuírem gestantes, crianças com idade entre 7 e 12 anos incompletos, ou adolescentes entre 12 e 18 anos incompletos; Auxílio Gás 84 Auxílio Gás: É um programa de auxílio à compra do gás de cozinha, destinado a famílias de baixa renda. O Programa é gerido pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, responsável pelo envio dos recursos para pagamento. A CAIXA é responsável por realizar o pagamento do Auxílio Gás para as pessoas selecionadas. 84 Elegíveis ao Programa Auxílio Gás • Inscritas no CadÚnico com renda familiar mensal per capita menor ou igual a meio salário-mínimo; • O auxílio será concedido preferencialmente às famílias com mulheres vítimas de violência doméstica que estejam sob o monitoramento de medidas protetivas de urgência; Benefícios financeiros do programa • A cada bimestre, a família receberá valor monetário correspondente a uma parcela de, no mínimo, 50% da média do preço nacional de referência do botijão de 13kg; Benefícios do trabalhador 85 Benefícios Características FGTS • O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) foi criado com o objetivo de proteger o trabalhador demitido sem justa causa, mediante a abertura de uma conta vinculada ao contrato de trabalho. • Os empregadores, depositam no início de cada mês, em nome dos empregados, o valor correspondente a 8% do salário de cada funcionário; • Todo trabalhador brasileiro com contrato formal, regido pela CLT, e, também, trabalhadores domésticos, rurais, temporários, intermitentes, avulsos, safreiros e atletas profissionais têm direito ao FTGTS; • O FGTS possui remuneração mensal da TR + 3,00% a.a. e pode distribuir resultados, com o objetivo de incrementar a rentabilidade; • Saque-aniversário do FGTS: Sistema opcional onde anualmente, no mês de aniversário, o trabalhador pode sacar parte do seu saldo do FGTS. Caso o trabalhador seja demitido, poderá sacar apenas o valor referente à múlta rescisória e não poderá sacar o valor integral da conta; • Condições para saque: demissão sem justa causa; aposentadoria; necessidade pessoal, urgente e grave, decorrente de desastre natural; falecimento do trabalhador; idade igual ou superior a 70 anos; portador de HIV; Neoplasia maligna; doenças graves etc. Abono Salarial • Equivale ao valor de, no máximo, um salário mínimo ao trabalhador que: a) esteja cadastrado no Programa de Integração Social (PIS) ou Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PASEP); b) Tenha recebido remuneração mensal media de até dois salários mínimos durante o ano- base; c) Ter exercido atividade remunerada para Pessoa Jurídica, durante pelo menos 30 dias, consecutives ou não, no ano-base; Benefícios Características INSS • O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) é responsável pelo pagamento da aposentadoria e demais benefícios aos trabalhadores brasileiros, com exceção de servidores públicos. Para ter direito ao benefício, o trabalhador deverá pagar uma contribuição mensal durante um determinado período ao INSS, variando de acordo com o tipo de aposentadoria; • A CAIXA atua como Agente Pagador de Benefícios do INSS, sob gestão do Ministério do Trabalho e Previdência. A origem dos recursos para pagamento é da União; • A aposentadoria pode ser por idade ou tempo de contribuição. Seguro desemprego • Oferece auxílio em dinheiro por um período determinado ao trabalhador desemprego em virtude de dispensa sem justa causa. Ele é pago de três a cinco parcelas de forma continua ou alternada, de acordo com o tempo trabalhador; • A Caixa atua como agente pagador, cujos recursos são custeados pelo FAT. Benefícios do trabalhador 86 Cartão de débito e Crédito O cartão de débito é uma forma de pagamento eletrônica que permite a dedução do valor de uma compra diretamente na conta bancária do titular do cartão (conta corrente ou poupança). Para a efetivação de uma transação, o cliente deve utilizar uma senha para autorizar o acesso aos seus fundos bancários. A transação é feita por um terminal eletrônico chamado de POS (point of sale) instalado no estabelecimento comercial e este está conectado diretamente em rede bancária. Um comprovante é emitido ao final da transação, e todas as transações são listadas no extrato mensal da conta do cliente. 87 O Cartão de crédito é uma forma de pagamento eletrônico (dinheiro de plástico). É um cartão de plástico que pode conter ou não um chip e apresenta na frente o nome do portador, número do cartão e data de validade (pelo menos) e, no verso, um campo para assinatura do cliente, o número de segurança (CVV) e a tarja magnética (geralmente preta). O CVV é uma sigla para Card Verification Value, que significa “Valor de Verificação do Cartão”, ou, como é chamado popularmente, Código de Verificação do Cartão. O CVV é utilizado pelos sistemas de pagamento com o objetivo de garantir que a pessoa que está realizando o pagamento tenha o cartão fisicamente disponível no momento da compra. Ou seja, o CVV do cartãofunciona como uma forma de proteção contra fraudes em transações feitas na internet Cartão de débito e Crédito As operações de cartões de crédito envolvem 5 participantes: Estabelecimento Adquirente Bandeira Emissor Pessoa interessada em adquirir bens ou contratar serviços pagando através do cartão de crédito. Pode ser o titular da conta de cartão de crédito (responsável pelo pagamento das faturas) ou apenas portador do cartão adicional (atrelado a conta de algum titular). Portador Empresa interessada em vender ou prestar serviço recebendo o pagamento feito pelos seus clientes através do cartão de crédito. Empresa responsável pela comunicação da transação entre o estabelecimento e a bandeira. Para isso, aluga e mantém os equipamentos usados pelos estabelecimentos como, por exemplo, o POS. As maiores adquirentes no Brasil são, dentre outras, Rede, Cielo, Getnet, Stone (joint de subsidiárias do Citibank e do Citigroup) e PagSeguro. Empresa responsável pela comunicação da transação entre o adquirente e o emissor do cartão de crédito e pela padronização dos cartões e tecnologias entre as empresas participantes do mercado para garantir que todos os cartões com determinada bandeira possam ser usados em qualquer estabelecimento que a aceite. As maiores bandeiras presentes no mercado brasileiro são, dentre outras, Visa, MasterCard, American Express, Diners Club International, Elo etc. Para identificar qual é o emissor do cartão, as bandeiras usam os 6 primeiros números do cartão, chamados de "bin". Também chamado de empresa administradora do cartão, Instituição financeira, principalmente bancos, que emitem o cartão de crédito, definem limite de compras, decidem se as transações são aprovadas, emitem fatura para pagamento, cobram os titulares em caso de inadimplência e oferecem produtos atrelados ao cartão como seguro, parcelamento de fatura, empréstimos, cartões adicionais e programa de recompensas. 88 Crédito Direto ao Consumidor (CDC) É um financiamento destinado aos consumidor, ou seja, as pessoas que desejam utiliza-lo podem fazer compras e aquisições de produtos, serviços ou bens duráveis de forma parcelada. O CDC pode ser oferecido por bancos e financiadoras de crédito, ou ainda por lojas que possibilitam as compras por crediário. Alguns bancos oferecem o CDC como um empréstimo pessoal pré-aprovado comum, podendo ser utilizado para qualquer finalidade e não somente em compras parceladas. Na prática, toda vez que você compra um produto de forma parcelada, está utilizando o CDC. Se for feita uma compra usando o cartão de crédito, é o banco quem está concedendo esse financiamento. Como todo empréstimo, é cobrado juros. 89 1. quanto mais parcelada for a compra, mais alto será o valor final; 2. Possibilidade de cobrança de IOF; 3. avaliação financeira, no caso de empréstimo pré-aprovado pelo banco; 4. taxa de juros maior que os rendimentos da poupança; 5. facilidade de acumular dívidas. Vantagens 1. facilidade para encontrar e contratar o crédito; 2. flexibilidade nas condições de pagamento; 3. juros menores que os do cheque especial e do cartão de crédito; 4. diferentes modalidades de crédito voltadas para interesses específicos, como saúde e educação; 5. possibilidade de antecipar parcelas e/ou quitar a dívida Desvantagens Crédito Rural O crédito rural é o financiamento destinado ao segmento rural. Os produtores rurais utilizam os recursos concedidos pelas instituições financeiras nessa linha de crédito de diversas maneiras na sua propriedade. Por exemplo, podem investir em novos equipamentos e animais ou custear matéria prima para o cultivo. Podem ainda utilizar esses recursos para comercializar e industrializar a produção. São as chamadas finalidades do crédito rural. 90 destina-se à industrialização de produtos agropecuários, quando efetuada por cooperativas ou pelo produtor na sua propriedade rural. Finalidades Crédito de custeio destina-se a cobrir despesas normais dos ciclos produtivos, da compra de insumos à fase de colheita. Crédito de investimento destina-se a aplicações em bens ou serviços cujo benefício se estenda por vários períodos de produção. Por exemplo na aquisição de um trator. Crédito de comercialização destina-se a viabilizar ao produtor rural ou às cooperativas os recursos necessários à comercialização de seus produtos no mercado. Crédito de industrialização Crédito Rural 91 Caderneta de poupança • Remunera sobre o menor saldo do período; • 29, 30 e 31 tem como data de aniversário o dia 1°; • Depósito em cheque tem como data de aniversário o dia do depósito e não da compensação; • Possui Fundo Garantidor de Crédito (FGC); • É isento de IR para pessoa física; • PJ paga IR de acordo com a tabela de Renda fixa e o rendimento é trimestral; • Deve ser usada para financiamento habitacional e/ou crédito rural. Se a SELIC estiver abaixo de 8,5% a.a. → 70% SELIC + TR Se a SELIC estiver acima de 8,5% a.a. → 0,5% a.m + TR. 92 Características Até o dia 03 de maio de 2012: 6% a.a + TR. Posterior a 03 de maio de 2012: depende da SELIC. Capitalização a) Tradicional: opção para quem quer formar uma reserva financeira e concorrer a prêmios; b) Instrumento de Garantia: oferecer garantias em contrato de qualquer natureza, incluindo aluguéis e empréstimos; c) Incentivo: realizar ações promocionais de vendas com sorteios; d) Filantropia Premiável: apoiar projetos de caráter social; e) Popular: para quem busca soluções de baixo custo, como o título de capitalização Popular. 93 Um título de capitalização é um título de crédito comercializado por empresas de capitalização ou Sociedades de capitalização – entidades, constituídas sob a forma de sociedades anônimas, que negociam contratos (títulos de capitalização) que têm por objeto o depósito periódico de prestações pecuniárias pelo contratante, o qual terá, depois de cumprido o prazo contratado, o direito de resgatar parte dos valores depositados corrigidos por uma taxa de juros estabelecida contratualmente; conferindo, ainda, quando previsto, o direito de concorrer a sorteios de prêmios em dinheiro. Tipos de títulos Capitalização Parte de SorteioR$ Parte Capitalizada Parte de Administração Capitalizador Para trabalhar com capitalização, a empresa deve ter registro na SUSEP, órgão que normatiza e fiscaliza o setor. Há duas formas de comercialização desses títulos, de pagamentos periódicos ou único. No Brasil são chamados de PM (Pagamento Mensal) e o PU (Pagamento Único). 1. O PM é um plano em que os pagamentos dos prêmios são periódicos, geralmente mensais. É possível que após o último pagamento o plano ainda mantenha-se em vigor, pois seu prazo de vigência pode ser diferente do que seu prazo de pagamento; 2. Os planos PU são aqueles em que o pagamento é único e sua vigência fica estipulada na proposta. Ao fim do plano, ou após o período de carência, o capitalizador só terá direito a resgatar a parte capitalizada. A parte de sorteio é destinada ao pagamento dos prêmios de sorteio e a taxa de administração é destinada a remunerar a empresa que administra o título. Geralmente o valor do saque ao final do plano é pouco ou nada maior que a soma de todos os pagamentos feitos ao longo do tempo. 94 os títulos de capitalização NÃO DEVEM SER CONSIDERADOS COMO APLICAÇÃO FINANCEIRA OU POUPANÇA, pois não se enquadram nem como de renda fixa, já que tendem a render quase nada, nem como de risco. Regimes Previdenciários Brasileiro O modelo da Previdência Social brasileira adota o regime de repartição simples, que funciona em regime de caixa. Nesse caso, as contribuições dos trabalhadores ativos são utilizadas para o pagamento dos benefícios dos aposentados. Esse modelo é um sistema previdenciário de Benefício Definido (BD) - modalidade de plano segundo a qual o valor do benefício contratado é previamente estabelecido na proposta de inscrição. A repartição simples mantém seu equilíbrio quandoo número de contribuintes ativos é superior ao número de aposentados 95 Repartição simples O regime de capitalização utiliza o método de Contribuições Definidas (CD), que são capitalizadas em contas individualizadas, ou coletivas, para a formação de uma reserva financeira. Esta, na ocasião da aposentadoria, será transformada em benefícios, ou seja, o benefício que o trabalhador receberá depende das contribuições do próprio indivíduo e das taxas de retorno dos investimentos realizados com os recursos acumulados, portanto não há déficit. Capitalização • Na Previdência Social, a contribuição é obrigatória por lei para os trabalhadores que fazem parte do sistema formal de emprego. É uma instituição pública que tem como objetivo reconhecer e conceder direitos a seus segurados. • Os planos de previdência complementar são facultativos e têm como objetivo complementar os benefícios da Previdência Social, pois na previdência oficial há limites máximos a serem pagos aos beneficiários, que muitas vezes se mostram insuficientes para manter o padrão de renda do indivíduo na aposentadoria. Previdência Social Previdência social Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) Benefícios aos trabalhadores ou seus dependentes 96 executada provê Todos os cidadãos e cidadãs brasileiros, a partir de 16 anos de idade, que contribuem mensalmente para a Previdência Social são chamados de segurados e têm direitos aos benefícios e serviços oferecidos pelo INSS no Regime Geral de Previdência Social (RGPS). Estudantes, profissionais liberais e pessoas que não têm trabalho remunerado também podem se inscrever no INSS e contribuir mensalmente, garantido sua proteção previdenciária. Fonte de recursos para o RGPS: • Folha de salário dos trabalhadores empregados (contribuem tanto trabalhador quanto empregador); • Contribuição sobre o Lucro Líquido (CSLL); • Contribuição sobre a renda bruta das empresas (Cofins); e • Contribuição sobre a renda líquida dos concursos de prognósticos (todo e qualquer sorteio de números, loterais, apostas etc.). Previdência Social Benefícios para a família Benefícios Quem têm direito Salário maternidade • Todas as seguradas e segurados em casos específicos Salário família • Empregado (inclusive o doméstico) e trabalhador avulso Auxílio reclusão • Dependentes dos segurados Pensão por morte • Dependentes dos segurados Benefícios por incapacidade Benefícios Quem têm direito Auxílio doenças • Todos os segurados Auxílio acidente • Empregado (inclusive doméstico), trabalhador avulso e segurados especial. Pergunta que o cliente deve fazer: • Conseguirá viver, quando se aposentar, com a pensão do INSS? Lembre-se: quanto maior o salário atual e o salário pretendido na aposentadoria, mais precisará de complementação. O INSS possui um teto, em 2023 era de R$ 7.507,49. 97 Previdência Complementar 98 No Brasil, os planos de previdência complementar podem ser fechados ou abertos: • Entidades Fechadas de Previdência Complementar (EFPC): são os fundos de pensão. Instituições sem fins lucrativos que mantêm planos de previdência coletivos, organizadas pelas empresas para seus empregados, com o objetivo de garantir pagamento de benefícios a seus participantes na aposentadoria. • Entidades Abertas de Previdência Complementar (EAPC): são as entidades ou sociedades seguradoras autorizadas a instituir planos de previdência complementar aberta. Podem ser individuais, quando contratados por qualquer pessoa, ou coletivas, quando garantem benefícios a indivíduos vinculados, direta ou indiretamente, a uma pessoa jurídica contratante. Seu órgão normativo é o CNPS. Fases da previdência complementar Diferimento (acumulação) Período compreendido entre a data do início do plano, em que são efetivadas as contribuições e acumulados os juros, até a data contratualmente prevista para início do pagamento do benefício. Nessa fase o participante do plano deve optar pelo tipo de renda mensal que deseja quando se aposentar. Pagamento do benefício (renda) Período em que o assistido fará jus ao pagamento do benefício, sob a forma de renda, podendo ser vitalício ou temporário. Tipos de rendas mensais disponíveis 99 Tipos de rendas mensais disponíveis Renda Mensal vitalícia • Consiste em uma renda vitalícia e paga exclusivamente ao participante. O Benefício cessa com o falecimento do participante. Renda mensal vitalícia com prazo mínimo garantido • Consiste em uma renda paga vitaliciamente ao participante, sendo garantido aos beneficiários um prazo mínimo de Garantia que será indicado na proposta de inscrição e é contado a partir da data do início do recebimento do Benefício pelo participante. Renda mensal vitalícia reversível ao beneficiário • consiste em uma renda paga vitaliciamente ao participante. Ocorrendo o falecimento do participante, o percentual do seu valor estabelecido na proposta de inscrição será revertido vitaliciamente ao beneficiário indicado. Renda mensal vitalícia reversível ao cônjuge com continuidade aos menores: • consiste em uma renda paga vitaliciamente ao participante. Ocorrendo o falecimento do participante, o percentual do seu valor estabelecido na proposta de inscrição será revertido vitaliciamente ao cônjuge e, na falta deste, reversível temporariamente ao(s) menor(es) até que complete(m) a idade para maioridade (18, 21 ou 24) estabelecida no regulamento e conforme o percentual de reversão estabelecido. Renda mensal temporária • renda temporária e paga exclusivamente ao participante. Pagamento único (pecúlio) • benefício sob a forma de pagamento único, cujo evento gerador é a morte ou a invalidez do participante. Renda mensal por prazo certo • consiste em uma renda mensal a ser paga por um prazo pré-estabelecido ao participante. Passa ao beneficiário pelo restante de anos que ficar faltando. Características técnicas que influenciam o produto 100 Taxas cobradas Características Taxa de administração • Incide sobre o capital total (aporte + rendimentos) cobrada dos FIE; • O percentual deve ser aprovado pela SUSEP; • É um percentual expresso ao ano mas que é deduzido diariamente e afeta o valor da cota e não sua quantidade. Taxa de carregamento • O percentual incidente sobre as contribuições pagas pelo participante, para fazer face às despesas administrativas, às de corretagem e às de colocação do Plano; • Os percentuais máximos, conforme norma vigente, são: a) Para planos com contribuição variável (PGBL e VGBL), máximo 10% da contribuição; b) Para planos de benefício definido, máximo 30% da contribuição. • Pode ser cobrada de forma antecipada (no aporte) e/ou no momento do resgate ou da portabilidade. Os planos PGBL e VGBL são estruturados na modalidade contribuição variável, portanto carregamento máximo é de 10%. Portabilidade • Direito do participante de, durante o período de diferimento, transferir os recursos para outro plano de benefício previdenciário. A portabilidade só é permitida entre planos do mesmo segmento, ou seja, de PGBL para PGBL ou VGBL para VGBL. É vedada a portabilidade de recursos entre participantes. A portabilidade não é considerada resgate, portanto não altera prazo de imposto de renda e nem gera imposto. Após uma portabilidade, só poderá fazer outra em 60 dias. Transferência entre planos • É a transferência entre planos na mesma entidade seguradora. Exemplo: um cliente está em um plano que aplica em renda fixa e quer mudar para um plano que aplica parte em renda variável. É possível ser realizado. Resgates • Há possibilidade do participante sacar uma parte ou a totalidade de sua reserva acumulada. O resgate somente é permitido durante o período de diferimento (acumulação) e antes da conversão do benefício (renda). O participante que optar por resgatar seus recursos terá de arcar com o pagamento de imposto de renda. Fundo de Investimento Especialmente Constituído (FIE) 101 Os planos abertos de previdência complementar, estruturados na modalidade de ContribuiçãoVariável (CV), por exemplo, o PGBL e o VGBL, cuja remuneração esteja calcada na rentabilidade de carteiras de investimentos, devem ser estruturados durante o prazo de diferimento sob a forma de condomínio aberto, sempre em cotas de Fundos de Investimento Especialmente Constituídos (FIE), dos quais as sociedades seguradoras e as entidades abertas de previdência complementar sejam os únicos cotistas do fundo. Diferentemente dos fundos de investimentos, em que o cotista do fundo é o próprio investidor, nos planos de previdência complementar o cotista do fundo é a seguradora. Títulos de Renda fixa, ações, cotas de fundos, derivativos etc. Fundo (FIE) Seguradora compra cotas dos fundos Investidor compra o plano de previdência da seguradora Riscos a serem observados 102 Um investidor, ao aplicar recursos em um plano de previdência complementar durante a fase de diferimento (contribuição), assumirá o risco de crédito da seguradora proprietária do plano e de mercado dos ativos que compõem a carteira do fundo de investimento exclusivo do plano. Maior será o valor da provisão acumulada e o valor do benefício Quanto menor o carregamento Para os mesmos valores de: Contribuição, idade do participante e Tábua Biométrica Quanto maior a rentabilidade Quanto maior a taxa de juros Quanto maior o percentual de reversão de resultados financeirosParâmetros aplicáveis na fase de diferimento. Parâmetros aplicáveis na fase de concessão do benefício. PGBL • Soberano: 100% em TPF; • Renda fixa: 100% em renda fixa (pública ou privada); • Composto: até 49% em renda variável. Plano Característica Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL) • Sem garantia de rendimento mínimo; • Participante recebe integralmente o resultado financeiro do plano; • Oferece benefício fiscal, pois permite deduzir o valor das contribuições anuais da base de cálculo do IR, observando o limite de 12% de sua renda bruta anual tributável; • A cobrança de IR se dá no momento do resgate do plano ou do pagamento dos Benefícios; • A base de cálculo para a cobrança do IR é o total dos recursos resgatados (valores aplicados mais rendimentos) ou a renda recebida como Benefício de aposentadoria; • Indicado para aqueles que têm como deduzir as contribuições da base de cálculo do seu IR, ou seja, fazem a Declaração anual de ajuste do IR da PF usando o formulário completo e têm renda bruta (renda tributável) suficiente para absorver esse desconto, que é limitado em 12% da renda. Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL) • Modalidade de seguro de pessoas que garante cobertura em caso de sobrevivência e que combina os tradicionais seguros de vida com características dos planos de previdência complementar; • Ausência de rentabilidade mínima garantida durante a fase de acumulação dos recursos ou período de diferimento (podendo inclusive apresentar rentabilidade negativa); • A rentabilidade do plano é idêntica à rentabilidade do fundo em que os recursos estão aplicados, descontadas as taxas e despesas do plano; • Não goza de benefício fiscal; • O VGBL sofre tributação apenas sobre o rendimento no momento do resgate ou pagamento do benefício; • Não entra em inventário. Previdência complementar aberta: PGBL e VGBL 103 PGBL: As contribuições do PGBL devem ser informadas na ficha “Pagamentos e Doações Efetuados” na Declaração completa. VGBL: As contribuições do VGBL deve ser informada na ficha “Bens e Direitos”. Previdência complementar aberta: PGBL e VGBL IMPORTANTE! O titular de um plano PGBL deve estar contribuindo para o regime geral (INSS) ou outra previdência oficial, ou ainda estar aposentado pelo INSS. Caso o plano esteja em nome dos dependentes, como mulher ou filhos acima de 16 anos, eles terão de contribuir para o INSS para que o responsável pelo investimento possa fazer a dedução. Já os dependentes menores de 16 anos ficam livres dessa exigência, uma vez que estão abaixo da idade mínima permitida para o trabalho sob o regime da CLT, que prevê a contribuição obrigatória para um regime de previdência social. 104 Características PGBL VGBL Dedutibilidade de até 12% na renda bruta Sim Não Garantia de rentabilidade Não Não Incidência de IR Sobre o valor do resgate/benefício Apenas sobre o rendimento Possibilidade de escolha de diferentes perfis de investimento Sim Sim Incidência de taxa de carregamento Sim Sim Taxa de administração Sim Sim Estabelecido por Seguradora Seguradora Risco para o cliente Composição da carteira FIE e a seguradora Composição da carteira FIE e a seguradora Regimes de tributação 105 Base de cálculo (R$) Alíquota (%) Parcela a deduzir do imposto (R$) Até 2.112,00 - - De 2.112,01 a 2.826,65 7,50 158,40 De 2.826,66 a 3.751,05 15,00 370,40 De 3.751,06 a 4.664,68 22,50 651,73 Acima de 4.664,68 27,50 884,96 Tributação compensável (progressiva) • Indicada para curto prazo. • Ao realizar um resgate será tributado na fonte à alíquota de 15% e estará sujeito a ajuste apurado de acordo com a aplicação da tabela progressiva do imposto (0% - 27,5%) no momento da entrega da declaração anual de ajuste do imposto de renda. • Informada na ficha “Rendimentos Tributáveis Recebidos de Pessoa Jurídica”. (pode compensar / restituir). Prazo de acumulação Alíquota do IRRF Até 2 anos 35% De 2 a 4 anos 30% De 4 a 6 anos 25% De 6 a 8 anos 20% De 8 a 10 anos 15% Acima de 10 anos 10% Tributação definitiva (regressiva) • Indicado para longo prazo. • Os valores resgatados ou recebidos são tributados exclusivamente na fonte conforme tabela ao lado. Esse prazo é contado para cada uma das contribuições realizadas pelo participante. • Informada na ficha “Rendimentos Sujeitos à Tributação Exclusiva/Definitiva”. (não pode compensar / restituir). A migração de tabelas só pode ser feita do regime compensável (progressivo) para o regime definitivo (regressivo), caso contrário não será permitido. Simulação do pagamento de IR sem previdência 106 IMPORTANTE! Em caso de falecimento do participante durante o período de diferimento (acumulação), o beneficiário receberá o valor acumulado na previdência, descontado o IR, conforme a alíquota da tabela regressiva, se essa foi a opção do participante, considerando o período de cada contribuição. Caso o plano e/ou as contribuições não tiverem completado seis anos, a alíquota será fixa em 25%, ou seja, não seguirá as alíquotas de IR em função do prazo de acumulação para as contribuições com prazo inferior a seis anos. Simulação do pagamento de IR com previdência 107 Rendimentos tributáveis Rendimentos não tributáveis Salários, soldos, vencimentos e honorários 13° salário Remuneração de estagiários Indenizações trabalhistas Férias Venda de dias de férias Comissões e corretagens Participação nos lucros Pensões Reembolso de despesas Benefícios de previdência privada Locação ou sublocação IMPORTANTE! A dedução de 12% do PGBL é realizada em cima dos rendimentos tributáveis. Exemplos 108 1. Exemplo de pagamento de benefício: Um cliente contratou um plano de previdência complementar do tipo Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL) indicando sua esposa como beneficiária. Passados 20 anos, com um montante acumulado de R$ 500.000,00, ele resolveu transformar o seu plano em renda e contratou a renda mensal temporária por 10 anos. Após três anos da contratação, ele faleceu. Nesse caso, a sua esposa NÃO receberá a renda mensal, não sendo devido nenhum outro valor ao beneficiário. Essa renda é exclusiva do participante. 2. Exemplo de contagem de tempo de contribuição quando da utilização da alíquota regressiva: Um cliente aplicou mensalmente em um plano PGBL no período de 11 anos. Ao final, a primeira aplicação tinha acumulado o prazo de 11 anos, mas o último aporte só teria o prazo de 1 mês. Caso esse cliente venha a realizar o resgate total, cada aporte tem contagem de tempo diferente e estará sujeito à alíquotas de IR diferentes. 3. Um indivíduo de 38 anos de idade fez umaúnica aplicação no valor de R$ 500.000,00, em um plano de previdência complementar do tipo PGBL, com regime de tributação exclusivo na fonte (tabela regressiva). Caso esse indivíduo efetue o resgate total aos 50 anos de idade, e o saldo bruto de aplicação seja de R$ 1.200.000,00, qual será o valor líquido resgatado? Resposta: • Valor do imposto = R$ 1.200.000,00 x 10% = R$ 120.000,00 • Valor líquido resgatado = R$ 1.080.000,00 Exemplos 109 4. Um indivíduo de 38 anos de idade fez uma única aplicação no valor de R$ 500.000,00, em um plano de previdência complementar do tipo PGBL, com regime de tributação compensável (tabela progressiva). Caso esse indivíduo efetue o resgate total aos 50 anos de idade, e o saldo bruto de aplicação seja de R$ 1.200.000,00, qual será o valor líquido resgatado? Resposta: • R$ 1.200.000,00 x 15% = R$ 180.000,00 (IR na fonte). • O cliente receberá R$ 1.020.000,00, mas estará sujeito a ajuste apurado de acordo com a aplicação da tabela progressiva do imposto, que varia de 0 a 27,5%, no momento da entrega da Declaração Anual de Ajuste do Imposto de Renda. 5. Um indivíduo de 38 anos de idade fez uma única aplicação no valor de R$ 500.000,00, em um plano de previdência complementar do tipo VGBL, com regime de tributação exclusivo na fonte (tabela regressiva). Caso esse indivíduo efetue o resgate total aos 50 anos de idade, e o saldo bruto de aplicação seja de R$ 1.200.000,00, qual será o valor líquido resgatado? Resposta: • VGBL tributa apenas em cima dos rendimentos, portanto R$ 700.000,00 x 10% = R$ 70.000,00. • Valor líquido resgatado = R$ 1.130.000,00. Consórcio Recebe o nome de consórcio o sistema que reúne grupos de pessoas, físicas ou jurídicas, para adquirir bens ou serviços por meio de sorteios ou lances. O interessado, a partir de um contrato de adesão, contrata uma empresa, a chamada administradora, que deve possuir registro no Banco Central para operar normalmente neste tipo de sistema. Ao aderir, o indivíduo irá entrar em um grupo já formado, ou em formação de interessados no mesmo bem que ele. Seu ingresso implica na aquisição de uma cota, que o permitirá, através das já citadas formas lance ou sorteio, pleitear a aquisição do bem de sua preferência. Enquanto seu lance não for aceito, ou sua cota sorteada, o indivíduo pagará mensalidades à administradora para continuar a ter direitos naquele respectivo consórcio. 110 1° Sorteio Contemplação 2° Lance Crédito para aquisição do bem Consórcio 111 Homogêneo Tipos de grupos Misto Todos os consorciados tem o interesse em bens do mesmo valor monetário. Ex: moto da marca X e do modelo Y. Valores monetários diferentes. Ex: alguns contribuem para uma moto da marca X enquanto outros para um carro da marca A. Taxas Administração Fundo comum Fundo de reserva Remunera a administradora. Fundo para comprar o bem quando alguém for contemplado. Ex: seguro de vida e seguro de quebra de garantia. Planos de Seguros 112 Supervisionados pela SUSEP Seguro rural permite ao produtor proteger-se contra perdas decorrentes principalmente de fenômenos climáticos adversos. Cobre não só a atividade agrícola, mas também a atividade pecuária, o patrimônio do produtor rural, seus produtos, o crédito para comercialização desses produtos, além do seguro de vida dos produtores. O objetivo maior é oferecer coberturas que, ao mesmo tempo, atendam ao produtor e à sua produção, à sua família, à geração de garantias a seus financiadores, investidores, parceiros de negócios, todos interessados na maior diluição possível dos riscos, pela combinação dos diversos ramos de seguro. Seguro compreensivo É um plano que conjuga vários ramos ou modalidades numa mesma apólice. Seguro de danos O seguro de danos é aquele por meio do qual o risco segurado do patrimônio corresponde a indenização, e essa correspondente a eventual sinistro, não podendo se falar em valor superior ao sinistro, eis que não pode ocasionar o enriquecimento do segurado. O objetivo é garantir ao segurado, até o limite máximo de garantia e de acordo com as condições do contrato, o pagamento de indenizaçlão por prejuízos, devidamente comprovados, diretamente decorrentes de perdas e/ou danos causados aos bens segurados, ocorridos no local segurado, em consequência de risco coberto. Seguro de pessoas Objetivo de garantir o pagamento de uma indenização ao segurado ou aos seus beneficiários, exemplos: seguro de vida, seguro funeral, seguro de acidentes pessoais, seguro educacional, seguro viagem, seguro desemprego (perda de renda) etc. Os seguros de pessoas podem ser contratados de forma individual ou coletiva. Nos seguros coletivos, os segurados aderem a uma apólice contratada por um estipulante, que tem poderes de representação dos segurados perante a seguradora, nos termos da regulamentação vigente. Supervisionados pela SUSEP Seguro de transportes O seguro de transportes garante ao segurado uma indenização pelos prejuízos causados aos bens segurados durante o seu transporte em viagens aquaviárias, terrestres e aéreas, em percursos nacionais e internacionais. A cobertura pode ser estendida durante a permanência das mercadorias em armazéns. Seguro de crédito É uma modalidade de seguro que tem por objetivo ressarcir o SEGURADO (credor), nas operações de crédito realizadas com clientes domiciliados no país, das Perdas Líquidas Definitivas causadas por devedor insolvente. Seguro de automóveis A seguradora tem a prerrogativa de analisar o risco de cada proposta e aceitá-lo ou não, com base em seus próprios critérios. Seguro de garantia estendida O seguro de Garantia Estendida tem como objetivo fornecer ao segurado, facultativamente e mediante o pagamento de prêmio, a extensão temporal da garantia do fornecedor de um bem adquirido e, quando prevista, sua complementação. Planos de Seguros 113 Certificado de Depósito Bancário (CDB) 114 Características CDB O Certificado de Depósito Bancário (CDB) é um dos instrumentos financeiros mais tradicionais do mercado brasileiro e o título de renda fixa mais adquirido pelo investidor pessoa física. Instituído pela Lei Nº 4.728, de 14 de julho de 1965, o papel é também uma importante fonte de captação de recursos para as instituições financeiras. financeiras podem emitir CDB (CMN autorizou em abril 2020) • Quais bancos estão autorizados a emitir CDB? BC, BI, BM e SCFI; • Um CDB pode ser resgatado antecipadamente; • CDB’s podem ser indexados à variação cambial? • Rentabilidade diária; • Tributado conforme tabela regressiva de renda fixa (0 – 27,5%); • Se for indexado a índice de preços (IPCA, IGP-M), terá prazo mínimo de 1 ano; • Garantido pelo FGC; • Possui risco de crédito, mercado e liquidez; • Pode ter rentabilidade prefixada ou pós-fixada; • É liquidado e custodiado na B3. Letra de Crédito Imobiliário (LCI) 115 Características LCI A LCI é um dos instrumentos de Renda Fixa mais procurados pelo investidor pessoa física e que mais cresceram nos últimos anos, por conta de sua isenção de Imposto de Renda para esse público. Representa uma fonte de recursos para o setor imobiliário, pois possui como lastro créditos imobiliários. Cooperativas de crédito podem emitir LCI – Circular BACEN 4000/2020 • Os bancos comerciais, os bancos múltiplos com carteira de crédito imobiliário, a CEF, as sociedades de crédito imobiliário, as associações de poupança e empréstimo, as companhias hipotecárias, os bancos de investimento e as cooperativas de crédito podem emitir LCI; • Pode ter remuneração prefixada ou pós-fixada; • É garantida pelo FGC; • Não pode ser resgatada a qualquer momento, mas é possível negociá-la no mercado secundário; • O prazo mínimo de vencimento desse ativo varia de acordo com o indexador que possui: • 36 meses quando o título for atualizado mensalmente por índice de preços; • 12 meses se for atualizado anualmente por índice de preços; • Se não utilizar índice de preços, é de 90 dias. • Há garantia Real (ex: financiamentos habitacionais, alienaçãofiduciária de bens imóveis etc.); • Pessoa física é isenta de IR; para PJ é Tributado conforme tabela regressiva de renda fixa (0 – 27,5%); • Registrada na B3. Letra de Crédito do Agronegócio (LCA) 116 Características LCA A LCA é um título emitido por uma instituição financeira. É utilizado para captar recursos para participantes da cadeia do agronegócio. O risco primário da LCA é da instituição financeira. Na inadimplência do banco, o lastro está penhorado por lei ao investidor final que pode requisitar sua propriedade ao juiz quando o banco não pagar o ativo. • Pessoas físicas têm seus rendimentos isentos de Imposto de renda; • LCAs emitidas a partir de 23 de maio de 2013 possuem cobertura do FGC; • O prazo mínimo de vencimento varia de acordo com o indexador que possui. Para a taxa DI é de 90 dias; • Registrada na B3; • Lastros da LCA: direitos creditórios vinculados a produtores rurais, suas cooperativas, e terceiros; CPR, notas promissórias rurais etc.; • A LCA contribui para o desenvolvimento do mercado do agronegócio. Outras características: • NÃO tem FGC. • NÃO há isenção de IR. • NÃO é permitido resgatar antecipadamente. • Pode pagar cupons periódicos (semestralmente). • Alíquota de IR de 15%. Letra financeira (LF) *Cláusula de subordinação: detentores da LF têm seu direito de crédito condicionado ao pagamento de outras dívidas da instituição emissora em caso de falência ou inadimplência. 117 A Letra Financeira (LF) é um título de renda fixa emitido por instituições financeiras (bancos, cooperativas de crédito, etc.) com a finalidade de captar recursos de longo prazo e, em contrapartida, oferecer aos investidores rentabilidades mais atrativas em razão do prazo e da impossibilidade de resgate antecipado. Desta forma, a LF beneficia tanto as instituições financeiras que necessitam captar recursos quanto os investidores que possuem montante relevante para aplicações de longo prazo. Com cláusula de subordinação* Emissão da LF Sem cláusula de subordinação • Valor nominal unitário mínimo: R$ 300.000,00 • Vencimento mínimo: 60 meses • Valor nominal unitário mínimo: R$ 50.000,00 • Vencimento mínimo: 24 meses • O resgate não pode ser inferior a 6 meses e superior a 36. • Não há possibilidade de resgate antecipado. • Não há possibilidade de resgate parcial. • Garantido pelo FGC até o montante de R$ 40 milhões (CMN 4.799). • Imposto conforme tabela de Renda fixa (0 - 27,5%) Depósito à Prazo de Garantia Especial (DPGE) 118 O DPGE é um título de renda fixa representativo de depósito a prazo criado para auxiliar instituições financeiras – bancos comerciais, múltiplos, de desenvolvimento, de investimento, além de sociedades de crédito, financiamento e investimentos e caixas econômicas – de porte pequeno e médio a captar recursos. Assim, confere ao seu detentor um direito de crédito contra o emissor. Características Módulo 17 – Noções de Mercado de capitais. Renda Variável (Ações) S.A. Aberta S.A. Fechada • Negociação em bolsa de valores ou mercado de Balcão. • Negociação no balcão das empresas. • Divisão do Capital Social entre muitos sócios. • Divisão do Capital social entre poucos sócios. • Cumprimento de várias normas da CVM. (há mais transparência). • Não necessita cumprir normas da CVM. 120 Renda variável Renda fixa Usualmente utilizado para se referir à ações, pois não há possibilidade de prever o seu retorno. São produtos que há de alguma maneira um conhecimento prévio do retorno, seja ele pós-fixado ou Pré-fixado. Observação: Quando uma empresa abre o capital (IPO), está deve possuir no mínimo 50% de ações ON. As despesas com corretagem são pagas à corretora e os emolumentos (0,035% do valor financeiro) é pago à B3. As ações são títulos de propriedade de uma parte do capital social da empresa que a emitiu. Quem tem ações, portanto, pode-se considerar sócio da empresa emissora, e são títulos de renda variável. Uma ação é considerada um valor mobiliário. As ações são compradas via home broker, em lotes-padrão de 100 unidades, com liquidação em D+2. Preferenciais (PN) Ordinária (ON) Units (ON + PN) • Preferência no recebimento de dividendos e no reembolso de capital. • Possui direito a voto. • São pacotes de vários ativos. 1ON + 2PN = Unit (11) Acionista Controlador e Direito dos Acionistas 121 Acionista controlador Detentor do controle da empresa (maior parte das ações ON); tem poder de eleger administradores e orientar o funcionamento da companhia. Direitos dos Acionistas Tag along • direito do acionista ordinário de vender suas ações em função da troca de controle da companhia por, no mínimo, 80% do valor pago pelo novo controlador. Algumas empresas, em seu estatuto, oferecem tag along em percentual maior que 80% e a todos seus acionistas. Isso irá depender do nível de governança corporativa adotada pela S.A. Dividendos • Parcela do lucro líquido que é distribuído aos acionistas na forma de dinheiro. • Toda S.A. é obrigada a distribuir no mínimo 25% do seu lucro líquido na forma de dividendos. • O valor do dividendo é descontado do preço da ação (ex-dividendos). Juros sobre Capital Próprio (JSCP) • representam os juros que incidem sobre os lucros não distribuídos pela empresa em exercícios anteriores e mantidos sob a forma de reservas de lucros. São considerados despesas para a empresa, portanto há um benefício fiscal. • A Tributação do JSCP já ocorre na fonte e vai líquida para o investidor. Bonificação • Uma bonificação ocorre quando a empresa realiza um aumento de capital via emissão e distribuição de ações aos atuais acionistas por incorporação de reservas de lucros ou de reservas de capital. Ela não envolve captação de recursos. Eventualmente, a empresa pode optar por distribuir essas reservas de lucros (ou parte delas) em dinheiro Direito de Subscrição • direito de preferência dado aos acionistas, por um determinado período, não inferior a 30 dias, na aquisição das novas ações, numa proporção percentual equivalente às suas posições acionárias, a um preço preestabelecido, geralmente inferior ao preço da ação vigente no mercado de bolsa. É possível a empresa definir em seu estatuto social um dividendo menor do que 25%. Bolsa de Valores e Mercado de Balcão 122 Bolsa de Valores Mercado de Balcão • Mantém lugar adequado para realização de negócios. • Divulga e registra rapidamente os negócios executados. • Supervisiona a liquidação das operações. • Sistema Eletrônico de Negociação. • Supervisiona a liquidação das operações. • Não tem lugar físico determinado. • Qualquer título pode ser negociado. Organizado Não Organizado • Módulo 18 – Noções de Mercado de Câmbio: Instituições autorizadas a operar e operações básicas. • Módulo 19 – Regimes de taxas de câmbio fixas, flutuantes e regimes intermediários. • Módulo 20 – Taxas de câmbio nominais e reais. • Módulo 21 – Impactos das taxas de câmbio sobre as exportações e importações. • Módulo 22 – Diferencial de juros interno e externo, prêmios de risco, fluxo de capitais e seus impactos sobre as taxas de câmbio. Mercado de Câmbio • Câmbio para turismo: Qualquer pessoa que vai viajar para o exterior pode comprar moeda do país estrangeiro. O interessado só precisa se certificar que está comprando de instituição autorizada pelo BC. • Remessas pessoais: As pessoas podem também receber e enviar dinheiro para o exterior por meio de operações de câmbio. • Importação e Exportação: A empresa que faz transações comerciais com outros países conta com diversas maneiras para receber pelos seus produtos e serviços vendidos e para pagar seus compromissos. 124 Câmbio Troca de moeda 1. Bancos múltiplos com carteira comercial; 2. Bancos múltiplos sem carteira comercial; 3. Bancos Comerciais; 4. Bancos de Investimentos; 5. Bancos de Câmbio; 6. Bancos de Desenvolvimento; 7. Bancos Cooperativos; 8. Corretoras de câmbio; 9. Caixas econômicas; 10. Corretoras e Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários Instituiçõesautorizadas a atuar no mercado de câmbio: Regimes Cambiais Regime cambial brasileiro é o “Flutuante Sujo sem Banda Cambial” 125 Tipos de Câmbio Fixo o Banco Central deve possuir grande quantidade de reservas para atender a uma situação de excesso de demanda por dólares (déficit no balanço de pagamentos). E deve adquirir qualquer excesso de oferta de dólares (superávit na BP). Flutuante Banda cambial o mercado é quem define a taxa. A vantagem desse câmbio é que concede maior grau de liberdade, a desvantagem é a volatilidade. apresenta dificuldades em economias sujeitas a inflação elevada, devido a introdução de regras de correção para a taxa nominal de câmbio, de modo a evitar grandes oscilações no câmbio real. É um regime flutuante dentro das bandas e fixo nos limites. é o regime de taxa de câmbio real fixa. Começou a ser utilizado no Brasil em 1968. O Banco Central corrigia regularmente a taxa de câmbio nominal pelo diferencial entre as inflações interna e externa. Foi o sistema de minidesvalorizações. A taxa nominal variava, mas a taxa real permanecia constante. Currency board Lei do preço único. Produtos homogêneos devem ter o mesmo custo nos diferentes mercados. O câmbio é o responsável por igualar os preços dos produtos. Paridade do Poder de compra (PPP) Taxa de câmbio 𝜃 = 𝐸𝑃∗ 𝑃 𝑃∗ Preço do produto estrangeiro, em dólar. Preço do produto nacional, em reais. Taxa de câmbio nominal Preço do produto estrangeiro em reais. P Fórmula da taxa de câmbio real. 𝐸 = 𝑃 𝑃∗ Fórmula da taxa de câmbio nominal. E EP* a taxa nominal são os numerais expressos diretamente como taxa de câmbio, que são as divulgadas pelas casas de câmbio. A taxa real, que é a que deveria ser mais analisada, é um indicador de câmbio que leva em consideração a inflação interna e externa. • Inflação interna > inflação externa = desvalorização cambial nominal • Inflação interna < inflação externa = valorização cambial nominal 126 Taxa de câmbio Exemplo 1: Uma desvalorização da taxa de câmbio nominal não necessariamente significa uma desvalorização da taxa real. Suponha que a taxa de câmbio nominal se desvalorize em 10% em dado intervalo de tempo, mas que nesse período o preço interno tenha-se elevado 20% e o externo tenha-se mantido constante. Percebe-se que apesar da desvalorização nominal de 10%, o aumento dos preços internos fez com que a taxa de câmbio real apreciasse, ou seja, o produto nacional ficou relativamente mais caro que o estrangeiro. Exemplo 2: Considere que um automóvel produzido no Brasil custe R$ 15.000,00 e o mesmo automóvel nos EUA custe US$ 12.000,00. Se a taxa de câmbio nominal no Brasil for de R$ 1,00 / 1 US$, teremos a seguinte taxa de câmbio real: 0,8. Ou seja, o carro norte-americano é 20% mais barato que o brasileiro. Se a taxa de câmbio nominal passar para R$ 1,25, a taxa de câmbio real passará para 1,00 igualando o preço dos automóveis nos dois países, quando expressos na mesma moeda. Nesse caso, quando a taxa de câmbio real passou de 0,8 para 1,00 dizemos que houve uma desvalorização real da moeda brasileira. Esta também poderia ter ocorrido por uma elevação dos preços em US$ nos EUA ou por uma redução dos preços em R$ no Brasil. 127 Real desvalorizado e valorizado U$ 1,00 = R$ 5,50 Dólar valorizado e Moeda local (real) desvalorizada + Exportação + Turistas Entrada de Moeda Estrangeira Aumenta a quantidade de dólar Desvalorização dólar Valorização Real U$ 1,00 = R$ 0,75 Dólar desvalorizado e Moeda Local(real) valorizada + Importação - Turistas Saída de Moeda Estrangeira Valorização do dólar Desvalorização do real 128 Em Economia, balanço de pagamentos é um instrumento da contabilidade nacional referente à descrição das relações comerciais de um país com o resto do mundo. Registra o total de dinheiro que entra e sai de um país. • Balança de Rendas e Serviços: Frete, seguros, transportes, royalties, aluguéis, salário, lucros, juros e dividendos; • Transferências de Contas Unilaterais: Doações, fluxos de renda de integração de estrangeiro no mercado de trabalho doméstico e vice- versa; • MKa: Transferências de capital, Investimento Direto Estrangeiro (IDE), investimento em carteira (ações), derivativos, empréstimos, amortizações, reinvestimentos, financiamento. São as transações autônomas da BP, ou seja, motivada pelos interesses dos agentes. • MKc: Empréstimos de regularização e atrasados. Serve para financiar o saldo final das transações autônomas. Balança Comercial (BC) Exportação Importação Transações Correntes (TC) Balança de Rendas e Serviços Transferências unilaterais (TCU) Balanço de Pagamentos (BP) Movimento de Capitais autônomos (Mka) Movimento de Capitais Compensatório (MKc) Balança de Pagamentos Balança Comercial (BC) Transações Correntes (TC) 129 Mercado de Câmbio Juros externo Juros interno Fuga de Capital Entrada de Capital Superávit BP Déficit BP Juros interno = Juros externo + expectativa de desvalorização do câmbio nominal + custos de transação + Risco-país Câmbio desvaloriza Câmbio valoriza exportação importação 130 Módulo 23 – Dinâmica do Mercado: Operações no mercado interbancário. Mercado Interbancário O mercado interbancário é o palco onde ocorrem as diversas transações de ativos entre instituições financeiras e também entre essas e o Banco Central. Na prática, é nesse mercado onde ocorre a formação da taxa de juros básica do mercado monetário, ou seja, o locus onde a execução da política monetária se concretiza. A transações interbancos se dá por intermédio de depósitos ou retiradas na conta de reservas bancárias (BELEM, p. 68, 2004). demanda Banco Central Bancos deficitários Bancos superavitários oferta Debita/credita conta; Calibra oferta; evita flutuações de juros Carteira própria de ativos de liquidez: TPF e CDI Carteira própria de ativos de liquidez: TPF e CDI Sistemas de Liquidação e Custódia (SELIC e B3) Intermediação 132 Módulo 24 – Mercado bancário: Operações de tesouraria, varejo bancário e recuperação de crédito. Operações de Tesouraria Tesouraria bancária é o conjunto de funções destinadas a operar os fluxos de pagamentos e recebimentos do banco para garantir a maximização do lucro, que pode compor um órgão específico da instituição, ou um sistema tesouraria formado por diversos órgãos distintos. O acordo de Capitais da Basileia prevê que as atividades dos bancos devem ser segmentadas em linhas de negócios distintas, a fim de se calcular separadamente o capital regulatório de risco operacional exigido para cada uma delas. Responsável pela administração das reservas e das operações no mercado interbancário. Objetivo: Gerir e manter a liquidez das instituições em níveis adequados (maximizando lucro e atendendo as exigências legais) Função • Gestão do fluxo de caixa; • Administração da carteira própria de títulos; • Realização de operações no mercado interbancário; • Contabilização das operações; • Análise de cenários e gestão de riscos financeiros. • Gerenciamento do recolhimento compulsório. 134 Acordo de Basileia Basileia I (1988) • Introdução de requerimento mínimo de capital para a cobertura do risco de crédito, o chamado Índice de Basileia. Basileia II (2004) Aprimoramento de Basileia I e introdução de três pilares: • Pilar 1: consiste nos requerimentos de capital para cobertura dos riscos de crédito, de mercado e operacional; • Pilar 2: é o processo de avaliação conduzido pelo supervisor de observância dos requisitos prudenciais e da adequação de capital; • Pilar 3: fomenta a disciplina de mercado por meio de divulgação de informações. Basileia III (2010) • Aprimoramento das recomendações de Basileia I e II, além de reforço da qualidade e da quantidade de capital, com vistas a aumentar a capacidade das instituições financeiras para absorver perdas não esperadas. • Introdução de requerimentos de liquidez, alavancagem e adicional de capital(buffers); e • requerimentos específicos para instituições de relevância sistêmica doméstica e global. 135 O Comitê de Basileia tem por objetivo reforçar a regulação, a supervisão e as melhores práticas bancárias para a promoção da estabilidade financeira. As recomendações do Comitê de Basileia visam harmonização da regulação prudencial adotadas pelos seus membros, com objetivo de melhorar a competição entre os bancos internacionalmente ativos, cuja relevância é crescente em face da internacionalização dos mercados financeiros. Varejo Bancário Banco de Varejo é um banco comercial que realiza transações diretamente com os consumidores – pessoas físicas – e não com empresas ou outros bancos. Oferece produtos e serviços tais como contas de poupança, contas correntes, empréstimos com garantia hipotecária, empréstimos pessoais, cartões de débito, seguros e cartões de crédito. O que diferenciam os bancos no Brasil são a maneira como eles captam recursos. Bancos Comerciais VAREJO ATACADO Público-alvo PF e pequenas empresas Grandes corporações, instituições financeiras, fundações, fundos de investimento, governo, PF de alta renda (wealth management) 136 Recuperação de Crédito Recuperação de crédito é uma tentativa de readquirir um crédito previamente concedido, que por diversas razões o cliente deixou de cumprir, ou seja, é o processo que se inicia quando um devedor fica inadimplente, o que, por sua vez, acontece quando ele está há mais de 90 dias em atraso em obrigação de crédito. 137 passam essencialmente pela negociação voluntária (isto é, o pagamento é feito de forma voluntária) ou por acordos estabelecidos entre a entidade e o devedor, por exemplo através de um novo plano de pagamento ou reestruturação das operações. Recuperação de crédito Via judicial Extrajudicial soluções judiciais implicam a intervenção dos tribunais. O objetivo é fazer com que o inadimplente liquide da forma como puder suas dívidas. O interesse central é receber o débito antes que a dívida atinja seu prazo de prescrição ou seja necessário iniciar um processo de execução junto ao judiciário. Há flexibilidade. Geralmente, possuem extenso atraso e baixas perspectivas de pagamento, sendo voltadas a consumidores endividados e cujos nomes foram inseridos em cadastros de órgãos de proteção ao crédito. Cobrança de Crédito Solicitação do pagamento da dívida contraída pelo consumidor, podendo requerer tanto o pagamento de dívidas negativadas quanto de dívidas não negativadas. Não há muita flexibilidade. pequenos atrasos e altas perspectivas de pagamento, sendo voltadas a consumidores endividados e cujos nomes ainda não foram inseridos em cadastros de órgãos de proteção ao crédito. Recuperação de Crédito Recuperadoras de Crédito Compram as dívidas ou são contratadas pelos Bancos Utilizam modelos estatísticos que levam em conta o tempo de atraso e o perfil do cliente, visando classificar os clientes entre aqueles com maior ou menos chances de pagar as dívidas. Oferecem propostas específicas e táticas de persuasão para obter sucesso na negociação. 138 MEDIDA SIGNIFICADO Renegociação Consiste em renegociar as condições já acordadas anteriormente e introduzir as alterações necessárias ao contrato de crédito, que permita ao cliente a continuação do cumprimento das suas obrigações. Estas mudanças podem passar por alterar a taxa de juro, conceder um período de carência de capital, alteração do prazo definido, redução do spread aplicável ou a ponderação de um valor residual. Mas também pode ser conseguida através da reformulação de todo o plano de reembolso através da diminuição das prestações mais próximas e acrescer essa diferença nas últimas prestações. Refinanciamento Constitui num novo contrato celebrado, para o reembolso de capital, juros, comissões e encargos na totalidade. Consolidação de Créditos É a junção de todos os créditos em que o cliente é interveniente num único contrato, a fim de pagar o capital, juros, comissões e encargos na totalidade, que tem de ser de valor inferior à soma de todas as obrigações com a instituição de crédito. Concessão de um empréstimo Adicional Traduz-se num contrato de crédito, a fim de pagamento das prestações outros encargos, para afiançar a continuação de cumprimento das obrigações. Módulo 25 – Taxas de juros de curto prazo e a curva de juros; taxas de juros nominais e reais. Curva de Juros Yield curve: Uma curva de rendimento é uma linha que traça os rendimentos (taxas de juros) de títulos com qualidade de crédito igual, mas com datas de vencimento diferentes. A inclinação da curva de juros da uma ideia das mudanças futuras nas taxas de juros e da atividade econômica. 1. A curva de rendimento a termo, normalmente, cresce em função do tempo aplicado; 2. A relação existente entre taxas de curto prazo e longo prazo é a curva de retorno – que representa graficamente a taxa corrente de retorno no longo prazo, formando a estrutura a termo da taxa de juros de títulos. 3. Mostra como a formação de expectativa influi na taxa de juros. 4. 4. Pode realizar previsões, pois as taxas de juros de longo prazo expressam uma média das expectativas em relação ao futuro das taxas de juros de curto prazo, acrescidas de um bônus de correção pelo risco; 140 Normal flat invertida Taxa de juros real e nominal; Juros simples e juros compostos. a) Seu investimento teve rendimento de 20% no ano e o IPCA atingiu 10%. Qual foi o seu ganho real? b) Em uma aplicação financeira o ganho nominal pode ser igual ao real? c) Em uma aplicação financeira o ganho real pode ser superior ao nominal? 141 𝑇𝑎𝑥𝑎 𝑟𝑒𝑎𝑙 = 1 + 𝑡𝑎𝑥𝑎 𝑛𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙 1 + 𝑖𝑛𝑓𝑙𝑎çã𝑜 − 1 𝑥100 (1 + 𝑡𝑎𝑥𝑎 𝑛𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙) = (1 + 𝑡𝑎𝑥𝑎 𝑟𝑒𝑎𝑙) + (1 + 𝑖𝑛𝑓𝑙𝑎çã𝑜) preços correntes = com inflação. preços constantes = sem inflação. 𝐹𝑉 = 𝑃𝑉. (1 + 𝑖. 𝑛) 𝐹𝑉 = 𝑃𝑉. (1 + 𝑖)𝑛 Juros simples (taxas proporcionais) Juros compostos (taxas equivalentes) Na fórmulas é necessário que i e n sejam expressos na mesma unidade (por exemplo, se i for taxa mensal, n deve ser expresso em meses). Módulo 26 – Garantias do Sistema Financeiro Nacional: aval; fiança; penhor mercantil; alienação fiduciária; hipoteca; fianças bancárias. Garantias do Sistema Financeiro Nacional GARANTIAS PESSOAIS OU FIDEJUSSÓRIAS REAIS AVAL FIANÇA Simples assinatura do avalista (ou procurador) na frente ou verso do título. É responsável pela quitação bem como o titular, não havendo o benefício da ordem (primeiro um depois o outro). O Fiador garante o todo ou parte do cumprimento da obrigação que o afiançado assumiu com o credor. Em caso de aluguel, por exemplo, o fiador é um terceiro indicado pelo locatário que será corresponsável pelo pagamento do aluguel. Além disso, o fiador também será responsável por encargos, pintura, reparos e outros itens constantes do contrato. Esta modalidade só é válida com a anuência do cônjuge. FIANÇA BANCÁRIA Compromisso contratual. Uma instituição financeira assuma a responsabilidade, com seu cliente, na hora de pedir crédito emprestado. O banco passa a ser o fiador e emite uma carta fiança para o credor. Muito utilizada em casos de aluguel, onde o locatário não possui garantias aceitáveis pela imobiliária. ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA PENHOR MERCANTIL OU RURAL HIPOTECA Submissão de um determinado bem móvel ou imóvel ao cumprimento da obrigação garantida, com transferência de sua propriedade para o credor. Em caso de inadimplência, o credor deve solicitar a apreensão do bem, tirando o direito de uso devedor, além de coloca-lo à venda, para cobrir os débitos que ficaram em aberto. Caracterizadas pela submissão de um determinado bem móvel ao cumprimento da obrigação. Os bens empenhados continuam em poder do devedor, que assume a condição de fiel depositário. Podem ser objetos de penhor mercadorias e produtos depositados, que não sejam de fácil deterioração, tais como máquinas, aparelhos e materiais utilizadosna indústria ou comércio. No penhor rural as garantias podem ser agrícolas (maquinário, sementes, colheitas pendentes) ou pecuniário (animais). O imóvel que foi hipotecado fica em nome de quem pegou o empréstimo mas o credor poderá utilizá-lo para quitar a dívida em caso de inadimplência. A escritura pública é requisito de validade para sua constituição. Não são vinculadas a um bem específico. Alguém que se compromete pessoalmente a cumprir as obrigações contraídas pelo devedor. Constituídas sobre vinculação a bens tangíveis, podendo ser bem móvel ou imóvel. de propriedade do devedor, ou interveniente garantidor. São indivisíveis, ou seja, mesmo que o devedor pague uma parte da dívida a garantia é considerada por inteiro. 143 Módulo 27 – Crime de lavagem de dinheiro: conceito e etapas; Prevenção e combate ao crime de lavagem de dinheiro: Lei n° 9.613/98 e suas alterações; Circular n° 3.978, de 23 de janeiro de 2020 e carta circular n° 4.001, de 29 de janeiro de 2020 e suas alterações. Prevenção à Lavagem de dinheiro e ao Financiamento do Terrorismo (PLD/FT) - Lei 9.613/98 • Variável não superior ao dobro da operação; • Não superior ao dobro do lucro real obtido, ou que seria obtido e; • Ao valor de 20 milhões de reais. • a Lei 13810/2019 incluiu em nosso marco regulatório a possibilidade de bloqueio temporário de bens por solicitação do Conselho da ONU em caso de lavagem de dinheiro. Esses bens não são vendidos e ficam apenas indisponíveis para negociação, cessão ou transferência onerosa, até que seja findado o julgamento do réu. 145 A origem do combate à lavagem de dinheiro deu-se com a convenção de Viena em 1988, que surgiu para o combate do tráfico ilícito de entorpecentes e substâncias psicotrópicas. O combate à lavagem de dinheiro recebe apoio de organismos internacionais, como por exemplo a Organização das Nações Unidas (ONU), que contém 193 países membros. A Lei 9.613/98 define o conceito de lavagem de dinheiro como “ocultar ou dissimular a natureza, origem, localização, disposição, movimentação ou propriedade de bens, direitos ou valores provenientes, direta ou indiretamente, de infração penal”. Reclusão • 3 a 10 anos, podendo ser reduzida de 1 a 2/3 caso seja feita delação premiada, ou aumentar de 1 a 2/3 caso o crime tenha sido realizado por organização criminosa. Multa inabilitação temporária, pelo prazo de até dez anos, para o exercício do cargo de administrador das pessoas jurídicas, como por exemplo, seguradoras, bolsas de valores, administradoras de cartões, empresas de leasing, etc. Ao receber a solicitação de bloqueio de bens pelo Conselho da ONU, a instituição financeira deverá comunicar o Ministério da Justiça, o BACEN e o COAF no prazo de até 24 horas. Bloqueio temporário de bens Fases da lavagem de dinheiro COITodos os esforços estão centrados nessa fase. Dinheiro muito próximo da origem. (Fase mais crítica do processo) Dificultar rastreamento Contábil. (paraíso fiscal). Trocar R$ por US$. Diversificação. Receita da empresa de fachada. C = colocação O = ocultação I = Integração um paraíso fiscal é uma jurisdição (estado nacional ou região autónoma) onde a lei facilita a aplicação de capitais estrangeiros, com alíquotas de tributação muito baixas ou nulas. As empresas e contas bancárias abertas em territórios beneficiários do estatuto de paraíso fiscal costumam ser chamadas de offshore. 146 Prevenção à Lavagem de dinheiro e ao Financiamento do Terrorismo (PLD/FT) - Lei 9.613/98 147 • Pessoa física ou Jurídica que trabalhe com captação, intermediação e aplicação de recursos financeiros de terceiros, com compra e venda de moeda estrangeira ou ouro e com custódia, emissão, distribuição, liquidação, negociação, intermediação ou administração de títulos e valores mobiliários; • Bolsa de valores; • Seguradoras; • Entidades de previdência complementar ou capitalização; • Administradoras de cartão de crédito ou consórcio; • Empresas de arrendamento mercantil (leasing) e de fomento comercial (Factoring); • Pessoas físicas ou jurídicas que exerçam atividades de promoção imobiliária ou compra e venda de imóveis; • Pessoas físicas ou jurídicas que comercializem joias, pedras e metais preciosos, objetos de arte e antiguidades. • Pessoas físicas ou jurídicas que comercializem bens de luxo ou de alto valor; • Juntas comerciais e os registros públicos; • Pessoas físicas ou jurídicas que atuem na promoção, comercialização, agenciamento ou negociação de direitos de transferência de atletas, artistas ou feiras, exposições ou eventos similares; • As empresas de transporte e guarda de valores; Suas obrigações: Identificar os clientes e manter seus cadastros atualizados (anualmente); manter registro de toda transação e operação realizada; adotar políticas de controles internos; cadastrar-se e manter seu cadastro atualizado no COAF. Quem está sujeito à lei e à regulamentação No âmbito do Sistema Financeiro? O cadastro e os registros de transações deverão ser conservados durante período mínimo de 5 anos a partir do encerramento da conta, prazo este que poderá ser ampliado pela autoridade competente. O banco central manterá registro centralizado formando o cadastro geral de correntistas e clientes de instituições financeiras. Procedimentos destinados a Conhecer o Cliente (Know-your-client) 148 devem ser compatíveis com • O perfil de risco do cliente • A política de prevenção à lavagem de dinheiro; • A avaliação interna de risco. Procedimentos • nome, endereço, CPF, CNPJ, se for estrangeiro é a documentação de viagem na forma da Lei; Identificação do cliente Formalizados em manual e aprovado pela diretoria da instituição. Qualificação do cliente • Informações para avaliar a capacidade financeira do cliente, incluindo renda, no caso de pessoa natural ou faturamento, no caso de pessoa jurídica. Classificação do cliente • Classificar seus clientes nas categorias de risco definidas na avaliação interna de risco. Cliente ativo no âmbito da resolução CVM n°50: o cliente que nos últimos 12 meses tenha efetuado movimentação em conta, operação no mercado de valores mobiliários ou apresentado saldo em sua posição de custódia. As informações coletadas nos procedimentos de conhecer os clientes, funcionários, parceiros e prestadores de serviços devem permanecer à disposição do Banco Central pelo prazo mínimo de 10 anos. Procedimentos destinados a Conhecer funcionários, parceiros e prestadores de serviços 149 Procedimentos Classificar as atividades em categorias de risco Formalizados em documento específico aprovado pela diretoria da instituição. Na celebração de contratos com instituições financeiras sediadas no exterior Na celebração de contratos com terceiros não sujeitos a autorização para funcionar do Banco Central Manter as categorias e documentos sempre atualizados. Compreender a natureza de sua atividade, sua reputação, se já foi investigado, conhecer os controles adotados relativos à prevenção de lavagem de dinheiro, dar ciência do contrato de parceria ao diretor. Compreender a natureza de sua atividade, sua reputação, se já foi investigado, conhecer os controles adotados relativos à prevenção de lavagem de dinheiro, dar ciência do contrato de parceria ao diretor. Avaliação Interna de Risco 150 Avaliação interna de risco (perfil de risco) Dos Clientes Da instituição Das operações e produtos Objetivo de identificar e mensurar o risco de utilizar seus produtos e serviços na lavagem de dinheiro. Das atividades exercidas pelos funcionários Devem ser criadas categorias de risco que possibilitem a adoção de controles de gerenciamento e de mitigação reforçados para as situações de maior risco e a adoção de controles simplificados nas situações de menor risco (abordagem baseada em risco - ABR). Documentada e aprovada pelo diretor Comitê de risco, de auditoria, conselho de administração. Encaminhada para A avaliação interna de risco deve serrevisada a cada dois anos. No âmbito da resolução CVM n° 50, a ABR deve elencar todos os produtos e clientes e segmenta-los em baixo, médio e alto risco de LD/FTP. Em seus controles internos devem manter programa de treinamento contínuo para administradores, funcionários, AAIs etc. Poderá requerer aos órgãos da Administração Pública as informações cadastrais bancárias e financeiras de pessoas envolvidas em atividades suspeitas. I. Presidência; II. Plenário; e (composto pelo presidente + 12 servidores) III. Quadro técnico. Conselho de Controle de Atividade Financeiras (Coaf) 151 é o órgão máximo de no combate à lavagem de dinheiro e tem como missão produzir inteligência financeira e promover a proteção dos setores econômicos contra tal crime. Além disso, o Coaf é uma instituição vinculada administrativamente ao BACEN. O presidente do BACEN escolhe e nomeia o presidente do Coaf (LEI 13.974/20). O COAF dispõe de autonomia técnica e operacional e atua em todo o território nacional. COAF As operações suspeitas de lavagem de dinheiro (com sérios indícios dos crimes previstos na Lei) e aquelas que ultrapassam o limite fixado pela autoridade competente deverão ser comunicadas ao Coaf, abstendo-se de dar ciência de tal ato a qualquer pessoa, no prazo de 24 horas da realização da transação ou operação. I - Banco Central do Brasil; II - Comissão de Valores Mobiliários; III - Superintendência de Seguros Privados; IV - Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional; V - Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil; VI - Agência Brasileira de Inteligência; Órgãos vinculados ao Coaf VII - Ministério das Relações Exteriores; VIII - Ministério da Justiça e Segurança Pública; IX - Polícia Federal; X - Superintendência Nacional de Previdência Complementar; XI - Controladoria-Geral da União; XII - Advocacia-Geral da União. Registro das operações • No caso de operações com valor individual superior a R$ 2.000,00 as instituições devem incluir no registro, além das informações acima, o nome e CPF do portador dos recursos. • No caso de operações de depósito ou aporte em espécie de valor individual igual ou superior a R$ 50.000,00 as instituições devem incluir no registro, além das informações acima, o nome e CPF do portador, do proprietário dos recursos, a origem dos recursos depositados ou aportados. • No caso de operações de saque, inclusive realizada por meio de cheque ou ordem de pagamento, de valor individual igual ou superior a R$ 50.000,00, as instituições devem incluir no registro, além das informações acima, nome e CPF do destinatário dos recursos, do portador dos recursos, finalidade do saque e número do protocolo. Para clientes sacadores e não clientes que realizem solicitação de saque de valor igual ou superior a R$ 50.000,00, deve ser feito provisionamento com, no mínimo, três dias úteis de antecedência da operações. 152 Registro de TODAS as operações realizadas • Tipo; • Valor; • Data; • Nome; • CPF ou CNPJ; • Canal utilizado. Pagamento, recebimento e transferência • Origem e destino dos recursos; • Nome, CPF ou CNPJ do remetente e recebedor dos recursos. Registro das Operações em ESPÉCIE Na hipótese de recusa do cliente ou do portador dos recursos em prestar a informação devida, deverá ser registrado tal fato e utilizar essa informação nos procedimentos de monitoramento. Combate à Lavagem de Dinheiro 153 Procedimento de Monitoramento • O período para a execução dos procedimentos de monitoramento e de seleção das operações e situações suspeitas não pode exceder o prazo de 45 dias, contados a partir da data de ocorrência da operação ou situação. A análise final, que irá caracterizar a operação como suspeita ou não, também não pode exceder o prazo de 45 dias (No caso do BACEN, a CVM não prevê prazo para essa análise). Operações e situações suspeitas • Suas operações devem ser monitoradas; PEP são aqueles que desempenham ou desempenhou nos últimos 5 anos cargos em funções públicas relevantes, exemplo: detentores de mandatos eletivos, ministros, presidente, vice-presidente, diretores de entidades da administração pública, familiares na linha direta, até o primeiro grau, como cônjuge, companheiro(a), enteado(a) etc. Pessoas expostas politicamente (PEP) Comunicação ao Coaf Operações e situações suspeitas Operações em Espécie • Decidiu comunicar a operação após análise final? A decisão de comunicação deve ser fundamentada; registrada em dossiê; e Ocorrer até o final do prazo de análise e após isso, deve ser realizada até o dia útil seguinte ao da decisão de comunicação. • Depósito, aporte, saque, pagamento, recebimento, transferência contra pagamento em espécie, provisionamento de saque, de valor igual ou superior a R$ 50.000,00, devem ser comunicadas ao Coaf até o dia útil seguinte ao da operação. Indícios de crime de Lavagem de Dinheiro (Carta Circular n° 4.001) • Situações atípicas em relação à atividade econômica do cliente; • Incompatibilidade com sua capacidade financeira; • Aumentos em volumes de depósitos sem causa aparente, principalmente aqueles que são transferidos em curto intervalo de tempo para contas não anteriormente relacionadas ao cliente; • Fragmentação de depósitos e saques; • Depósitos em espécie de cédulas úmidas, malcheirosas, mofadas, com aspecto de que foram armazenadas em local impróprio, com marcas, símbolos e selos desconhecidos; • Trocar grandes quantidades de notas de pequeno valor por notas de alto valor por pessoa cuja atividade ou negócio não tenha característica de receber grandes quantias de recursos em espécie; • Movimentação de recursos em praças localizadas em fronteiras; • Numerosas contas para acolhimento de depósitos em nome de um mesmo cliente; • Situações em que não seja possível identificar o beneficiário final. • situações em que não seja possível manter atualizadas as informações cadastrais de seus clientes; • que evidenciem oscilação significativa em relação ao volume ou frequência de negócios de qualquer das partes envolvidas • transferências privadas de recursos e de valores mobiliários sem motivação aparente; 154 Exemplo de algumas situações (resumo) A carta circular n° 4001 do Banco Central traz mais de 100 situações possíveis de serem caracterizadas como indícios de crime de lavagem de dinheiro. Não é necessário decorar todas, mas apenas entender a lógica por trás desses indícios, conforme exemplos acima. Cumprimento de sanções do CSNU 155 O quê é terrorismo? Prática por um ou mais indivíduos, por razões de xenofobia, discriminação ou preconceito de rala, cor, etnia e religião, quando cometidos com a finalidade de provocar terror social ou generalizado, expondo a perigo pessoa, patrimônio, a paz pública ou a incolumidade pública. Pena e reclusão de 12 a 30 anos. Indisponibilidade de ativos Proibição de transferir, converter, trasladar, disponibilizar ativos, ou deles dispor, direta ou indiretamente; ativos são bens, direitos, valores, fundos, recursos ou serviços, de qualquer natureza, financeiros ou não. A indisponibilidade de ativos não constitui a perda do direito de propriedade. O cumprimento deve ser imediato. • Por execução do CSNU; • Por requerimento de autoridade central estrangeira; MJSP Comunicará Órgãos reguladores ou fiscalizadores (BACEN ou CVM) e ao COAF Comunicará A pessoa natural ou jurídica. Comunicará Instituições autorizadas a funcionar Grupo de Ação Financeira Internacional (GAFI) 156 O Grupo de ação financeira contra a lavagem de dinheiro e o financiamento do terrorismo (GAFI/FATF) foi criado em 1989 e é uma organização intergovernamental cujo propósito é desenvolver e promover políticas nacionais e internacionais de combate à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo. Periodicamente, o GAFI realiza avaliação dos países membros acerca da implementação de medidas de prevenção. As recomendações do GAFI definem as medidas essenciais que os países devem adotar para: • Identificar os riscos e desenvolver políticase coordenação doméstica; • Combater a lavagem de dinheiro, o financiamento do terrorismo e o financiamento da proliferação de armas; • Aplicar medidas preventivas para o setor financeiro e outros setores designados; • Estabelecer poderes e responsabilidades para as autoridades competentes e outras medidas institucionais; • Aumentar a transparência e a disponibilidade das informações sobre propriedade de pessoas jurídicas e de outras estruturas jurídicas; • Facilitar a cooperação internacional, com mais eficiência na troca de informações, rastreamento, bloqueios, confiscos e repatriação de bens ilegais. Prevenção à Lavagem de dinheiro e ao Financiamento do Terrorismo (PLD/FT) – CVM n°50 157 • Pessoas naturais ou jurídicas que prestem serviços relacionados à distribuição, custódia, intermediação ou administração de carteiras; • Entidades administradoras de mercados organizados e as entidades operadoras de infraestrutura do mercado financeiro; • Pessoas que prestem serviços no mercado de valores mobiliários, como por exemplo: • Escrituradores; • Consultores de valores mobiliários; • Agências de classificação de risco; • Representantes de investidores não residentes; • Companhias Securitizadoras; • Auditores independentes. Quem está sujeito à lei e à regulamentação No âmbito do Mercado de Valores mobiliários? Suas obrigações: Identificar o investidor e manter seus cadastros atualizados; manter registro de toda operação envolvendo valores mobiliários, independentemente do seu valor; manter à disposição da CVM, durante o período mínimo de 5 anos, toda documentação. Suas vedações: não devem aceitar ordens de movimentação de contas de clientes com dados desatualizações, exceto se for para encerrar a conta ou resgatar seus ativos; Devem ainda: elaborar e implementar política de PLD/FTP contendo, no mínimo a governança relacionada ao cumprimento das obrigações; a descrição da metodologia para tratamento e mitigação dos riscos identificados; definição dos critérios e periodicidade para atualização dos cadastros dos clientes ativos, observando o intervalo máximo de 5 anos. Prevenção à Lavagem de dinheiro e ao Financiamento do Terrorismo (PLD/FT) – CVM n°50 158 • Situações em que não seja possível manter atualizadas as informações cadastrais dos clientes; • Situações em que não seja possível identificar o beneficiário final; • Operações cujos valores se afigurem incompatíveis com a ocupação profissional, os rendimentos ou a situação patrimonial ou financeira; • Operações realizadas entre as mesmas partes, nas quais haja seguidos ganhos ou perdas a um dos envolvidos; • Operações que evidenciem oscilação significativa em relação ao volume ou frequência do negócio; • Operações cujo grau de complexidade e risco se afigurem incompatíveis com o perfil do cliente; • Operações realizadas com a aparente finalidade de gerar perda ou ganho para as quais falte, fundamento econômico ou legal; • Transferência privada de recursos e de valores mobiliários sem motivação aparente (ex: operação realizada fora de preço de mercado); • Operações e situação relacionadas a pessoas suspeitas de envolvimento com atos terroristas ou financiamento de armas, tais como: investir em ativos com sanções impostas pela CSNU, em ativos com medidas de indisponibilidade, ou negócios com pessoas que tenham intentado cometer atos terroristas etc. Atipicidades que podem, após detecção e respectiva análise, configurar indícios de LD/FTP: Comunicação das operações ao Coaf: deve conter a data do início do relacionamento do comunicante com a pessoa envolvida na situação; a explicação dos sinais de alerta; o detalhamento das operações; a conclusão da análise com relato fundamentado dos sinais identificados. A comunicação deve ser feita no prazo de 24 horas contados a partir da conclusão da análise. Módulo 28 – Autorregulação bancária. Autorregulação bancária 160 Regulação Autorregulação • Decorre de atribuição legal; • Observação das normas é obrigatória; • Marco regulatório para o SFN. • De livre iniciativa; • Observação das normas é condicionada à adesão; • Complementar à regulação forma. Autorregula o Mercado de Capitais Autorregula o Mercado bancário medidas que buscam trazer maior transparência ao setor bancário, reduzindo reclamações, aumentando a qualidade dos serviços prestados, protegendo o consumidor e principalmente adequando o mercado interno para que não haja interferência externa. Os códigos de autorregulação não se sobrepõem, mas se harmonizam à legislação vigente. • Integridade; • Equidade; • Respeito ao consumidor; • Transparência; • Excelência; • Sustentabilidade; e • Confiança. Princípios do Sistema de autorregulação bancária (SARB) Módulo 29 – Sigilo Bancário: Lei Complementar n° 105/2001 e suas alterações. Lei Complementar n° 105/2001. 162 As instituições financeiras (bancos, corretoras, bolsas de valores, cooperativas, administradoras de cartão, empresas de Factoring etc.) conservarão sigilo em suas operações ativas e passivas e serviços prestados. Não é considerado violação do sigilo • Troca de informações para fins cadastrais; • Fornecer informações de emitentes de cheques sem provisão de fundos e devedores inadimplentes; • Comunicação da prática de ilícitos penais ou administrativos; • Revelação de informação sigilosa com consentimento expresso do interessado; • Fornecer dados financeiros e de pagamentos, a gestoras de bancos de dados, para formação de histórico; A quebra do sigilo poderá ser decretada • Para apuração de ocorrência de terrorismo e lavagem de dinheiro; • Tráfico ilícito de substâncias entorpecentes; • Contrabando ou tráfico de armas; • Extorsão mediante sequestro; • Crimes contra o sistema financeiro, a administração pública, a ordem tributária e a previdência social; O dever do sigilo é extensivo ao Banco Central do Brasil e a CVM. A quebra do sigilo, fora das situações autorizadas na Lei, constitui crime e sujeita os responsáveis à pena de reclusão de um a quatro anos e multa, aplicando-se, no que couber, o Código Penal. Incorre na mesma pena quem omitir ou prestar informações falsas. BACEN e CVM • Poderão firmar convênios com órgãos públicos fiscalizadores e outros bancos centrais e entidades fiscalizadoras de outros países. • Dependem de prévia autorização do Poder Judiciário a prestação de informações destinada a apurar responsabilidade de servidor público por infração praticada no exercício de suas atribuições. • Fornecerão ao Poder Legislativo as informações necessárias aos exercícios de suas competências; Módulo 30 – Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD): Lei n° 13.709, de 14 de agosto de 2018 e suas alterações. Lei Geral de Proteção de dados (LGPD) 164 A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) dispõe sobre o tratamento de dados pessoais, inclusive nos meios digitais, com o objetivo de proteger os direitos fundamentais de liberdade e de privacidade e o livre desenvolvimento da personalidade da pessoa natural. A normas da lei são de interesse nacional e devem ser observadas pela União, Estados, DF e Municípios. Fundamentos • Respeito à privacidade; • Autodeterminação informativa; • Liberdade de expressão; • Inviolabilidade da intimidade; • Livre iniciativa e concorrência e defesa do consumidor; • Os direitos humanos, a dignidade da pessoa no exercício da cidadania; e • O desenvolvimento econômico e tecnológico e a inovação. Não se aplica ao tratamento de dados pessoais • Realizado por pessoa natural para fins particulares e não econômicos; • Para fins jornalísticos e artísticos; • Acadêmicos; • Segurança pública; • Defesa nacional; • Segurança do Estado; ou • Atividade de investigação e repressão de infrações penais Lei Geral de Proteção de dados (LGPD) Titular 165 Dado pessoal Dado pessoal sensível Informação relacionada a pessoa natural identificada ou identificável. Origem racial, convicção religiosa, opinião política, filiação a sindicato, saúde, vida sexual, dado genético. Dado anonimizadoRelativo a titular que não possa ser identificado (o dado perde a possibilidade de associação a um indivíduo). Pessoa natural a quem se refere os dados pessoais que são objeto de tratamento (o titular precisa dar consentimento, que pode ser revogado a qualquer momento). Controlador Pessoa natural ou jurídica, a quem compete as decisões referentes ao tratamento de dados pessoais. Operador Pessoa natural ou jurídica, que realiza o tratamento de dados pessoais em nome do controlador. Encarregado Pessoa indicada pelo controlador e operador para atuar como canal de comunicação entre o controlador, os titulares e a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) Agentes de tratamento Tratamento: coleta, produção, recepção, utilização, acesso, transmissão, armazenamento, transferência etc. dos dados. Princípios do tratamento de dados: finalidade, adequação, necessidade, livre acesso, qualidade, transparência, segurança, prevenção, não discriminação, responsabilização e prestação de contas. Lei Geral de Proteção de dados (LGPD) 166 Titular Direitos de liberdade, intimidade e privacidade; Direito de obter do controlador, mediante requisição: a existência do tratamento dos dados, o acesso aos dados, correção de dados, anonimização, portabilidade, revogação do consentimento; Controlador • Manter registro das operações de tratamento de dados pessoais; • A autoridade nacional poderá determinar ao controlador que elabore relatório de impacto à proteção de dados pessoais; • o relatório deverá conter no mínimo, a descrição dos dados, metodologia para coleta e garantia da segurança das informações. Operador Encarregado Suas atividades consistem em: aceitar reclamações, prestar esclarecimento e adotar providências; receber comunicações da autoridade nacional. O controlador deverá comunicar à autoridade nacional e ao titular a ocorrência de incidente de segurança que possa acarretar risco ou dano relevante aos titulares. Sanções administrativas em decorrência de infrações cometidas • Advertência, com indicação do prazo para adoção das medidas corretivas; • Multa simples, de até 2% do faturamento da PJ, limitada a R$ 50 milhões por infração; • Multa diária; bloqueio dos dados pessoais; • Suspensão do exercício da atividade de tratamento de dados por período máximo de 6 meses, prorrogável por igual período; Lei Geral de Proteção de dados (LGPD) 167 Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) • Autarquia de natureza especial, dotada de autonomia técnica e decisória, com patrimônio próprio e com sede e foro no Distrito Federal. • Composição: • Conselho diretor, órgão máximo de direção (5 diretores, incluindo o Diretor-Presidente); • Conselho Nacional de Proteção de Dados Pessoais e da Privacidade; • Corregedoria; • Ouvidoria; • Procuradoria; e • Unidades administrativas e unidades especializadas. • Os membros do Conselho Diretor da ANPD serão escolhidos pelo Presidente da República e por ele nomeados, após aprovação pelo Senado Federal. • O mandato dos membros do Conselho Diretor será de 4 anos. • Competências da ANPD: • Zelar pelos dados pessoais; • Elaborar diretrizes para a política nacional de proteção de dados; • Fiscalizar e aplicar sanções; • Apreciar petições de titular; • Estimular a adoção de padrões, elaborar relatórios, editar regulamentos etc. Conselho Nacional de Proteção de Dados Pessoais e da Privacidade • Composição de 23 representantes, titulares e suplentes, dos seguintes órgãos: • 5 do Poder Executivo Federal; • 1 do Senado Federal; • 1 da Câmara dos Deputados; • 1 do Conselho Nacional de Justiça; • 1 do Conselho Nacional do Ministério público; • 1 do Comitê Gestor da Internet no Brasil; • 3 de entidades da sociedade civil com atuação em proteção de dados; • 3 de instituições científicas, tecnológicas e de inovação; • 3 de confederações sindicais; • 2 de entidades representativas do setor empresarial relacionado à tratamento de dados; • 2 de entidades representativas do setor labora. • Mandato de 2 anos, permitida 1 recondução. • A participação no Conselho é considerada prestação de serviço público relevante, não remunerado. Módulo 31 – Legislação anticorrupção: Lei n° 12.846/2013 e Decreto n° 11129/2022 e suas alterações. Legislação anticorrupção 169 Dispõe sobre a responsabilização administrativa e civil de pessoas jurídicas pela prática de atos contra a administração pública, nacional ou estrangeira, e dá outras providências. Atos lesivos à administração pública • Prometer, oferecer ou dar, vantagem indevida a agente público ou terceira pessoa a ele relacionada; • Financiar, custear, patrocinar a prática de atos ilícios; • Utilizar-se de interposta pessoa física ou jurídica para ocultar seus reais interesses ou a identidade dos beneficiários; • Dificultar atividade de investigação ou fiscalização de órgãos públicos; • No que diz respeito a licitações e contratos: • Fraudar o caráter competitivo de procedimento licitatório público; • Impedir, perturbar ou fraudar a realização de procedimento licitatório público; • Afastar ou procurar afastar licitante, por meio de fraude ou oferecimento de vantagem; • Fraudar licitação pública ou contrato; • Criar PJ de modo fraudulento ou irregular para participar da licitação; • Obter vantagens de modo fraudulento de modificações de contrato; • Fraudar o equilíbrio econômico-financeiro dos contratos; Esfera administrativa Multa, no valor de 0,1% a 20% do faturamento bruto do último exercício anterior ao da instauração do processo administrativo, a qual nunca será inferior à vantagem auferida. Caso não seja possível verificar o faturamento bruto, a multa será de R$ 6.000,00 a R$ 6.000.000,00 milhões de reais. Legislação anticorrupção 170 Processo administrativo de responsabilização A instauração e o julgamento do processo administrativo para apuração da responsabilidade de pessoa jurídica cabem à autoridade máxima de cada órgão ou entidade dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário; No âmbito do Poder Executivo Federal Controladoria-Geral da União - CGU Designará comissão composta por 2 ou mais servidores estáveis Competência para instaurar processos administrativos A comissão deverá concluir o processo no prazo de 180 dias e, apresentar relatórios sobre os fatos apurados e eventual responsabilidade da PJ, sugerindo as sanções a serem aplicadas. PJ terá 30 dias para defesa, contados a partir da intimação. Legislação anticorrupção 171 Acordo de leniência: acordo de natureza administrativa celebrado entre infratores confessos e entes estatais. Esse acordo poderá ser celebrado pela autoridade máxima de cada órgão com as pessoas jurídicas responsáveis que colaborem efetivamente com as investigações e o processo administrativo. A colaboração precisa resultar em: • Identificação dos demais envolvidos; • Obtenção célere de informações e documentos que comprovem o ilícito. O acordo só será celebrado se preenchidos, cumulativamente: • A PJ seja a primeira a se manifestar sobre seu interesse em cooperar; • A PJ cesse completamente seu envolvimento na infração; • A PJ admita sua participação no ilício e coopere plena e permanentemente com as investigações e o processo administrativo. A celebração do acordo de leniência isentará a PJ das sanções previstas abaixo e reduzirá em até 2/3 o valor da multa aplicável: • Publicação extraordinária da decisão condenatória; • Proibição de receber incentivos, subsídios etc. de órgãos ou entidades públicas e de instituições financeiras públicas, pelo prazo mínimo de 1 ano e máximo de 5 anos. Em caso de descumprimento do acordo de leniência, a pessoa jurídica ficará impedida de celebrar novo acordo pelo prazo de 3 anos. Legislação anticorrupção 172 Sanções na esfera Judicial • Perdimento dos bens, direitos ou valores que representem vantagem ou proveito obtidos da infração; • Suspensão ou interdição parcial de suas atividades; • Dissoluçãocompulsória da pessoa jurídica; • Proibição de receber incentivos, subsídios etc. de órgãos ou entidades públicas e de instituições financeiras públicas, pelo prazo mínimo de 1 ano e máximo de 5 anos. Cadastro Nacional de Empresas Punidas (CNEP) Reunirá e dará publicidade às sanções aplicadas pelos órgãos ou entidades dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário de todas as esferas de governo: • Razão social e número de CNPJ; • Tipo de sanção; • Data de aplicação e data final da vigência do efeito limitador ou impeditivo da sanção, quando for o caso. Regulamentação da Legislação anticorrupção (Lei n° 12.846) 173 Regulamenta a responsabilização objetiva administrativa e civil de pessoas jurídicas pela prática de atos contra a administração pública, nacional ou estrangeira. Titular da corregedoria da entidade ou unidade competente Ao tomar ciência da possível ocorrência de ato lesivo, decidirá: • Pela abertura de investigação preliminar: • de caráter sigiloso e não punitivo; • com prazo de conclusão não superior a 180 dias, admitida a prorrogação; • Ao final da investigação, serão enviadas à autoridade competente, relatório conclusivo acerca da existência de autoria e materialidade de atos lesivos, para decisão sobre a instauração do PAR. • Pela recomendação de instauração de Processo Administrativo de Responsabilização (PAR): • A competência para instaurar e julgar o PAR é da autoridade máxima da entidade em face da qual foi praticado o ato lesivo ou, em caso de órgão da administração pública federal direta, do respectivo Ministro de Estado; • A autoridade designará comissão, composta por dois ou mais servidores estáveis; • Em entidades sem servidores estatutários, a comissão será composta por dois ou mais empregados permanentes, preferencialmente com, no mínimo, três anos de serviço; • Instaurado o PAR, a comissão avaliará os fatos e indiciará e intimará a pessoa jurídica para, no prazo de 30 dias, apresentar defesa escrita e especificar eventuais provas; • Concluído o relatório final, a comissão encerrará seus trabalhos, sendo desconstituída, e encaminhará o PAR à autoridade instauradora; • A PJ contra a qual foram impostas sanções no PAR, terá 30 dias para cumpri-las. Módulo 32 – Ética aplicada: ética, moral, valores e virtudes; noções de ética empresarial e profissional. A gestão da ética nas empresas públicas e privadas. Código de ética da Caixa Econômica Federal; Código de Conduta da Caixa Econômica Federal. Código de Ética da Caixa 175 Ética é o conjunto de princípios e valores morais que orientam a conduta de um indivíduo, de um grupo social ou de uma sociedade. No Brasil, os princípios e valores que devem guiar a conduta dos servidores públicos em geral, inclusive os integrantes de empresas públicas, foram estabelecidos pelo Decreto nº 1.171/1994, que aprovou o Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal. Já o Código de Conduta da Alta Administração Federal, aprovado em 21/08/2000, tem por objetivo proporcionar elevado padrão de comportamento ético calcado na lisura e transparência dos atos praticados na condução da coisa pública. valores • Respeito; • Honestidade; • Compromisso; • Transparência; e • Responsabilidade Violações • Por empregado Caixa: Investigadas pela Comissão de Ética da Caixa; • Por dirigente Caixa: apuradas pela Comissão de Ética Pública – CEP, vinculada à Presidência da República. Comissão de Ética • é um órgão autônomo, de caráter deliberativo, com a finalidade de orientar, aconselhar e atuar na gestão sobre a ética profissional dos dirigentes e empregados da CAIXA, no tratamento com as pessoas e com o patrimônio público, e ainda deliberar sobre condutas antiéticas e sobre transgressões das normas da empresa levadas ao seu conhecimento, de acordo com o Estatuto da CAIXA. • É integrada por três membros titulares e três suplentes, escolhidos entre os empregados do quadro permanente e designados pelo Presidente da CAIXA para cumprir mandato de 3 anos, permitida uma recondução. Código de Ética da Caixa 176 Objetivos • Sistematizar os valores éticos que devem nortear a condução dos negócios da Caixa Conglomerado, orientar as ações e o relacionamento com os interlocutores internos e externos. Definições • Colaborador: prestador de serviço, fornecedor, parceiro, estagiário e aprendiz, não empregado, que presta algum tipo de serviço para a Caixa; • Conglomerado Caixa: é o conjunto de empresas formado pela CAIXA e pelas empresas onde ela possui participação societária direta ou por meio de suas subsidiárias; • Dirigente: ocupante de cargo estatutário, a saber: Presidente, Vice-Presidentes e Diretores da Caixa; • Empregado: trabalhador com contrato de trabalho e vínculo empregatício válido com a Caixa; • Membros estatutários: todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo, a saber: são os membros dos Órgãos Estatutários, tais como Diretoria Colegiada, Conselho de Administração, Conselho Fiscal e demais comitês de assessoramento. O termo de ciência do Código de Ética da Caixa é assinado eletronicamente pelos empregados e renovado anualmente. O gestor da unidade de lotação faz reunião anual para estudo e disseminação da norma junto à equipe. Denúncia • Se atribuída a dirigente é apreciada pela CEP; • Se atribuída a membros estatutários é encaminhada à CEP para avaliação e ao órgão de origem para as providências administrativas cabíveis; • Se atribuída a colaborar é encaminhada para a unidade gestora do contrato com a respectiva empresa de vínculo para adoção das providências pertinentes; • Se atribuída a empregado e/ou ex-empregado, durante o vínculo com a caixa, é encaminhada para apreciação da Comissão de Ética da Caixa. Código de Ética da Caixa 177 Conselho de Administração • Instância responsável pela aprovação de alterações no Código de Ética da Caixa. Conselho Diretor • Instância responsável pela aprovação de alterações no Regimento Interno da Comissão de Ética da Caixa. Módulo 33 – Política de Responsabilidade Socioambiental da Caixa Econômica Federal. Política de Responsabilidade Social, Ambiental e Climática (PRSAC) 179 A Política de Responsabilidade Social, Ambiental e Climática (PRSAC) é um conjunto de diretrizes que orienta a atuação da CAIXA e das empresas que compõem o seu Conglomerado Prudencial, bem como de seus empregados, dirigentes, conselheiros, parceiros, estagiários, aprendizes e prestadores, no que couber. As diretrizes incorporam a responsabilidade social, ambiental e climática na estratégia, gestão, negócios, produtos, serviços, processos, operações, atividades e no relacionamento com as partes interessadas, no intuito de promover a sustentabilidade e o desenvolvimento sustentável. Pilares • Gestão de riscos sociais, ambientais e climáticos; • Gestão de práticas administrativas e da cadeia de fornecimento para a governança; • Divulgação e reporte de informações; • Promoção do desenvolvimento sustentável; • Relacionamento e engajamento com partes interessadas. Objetivos A PRSAC visa orientar a atuação da Caixa e de seus Conglomerados, incorporando a responsabilidade social, ambiental e climática na estratégia, gestão, negócios, produtos, serviços, processos, operações, atividades, relacionamento com as partes interessadas, no intuito de promover a sustentabilidade e o desenvolvimento sustentável. A caixa respeita também à elaboração e celebração de contratos identificados pela Caixa como de significativa exposição a risco social, ambiental e/ou climático conforme a legislação. A PRSAC é revisada, no mínimo, a cada 3 anos. Política de Responsabilidade Social, Ambiental e Climática (PRSAC) 180 Promoção da Acessibilidade A Caixa atua para que suas dependências, informações, comunicações, sistemas, tecnologias, produtos e serviços sejam acessíveis a toda sociedade em igualdadede oportunidades, prezando pela segurança e autonomia. Incentivo ao Voluntariado A Caixa incentiva o exercício de ações de serviço voluntário por parte dos seus empregados e colaboradores, viabilizando o desenvolvimento de ações de engajamento na prática de atividades que promovam a cidadania, a inclusão social, a responsabilidade socioambiental e a sustentabilidade de comunidades em situação de vulnerabilidade socioambiental. Repúdio A caixa fomenta cultura organizacional de respeito e valorização das diferenças das pessoas, estimulando práticas de gestão que promovam a inclusão, a equidade e a mitigação de todas as formas de preconceito e discriminação, e estabelece impedimentos normativos para contratação com clientes e fornecedores em caso de violação de direitos e garantias fundamentais e atos lesivos a interesse comum. Gerenciamento de Risco A avaliação e o gerenciamento do risco social, ambiental e climático garantem o alinhamento à legislação vigente, à estratégia corporativa, e às boas práticas de mercado, sendo vedado no relacionamento com Partes interessadas, práticas que não estejam aderentes às exigências de caráter social, ambiental e climático.. Módulo 34 – Lei n° 7998/1990 (Programa Desemprego e Abono Salarial – beneficiários e critérios para saque) Lei 7.998 / 1990 – Seguro desemprego 182 Finalidade do Programa Seguro- desemprego • prover assistência financeira temporária ao trabalhador desempregado em virtude de dispensa sem justa causa, inclusive a indireta, e ao trabalhador comprovadamente resgatado de regime de trabalho forçado ou da condição análoga à de escravo; • e auxiliar os trabalhadores na busca ou preservação do emprego, promovendo, para tanto, ações integradas de orientação, recolocação e qualificação profissional. Bolsa de qualificação profissional Custeada pelo Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). O pagamento será suspenso se ocorrer rescisão do contrato. Para o trabalhador que estiver com o contrato de trabalho suspenso em virtude de participação em curso ou programa de qualificação profissional oferecido pelo empregador. Trabalhador resgatado Trabalhador dispensado sem justa causa, terá direito aquele que comprove: Será encaminhado, pelo Ministério do Trabalho e Emprego, para qualificação profissional e recolocação no mercado de trabalho, por meio do Sistema Nacional de Emprego – SINE. • Ter recebido salários: a) Pelo menos 12 meses nos últimos 18 meses imediatamente anteriores à data de dispensa, quando da primeira solicitação; b) Pelo menos 9 meses nos últimos 12 meses imediatamente anteriores à data de dispensa, quando da segunda solicitação; e c) Cada um dos 6 meses imediatamente anteriores à data de dispensa, quando das demais solicitações. • Não estar em gozo de qualquer benefício previdenciário e de prestação continuada, excetuando o auxílio acidente; Não estar em gozo do auxílio-desemprego; e não possuir renda própria suficiente à sua manutenção e de sua família. • Matrícula e frequência, em curso de formação inicial e continuada ou de qualificação profissional habilitado pelo MEC, ofertado por meio de Bolsa-Formação Trabalhador concedida no âmbito do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec). Lei 7.998 / 1990 – Seguro desemprego 183 Como será concedido o seguro-desemprego? Será concedido por período máximo variável de 3 a 5 meses, de forma contínua ou alternada, a cada período aquisitivo. • Para a primeira solicitação: a) 4 parcelas, se o trabalhador comprovar vínculo empregatício de no mínimo 12 meses e máximo 23 meses; b) 5 parcelas, se o trabalhador comprovar vínculo de no mínimo 24 meses. • Para a segunda solicitação: a) 3 parcelas se o trabalhador comprovar vínculo de no mínimo 9 meses e no máximo 11 meses; b) 4 parcelas se o trabalhador comprovar vínculo de no mínimo 12 meses e máximo 23 meses; c) 5 parcelas se o trabalhador comprovar vínculo de no mínimo 24 meses. • A partir da terceira solicitação: a) 3 parcelas, se o trabalhador comprovar vínculo de no mínimo 6 meses e no máximo 11 meses; b) 4 parcelas se o trabalhador comprovar vínculo de no mínimo 12 meses e no máximo 23 meses; c) 5 parcelas se o trabalhador comprovar vínculo de no mínimo 24 meses. O seguro-desemprego é direito pessoal e intransferível do trabalhador, podendo ser requerido a partir do sétimo dia subsequente à rescisão do contrato de trabalho. O pagamento do benefício do seguro-desemprego será suspenso quando da admissão do trabalhador em novo emprego; recebimento de benefício de Prestação Continuada da Previdência social, exceto auxílio-acidente. Lei 7.998 / 1990 – Abono Salarial 184 Equivale ao valor de, no máximo, um salário mínimo ao trabalhador que: • Tenham recebido, de empregadores que contribuem para o Programa de Integração Social (PIS) ou para o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PASEP), até dois salários mínimos médios de remuneração mensal, e que Tenham exercido atividade remunerada pelo menos durante 30 dias; • Estejam cadastrados há pelo menos 5 anos no Fundo de Participação PIS-PASEP ou no Cadastro Nacional do Trabalhador. ABONO SALARIAL • Seu valor será calculado na proporção de 1/12 do valor do salário-mínimo vigente, multiplicado pelo número de meses trabalhados no ano correspondente; • A fração igual ou superior a 15 dias de trabalho será contada como mês integral. Será pago pelo BB ou CEF mediante: • Depósito em nome do trabalhador; • Saque em espécie; ou • Folha de salários Situações que constituem justa causa 185 I. ato de improbidade; II. incontinência de conduta ou mau procedimento; III. negociação habitual por conta própria ou alheia sem permissão do empregador, e quando constituir ato de concorrência à empresa para a qual trabalha o empregado, ou for prejudicial ao serviço; IV. condenação criminal do empregado, passada em julgado, caso não tenha havido suspensão da execução da pena; V. desídia no desempenho das respectivas funções; VI. embriaguez habitual ou em serviço; VII. violação de segredo da empresa; VIII. ato de indisciplina ou de insubordinação; IX. abandono de emprego; X. ato lesivo da honra ou da boa fama praticado no serviço contra qualquer pessoa, ou ofensas físicas, nas mesmas condições, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem; XI. ato lesivo da honra ou da boa fama ou ofensas físicas praticadas contra o empregador e superiores hierárquicos, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem; XII. prática constante de jogos de azar. XIII. perda da habilitação ou dos requisitos estabelecidos em lei para o exercício da profissão, em decorrência de conduta dolosa do empregado. Módulo 35 – Artigo 37 da Constituição Federal (Princípios constitucionais da Administração Pública: Princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência). Artigo 37 da Constituição Federal 187 Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. legalidade Impessoalidade Moralidade Publicidade Eficiência Ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude da lei. Dever de imparcialidade na defesa do interesse público, impedindo discriminações e privilégios indevidamente dispensados a particulares no exercício da função. Está ligado ao exercício do administrador na sua função, sobretudo, no dever de identificar o honesto do desonesto e não desprezar o elemento da conduta. Obriga a administração pública a dar publicidade de seus atos administrativos para possibilitar o controle de terceiros. Livre acesso dos indivíduos a informações de seu interesse e de transparência na atuação administrativa. Exige que a atividade administrativa seja exercida com presteza, perfeição e rendimento funcional.Artigo 37 da Constituição Federal 188 • Os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei; • A investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos; • O prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez, por igual período; • Durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, aquele aprovado em concurso público será convocado com prioridade sobre novos concursos para assumir cargo ou emprego, na carreira; • As funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento; • É garantido ao servidor público civil o direito à livre associação sindical; • O direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica; • A lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas portadoras de deficiência; • A lei estabelecerá casos de contratação por tempo determinado para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público; • A remuneração dos servidores públicos somente poderá ser fixada ou alterada por lei específica; • É vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver compatibilidade de horários: a) A de dois cargos de professor; b) A de um cargo de professor com outro técnico ou científico; c) A de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas. Principais pontos do Art. 37 Módulo 36 – Lei Complementar n° 7/1970 (PIS). Lei Complementar n° 7/1970 (PIS) 190 O Programa de Integração Social (PIS), é destinado a promover a integração do empregado na vida e no desenvolvimento das empresas. Será executado mediante Fundo de Participação, constituído por depósitos efetuados pelas empresas na Caixa Econômica Federal. Fundo de Participação a) A primeira, mediante dedução do imposto de renda devido; b) A segunda, com recursos próprios da empresa, calculados com base no faturamento (0,5%). Constituído de duas parcelas Que não realizam operações de vendas de mercadorias participarão do Programa de Integração Social com uma contribuição ao Fundo de Participação de, recursos próprios. Instituições financeiras A Caixa Econômica emitirá, em nome de cada empregado, uma Caderneta de Participação – Programa de Integração Social – movimentável. A participação do empregado no Fundo far-se-á mediante depósitos efetuados em contas individuais abertas em nome de cada empregado. A omissão dolosa de nome de empregado entre os participantes do fundo sujeitará a empresa a multa, em benefício do fundo, no valor de 10 meses de salários, devidos ao empregado cujo nome houver sido omitido. Igual penalidade será aplicada em caso de declaração falsa sobre o valor do salário e do tempo de serviço do empregado na empresa. Programa de Integração Social (PIS) • Seguro-desemprego; • Abono salarial; • Direcionados ao BNDES. Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep) FAT Contribuições de empresas privadas Contribuições de empresas públicas CODEFAT Conselho deliberativo do FAT, composto por representação de trabalhadores, empregadores e órgãos e entidades governamentais. Faz a gestão dos recursos do FAT Reserva mínima de liquidez deve ser mantida em aplicações em títulos públicos. • Produto dos encargos devidos pelos contribuintes, em decorrência da inobservância de suas obrigações; • A correção monetária e os juros devidos pelo agente aplicador dos recursos do fundo; • Produto da arrecadação da contribuição adicional pelo índice de rotatividade; • Outros recursos que lhe sejam destinados. R $ O Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) é vinculado ao Ministério do Trabalho e Emprego, destinado ao custeio do Programa de Seguro-Desemprego, ao pagamento do abono salarial e ao financiamento de programas de educação profissional e tecnológica e de desenvolvimento econômico. Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) – Lei n° 7.998 191 Módulo 37 – Lei n° 8.036/1990 (FGTS): possibilidades e condições de utilização/saque; Certificado de Regularidade do FGTS; Guia de Recolhimento (GRF). Lei n° 8.036 (FGTS) 193 • demissão sem justa causa; • Aposentadoria concedida pela Previdência Social; • necessidade pessoal, urgente e grave, decorrente de desastre natural; • falecimento do trabalhador; • idade igual ou superior a 70 anos; • portador de HIV; • Neoplasia maligna; • doenças graves etc. • Pagamento de parte das prestações decorrentes de financiamento habitacional, desde que: a) O mutuário conte com o mínimo de 3 anos de trabalho sob o regime de FGTS; b) O valor bloqueado seja utilizado, no mínimo durante o prazo de 12 meses; c) O valor do abatimento atinja, no máximo 80% do montante da prestação. • Quando o trabalhador permanecer três anos ininterruptos fora do regime do FGTS; Condições para saque O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) foi criado com o objetivo de proteger o trabalhador demitido sem justa causa, mediante a abertura de uma conta vinculada ao contrato de trabalho. No início de cada mês, os empregadores depositam em contas abertas na CAIXA, em nome dos empregados, o valor correspondente a 8% do salário de cada funcionário. O FGTS é constituído pelo total desses depósitos mensais e os valores pertencem aos empregados que, em algumas situações, podem dispor do total depositado em seus nomes. Quem tem direito? Todo trabalhador brasileiro com contrato de trabalho formal, regido pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), e, também, trabalhadores domésticos, rurais, temporários, intermitentes, avulsos, safreiros (operários rurais que trabalham apenas no período de colheita) e atletas profissionais têm direito ao FGTS. O diretor não empregado pode ser incluído no regime do FGTS, a critério do empregador. Lei n° 8.036 (FGTS) 194 Sistemáticas para saque Saque-rescisão Saque-aniversário • É a sistemática abordada no slide anterior; • Essa é a sistemática original, que pode ser alterada. • Anualmente, no mês de aniversário do trabalhador, por meio da aplicação dos valores da tabela abaixo, e o valor será determinado: • Pela aplicação da alíquota correspondente à soma de todos os saldos das contas vinculadas do titular; • Pelo acréscimo da parcela adicional correspondente ao valor apurado; • A primeira opção pela sistemática de saque-aniversário poderá ser feita a qualquer tempo e terá efeitos imediatos; • Caso o titular solicite novas alterações de sistemática a alteração será efetivada no primeiro dia do vigésimo quinto mês subsequente ao da solicitação. LIMITE DAS FAIXAS DE SALDO (Em R$) ALÍQUOTA PARCELA ADICIONAL (Em R$) De 00,01 Até 500,00 50% - De 500,01 Até 1.000,00 40% 50,00 De 1.000,01 Até 5.000,00 30% 150,00 De 5.000,01 Até 10.000,00 20% 650,00 De 10.000,01 Até 15.000,00 15% 1.150,00 De 15.000,01 Até 20.000,00 10% 1.900,00 Acima de 20.000,00 - 5% 2.900,00 Titular com mais de uma conta vinculada, o saque terá início pela conta que tiver o menor saldo. Lei n° 8.036 (FGTS) 195 Certificado de Regularidade do FGTS A regularidade com o FGTS é uma situação apurada pela Caixa, atestada mediante emissão do Certificado. Para estar regular perante o FGTS, o empregador deve estar em dia: • Com as obrigações co o FGTS, considerando os aspectos: financeiro, cadastral e operacional; • Com o pagamento das contribuições sociais; • Com o pagamento de empréstimos lastreados com recursos do FGTS. Além do cumprimento das obrigações com os trabalhadores, a regularidade é condição obrigatória para participação em licitações públicas e demais situações previstas nas leis 8.036/1990 e 9.012/1995. SEFIP Sistema Empresa de Recolhimento do FGTS e Informações à Previdência Social. É um aplicativodesenvolvido pela Caixa para o empregador. É responsável por consolidar os dados cadastrais e financeiros dos contribuintes e trabalhadores para repassar ao FGTS e à Previdência Social. É utilizado para gerar a Guia de Recolhimento do FGTS (GRF). GRF Deve ser recolhida até o 7° dia do mês seguinte àquele em que a remuneração do trabalhador foi paga. • Menor aprendiz: quota de 2% sobre a remuneração; • Demais trabalhadores: quota de 8% sobre a remuneração. As contas vinculadas em nome dos trabalhadores são absolutamente impenhoráveis. Módulo 38 – Produtos: Abertura e movimentação de contas: documentos básicos. Abertura e movimentação de contas: documentos básicos 197 Perguntas Respostas Como abrir uma conta? • Documento de identidade com foto e dentro do prazo de validade, se houver; • Comprovante de inscrição no CPF, do próprio titular, e situação regular perante a Receita Federal; • Comprovante de residência com data de vencimento, referência ou emissão, conforme o caso e prevalecendo a mais recente, de, no máximo, até o segundo mês anterior ao da abertura da conta; • Comprovante de renda, com data de emissão mais recente; • Comprovação de domicílio no Brasil, no caso de cidadãos estrangeiros; • Procuração, Tutela ou Curatela, se for o caso; • Comprovação de emancipação, se for o caso. Precisa de algum valor para abrir uma conta? Não há exigência de valor mínimo de depósito, mas dependendo do propósito da abertura da conta, o gerente pode negociar um depósito inicial, cujo valor deve estar expresso no Contrato de Abertura de Contas, conforme determina o Banco Central do Brasil. A conta não movimentada por 180 dias e sem saldo é encerrada automaticamente. Consigo transferir minha conta para outra Cidade ou Estado? Não é possível fazer a transferência. O cliente pode, no entanto, abrir a conta na cidade de seu interesse, transferindo os valores e encerrando a conta anterior, pode optar por mudar de cidade e continuar movimentando sua conta, fazendo as principais transações em outros canais de atendimento ou pode ainda manter mais de uma Conta Corrente ativa Que conta posso abrir para investimento? • Conta Corrente, à qual são vinculados os investimentos em Fundos, Renda Fixa e Poupança Integrada; • Conta Poupança; • Conta Poupança CAIXA Fácil. Abertura e movimentação de contas: documentos básicos 198 Perguntas Respostas Consigo abrir uma conta corrente sem comprovante de renda? Sim, porém será necessário apresentar o comprovante de renda formal ou informal caso deseje contratar cartão de crédito, cheque especial ou empréstimos. Consigo abrir conta pela internet ou telefone? Não é possível abrir uma Conta Corrente na CAIXA por Internet ou telefone. Apenas em canais de atendimento físicos. Posso abrir conta em lotérica? As Lotéricas e Correspondentes formalizam a proposta de abertura de Conta Corrente, que é finalizada na Agência da escolha do proponente. Posso receber meu salário na Caixa sem abrir conta corrente? A escolha do banco onde o empregado/servidor receberá seu salário é do empregador, a quem cabe fornecer os dados para que o banco providencie a abertura de uma Conta Salário. A Conta Salário permite ao titular movimentar seu salário na própria conta, porém de forma restrita. Há ainda a possibilidade de se efetivar a portabilidade do valor dos proventos para qualquer conta de sua indicação, na mesma ou em outra Instituição Financeira. Assim, é possível receber o salário na CAIXA sem abrir uma Conta Corrente, desde que tenha sido aberta a Conta Salário, ou se o titular optar por transferir o valor do salário para uma conta de Poupança. Módulo 39 – Pessoa física e pessoa jurídica: capacidade e incapacidade civil, representação e domicílio. Capacidade e incapacidade civil, representação e domicílio 200 Capacidade civil Significa a aptidão que a pessoa tem de adquirir e exercer direitos. Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil. A capacidade divide-se em dois tipos: a) Capacidade de direito: em que a pessoa adquire direitos, podendo ou não exercê-los; b) Capacidade de exercício ou de fato: em que a pessoa exerce seu próprio direito. Conclui-se que todas as pessoas têm capacidade de direito, mas nem todas possuem a capacidade do exercício do direito. Incapacidade civil A incapacidade é a exceção, ou seja, são incapazes aqueles discriminados pela legislação (menores de 16 anos, deficientes mentais etc.). Representação Representar é agir em nome de outrem. O representante emite vontade em nome do representado, que é verdadeiramente quem adquire, modifica ou extingue direitos, e o faz de acordo com o poder de representação outorgado pelo interessado ou pela lei. Domicílio pessoa natural • O domicílio da pessoa natural é o lugar onde ela estabelece a sua residência com ânimo definitivo; • Se, porém, a pessoa natural tiver diversas residências, onde, alternadamente, viva, considerar-se-á domicílio seu qualquer delas. • É também domicílio da pessoa natural, quanto às relações concernentes à profissão, o lugar onde esta é exercida. • Ter-se-á por domicílio de pessoa natural, que não tenha residência habitual, o lugar onde for encontrada. Capacidade e incapacidade civil, representação e domicílio 201 Domicílio pessoa jurídica • Da União, o Distrito Federal; • Dos Estados e Territórios, as respectivas capitais; • Do Município, o lugar onde funciona a administração municipal; • Das demais pessoas jurídicas, o lugar onde funcionarem as respectivas diretorias e administrações, ou onde elegerem domicílio especial no seu estatuto ou atos constitutivos. • Domicílio do incapaz: é o do seu representante ou assistente; • Do servidor público: o lugar em que exercer permanentemente suas funções; • Do militar: onde servir, e, sendo da Marinha ou da Aeronáutica, a sede do comando a que se encontrar imediatamente subordinado; • Do marítimo: onde o navio estiver matriculado; • Do preso: o lugar em que cumprir a sentença. Módulo 40 – Sistema de pagamentos brasileiro. Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) 203 O Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) compreende as entidades, os sistemas e os procedimentos relacionados com o processamento e a liquidação de operações de transferência de fundos, de operações com moeda estrangeira ou com ativos financeiros e valores mobiliários, chamados, coletivamente, de entidades operadoras de Infraestruturas do Mercado Financeiro (IMF). Além das IMF, os arranjos e as instituições de pagamento também integram o SPB. Responsabilidades do BACEN em relação ao SPB No caso dos pagamentos de varejo, o BC direciona suas ações no sentido de promover a interoperabilidade, a inovação, a solidez, a eficiência, a competição, ao acesso não discriminatório aos serviços e às infraestruturas, o atendimento às necessidades dos usuários finais e a inclusão financeira. Zelar pelo funcionamento normal, seguro e eficiente do SPB. Essa função tem como objetivo primordial garantir a eficiência e a segurança no uso de instrumentos de pagamento por meio dos quais a moeda é movimentada. Competência de regulamentar e exercer a vigilância e a supervisão sobre os sistemas de compensação e de liquidação, os arranjos e as instituições de pagamento. BC atua no sentido de promover a solidez das IMFs, seu normal funcionamento e seu contínuo aperfeiçoamento. Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) 204 Integrantes do SPB • os serviços de compensação de cheques, • de compensação e liquidação de ordens eletrônicas de débito e de crédito, • de transferência de fundos e de outros ativos financeiros, • de compensação e de liquidação de operações com títulos e valores mobiliários, • de compensação e de liquidação de operações realizadas em bolsas de mercadorias e de futuros, • de depósito centralizado e • de registro de ativos financeiros e de valores mobiliários. Os sistemas que operam esses serviços são denominados IMFs Autorização e supervisão assegurar que as IMFssejam administradas consistentemente com os objetivos de interesse público, mantendo a estabilidade financeira e reduzindo o risco sistêmico. Regulação Cabe ao BC, seguindo diretrizes emitidas pelo CMN, o papel de regulador, juntamente com a CVM, nas suas respectivas esferas de competência. Como regulador, o BC atua no sentido de converter as políticas estabelecidas em regras a serem aplicadas às IMFs, além de adequar o arcabouço normativo brasileiro, quando relevante, ao que recomendam os organismos internacionais concernentes, como é o caso do Comitê de Pagamentos e Infraestruturas do Mercado do Banco de Compensações Internacionais (CPMI/BIS) e do Comitê Técnico da Organização Internacional de Comissões de Valores (TC/IOSCO). Gestão e operação O BC é o responsável pela gestão e operação das seguintes IMFs: • Sistema de Transferência de Reservas (STR) • Sistema de Pagamentos Instantâneos (SPI) • Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic). BACEN Sistemas de liquidação e custódia (clearing house) 205 Sistema especial de liquidação e custódia (SELIC) • Faz a liquidação de Títulos públicos em D+0; • processa a emissão, o resgate, o pagamento de juros periódicos e a custódia dos títulos públicos; • Registrados e liquidados em tempo real (liquidação bruta em tempo real – LBTR); • Liquidação financeira ocorre por meio do STR; • Liquida também as operações de mercado aberto e redesconto com títulos públicos. Brasil, Bolsa e Balcão (B3) • Faz a liquidação de ações em D+2; • Cetip: Títulos privados (ex.: CDB, LCI, LCA, CRI, CPR, SWAP); • BM&F: Derivativos (ex.: opções, futuros, mercado à termo). Sua administração é realizada pelo BCB em parceria com a ANBIMA. • É o coração do SPB, onde ocorre a liquidação final de todas as obrigações financeiras no Brasil; • A transferência de fundos no STR é irrevogável, isto é, só é possível “desfazer” uma transação por meio de outra transação no sentido contrário; • Não há possibilidade de lançamentos a descoberto (não se admite saldo negativo); • Faz liquidação bruta em tempo real (LBTR); Sistema de transferência de reservas (STR) Slide 1 Slide 2 Slide 3 Slide 4 Slide 5 Slide 6 Slide 7 Slide 8 Slide 9 Slide 10 Slide 11 Slide 12 Slide 13 Slide 14 Slide 15 Slide 16: Superintendência de seguros privados (SUSEP) Slide 17: Superintendência nacional de previdência complementar (PREVIC) Slide 18 Slide 19 Slide 20 Slide 21 Slide 22 Slide 23: Corretora de Títulos e Valores Mobiliários (CTVM) e Distribuidora (DTVM) Slide 24 Slide 25: Mercado Financeiro e seus desdobramentos (monetário, crédito, capitais e cambial) Slide 26: Classificação dos Mercados Financeiros Slide 27: Classificação dos Mercados Financeiros Slide 28 Slide 29 Slide 30 Slide 31 Slide 32 Slide 33 Slide 34 Slide 35 Slide 36 Slide 37 Slide 38 Slide 39 Slide 40 Slide 41 Slide 42 Slide 43 Slide 44 Slide 45 Slide 46 Slide 47 Slide 48 Slide 49 Slide 50 Slide 51 Slide 52 Slide 53 Slide 54 Slide 55 Slide 56 Slide 57 Slide 58 Slide 59 Slide 60 Slide 61 Slide 62 Slide 63 Slide 64 Slide 65 Slide 66 Slide 67 Slide 68 Slide 69: Moeda Slide 70: Políticas Monetárias convencionais Slide 71 Slide 72: Operações Compromissadas Slide 73: Política monetária não-convencional (Quantitative Easing) Slide 74 Slide 75: Orçamento Público Slide 76 Slide 77: Orçamento Público Slide 78: Títulos do Tesouro Nacional Slide 79 Slide 80 Slide 81: Dívida Pública Slide 82 Slide 83: Bolsa família Slide 84: Auxílio Gás Slide 85: Benefícios do trabalhador Slide 86 Slide 87: Cartão de débito e Crédito Slide 88: Cartão de débito e Crédito Slide 89: Crédito Direto ao Consumidor (CDC) Slide 90: Crédito Rural Slide 91 Slide 92: Caderneta de poupança Slide 93: Capitalização Slide 94: Capitalização Slide 95 Slide 96 Slide 97 Slide 98: Previdência Complementar Slide 99 Slide 100: Características técnicas que influenciam o produto Slide 101 Slide 102: Riscos a serem observados Slide 103 Slide 104 Slide 105: Regimes de tributação Slide 106 Slide 107 Slide 108: Exemplos Slide 109: Exemplos Slide 110: Consórcio Slide 111: Consórcio Slide 112 Slide 113 Slide 114 Slide 115 Slide 116 Slide 117 Slide 118 Slide 119 Slide 120 Slide 121: Acionista Controlador e Direito dos Acionistas Slide 122 Slide 123 Slide 124 Slide 125 Slide 126 Slide 127 Slide 128 Slide 129 Slide 130 Slide 131 Slide 132 Slide 133 Slide 134 Slide 135 Slide 136 Slide 137 Slide 138 Slide 139 Slide 140 Slide 141 Slide 142 Slide 143 Slide 144 Slide 145: Prevenção à Lavagem de dinheiro e ao Financiamento do Terrorismo (PLD/FT) - Lei 9.613/98 Slide 146 Slide 147 Slide 148 Slide 149 Slide 150 Slide 151 Slide 152: Registro das operações Slide 153 Slide 154: Indícios de crime de Lavagem de Dinheiro (Carta Circular n° 4.001) Slide 155 Slide 156 Slide 157 Slide 158 Slide 159 Slide 160: Autorregulação bancária Slide 161 Slide 162 Slide 163 Slide 164 Slide 165 Slide 166 Slide 167 Slide 168 Slide 169 Slide 170: Legislação anticorrupção Slide 171: Legislação anticorrupção Slide 172: Legislação anticorrupção Slide 173 Slide 174 Slide 175 Slide 176 Slide 177 Slide 178 Slide 179 Slide 180 Slide 181 Slide 182 Slide 183 Slide 184 Slide 185 Slide 186 Slide 187 Slide 188 Slide 189 Slide 190 Slide 191 Slide 192 Slide 193 Slide 194 Slide 195 Slide 196 Slide 197 Slide 198 Slide 199 Slide 200 Slide 201 Slide 202 Slide 203: Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) Slide 204: Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) Slide 205