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Dependendo do exame não pode realizar algumas coisas, como atividades físicas, andar de cavalo, ter um jejum específico, não fumar... Todo cuidado deve ser tomado, prestando atenção no garroteamento, uso certo do tubo com anticoagulante... Sempre usar primeiro os tubos sem aditivos. Na fase pré-analítica o maior erro é etiquetação errada! Outros erros podem ser não informar corretamente o paciente, troca de tubos, amostra insuficiente, armazenamento errado, forte agitação. Na fase analítica os erros podem ser o uso inadequado de reagentes, contaminação, monitorar os programas. Na fase pós-analítica o maior erro é ou, colocar o nome errado do paciente, ou trocar os envelopes, entregando para o paciente errado. Diabetes mellitus é um distúrbio metabólico caracterizado por hiperglicemia persistente, por deficiência na produção/ação da insulina. A hiperglicemia persistente causa lesão nos vasos, principalmente nos menores, que são os das extremidades, néfrons e retina. A doença cardiovascular é a principal causa de óbito entre as pessoas com diabetes. O pâncreas tem função exócrina, secretando enzimas digestivas, e endócrina, secretando insulina, pelas células beta, e glucagon, pelas células alfa. Esses hormônios dependem da glicose circulante para serem liberados. A glicose é a principal fonte de energia para o encéfalo. Glicose em excesso vira depósito de energia em forma de glicogênio, e este será usado em jejum. HORMÔNIOS CONTRA- REGULADORES São hormônios que estimulam a hiperglicemia. EPINEFRINA ERROS LABORATORIAIS DIABETES Estimula a glicogenólise e diminui a utilização da glicose. GLUCAGON Estimula o fígado a produzir mais glicose e também faz a glicogenólise e gliconeogênese. CORTISOL Estimula a gliconeogênese e aumenta a quebra de lipídeos e proteínas. HORMÔNIO DE CRESCIMENTO Diminui a captação de glicose pelas células. Em casos de traumas a liberação de insulina é inibida, pois a epinefrina vai favorecer a glicogenólise e gliconeogênese, causando uma hiperglicemia. O cortisol também causa uma hiperglicemia em traumas. MANUTENÇÃO DA NORMOGLICEMIA Ao ingerir o alimento, tem uma alta taxa de glicose circulante que inibe as células alfa pancreáticas e estimulam as células beta pancreáticas a liberarem insulina, onde esta atuará nas células do fígado para absorver a glicose e armazenar em forma de glicogênio. Em casos de jejum, com baixa taxa de glicose circulante, as células beta-pancreáticas são inibidas e as células alfa-pancreáticas são estimuladas a liberarem o glucagon, que atuarão no fígado quebrando o glicogênio e liberando a glicose. FISIOPATOLOGIA A insulina tem duas cadeias conectadas pelo peptídeo C, nisso ela é chamada de pró-insulina, ainda no pâncreas. Quando ela é liberada para ter sua ação, o peptídeo C se destaca dela assim que cai na circulação, sendo agora, uma insulina ativada podendo agir nas células. Então, como o hormônio assim que cai na circulação já atua nas células, é difícil dosá-lo no sangue. O jeito mais eficaz é dosar esse peptídeo C na circulação, o que é possível saber se o paciente ainda está ou não produzindo insulina. Liberação da insulina CÉLULAS BETA PANCREÁTICAS A glicose entra na célula pelo GLUT2, e lá dentro produz ATP. Ele ativa a bomba de sódio e potássio, que muda a voltagem da membrana, ativando os canais de cálcio. Assim que o cálcio entra estimula os genes da insulina a expressarem a insulina e agora ela é liberada da célula por exocitose. A insulina realização a captação de glicose pelas células; impede a degradação de lipídeos e glicogênio; promove a síntese de ácidos graxos. GLUT1: está na barreira hematoencefália. NÃO DEPENDE DE INSULINA. GLUT2: está no fígado, intestino e túbulos renais, atuando no pós- prandial. NÃO DEPENDE DE INSULINA. GLUT3: está no SNC, usado em casos de jejum prolongado. NÃO DEPENDE DE INSULINA. GLUT4: está nos músculos esqueléticos e tecido adiposo. DEPENDE DE INSULINA. Nesse caso a insulina interage com seu receptor na célula, estimulando o deslocamento do GLUT4 para a membrana. DIABETES MELLITUS TIPO 1 Não produz insulina por destruição autoimune das células Beta pancreáticas. Mais comum em jovens. Causa o emagrecimento pela quebra no estoque de lipídeos e isso pode causar a cetoacidose (produção de corpos cetônicos). As células beta-pancreáticas tentam se regenerar, com a insulina sendo pouco produzida, causando uma hipoglicemia. O Ac que ataca é o Anti-GAD, e tem que estar >1U/mL. A causa idiopática é quando não tem esse ataque autoimune. Não se sabe a causa. Infecções virais podem causar a resposta autoimune, assim como uma predisposição genética. Marcadores da autoimunidade: anticorpo anti-ilhota (ICA), autoanticorpo anti-insulina (IAA), anticorpo antidescarboxilase do ácido glutâmico (anti-GAD65), anticorpo antitirosina-fosfatase IA-2 e IA-2B, e anticorpo antitransportador de zinco (Znt8). O primeiro estágio é sem estágio com uma normoglicemia, o segundo estágio tem, nos exames, um relato de ‘’pré-diabetes’’, mas sem sintomas, e no terceiro estágio tem uma hiperglicemia com sintomas. Todos os 3 tem já os Ac positivos. Mais comum de acontecer uma cetoacidose, pois é liberada a reserva de lipídeos e produz corpos cetônicos, que ao cair na circulação, altera o pH para ácido. A quantidade de peptídeos C é nula ou muito baixa. DIABETES MELLITUS TIPO 2 Tem uma perda na ação da insulina nas células alvo, e consequentemente, na produção da insulina. É causada por fatores genéticos e ambientais, como sedentarismo, má dieta rica em gordura e envelhecimento. A resistência insulínica é muito comum em acúmulo de gordura visceral, pois esse tecido vai produzir citocinas pró-inflamatórias, gerando a resistência à insulina. Primeiro, essa resistência se inicia com um aumento de sua secreção, sendo uma hiperinsulinemia modesta, e depois leva a falência das células beta por exaustão da secreção, causando uma hiperglicemia pois o músculo esquelético não consegue mais captar a glicose. Costuma acometer pessoas com mais de 45 anos, ou obesos, com hipertensão arterial e histórico familiar em qualquer idade. IMC> 25kg/m2. Uso de corticoides, diabetes gestacional... Vem a ter poliúria, polidipsia e polifagia. Essa polifagia vem por causa da inanição celular (célula com falta de um elemento indispensável), causando muita fome. Na poliúria, é devido uma alta concentração osmótica, e na polidipsia é devido a desidratação. A quantidade de peptídeos C é normal ou muito alta. DIABETES GESTACIONAL É quando a gestante desenvolve intolerância a glicose durante a gestação. O primeiro exame do pré-natal se encontra normal, enquanto os outros, com o passar do tempo, se dá com a glicose alterada. O primeiro sintoma é a obesidade, mesmo sem comer demais. Tem o risco de desenvolver diabetes após a gestação. Se a mãe não se cuidar o bebê nasce com mais de 4kg (bebês gigantes), podendo ter uma má formação na câmara cardíaca. FATORES DE RISCO Idade avançada, obesidade, excesso de gordura visceral, histórico de diabetes gestacional em familiares de primeiro grau, bebes gigantes, quem já sofreu aborto, e hemoglobina glicada acima de 5,9 no primeiro trimestre (mesmo que os outros parâmetros estejam normais). A própria gestação pode ser o suficiente para a pessoa desenvolver diabetes, pois os hormônios da gestação são hiperglicemiantes e as enzimas placentárias podem degradar a insulina. Exame Para a gestantes que faz o (antes de 20 semanas) pré-natal e exames de glicose, e o valor der acima de 126mg/dL, ela JÁ ERA diabética antes!Quando o valor se dá entre 92 a 125, já é considerada diabética gestacional, e pode ou não fazer o TOTG, tendo os valores de 1h acima de 180 e de 2h acima de199mg/dL. Quando o valor da glicemia em jejum se dá menos que 92mg/dL, não é diabética, e entre a 24 e 28 semanas, faz o TOTG, que se estiver a partir de 200mg/dL, é diabética gestacional. DIAGNÓSTICO E ACOMPANHAMENTO A glicose pode ser avaliada em jejum, TOTG 75g em 2h, sangue capilar, hemoglobina glicada (consegue avaliar a glicose dos últimos 90 dias, mais ou menos) e na urina. A hemoglobina glicada é o melhor parâmetro para o acompanhamento do controle glicêmico pois ela vê a concentração média da glicose plasmática dos últimos 2/3 meses. A hemoglobina humana do adulto é 97% A, e o restante é A2 e F. A HbA é dividida em A1a, A1b e A1c, onde esta última é a que tem mais. CONDIÇÕES QUE PODEM DIMINUIR O VALOR DA HbA1c - Anemias hemolítica - Comprometimento da medulo óssea - Medicamentos - Comprometimento renal (EPO) - Gestação CONDIÇÕES QUE PODEM AUMENTAR O VALOR DA HbA1c - Presença de Hb carbamilada em pacientes com insuficiência renal - Deficiencia nutricional de ferro - Hemoglobinopatias GLICOSE MÉDIA ESTIMADA 28,7 x A1c – 46,7 Normal: até 117mg/dL O tratamento da glicemia pós- prandial não tem efeito benéfico para o desfecho cardiovascular!!! O rim do diabético precisa ser monitorado pelo exame de microalbuminúria, é feito pegando a menor porção da albumina na urina, dosando-a para ter certeza de que se ela estiver aumentada, o paciente tem lesão renal, podendo se tornar renal crônico. Normal é até 30mg/24h. CETOACIDOSE DIABÉTICA Quando a insulina está diminuída, o glucagon é acionado, aumentando a proteólise (Quebra das proteínas), a lipólise (quebra dos lipídeos). A quebra dos lipídeos libre os corpos cetonicos, aumentando a cetogênese. É feita a gliconeogênese e glicogenólise, que é a quebra do glicogênio, a fim de aumentar a glicose para a obtenção de energia, este ocorre devido ao aumento de cortisol, adrenalina e hormônio do crescimento, que acionam este pois com a insulina baixa, eles são hiperglicêmicos. COMPLICAÇÕES DO DIABETES A partir da formação de glicose pelo glicogênio, ela se transforma em piruvato, que se transforma em acetil- CoA. Assim como os corpos cetonicos e os ácidos graxos também conseguem se transformar em acetil-CoA. E, tanto o aumento dos corpos cetonicos, quanto o aumento da glicose no sangue, causam a acidose. A glicose alta no sangue faz ocorrer uma diurese osmótica, que libera na urina tanto a glicose, quanto a água, causando uma desidratação, e assim, uma acidose. Dm1 A CAD pode ocorrer na DM1 por causa de infecções, aumento do consumo de doce, traumas, cirurgias... situações de estresse para o corpo. É conhecida como deficiência insulínica absoluta. Nela pode ocorrer a lipólise, que aumenta os ácidos graxos livres, e levar a cetoacidose, assim como, o aumentos dos hormônios contra-reguladores causa a proteólise, que aumenta a quantidade de aa, sendo usado na gliconeogênese (utiliza outro elemento que seja glicogênio para formar glicose) , causando então uma hiperglicemia, que causa glicosúria, desidratação, levando a hiperosmolaridade (↑glicose com desidratação). Dm2 A CAD pode ocorrer na DM2 apenas em casos de sepse (infecção séria) ou em algum trauma. Também chamado de deficiência insulínica relativa, não tem a cetogênese. Nela ocorre a glicogenólise, e também com os hormônios, ocorre a gliconeogênese.... Os exames são: Glicemia>250mg/dL Acidose pH<7,3 Glicosúria Cetonúria moderada Cetonemia (cetona alta no sangue) HIPOGLICEMIA Causa morte por falta de açúcar. Causa sintomas neuroglicopênicos: cefaleia, sonolência, tontura, dificuldade de concentração, lentidão de pensamento, confusão, irritabilidade... Nível 1: 55-70mg/dL Nível 2: abaixo de 54mg/dL Nível 3: quando tem comprometimento cognitivo e precisa de terceiros para a recuperação. ESTADO HIPERGLICÊMICO HIPEROSMOLAR (EHH) A pessoa que tem DM2 e que acaba tendo uma infecção grave, sua glicose fica muito alta (>600mg/dL) assim como sua osmolaridade, pois quanto maior a glicose, maior a desidratação. O pH se altera também, ficando acima de 7,3. Como esse pH está alcalino, o ânion gap está normal, e sem cetoacidose (estado hiperosmolar não cetótico EHNC), pois só teria cetoacidose caso o pH estivesse ácido, o que aumenta o ânion gap e causa essa cetoacidose. Então, a diferença entre a CAD e EHH, é que neste último a glicemia está muito mais aumentada, a cetonúria e cetonemia é quase nula, tem a eliminação de eletrólitos pela urina, pH aumenta, a osmolaridade efetiva fica muito alta, acima de 320 e o ânion gap não se altera. Surge a partir de alimentação inadequada, inatividade física e predisposição genética. Critérios para a síndrome metabólica (tem que ter 3 pelo menos): - Gordura abdominal/ circunferência abdominal (>94H e >80M). PRINCIPAL, esse e mais 2. - ↑ glicemia. - Dislipidemia (↑ colesterol e triglicerídeo, ↓HDL). - ↑ pressão arterial (>130/85mmHg). Diagnóstico Tudo depende da idade, se é tabagista, se pratica atividade física, se tem hipertensão e diabetes. Precisa de exames físicos que avaliam circunferência abdominal, PA, peso, estatura, exame de pele (presença de gordura nas pálpebras) e cardiovascular; e de exames laboratoriais. IMC Peso kg/altura m2. Mulheres com circunferência abdominal entre 80-88 e homens com 94-102 tem maior risco de doenças coronarianas. SÍNDROME METABÓLICA Adiposidade abdominal pode ser diagnosticada por tomografia do abdômen. Tratamento da obesidade Estimular a atividade física. Tem medicamentos que auxiliam no emagrecimento, porém causam muitos efeitos adversos. Mazindol: irritabilidade, insônia, ansiedade, boca seca, arritmia, hipertensão... Sibutramina: ↑PA e FC. Orlistat: aumenta evacuações, flatulência e incontinência fecal. Tratamento da hipertensão arterial A meta é que a PA fique menor do que 130/85mmHg, mas em diabéticos tem que ficar abaixo de 130/80mmHg e se tiver nefropatias, tem que ficar abaixo de 120/75mmHg. Para isso tem que tomar anti- hipertensivos junto com diuréticos, beta-bloqueadores, antagonistas de canal de cálcio, inibidores da enzima conversora de angiotensina... Tratamento da diabetes mellitus É tratado com a associação de drogas, dieta e atividade física. A escolha do medicamento depende dos valores dos exames, peso, idade e doenças associadas. Tratamento das dislipidemias Deve ser tratado para diminuir o risco de doenças ateroscleróticas. A principal droga escolhida é a estatina para reduzir o LDL, e ômega 3 e ácido nicotínico para aumentar HDL. Comer bem aumenta o HDL e se exercitar diminui o LDL. O ácido úrico vem do catabolismo das purinas (adenina e guanina). A maior parte dele está presente no plasma em forma de urato de sódio. As purinas são componentes dos ácidos nucleicos, DNA e RNA. O AU pode vir da síntese do novo, do metabolismo de DNA e RNA HIPERURICEMIA E GOTA ou da degradação dos ácidos nucleicos da dieta. Ninguém come ácido úrico, e sim nucleotídeo, e apenas produz AU!!! SÍNTESE DO NOVO É a síntese das purinas no organismo. A PRPP sofre a ação de uma enzima e dá origem a um AMP ou a um GMP (nucleotídeos). Esse ácido nucleico que dará origem ao ácido úrico. Excreção VIA RENAL O urato é filtrado pelos glomérulos, onde é reabsorvido e, outra parte, excretado. VIA INTESTINAL Pequenas quantidades de urato são excretadas pelo intestino (fezes). Tem que sair tudo! 1/3 pelo TGI, e 2/3 pela urina. GOTA É o acúmulo de cristal de urato na articulação.Ela vem a partir do aumento do ácido úrico (hiperuricemia). Mas não são todos que tem ↑AU que desenvolverão gota. Um distúrbio no metabolismo de purinas causa a hiperuricemia no soro, onde os cristais de urato se depositam na articulação (tofos, são os caroços de cristal de urato). Só ocorre depois dos 30 anos. Locais mais frios (que são as extremidades) diminuem a solubilidade do urato, que por que a gota se dá nas extremidades. Fisiopatologia Álcool, infecções, cirurgias... podem causar as crises de gota. Ocorre a difusão de cristais para o líquido sinovial, ativação do sistema complemento, fagocitose pelos neutrófilos, ruptura das membranas, morte celular e liberação de enzimas na articulação, causando um processo inflamatório. Pode ser causada por problema metabólico, com produção excessiva pela superatividade da PRPP, ou por problema renal, tendo uma menor excreção. DOENÇA DE VON GIERKE A deficiência da enzima glicose 6-fosfatase faz o acumulo de glicogênio no fígado e no rim, deixando a pessoa hipoglicemica, e começa a ativar outras vias de energia, aumentando a síntese de novo e causando uma hiperuricemia. SÍNDROME DE LESCH- NYHAN A deficiência da enzima HGPRT faz com que as purinas sejam convertidas em urato. É uma doença no cromossomo X autossômica recessiva, só no sexo masculino. Causa retardo mental, auto- mutilação, hiperuricemia, gota, cálculos renais... Aumento da atividade da PRPP-sintetase Aumenta a demais produção de ácido úrico, que pode causar surdez e deterioração do neurodesenvolvimento. SECUNDÁRIA – ADQUIRIDA Quando o problema metabólico vem devido a grande ingestão de alimentos que tem muita purina (feijão, álcool, lentilha, carnes e frangos...). O álcool em excesso degrada muito ATP. Doenças clínicas também levam ao aumento do AU, como hemólise crônica, distúrbios linfoproliferativos e psoríase. Os estrogênios protegem as membranas contra lesões pelos cristais, por isso que mulher tem menos gota. Os exercícios físicos intensos aumentam a produção de lactato, que compete para ser secretado com o AU. Pacientes renais não conseguem excretar muito AU, causando a maior reabsorção. Com a grande quantidade de cristais, pode ser até que esses cristais se instalem no tecido renal e no trato urinário, causando cálculos de urato. A gordura abdominal também decresce a depuração do AU urinário. O aumento do AU pode ser um agravante a aterosclerose e aumenta o risco de distúrbios cardiovasculares. Medicamentos também causam essa hiperuricemia adquirida, como tiazida que aumenta o AU. Mas já o alopurinol diminui, sendo usado para o tratamento da gota. RIM Faz a filtração e excreção de sobras de produtos metabólicas e substâncias tóxicas. Para saber se o rim está filtrando faz a dosagem de ureia e creatinina. O glomérulo forma o filtrado e faz a reabsorção. URINA É o que vai ser excretado vindo da excreção e reabsorção renal. INSUFICIÊNCIA x INJÚRIA Injúria são as características clínicas e laboratoriais que ocorrem antes do rim parar de funcionar. INJÚRIA RENAL AGUDA Redução muito rápida na taxa de filtração glomerular, o que faz com que o rim não consiga manter seu equilíbrio. Neste momento, o paciente não tem problema estrutural renal, só que por não ter esse equilíbrio do que é filtrado, reabsorvido e excretado faz com que tenha o aumento de creatinina e a diminuição da diurese. AZOTEMIA: aumento de todos os compostos com nitrogênio que não são proteicos. UREMIA: manifestação clínica severa da azotemia. Normalmente ocorre em pacientes já hospitalizados e é uma doença de alta gravidade. Quando ocorre na infância, normalmente vem secundária a uma causa reversível, mas se persistir ocorre uma necrose tubular aguda (NTA), pois abruptamente o rim dá sinais de que não está adequado. A maioria das vezes a causa não está nos rins. Pré-renal Quando o rim não recebe irrigação adequada/quantidade de sangue necessária. Ocorre uma diminuição do volume sanguíneo que altera a hemodinâmica intra-renal (vasoconstrição das arteríolas aferentes e vasodilatação pós- glomerular faz mudar o fluxo). Isso pode ser reversível em uns 2 dias, se não causa NTA. CAUSAS: Hipovolemia (↓ volume sanguíneo): hemorragia, desidratação, queimaduras, pancreatite, febre... INJÚRIA RENAL AGUDA Vasodilatação periférica: choque anafilático/séptico, anti-hipertensivos. Diminuição do débito cardíaco: ICC (insuficiência cardíaca congestiva), infarto, arritmias. Vasoconstrição renal: anestesias, cirurgias... Drogas: anti-inflamatórios (excreção total renal). PARÂMETROS LABORATORIAIS Ureia e creatinina aumentados: ureia aumenta mais pois é mais absorvida pelas células tubulares pelo baixo fluxo urinário. Acidose metabólica: incapacidade dos rins eliminarem íons de hidrogênio. Hipocalcemia: baixo Ca no sangue pois tem maior excreção dele. Hipercalemia: aumento de potássio no sangue pois a taxa de filtração glomerular diminuiu. Alta osmolaridade urinária. Intrarrenal Lesão no tecido renal/estruturas do rim como consequência dos problemas pré ou pós prolongados. Lesão nas estruturas do néfron (NTA) é a causa mais comum. CAUSAS Idiopática. Neoplasia. Trombose de artéria renal. Glomerulonefrite aguda associada a endocardite e vasculites. Hemodinâmica (isquêmica): hemorragias, choque séptico, pancreatite, gastroenterite. Nefrotóxica: contraste, metais pesados, venenos, hemoglobina, AU, oxalato. Doenças glomerulares e vasculares: glomerulonefrite, nefrite lúpica, trauma vascular. Nefrite intersticial aguda: antibióticos, diuréticos. - Causa hipersensibilidade, febre, rash cutâneo (fica vermelho). - Pode ter sido induzido por penicilinas, cefalosporinas, sulfas... - Pode ser relacionada a infecção como vírus e bactérias, ou por doenças sistêmicas, como lúpus. Pós-renal A drenagem está prejudicada por uma obstrução (pedra). Obstrução bilateral dos ureteres: tumores de próstata, ligadura acidental durante cirurgia pélvica. Obstrução ureteres: cristais de AU, sulfa, edemas, coágulos, cálculos. Obstrução bexiga: hipertrofia prostática, carcinoma bexiga, infecção. Obstrução uretral: tumor, válvula congênita, estenose. Necrose tubular aguda (NTA) Ocorre pela falta de O2. Pode ser induzida por hipoperfusão renal (chega menos sangue, tem menos O2, as células necrosam na luz do túbulo onde o filtrado volta para a circulação), nefrotoxinas ou combinação de ambas. Isquêmica: por sepse ou hipoperfusão prolongada. Tóxica: por metais pesados, contraste ou rabdomiólise (doenças que destrói a fibra muscular do paciente). Doenças inflamatórias: síndrome nefrótica, vasculite, glomerulonefrite. NTA SÉPTICA: tem característica de infecção bacteriana. - Temperatura acima de 38 ou abaixo de 36. - Frequência cardíaca acima de 90bpm. - PaCO2 abaixo de 32mmhg. - Leucocitose ou leucopenia. - Mais de 10% de bastões ou metamielócitos. - Hemocultura positiva. NTA NEFROTÓXICA: uso de nefrotoxinas antes da IRA. Não tem outra causa. IRA hepatorenal É IR oligúrica (com baixa produção de urina) sem causa aparente em paciente hepáticos. Caracterizada por achados clínicos e laboratoriais de intensa hipoperfusão renal: oligúria, sódio baixo, alta osmolaridade e aumento de ureia e creatinina. Critérios maiores: - Perda de função renal pela quantidade de creatinina excretada em 24h. - Ausência de outras causas. - Ausência de melhora após expansão plasmática e suspensão de diuréticos. - Proteinúria. - Ausência de obstrução urinária e de IRA parenquimatosa (nada no tecido que a tomo poderia ter pego). Critérios menores: - Baixa diurese.- Sódio urinário. - Sódio sérico. - Hemácias na urina. A fase inicial é a oligúria que leva a deterioração glomerular, seguida por fase diurética onde a função glomerular melhora, mas a função tubular continua prejudicada. E a fase de recuperação é que a função pode retornar em apenas uns 3 dias. Sintomas Fadiga, mal-estar, dispneia, vômitos, estado mental alterado pela uremia afetar o cérebro, creatinina aumentada, sangramento digestivo, edema, hipertensão arterial, IC, arritmias, sonolência, tremor, convulsão, coma, anemia, infecções, perda de massa muscular e pruridos. Diagnóstico Exame de urina: Na NTA pode encontrar cilindros granulosos e células epiteliais amarronzadas. Na lesão renal pode ter hemácias, proteinúria e células tubulares. Na IRA pré e pós renal não vai ter alteração. Hemograma: Anemia, leucocitose com desvio a esquerda, alteração na morfologia das células. Bioquímica: Ureia, creatinina, potássio, fósforo, AU... E a gasometria arterial vai dar acidose metabólica. A creatinina é um produto derivado da fosfocreatinina, encontrado no musculo esquelético. Responsável pelo fornecimento de energia para contração muscular e é excretada pelos rins. A concentração a creatinia no soro tem que ser inversamente proporcional a taxa de filtração glomerular. Ureia e creatinina formam o perfil renal. Realiza a avaliação da depuração, que é proporcional ao número e tamanho dos glomérulos que são proporcionais a superfície corporal (altura). Cistatina C é uma proteína que pode ser dosada em casos de IRA, pois é ainda mais sensível do que a creatinina pois não depende da massa muscular, sexo, idade, alimentação... A ureia é excretada pelos rins também, e em problemas renais ela aumenta primeiro do que a creatinina. A proteinúria de 24h é importante pois não se excreta proteína pela urina. Para o início de IRA, dosa a microalbuminúria
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