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Segurança, cabos elétricos e se monitoramento

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AULA 1 
GESTÃO DA MANUTENÇÃO DE 
INSTALAÇÕES 
Prof. Fábio José Ricardo 
 
 
2 
TEMA 1 – NR-10 NAS INSTALAÇÕES 
Neste curso, vamos descrever os principais testes e rotinas de manutenção 
em equipamentos elétricos, condutores e instalações industriais em geral. Porém, 
antes de citarmos qualquer tipo de intervenção, bem como suas práticas, é 
importante iniciarmos com a revisão de conceitos da Norma Regulamentadora n. 
10 (NR-10), que rege a segurança em instalações e serviços em eletricidade. 
Nesse sentido, a Portaria n. 598 do Ministério do Trabalho e Emprego 
(MTE) altera a NR-10 até então vigente (Brasil, 1978) e “estabelece os requisitos 
e condições mínimas objetivando a implementação de medidas de controle e 
sistemas preventivos, de forma a garantir a segurança e a saúde dos 
trabalhadores que, direta ou indiretamente, interajam em instalações elétricas e 
serviços com eletricidade” (Brasil, 2004). 
A NR-10 ratifica que todos os estabelecimentos, sejam comerciais, 
industriais e mesmo pequenos comércios, com carga instalada acima de 75 kW, 
devem conter e disponibilizar, de forma atualizada, o prontuário de instalações 
elétricas. Este deve atender ao subitem 10.2.3 da norma, que obriga a se manter, 
atualizados, os esquemas unifilares das instalações, bem como painéis elétricos, 
equipamentos, sistemas de aterramento (Brasil, 2004). Além do atendimento 
àquele item, o prontuário também deve conter: 
a) conjunto de procedimentos e instruções técnicas e administrativas de 
segurança e saúde, implantadas e relacionadas a esta NR e descrição 
das medidas de controle existentes; 
b) documentação das inspeções e medições do sistema de proteção 
contra descargas atmosféricas e aterramentos elétricos; 
c) especificação dos equipamentos de proteção coletiva e individual e o 
ferramental, aplicáveis conforme determina esta NR; 
d) documentação comprobatória da qualificação, habilitação, 
capacitação, autorização dos trabalhadores e dos treinamentos 
realizados; 
e) resultados dos testes de isolação elétrica realizados em 
equipamentos de proteção individual e coletiva; 
f) certificações dos equipamentos e materiais elétricos em áreas 
classificadas; e 
g) relatório técnico das inspeções atualizadas com recomendações, 
cronogramas de adequações, contemplando as alíneas de "a" a "f". 
(Brasil, 2004) 
Dessa forma, são garantidas ao operador do sistema ou ao técnico que irá 
efetuar uma manutenção, como também a outros envolvidos direta ou 
indiretamente na operação, condições básicas mínimas de segurança. 
A norma ainda indica as medidas de segurança para proteção individual e 
coletiva, por meio de normas específicas e regras, bem como lista documentos 
 
 
3 
necessários, tais como plano de manutenção, atestados de saúde física de 
funcionários, comprovantes de treinamentos, entre outros, para que o sistema de 
controle seja o melhor possível, englobando o controle das instalações e de 
proteção coletiva/individual. 
Assim, certifique-se de que toda a documentação dos envolvidos em 
determinado projeto está em dia, os treinamentos específicos e gerais, 
atualizados, de que os funcionários estão aptos a exercer as funções para as 
quais estão sendo disponibilizados e de que o prontuário de NR-10 está 
devidamente atualizado e com assinatura de um engenheiro responsável. 
1.1 Identificação de local 
Antes de qualquer manutenção, seja em infraestrutura, cabeamentos ou 
equipamentos, certifique-se de que toda a área está devidamente sinalizada e 
isolada, dependendo da função à qual se destina a manutenção e, principalmente, 
se a manutenção será efetuada com circuitos/equipamentos energizados e, ainda, 
com possibilidade de circulação de pessoas, não envolvidas no procedimento, 
próximo à área de risco. Qualifique e identifique corretamente a área de risco, 
isolando-a conforme determinações da norma NR-10 (Brasil, 2004). 
Figura 1 – Exemplo de sinalização de painel 
 
Fonte: River/Shutterstock. 
1.2 Habilitação, qualificação, capacitação e autorização 
As instalações elétricas dividem-se em classes, conforme o nível de tensão 
instalado, indo de extrabaixa tensão até extra-alta tensão. Segundo a NR-10 
(Brasil, 2004), toda instalação com tensão superior a 50 volts, em corrente 
 
 
4 
alternada, ou com 120 volts, em corrente contínua, deve receber manutenção 
somente de pessoas devidamente habilitadas para tal, com a devida comprovação 
dos cursos necessários. 
Para a NR-10, “É considerado trabalhador qualificado aquele que 
comprovar conclusão de curso específico na área elétrica reconhecido pelo 
Sistema Oficial de Ensino”, assim como “[...] profissional legalmente habilitado o 
trabalhador previamente qualificado e com registro no competente conselho de 
classe” (Brasil, 2004). E, por fim, “É considerado trabalhador capacitado aquele 
que atenda às seguintes condições, simultaneamente: a) receba capacitação sob 
orientação e responsabilidade de profissional habilitado e autorizado, e; b) 
trabalhe sob a responsabilidade de profissional habilitado e autorizado” (Brasil, 
2004). 
A resolução e a descrição completas das exigências quanto a treinamentos, 
habilitação, qualificação estão dispostas no item 10.8 da NR-10 (Brasil, 2004). 
1.3 Outros itens 
A NR-10 (Brasil, 2004) ainda trata e faz recomendações quanto aos 
procedimentos para manutenção de sistemas com risco de explosão e incêndio; 
de sistemas de segurança, quanto às sinalizações necessárias; e, também, do 
sistema de trabalho, quanto ao que deve ser exigido e às providências que devem 
ser tomadas antes mesmo de se iniciar qualquer manutenção. 
Por fim, a norma cita procedimentos em situações de emergência, planos 
de evacuação, o que deve ser efetuado em casos envolvendo emergências em 
instalações elétricas e também as responsabilidades estendidas a todos os 
envolvidos em um procedimento de manutenção, mesmo que indiretamente 
(Brasil, 2004). 
TEMA 2 – TESTES DE ISOLAMENTO EM CONDUTORES ELÉTRICOS 
Sabemos que existem várias rotinas e tipos de intervenção quando 
estamos tratando de manutenção em instalações e circuitos elétricos, sejam 
residenciais, industriais ou comerciais. Aqui, nos ateremos, na maior parte, em 
rotinas de manutenção e orientações diversas para os casos de manutenção 
preventiva, ou seja, de rotinas programadas periodicamente nas instalações, em 
que a sequência e os tipos de intervenção são programados com antecedência. 
 
 
5 
Vale salientar ainda que algumas intervenções corretivas podem ser realizadas 
nas paradas programadas e executadas, em conjunto com as manutenções 
preventivas, caso necessário. 
2.1 Cabos e circuitos elétricos 
Cabos elétricos, em instalações industriais, podem apresentar defeitos, 
principalmente quando sujeitos a sobrecorrentes, sobretensões ou outros itens 
que infrinjam as normas e recomendações dos fabricantes. 
2.1.1 Teste de continuidade 
Um dos primeiros testes a ser efetuado em cabos elétricos, e o mais 
simples, está na continuidade dos condutores para verificação se eles possuem 
rompimentos ou se estão em contato com partes metálicas aterradas. Para isso, 
será necessário que as extremidades dos condutores sejam desligadas e 
desconectadas dos equipamentos/disjuntores. Caso você esteja trabalhando 
testando condutores de seções elevadas, talvez não seja possível realizar a 
desconexão necessária. Nesse caso, você pode medir o nível de tensão existente 
entre os condutores (fase, neutro e aterramento). Para isso, utilize um multiteste 
e efetue as medições necessárias entre os condutores, tanto na saída dos 
disjuntores e equipamentos de proteção, quanto na extremidade do ramal 
alimentador ou do equipamento a que ele esteja conectado. 
É de extrema importância testar se há tensão acima das normas entre 
cabos fase e/ou neutro e partes metálicas aterradas ou até mesmo com o condutor 
de proteção ou com o aterramento, pois isso poderá indicar fugasou possíveis 
rompimentos dos cabos elétricos. Normalmente, rompimentos ocorrem em cantos 
vivos de eletrocalhas, entradas de painéis e outros pontos susceptíveis ao 
rompimento da capa protetora de cabos elétricos e, muitas vezes, esses 
rompimentos não são suficientes para se acionarem os equipamentos de proteção 
existentes em quadros elétricos, causando fuga de corrente elétrica. 
 
 
 
6 
Figura 2 – Exemplo de multiteste 
 
Fonte: Eaum M./Shutterstock. 
Recomendamos a utilização de um multiteste true RMS, para que as 
leituras de tensão e correntes sejam precisas e somadas às componentes 
harmônicas do sistema, não gerando dúvidas sobre as medições. Os 
equipamentos de medição, multitestes mais simples, podem apresentar falsas 
medições de correntes, pois acabam por considerar apenas as correntes 
fundamentais do sistema. Dependendo do tipo do equipamento, são geradas 
harmônicas em relação à fundamental, destacando-se a terceira e a quinta 
harmônicas, que podem ser, em vários casos, as raízes dos problemas 
encontrados em um mau funcionamento de equipamentos ou interferências. 
2.1.2 Teste de resistência de isolação 
Outro teste recomendado em cabos elétricos é o de resistência de 
isolamento da capa protetora do condutor. Os condutores, quando sujeitos a 
condições anormais de trabalho, perdem as características ditadas pelos 
fabricantes, principalmente quanto à vida útil e à proteção à qual são sujeitos. A 
temperatura de trabalho de um condutor é de 70 ºC para a maioria dos cabos, 
com uma temperatura ambiente máxima de 30 ºC, o que, na maioria das vezes, 
não é observado pelos projetistas e/ou operadores. Dessa forma, não sendo 
realizada a correção de temperatura, no momento de dimensionamento dos 
condutores estes podem estar sujeitos a depreciações nas suas condições 
técnicas. 
O equipamento para realizar esse tipo de teste é o megohmmeter (que 
dispõe de vários tipos e modelos existentes no mercado). Esse equipamento irá 
 
 
7 
injetar correntes e tensões em larga escala nos cabos elétricos e irá medir a sua 
resistência de isolamento, de acordo com as especificações do fabricante. Para 
tanto, os cabos deverão estar desligados e desconectados das extremidades. 
O ponto principal desse teste é garantir que não haja fugas de corrente 
elétrica para partes metálicas, propiciando assim a segurança dos operadores e 
pessoas que podem entrar em contato com elas. Esse teste também é realizado 
em equipamentos e cabos de média tensão. 
Então, antes de medir a resistência: 
a. Desligue e desconecte os cabos de todas as extremidades, tanto dos 
equipamentos de proteção quanto das extremidades dos circuitos ligados 
aos equipamentos. 
b. Certifique-se de que a temperatura do cabo ou do condutor elétrico esteja 
acima da temperatura de condensação do ar ambiente. Caso essa 
condição não seja atendida, os resultados podem ser alterados, pois 
poderá se formar, na superfície de isolação do condutor, uma camada de 
umidade na superfície de isolação, fazendo com que os resultados sejam 
alterados. 
c. Verifique se não há acúmulo de algum tipo de material que possa alterar 
ou conduzir as correntes elétricas, no momento do teste, como por 
exemplo: partículas de carbono ou outras matérias estranhas. 
Recomendamos uma limpeza inicial, antes das medições, para a remoção 
de todas as partículas que possam alterá-las. 
d. Verifique se a tensão que será aplicada por meio do megômetro está 
compatível com as indicações do fabricante para aquele tipo de teste. Uma 
tensão muito baixa poderá não identificar possíveis falhas ou rompimentos 
nos cabos; uma tensão superior poderá gerar uma falsa falha no condutor. 
e. Garanta que o tempo de descarga do sistema seja de pelo menos cinco 
vezes o tempo de carga, com tensão injetada no sistema. 
f. Efetue a leitura das temperaturas do condutor em relação à resistência de 
isolamento, lembrando que esses dois itens se comportam de forma 
inversamente proporcional, ou seja: com o aumento da tensão aplicada e 
do tempo, a temperatura do cabo aumentará e a resistência do isolamento 
diminuirá. Os valores obtidos devem estar relacionados com as tabelas dos 
respectivos fabricantes para aquele teste. 
 
 
8 
Figura 3 – Exemplo de megohmMeter 
 
Fonte: Winds/Shutterstock. 
Conforme a fabricante do sistema de termógrafos Fluke (Teste, [S.d.]), a 
principal variável a se medir, em um teste de isolamento, é a corrente de fuga, na 
ordem de microampères, que fluirá através da camada de isolamento do condutor, 
enquanto está sendo realizado o teste. A quantidade de corrente de fuga 
dependerá da quantidade de alta tensão aplicada pelo equipamento, da 
capacitância do condutor, da resistência total e da temperatura. 
Existem três tipos de corrente de fuga: 
a. Corrente de fuga condutiva: pequena corrente, em microampères, que 
fluirá na camada isolante do cabo, no momento dos testes. Essa corrente 
tende a aumentar à medida que a isolação se deteriora; ela é estável e 
dependente do tempo, por isso é uma das mais importantes variáveis a ser 
medida. 
b. Corrente de fuga capacitiva: em circuitos dispostos em conjunto, com dois 
ou mais cabos, há a predominância do efeito capacitivo nesses cabos, 
principalmente se a distância do circuito é elevada. Devido a esse efeito, 
surgem correntes de fuga, chamadas de correntes capacitivas, que 
também irão fluir pelo isolamento dos condutores, porém essas correntes 
durarão apenas alguns segundos assim que a alta tensão for aplicada no 
teste de isolamento do condutor. 
c. Corrente de fuga de absorção de polarização: esse tipo de corrente surge 
da polarização das moléculas no interior do material dielétrico do condutor. 
Também poderá ser medida durante os testes realizados e comparados 
com os valores ditados pelos fabricantes dos condutores. 
 
 
9 
TEMA 3 – CONDUTORES ELÉTRICOS: TESTE DE PROVA 
Alguns testes podem ser efetuados nos condutores para se garantir a sua 
correta instalação como também a sua integridade, principalmente no start-up dos 
circuitos. Nesses testes não há o diagnóstico de níveis de tensões ou correntes 
de fuga, por exemplo, pois as tensões injetadas nos cabos, normalmente, são 
muito maiores do que nos testes precisos. 
Os testes efetuados em condutores elétricos têm como finalidade a 
verificação de se eles foram instalados de forma correta, conforme projetos e 
especificações técnicas, se existe alguma contaminação de produtos, materiais 
condutores externos depositados na camada isolante etc. 
3.1 Teste de prova 
O teste de prova pode ser executado tanto em condutores quanto em 
equipamentos elétricos. É realizado, geralmente, com tensão única que varia de 
500 a 5.000 volts, por cerca de até um minuto de duração. O objetivo é estressar 
a isolação dos condutores, provocando assim situações que mostrarão se há 
microrrupturas ou falhas que possam ocorrer nos cabos, durante o uso e em 
condições severas. Normalmente aplica-se de 60% a 80% da tensão indicada 
para testes, considerando condutores novos. Caso essa tensão não seja 
conhecida (em tabelas de fabricantes), é possível aplicar o dobro da tensão de 
trabalho máxima do cabo (geralmente impressa no condutor), acrescido de 1.000 
volts. 
Para condutores já utilizados, instalações existentes utilize, para 
classificação da tensão de teste fase-fase, a tensão DC de teste igual a 0,8165 x 
a classificação de tensão fase-fase do condutor. Já para classificação da tensão 
de teste fase-terra, a tensão DC de teste igual a 1,414 x a classificação de tensão 
fase-terra do condutor. 
 
 
 
10 
Figura 4 – Exemplo esquemático dos testes de megômetro em cabos elétricos 
 
Fonte: Teste, [S.d.], p. 4. 
Indicações: 
a. Antes da aplicação da tensão de teste, certifique-se, com auxílio de um 
multiteste, de que não há presença de tensão ou corrente circulante nos 
condutores que estão sendo medidos. 
b. Recomendamosconectar à terra os condutores que não estão sendo 
sujeitos aos testes naquele momento, para propiciar maior segurança aos 
operadores. 
c. Conecte o equipamento ao condutor que deve ser testado e aplique a 
tensão indicada (poderá levar alguns segundos para que o equipamento 
estabilize as leituras). 
d. Teste todos os condutores em relação ao ponto de aterramento e também 
entre eles. 
e. Registre os valores de testes obtidos e crie um memorial de dados, com 
datas dos testes, para comparação futura. 
f. Se houver falha em algum condutor, certifique-se de que não há presença 
de umidade, materiais depositados que possam conduzir corrente etc. 
Permanecendo as falhas sem a presença desses agentes, substitua o 
condutor que apresentou a falha. 
 
 
 
11 
TEMA 4 – CONDUTORES ELÉTRICOS: TESTE DE MANUTENÇÃO E PREDIÇÃO 
O teste de manutenção e predição, realizado em condutores, oferece 
informações valiosas sobre o possível estado atual dos condutores e também o 
que pode ocorrer no futuro, se mantidas as suas condições de uso. 
Esse teste dependerá do nível ou da classe de tensão do condutor, 
conforme Tabela 1. 
Os testes efetuados em condutores de excelente qualidade, principalmente 
em novos, terão como resultado um aumento estável da resistência de isolação 
devido ao decréscimo de correntes capacitivas e de absorção. 
A tendência de resistência será decrescente pois, normalmente, a 
resistência de isolação medida tenderá a ser menor do que os valores registrados 
anteriormente em outros testes ou na construção do condutor, significando que o 
estado de envelhecimento do condutor elétrico está em uma curva normal 
estabelecida ou esperada. 
Caso a curva seja decrescente, em relação às medições, com 
comportamento agudo na curva, os testes podem indicar um envelhecimento 
precoce do cabo elétrico. Também podem indicar que existem falhas em sua 
isolação ou que falhas inesperadas, durante a operação, possam ocorrer. 
Tabela 1 – Tensões de teste de manutenção em condutores 
Classificação de tensão de Isolamento do 
condutor (volts) 
Tensão de aplicação de teste no condutor 
(volts) 
~ 0-100 100-250 
~ 440-560 500-1.000 
~ 2.300 1.000 ou acima 
~ 4.100 e acima 1.000 ou acima 
TEMA 5 – CONDUTORES ELÉTRICOS: TESTE DE VOLTAGEM EM PASSOS 
A finalidade do teste de voltagem em passos é verificar as variações de 
resistência ôhmica dos condutores em relação a ambientes, quando são aplicadas 
tensões variadas. Nele, são aplicadas, nos condutores, tensões em níveis 
diferentes com um período de teste equivalente, normalmente de 60 segundos 
entre cada medição, medindo-se os valores de resistência de isolamento dos 
condutores. Após esse tempo, cria-se um gráfico de tempo x resistência. 
A aplicação de tensões crescentes pode provocar, nos cabos elétricos, o 
que chamamos de estresse de isolação, podendo indicar, assim, um ponto de 
 
 
12 
possível falha futura ou ruptura da isolação. Um condutor com excelente isolação 
deve suportar aumentos sobretensão, sem alterar significativamente os valores 
de sua resistência durante todo o período de testes. 
Caso o condutor esteja com a isolação contaminada, deteriorada ou 
quebrada, a aplicação de voltagens de testes mais altas pode ocasionar um 
decréscimo da resistência de isolamento, pois haverá o aumento do fluxo de 
corrente elétrica, independente do material de isolação, da capacitância do 
equipamento e do efeito de temperatura. 
A diferença entre o teste de manutenção e predição e o de voltagem em 
passos é que o primeiro se relaciona com a mudança de resistência absoluta 
(leitura única), com respeito ao tempo, enquanto o segundo tem a finalidade de 
verificar as curvas de resistência, com respeito a voltagens de teste. 
Figura 5 – Teste de tensão em passos 
 
Fonte: Teste, [S.d.], p. 6. 
 
 
 
13 
REFERÊNCIAS 
BRASIL. Ministério do Trabalho. Portaria n. 3.214, de 8 de junho de 1978. Aprova 
as Normas Regulamentadoras – NR – do Capítulo V, Título II, da Consolidação 
das Leis do Trabalho, relativas à segurança e medicina do trabalho. Diário Oficial 
da União, Brasília, n. 127, p. 10.423, 6 jul. 1978. Disponível em: 
<http://www.lex.com.br/doc_308880_PORTARIA_N_3214_DE_8_DE_JUNHO_D
E_1978.aspx>. Acesso em: 28 set. 2018. 
BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. Portaria n. 598, de 7 de dezembro de 
2004. Altera a Norma Regulamentadora n. 10, que trata de instalações e serviços 
em eletricidade, aprovada pela Portaria n. 3.214, de 1978. Diário Oficial da 
União, Brasília, 8 dez. 2004. Disponível em: 
<http://www.guiatrabalhista.com.br/legislacao/portariamte598.htm>. Acesso em: 
28 set. 2018. 
CREDER, H. Instalações elétricas. 16. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2016. 
COTRIM, A. A. M. B. Instalações elétricas. 4. ed. São Paulo: Prentice-Hall, 2003. 
MAMEDE FILHO, J. Instalações elétricas industriais. 8. ed. Rio de Janeiro: 
LTC, 2010. 
MORÁN, A. V. Manutenção elétrica industrial. 2. Ed. Salvador: VM, 2005. 
TESTE de resistência e isolação. Vórtex Equipamentos. Disponível em: 
<http://www.vortex.com.br/notas/resistencia_%20isolamento.pdf>. Acesso em: 28 
set. 2018. 
VERATTI, A. B. Sistema básico de inspeção termográfica: um novo patamar na 
relação custo/benefício em termografia. Ebah. Disponível em: 
<https://www.ebah.com.br/content/ABAAAAmiIAB/sistema-basico-inspecao-
termografica#>. Acesso em: 28 set. 2018.

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