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HUMANIZAÇÃO EM SAÚDE UNIVERSIDADE BRASIL PROFESSOR ESP.: MÁGNO CÉSAR ARAÚJO DE SOUZA RODRIGUES CODÓ-MA 2018 Os nossos ancestrais não tinham a menor ideia do que seriam as células ou o material genético, todavia mostraram que todas as coisas vivas tinham algo em comum, A VIDA 1 HUMANIZAÇÃO EM SAÚDE OBJETIVOS Reconhecer os princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde e sua relação com a humanização da assistência. Aprender os conceitos básicos sobre humanização e as condutas humanizadas por meio de exemplos cotidianos da prática profissional. Os nossos ancestrais não tinham a menor ideia do que seriam as células ou o material genético, todavia mostraram que todas as coisas vivas tinham algo em comum, A VIDA 2 TRAJETÓRIA HISTÓRICA BRASIL COLÔNIA (1500 A 1822) Doença era sinônimo de castigo ou provação Processo de cura realizado afastando os maus espíritos por meio de sacrifícios Chegada dos padres jesuítas Atendimento aos necessitados, exercendo atividades de médico e enfermeiro. Tratamento com ervas medicinais minuciosamente descritas. PAGÉ 3 TRAJETÓRIA HISTÓRICA CHEGADA DA FAMÍLIA REAL AO BRASIL (1808) Política médica Intervenção na condição de vida e de saúde da população Vigiar/controlar o aparecimento de epidemias Descobrimento do brasil em 1500 4 TRAJETÓRIA HISTÓRICA CHEGADA DA FAMÍLIA REAL AO BRASIL (1808) Política médica / Teoria Miasmática Intervenção na condição de vida e de saúde da população Vigiar/controlar o aparecimento de epidemias Urbanização da cidade (aterro de pântanos, demarcação de ruas, rede de esgoto e água, organização dos cemitérios) Criação de um lazareto Visto de entrada das pessoas nas cidades concedido por autoridade sanitária Descobrimento do brasil em 22 de abril de 1500 origem nos miasmas: o conjunto de odores fétidos provenientes de matéria orgânica em putrefacção nos solos e lençóis freáticos contaminados 5 TRAJETÓRIA HISTÓRICA BRASIL IMPÉRIO (1822 A 1889) Ações de combate a doenças transmissíveis Descoberta da vacina da varíola Era bacteriológica – Louis Pausteur Teoria da unicausalidade (superação da teoria miasmática) Causalidade: considera como fator único de surgimento de doenças um agente etiológico - vírus, bactérias, protozoários 6 TRAJETÓRIA HISTÓRICA REPÚBLICA VELHA (1889 A 1930) Oswaldo Cruz – Diretor do Departamento Federal de Saúde Pública (erradicar a febre amarela) Lei Federal nº 1261/1904: vacinação anti-varíola (revolta da vacina) Órgãos especializados: TB, HAN e doenças venéreas Lei Eloy Chaves: Criação das Caixas de Aposentadorias e Pensões (CAP) Assistência médica previdenciária Causalidade: considera como fator único de surgimento de doenças um agente etiológico - vírus, bactérias, protozoários 7 TRAJETÓRIA HISTÓRICA ERA VARGAS (1930 A 1964) 1930: Criação do Ministério da Educação e Saúde (MESP) 1933: Instituto de Aposentadoria e Pensões (IAP) Organização dos trabalhadores em categorias profissionais 1953: Ministério da Saúde Causalidade: considera como fator único de surgimento de doenças um agente etiológico - vírus, bactérias, protozoários 8 TRAJETÓRIA HISTÓRICA AUTORITARISMO (1964 A 1985) 1966: IAPs INPS (Instituto Nacional de Previdência Social) 1977: Criação do INAMPS (Instituto Nacional de Assistência Médica e Previdência Social) Assistência médica previdenciária restrita aos trabalhadores que exerciam atividade remunerada, centrada na doença e procedimentos 1983: Criação das Ações Integradas de Saúde (AIS) Saúde pública de baixa qualidade e limitada 9 TRAJETÓRIA HISTÓRICA Caixas de Aposentadorias e Pensões (CAP) IAP = Instituto de Aposentadoria e Pensões INPS (Instituto Nacional de Previdência Social) INAMPS (Instituto Nacional de Assistência Médica e Previdência Social) 10 TRAJETÓRIA HISTÓRICA Caixas de Aposentadorias e Pensões (CAP) IAP = Instituto de Aposentadoria e Pensões INPS (Instituto Nacional de Previdência Social) INAMPS (Instituto Nacional de Assistência Médica e Previdência Social) 11 DISPOSIÇÕES GERAIS Saúde é direito de todos e dever do Estado (CF/88, art. 196) Constituição brasileira de 1988 diz que a “Saúde é direito de todos e dever do Estado” e criou o Sistema Único de Saúde (SUS), um dos maiores sistemas públicos de saúde do mundo. Ele abrange desde o simples atendimento para avaliação da pressão arterial até o transplante de órgãos, garantindo acesso integral, universal e gratuito para toda a população do país. Responsabilidade do Estado, Município, União e DF. O dever do Estado não exclui o das pessoas, das famílias e das empresas. E as instituições privadas? Essas poderão participar de forma complementar do SUS, tendo preferência as entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos. 12 DISPOSIÇÕES GERAIS O SUS é constituído pelo conjunto de ações e serviços de saúde, prestados por: órgãos e instituições públicas federais, estaduais e municipais da Administração direta e indireta fundações mantidas pelo Poder Público DISPOSIÇÕES GERAIS Determinantes e condicionantes da saúde: ALIMENTAÇÃO MORADIA SANEAMENTO BÁSICO MEIO AMBIENTE TRABALHO RENDA EDUCAÇÃO ATIVIDADE FÍSICA TRANSPORTE LAZER ACESSO AOS BENS E SERVIÇOS ESSENCIAIS Como o próprio nome sugere, esses são os fatores que determinam as condições de saúde da população. O governo usa cada ponto desse para avaliar a nossa saúde de uma forma geral, ou seja, bem-estar físico, mental e social. 14 OBJETIVOS A identificação e divulgação dos fatores condicionantes e determinantes da saúde; A formulação de políticas de saúde; A assistência às pessoas (promoção, recuperação e proteção da saúde (atividades assistenciais e preventivas). Identificação e divulgação dos fatores... A identificação e a divulgação desses fatores são indispensáveis para o planejamento das ações de saúde no SUS; Formulação de política de saúde Essa política é destinada a promover, nos campos econômico e social à redução de riscos e doenças e de outros agravos e no estabelecimento de condições que garantam acesso universal e igualitário às ações e serviços para a sua promoção, proteção e recuperação; A assistência às pessoas Tem também o objetivo de prestar assistência à saúde das pessoas de modo a garantir a promoção, recuperação e proteção da saúde, integrando ações assistenciais e atividades preventivas. 15 PRINCÍPIOS E DIRETRIZES INTEGRALIDADE PRESERVAÇÃO DA AUTONOMIA DIVULGAÇÃO DE INFORMAÇÕES DIREITO A INFORMAÇÃO PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE DESCENTRALIZAÇÃO UNIVERSALIDADE IGUALDADE (EQUIDADE) UTILIZAÇÃO DA EPIDEMIOLOGIA EVITAR DUPLICIDADE DE MEIOS PARA FINS IDÊNTICOS HIERARQUIZAÇÃO REGIONALIZAÇÃO INTEGRALIDADE: é importante a integração de ações, incluindo a promoção da saúde, a prevenção de doenças, o tratamento e a reabilitação. Articulação da saúde com outras políticas públicas. PRESERVAÇÃO DA AUTONOMIA: da autonomia das pessoas na defesa de sua integridade física e moral EQUIDADE: o objetivo desse princípio é diminuir desigualdades. Equidade significa tratar desigualmente os desiguais, investindo mais onde a carência é maior. DIREITO A INFORMAÇÃO: às pessoas assistidas, sobre sua saúde. DIVULGAÇÃO DE INFORMAÇÕES: quanto ao potencial dos serviços de saúde e a sua utilização pelo usuário. UTILIZAÇÃO DA EPIDEMIOLOGIA: para o estabelecimento de prioridades, a alocação de recursos e a orientação programática. PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE: Conselhos e as Conferências de Saúde, que visam formular estratégias, controlar e avaliar a execução da política de saúde. DESCENTRALIZÇÃO: redistribuir poder e responsabilidade entre os três níveis de governo. 16 ORGANIZAÇÃO DESCENTRALIZAÇÃO HIERARQUIZAÇÃO REGIONALIZAÇÃO PRIMÁRIO Hospitais de referência, que resolvem 5 % dos problemas de saúde da população. Centros de especialidades, que resolvem 15% dos problemas de saúde da população. UBS, que resolvem 80% dos problemas de saúde da população. SECUNDÁRIO TERCIÁRIO Hierarquização: serviços organizados em níveis crescentes de complexidade. Serviçospertencentes a uma determinada área geográfica, planejados a partir de critérios epidemiológicos, e com definição e conhecimento da população a ser atendida. Regionalização: regionalização é um processo de articulação entre os serviços que já existem 17 ORGANIZAÇÃO DESCENTRALIZAÇÃO HIERARQUIZAÇÃO REGIONALIZAÇÃO REGIÕES DE SAÚDE Intramunicipais Intraestaduais Interestaduais Fronteiriças Os entes federativos poderão constituir consórcios para desenvolver em conjunto as ações e os serviços de saúde que lhes correspondam Intramunicipais: dentro de um mesmo município Intraestaduais: formadas por mais de um município em um mesmo estado Interestaduais: formados por mais de um município em estados diferentes, quando vizinhos Fronteiriças: conformadas a partir de municípios limítrofes com países vizinhos. 18 ORGANIZAÇÃO DESCENTRALIZAÇÃO REGIONALIZAÇÃO REGIÕES DE SAÚDE Atenção primária Urgência e emergência Atenção psicossocial Atenção ambulatorial especializada e hospitalar Vigilância em saúde Requisitos mínimos para ser uma regiao de saude 19 ORGANIZAÇÃO ABRANGÊNCIA DAS AÇÕES DE SAÚDE Municípios Regiões de Saúde Macrorregiões de Saúde Atenção básica e vigilância epidemiológica Parte das ações de média complexidade Parte das ações de média complexidade e as de alta complexidade ORGANIZAÇÃO ORGANIZAÇÃO PROFISSIONAIS DE SAÚDE Até 2 cargos Quando houver compatibilidade de horário Exceto os ocupantes de cargos ou função de chefia, direção ou assessoramento, em tempo integral DIREÇÃO DIREÇÃO DO SUS União Estados/DF Municípios Ministério da Saúde SES ou órgão equivalente SMS ou órgão equivalente Direção única em cada esfera de governo COMPETÊNCIAS VIGILÂNCIA SANITÁRIA VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA SANEAMENTO BÁSICO MEIO AMBIENTE SAÚDE DO TRABALHADOR FISCALIZAÇÃO E A INSPEÇÃO DE ALIMENTOS, ÁGUA E BEBIDAS ASSISTÊNCIA TERAPÊUTICA INTEGRAL, INCLUSIVE FARMACÊUTICA CONTROLE SOCIAL CONFERÊNCIA DE SAÚDE CONSELHO DE SAÚDE A cada 4 anos Avaliar a situação de saúde Propor diretrizes Convocada pelo poder Executivo Extraordinariamente pelo Conselho de Saúde Caráter permanente e deliberativo Formulação de estratégias Controle da execução da política de saúde Inclusive nos aspectos econômicos e financeiros Composição paritária 50% usuários 25% trabalhadores de saúde 25% gestores e prestadores de serviços do SUS A Conferência de Saúde reunir-se-á a cada 4 anos, com a representação de vários seguimentos sociais, para avaliar a situação de saúde e propor as diretrizes para formulação de política de saúde nos níveis correspondentes, convocada pelo Conselho de Saúde. O Conselho de Saúde, em caráter permanente e deliberativo, é um órgão colegiado que atua na formulação de estratégias e no controle da execução da política de saúde na instância correspondente, inclusive nos aspectos econômicos e financeiros, cujas decisões serão homologadas pelo chefe do poder legalmente constituído em cada esfera de governo. 25 HUMANIZAÇÃO Resgate de movimentos de recuperação de valores humanos esquecidos pela sociedade Revisão de valores e atitudes Assistência de maior qualidade Aliança das competências técnicas e tecnológicas aliadas ao respeito das relações humanas Saúde pública de baixa qualidade e limitada 26 A ÉTICA NO CONTEXTO DA HUMANIZAÇÃO Ética é inerente ao serviço Inclusão da humanização nos serviços de saúde As profissões que se destinam ao cuidado são, na prática, ético-dependentes relação direta com o respeito e o cuidado de não causar dano garantir que a manutenção e recuperação da saúde será prioridade ÉTICA: conjunto de regras e preceitos de ordem valorativa e moral de um indivíduo, de um grupo social ou de uma sociedade. 27 O PODER UNILATERAL Profissional da Saúde: o detentor do poder paciente deverá aceitar todas as decisões que serão tomadas Crenças? Valores? Preceitos? Consentimento? Sem consentimento do pct pode ser a causa do fracasso de um determinado atendimento 28 O PODER UNILATERAL Correção e adequação das normas e rotinas para que as relações entre as pessoas sejam mais humanizadas Ambiente humanizado: relação interpessoal do paciente com a equipe de saúde de forma equilibrada e adequada estrutura física e recursos materiais operacionais, que são de extrema importância para a sua melhor recuperação Sem consentimento do pct pode ser a causa do fracasso de um determinado atendimento 29 MARCO TEÓRICO Humanização em serviços de saúde política que modifica a relação entre pacientes, trabalhadores e gestores valorização do conhecimento de cada um desses atores a busca pela resolução de um problema será em conjunto Cada indivíduo responde de maneira individualizada a um problema Necessidade de empatia e respeito entre as partes se colocar no lugar do outro para entender qual o significado da situação Sem consentimento do pct pode ser a causa do fracasso de um determinado atendimento 30 PRÁTICAS DE HUMANIZAÇÃO A ambiência está diretamente relacionada à prática de humanização pode garantir conforto ao paciente as condições físicas do ambiente de trabalho que deve oferecer boa ergonomia para o trabalhador e deve ser acolhedor para o paciente acesso a materiais essenciais para garantir segurança mútua para o paciente e o trabalhador Sem consentimento do pct pode ser a causa do fracasso de um determinado atendimento 31 PRÁTICAS DE HUMANIZAÇÃO Cultura organizacional de valorização do trabalhador O paciente deve ser parte de todo o processo de decisão acesso fidedigno às informações de seu cuidado, assim como sua família presença de familiares oferece apoio para o paciente permite que a família esteja preparada para a necessidade de continuidade do tratamento em casa presença de familiares, além de oferecer apoio para o paciente, também permite que estejam preparados para a necessidade de continuidade do tratamento em casa 32 PRÁTICAS DE HUMANIZAÇÃO As práticas de humanização estão baseadas no respeito a todos os envolvidos no processo do cuidar 33 RELATÓRIO DE VISITA TÉCNICA Informações sobre as tarefas realizadas Descrição e observações sobre a visita 34 RELATÓRIO DE VISITA TÉCNICA Informações sobre as tarefas realizadas Nome do estabelecimento (Unidade Básica de Saúde xxxxx); Endereço (localizada na cidade de xxxxx, rua xxx, bairro xxx) Identificação do responsável pelo serviço (nome e cargo/profissão do profissional que concedeu as informações) Qual a tarefa executada (descrição do objetivo da visita) Data; Tempo de duração da visita (hora da chegada e saída). 35 RELATÓRIO DE VISITA TÉCNICA Descrição e observações sobre a visita Descrição sobre como ocorre o atendimento ao usuário portador de Diabetes Mellitus tipo 2 (desde a captação, diagnóstico da patologia até o estabelecimento dos cuidados necessários e dispensação de medicamentos) 36 image3.png image4.png image5.png image6.png image7.png image8.png image9.png image10.png image11.jpg image12.jpg image13.jpg image14.jpg image15.jpeg image16.png image17.jpg image18.jpg image19.jpg image20.jpg image21.jpg image22.png image1.png
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