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AULA 03 IECA, ARA II e Inibidores diretos da Renina 1 AULA 03 - IECA, ARA II e Inibidores diretos da Renina Hipertensão É uma ENFERMIDADE CRÔNICA. Grave problema de saúde pública. Pode gerar mútiplas complicações → coração, SNC, Rins, sistema vascular perifeérico e retina. É uma pressão sistólica maior que 140mmHg Categoria Sistólica (mmHg) Diastólica (mmHg) Normal 120 80 Pré-hiperten. 120139 8089 Hipertensão ———————— ———————— Hipertensão 1 140159 9099 Hipertensão 2 160 100 Ação da Renina � Renina � Angiotensinógeno � Angiotensina I a� Ação da ECA � Angiotensina II � Aldosterona � Reabsorve Na+ � Aumenta volemia. O volume da Renina liberado pelos rins → principal determinante na produção de Angiotensina II. Renina está Células justaglomerulares das paredes das artérias aferentes que entram nos Glomérulos. AULA 03 IECA, ARA II e Inibidores diretos da Renina 2 Funções e efeitos do Sistema Renina Angiotensina-Aldosterona � Resposta Pressora Rápida a� Aumentos moderados de Angiotensina II, aumenta de forma aguda a pressão arterial. b� Essa resposta rápida → por causa do aumento da resistência periférica total → que causa aumento da contração cardiaca. c� Não afetam o gasto cardiaco. � Resposta Pressora Lenta a� Pela secreção de Endotelina I ajuda a estabilizar de maneira crônica a pressão arterial. b� Efeitos diretos da Angiotensina II reabosrção de Sódio. c� Libera Aldosterona na Zona Glomerular no Córtex Suprarrenal. � Hipertrofia e Remodelação a� Angiotensina II estimula → i� remodelação cardiovascular → ii� gera hipertrofia das células vasculares e cardíacas → iii� aumenta a síntese y depósito de colágeno por fibroblastos cardíacos. Inibidores do Sistema Renina Angiotensina-Aldosterona IECAS Antagonistas dos receptores de Angiotensina Inibidores Diretos da Renina. Inibidores da Enzima Convertidora de Angiotensina (IECA) História Veneno de Serpentes (teprótido) → intensifica bradicinina. Péptidos que inibem a Cininasa II. AULA 03 IECA, ARA II e Inibidores diretos da Renina 3 Cininasa II e ECA mesmas enzimas que catalizam a ação da Angiotensina II e causa destruição de Bradicinina. Redução da Pressão Arterial IECA 3 grandes grupos: � Sufihdrilo relacionado a Captopril � Dicarboxila relacionado a Enalapril � Fósforo relacionado a Fosinopril Diferem por: � Potência � Inibição primária por efeito direto ou de um Metabólito ativo. � Farmacocinética A maioria são pró-farmacos (exceto lisinopril e captopril). São 100 a 1000 vezes menos potentes que o metabólito ativo, mas tem maior biodisponibilidade. Maioria dos IECAs são liberados pelo Rim. Em comprometimento renal → necessário ajudar as doses. Bloqueiam a ação da Enzima Convertidora de Angiotensina: na conversão de Angiotensina I em Angiotensina II. É o tratamento da Hipertensão Arterial, Insuficiência cardíaca. Proteção Cardiovascular. Aplicações terapêuticas dos IECAʼs Na HIPERTENSÃO ARTERIAL Diminui resisência vascular periférica e pressões arteriais: média, sistólica e diastólica. Dilatação arteriolar e aumentam adaptabilidade das artérias de grande calibre → diminui a pressão diastólica. AULA 03 IECA, ARA II e Inibidores diretos da Renina 4 Normaliza a pressão arterial em 50% dos pacientes com hipertensão leve a moderada. Na DISFUNÇÃO SISTÓLICA DO VENTRÍCULO ESQUERDO Evita/Atrasa a progressão da insuficiência cardíaca. Aminora (ameniza) a incidência de morte súbita, infarto de miocárdio. Diminui hospitalização e melhora a qualidade de vida. Reduz pós carga e tensão sistólica de parede. Aumentam o gasto cardíaco, índice cardíaco, índice de trabalho e volume sistólico. Na disfunção sistólica: Angiotensina II diminui adaptabilidade arterial e esse efeito se reverte pela inibição da ECA. No INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO O efeito no infarto agudo do miocárdio é muito benéfico em pacientes hipertensos e diabéticos. Iniciar a dose na → fase aguda do infarto agudo do miocárdio. Uso crônico de IECA. Na INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA Efeitos nefroprotetores dos IECA na diabete tipo 1 independentes da diminuição da Pressão Arterial. Diminui a progressão da retinopatia em diabetes tipo 1. Diminui a progressão da insuficiência renal em pacientes com diversas nefropatias sem diabete. Efeitos secundários IECAʼs Hipotensão Tosse Hiperpotassemia Insuficiência Renal Aguda. Angioedema Fetopatico AULA 03 IECA, ARA II e Inibidores diretos da Renina 5 Exantema Maculopapular Disguesia Neutropenia Glicosuria Interações farmacológicas Antiácidos - diminui biodisponibilidade AINES diminui efeito. Enalapril Maleato de Enalaprilo ou Enalaprilato. Pró-fármaco, no fígado, um metabólito ativo. Inibidor muito potente da ECA. Absorve com rapidez via oral Não altera com alimentos. Semivida: 1.3h Ligado ao ECA 11h. Eliminação: Renal Usos: Hipertensão Arterial Insuficiência Cardiaca Infarto Agudo do miocárdio com disfunção sistólica Nefropatia diabética. Proteção Renal e Cardiovascular e Insuficiência renal sem diabetes. Dose: 2.5 a 40mg, Intervalo: 12 horas. Dosagem máxima: 40 mg/dia. 2.5; 5; 10; 20 mg Glioten, Inibex, Lotrial, Apridal, Ardilan, Cardaten, Enalpan, Altaprex, Cardietic, Cardioprotc, Enalap. Injetável 2.5/ampola Enalaprilato Não se aborve: via oral. AULA 03 IECA, ARA II e Inibidores diretos da Renina 6 Aplicação Endovenosa: quando via oral e inapropiado. Dose: 0.625 a 1.25mg Duração: 5min Repete as 6 horas. Lisinopril Analogo a lisina do Enaloprilato. Ativo por si só. Mais potente. Lenta aborsção Via oral. Semivida: 12 horas. Não acumula em tecidos. 1 Dose → máximo: 40 mg/dia. Paciente com hiponatremia ou disfunção renal diária 2.5 mg. Efeitos Adversos: Edema Angioneurótico, Cefaleas, diarreia, tosse, nauseas, fatiga, astenia (rara vez), palpitações, impotência. Aumento transitório das enzimas hepáticas e bilirrubina, hiperpotassemia. 5; 10; 20 mg Acerdil. Ramiprilo Se transforma em RAMIPRILATO por Estereasas Hepáticas. Absorve rápido Alimentos reduzem velocidade, mas não quantidade. Eliminação trifásica com Semivida média de: 2 a 4 horas 9 a 18 horas 50 horas Distribuição intensa nos tecidos (inicial). Depuração de Ramiprilato livre do plasma (intermedia). Dissociação da ACE histica (terminal). Usos: HTA, IC em todas etapas, IAM, prevenção AVC em pacientes com risco. AULA 03 IECA, ARA II e Inibidores diretos da Renina 7 Dose: 1 ou 2x, máx: 20 mg/dia. Efeitos adversos: Leves e transitórios, suspensão ocorreu em 3% dos pacientes tratados com Ramipril. Causas frequêntes para a suspensão → tos 1%, vertigo 0,5% e impotência 0,4 2.5; 5; 10mg Tetrace Perindaprilo Erbunina de perindoprilo. Pró-fármaco. 3050% transforma a perindoprilo no fígado. Semivida: Cinética bifásica � Principal componente 3 a 10h � Dissociação lenta de perindoprilato derivado da ECA histica 30 a 120hrs Usos: HTA, HT renovascular, IC, IAM com disfunção sistólica, nefropatia diabética, prevenção do infarto em paciente com Angina estável. Dose máxima: 1 dose. De 2 a 16 mg/dia 5 a 10 mg Coversyl Antagonistas dos receptores da angiotensina II (ARA II) Indicado: HTA, IC, tratamento e prevenção de Nefropatia diabética. História 1970 Tentativa pra criar os receptores de angiotensina. Os primeiros antagonistas eram peptídios e não serviam clinicamente por terem efeitos agonistas. 1980 Começam a produzir antagonistas não péptidicos para evitar atividades agonistas. Onde se patentiaram vários derivados do Ácido imidazol-5-acetil. 1995 Se aprovou o Lorsartan AULA 03 IECA, ARA II e Inibidores diretos da Renina 8 Mecanismo de Ação Farmacológica Bloqueia de maneira seletiva o receptor AT1 inibindo de maneira potente os efeitos da Angiotensina II. Angiotensina II Receptor AT1 Vasoconstrição Diminiui tono sistema nerovoso simpático Diminui Aldosterona Diminui Endotelina-1Farmacocinética Biodisponibilidade → variável: 33% lorsartan, 70% irbesartan. União a proteinas plasmáticas 90% Eliminação Biliar Pró-fármaco em sua maioria Os ARA II diferem dos IECA em alguns aspectos importantes ARA II diminuem a ativação dos receptores AT1 mais eficaz que os IEACAS. ARA II permite ativação dos AT2. IECAS aumentam angiotensina IECAS aumentam níveis de diversos substratos da ECA, incluem bradicinina. ARA II Derivados Bifenilmetilo Ácido Tienilmeilacilico Cilexetilo de candesartán Eprosartán Ibesartán Losartán Olmesartan medoxomilo Telmisartán Valsartán AULA 03 IECA, ARA II e Inibidores diretos da Renina 9 Aplicações terapêuticas ARA II HTA tem efeito antihipertensivo. Não se acompanha de taquicardia reflexa ou mudanças no volume por minuto. Não produzem HTA reincidivo se suspende o tratamento. Eficaz em: HTA leve-moderada pós infarto agudo do miocardio NEFROPATIA DIABÉTICA Irbesartan-Lorsartan: diminui morbimortalidade em pacientes diabéticos. Nefroproteores na Diabetes Mellitus 2. ASMA Não produz depressão do centro respiratório. Não produz tosse ao bloquear AT1 ARA II Não modificam o perfil lipidico, valores plasmáticos de glicose, insulina. Efeitos Secundários ARA II � Atividade teratógena → menor não administrar antes do 2 trimestre de gravidez. � Administrar com precaução em pacientes Estenose da artéria renal (hipotensão, oliguria, hiperzoemia progressiva ou IRA, hiperpotassemia em nefropatas. Interação Farmacológica Aumento efeito hipertensor Diuréticos tiazídicos e furosemidas Aumento efeitos adversos IECA, ARA II, Aliskiren e Diuréticos Ahorrador de K Diminuição dos seus efeitos AINES Naproxeno aumenta → risco de insuficiência renal. Candesartán Cilexetilo de candesartan. Pró-fármaco. Eliminação: 33% por Rim, 67% Bilis. Semivida: 9h. Atenção com Insuficiência Renal severa, não com Insuficiência hepática leve ou moderada. AULA 03 IECA, ARA II e Inibidores diretos da Renina 10 Uso: HTA, IC classe funcional IIIV. Dose: 4 a 32 mg/dia em 1 a 2 dose. Efeitos: leves e transitórias e inclui cefaleia, infecção do trato respiratório superior e mareos. Atacand, Blox, Coropres, Eticard Ibesartán Semivida: 11 a 15 horas, duração efeito mais de 24 horas. Não modifica em Insuficiência Renal IR ou Insuficiência Hepática IH → Eliminação 20% rim e 80% bilis. Usos: HTA, IC, prevenção e tratamento de nefropatia por Diabetes Melitus 2. Dose: 150 a 300 mg/dia Angiotensil, Aprovel Losartán 14% transforma a EXP3174 Metabolito ativo, +potente). Atenção em Insuficiência Hepática IH e não em Insuficiência Renal IR. A parte de ser um ARA é um antagonista competitivo do receptor do tromboxano A2 ANTIPLAQUETÁRIO. Usos: HTA com risco de AVC ou Hipertrofia Ventricular Esquerda HVI, IC, IAM, nefropatia por Diabetes Mellitus 2. Dose: 1 ou 2x. Máx: 100 mg/dia Uso com diuréticos, hipovolemia ou IH metade da dose. Geralmente → ótima tolerância, rara vez: mareos, exantema cutâneo, hipotensão ortostática, valor elevado de TGP. Convertal, Hipercor, Lozax Olmesartán Medoxomilo de olmesartan. Pró-fármaco éster inativo. Hidroliza em tubo digestivo. AULA 03 IECA, ARA II e Inibidores diretos da Renina 11 Semivida: 10 a 15h Não se ajusta dose em IH , IR leve ou moderado. Usos: HTA, IC, prevenção e tratamento de Nefropatia diabética ND. Dose: 20 a 40 mg/dia Efeitos adversos: diarreia, cefaleia, hiperglicemia, hipertrigliceridemia, fadiga, edema periférico, angioedema, vertigem, dor abdominal e dispepsia, gastroenterite, nauseas, taquicardia, artralgia, mialgia. Holmer, Iltux Telmisartán Semivida: 24h Altera eliminação com IH e não com IR. Usos: HTA, IC, prevenção de morbimortalidade cardiovascular em pacientes com 55 anos que não podem receber IECA. Dose 40 a 80 mg/dia Efeitos Adversos: Cefaleia, mareios, fadiga, sinusite, tosse, edema periférico. Talmedin, Tensartan Valsartán Alimentos disminuem abosrção. Altera eliminação com IH e não IR Usos: HTA, IC classe funcional IIIV Dose: 80 a 320 mg/dia Diovan, Diusartan, Valaplex, Valtarlan Inibidores diretos da Renina História Final da decada de 80 Enalquireno Zanquireno AULA 03 IECA, ARA II e Inibidores diretos da Renina 12 Ramiquiereno Baixa potência, pouca biodisponibilidade e media-vida curto. Local ativo da renina. Fármaco Aliskireno Efeitos redutores da pressão arterial Monoterapia Associação Hidroclorotiazida Rasilez Razilez HCT Mecanismo de Ação farmacológica Afinidade sitio ativo da Renina 10.000 Renina Renina 16 a 34 vezes Retroalimentação. Angiotensina I e II. Farmacocinética-Farmacodinâmica Baixa biodisponibilidade 2,5% 1,4% metabolizado. Concentração plasmática 3 a 6 horas. Ligação a proteínas plasmáticas: 50% Semivida: 40h Eliminação: fezes 90% Sem interações medicamentosas. Sem alterações laboratório. Aplicações terapêuticas HTA AULA 03 IECA, ARA II e Inibidores diretos da Renina 13 IC Péptido Natriurético B Proteção cardiovascular, renal e retina. Largo prazo Efeitos Adversos Sintomas Gastrointestinais (diarreia - alta dose: 600mg) Rush Dor abdominal Dispepsia. Pirosis Tosse Hipotensão Hiperpotassmia Dose e Contra-indicação 40 a 600 mg/dia 150 a 300 mg/dia oral Anciãos Enfermidade hepática Insuficiência renal Diabéticos Gravidas.
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