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4- IECA-BRA e INIBIDORES DA RENINA

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1- GENERALIDADES 
Hipertensão é definida como uma síndrome 
caracterizada por apresentar níveis tensoriais 
elevados, associados a alterações metabólicas, 
hormonais e fenômenos tróficos. 
Fisiologicamente a PA é mantida pela regulação 
contínua do debito cardíaco e da resistência vascular 
periférica (PA= DC x RVP) em 4 sítios sendo vênulas 
pós-capilares, arteríolas, coração e rim. Nesses locais 
os barorreflexos mediados por nervos autônomos 
atuam em combinação com mecanismos humorais, 
como SRAA mantendo a PA normal. O problema é que 
nos hipertensos, os barorreceptores e os sistemas de 
controle renais de volume sangue/PA estão ajustados 
em um nível mais elevado para manutenção da PA, e 
níveis pressóricos aumentados estão diretamente 
relacionados a aumento nos riscos cardiovasculares 
como AVE e doenças cardíacas, além de ser um fator 
de risco importante no desenvolvimento de doença 
renal crônica (DRC) e IC. 
CAUSAS 
→ Causas especificas: constrição da artéria renal 
(desenvolve metabolito (aldosterona) que retém sódio 
e água), coartação da aorta, feocromocitoma (tumor 
adrenal produtor de adrenalina), aldosteronismo 
primário (alteração da adrenal que produz de forma 
exagerada a aldosterona) 
→ Causas inespecíficas: raça, SNA, dieta, genética, 
estresse, RVP. 
→ Fatores de risco: sedentarismo, obesidade, 
hiperinsulinêmia, tabagismo, apneia do sono, 
colesterol, diabetes, HDL. 
 
MECANISMO DE REGULACAO DA PRESSAO 
ARTERIAL 
 
 
CLASSIFICAÇÃO DA PA 
 
 
CLASSES DE ANTI-HIPERTENSIVOS 
 Agentes simpaticolíticos (tem resumo separado) 
 Inibidores do receptor da Ang2 
 Diuréticos (tem resumo separado) 
 Bloqueadores dos canais de cálcio (junto com 
resumo de vasodilatadores) 
 Vasodilatadores (tem resumo separado) 
 
 
Inibidores da Enzima 
Conversora de Angiotensina 
O sistema renina-angiotensina-aldosterona possui 
importantes funções como a regulação do equilibro 
eletrolítico e a pressão arterial. Seus componentes: 
→ Renina: é uma 
resposta a baixa da 
PA renal e baixa de 
sódio, produzida 
pelas células 
justaglomerulares e 
atua convertendo 
angiotensinógeno em 
angiotensina1. 
→ Angiotensina: 
causa vasoconstrição 
e aumento de Na+. A 
angiotensina 2 pode 
chegar a se converter em angiotensina 3 na 
suprarrenal e ambas atuam estimulando aldosterona. 
A angiotensina pode ser sintetizada em alguns 
tecidos como no coração e não só depende da renina. 
Tem um pequeno efeito na contratilidade e na 
frequência cardíaca (resposta barorreceptora) 
→ Aldosterona: atua na parte cortical do ducto coletor. 
Estimula a troca de Na+ por K+ e H+ na urina, retendo 
Na+ no vaso sanguíneo e eliminando K+ e H+ para o 
túbulo, podendo causar uma hipocalemia ou alcalose. 
ATUAÇÃO DO SRAA: quando a PA↓ e o fluxo 
sanguíneo renal diminui o aparelho justaglomerular 
que possui células sensíveis a esta alteração liberam 
renina (que estava armazenada em forma de pró-
renina) que vai atuar sobre o angiotensinógeno e 
gerar angiotensina 1. Essa ANG 1 é fraca e precisa ser 
transformada em ANG2 para que exerce melhor sua 
função e quem a transforma é a enzima conversora 
de angiotensina (ECA) localizada principalmente no 
pulmão, que além dessa função faz a conversão de 
bradicinina e substancia P em peptídeos inativos. 
ANG2 atua promovendo aumento da liberação de 
aldosterona pela glândula adrenal, esta que atua 
aumentando a retenção de Na+ e água 
(↑volemia=↑DC), e também a ANG2 atua diretamente 
nos seus receptores localizados nos vasos 
sanguíneos promovendo vasoconstrição. 
 
 
 
Em resumo as ações da ANG2 nos receptores AT1: 
 
AÇÃO DO FARMACO 
Os IECAS se classificam em 3 grupos em função da 
sua composição química 
1- inibidores que contém um grupo sulfidrila e 
estão relacionados ao captopril 
2- Inibidores que contém um grupo 
dicarboxilo e estão relacionados ao enalapril 
3- Inibidores que contém um grupo fosfato e 
estão relacionados ao fosinopril. 
Os IECA atuam inibindo a enzima conversora de 
angiotensina (ECA) e evitando que todos os processos 
posteriores ocorram. Os IECA evitam também que a 
ECA inative a bradicinina e substancia P (que tem 
efeitos de vasodilatação) e também são capazes de 
estimular a síntese de NO. 
Que por fim diminuem a PA através da ↓RVP: 
↓ estimulo do SNS 
↑ vasodilatação do musculo liso vascular 
↓ retenção Na/água (devido ↓ aldosterona) 
↑ níveis de bradicinina e substancia P 
 
FARMACOCINETICA 
 
Com exceção do captopril e lisinopril todos os 
fármacos são convertidos em metabolito ativo no 
fígado, sendo essas exceções de escolha para 
pacientes com insuficiência hepática. São eliminados 
principalmente no rim devendo ajustar as doses em 
paciência com IR. 
O enalapril é o único IECA disponível para uso 
intravenoso. 
EFEITOS FARMACOLOGICOS 
 Inibem as ações da ANG2. 
 Reduz a PA e também melhora o dano 
orgânico causado por ela (remodelado 
cardiovascular, alterações renais), melhora a 
função cardíaca em pacientes com IC e reduz 
a progressão de neuropatia diabética. 
REAÇOES ADVERSAS 
 Tosse seca (devido ao acumulo de bradicinina 
e substância P na arvore respiratória se 
tornando irritante) 
 Alterações do paladar 
 Hipersensibilidade cutânea 
 Angioedema 
 Hipercalemia em paciente com IRC 
 ↑ ureia e creatinina em pacientes com 
estenose bilateral das artérias renais ou com 
estenose da artéria renal em rim único 
funcionante. 
 Contraindicado para gestantes 
 
 
VANTAGENS 
Não interfere na atividade sexual, não interfere no 
metabolismo e de fácil associação 
 
INTERAÇOES MEDICAMENTOSAS 
 Antiácidos: diminui a absorção dos IECA 
 AINES: reduz a resposta anti-hipertensiva 
 Medicamentos que elevam o K 
 
INDICAÇOES TERAPEUTICAS 
 IC 
 IAM 
 Nefropatia diabética 
 ↓ lesão orgânica causada pela HTA 
 
BLOQUEADORES (ANTAGONISTAS) DOS 
RECEPTORES DE ANGIOTENSINA -BRA 
(ou ARA) 
Os receptores da angiotensina 2 são o AT1 e o AT2, 
porem os fármacos antagonistas atuam inibindo 
apenas o AT1 que é responsável pela vasoconstrição e 
ações tróficas. Na corrente sanguínea o nº de ANG2 é 
normal podendo se unir aos AT2 que não estão 
antagonizados e unida a esse receptor promove 
síntese de NO e PGI2 que tem ação vasodilatadora e 
antiproliferativa. 
Os principais fármacos são: losartana, candesartan, 
eprosartan, ibersatan, telmisartan e valsartana. 
Ao antagonizar os efeitos da ANG2 esses agentes não 
peptídicos aumentam natriureses pelo bloqueio da 
secreção de aldosterona, reduzem o volume 
plasmático, vasodilatam e diminuem a hipertrofia 
celular. 
FARMACOCINETICA 
 
 
EFEITOS FARMACOLOGICOS 
Afinidade pelo receptor AT1: Candesartan ˃ Ibersartan 
˃ Telmisartan =Valsartan ˃ Losartan, sendo de forma 
competitiva. 
A inibição é insuperável o que significa que não 
importa a quantidade de ANT2, os inibidores não 
saem dos receptores. 
REAÇOES ADVERSAS 
Similares aos IECA’s 
É contraindicado em gestantes, pacientes com 
hipercalemia, estenose bilateral das artérias renais. 
INTERAÇÕES FARMACOLÓGICAS 
Não utilizar juntamente com IECA’s 
Não usar com medicamentos poupadores de K+ 
Aumenta as concentrações de digoxina 
INDICAÇOES TERAPEUTICAS 
HTA 
Diminuição da mobilidade em HTA, DM, IC. 
 
INIBIDORES DA RENINA 
Os inibidores diretos da renina se unem ao centro 
catalítico da renina/prorrenina ativada e inibem sua 
capacidade de converter angiotensinógeno em Ang1, 
diminuindo suas concentrações plasmáticas. 
Os inibidores diretos da renina (aliskireno) aumentam 
a concentração renal e circulante de renina ao 
interromper o sistema de retroalimentação negativo e 
a angiotensina exerce sobre a liberação de renina pelo 
rim 
FARMACOCINETICA 
 
 
EFEITOS FARMACOLOGICOS 
Esses fármacos tem a capacidade de inibir de 
maneira seletiva as ações do SRAA ao impedir sua 
formação. 
Fazem a diminuição da PA, melhoram o dano 
orgânico associado a ela, tem efeitos renoprotetores, 
reduzem a hipertrofia cardíaca associada a 
hipertensão, melhoram a função cardíaca em 
pacientes com IC. 
REAÇOESADVERSAS 
Cefaleia, dor abdominal, diarreias, náuseas, fadiga e 
lombalgia, hipercalemia em pacientes com IR.

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