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Pré Natal

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Pré-Natal 1
Pré-Natal
PREVALÊNCIA 5
REVISÃO
Recomenda-se um número mínimo de 6 consultas, sendo:
1 no 1º trimestre.
2 no 2º trimestre.
3 no 3º trimestre.
A periodicidade ideal (para gestantes de baixo risco) é de:
Consultas mensais até 28 semanas.
Consultas quinzenais entre 28 e 36 semanas.
Consultas semanais entre 36 semanas e o parto.
Primeira Consulta
É feita a avaliação do estado geral, estima-se a IG e orienta-se sobre as 
mudanças que ocorrerão, além da importância da atividade física, alimentação 
balanceada e cuidados com a saúde bucal.
Primeira abordagem sobre aleitamento, fases do TP e tirar dúvidas referentes à 
gestação.
A partir da DUM, é possível calcular a IG e a DPP 40 semanas).
Cálculo da DPP Regra de Naegele):
Se DUM entre janeiro e março, soma-se 7 dias e 9 meses.
Se DUM entre abril e dezembro, soma-se 7 dias e subtrai-se 3 meses.
Cálculo da IG o mais provável é que a concepção tenha ocorrido por volta 
de 14 dias após a DUM.
Pré-Natal 2
💡 Na terminologia GPA, é importante lembrar que no PARA considera-se 
qualquer parto com feto  20 semanas e/ou  500g. Se a perda 
ocorrer antes disso, considera-se ABORTAMENTO.
Gestação gemelar considera-se como G1P1.
Na primeira consulta também deve-se calcular o IMC para adequar o ganho de 
peso ideal na gestação.
CLASSIFICAÇÃO IMC PRÉGRAVÍDICO GANHO DE PESO
ESPERADO NA GRAVIDEZ
Baixo 19,8 12,5a 18kg
Normal 19,8 a 26 11,5 a 16kg
Sobrepeso 26 a 29 7 a 11,5kg
Obesidade 29 7kg
É obrigatório avaliar as mamas pois, além de buscar alterações patológicas, 
antecipa fatores que dificultarão a amamentação.
A altura do fundo uterino é importante para auxiliar no rastreamento das 
alterações do crescimento fetal, do volume de líquido amniótico e de gestação 
múltipla. Passa-se a fita métrica da borda superior da sínfise púbica até o 
fundo uterino.
Com 12 semanas, a altura uterina está na sínfise púbica.
Com 16 semanas, a altura uterina está entre a sínfise púbica e a cicatriz 
umbilical.
Com 20 semanas, a altura uterina está na cicatriz umbilical.
Entre 20 e 32 semanas, há um crescimento de 1cm/semana.
Após 32 semanas, há um crescimento de 0,5cm/semana.
Manobras de Leopold-Zweifel:
1ª: avalia situação fetal (longitudinal, transversal ou oblíqua).
2ª: avalia posição fetal (esquerda, direita).
3ª: avalia apresentação fetal (cefálica, pélvica ou córmica).
4ª: avalia insinuação fetal.
Pré-Natal 3
A gestação de alto risco deve ser acompanhada, preferencialmente, por um 
obstetra. Os critérios para encaminhamento ao pré-natal de alto risco incluem:
Comorbidades maternas: hipertensão, cardiopatias, tromboses, 
endocrinopatias, diabetes, LES, etc.
Antecedentes obstétricos: óbito fetal de causas desconhecidas, 
eclâmpsia, abortamento de repetição, abortamentos tardios, infertilidade, 
etc.
Intercorrências maternas: infecções, hipertensão, diabetes gestacional, 
anemias, exacerbações asmáticas, insuficiência istmocervical, etc.
Intercorrências fetais: malformações, gemelaridade, restrição do 
crescimento fetal, hidropsia, hidrocefalia, polidrâmnio, oligodrâmnio, etc.
Exames Laboratoriais
Rotina de primeiro trimestre:
Tipagem sanguínea ABO/Rh) e pesquisa de anticorpos irregulares PAI  
coombs indireto).
Eletroforese de hemoglobina.
Hemograma completo.
Glicemia de jejum.
Urina I, urocultura/antibiograma.
Sorologias: rubéola IgG, toxoplasmose, sífilis, hepatite B, hepatite C e HIV.
TSH e T4L.
Protoparasitológico de fezes PPF.
Colpocitologia oncológica.
Ultrassonografia morfológica de primeiro trimestre com perfil bioquímico.
Rotina de segundo trimestre:
Hemograma completo.
Teste de tolerância oral à glicose TOTG de 75g.
Pré-Natal 4
PAI, se Rh negativo e parceiro Rh positivo (mensal).
Sorologias: toxoplasmose.
Ultrassonografia morfológica de segundo trimestre com avaliação do colo 
por via vaginal.
Rotina de terceiro trimestre:
Hemograma completo.
Sorologias: sífilis, toxoplasmose, HIV.
PAI, se Rh negativo e parceiro Rh positivo (mensal).
Urina I com urocultura/antibiograma.
Cultura para Streptococcus do grupo B em introito vaginal e perianal.
Ultrassonografia obstétrica.
Ecocardiografia fetal, se indicado.
💡 Se a PAI/coombs indireto for positivo, deve-se realizar o seguimento 
da gestante de acordo com o protocolo de isoimunização ao fator Rh.
💡 Atenção à glicemia de jejum:
 92mg/dL normal e, nesse caso, fazer o TOTG entre 24 e 28 
semanas.
92 a 125mg/dL diagnóstico de DM gestacional. Não realizar 
TOTG.
 126mg/dL diagnóstico de DM prévio à gestação. Não realizar 
TOTG.
Pré-Natal 5
💡 Observar a urocultura. A gestante sempre tem indicação de tratar 
bacteriúria assintomática.
Se a gestante apresentar duas cistites ou uma pielonefrite, é 
indicada a antibioticoprofilaxia com nitrofurantoína 100mg 1x/dia.
💡 A antibioticoprofilaxia intraparto de escolha para Streptococcus 
agalactiae é penicilina G cristalina dose de ataque 5 milhões e 
manutenção 2,5 milhões UI EV 4/4h até o nascimento ou ampicilina 
2g EV seguida de manutenção com 1g 4/4h.
Pacientes alérgicas à penicilina podem receber clindamicina 
900mg EV 8/8h.
Ultrassonografias
Toda gestante precisa realizar, no mínimo, 1 ultrassom, de acordo com a OMS.
A USG inicial realizada no 1º trimestre é extremamente confiável para datar a 
gravidez.
A USG morfológica do 1º trimestre deve ser realizada entre a 11ª e a 14ª 
semana. Serve para triagem de cromossomopatias, com avaliação do osso 
nasal, translucência nucal e presença do ducto venoso.
A USG morfológica de 2º trimestre deve ser realizada entre a 20ª e a 24ª 
semana. Avalia malformações e risco de pré-eclâmpsia.
A USG no 3º trimestre (obstétrica) deve ser realizada após 34 semanas. Avalia 
o crescimento fetal, líquido amniótico e localização da placenta.
A ecocardiografia fetal está indicada a partir da 28ª semana, se:
Feto com suspeita de cardiopatia congênita na USG morfológica de 2º 
trimestre.
Feto com translucência nucal aumentada.
Feto com aneuploidia.
Hidropsia fetal ou derrames.
Pré-Natal 6
Alteração do ritmo cardíaco.
Filho anterior portador de cardiopatia congênita.
DM pré-gestacional.
Gestante com anticorpos Anti-RO e Anti-LA positivos.
Exposição materna a substâncias cardioteratogênicas.
Infecções congênitas.
Fenilcetonúria materna de difícil controle.
Gestação proveniente de reprodução assistida.
Gestação gemelar monocoriônica.
Suplementação
Ferro: 150 a 300mg de sulfato ferroso por dia 1h antes do almoço, de 20 
semanas de gestação até 12 semanas de puerpério.
150mg de SF tem 30mg de Fe elementar.
Ácido fólico: se risco habitual, suplementar 400mcg/dia até 12 semanas. 
Se risco elevado (obesidade, uso de anticonvulsivantes, insulinoterapia, 
história prévia ou familiar de defeito de tubo neural), 4mg/dia.
Cálcio: 1 a 1,5g/dia, se fator de risco.
Vitamina D se necessário reposição, preferir tomadas diárias.
Vacinação
As vacinas de sarampo, caxumba, rubéola, polio, febre amarela e varicela 
(vírus vivos ou atenuados) são contraindicadas.
O PNI conta com 4 vacinas para gestantes: dTpa, dT, hepatite B e influenza.
Influenza: anual.
Hepatite B se não vacinada ou sem comprovação.
dT se esquema vacinal incompleto. Duas doses com intervalo de 30 dias.
dTpa: todas as gestantes de 20 a 36 semanas, em todas as gestações.

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