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Sistema Cardiáco

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SISTEMA 
CARDÍACO
Eloísa Br idarol l i
 
Definição 
O aparelho cardiovascular é um conjunto de sistemas do organismo dos animais. Os sistemas que o compõem são: o 
sistema cardíaco, o sistema arterial, o sistema venoso e o sistema linfático. 
Constituição 
Esse aparelho compreende o coração, vasos sanguíneos e vasos linfáticos. Os vasos sanguíneos se subdividem em: 
artérias, veias e capilares, devido as diferenças entre suas estruturas e entre o percurso que percorrem no corpo do 
animal. 
Função 
Sua principal função é bombear o sangue a partir do coração para todos os tecidos do organismo, depois faz com que 
o sangue retorne para o coração. Este sistema também contribui para nutrir, drenar e retirar substâncias indesejadas e 
armazenar outras substâncias no corpo dos animais. 
Casa um dos órgãos do sistema cardiovascular é responsável por realizar funções diferentes, cada função específica 
de um órgão faz parte e auxilia na função principal de todo o sistema. 
O coração é a bomba central desse sistema. Artérias são chamadas de vasos condutores, elas que levam o sangue 
para os tecidos do corpo. As artérias são os vasos que partem do coração em direção aos outros tecidos (vasos 
eferentes), independentemente do tipo de sangue que estão carregando. As artérias se transformam em capilares, 
estruturas bem delgadas, que por sua vez dão origem as veias. Para que haja a formação de uma veia é necessário 
que haja uma artéria. As veias são responsáveis por coletarem o sangue dos tecidos e levá-lo de volta para o coração. 
As veias sempre são os vasos sanguíneos que entram no coração (vasos eferentes). 
Terminologias 
 Artérias - são vasos de grande calibre que transportam o sangue a partir do coração, elas se ramificam formando as 
arteríolas. As arteríolas ainda se ramificam formando os capilares arteriais. São vasos com paredes extremamente 
finas, que fazem trocas com os tecidos circundantes. 
Capilares - Os capilares arteriais são porosos, então, os nutrientes presentes no sangue passam para os tecidos 
através desses poros. Além dos capilares arteriais existem os capilares venosos, que surgem a partir dos capilares 
arteriais. 
Rede capilar - a rede capilar é uma estrutura que tem uma parte arterial e uma parte venosa. Sendo assim, ela é 
formada por capilares venosos e por capilares arteriais. É na rede capilar que ocorrem trocas gasosas entre o sangue 
arterial e o sangue venoso. Através de anastomoses, esses capilares se juntam e começam a formar vasos de maior 
calibre. 
Corpo cavernoso - importante para regiões que precisam de grande quantidade de sangue. Há espaços para o 
armazenamento do sangue. 
Veias - são vasos de grande calibre que transportam o sangue em direção ao coração. Elas se ramificam e formam as 
vênulas ou veias pequenas. As vênulas também se ramificam, e formam os capilares venosos. 
Anastomose - Zona de transição entre veias e artérias. É a união entre duas veias ou duas artérias para formação de 
outra. Além disso, as anastomoses podem acontecer nos vasos linfáticos e, também nos nervos. 
Ramo Recorrente – Ramos que vão no sentido contrário ao vaso que se originou. São ramos que vão em uma direção 
diferente ao sentido comum, de caudal para cranial. 
Plexo Vascular - Ocorre quando um vaso sanguíneo faz ramificações em vários sentidos, normalmente o plexo 
recobre algum órgão, uma vez que tem a função de resfriamento do sangue. É como um “emaranhado” de vasos. 
Rede Vascular – Vasos que chegam na periferia do órgão e se direcionam para o centro. Todos os órgão possuem 
uma rede vascular. 
Veias Satélites - Veias que acompanham totalmente uma artéria. Normalmente percorrem o mesmo tragéto que a 
artéria se originou e levam o mesmo nome. 
Tipos de Circulação 
A circulação no organismo dos animais faz com que o sangue saia do coração em direção aos outros tecidos do corpo 
para nutrir os órgãos do organismo. Existem 5 tipos de circulação: pulmonar, sistêmica, portal, fetal e a linfática. 
Circulação Pulmonar (pequena circulação) 
É a circulação onde ocorre na oxigenação do sangue, entre o coração e os pulmões. O sangue inicialmente sai do 
ventrículo direito do coração através de uma artéria, e vai para o tronco pulmonar que se subdivide em artéria pulmonar 
esquerda e artéria pulmonar direita. Essas duas ramificações levam o sangue até os pulmões. Através das trocas 
gasosas feitas pelos capilares o sangue é oxigenado. Depois disso, o sangue continua a sua circulação, agora pelos 
capilares venosos. Esses capilares se transformam em vênulas que formam as veias pulmonares. Essas veias levam o 
sangue oxigenado para o coração, entrando através do átrio esquerdo do órgão. 
Circulação Sistêmica (circulação geral ou grande circulação) 
Responsável por levar o sangue oxigenado aos tecidos de todo o corpo, logo após traz o sangue venoso dos tecidos 
de volta para o coração. Dessa forma o sangue sai do coração através do ventrículo esquerdo pela artéria aorta, onde 
distribui para todo o corpo do animal, tanto cranialmente quanto caudal mente. Esse sangue está nas artérias e se 
direciona para ramificações das artérias que são as arteríolas (levam o sangue para os capilares arteriais, que 
permitem a passagem de nutrientes para os tecidos. Os capilares arteriais, através das anastomoses se juntam aos 
capilares venosos, que desembocam nas vênulas, que se tornam veias. O sangue retorna para o coração através das 
veias cavas caudal e cranial. Ao chegar no coração, o sangue é direcionado ao átrio direito do órgão. 
Observação: O lado direito do coração armazena o sangue não oxigenado. E o lado esquerdo do coração armazena o 
sangue que já foi oxigenado. 
Circulação Portal 
Acontece quando um capilar, antes de retornar a circulação geral ou retorna para o coralão passa outro órgão. Além 
dos capilares, outros vasos sanguíneos que se conectam a essa circulação também são consideradas parte da 
circulação portal. Dessa forma acontece uma recapilarização dos vasos sanguíneos, para que eles consigam entrar 
nos órgãos. Existem várias circulações portais, que são formadas por redes capilares, onde entre elas estão a rede 
capilar intestinal e a hepática. 
Rede capilar hepática: possui a chamada veia porta hepática, formada pela anastomose de outras vênulas que passam 
pelo fígado, antes de retornar para o coração. 
Função da circulação portal: desdobrar a circulação e alcançar outros órgãos, desintoxicar alguns dos órgãos do corpo 
e armazenar nutrientes importantes para o organismo. 
Circulação Fetal 
É a circulação que acontece dentro do feto, dependente da placenta e acontece apenas dentro do útero materno. 
Circulação Linfática 
Formada pelos vasos linfáticos que formam um sistema de drenagem. Acompanham a circulação venosa e a sua 
função é drenar o excesso de loquido que sai do sangue devido a atividade dos órgãos e dos vasos sanguíneos. O 
líquido que fica entre os tecidos, fora dos vasos sanguíneos também é drenado pelos vasos linfáticos para retornar a 
circulação geral do animal. 
Estrutura dos vasos sanguíneos 
Todos os vasos sanguíneos são formados por três túnicas: 
Túnica adventícia: é a túnica mais externa, e é uma área de proteção do vaso. 
Túnica média: formada por musculatura, variável de acordo com o calibre do vaso sanguíneo (quanto maior o diâmetro 
do vaso, maior será a túnica média). 
Túnica Interna ou intima: é o endotélio do vaso, tem contato com o sangue, e é extremamente lisa. 
Existem diferenças quanto a espessura dessas túnicas em relação as veias e as artérias. 
Bainha dos vasos: tecido conjuntivo frouxo, que reveste vasos e nervos, os aderindo a outras estruturas. 
Tríade Anatômica : junção de artéria, veia e nervo. 
 
Artérias 
São formadas por todas as camadas citadas acima. Porém, no caso delas a túnica média é mais desenvolvida que as 
outras camadas. A túnica média é variável de acordo com o calibre de cada uma das artérias. 
 
Veias 
As veias possuem a túnica média similar as outras camadas, diferentemente das artérias.Além disso, as valvas 
possuem válvulas semilunares que são projeções que evitam o refluxo sanguíneo. Depois de preenchidas, as válvulas 
se aproximam uma da outra, devido a contração da musculatura, e dessa forma, elas fecham a luz da veia, evitando o 
retorno do sangue. Como a circulação do sangue pelas veias acontece de forma passiva, o sangue retorna ao coração 
através da sucção feita pelo órgão e, também, pelo preenchimento dos vasos e dos seios venoso
 
Principais diferenças entre artérias e veias 
As principais diferenças entre artérias e veias são: em relação a direção, as artérias vão em sentido centrífugo e as 
veias em sentido centrípeto. Em relação a parede delas, as artérias possuem paredes mais espessas. As veias são as 
únicas que possuem valvas, com exceções. As artérias possuem um diâmetro menor, porque elas possuem a parede 
mais espessa, e as veias possuem um diâmetro maior e irregular, devido a presença das valvas. Em relação ao 
número, as veias se encontram em maior número do que as artérias. E no animal pós-morte, as artérias se encontram 
vazias e as veias se encontram cheias. 
Bombeamento: o bombeamento é feito do coração para as artérias. Dessa forma, o sangue sai pelo ventrículo direito 
e se direciona para os pulmões. E o sangue que sai do ventrículo esquerdo, se direciona para o restante do corpo. 
Além disso, o coração também faz o movimento de sucção, para ajudar no retorno sanguíneo através das veias. 
 
 
 
Pericárdio 
O pericárdio ou saco pericárdico é um saco fibroseroso que envolve totalmente o coração. Ele auxilia na função de 
bombear o sangue, colabora na produção dos líquidos, e, também, protege o coração. 
Forma: O pericárdio acompanha o desenvolvimento e a forma do coração. Além disso, ele possui uma luz, 
denominada cavidade pericárdica, que permite que o coração se movimente. 
Estratigrafia: 
O pericárdio é uma membrana fibroserosa. A lâmina serosa produz o líquido pericárdico que evita a aderência ao 
órgão, já a lâmina fibrosa é mais resistente e colabora na fixação do coração. 
Lâmina Fibrosa: é a lâmina mais externa do pericárdio, e tem coloração mais esbranquiçada, sendo a mais resistente 
das duas lâminas. Como ela auxilia na fixação do coração, ela se insere em algumas estruturas. Dorsalmente, ela se 
fixa nos grandes vasos e na musculatura do teto da cavidade torácica. 
Ventralmente, ela é fixada através de ligamentos: 
 Ligamento esternopericárdio:fixa o pericárdio 
 fibroso no osso esterno, ventralmente. 
 Ligamento frenicopericárdio fixa o pericárdio 
 fibroso no diafragma. 
Sendo assim, existem algumas diferenças em relação as espécies de animais domésticos quanto a esses ligamentos. 
Equinos: apresentam apenas o ligamento esternopericárdico, e a fixação se dá através de uma lâmina proveniente 
desse ligamento, na região mais caudal do esterno. 
Ruminantes: a fixação é feita através de duas lâminas do ligamento esternopericárdico na região média do esterno, e 
eles apresentam apenas esse ligamento também. 
Suínos: apresentam tanto o ligamento esternopericárdico quanto o ligamento frenicopericárdico. A fixação do pericárdio 
fibroso é feita através de lâminas desses dois ligamentos, sendo que uma é proveniente do esternopericárdico e outra 
é do frênicopericárdico. 
Carnívoros: eles apresentam apenas um dos ligamentos, o ligamento frênicopericárdico, que liga o pericárdio fibroso 
ao diafragma. 
Lâmina Serosa: é a lâmina responsável por produzir o líquido pericárdico, a fim de evitar a aderência do coração ao 
pericárdio. Ela é formada por duas camadas: 
 Parietal: fica aderida a lâmina fibrosa do pericárdio. Responsável por formar a cavidade pericárdica, onde fica 
armazenado o líquido pericárdico, que serve como lubrificante. 
 Visceral ou epicárdio: composta de tecido seroso, reveste diretamente o miocárdio. Dessa forma, ela fica em 
contato direto com o coração, ou seja, é a lâmina que reveste o coração. 
Área Cardíaca Superficial 
É a área de contato direto do coração com a parede da cavidade torácica, sem que haja interferência ou cobertura dos 
pulmões. Essa área cardíaca superficial pode variar de acordo com a espécie de animal doméstico, porém ela sempre 
fica em uma região mais ventral. 
Equinos: na face lateral esquerda a área cardíaca superficial fica entre a 3a e a 6ª costela, já na face lateral direita fica 
do 3o ao 4º espaço intercostal. Essa localização, muitas vezes, é generalizada para as outras espécies de animais 
domésticos. 
Bovinos: o coração fica em uma posição mais vertical, dessa forma, na face lateral esquerda, a área cardíaca 
superficial vai do 4o ao 5º espaço intercostal. Já na face direita dos bovinos, não é possível contactar o coração, devido 
ao grande desenvolvimento pulmonar.
Suínos: no caso desses animais, a área cardíaca superficial vai do 2o espaço intercostal até a 5ª costela ou até o 4o 
espaço intescostal, ou seja, no caso dos suínos a área pode ser mais extensa. 
Carnívoros: no caso principalmente dos cães, o coração fica bem inclinado, dessa forma a área cardíaca superficial é 
encontrada mais ventralmente nesses animais. Na face lateral esquerda, fica entre o 3o espaço intercostal e a 6a 
articulação ou a 6ª costela. 
Coração 
O coração é o orgão central do sistema circulatório, sendo assim ele é a base para o desenvolvimento do aparelho 
cardiovascular. Ele é um órgão oco, com uma musculatura muito potente e funciona como uma bomba. Dessa forma, o 
coração é o responsável por enviar o sangue para os tecidos do corpo e depois, através do movimento de sucção, 
trazê-lo de volta, a fim de oxigená-lo. 
Localização: no interior da cavidade torácica, fica no espaço mediastino médio, ou seja, o espaço entre os pulmões, e 
entre os dois sacos pleurais, um pouco mais à esquerda. Na maior parte dos animais domésticos, a parede esquerda 
dele fica entre a 3a e a 6a costela. A sua base fica voltada dorsalmente, e o seu ápice fica voltado ventralmente. 
Posição: Nos equinos, o coração fica posicionado obliquamente na cavidade torácica. Já no caso dos ruminantes, ele 
fica em uma posição mais perpendicular. E no caso das demais espécies, o coração está mais encurvado, 
acompanhando o desenho do osso esterno. Além disso, o coração dos equinos é mais arredondado. Já o coração de 
bovinos tende a ser mais alongado. 
Morfologia: O coração possui um formato cônico, dessa forma, ele tem uma base e um ápice. A base se localiza 
dorsalmente, e é a parte mais ampla do coração. Já o ápice é a parte mais ventral e delgada do coração. 
 Base: é a parte mais dorsal do coração. É divida em uma porção cranial, que no equino fica no 2o espaço 
intercostal ou na 3a costela; e uma porção caudal, que no equino fica na 6a costela ou espaço intercostal. 
 Ápice: é a parte mais ventral do coração. No caso dos equinos está relacionado com a 7ª estérnebra, e no 
caso de bovinos com a 6ª articulação da cartilagem condral, já que o coração fica mais perpendicular no tórax. 
No caso dos cães/carnívoros, o ápice se relacionada com a porção esternal do diafragma (acompanha o 
desenvolvimento e a morfologia do esterno). 
Além disso, o coração também possui duas bordas (margens): a ventricular direita e a ventricular esquerda. 
Borda ventricular Direita: é a borda mais cranial do coração. 
Borda ventricular Esquerda: é a borda maiscaudal do coração. 
E por fim, o coração também possui duas faces, que são as áreas mais amplas do coração. Elas são lisas e sulcadas. 
Os sulcos servem para a passagem de vasos sanguíneos e nervos, além de auxiliares na demarcação das câmaras 
cardíacas. 
Face Atrial: é a face direita do coração, na qual há uma melhor visualização das paredes dos átrios e das veias. 
Face Auricular: é a face esquerda do coração, na qual há uma melhor visualização das aurículas, que são divertículos, 
fundos de saco cego, devido as projeções dos átrios. Além disso, nessa face há uma melhor visualização das artérias. 
O coração, ainda, possui sulcos. Entre os sulcos mais importantes pode-se citar ocoronário e o interventricular. 
Sulco coronário: responsável por subdividir externamente os átrios dos ventrículos. Na face esquerda do coração, 
esse sulco é interrompido pelo tronco pulmonar. 
Sulco Interventricular: responsável por subdividir externamente os ventrículos. Na face direita do coração, esse sulco 
se chama subsinuoso, e na face esquerda é denominado de paraconal. 
Câmara Cardíaca: O coração é dividido em câmaras, as câmaras direitas ficam mais craniais e as câmaras esquerdas 
ficam mais caudais. 
Atrio Direito: fica cranial e a direita ao átrio esquerdo, dorsalmente ao ventrículo direito e ao sulco coronário. É onde 
ocorre a chegada das grandes veias transportando sangue venoso. Externamente possui as seguintes estruturas: 
Sulco das veias cavas: fica cranial e a direita ao átrio esquerdo, dorsalmente ao ventrículo direito e ao sulco coronário. 
É onde ocorre a chegada das grandes veias transportando sangue venoso. Externamente possui as seguintes 
estruturas: 
Aurícula direita: é um fundo de saco cego, devido a projeção da parede atrial. É melhor observada na face esquerda do 
coração. 
Sulco Terminal: “canaleta”, é uma reentrância, no ponto de chegada da veia cava cranial, se forma devido ao impacto 
da chegada dessa veia. 
Óstio das veias cava: aberturas para a entrada da veia cava cranial e da veia cava caudal. 
Óstio da veia azigos direita: presente apenas em carnívoros e equinos. É a abertura da veia ázigos direita, que pode se 
abrir diretamente no átrio direito ou na veia cava cranial. 
 
Internamente, também é possível encontrar algumas estruturas no átrio direito: 
Seio Coronário: espaço ou cavitação onde acontece a chegada das veias coronárias responsáveis por drenar a 
musculatura cardíaca. 
Òstio atrioventricular direito: abertura que comunica o átrio e o ventrículo, onde se encontra uma valva cardíaca. 
Músculos Pectíneos: são projeções do próprio miocárdio, que formam também reentrâncias. Eles contribuem para dar 
maior resistência a parede do átrio, tanto esquerdo quanto direito. 
Crista Terminal: é uma projeção, onde acontece a entrada da veia cava cranial. É onde fica alojado o marcapasso do 
coração também. 
Tubérculo Intervenoso: projeção da parede para evitar que haja refluxo de sangue, devido ao choque de sangue 
vindo da veia cava caudal e da veia cava cranial. Ele indica para onde o sangue precisa ir, ou seja, ele direciona o 
sangue para o interior do átrio. Localizado no ponto de chegada da veia cava cranial e caudal. 
Fossa Oval: é um vestígio/resquício da comunição que existia entre o átrio direito e o átrio esquerdo no período 
embrionário do animal. É uma depressão, onde há o crescimento de um tecido fino que fecha a antiga comunição entre 
os átrios. É dorsal ao seio coronário, na chegada da veia cava caudal, entre a parede do átrio esquerdo e do átrio 
direito. 
 
Ventrículo Direito: fica ventralmente ao átrio direito, forma a maior parte da borda cranial do coração. Sendo assim, 
fica na porção cranial e direita do tórax. Além disso possui formato cônico. A sua base fica voltada dorsalmente, e nela 
pode-se observar as seguintes estruturas: 
 Ostio atrioventricular direito: é mais amplo e arredondado. Fica entre o átrio e o ventrículo direitos. Nele está 
localizada a valva atrioventricular direita, que é uma valva tricúspide, ou seja, é formada pelo conjunto de 3 
válvulas triangulares. As quais a base se fixa no óstio atrioventricular, e o ápice fica voltado para o interior do 
ventrículo. O músculo papilar (projeção cônica do miocárdio) do ventrículo emite cordas tendíneas, que são 
estruturas fibromusculares, que fixam o ápice das válvulas no ventrículo. 
 Ostio tronco pulmonar: saindo do ventrículo direito, mais a esquerda ao óstio atrioventricular. É uma abertura 
para a artéria pulmonar. Nele há três válvulas semilunares, que formam a valva do tronco pulmonar, que 
impede o refluxo sanguíneo. Além disso, há o seio da valva semilunar, onde se acumula sangue. 
No caso do ápice do ventrículo direito, ele fica voltando ventralmente, porém ele não forma o ápice do coração, porque 
ele é mais curto. Na estrutura interna do ventrículo direito, pode-se observar: 
 Trabécula Septomarginal: também chamada de músculo transverso do coração ou cinta moderadora. Permite 
uma melhor passagem estímulos nervosos pelo ventrículo, para que todas as suas paredes trabalhem em 
conjunto. 
 Revestimento Interno: endocárdio 
 Cristas em Relevo: são reentrâncias do miocárdio, que dão maior resistência ao ventrículo. 
Atrio Esquerdo: possui uma capacidade menor, fica mais a esquerda na cavidade torácica e mais cauldamente, 
dorsal ao ventrículo esquerdo. É onde acontece a chegada das veias pulmonares. 
Aurícula esquerda: é um fundo de saco cego, devido a projeção da parede atrial. 
Músculos Pectíneos: são projeções do próprio miocárdio, que formam reentrâncias. 
Ostio artioventricular esquerdo: abertura que comunica o átrio e o ventrículo, onde se encontra uma valva cardíaca. 
 
Ventrículo esquerdo: responsável por formar totalmente o ápice do coração. Na sua base podem ser observadas as 
seguintes estruturas: 
Ostio atrioventricular esquerdo: abertura que comunica o átrio e o ventrículo esquerdo. Possui uma valva bicúspide, 
formada por duas válvulas triangulares, as quais a base fica fixada no óstio atrioventricular e o ápice fica voltado para o 
interior do óstio. 
Ostio Aórtico: possui uma valva aórtica, formada por três válvulas semilunares, que possuem os seios aórticos, nos 
quais há o acúmulo de sangue. É a abertura para a passagem da artéria aorta, que conduz o sangue para fora do 
coração. Fica cranialmente ao óstio atrioventricular esquerdo. 
 
Estratigrafia 
O coração é formado pelas seguintes camadas: 
 Epicárdio: camada de lâmina serosa. 
 Miocárdio: músculo estriado cardíaco 
 Endocárdio: mais internamente, é um tecido bem liso, que reveste todos os acidentes anatômicos encontrados 
no coração 
Cartilagem do coração: também chamada de osso cardíaco, é quando o óstio aórtico sofre uma ossificação, 
formando uma cartilagem de aspecto similar a de um osso, por isso recebendo esse nome. Costuma aparecer em 
ruminantes em idade bem avançada.

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