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Gabarito AD1

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
CENTRO DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES
FACULDADE DE EDUCAÇÃO
Curso de Licenciatura em Pedagogia – modalidade EAD
Avaliação à Distância 1 (AD1) – 2024.1
Disciplina: Língua Portuguesa na Educação 2
Coordenadora(o): Cláudia Cristina dos Santos Andrade
Aluno(a): 	
Matrícula: 	Polo: 	
RECOMENDAÇÕES:
Caro(a) estudante,
Antes de responder as questões, observe as seguintes instruções:
· discuta suas dúvidas com os tutores;
· preste atenção ao que é solicitado no enunciado das questões;
· procure não deixar nenhuma questão em branco;
· apresente respostas com consistência teórica e busque apoio e referências no seu material didático e nas obras citadas nele;
· utilize a modalidade padrão da língua, reconhecidamente a mais adequada a textos científicos, em textos claros, coerentes e coesos.
ATENÇÃO: Embora discutidas em grupos de estudo e na tutoria, as respostas devem ser individuais e de autoria do/a estudante que assina a prova. Respostas com indício de plágio serão desconsideradas
QUESTÕES
A unidade 1 do nosso curso contempla os seguintes conceitos: linguagem, língua, língua como estrutura, usos da língua, com ênfase na produção de sentidos. Muitos desses conceitos já foram discutidos em LP1. Buscaremos o aprofundamento conceitual com a leitura do texto complementar 1(MARCUSCHI, Luiz Antonio. Gêneros textuais: definição e funcionalidade In. DIONISIO, Ângela P.; MACHADO, Anna R.; BEZERRA, M.ª Auxiliadora (Org.s). Gêneros textuais & ensino. Ed. 2. Rio de Janeiro: Lucerna, 2003. p. 19-36) disponível no setor de Materiais e Ferramentas da disciplina e acompanhando esta prova, no link AD1.
As questões da prova são baseadas no texto indicado.
QUESTÃO 1 – 5 PTS
Escolha um dos textos indicados nesta prova e faça uma análise de acordo com a leitura do texto de Marcuschi, RESPONDENDO AOS ITENS ABAIXO:
 1. Texto escolhido: _____________________________________________________________________
	
2. DOMÍNIO DISCURSIVO (até 0,5)
 ____________________________________________________________________________________
3. GÊNERO TEXTUAL (1,0)
____________________________________________________________________________________
4. FUNÇÕES SOCIAIS DO TEXTO (Até 0,5)
____________________________________________________________________________________
5. SEQUÊNCIAS	TIPOLÓGICAS (IDENTIFICAR PELO MENOS DOIS TIPOS TEXTUAIS E TRANSCREVER PELO MENOS UM TRECHO DO TEXTO PARA CADA UM) – (Até 3,0)
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
QUESTÃO 2
Elabore uma sequência de 3 a 5 atividades de estudo do texto escolhido na questão 1, tendo em vista atividades para turmas do 5° ano de escolaridade. A atividade pode ser complementada por outros textos verbais ou multimodais (vídeos, por exemplo). Desenvolva:
A. A justificativa teórica para a escolha do gênero textual e das atividades propostas, com base no texto-base da prova e do conteúdo da unidade 1. (Até 1 pt)
B. A descrição das atividades a serem desenvolvidas. Observe que as atividades deverão propor ações significativas e reflexivas aos estudantes e devem ter como principal objetivo a análise textual, com a identificação das características do gênero e dos tipos textuais do texto em análise. Da sequência devem constar, pelo menos: uma atividade de leitura, uma de análise e uma de produção escrita. (Até 4 pts)
Espera-se que os/as estudantes apresentem três atividades em sequência, de forma que sejam identificados o gênero do texto escolhido, o domínio jornalístico e a tipologia dominante, propondo atividades que provoquem reflexão sobre a língua.
PONTUAÇÃO A SER ATRIBUÍDA
A. Até 1 pontos: 0,5 ponto pela identificação e 0,5 ponto pela justificativa
B. Até 4 pontos: 
 até 1,5- meio ponto para cada atividade proposta
até 1,5– apresentação de propostas que provoquem reflexão (meio para cada)
até 1,0 – organização e desenvolvimento da atividade
Descontar as atividades propostas(1,5), caso não usem um dos textos da prova como objeto de leitura e análise
Textos indicados:
1.DIAS, L.C. Movimento antivacinas: uma séria ameaça. Disponível em https://www.unicamp.br/unicamp/ju/artigos/luiz-carlos-dias/movimento-antivacinas-uma-seria-ameaca-saude-global
2. ALBUQUERQUE, C. Com fake news, discurso antivacina se espalha nas redes. Disponível em https://portal.fiocruz.br/noticia/com-fake-news-discurso-antivacina-se-espalha-nas-redes
3. COSTA, H.C. Vacas e vacinas. Revista CHC 347,p.16
https://drive.google.com/file/d/1NX73fGPSaMUGWkN3hs_JCXb55O6xWcLn/view?usp=sharing 
GABARITO QUESTÃO 1
TEXTO 1	Movimento antivacinas: uma séria ameaça à saúde global
	
2. DOMÍNIO DISCURSIVO (até 0,5)
CIENTÍFICO/ACADÊMICO/JORNALÍSTICO
3. GÊNERO TEXTUAL (1,0)
ARTIGO CIENTÍFICO/ARTIGO
4. FUNÇÕES SOCIAIS DO TEXTO (Até 0,5)
INFORMAR A SOCIEDADE A PARTIR DE DADOS CIENTÍFICOS, EXPONDO A OPINIÃO DO AUTOR A PARTIR DA APRESENTAÇÃO DESTES
5. SEQUÊNCIAS	TIPOLÓGICAS (IDENTIFICAR PELO MENOS DOIS TIPOS TEXTUAIS E TRANSCREVER PELO MENOS UM TRECHO DO TEXTO PARA CADA UM) – (Até 3,0)
VER MARCAÇÃO NO TEXTO ABAIXO, DE ACORDO COM A LEGENDA:
TRECHO NARRATIVO 
TRECHO DESCRITIVO
TRECHO DISSERTATIVO/ARGUMENTATIVO
TRECHO EXPOSITIVO
Movimento antivacinas: uma séria ameaça à saúde global
SEG, 21 SET 2020 | 10:00
AUTORIA
 
LUIZ CARLOS DIAS | INSTITUTO DE QUÍMICA
 
O movimento antivacinas é criminoso e uma séria ameaça crescente à saúde global. Existe sim um movimento antivacinas crescendo no Brasil, então não podemos ignorar. Um artigo publicado no dia 10/09/2020 na revista The Lancet envolvendo 284.381 pessoas em 149 países, mostra que o movimento antivacinas, o extremismo religioso, a instabilidade política, o populismo, as fake news e questões como segurança podem prejudicar as campanhas de vacinação em massa e a confiança nas vacinas em países com esses problemas. As vacinas, saneamento básico, esgoto tratado e água potável são nossas melhores ferramentas de saúde pública.
As vacinas são responsáveis pelo aumento da nossa expectativa de vida, foram as principais responsáveis pela diminuição da mortalidade infantil e são um marco na história da saúde humana. As vacinas salvam cerca de 3 milhões de pessoas por ano, ou 5 pessoas a cada minuto. No Brasil dos anos 1950, cerca de 10% das crianças morriam antes dos primeiros cinco anos de vida. Doenças como sarampo, poliomielite, catapora, caxumba, rubéola, tétano, difteria, rotavírus, coqueluche, estavam controladas. A varíola foi erradicada em 1980.
Segundo dados do Programa Nacional de Imunizações para 2019, após 20 anos, o Brasil observa uma queda da cobertura vacinal de crianças e não atinge a meta para as principais vacinas indicadas para crianças de até 2 anos de idade. Dados do Sistema Nacional de Imunização (base Datasus), mostram que a taxa de abandono para nove vacinas no Brasil, como a meningocócica C (duas doses), a tríplice viral (em duas doses contra sarampo, rubéola, caxumba) e a poliomielite (três doses), cresceu cerca de 48% nos últimos cinco anos. A cobertura vacinal contra poliomielite no país era de 96,5% em 2012 e foi 86,3% em 2018, sendo que o índice de vacinação de 2019 é o pior desde o ano 2000.
A vacina eliminou o sarampo da população brasileira, mas esse foi reintroduzido no País e em 2019 tivemos cerca de 18 mil casos em 526 municípios em 23 Unidades da Federação, com 15 óbitos. São contabilizadas nas estatísticas de abandono, também, as crianças que tomaram uma dose inicial de determinada vacina, mas não voltam para tomar as doses seguintes. Esses dados são preocupantes e evidenciam a necessidade de que precisaremos de intensa mobilização para ampliar a cobertura vacinal para a Covid-19 no Brasil.
A queda na cobertura pode ter várias razões, desde o subfinanciamento das prioridades de saúde pública, questões logísticas como aquisição e distribuição, ausência de campanhas de conscientização da população. Essa redução na cobertura vacinalpode ter sido influenciada também pelo sucesso do programa nacional de imunizações no país, visto que eliminamos algumas das principais doenças e à dificuldade de acesso das famílias aos serviços essenciais de saúde.
Precisamos ter informação científica de qualidade disponível, didática, acessível, com linguagem clara para combater o movimento antivacinas e negacionista crescente no País, principalmente neste momento de polarização política. Precisamos de pessoas que multipliquem as mensagens e informações corretas sobre a importância da vacinação contra a Covid-19. Entre as razões que vem sendo levantadas nas redes sociais pelos grupos antivacinas estão teorias de conspiração, alterações de DNA, Bill Gates, chips nas vacinas, que elas causam autismo, contém mercúrio, fetos abortados, perigo e ineficácia das vacinas e muita gente está lendo essas mentiras.
Nós precisamos iniciar uma campanha de engajamento e preparação da população brasileira e da infraestrutura dos SUS para combater este movimento antivacinas, não deixar crescer. É preciso incentivar e levar uma mensagem clara para a população brasileira sobre a necessidade e importância da vacinação em massa contra a Covid-19. Temos que agir em várias frentes, a tarefa será complexa, complicada e não podemos demorar para agir, se queremos evitar que os grupos antivacina comecem a espalhar mentiras e fake news nas redes sociais sobre as vacinas contra o novo coronavírus. A expansão das teorias de conspiração sobre a vacinação também se relaciona com problemas de comunicação entre pesquisadores, cientistas, médicos e outros profissionais da saúde com a sociedade.
TEXTO 2 Com fake news, discurso antivacina se espalha nas redes
2. DOMÍNIO DISCURSIVO (até 0,5)
CIENTÍFICO/ACADÊMICO/JORNALÍSTICO
3. GÊNERO TEXTUAL (1,0)
ARTIGO CIENTÍFICO/ARTIGO DE OPINIÃO / ARTIGO
4. FUNÇÕES SOCIAIS DO TEXTO (Até 0,5)
INFORMAR A SOCIEDADE A PARTIR DE DADOS CIENTÍFICOS, EXPONDO A OPINIÃO DO AUTOR A PARTIR DA APRESENTAÇÃO DESTES
____________________________________________________________________________________
5. SEQUÊNCIAS	TIPOLÓGICAS (IDENTIFICAR PELO MENOS DOIS TIPOS TEXTUAIS E TRANSCREVER PELO MENOS UM TRECHO DO TEXTO PARA CADA UM) – (Até 3,0)
VER MARCAÇÃO ABAIXO:
TRECHO NARRATIVO 
TRECHO DESCRITIVO
TRECHO DISSERTATIVO/ARGUMENTATIVO
TRECHO EXPOSITIVO
 Com fake news, discurso antivacina se espalha nas redes
08/09/2020
Cristiane Albuquerque (COC/Fiocruz)
Os enredos são desconcertantes. Nos Estados Unidos, uma adolescente de 14 anos – virgem, frisa a mensagem – teria engravidado após ser vacinada contra a gripe. Numa outra versão do relato, as meninas são mexicanas e têm entre 11 e 17 anos. Nesse caso, a culpa pela gravidez é atribuída à vacina contra o HPV. Com variações, narrativas falsas como essas – sem nenhuma comprovação científica – se disseminam pelas redes, dando sustentação ao discurso do movimento antivacina. No entanto, um estudo que investigou as postagens sobre vacina com maior engajamento nas redes sociais mostra a predominância de vozes favoráveis aos imunizantes. Os resultados apontam que há majoritariamente uma disposição pró-vacina (87,6%) e um forte interesse em temas ligados à saúde, ao desenvolvimento científico e às políticas de saúde. As fake news representaram 13,5% dos links com maior engajamento, o que, segundo os pesquisadores, é um dado preocupante relativo à desinformação sobre as vacinas. “As fake news em saúde são, atualmente, um problema extremamente grave, pois prestam um desserviço à população”, avalia a pesquisadora Luisa Massarani, da Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz), uma das autoras do estudo. “É necessário estar atento a esse tipo de conteúdo, uma vez que as redes sociais podem ser usadas para reverberar as vozes de movimentos antivacina”, adverte.
Publicados em agosto na revista Cadernos de Saúde Pública, os resultados foram obtidos a partir da análise dos links mais compartilhados, curtidos e comentados no Facebook, Twitter Pinterest e Reddit no intervalo de um ano a partir de maio de 2018. Das cem páginas identificadas por meio de uma ferramenta de monitoramento digital (BuzzSumo), 11 estavam fora do ar no momento da análise, o que reduziu a amostra válida para 89 links.  
Ainda que os dados indiquem uma menor prevalência das notícias falsas nos posts de maior engajamento ao longo do período analisado, Massarani alerta que elas podem estar presentes de uma maneira mais ampla nas redes sociais e, por isso, merecem atenção. Além disso, observa a pesquisadora, o problema das fakes news parece ter se intensificado com a pandemia da Covid-19, conforme mostram outros estudos em andamento.  
“O movimento antivacina pode estar atuando prioritariamente em grupos fechados no Facebook e no WhatsApp, e não em espaços públicos do Twitter e do Facebook. Nesse sentido, é necessário direcionar novas pesquisas que levem em consideração esses outros espaços midiáticos”, pondera Massarani, que conduziu o estudo ao lado de Tatiane Leal e Igor Waltz. Os três pesquisadores fazem parte do Instituto Nacional de Comunicação Pública da Ciência e Tecnologia (INCT-CPCT). 
Mesmo entre os links com viés favorável às vacinas, o estudo constatou a presença de notícias falsas. Enquanto que as fake news antivacina foram sustentadas pelo argumento da “gravidez vacinal”, as notícias falsas pró-vacinação traziam questões relacionadas a sociedade, ciência e saúde pública, como é o caso do artigo Cuba produz vacina contra o câncer - Mais de 4 mil pessoas já foram curadas por ela!, publicada no blog Papo Reto?. Apesar de o título falar na “cura” da doença, o corpo do texto indicava que, na verdade, o medicamento havia possibilitado a melhora de sintomas e o prolongamento do tempo de vida dos pacientes.  
Fact checking: preocupação com veracidade gera engajamento 
Outra evidência da circulação de notícias falsas nas redes sociais, aponta a pesquisa, é a consequente presença de conteúdos de fact checking, que desmentem informações equivocadas. A análise identificou sete matérias com esse perfil, publicadas por órgãos de imprensa, sites especializados em checagem de fatos, além de uma página institucional e outra de comentário político. De acordo com os autores do estudo, essa constatação mostra que a preocupação com a veracidade e a correção das informações também é um fator de engajamento nas redes sociais. 
“Compreender como esses temas circulam e quais geram maior engajamento por parte dos diferentes públicos pode contribuir na implementação de iniciativas de divulgação científica que sejam mais atraentes e eficazes para os distintos setores da sociedade”, observa Luisa Massarani, atual coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Divulgação da Ciência, Tecnologia e Saúde da COC/Fiocruz e do INCT-CPCT . 
Anualmente, as vacinas são responsáveis por evitar de 2 a 3 milhões de mortes, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, segundo o Ministério da Saúde (MS), todas as vacinas destinadas a crianças menores de dois anos de idade têm apresentado queda na cobertura desde 2011. Dados de 2018 indicam que a cobertura vacinal contra a poliomielite, por exemplo, foi reduzida para 86,3%. O país, que já foi considerado livre do sarampo, perdeu o certificado de erradicação da doença em 2019. Uma das causas é a queda da cobertura vacinal em 20%, aponta o MS.  
Institutos de pesquisa: índices de interação baixo ou nulo  
De acordo com o estudo, 42,7% (38) dos links sobre vacinas que despertaram mais interesse dos usuários estavam relacionados a temas de saúde e ciência. Nessa categoria, a abordagem destacou, principalmente, pesquisas para novos imunizantes, novos usos para aqueles já conhecidos e a segurança dessas preparações. Outro campo com presença significativa foi o das políticas de saúde, com 28,1% (25 links), incluindo debates sobre promoção e ampliação da cobertura vacinal e as preocupações em torno das metas de vacinação.  
Apesar do engajamento significativo dos usuários a temas relacionados à pesquisa científica em saúde, poucasinterações foram atribuídas aos institutos de ciência e saúde, apontou o estudo. Em relação aos órgãos governamentais ligados às áreas de ciência e tecnologia, o resultado foi ainda pior: páginas de ministérios, agências reguladoras, secretarias municipais e estaduais e entidades de fomento à pesquisa não foram identificados entre os links mais curtidos, comentados e compartilhados.  
“Vacinas e o desenvolvimento de novos imunizantes despertam interesse dos usuários das redes sociais, mas as instituições acadêmico-científicas têm uma participação limitada em pautar estas conversações de maior engajamento”, afirma Massarani.  
Veículos jornalísticos geram maiores interações sobre vacinas nas redes 
O predomínio de conteúdo produzido por veículos jornalísticos foi outra constatação do estudo. Os links analisados indicaram a presença de um total 63 veículos na web, dos quais 45 foram classificados como “profissionais”, isto é, aqueles que possuem uma política editorial clara e identificável, dentre outras características. Desses, mais da metade eram órgãos de imprensa. Apenas três links coletados apontavam para sites de instituições acadêmico-científicas: um da área médica e dois educacionais.  
Massarani avalia que a presença de institutos de pesquisa no debate sobre vacinas nas redes pode ser ampliada, embora seja necessário investir recursos financeiros e humanos para iniciativas de qualidade que permitam alto engajamento. “Os órgãos de ciência e saúde e instituições governamentais devem investir em iniciativas neste âmbito para ampliar a interação com o público, já que possuem um papel relevante nesse diálogo entre ciência e sociedade”, destaca.
TEXTO 3 Vacas e vacinas 
2. DOMÍNIO DISCURSIVO (até 0,5)
CIENTÍFICO/ACADÊMICO/JORNALÍSTICO
3. GÊNERO TEXTUAL (1,0)
ARTIGO CIENTÍFICO/ARTIGO/ RELATO HISTÓRICO
4. FUNÇÕES SOCIAIS DO TEXTO (Até 0,5)
INFORMAR A SOCIEDADE A PARTIR DE DADOS CIENTÍFICOS, TENDO COMO BASE A NARRATIVA HISTÓRICA DOS FATOS
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5. SEQUÊNCIAS	TIPOLÓGICAS (IDENTIFICAR PELO MENOS DOIS TIPOS TEXTUAIS E TRANSCREVER PELO MENOS UM TRECHO DO TEXTO PARA CADA UM) – (Até 3,0)
VER MARCAÇÃO ABAIXO:
TRECHO NARRATIVO 
TRECHO DESCRITIVO
TRECHO DISSERTATIVO/ARGUMENTATIVO
TRECHO EXPOSITIVO
MUNDO ANIMAL
Vacas e vacinas
 
Durante milênios, a humanidade sofreu com a varíola, uma doença altamente contagiosa transmitida por um vírus. A cada três pessoas infectadas pela varíola, uma não sobrevivia e as outras ficavam com sequelas, como cicatrizes pelo corpo.
Alguns países combatiam a varíola com a ‘variolação’. Um pouquinho do material das feridas de uma pessoa doente era passado para uma pessoa saudável, usando agulhas. Esta segunda pessoa acabava infectada pela varíola, mas geralmente pegava uma forma mais leve da doença. Porém, nem sempre a variolação funcionava. Em 1783, o príncipe Otávio, da Inglaterra, morreu de varíola aos quatro anos de idade, depois de uma variolação.
Além dos humanos, o gado bovino sofria com outro tipo de varíola, chamada, em latim, de variola vaccinae (varíola da vaca) e, em português, de vacínia. A vacínia também infectava humanos, mas não era tão grave e costumava apenas causar feridas nas mãos.
Nas fazendas, dizia-se que quem tinha vacínia era imune à varíola. Ao ouvir isso, o médico inglês Edward Jenner fez um experimento, em 1796. Primeiro, ele coletou material das feridas causadas pela vacínia das mãos de uma mulher que trabalhava com ordenha de vacas. Depois, Edward inoculou, ou seja, injetou o material em um garoto saudável chamado James, que teve um pouco de febre e outros sintomas leves, mas não adoeceu.
Após um mês e meio, o médico inoculou em James um pouco de material das feridas de uma pessoa com varíola, e o garoto não contraiu a doença! No ano de 1798, Edward Jenner divulgou os resultados dos seus estudos, mas nem todos estavam convencidos de que sua técnica funcionava. Havia quem dissesse que o seu método transformaria as pessoas em vacas!
Aos poucos, a inoculação do vírus da vacínia para prevenção da varíola se espalhou e ficou conhecida como vaccine, que em português virou “vacina”. Com o tempo, novas tecnologias foram desenvolvidas, criando vacinas cada vez mais eficazes e seguras contra muitas doenças. Graças às vacinas, hoje vivemos mais e melhor do que a maioria das pessoas do passado. No passado também ficou a varíola, eliminada na década de 1970 pela vacinação mundial.
 Henrique Caldeira Costa, Departamento de Zoologia,Universidade Federal de Juiz de Fora.
Sou biólogo e muito curioso. Desde criança tenho interesse em pesquisar os seres vivos,especialmente o mundo animal. Vamos fazer descobertas incríveis aqui!
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